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org
PROGRAMA ,D E EDUCAÇÃO CRISTÃ CON T!IN U AOA.

• ACONSB..HAM3Nro E
É1lCA CRISTÃ
MATR Z CURRIC UL, A R
NOV01ESJ'AM[NT0 O ESPfRITOSAM'O AMISSÃO
AÇJ,o. FIM D , BATISM::> EI/ANGB IZPÇAO E
VENCEMJO A$ C);:W EOONS DISOPULA[)'.)
DA.\IDA

CRESClMENTO E ORGAN.IZAÇÃO DAlGREJA

UTICA ENTEJI.OES O 0V i.Es? 001..mu /:'5 BÍBLICAS QtJEM É JESUS


FUNOAMEN'IO!i 0A
VêROAOE

HISTORIADA.
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ESCATOL:OGIABiSl.!ICA IV!A FROTcSti!J\ITE
ASSEM!l EIA DE 06\JS SER\llÇO OOCRISTÃO
O DO RJTURO COOS !'COEM PREGAR

1O RAÇÃ O 1

CAR'TAAOS CIDADANIA E
RESPONSABILIDADE
ROMANOS ENSINA-NCl6 AORAR soe AL DA IGREJA

TIMÓTEO, E TITO
HOMllÉ:Ti CA SERVOS DE JESUS ECA
IGWA
GENTE COMO A GENTE

FôRTAI.ECE:l\00 A.F,AMLLlA
ATOS 005
SALMOS MILAGRES APÓSTOLOS
CÂNTICOS E ORAÇÕES PARÁBOLAS DE
DA,f,JJ,M
roe JESUS JESUS PAIRA HOJE
ATÊ AOSCO FINS
OATERRA

JOÃO

1 CORÍNTIOS
PIVISÃO, SEXLIAUDADE
AUMENTO, CULID,
RESSU!fl ÇÃO
JOSVÊ
SE: FORTE E GÁLATAS E.
CORAJOSO E'Fil:SIOS, RlJTE ,E ESlER l'M.RCOS
EUSOU CONTIGO. ERLEMOM A Fl A CORAGEM DAS lLH ES
REVISTA DA
ESCOLA DOMINICAL
L.ições B'.b;icas para culto doméstico, devoc!onal e pequenos grupos

Comen tário e ada p tação: Berenice


SUMÁRIO Araújo e Luzelucia Ribeiro

•..,.•.. ........,.... .... LIÇÃO 1 Rute 1· A TRÁGICA EMIGRAÇÃO OE BELÉM PARA MOABE........5

•.......•,..... ... ,•._.. .... UÇÃO2 Rute f . NOEMI RETORNAABELÉM .........................,...................11

.........,........ ,•._....-.• LIÇÃO 3 Rute 2· RUTE ENCONTRA BOAZ......................................................17

····'---··' ..... . LIÇÃO 4 Rute 3 . RUTE PROPÕE CASAMENTO A BOAZ........,...,..................23

· ·······'---····'······ · LIÇÃO 5Rute 4 • BOAZ CASA·SE COM RUTE, E GERA FILHOS........, 29

……/….…/……LIÇÃO6 Ester 1 .O BANQUETE O E ASSUERO E VASTI DESTRONADA. 35

- ··-'·-·-···'·-···-·· LIÇÃO 7 Ester 2 . ESTER É COROADA RAINHA........................,...,.......,.........41

- ·-' - ·-'·- ·.·.·- LIÇÃO 8 Ester 3 e 4 . A TRAMADE HAMÃ CONTRA OS JUDEUS.............47

....•.•,........., _.•. LIÇÃO 9 Ester 5e 6 · O PRIMEIERO BANQUETE DE ESTER ...........53

......,. ..... ,........ .. LIÇÃO 10 Ester 7· HAMÃ É DESMASCARADO EENFORCADO.........,.......59

····-' ····-·-· --··· LIÇÃO 11 Ester 8· UM NOVO DECRETO LIVRA OS JUDEUS.........................65

·' -,...., •..... LIÇÃO 12 Ester 9. OS JUDEUS TRIUNFAM SOBRE O INIMIGO……………… 71

LIÇÃO 13 Ester 9 e 10 A FESTA DO PURIM E A GRANDEZA DE MORDECAI………….77

Bere nic e A r a u j o * é u m a p r o f e s s o r a , f o r m a d a e m T e o l o g i a , f i l o s o f i a e P e d a g o g i a .Palestrante, na area da


Educação Cristã e preparação de Professores
para a Escola Biblica Dominical

L w:eluci a Ribeiro* é professora formada em Teologia e pó"s•graduada em Docê ncia do En sin o Superio r. Autora dos liVro "Mulhe res da Bíblia " e
"Mulheres do No v o Testamento" . Membro da Academia Evangélica de Letras do Distrito Federai.
•eoauto,asdasobras"EsoolaOomi1ical;A Formação Integraldo CriSlão"(2010) e cbiliro"Rute e Ester:AFé e a Coragem dasMutieres".
RUTE E ESTER EXPEDIENTE
Conselho Editorial
Há algo divino nisto que es Samuel Câmara, Oton Alencar, Jonatas Câmara,
tamos fazendo, de le r, estudar e Benjamin de so uza , Phifipe Câmara, ce1so Brasil,
copiar a Bíblia, livro por livro, ca Marcos Galdino Júnior, André Câmara, Luiz
Gonzaga de ün a.
pítulo por capítulo. Deus tem
nos levado a estudar livros da Editor
Bíblia que re tra tam a realidade Samuel Câmara
atual, como se estivessem sendo
Editor Assistente
escri tos hoje. Benjamin de Souza
Há dois livros da Bíblia com
nomes femininos. O p r ime iro é Coordenador Editorial
Phllipe Câmara
Rute, uma gentia que casou-se
com um judeu e tor nou-se ascen Equipe Editorial
dente do rei Davi e de Jes us. O se Ananias Ribeiro, Jadiel Gomes, Tarik Ferreira

gundo livro é Ester, uma judia que Supervisão Pedagógica


casou-se com um rei gentio, tor Facu ldade Boas Novas (FBN) e Seminário
nou-se rainha e salvou o seu povo Teológico da Assembleia de Deus (SETAD)

do extermínio.
Repertório Musical
À semelhança do livro de Rute, Rebekah Câmara
que narra a morte de todos os ho
mens da família, hoje a pandemia Revisão
Auli stela Brasíleiro. Jailson Melo e Biel dí Suza
da COVID-19 está ceifando predo
minantemente a vida dos Distribuiçãoe Comercial
homens das famílias. Já Ester Jadiel Gomes

trata das leis injustas contra os Editoraçlio e Projeto Gráfico


judeus, exata Nei N eves , Tarik Ferreira , Sara Martins
mente como hoje, quando leis e
Conteúdo Digital e Imagens
decisões injus tas ameaçam a li
Jeíel Lopes
berdade do povo de Deus.
Além das abençoadoras lições, Versão bíblica: Almeida Revista e Atuali.zada
estes livros homenageiam as mu (ARA), salvo quando indicada outra versão.

lheres de hoje, que lutam contra a ©2021. Direitos reservados. É proibida a


violência e o feminicídio, agindo repr<>óução parcial ou total desta obra, por
com fé na providência divina, tais qualquer meio, sem autorização por escrito
da Assembleia de Deus em Belém do Pará e
quais Rute e Este r. do autor dos comentários e adaptações.
bençoado tudo e cópia da
81 lial Programa de Educação Cristã Continuada.
.,.Je;.<>-..,.,...,,,._,
Avenida Governador José Malcher, 1571, es
r. Samu quina com a Tv. 14 de Março, bairro: Nazaré.
CEP: 66060-230. Belém - Pará - Brasil. Fone:
(91) 3110-2400. E-mai: pecc@adbelem.org.br.

4
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGóGICA • Conhecer a razão do livro ter
Em Rute 1 hó 22 versos. Sugerimos o nome de uina mulher moabita
co meç.ar a aula lendo, com todos os e qual o pano de fundo usado
pre sentes, Rute1.1-6 (5 a 7 min.). pelo autor para contar a história
A revistafancionacomoguia deestu dela.
do e leitura complementar; mas não • Situar a obra no tempo, identi
substitui a leitura da Bíblia ficar o propósito e sua
No ca pítulo 1 de Rute, dos ver canonicidade.
sos 1 a 6, lemos o início da • Reconhecer os valores literá
história de Rute e sua trágica rio, teológico e legal da obra.
emigração de Belém para Moabe.
Para que haja uma melhor PARACOMEÇARAAULA
compreensão do texto indicado, Inicie a aula motivando os alu
recomendamos ao professor que nos a descobrirem por que a histó
oriente seus alunos a fazer uma ria de uma mulher moabita é con
leitura completa de todo o tada desde os tempos antigos em
capítulo. Após essa leit ura, deve o Isr ael.
professor propor aos alu nos Por que, a partir dela, se origi
algumas questões que muito os nou uma festa judaica? Da mesma
auxiliarão num melhor enten dime forma, est imule-os a refletir sobre
nto do texto lido: o que fez com que Rute fosse cita
Qual o propósito do livro de da na genealogia de Jes us e, ainda
Rute e sua relação com a genea hoje, seja uma fonte de inspiração
logia de Cristo? Qual a relevâ ncia a todos.
desse livro histórico para as nos Sugira aos alunos que prepa
sas vidas hoje? Que lições práti rem uma apresentação teatral ou
cas devemos extrair da vida dessa musical da história de Rute (que
personage m tão ilustre de uma deve acontecer na última lição do
das narrativas mais encantadoras livro de Rute).
da história hebraica - Rute?
RESPOSTAS DA PÁGINA 10
1) •c ompanheira".

2) Moabe.

3) Noemi
Lição 1-A Trágica Emigração de Belém para Moabe

LEITURA ADICIONAL

UM PROPÓSITO SUGERIDO

Como acontece com qualquer literat ura, o que um livro diz e como o
diz são as janelas através das quais se vislumbra o porquê e quando foi es
crito. Nes te respeito, a história de Rute tem dois temas principais, um que
domina a maior parte do livro, outro que o eclipsa no final. O tema domi
nante é o gracioso salvamento da família de Elimeleque de extinção pela
providência de um herdeiro. O lamento amargo de Noemi primeiro o faz
soar (1.20,21; cf.13) enquanto as mulheres lhe dão voz alegremente co1n
a solução (4.17a). O segundo, no entanto, é o surpreendente destino his
tórico que essa família salva executou. Seu herdeiro veio a ser nada me
nos que o avô do rei Davi (4.17b,22). Embora surpreendente, houve pre
núncios mais cedo que auguravam essa eventualidade (1.5; 4.1l,12,15b).
Estas observações sugerem duas conclusões preliminares. Primeiro, a
história deve ter sido escrita depois que a significância de Davi se tornou
evidente, provavelmente depois de ter sido reconhecido como rei tanto
de Judá como de Israel (2Sm 2-5).
Três observações adicionais são significa ntes: Primeiro, o contador da
história emprega dispositivos literários que tiveram o intuito de recordar
os ancestrais honrados de Israel. O mais óbvio, naturalmente, é a menção
explícita de Raquel, Lia, Perez, Judá e Tamar (4.11,12). Rute será famosa
como as famosas esposas de Jacó que, junto com as duas concubinas, ge
ram as 12 tribos de Israel. A casa de Boaz vai igualar a de Perez, o hon
rado antecessor tribal de Judá. A genealogia de encerra1nento também
menciona abertamente ancestrais famosos, a saber, descendentes de Judá
entre Perez e Davi (ver 4.18-22). Significativamente, essa ancestralidade
compreende Is rael como um todo e também a tribo de Judá em particular.
Além do mais, o livro está repleto de motivos sugestivos que recordam
episódios das histórias patriarcais.

Livro: Comentário do Antígo Testamento: Rute (HUBBARD, Robert L. Jr. [tradução


Helen Hope Gordon Silva). São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2008, p.65-66).

li
Estudada em _ ! _ !

L,ICÃO 1 Leitura Bíblica Para Estudo


Rute 1.1-6
RUTE1
A TRÁGICA Verdade Prática
EMIG ÇÃO DE As tragédias humanas jamais
podem anular os soberanos
BELEMPARA propósitos de Deus.
MOABE
INTRODUÇÃO

1. O LIVRO DE RUTE Rt 1.1


,
Texto Aureo 1.Nome Rt 14
"No s dias em que julgavam os
juízes, houve fome na terra; e um 2.Autor e Data Rt 4.17
homem de Belém de Judá saiu a 3.O drama da emigração Rt1.1
habitar na terra de Moabe , com
sua mulher e seus dois filhos." li. O DRAMA DA FOME Rt 1.1-2
Rt 1.1
1. Fome em Belém de Judá Rt1.1
2. A terra de Moabe Rt 1.2

3. Possíveis alternativas Rt 1.2

Ili. A MORTE E A VIUVEZ Rt 1.3-ó

1.Morte do esposo Rt 1.3

2. Casamento emorte cios filhos Rt 1.4

3.Noemi não desiste Rt 1.6

APLICA ÃO PESSOAL

Devocional Diário
CDCD@)@)G)G)
1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6

Hino s da Ha rp a: 141 - 303

5
Lição 1 -A Trágica Emigração de Belémpara Moabe

INTRODUÇÃO E

Rute é um pequeno livro, ab


solutamente encantador. Além
disso, é um livro essencialmente
humano que traz histórias com
características de realid ad es da
vida com que facilmente o lei
tor se identifica. Ne le veremos
a providência de Deus guiando
pessoas comuns e improváveis
em direção a um plano glorioso
e eterno.
No primeiro capítulo, o escri
tor relata com poucas palavras
a história de uma familia que foi
para Moabe. Lá, o pai da família
morreu, os filhos que casaram
com moabitas também faleceram.
Noemi, ao ouvir que havia ali
mento na sua terra, decidiu, jun
tamente com suas noras, voltar
para Belém de Judá.

1. O LIVRO DE RUTE (Rt


1.1)

1. Nome (Rt 1.4)


"Os quais casaram com mulheres
moabitas; era o nome de uma Orfa,
e o nome da outra, Rute; e ficaram
ali quase dez anos."
Rute significa "companhei
ra". O livro leva seu nome e, nele,
é mencionada doze vezes e uma
vez em Mateus 1.5. Ela é uma
das mulheres mais importantes
da Bíblia.

2. Autor e Data (Rt 4.17)


''As vizinhas lhe deram nome, di
zendo: A Noemi nasceu um filho.
lhe chamaram Obede. Este é uma nova casa, estabelecer uma
o pai dejessé, pai de Davi." nova vizinhança, conhecer outras
A autoria do livro de pes soas. Para essa família, foi
Rute é atribuida, por muitos um verdadeiro "terremoto".
estudio sos, a Samuel, por
entenderem que o estilo
literário e linguístico se
assemelha aos livros de
Juizes e Samuel, dos quais é
autor. No entanto, há aqueles
que datam a produção do
livro no período da
monarquia, pois seu autor
tinha conhecimento de Davi
como rei (Rt 4.17,22).
A história da família de
Eli meleque deu-se no
período dos Juízes, talvez
nos dias de Gideão,
possivelmente, na última
metade do século XII a.e.

3. O drama da emigração
(Rtl.1) "Nos dias em que
julgavam os juí zes, houve
fome na terra; e um ho mem
de Belém de Judá saiu a ha
bitar na terra de Moabe ,
com sua mulher e seus dois
filhos."
O livro de Rute ini cia-se
com a história de uma
fam.íl ia bele mita do
tempo dos juízes que, pela
escassez de alimento, saiu
de Belém de Judá para
morar nas terras de Moabe,
a uma dis tância de 80 Km
a leste do mar Morto.
Mudar de cidade é uma coi
sa dispendiosa e
inquietante. Imp lica
arrancar raízes e deixar
amigos e vizinhos. Procurar
Lição 1 -ATrágica Emigração de Belém para Moabe

li. O DRAMA DA (v.6). À luz dos acontecimentos


FOME (Rt 1.1-2 subsequentes, ficamos imaginando
)
se o autor não pretende nos levar
a pensar que Elimeleque não foi
1. Fome em Belém de Judá (Rt 1.1J
sábio na sua atitude! Certamente, a
"Nos dias em que julgavam os juí zes, houve
fome na terra; e um ho mem de Belém de viagem não alcançou o seu
Judá saiu a ha bitar na terra de Moabe, objeti vo: escapar da morte. Todos
com sua mulher e seus dois filhos." os três homens da família
morreram em Moabe. Além disso,
Belém era uma cidade cerca de
com a mudan ça, mo rreram numa
oito quilômetros ao sul de Jerusa
terra estranha, deixando Noe mi, a
lém. Seu nome significa "casa do
viúva, muito mais desolada do
pão", nome que aponta para a in
que se tivesse permanecido na
comum fertilidade daquela região
companhia dos seus parentes e
para o plantio de cereais (como
conhecidos.
o esclarece o capítulo 2 do livro
de Rute). Também destaca que a
2. A terra de Moabe (Rt 1.2)
"Este homem se chamava Elimele
fome era fora do comum. que, e sua Noemi; os filhos
mulhe;,
Alguns comentaristas creem muito melhor do que Elimeleque
que a fome era local na região de
Belém (aparentemente não havia
tal dificuldade cerca de oitenta
quilômetros a sudeste, em Moabe,
do outro lado do Mar Morto) e
devia-se, em parte, às pilhagens
associadas com o período caótico
dos juízes. A invasão midianita no
período de Gideão, por exemplo,
destruiu a lavoura e o gado.
Por causa da fome, Elimeleque
decidiu que ele e sua família iriam
morar durante algum tempo
como estrangeiros residentes
(peregri nos) na terra de Moabe,
Não temos certeza do que o in
duziu a partir. O povo de Jeová fora
ensinado a confiar Nele. Sabemos
que outros belemitas permanece
ram na terra à espera do final da
fome e, ao que parece, passaram
se chamavam Matam e
Quiliom, efrateus, de Belém
deJudá; vieram à terra de
Moabe e ficaram ali."
Localizada no planalto,
ao leste do Mar Morto,
Moabe era povoada por
descendentes de Ló.
Embora não tivessem sido
atacados pelos israelitas em
seu retorno à terra prometida
depois do êxodo, apesar de
sua falta de amabilidade
caracte rística, os moabitas
não deviam ser admitidos na
congregação de Israel. Por
quê? Eles eram adoradores
de Camos, um deus ao qual
se faziam sacrifícios
humanos. Os moabitas eram,
às vezes, chamados de "povo
de Camos". Além disso,
durante o primeiro período
dos juízes, Eglom, rei de
Moabe, invadiu a terra dos
israelitas durantedezoito
anos. Por tanto, era um lugar
muito estranho para um
crente em Jeová, habitante de
Belém, escolher para morar.
Lição 1 -ATrágica Emigração de Belém para Moabe

3. . Possíveis alternativas (Rt 1.2) Ili.A MORTE E A


"Este homem se chamava Elime VIUVEZ (Rt 1.3-
leque, e sua mulher, Noemi; os 6)
filhos se chamavam Malom e Quí
liom, efrat eus, de Belém de 1. . Morte do es poso (Rt 1.3)
Judá; vieram à terra de Moabe "Morreu Elimeleque, marido de Noe
e fica ram alí." mi; e ficou ela com seus dois filhos"
Embora seja legítimo e elo A morte, em certo sentido, é
giável o desejo de Elimeleq ue de um dos acontecimentos mais na
cuidar de sua família durante a turais da vida; mas, em outro, é o
fome, Matthew Henry questiona menos natural. Todos os homens
como se poderia justificar a mu são mortais e têm um tempo de
dança a Moabe: "Aborrecer-nos permanência limita do aqui na ter
com o lugar no qual Deus nos ra. A morte, inexoravelmente,
coloca e abandoná-lo na primei lem bra o homem de sua
ra oportunidade, logo que nos fragilidade e limitação. A morte
deparamos com algum descon faz parte da vida do homem desde
forto ou alguma inconveniência, a Queda.
é evidência de um espírito des Mas seja quando foi que Noemi
contente e instável. Por que não teve conhecimento sobre o fato e
foram para algum lugar onde se significado da morte, existem dois
adorava Jeová?". aspectos de suas próprias circuns
Não temos dados suficientes tâncias que são evidentes.Primeiro,
para saber se a atitude de Elime seu marido e filhos haviam morrido
leque justifica o comentário de prematuramente. Como podemos
Matthew Henry. Porém, mesmo nos identificar bem com a tristeza
que a atitude de Elimeleque im quando enfrentamos aquilo que os
plique falta de fé ou expressão que ficam só podem classificar de
de descontentamento, o restante morte prematura? Abraão morreu
do livro de Rute demonstra am em idade avançada, um homem ve
pla mente que a providência gra lho e farto de dias. Numa vidaassim,
ciosa de Deus não é limitada pela há realização, como nade Jó,que viu
loucura do homem. A alegria fi seus filhos, netos e até mesmo bis
nal na família e o propósito de netos, Todavia, a morte de uma pes
sua história, resultante da entra soa jovem tem um tom de tragédia.
da de Rute no cenário israelita, Para Malom e Quiliom, certamente,
demonstram a rica benignidade e podemos imaginar que também
da providência de Deus. É uma para Elimeleque, a morte chegou
evidência de Seu amor. Felizmen cedo na vida, e Noemi ficou desam
te, a providência de Oeus cobre parada de seu marido e seus dois
até os nossos erros! filhos muito cedo na vida.
Em segundo lugar, embora o
livro de Rute apenas nos dê
um
não ter um herdeiro .

rápido vislumbre na fé de que a


morte não seja o fim (1.17),
havia uma certeza: o nome do
homem não deveria ser
esquecido. Por tanto, seu nome
permaneceria na sua
descendência e na herança.
Como era importante para ele
que tivesse um filho! (4.5,1O). E
como deveria ser desesperador,
portan to, para Noemi o fato de
que, além de ter perdido os três
homens de sua família, ela não
tivesse um único herdeiro através
do qual os nomes deles
continuassem e sua herança
ficasse garantida! Seus homens
morreram, e com eles os seus
nomes!

2. Casamento e morte dos fi


lhos (Rt 1.4)
"Os quais casaram com mulheres
moabitas; era o nome de uma Orfa,
e o nome da outra, Rute,· e ficaram
ali quase dez anos."
Uma luz de esperança brilha
para Noemi, o casamento de seus
filhos Malom e Quiliom com mu
lheres moabitas, Orfa e Rute. Os
casamentos, nos tempos bíblicos,
eram especialmente muito festi
vos e com muita alegria para os
pais e noivos. Dentre outras ra
zões, uma é especial para os pais:
era a possibilidade de o casal ter
filhos homens, e assim, dar conti
nuidade à linhagem familiar, ga
rantindo a manutenção das suas
famílias e propriedades. Não havia
tragédia maior para urna família
do que ter o seu nome extinto por
Lição 1-ATrágica Emigração de Belém para Moabe a expressão "filhos dele", agora é
"filhos dela". Tais mudanças de
Sobre a menção do tratamento indicam a transferên
tempo, "fi caram ali quase cia da responsabilidade do pai,
dez anos", o enten dimento agora morto, para a mãe viva. À
para muitos estudiosos é
que tais anos abrangem o
tempo de permanência da
família em Moabe. Talvez a
narrativa do ca samento dos
filhos tenha criado a
expectativa de consolo para
Noe mi, por meio dos netos.
Todavia, a sequência dos
fatos mostra novos eventos
trágicos que põem fim às
esperanças de Noerni: seus
dois filhos morrem sem
gerar descen dentes (v.5).
Agora, a família de Elimeleque
está sem a segunda e a
terceira ge rações.
"Ficando, assim, a mulher
desamparada de seus dois
filhos e de seu marido."
(v.Sb). Diante de uma
tragédia assim, não há pala
vras de consolo.

3. Noemi não desiste (Rt


1.6) "Então, se dispôs ela
com as suas noras e voltou
da terra de Moabe,
porquanto, nesta, ouviu que
o Se nhor se lembrara do seu
povo, dan do-lhe pão."
A partir do verso 3, o
escritor muda a forma de
referir-se aos homens da
família: Elimeleque, agora
passa a ser referido como o
esposo de Noemi. Naquele
tempo, esse era um modo
incomum de se referir a um
homem e sua mulher; e mais,
quanto aos filhos, até en tão
Lição 1 -A Trágica Emigração de Belémpara
Moabe
senso real do choque que atinge
semelhança de tantas bravas mu uma pessoa nessas condições
lheres que, sozin has, por serem inespe radas .
naturalmente viúvas ou "viúvas de Não s ignifica es ta r mos fora
ma ridos vivos", precisam assumir do alcance da providência de De
sozinhas, mas ajudadas por Deus, us, o fato de certos sofrime ntos
a excepcional responsabi1idade de nos sos parecerem insupor táveis
lidera nça e provisão do lar. A par- ou algumas de nossas
tir de então, o foco é Noemi, não circunstâncias parecerem injustas,
mais Elimeleque. nem algumas de noss as perguntas
Um desastre em cima do ou ficarem sem respostas.
tro, na vida de Noe mi, dá-nos um

APLICAÇÃO
PESSOAL
Aprendemos com Noe
mi que fé, às
ve ze s, significa uma dis
pos i ção de
aceitar os mistérios de De
us, sem exigir res po st
as, na co n fiança de que
Ele é fiel em todas as
circ unstâncias .
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÕGICA • Conhecer os personagens da
Em Rute 1 há 22 versos Sugelimos história e seus dilemas.
co meçar a aula lendo, com todos os • Situar os eventos no tempo e
pre sentes, Rute1.6-22(5a7 min). seus desdobramentos no decorrer
A revista funciona comoguia deestu da narrativa.
• Reconhecer que os persona
do e leitura complementar; mas não gens, pessoas comuns, são instru
substitui a leitura da Bíblia mentos de Deus paraSeu plano
Querido(a) professor(a), esta maior.
lição está baseada no primeiro
capítulo do livro de Rute, que con PARA COMEÇAR A
tém muitos eventos e cujos deta AULA
lhes repercutem nos demais ca
Inicie a sua aula conduzindo
pítulos. Por isso, faça a leitura do
seus alunos a fazerem uma leitu
livro todo para ter a compreensão
ra uníssona de todo o primeiro
total da história de Rute, a prota
capítulo, pois a lição abrange to
gonista do livro. dos os versículos.
Na leitura complementar, você Observe como o primeiro ca
terá um texto sob o título "O cará pítulo está repleto de informa
ter de Deus", que poderá auxiliar ções que serão contextualizadas
na condução da sua aula e escla nos demais capítulos do livro,
recer os alunos sobre a manifes de modo que os alunos possam
tação de Noemi sobre Deus (os compreender no texto implícito
nomes de Shadai e Ya hweh), de o desenvolvimento do projeto de
ser o causador do seu sofrimento Deus.
e amargura.

RESPOSTAS DA PÁGINA 16
1) Noem,i Rute e Boaz.

2) A casa do pão.

3) Mara.
Lição 2- Noemiretoma aBelém

LEITURA ADICIONAL
O Caráter de Deus

Que espécie de Deus está presente neste pequeno livro? Obviamente,


pelas referências internas do livro, ele é o Deus pactuai de Israel. Com
exceção do Shadai (1.20,21), o livro refere-se a ele pelo seu nome pac
tua!, Yahweh (1.8,9,13;2.1 2;3.10; 4.11,12; Êx 6.3; 20.2). Como Yahweh,
Ele acabou com a fome dando pão a Is rael (Rt 1.6). Era "seu Deus" [i.e.,
de Noe mi] que Rute abraçou enfaticamente contra a vontade de Noemi
(1.15,16). Foi o Deus de Israel [...] sob cujas asas Rute encontrou refúgio
e de quem Boaz buscou retr ibuição pela lealdade dela (2.12). Foi Yahweh,
que os personagens invocavam para responder a oração (1.8,9;4.11,12);
garantir juramentos (1.17;3.13) e conceder bênçãos (2.4,20;3.1 0). Foi Ya
hweh, seu próprio Deus, que a Noemi vazia acusou de infidelidade
pactuai (1.21) e cuja fidelidade em restaurá-la à plenitude, as mulheres
mais ta r de celebraram (4.14).
Finalmente, foi o Deus pactual de Israel. o doador da fertilidade e da
prosperidade que decorreram disso (1.6; 4.11,12,13,14);[...]. Ademais
como Deus pactuai de Israel, Yahweh se importa com viúvas como
Noemi e Rute, mulhere.s que a morte reduziu à quase pobreza e vulne
rabilidade . [...] Além disso, Deus é aquele que cuida de pessoas de todas
as nações que, como Rute, cha ma m-n o Deus deles e buscam refúgio
sob suas asas (Rt 1.16; 2.12).
Por outro lado, a história pres ume que, embora seja o Deus pactuai de
Israel, Yahweh, que dirige a história dos bastidores é o governador cós
mico de seu universo criado. Vê-se que isto é assumido no próprio título
Shadai que Noemi invoca em sua queixa amargurada (1.20,21). O livro
presume que Yahweh, como regente cósmko Shadai, supervisiona a sub
jacente ordem moral do mundo, dispensando recompensas e punições
apropriadas, ligando consequências com suas ações humanas correspon
dentes. Como muitas reclamações bíblicas, o protesto de Noemi surge da
indignação sobre um aparente uso injusto dessa supervisão no caso dela.
[...] Com o mesmo entendimento, Boaz pediu a Yahweh que recompen
sasse Rute (2.12; 3.10) e que tornasse inteiros os atos anteriores de Rute,
dando a ela a consequência proporcional a suas ações.

Livro: Comentários do Antigo Testamento: Rute (HUBBARD Jr.; [tradução Helen


Hope Gordon Silva). - São Paulo: Cultura Cristã, 2008.

li
Estudada em _ ! _ !

LIÇÃ02 Leitura Bíblica Para Estudo


Rute 1.6 -22
RUTE 1 Verdade Prática
NOEMI A providência de Deus faz da
longa e árida caminhada um
RETORNAA venturoso retorno ao lar.
,,,.
BELEM INTRODUÇÃO

1. PERSONAGENS PRINCIPAIS
Rt 1.20-2.1

1. Noemi Rt1.20
Texto Áureo 2.Rute, a moabita Rt1.16
"Assim, voltou N oem i da terra
de Moabe, com Rute, sua nora, a 3. Boaz Rt 2.1
moabita; e chegaram a Belém no
princípio da sega da cevada." ti. RETORNANOOABELÉM Rt1.6-18
Rt 1.22
1. Boas noticias de Belém Rt 1.6

2. O retorno das três viúvas Rt 11

3. Declaração de Rute Rt 1.16

Ili. CHEGADA EM BELÉM Rt1.19-22

1. Arecepçãoem Belém Rt 1.19

2. Areação amarga de Noemi Rt 1.20

3. Época de colheita Rt 1 22

APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
CDGJCQ)@)CDCD
Rt Rt Rt Rt Rt Rt
1.6 1 .9 1.1O 1.1S 1.19 1.22

Hinos da Ha rpa : 204 - 193

11
Lição 2- Noem1retoma a Belém

INTRODUÇÃO
da mão do Senhor. "Não me cha
meis de Noemi", ela diz às suas
Rute é um livro brilhante que
conterrâneas, "chamai-me Mara;
nos convida a refletir sobre a
porque grande amargura me tem
questão de como Deus está envol
dadoo Todo-Poderoso" (1.20).
vido nas alegrias e dificuldades do
Noemi não tem mais motivos
dia a dia de nossas vidas. A provi
para ficar em Moabe, e ela diz às
dência de Deus está evidenciada
suas noras que está voltando para
em cada cena dessa história apa
casa Ela sabe que a vida de uma
rente me nte mundana e comum,
viúva e estrangeira em Israel é
tornando real a grande histó ria de
mui to difícil; e então, compele
redenção para esta família e para
suas no ras a ficarem. Orfa
o mundo inteiro.
concorda; Rute, não. O capítulo
termina com Noemi propondo
1. PERSONAGENS
mudar o seu nome para Mara, que
PRINCIPAIS (Rt1.20-2 .1)
significa amargura em hebraico, e
ela lame nta o seu desti no trágico.
Os nomes são significativos.
Noemi. em quem se concentr a
Na maneira hebraica de pensar,
este primeiro capítulo de Rute, fi
saber o nome de uma pessoa é
cou sozinha, sem lar, sem marido,
conhecer o seu caráter, conhecer
sem filhos, sem amigos, sem espe
a pessoa. O nome é a pessoa. As
rança, sem herança.
três personagens principais no li
vro são: Noemi, a matriarca judia;
2. Rute, a moabita (Rt 1.16)
Rute, a jovem viúva gentia; e Boaz,
"Disse, porém, Rute: Não me instes
o agr iculto r solteiro israelita. Sem
para que te deixe e me obrigue a
desmerecer Elim ele q ue, Malom,
não seguir-ta; porq,ue aonde quer
Quiliom e Orfa.
que fores, irei eu e, onde quer que
pousares, ali pousarei eu; o teu
1. Noemi (Rt 1.20)
povo é o meu povo, o teu Deus é o
"Porém ela lhes dizia: Não me cha
meu Deus."
meis Noemi; cham ai-me Mara, por
O nome de Rute significa "com
quegrande amargura me tem dado
panheira': Nas Escrituras, Rute é
o Todo-Poderoso."
mencionada catorze vezes no livro
Noe mi s ig nifica "amável. en
que leva o seu nome (na versão
cantadora, agradável". E o co mo
ARA) e uma vez em Mateus. Ela é
vente significado deste nome des
uma das mulheres mais importan
taca-se mais tarde, quando Noemi
tes da Bíblia. Por causa de sua fé
volta de Moa be com sua nora Rute,
no De us de Israel, veio a participar
entristecida pelas experiências da genealogia de Jesus, o Messias
amargas que ela cria ter recebido prometido (Mt 1.5). Como moa-
Lição 2- Noemi retoma aBelém

bita, portanto gentia, ela não po tias de felicidade ou de ausência de


deria pertencer a Israel (Dt sofrimento. Certamente, quando
23.3). Mas contituiu-se uma Noemi voltou, não era uma pessoa
exceção à regra, por sua sem importância (1.19).
excelência de cará ter e
tambén1por se declarar per li. RETORNANDO A
tencente àquele povo e confessar a BELÉM (Rt 1.6-18)
sua fé no Deus de Israel (Rt 1.16).
Assim, também, são feitos os ca 1. Boas notícias de Belém {Rt1.6)
minhos da providê ncia divina. "Ent ão, se dispôs ela com as suas
Rute demonstra uma lealdade noras e voltou da terra de Moabe,
notável a Noe mi e ''Aonde quer que porquanto, nesta, ouviu que o Se
fores, irei eu e, onde quer que pou nhor se lembrara do seu povo, dan
sares, ali pousarei eu; o teu povo é do lhe pão. "
o meu povo, o teu Deus é o meu Enfim, Noemi ouviu a boa notí
Deus" (1.1 6). E assim, as duas cia de que o Senhor se lembrara
retornaram juntas a Israel. do Seu povo, dando-lhe pão.
Depois das mortes e da pré-
3. Boaz (Rt 2.1) condiçãode ex tinção da família de
"Tinha Noemi um parente de seu Noemi, ao ouvir essa notícia, inicia-
marido, senhor de muitos bens, da se um novo pe ríodo para
família de Elimeleque, o qual se redirecionar a sua vida.
chamava Boaz." Observe o movimento dela nos
Boaz significa "rapidez''. Ele era textos a seguir: "Então se
um fazendeiro israelita, abastado, dispôs ela...voltou da terra de
que morava em Belém. Muito res Moabe... saiu, pois ela" ( Rt
peitado na cidade. É o segundo ma 1.6,7). Agora, ela tem o domínio
rido de Rute. Boaz pertencia à tribo da situação e, com suas forças
de Judá, era parente de Elimeleque, renovadas, faz o caminho de
o falecido marido de Noemi. É cita volta para Belém, "a casa do
do 28 vezes na Bíblia como perten pão".
cente à tribo de Jud á,. vindo a ser Por sua atitude, Noemi mostra
bisavô do rei Davi. que sua fé em Deus se mantivera
A familia era de efrate us. Efrata viva para seguir em frente, e en
é uma palavra geralmente associa tão, lidera o êxodo do lugar onde
da com Belém.A famflía era bem si estivera, e suas noras a seguiram.
tuada na cidade. Talvez pertences se
à aristocracia local, uma família 2. O retorno das três viúvas
que, quando partiu para Moabe, (Rt 1.7)
era conhecida como de pessoas ri "Saiu, pois, ela com suas duas
cas ("Ditosa eu parti",1.21). Mas a no ras do lugar onde estivera; e,
riqueza e o prestígio não são garan- indo elas caminhando, de volta
para a terra deJudá."
Lição 2 - Noemi retoma aBelém

As três mulheres seguem es 3. Declaração de Rute (Rt 1.16)


trada afora, quando inesperada "Disse, porém, Rute: Não me instes
mente, Noemi suplica às suas no para que te deixe e me obrigue a
ras: "Ide, voltai cada uma à casa não seguir-te; porque, aonde quer
de sua mãe". Pode -se inferir que, que fores, irei eu e, onde quer que
en quanto caminhava, Noemi pousares, ali pousarei eu; o teu
refletia sobre o futuro de suas povo é o meu povo, o teu Deus é
noras e não desejava que elas se o meu Deus ."
sacrificassem por causa dela. Em Noemi tenta convencer Rute e
Belé m, ela não poderia garantir Orfa a volta rem. para Moabe. Com
que elas tivessem um lar; mas em uma questão hipotética - "Sou ve
Moabe, na casa dos pais, elas lha demais para ter marido. Ainda
teriam maior proba bilidade até de quando eu dissesse: tenho esperança
se casarem nova mente. ou ainda que esta noite tivesse mari
Noe 1ni deseja a bênção do Se do e houvesse filhos, esperá-los-íeis
nhor sobre elas, e disse: "Que o até que viessem a ser grandes? Abs
Senhor use convosco de ter0vos-feis de tomardes marido?"
benevolên cia". E ainda, pede que E prossegue: "Não, filhas minhas!
1
o 'Senhor lhes dê que sejais Porque, por vossa causa, a mim
felizes, cada uma em casa de seu me amarga o teroSenhor
marido"; isto é, que o Se nhor as descarregado contra mim a sua
guiasse a novos casamentos, para mão." (1.13). No vamente as
seguirem suas vidas felizes e em mulheres choram em voz alta, mas
segurança. As sim, Noe mi coloca desta vez, "Orfa, com um beijo se
suas not as nas mãos de De us. Em despediu de sua sogra" e ''voltou ao
seguida, Noemi se despede, seu povo e aos seus deu ses"; foi
beijando Orfa e Rute; e elas, para casa de sua mãe. Dife
porém, choraram em alta voz. rentemente, Rute se apegou à sua
Dada a intensa emoção, po de-se in sogra, decidida a fica r junto dela,
tuir que as três mulheres choraram, numa manifestação de profundo
como em uma lamenta ção de luto. vínculo emocion al e de lea ldade.
Pelas circunstâncias, talvez ela s De po is de o uvir em silêncio as
nunca mais iriam se ver novamente. ordens de Noemi, Rute se manifes
As noras, Orfa e Rute, declara ta pela primeira vez na história e
ram lealdade à sogra quando dis diz:"Não meinstes para que te
seram que pre tendiam voltar com deixe e me obrigue a não seguir-
ela para o seu povo, e esperavam te".Para Rute, voltar era abandonar
que Noe mi aceitasse a decisão Noe m i e deixá-la mais vulnerável
delas. Assim acontece a primeira ainda. E fez uma declaração de
conversa entre as mulheres, no ca fidelidade à sua sogra: que iria
minho de retorno. seguir e viver com ela; que estava
disposta a re nunciar à sua terra
natal e aos seus
Lição 2- Noemi retoma aBelém

deuses e identificar-se com o povo sica e emocionalmente, sem o ma


e o Deus dela; que permaneceria rido e filhos.
pelo resto da vida com ela e que
até mesmo seria sepultada na 2. A reação amarga de Noe mi
mesma sepultura. E finaliza com (Rt 1.20)
um jura mento, em nome do Deus "Porém ela lhes dizia: não me
de Israel, sua lealdade para com cha meis Noemi; chamai-me Mara,
Noemi e o reconhecimento de por quegrande amargura me tem
Javé como o seu Deus (v.16 ). Ass dado o Todo-Poderoso."
im, a primeira fala de Rute para Ao chegar a Belém, provavel
Noemi pode ser sintetizada assim: mente, Noemi viu os lugares que
"Onde quer que o futuro nos leve, seu marido teria frequentado e
eu ficarei ao seu lado e fiel ao seu os filhos a brincar. As lembranças
Deus''. A partir da quele ponto, dos seus entes queridos lhe apro
ambas seguiram ca minho para fundavam a tristeza. As
Belém de Judá. mulheres que a recebiam com
entusiasmo também lhe
Ili. CHEGADA EM BELÉM trouxeram muitas recordações,
(Rt 1.19-22) inclusive do signi ficado do seu
nome - "agradável ou bela". As
1. A recepção em Belém (Rt 1.19) lembranças de um passado feliz
"Então, ambas se foram, até que eram incompatíveis com a vida
chegaram a Belém; sucedeu que, ao desventurada, no pre sente. Tudo
chegarem ali, toda a cidade se isso contribuiu para uma reação
comoveu por causa delas, e as mu abrupta de Noemi às mulheres
lheres diziam: Não é esta Noemi?" que a chamavam pelo nome.
Os detalhes da viagem não fo Então, protestou: "Não me
ram contados, somente por algumas chameis Noemi" (agradável); um
palavras têm-se algumas pistas. O nome que não combinava com o
escritor também omitiu o nome de que ela sentia. Ela queria mesmo
Noemi e de Rute, referindo-se a elas era ter um nome que refletisse
como "as duas", "ambas", para dizer sua profunda dor emocional e
que elas formaram um par, que es exigiu que a chamassem de Mara,
tavam unidas a uma sorte em co que sign ifica amarga.
mum - "Então, ambas se foram, até Noemi também compara a sua
que chegaram a Belém". condição do passado com o pre
Sucedeu que ao chegarem ali, sente, dizendo: "Ditosa eu parti, po
à porta da cidade, Noe m i e Rute rém o Senhor me fez voltar pobre".
entraram em Belém e, juntas, ini
ciavam uma nova fase de vida. Elas 3. Época de colheita (Rt 1.22)
são recebidas pela cidade, que se ''Assim, voltou Noemi da terra de
comoveu ao ver Noemi abatida fi- Moabe, com Rute, sua nora, a
moa-
Ução 2 • Noemi retoma aBelém

bit a ; e chegaram a Belém no prin terra (v.l) e termina com o regis


cípio da sega da cevada''. tro do começo da sega da cevada
Para demarcar o tempo em (v.22). Deus, que conhece o fim
que a volta de Noemi ocorreu, o desde o começo, foi paciente
escritor menciona a colheita da com Noemi, que se sentia de
cevada. Para concluir, lembre-se mãos va zias e nem podia
que o primeiro capítulo começa reconhecer que Rute era a
dizendo que houve uma fome na portadora da provisão que faria
suas mãos cheias.

APLICAÇÃO
PESSOAL
A providência de Deus
transforma a longa e
sofrida caminhada em um
venturoso retorno ao lar. É
na confiança em Deus que
podemos experi mentar Sua
p rovisão, pois só Ele pode
transformar os nossos
infortúnios em bênçãos,
segundo o Seu eterno
propósito .
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGóGICA • Conhecer os temas relativos à
Em Rute 2 há 23versos. Sugerimos cultura do povo de Is ra el nos seus
co meçar a aula lendo, com todos os dias primitivos.
pre sentes, Rute 2.1-23(5 a 7 min.). • Identificar as etapas da vida
A revista não funciona como guia de dos personagens até chegarem ao
estudo e leitura complementnr, mas propósito de Deus.
não substitui a leitura da Bíblia • Reconhe cer a providência di
O segundo capítulo do livro de vina nos afazeres comuns da vida.
Rute apresenta novos eventos que en
caminham a história para o desfecho, PARA COMEÇARA AULA
como: o início da reversão da fome
para a fartura (1.1; 2.23); o sinal Inicie sua aula motivando os
desolução da questão de extinção da alunos a conhecerem os costu
família de Elimeleque (1.12,13) e
mes antigos do povo de Israel por
mostra, ainda, que o pedido feito a
Deus em favor de Rute, para que meio do estudo proposto para a
fosse feliz tendo marido (1.9), estava a aula. Além disso, observe como a
caminho. história das pessoas mostra cami
Conduza sua aula de modo que nhos difíceis até que elas vejam o
a história da família em estudo seja
verdadeiro plano de Deus para
um bom exemplo aos alunos sobre
como o controle de Deus e Sua pro cada uma. Destaque que estudar
vidência se mantêm fiel, ainda que a a história de Rute proporciona
vida apresente muitas dificuldades, um gracioso modo de enxergar a
próprias da condição humana providência divina escondida nos
Explore o bom exemplo de Boaz,
reveses da vida e que a graça de
especialmente em relação à sua ati
tude de ser obediente à Lei de Deus. Deus se mostra no agir humano.
Ele foi muito além da exigência RESPOSTAS DA PÁGINA 22
legal, pois seempenhava em 1) Boaz.
praticá-la. Ele nos ensina a fazer
2) Para que ela almoçasse com ele.
mais do que se pede para fazet
3) A colheita.
Lição 3-Rute Encontra Boaz

LEITURA ADICIONAL

BOAZ: "Na força de Yahweh o rei se regozijará"

Com uma simples apresentação o escritor apresenta um outro perso


nagem e com isso marca um novo momento da história. Nessa intr od u
ção, o autor aguça a curiosidade e informa ao leitor que Noe mi tinha um
amigo. [...], ou seja, ele era amigo de Noemi através de seu esposo. Tendo
em vista a referência à família de Elimeleque, esta expressão sugere que
ela chegou a conhecê-lo [...]. Não sendo estranho, para Noemí fica
subten dido e é significativo, caso tivesse ela quaisquer coisas a tratar
com ele, já conheceria a sua personalidade.
Além disso, o amigo era pessoa rica, influente que na maioria das
vezes, signifique "herói de guerra"(Js 2,3; Jz 6.12; 2Sm11.28; 2Rs 24.16;
etc.) e "homem rico", o que lembra bravura militar e riq ueza juntas. [...)
Mas, como aqui não há pano de fundo militar, o termo é apenas um título
de alta posição social. A ce na seguinte (vs. 2-7) confirma sua riqueza, o
processo legal mais tarde (4.1-12), seu alto status social. Boaz era uma
pessoa poderosa - alguém cuja riqueza e alta reputação em Belém lhe
deram forte influência entre seus pares - homens aristocráticos, nobres
e generosos. Esse detalhe não tem pouca importância, porque a descrição
contrasta Boaz com os homens um tanto fracos do capít ulo 1. Sua esta
tura e influência podem ser significativas mais adiante na história. Não
poderia ele, em algum momento, ajudar as duas viúvas vulneráveis?
Além de influente, Boaz era tam bém do mesmo clã que Elimeleque,
o dos Efrateus (1.2). [...]. O clã consistia de famílias que descenderam de
um ancestral comum e era o único grupo mais importante na sociedade
israelita. Os clãs desfrutavam da posse inalienável de terras específicas
Os 13.17), posse que o goel era obrigado a proteger (Lv 25). A menção
do relacionamento cle Boaz com Elimeleque dava a entender que a
lealdade de clã e os deveres incu1nbentes poderiam fazer com que ele
usasse sua influênciaem alguma data posterior. Por fim, é significativo
que a menção dele fornece aos leitores alguma informação que não é
percebida nem mesmo pelos personagens principais.

li vro: Comentários do Antigo Testamento: Rute (HUBBARD Jr.; [tradução Helen


Hope Gordon Sílva). - São Paulo: Cultura Crístã, 2008, p.184-185).

li
Estudada em _ ! _ !

LIÇÃ03 Leitura Bíblica Para Estudo


Rute 2.1-23
RUTE2
Verdade Prática
RUTE Aprovidência divi,a toma forma na
vida do crentepormeiodasações
ENCONTRA humanas e éassrnquepodemosW!
r"quea
BOAZ deDeustem um rosto humérlo.

INTRODUÇÃO

1. UM ENCONTRO CASUAL Rt2.1-7

1. Rute colhe alimento Rt 2.2


,
Texto Aureo 2. Um encootro "por casualidad3" Rt2.3
"O Senhor retribua o teu ferro, e
3. Boazcooversaoomoencarregacb Rt26
seja cumprida a tua recompen
sa do Senhor, Deus de Israel, sob
li. BOAZ TRATA BEM RUTE Rt2.lH7
cujas asas vieste buscar refúgio."
Rt 2.12 1. Boaz conversa com Rute Rt 2.B

2. Convida Rute para o almoço Rt 2.14

3. Aorientayã) d3Boazoossavoo Rt215

Ili.RELATÓRIO DODIA Rt 2.18-23


1. Rute faz relatório a Noemi Rt 2.18
2.Aconversa de Noemi e Rute Rt 2.20
3.O fim da colheita Rt2.23

APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário
CDCDC9JC9)CDCD
2 2 2 2 2 2
2 3.4 8-14 15-17 18-20 21-23

Hinos da Ha rpa: 369 - 61


17
Lição3 -Rute Encontra Boaz

INTRODUÇÃO tinha conhecime nto que o pobre,

O novo episódio da história


con tada no capítulo dois de Rute é
car regado de eventos
surpreendentes, que começam com
a apresentação de um novo
personagem. A decisão de Rute de ir
ao campo para respi gara fez correr
riscos, mas lhe abriu muitas
possibilidades. Ela encon trou
quem lhe favorecesse, colhe u
alimento, fez amizade, adquiriu sta
tus. Sob as asas do Deus de Israel,
Rute recebe uma porção da paga
por sua lealdade à Noemi, por meio
do seu benfeitor, Boaz (2.8,12). Um
novo dia trará novidades.

1. UM ENCONTRO
CASUAL (Rt 2.1-
7)

1. Rute colh e ali m en to (Rt 2.2)


"Rute, a moabita disse a Noem,i: dei
xa-me ir ao campo, e apanharei es
pigas atrás daquele que mo favore
cer. Ela lhe disse: Vai, minha filha!"
Um novo dia surge para as duas
viúvas; Noemi fala sobre um pa
rente de Elimeleque, Boaz, que terá
um papel importante na história. O
nome dele tem o sentido de "proe
minente homem de bens': Noemi
contempla os campos de cevada
que confirmavam a notícia que ou
vira, ainda em Moabe, que Deus vi
sitara Seu povo, dando-lhe pão (Rt
1.6). Rute a ouvia e ponderava em
qual dos campos ela poderia ser
favorecida para adq uir ir alimento.
Por ser moabita, Rute talvez não
a viúva, o órfão e o estrangeiro
ti nham o direito de colher os
grãos nas bordas dos campos e
também para recolher o que os
segadores deixavam nas eiras,
conforme de terminava a lei de
Israel (cf. Lv 19.9- 10; Dt 24.19).
Ela pediu permissão a Noemi para
apanhar espigas no campo que lhe
fosse permitido, ao que Noe1ni
consentiu: "Vai, minha filha!" Rute
foi, chegou ao campo e respigava
após os segadores.

2. Um encontro "por casualidade"


{Rt2.3)
"Ela se foi, chegou e apanhava
após os segadores por
casualidade en trou na parte que
pertencía a Boaz, oqual era
dafamflia de Elime/eque."
Rute, por "casualidade",
entrou no campo que pertencia a
Boaz. De pronto, a cena mostra o
con trole soberano de Deus sobre
as questões humanas. Deus a
estava guiando para o campo
certo. Para não restar dúvida,
tem-se mais uma pis ta da
providência divina: Boaz era do
mesmo clã que Elime leque (2.1).
Agora Rute estava no campo de
propriedade de Boaz. Os sentidos
de compromissos, de lealdade e de
deveres de família agora pairam
sobre o campo de ce vada, mas
falta acontecer o encon tro dos
personagens. De re pente, eis que
Boaz veio de Belém (v.4). A
chegada de Boaz ao mesmo local
onde Rute estava é indício da pro
vidência divina.
Boaz chegou e saudou seus
trabalhadores, dizendo: "O Senhor
étnica, pela associação com Noe -

seja convosco", Ao que os ceifeiros


responderam: "O Senhor te aben
çoe". Essa saudação, embora cos
tumeira, deixa uma sutil sugestão
de que, "por casualidade" mencio
nada no verso 3, afirma a presen
ça de Jeová entre eles, bem como
sobre o trabalho, o campo e o que
aconteceria a seguir.

3. Boaz conversa com o


encarre gado (Rt 2.6)
"Respondeu-lhe o servo: Esta é
a moça moabita que veio com
Noemi da terra deM oabe",
A visita de Boaz ao seu campo
foi para inspecionar o progresso da
colheita, incentivar os trabalhado
res. Mas ao identificar a presença
de urna moça, quis saber quem
era. Então perguntou ao enca
rregado: "De quem é esta moça?"
(v.5). O uso "De quem" ao invés de
"quem" ex pressa o desejo de Boaz
de saber a
identidade de Rute, se era empre
gada de um outro proprietário de
campos vizinhos, ou a qual família
ou clã ela pertencia
A resposta do encarregado
mostra que é a moça moabita que
viera com Noemi de Moab e, uma
jovem senhora de uns vinte e
cinco anos de idade,
possivelmente. Ao referir-se como
uma moabita, indi ca os riscos que
ela poderia passar por ser
estrangeira e estar no cam po a
respigar (vs. 9,15,16), corno
observado mais tarde por Noe mi
(v. 22). Ele mostra então que Rute
era conhecida pela sua identidade
Lição 3- RuteEncontra Boaz estava autorizada a rebuscar onde
quisesse, e ele ainda deu ordens
mi e ter vindo com ela de Moa aos servos que não lhe trocassem
be. Mesmo não sabendo o de campo. Rute ficaria na
nome, o en carregado deu companhia dasservas e,se fossem
indícios de que Rute tinha trabalhar em outro campo, que
um lar. fosse com elas: e foi assim que
sucedeu, até finalizar a colheita da
li. BOAZ TRATA BEM cevada e do trigo (v.23). Ao ser
RUTE (Rt 2.8-17) permitido respigar após as servas,
Rute colheria mais do que grãos se
1. Boaz conversa com Rute o fizesse nas bordas dos campos.
(Rt2.8) Além desse privilégio, Rute poderia
"Então , disse Boaz a Rute: beber da água que era tra zida para
Ouve, minha filha, não vás os trabalhadores daquele campo.
colher em ou tro campo, Diante dos atos de bondade de
nem tampouco passes Boaz, Rute se inclinou com o rosto
daqui; porém aqui ficarás rente ao chão e exclamou: "Como
com as minhas servas'. é que me favoreces e fazes caso de
Então, Boaz falou mim, sendo eu estrangeira?". Ele
atenciosamen te com Rute e a disse, revelando que alguém havia
tratou de "minha fi lha:• A lhe contado da dedicação dela a
partir daquele momento, ela Noemi, que ela havia deixado o pai,
Lição 3 • Rute Encontra Boaz aceitou, assentou-se ao lado dos
segadores e ele mesmo lhe serviu
a mãe e a segurança da terra na tal, grãos tostados. Dá a ente nder que a
arrisca ndo vir morar em meio a quantidade de grãos foi genero sa,
um povo que não conhecia bem. pois ela comeu, saciou a fome e
Naquele dia, no campo de cevada, guardou a sobra. Ao lhe servir aqueles
esse encontro foi a primeira situa grãos, Boaz mostra mais um sinal de
ção de alegria que Rute viveu desde bondade e que Rute encontrou um
a morte de seu esposo em Moabe. benfeitor muito ge neroso. Ru te,
igualmente, mostrou sua generosidade,
2. Boaz convida Rute para o al ao guarda r um pouco do seu almoço
para uma pessoa que lhe era especial
moço (Rt 2.14) (v.18). Ali ela sentava-se como mem
''A hora de comer, Boaz lhe bro de uma importa nte família israelita
disse: Achega-te para aqui, e (2.1). Aliás, contrariando os costumes
come do pão,e molha no vinho o heb raicos antigos, ela foi servida por
teu bocado. ele, que precisou se levantar para servi-
Ela se assentou ao lado dos sega la. Não é difícil ver a mão de Jeová,
dores, e ele lhe deu grãos tostados como o prove dor, na retaguarda dos
de cereais; ela comeu e se fartou, atos gene
e ainda lhe sobejou''. rosos de Boaz.
Boaz convidou Rute para almo
çar com ele e os trabalhadores, ela
1. Rute faz relatório a Noemi
(Rt2.18)
3. A orie ntação de Boaz "Tomou-o e veio à cidade: e viu
aos ser vos (Rt 2.15) sua sogra o que havia apanhado;
"Levantando-se ela para tam bém o que lhe sobejara
rebuscar, Boaz deu ordens depois de fartar-se tirou e deu a
aos seus servos di zendo: Até sua sogra"
entre asgavetas deixai-a
colher e não a censureis."
Atento aos movimentos
de Rute, assim que ela se
voltou a re busca Boaz deu
ordens a seus servos que não
a repreendessem quando ela
estivesse respigando entre as
espigas já cortadas e que
também ao fazerem os
feixes, dei xassem porções
de espigas para ela reco lher.
Assim, deixou claro para os
servos que Rute tinha a
permis são ir res tr ita para
rebuscar entre os feixes.
Porta nto, os servos não
poderiam nem reclamar dela,
pois o ato da auto rização de
Boaz foi além da exigência
legal.
Naquele resto do dia, Rute
res pigou at.é o fim da tarde,
amarrou os seus feixes e os
levou para a eira onde
debulhou e preparou para le
var. Apesar do tempo de
espera pela permissão, a
quantidade de grãos colhidos
foi de quase um efa, aproxi
madamente 22 litros de
cevada, cer ca de 13kg, o
equivalente ao salário de
metade de um mês, em um
dia.

Ili.RELATÓRIO DO DIA
(Rt 2. 18-23)
Lição 3 - RuteEncontra Boaz

No fim daquele dia, Rute parte do campo que era de Boaz.


retor nou à cidade com tudo que
colhe ra sobre os ombros. Sua
sogra viu que a quantidade de
cevada que Rute trouxe era
superior ao volu me que um
homem respigava em um dia de
trabalho.
Além da grande quantidade
de cereais que trouxe, um gesto
afetuoso de Rute animou Noemi
(v.18). O gesto faz lembrar o dia
quando elas chegaram a Belém,
quando Noemi reclamara de ter
voltado pobre, com as mãos
vazias (1.21). Rute, depois de um
dia de colheita no campo de
cevada (cf. 1.22), coloca comida
pronta nas mãos de Noemi, além
da cevada que supriria a casa dela
por mui tos dias. Entusiasmada,
Noemi fazia uma pergunta atrás
da outra para Rute (v.14). Queria
saber de todas as novidades.

2. A co nve rsa de Noemi e


Rute (Rt 2.20)
"Então, Noemi disse a sua
nora:
Bendito seja ele do Senhor, que
ainda não tem deixado a sua be
nevoléncía nem para com os vivos
nem para com os mortos. Disse-lhe
Noe mi: Esse homem é nosso paren
te chegado e um dentre os nossos
resgatadores''.
Percebendo a mão de De us,
No emi fez uma oração pedindo
ao Senhor, o justo juiz, que re
compensasse aquela pessoa pelos
seus atos de bondade. Ru te res
ponde que havia trabalhado na
De novo, Noemi pede uma das ser vas de Boaz, estaria
especí fica bênção do Senhor protegida. Tan to Noemi como
sobre Boaz. Reconhece que Boaz demonstram intenção de
Jeová não deixou a Sua proteger Rute. Assim foi feito e
benevolência para com ela e Rute permaneceu junto
Rute, nem para com os
maridos e filho s já falecidos.
Noemi reco nhece o Senhor
como o supremo agente da
bênção e diz que Boaz era
merecedor de uma recom
pensa. A providência divina
toma forma na vida do
crente por meio das ações
humanas, e é assim que
podemos ver que a graça de
Deus pode se apresentar
com um rosto humano.
Ao cuidar das necessidades de
Rute e Noemi, por meio de
Boaz, Je ová demonstra
bondade e cuida
do para com as viúvas, como
está escrito: "O SENHOR
guarda o pe regrino, ampara
o órfão e a viúva, porém
transtorna o caminho dos
ímpios" (SI 146.9).

3. O fim da colheita (Rt


2.23} ''Assim, passou ela à
companhia das servas de
Boaz, para colher, até que a
sega da cevada e do trigo se
aca bou: e ficou com a sua
sogra."
A conversa entre a sogra
e sua nora se mantém
animada! Rute conta a
Noemi que Boaz lhe deu até
mesmo permissão de
continuar respigando ali até o
fim da colhei ta (v.8,9). A
pronta reação de Noe mi foi
de concordância; e reforçou
que, ficando na companhia
Lição 3 - Rute Encontra Boaz

das servas de Boaz no campo de colheita e o segundo capítulo com


cevada até terminar a colheita. o fim (1.22; 2.23). Mas, a atitude de
O tema da colheita está presen Rute, o consentimento de Noemi e
te nos dois primeiros capítulos de a benevolência de Boaz explicitam
Rute. O primeiro com o começo da a graça de Deus" (1.16; 2.2; 2.8).

APLICAÇÃO PESSOAL
Somos desafiados a sermos um canal da providência divina para indi
car às pessoas o caminho da verdadeira esperança , nos tornamos o
rosto da graça de Deus para elas.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA • Conh ece r o costume legal is
Em Rute 3 há 18 versos. SU9erimos co rae lita de resgate de bens da famí
meçar a aula lendo, com t.odos os pre lia e da escravidão.
sentes, Rute3.1-18(5 a 7minJ. • Ide n tificar o costume israelita
A revista funciona comoguia do resgatador no capítulo 3 de
deestu do e leitura complementar; Rute.
mas não substitui aleitura da Bíblia • Avaliar a viabilidade de apli
Com o fim da amargura que cação da prática legal is rae lita na
consumia Noemi, surge a brilhante sociedade atual para liberta r os
ideia de assegurar a Rute um lar fe escravizados, suprir os famintos
liz ao lado de um marido. Com cla física, social e emocionalmente.
reza espiritual, Noemi elabora um
plano para executar algo que, no
passado, se sentia incapaz de reali PARACOMEÇAR AAULA
zar, pedindo, agora, que Deus "pa Professor. inicie a auJa motivan do
gue integtaJmente a Rute por sua os alunos com um "quebra-gelo"
benevolência" (1.8,9). Assim, Noemi adequado ao título da lição: Rute faz
estaria sendo o instrumento para proposta de casamento a Boaz. Como
efetivar a própria oração. sugestão consulte: https.j/wwwJJou
Para completar, havia na lei isra tube.com/watch?v=2alzPm/OADI<
lita uma previsão que favorecia a exe
cução do plano de Noemi. Na leitu1c;1
complementar,você lerá um texto
que poderá auxiliá-lo com
informações sobre a função do
resgatador no cum primento legal do
costume israelita. Conduza os
alunos ao entendimento de romo
Noemi, restabe lecida, pôde realizar o
pedido que fizera a Deus, um dia RESPOSTAS DA PÁGINA 28
Podemos ser o instrumento pelo
1) Pedido de casamento.
qual Deus responde asorações.
2) Seis medidas de cevada.
3) Que esperasse Boaz resolver a questão.
Lição 4 -RutePropõe Casamento a Boaz

LEITURA ADICIONAL
O PEDIDODE RUTE

Durante sua visita noturna secreta à eira, Rute propôs casamento a


Boaz (3.9), sustentando seu pedido com o status de "parente resgatador"
(2.20). No entanto, o AT em nenhum lugar lista casamento de qualquer
tipo entre os deveres de umgoel que tinha como tarefas principais em re
lação ao clã, restaurar posse de propriedade alienada através de resgate e
libertar membros livres de escravidão por pobreza. Será que a suposição
de Rute de que um 9oel tinha responsabilidade de casar-se com uma pa
renta enviuvada era justificável, ou ela pediu erradamente?
Diferente de códigos legais modernos, as matérias legais do AT Limi
tam sua exte nsão a casos selecionados, e assim oferecem só uma olhada
parcial às práticas legais de Israel. Não obstante, que Rute presume um
dever marital por parte do goel sugere fortemente que tal costume de
fato existia; senão a história não teria credibilidade. Mais importante, há
evidência de que os deveres de um goel iam além daqueles estipulados
na lei, visto acima. Mais ainda, se aceitamos que a figura de Yahweh
como goel redentor reflete os costumes legais israelitas, o goel também
era um advogado que defendia membros vulneráveis e desfavorecidosda
família. Em suma, parece provável que o dever de goel era bem amplo
- muito mais amplo do que os atos de resgatadores (conf. Lv 25) e os
típicos do levirato que por certo, visava ajudar membros do clã, tanto os
vivos fra cos e vulneráveis como os falecidos. De fato, pode ser
particularmente significativo para o livro de Rute que dois dos deveres
concernem ações a favor dos mortos. Tais atos buscavam restaurar uma
inteireza que o clã percebia estar perdida ou em perigo, abrangia tanto
os membros vivos quanto os falecidos.
Sendo assim, é enganoso presumir que o goel tratava principalmente
da redenção de propriedade, pois a prática abrangia uma variedade de
deveres em apoio aos parentes empobrecidos, em particular os
mortos. Embora circunstancialmente, o pedido de casamento de Rute
seguiu legi timamente a prática israelita do goel. O fato de que Boaz não
levan tou ne nhuma objeção confirma a suposição e sugere que o público
antigo teria entendido as coisas assim.

Livro: Comentários do Antigo Testamento: Rute (HUBBARD Jr.; [tradução Helen


Hope Gordon Silva). - São Paulo: Cultura Cristã, 2008, pp. 80-82).

li
Estudada em _ /_ /

LIÇÃ04 Leitura Bíblica Para Estudo


Rute 3.1-18
RUTE3
Verdade Prática
UTE PROPÕE CASAMENTO ADeus
BOAZdesempenha o seu trabalho
atravésdos crentes que aproveitam
oportunidades inesperadas como
sendo presentes de Deus.

INTRODUÇÃO

1. O PLANO PARA RUTE Rt3.1-11

,, 1. Noemi instrui Rute Rt 3.5

Texto Aureo 2. Rute fazpedido de casamento Rt 3.9


u: Sou Rute, tua serva; es­tende a tua capa sobre a tua ser- va, porque tu és resgatador. " Rt
3. Boaz elogia Rute Rt 3.10

li. BOAZ, O REMIDOR Rt 3.12-15

1. Havia outro mais chegacb Rt 3.12

2. O juramento de Boaz Rt 3.13


3. O presente de Boaz Rt 3.15

llL RUTEREPORTA A NOEM Rt3.16-18


1. Aexpectativa confiante de Noemi Rt3.16
2. Agenerosidade de Boaz Rt 3.17
3.O sábio conselho de Noemi Rt3.18

APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário
CDCD CDCD
Rt3 Rt3 Rt3 Rt3 Rt3 Rt3
1-5 b-8 9,10 11-15 16 17-18

Hinos da Ha rp a: 45 - 139

23
Lição 4 -Rute Propõe Casamento a que perdera a sua propriedade.
Boaz Naquela noite Boaz estaria no campo
da debulha,
INTRODUÇÃO

O terceiro capítulo de Rute mos


tra o ponto crítico de toda a histó
ria, o mais alto nível de tensão e de
suspense. O infortúnio da fome
das duas viúvas já havia sido
soluciona do, mas o estado de
viuvez de Rute se man tinh a Desde
há muito, Noe mi desejava que Rute
se casasse, como manifes tado nas
ua oração que fosse feliz em casa de
seu marido, o que é reiterado agora
(3.1,18; 1.9).

1. O PLANO PARA RUTE


(Rt3.1-11)

1. Noemi instrui Rute (Rt 3.5)


"Quando ele repousar; notarós o
lugar em que se deita; então, che
garós, e lhe descobrirás os pés, e
te deitarós; ele te diró o que
deves fazer. Respondeu -lhe
Rute: tudo quanto me disseres
farei"
Passados os momentos mais
angustiantes desde que chegou a
Belém, Noe mi encerra a fase de
amargura e se dispôs a cumprir
uma obrigação que caberia aos pais
de Rute (1.6). E disse assim: "Minha
filha, preciso arranjar um marido
para você, afimdequevocêtenhaum
lar" (Rt 3.1 , NTLH), se gurança, per
manência e a felicidade no lar.
bem como, ter um herdeiro (1.8,9).
Noe mi re s ponderia à sua própria
oração aoelaborar um plano peloqual
Boaz cumprisse a obrigação de
socorre r um membro da família
de forma que o primogê nito dessa
relação se tornasse o herdeiro
onde Rute conversa ria com ele legal do mor to.
sem serem vistos. Rute desceria O livro de Rute mostra em deta
ao terrei ro da debulha onde se lhes a aplicação da lei do levirato e
manteria sem ser vista por Bo az. ainda indica que essa lei es te
Enquanto isso, ela observaria ndia
quando e onde Boa z fos se -se para alé m do irmão do marido
deitar-se para dormir, depois da morto. Ru te havia ficado viúva sem
festa Então ela viria para deitar- que tivesse ge rado um filho de seu
se aos pés dele. Boaz entende marido. Ela também não dispunha
perfeita mente a atitude de Rute de um cunhado elegível para cum
e o seu pe dido de um casamento prir o casamento levir ato.
em levirato. Ela estava
respeitando uma norma e 2. Rute faz pedido de casamento
costume familiar de (Rt 3.9)
antigamente. "Disse-lhe: Quem és tu? Ela
O levi rato era uma lei para respon deu: Sou Rute, tua serva;
os casame ntos nos quais o estende a tua capa sobre a tua
marido falecia sem deixar serva, porque tu és resgatador''.
herdei ro (Lv 25.25, 47-49; Rt Passado o tempo de espera, até
4.4); então, era permitido que o que Bo az dormisse, Rute chega de
cunhado solteiro da viúva se mansinho, lhe descobre ospése dei
casasse com ela para ter filho, ta-se nadire ç ão perpendicular (v.8)
aquelas candidatas ao casamento; ao
mesmo tempo, como uma mulher
e em secreto, dormem próximos; e, trabalhadora e vulne rável que
seguindo o plano, Rute espera necessitava de proteção. Ela era, sim,
pelo desenrolar dos uma mulher apta para ser esposa de
acontecimentos. Boaz. Utilizando uma expressão para
À meía-noite, Boaz acorda e é pedir em casamen to, Rute solicita que
sur preendido com uma mulher Boaz estenda o
deitada ali. O israelita respeitado seu manto sobre ela.
deve ter ficado tenso e, de ime
diato perguntou: Quem és tu? Pela 3. Boaz elogia Rute (Rt 3.10) "Disse
forma de tratamento - "tu" e não ele: Bendita sejas tu do Se nhor, minha
"mínha filha" - indica não ter filha; melhor fizeste a tua última
sido reconhecida. A resposta dada benevolência que a pri meira , pois não
foí de uma mulher que se fostes após jovens, quer pobres, quer
identifica sem temor: Eu sou Rute, ricos".
tua serva. Além dísso, ao ter se Tendo ouvido as palavras de Rute,
qualificado como "tua serva'; como agora Boaz se manifesta; e suas
fez anterior mente, mostra um primeiras palavras revelam seus nobres
novo status, não mais de uma sentimentos, sua fe licidade pelo que
"serva" da classe in ferior (2.13). ouvira de Rute, e lhe faz elogios na
Ao contrário, se iden tifica entre forma de bên ção: "Disse ele: Bendita
sejas tu do Lição 4- Rute Propõe Casamento a
Boaz

Senhor''. O sentido desta


expressão, naquele contexto,
sugere que Deus está guiando
aquele episódio.
Quando usao tratamento "minha
filha': Boaz fez como um pai faz aodi
rigir-se com ternura e semcerimônia
à sua filha, o que também pode indi
car que Boaz fosse bem mais velho
do que Rute (2.8; 3.11). Boaz estava
disposto a pagar o custo social e fi
nanceirode receber uma estrangeira
na família. Ele ainda destaca a nota
bilidade dela ao querer casar-se com
um resgatador. para dar a Noemi
um herdeiro, e queeste era um nobre
ato superior. ao deixar toda a
segurança da sua pátria e família
para dedicar
-se a Noemi (1.16.17).
Ele admirou também a sua de
cisão de escolhê-lo para casar-se,
e não ter preferido um homem
jovem, com quem ela teria maior
possibilidade de ter filhos. Por cer
to, Rute conhecia o homem de bom
caráter e sabia que Boaz daria
pro teção a Noemi e a ela também.

li. BOAZ, O REMIDOR


(Rt 3.12-15)

1. Haviaoutromaischegado (Rt3.12)
"Ora, é muito verdade que eu sou
resgatador; masainda outro resga
tador há mais chegado do que eu."
Boaz diz a Rute que ele era um
resgatador, mas havia um outro
parente mais próximo da família
de Noemi. Portanto, a este cabia
a obrigação e o direito de cumprír
com os deveres de resgatador du
plamente: casando-se com Rute e
Lição 4 - Rute Propõe Casamento a
Boaz
3. O pre s en te de Boaz (Rt 3.15)
tendo um filho com ela para as "Disse, mais: Dá-me o manto
segurar descendência a Elirnele que tens sobre ti e segura-o. Ela o
que (1.1-5; 2.20); e a de resgatar segu rou, ele encheu com seis
a área de terra que Noemi havia medidas de cevada e lho pôs às
posto à venda (4.3). De fato, o fi costas; então, entrou na cidade' :
lho que o remidor teria com Rute Boaz vai além da exigência da
seria legalme nte o filho de Malom lei quando oferece a Rute cereais
(4.17). Tendo em vista que o outro da eira. Antes que ela saísse, ele
poderia reivindicar a prioridade praticou mais um ato de cuidado
de cumprir a obrigação de resga e de garantia que ele resolveria
tadot não era o que Rute queria as questões relativas ao desejo
ouvir depois de ter arriscado sua de Rute. Mesmo sendo impróprio
moral para viabilizar o plano de para uma mulher sair em público
Noemi e pedir que Boaz fosse o sem o manto que cobria os cabe
seu protetor. los, Boaz pediu a Rute que segu
rasse o manto pelas pontas e o en
2. O juramento de Boaz (Rt 3.13} cheu com seis medidas de cevada.
"Fica-te aqui esta noite, e ser6 Em seguida, Boaz o pôs às cos•
que, pela manhã, se ele te quiser tas de Rute, que volta para casale
resga tar bem está, que te vando um excele nte presente. Is to
resgate; po rém, se não lhe apraz a fazia lem brar o bem-sucedido
resgatar-te, eu o Jareí, tão certo plano ousado de Noemi,
como vive o Senhor." executado à risca.Tendo feito
Objetivamente, Boaz como assim, a cena do terreiro de
um parente da família, nlaS não debulha termina para continuar
a primeira opção de resgatador, em outro lugar. Ainda, é certo que
faz um juramento como resgata o presente foi uma evi dência da
dor de Rute, caso o outro não o generosidade de Boaz para com
fizesse. Assim, tendo lhe garanti Rute e um indicativo de
do que cuid aria da questão até o mudança da situação de Noem i.
fim, ele a instruiu que dormisse
ali, pens ando na segurança dela. Ili.RUTE REPORTA A
Seguindo as orientações de seu NOEMI (Rt 3.16-18)
pretenso protetor, Rute dormiu
em segurança aos pés dele até 1. A expectativa confiante de
an tes que o dia clareasse, Noemi (Rt3.16)
despertou antes que qualquer "Em chegando à casa de sua so
pessoa à dis tância, pudesse gra, esta lhe disse: Como se te pas
identificá-la. De acordo com a saram as coisas, filha minha? Ela
orientação de Boaz, que ninguém lhe contou tudo quanto aquele ho
soubesse que ela es tivera na eira. mem lhe fizera"
Cumprida a missão, Rute deixa o
terreiro da debulha e volta para casa
levando sobre os ombros uma Lição 4- RutePropõe Casamento a Boaz
generosa porção de cevada e dese
josa de contar tudo à sua sogra. Su voltes para a tua sogra sem nada''.
bindo para a cidade, A última vezque vimos referência
provavelmente, Rute relembrava o ao estado de pobreza foi quando, em
que aconteceu naquela noite em 1.21, Noemi exclamou em desespero:
que ela fez a Boaz a proposta e ele "Ditosa eu parti, porém o Senhor me
prometera ser seu resgatador; se o fezvoltar pobre".Seusdias depobreza
outro mais chegado declinasse de tinham acabado! Noemi vê a grande
seu djreito. quantidade de cevada como um sinal
Quando ela entrou em casa, Noe de benevolência e acredita nas pala
mi a recebeu perguntando: "Como se vras Boaz de que não descansará até
te passaram as coisas, minha filha?" resolver o caso.
O plano deu certo? "Ela lhe contou
tudo quanto aquele homem lhe fize 3. O sábio conselh o de Noemi
ra" (v.16), sobre o elogio a sua leal (Rt3.18)
dade à família (v.10); que prometeu "Então, lhe disse Noemi: Espera,
encontrar um remidor para restituir minha filha, até que saibas em que
a herança da família e que faria isso darão as coisas, porque aquele ho
ele próprio, caso o outro parente mais mem não descansará, enquanto
próximo não quisesse exercer o papel não resolver este caso ainda hoje':
(vs.11-13); que ele cuidaria de t.odos Depois de ouviro relatório do en
os trâmites com presteza. tendo em contro com Boaz, Noemi diz a Rute:
vista o seu status social (2.1) e seu Espere, seja paciente até que saia o
ca ráter moral. Portant.o, a sorte de resultado, afirmando que o caso es
Rute não poderia estar em melhores tava nas mãos de Boaz, entende-se
mãos. que estavam sob o controle de
Deus. Noerni conhecia bem Boaz
2. Agenerosidade de Boaz (Rt3.l7} (2.1), pois cita o caráter dele em
"E disse ainda, estas seis medidas outras conver sas com Rute (2.1.22;
de cevada, ele mas deu e me disse: 3.2-4). Ela po dia aconselhar Rute a
Não voltes para tua sogra sem não se afligir enquanto esperava a
nada" solução do caso que envolvia Boaz e
Ao iniciar a frase com um o parente remi dor mais próximo
prono me demonstrativo "estas que tinha prima zia. Boaz resolveria
seis': Rute se referia com ênfase ao
por completo. É possível que Noemi
que po deria ser visualizado: uma
tenha dito isso, indicando a cevada
grande quantidade de cevada eq
concedida como presente. Depois
uivalente a uns 30 ou 40 quilos.
disso, ela marcou o último
Um grande pre sente confirma as
aparecimento e últimas pa lavras
boas intenções de Boaz. É
dela pronunciadas no livro; deixa o
interessante notar que Rute adiciona
centro do palco para Boaz e Rute. Ela
que Boaz lhe dissera: "Não
teve êxito em seu plano. E é com
sentimento de esperança que
Lição 4-Rute Propõe Casamento aBoaz

Noemi se despede, deixando o Rute para si, se tiver a "ajuda" do


leitor ciente queela estaria feliz. outro parente em declinar do seu
É certo que Boaz fora impul direito. Para Rute, o casamento
sionado pelo dever do resgatador com um resgatador lhe restaura
bem como por desejar casar-se ria emocionalmente e devolveria
com Rute. O destino das duas a esperança de gerar filhos para
viúvas está sob o cuidado de um preserva r a linhagem e os bens da
verdadeiro israelita. Talvez ele família. Portanto, o fim bem-suce
encontre um meio de requerer dido desta história é iminente!

APLICAÇÃO PESSOAL
Os c re ntes não devem
esperar passivamente até
que os eventos favo ráveis
aco nte ça m. Em vez disso,
procurando direção divina,
devem to mar a iniciativa
quando uma oportunidade
se apresenta r. Assim, nos-
sos atos justos executam
os planos de Deus.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÕGICA
• Conhe ce r o processo do direi
Em Rute 4 há 22 versos. Sugerimos co to de família do tempo antigo de
meçar a aula lendo, com todos os Israel.
pre sentes, Rute4.1-22(5 a 7 mín). • Reconhe ce r a providência
Arevista funciona comoguia deestu di vina na vida de Noemi, a qual
do e leitura complementar; mas veio à tona no fim da história .
não substituí a leitura da Bíblia • Reco nhec er que a prática do
Na lição de hoje, no último ca amor altruísta é um dever cristão
pítulo de Rute, o escritor detalha o também nos nossos dias.
procedimento juTídico que deu o
direito legítimo a Boaz de ser o pa
rente remidor de Noemi. E então ele PARACOMEÇAR AAULA
se casou com Rute com quem teve Inicie sua aula com entusiasmo
um filho, o herdeiro de Elimeleque. e motivado pelo sucesso da histó
O júri formado na porta da cida
de é um dos poucos documentos do ria de Noemi, de Rute e de Boaz.
mundo antigo que mostra todo o Converse com os alunos
pro cesso legal sobre direito de sobre as esquetes e faça uma aula
famHia Também acontecimento expo sitiva dos assuntos.
revelador foi o reencontro das Na segunda parte da aula, os
mulheres com Noe mi na casa delae
alunos farão as apresentações tea
agenealogia de Davi.
Como é o fim da história do trais.
livro de Rute, proponha aos alunos
que façam uma esquete: uma
pequena apresentação teatral com
cenas cur tas e cômicas. Os
meninos fazem as cenas da porta da
cidade e as meni nas o evento na
RESPOSTASDA PÁGINA 34
casa de Noemi; e um aluno será o
1) À porta da cidade.
arauto que lerá a notí cia - AGenea
2) Trocar os calçados para fechar negócios.
logia do Rei Davi.
3) Judá.
Lição 5 - Boaz Casa-se com Rute e Gera Filhos

LEITURA ADICIONAL
Boaz não perdeu tempo algum em cumprir sua promessa. Na manhã
seguinte ele se dirigiu à porta do povoado de Belém, onde poderia tratar
publicamente assuntos legais, e onde os anciãos serviam como testemu
nha. Ele colocou claramente o assunto do parente mais próximo de
Elime leq ue, seu direito e privilégio de comprar (redimir) o terreno que
havia pertencido ao falecido. Ao que parece, o parente não havia
percebido ain da que competia a ele redimir a terra. Ele respondeu que a
redimiria. Mas quando soube que também te ria que se casar com Rute, e
que o terreno seria herança do filho que resultaria desta união, ele mudou
de ideia. Não quis prejud icar a herança dos filhos que levariam o seu
nome. Além do mais, tinha outra família para sustentar. Cedeu todos os
seus direitos e obrigações a Boaz. Como prova dessa seção de direitos, ele
tirou o sapato e o deu a Boaz. O sapato simbolizava a tomada de posse do
terreno Os 1.3), e tirá-lo era renunciar a todo o direito de colocar o pé no
terreno. Boaz redimiu a propriedade de Elimeleque e recebeu Rute como
esposa perante as testemunhas.
Por que as testemunhas mencionavam Raquel e Lia ao pronunciar a
bênção sobre Boaz e Rute? Estavam aceitando Rute na família de Israel.
Deste modo, aquela gentia foi incorporada oficialmente ao povo de Deus;
isto nos proporciona uma mensagem missionária.
Rute passou a compartilhar seu lar com sua sogra. Ao nascer seu pri
meiro filho, Noemi foi quem recebeu as felicitações das mulheres. Por que
felicitaram Noemi e não Rute? Agora Noemi tinha um neto legal, e o ato de
tomá-lo no regaço provavelmente simbolizava que o adotava.

Livro:Os Livros Históricos - a poderosa atuação de Deus no meio do seu povo


(Paul Hoff, São Paulo. Ed. Vida.1996, pg. 98).

li
Estudada em _/_/

LIÇÃO 5 Le it ura Bíblica Para Estudo


Rute 4.1-22
Verdade Prática
RUTE 4 DeÚs tem o mundo em suas
mãos e os seus olhos procuram
BOAZ CASA-SE os fiéis da terra.

COM RUTE E GERA INTRODUÇÃO

FIL.HO S 1. DIREITO TRANSFERIOO A


BOAZ Rt4.1-5

1. O processo legal Rt 4.1


,
2. O outro resgatador Rt 4.4
Texto Aureo
''Então, as mulheres d isseram a 3.Uma condição inesperada RI 4.5
ixou, hoje, dete darumneto que será teu resgatador; e seja a fa- mado em Israel o nome de
Rt 4.14 11.CASAMENTO DERUTE Rt4 .7-12

1. Transferência do direito RI 4.8

2. Boaz casa-se com Rute RI 4.10

3. Somos testemunhas Rt 411

Ili. FEUODADE DENOEMI Rt4.13-17

1.Aconcepção de Rute Rt 4.13

2.Aalegria de Noemi Rt 4.17

3.A genealogia deDavi Rt 4.22

APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário
CTJC[) CQ) CQ)CD CD
4 4 4 4 4 4
1-5 7,8 9-12 13,14 15-17 1S-22

Hino s d a Ha rpa: 27 - 126

29
INTRODUÇÃO aproximar-se, assentando-se de
imediato. Para formar um quórum
De modo empolgante, o escri legal, que podeser chamado de
tor detalha o processo legal pelo júri, Boaz convidou dez homens
qual Boaz se tornou o legítimo dos an ciãos da cidade para
resgatador e se casou com Rute, servirem de testemunhas, caso
de modo que o filho deles foi o fosse necessá rio, os quais
herdeiro de Elimeleque. poderiam certificar e validar
qualquer transação.
1. DIREITO TRANSFERIDO
A BOAZ (Rt 4.1-5 ) 2. O outro resgatador (Rt 4.4)
"Resolvi, pois, informar-te disso e
1. O pro c ess o leg a l (Rt 4.1) di zer-te: com pra-a na presença
"Boaz subiu à porta da cidade e as destes que estão sentados
sentou-se ali. Eis que o resgatador de aquienade meu povo; se queres
que Boaz havia falado ia pas resgatá-la, resgata
sando; então, lhe disse: Ó fulano, -a; se não, declara-mo para que eu
chega-te para aquie assenta-te; ele o saiba, pois outro não há senão tu
se virou e se assentou." que a resgate, e eu, depois de ti.
Do terreiro da debulha Boaz Res pondeu ele: Eu a resgatarei."
Boaz explica ao parente sobre
o caso em questão. Ele diz: "resol
sobe à porta da cidade, um ponto vi, po, informar-te': indicando
is
de reunião de todas as pessoas; o cida na cidade, esperava o parente
lugar para comunicar as notícias, resgatador passar por ali. Este, ao ser
fazer negócios e administrar a jus avistado, foi convidado para
tiça, um centro de decisões da vida
social da cidade. Boaz estava ali
para resolver a questão da reden
ção de uma viúva e da propriedade
de um parente. Havia, na
sociedade israelita, um.a lei que
atuava nos casos de heranças, de
cuidado das viúvas e a provisão de
herdeiros para viúvas sem filhos. A
causa em questão era decidir
formalmente qual dos homens,
Boaz ou o paren te mais chegado,
seria o resgatador da família de
Elimeleque.
Boaz, uma autoridade reconhe
que era dele a iniciativa de
fazer aquela reunião. E lhe
disse que comprasse "a
parte da terra" na presença
das testemunhas e do povo,
tendo em vis ta a situação de
Noemi, viúva e sem
herdeiros.
Evocando o propósito da
remis são e o dever legal de
resgatador, Boaz oferece ao
parente duas op ções: a) se
desejasse servir como
parente-resgatador, que o
fizesse;
b) se não interessasse ou se
sentis se impedido, que
declarasse . Boaz lhe diz que
não havia outro resga tador,
só eles dois. É possível que
isso tenha estimulado o ego
dopa rente diante do único
concorrente, então disse: "Eu
a resgatarei". Com isso, o
parente assume seu dever de
ser o resgatador de Noemi.
3. Uma condi ção inesperada resgatador: "Eu o farei, tão certo
(Rt4.5) como vive o Senhor" (3.13).
"Disse, porém, Boaz: No dia em que
tomares a terra da mão de Noemi, li. CASAMENTO DE
também a tomarás da mão de RUTE (Rt 4.7 -12)
Rute, a moabita, já viúva, para
suscitar o nome do esposo 1. lransferência do direito (Rt
falecido, sobre a herança dele". 4.8) "Disse, pois o resgatador a
Antes do parente se dirigir às Boaz : compra-a tu. E tirou o
testemunhas e declarar que faria calçado''.
a redenção da propriedade (cf. A cerimônia era um antigo cos
v.9), Boaz explica que, ao comprar tume em Israel. Assim acontecia
a terra de Noemi, também teria em uma negociação: quando um
de se casar com Rute para dos negociadores queria confir
suscitar o nome do esposo mar o seu acordo numa
falecido sobre a herança dele. transação, tirava o calçado e o
Ao tomar conhecimento dessa transferia para o parceiro.Naquela
obrigação, ele declinou do seu di situação, opa rente, que é o
reito em favor de Boaz e justificou portador do direito de
que não poderia efetuar o resgate resgatador,o renunciou a favor de
para não prejudicar a herança dele. Boaz, dizendo: "compra-a tu".
Esse prejuízo poderia ser pagar Suas palavras eram uma de
pela terra e ter de entregá-la ao claração legal e, com o gesto sim
primeiro filho que teria com Rute, o bólico de tirar o seu calçado e en
herdeiro legal de Elimeleque. E, tregá-lo a Boaz, tornava pública a
ainda mais, ter suas despesas cessão do direito de remidor que
aumentadas com o sustento de foi tr ansferido a Boaz.
Rute e de Noemi.
Entã o, respondeu a Boaz di 2. . Boaz casa-se com Rute
zendo: "Redime tu o que me cum (Rt 4.1 O)
pria resgatar". Para eximir-se de "E também tomo por mulher Rute,
qualquer prejuízo pessoal, repete a moabita, que foi esposa de Ma
diante das testemunhas e do lom, para suscitar o nome deste
povo: "porque eu não poderei Jazê- sobre sua herança, para que este
lo" (v. 6). Assim, ele cumpriu a nome não seja exterminado dentre
formali dade legal exigida. seus irmãos e da porta da cidade:
Agora, Boaz tem a posse do disto sois, hoje, testem unhas''.
direito de remir a terra de Elime Boaz assume o legítimo título
leque, casar-se com Rute e prover de resgatador e, ainda no mesmo
um herdeiro para a família de cenário jurídico, dirige-se às teste
Noemi. Ele cumprirá a promes munhas, aos anciãos e ao povo, e
sa que fizera a Rute de ser o seu diz: "Sois, hoje, testemunhas de
que comprei da mão de
Noemi tudo o
Belém."
A aprovação das testemunhas
que pertencia a Elimeleque, a Qui
liom ea Malom". Essa
formalidade era um procedimento
legal israe lita (v. 11) usado para
reconhecer transações realizadas
oralmente (cf Js 24.22; 1 Srn 12.5)
e que tor nava a cessão do direito
válida com comprovação por
parte das testemunhas. Boaz
indica o tem po, hoje (v.9). Com
precisão legal o processo tem o
encerramento.
Finalmente, Boaz levanta o ob
jeto da questão: "também tomo
por mulher Rute, a moabita"
(4,5,10). É possível que a
nacionalidade de Rute e o fato de
ser viúva de Malom
configuravam uma identi ficação
legal da moabita para ser
substituta de Noemi e, por meio
do casamento, perpetuar o nome
dos falecidos, o marido e filhos so
bre a herança deles. Assim, o pri
meiro filho nascido de Rute e Boaz
seria dono da propriedade da fa
mília de Elímeleque e renovaria a
esperança de Noemi, de que seus
mortos sobreviveriam através do
herdeiro, continuariam com vida
nas suas propriedades, no extrato
social e no clã.

3.Somos testemunhas (Rt 4.11)


"Todo o povo que estava na porta e
os anciãos disseram: Somos teste
munhas; o Senhor faça a esta mu
lher, que entra na tua casa, como a
Raquel e como a Lia, que ambas
edi ficaram a casa de Israel; e t u,
Boaz, há-te valorosamente em
Efrata e fa ze-te nomeafamado em
con cebesse, e teve um filho.''
Depois do ocorrido na porta
às declarações de Boaz da cidade, o escritor é econômi
legitimava e encerrava a co nas palavras e diz que Boaz e
transação. Mas as Rute se casaram e destacou que
manifestações delas foram o Senhor lhe concedeu que con-
além, desejando que a bênção
de Deus estivesse sobre Boaz
e sua espo sa. Desejaram que
Deus fizesse de Rute como a
Raquel e Lia, as duas esposas
de Ja có e as genitoras da
nação de Israel. Nesse
pedido, está implícito que
Deus desse fertilida de a Rute
para ser mãe de umadis tinta
descendência, provendo um
herdeiro para Elimeleque. A
Boaz desejaram que ele
fosse valoroso e afamado em
Belém e, sendo pro genitor de
uma grande e próspera
família em Efrata.
Por fim, para encerrar as m.a
ni fes ta ções , as
testemunhas e os ancião.s
disseram que o sucesso de
Boaz somente seria possível
por meio da "proleque o
SENHOR te der desta
jovem." (4.12). Ao
mencionar "desta jovem';
eles afirmam que os
descendentes de Boaz
viriam do seu casamento
com Rute.

Ili.FELICIDADE
DE NOEMI
(Rt 4.13-17)

1. A concepção de Rute (Rt


4.13} ''Assim, tomou Boaz a
Rute, e ela pas sou a ser sua
mulhe1 · coabitou com ela,
eoSenhor lhe concedeu que
cebesse, e assim, tivesse um ria o consolador da sua velhice,
filho. Na sociedade belem ita, por todos os dias da sua vida; ele
Rute co meçou como serva proveria para que não faltasse o
(2.13); depois como jovem pão sobre a sua mesa (1.1). Rute,
(3.12); e, por fim, como esposa que se manteve silenciosa na
de Boaz (3.13); re sultando, assim, cena, é honrada pelas mulheres
naquilo que Noe mi ta nto desejou por sua bondade: "pois tua nora,
no início (1.9) e, mais que te ama, o deu à luz, e ela te
recentemente, planejou (3.1-4): é melhor do que sete filhos." Pa
que Rute tivesse um la r, segurança rece estranho Rute ser tratada
e fosse mãe. de nora de Noemi, agora casada
As mulheres da cidade (1.19) com Boaz (cf.l. 6-8,2 2;2.20,22) .
de novo se fazem presentes na Isso demonstra que Rute e Noe
vida de Noemi, louvando a Deus mi mantinham relacionamento
por ter dado a ela um neto que mútuo de respeito e amabilida
manteria viva a descendência de de, mas a condição é mantida por
Elimeleque. Elas abençoaram o causa do resgate.
menino, desejando que ele fosse Na expressão "ela te é melhor
afamado (v.14), como os anciãos que sete filhos': as mulheres
deseja ram a Boaz (v.11), porém mostram a simbologia desta
mais de maneira mais extensa, condição para aqueles dias: ter
não só na cidade de Belém, mas sete filhos era uma bênção divina
entre toda a nação de Is rae l. Essa e uma gran de honra, e se fossem
celebração contribui para concluir muitos, melhor, pelo valor
com alegria a história de Noemi atribuído aos homens (servir nas
que no início era de desolação e guerras, no trabalho, na
vazio, agora reflete a concretiza administração e pro teção dos
ção ao ter os braços e colo cheios bens).
com a esperança desejada. Noemi faz um simbólico gesto,
enquanto ouvia silenciosamente
2. A alegria de Noemi (Rt 4.17) as amigas, e fecha o círculo da sua
''As vizinhas lhe deram nome, di vida. Tomou (das mãos das mulhe
zendo: A Noemi nasceu um filho. E res) o menino, e o pôs no regaço,
lhe chamaram Obede. Esse o pai de e entrou (na casa dela) a cuidar
Jessé, pai de Davi". dele. Diante disso, elas exclamam:
As mulheres falam dos benefí "a Noemi nasceu um filho", relem
cios que o menino proporciona brando o lamento dela (1.11-13;
ria a Noemi: ele seria o resgata 20,21). Antes vazia, agora vivendo
dor da vida de Noemi, trazendo sua completude. Para finalizar, as
sua alegria de volta e impedindo mulheres deram nome ao menino
a extinção da família de seu fa e lhe chamaram Obede, "um que
lecido esposo (1.21.22); ele se- trabalha/servo''.
3 . A ge nea logia de Davi (Rt de Judá, uma das suas prmc1pais
4.22) "Boaz gerou Obede, Obede famílias da qual o próprio Davi des
gerou jessé, e Jessé gerou a Davi" cendia. Nesta lista, Boaz ocupa o sé
O autor, encantado com o fim timo lugar, o de antepassado honra
da história, exalta o menino Obede do, um notável e reconhecido. Boaz,
com um brado de alegria. Este é o o herói da história e o honrado an
pai de Jessé, o pai de Davi. Portanto, cestral de Davi.
um antepassado ilustre que certa Em todos os eventos retratados
mente contribuiria para a certifica em Rute, é entendido que a provi
ção da autenticidade do reinado de dência divina é contínua ao longo
Davi, além de ser um descendente da História, do presente e do porvir.

APLICAÇÃO PESSOAL
A figura do resgatador (goe aponta prof eticamente para o nosso
Re de nto r, que nos concedeu o direito de participar legitimamente da
fa mília de Deus e sermos eternamente Seus herdeiros.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÕGICA • Entender ocuidadodeDeusnahis
Em Ester1 há 22 versos. Sugerimos co tória dos judeus, mesmo queSeu nome
meçar a aula lendo, com t:odos os pre nãosejacitado nas páginas dolivro.
sentes, Ester1.1-5(5a 7 min). • Conhecer sobre o título, au•
A revista funciona como9uia toria, data e historicidade do livro.
deestu do e leitura complementar, • Perceber a importância da in
mas não substitui a leitura da Bíblia clusão desse livro no cânon
O livrode Ester éumahistória sin bíblico, sua autenticidade e valor
gular e vívida acerca das lutas de um religioso.
povoem minoria e sua crença, bem
como a ação de Deus nos interesses
pessoais e nacionais, mesmo que em
PARACOMEÇARA AULA
nenhum momento oSeu nome tenha Comece expondo que o livro
sido mencionadonas páginas desse de Ester tem sido um enigma para
livro. Embora não haja menção muitos por causa de suas particu
explí cita da providência de Deus, laridades. Não há menção ao nome
ela está implícita e desempenha um de Deus, nem referência à adoração
papel proeminente, e pode mesmo ou à fé Nele. Em suma, não há nada
dar a esse livro a sua razãodeser. "religioso" nele, pelo menos na su
Muito embora tenhasidocontesta perfície. No entanto, o fato de não
da por alguns, a sua inclusão podermos ver explicitamente Deus
nocânon bíblico, o livro evidencia trabalhando não quer dizer que
claramente o cuidado providencial de Ele não esteja atuando. Enquanto
Deus na vida dos judeus exilados. A comenta a lição, deixe claro que,
cultura Persa era dirigida pelo em todo o livro de Ester, Deus está
destino, mas o poder absoluto de extremamente ocupado como o Di
Deus agiu at.é na maneira retor invisível da História, organi
terrivelmente perigosa em que ospla zando todas as coisas parao bemdo
nos se desenvolviam. At.é os dias de Seu povo (Rm 8.28).
hoje,o livrode Ester évalorizado pelos RESP OSTAS DA PÁGINA 34
judeus e lido porocasiãodo Purim,ge 1) Purim.
rando entusiasmo na crença da contí
2) Sw;ã.
nua rovidência de Deus.
3) Vastl.
Lição 6 - O Banquete oo Assuero e Vasti Destronada

LEITURA ADICIONAL

Os eventos deste livro tiveram lugar, assim nos diz o escritor (1.1),
no reinado do rei Assuero (486-465 a.C.) que é mais conhecido pelo seu
nome grego, Xerxes. Ele foi filho e sucessor de Dario I Hystaspes, no co
meço de cujo reinado teve lugar a restauração do Templo de Jerusalém
(Ag 2.1-9; Zc 7.1; 8.9). Este foi completado em 516 a.e. O decreto de Ciro
havia permitido a volta de cativos da Babilônia para Jerusalém em 539,
bem no começo do período persa. Comparativamente poucos judeus ha
viam se aproveitado da oportunidade de retornar quer nessa, quer em
ocasiões posteriores, e sesse nta anos mais tarde grande número de ju
deus permanecia na metade oriental do império persa, muitos deles em
cidades imperiais da própria Pérsia. Pouco se sabe a respeito deles, a
não ser a evidência propiciada pelo livro de Es ter, e a breve referência ao
rei nado de Assuero em Esdras 4.6, que propicia evidência
independente da oposição aos interesses judaicos. Porém, a despeito da
hostilidade, houve judeus que se elevaram a posições de influência,
como havia aconteci do com Daniel durante o século anterior na corte de
Nabucodonosor (Dn 2.48). Havia algo totalmente adequado a respeito da
elevação ao poder de pessoas que honravam o único Deus verdadeiro, no
contexto de uma cul tura estrangeira, embora essas pessoas sofressem
como consequência da sua lealdade a Ele. No livro de Ester é introduzido
um novo elemento ao tema do sofrimento. Os judeus foram atormentados
porque se conserva ram para si mesmos, observando as suas próprias leis
e costumes (3.8). A partir disto tornou-se fácil acusá- los de desprezar as
leis do estado persa, fosse ou não verdadeira essa acusação. Não há razão
para se duvidar de que, naquela época como agora, tal atormentação era
um fato experimen tal (cf. Lv 1 9.33 -34).

Livro : E ster : Introdução e comentário. (Baldwin, Joyce G. Série Cultura Cristã. SP:
Vida Nova, 2011, p. 14,15).

11
Estudada em _ ! _ !

Leitura Bíblica Para Estudo


Ester 1 .1-22

Verdade Prática
O livro de Ester fala da providência
de Deus em relação ao Seu povo,
mesmo que Seu nome não seja
mencionado.
INTRODUÇÃO

1. O LIVRO DE ESTER Et1.1-2.7

1. Título, autore data Et 1.1

Texto Áureo 2. Ausência do nome Deus Et4.14


"Então, mostrou as riquezas da 3. Importância do livro Et 9.26
gló ria do seu reino e o
esplendor da sua excelente
li. BANQUETE DE ASSUERO Et1.1.9
grandeza, por muitos
dias; por cento e oitenta 1. Exatidão históricaEt 1.1
dias.11
Et 1.4 2. Acidade de Susã Et 1.2

3. O esplendor persa Et 1.4

Ili. VASll É DESlRONADA Et1.10-22


1. O rei é desafiado Et 1.12

2. Crise institucional Et 1.1B


3. Vasti é destronada Et 1.19

APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário
CDCDCIDCIDCDCD
Et 1 Et 1 Et 1 Et 1 Et 1 Et 1
1 2 3,4 10-12 13-18 19-22

Hino s da Ha rp a: 124 - 4

35
Lição 6 - O Banquete deAssuero e Vas Destronada

INTRODUÇÃO É dificil também determinar


a data em que o livro de Ester foi
O es tud o do liv ro de Ester é es crito. O ce nário da his tó ria é o
relevante dentro do contexto bí blico séc ulo V a.e. no reinado do rei per
pelas características espe ciais que sa Assuero: que em geral é ide nti
apresenta. Ele recebe o nome de sua ficado com Xe r xes (486-465 a.C.).
heroína e é um dos dois livros na Os acontecimentos do relato suce
Bíblia que le va m o nome de uma deram pelo menos 50 anos depois
mulher, sendo Rut e o outro. É do decreto de Ciro (583 a.C.; 2Cr
também um dos dois que não 36.22) permitindo aos judeus re
contém a menção de gressarem à sua terra, e cerca de
Deus, sendo o outro Can ta res de 25 anos antes de Esdras fazer sua
Salo mão. Ester é um claro exem jorna da para Je r usalém.
plo, na Escr it u ra, da do utrina da
providência e nos ensina a ver o 2. Ausê ncia do nome Deus
De us inv is íve l revelado no fluir (Et4.14}
dos acontecimentos pessoais e "Porq,ue se de todo te calares
mun diais. ago ra, de outra parte se
levantará para os judeus socorro e
1. O LIVRO DE ESTER livramen to, mas tu e a casa de teu
(Et 1.1 2.7) pai pere cereis; e quem sabe se
para conjun tura como esta é que
1. Titulo, autor e data (Et 1.1) foste elevada a rainha?"
"Nos dias de o Assue Enquanto o rei da Pérsia é
Assue,ro
ro que reinou, desde a Índia até mencionado 190 vezes nos seus
à Etiópia, sobre cento e vinte e 167 versículos , o nome de Deus
sete províncias." não ocorre uma única vez do co
Ester significa es tre la e e ra o meço ao fim. A ú nica a tividad e
se u nome persa. Hadassah (mur religiosa me ncio nada no livro é
ta) era o se u nome jude u. Ester é o jejum. Muit o s judeus conside
a figura central, pois tudo gira ao raram essa ausência do nome de
redor de sua ascensão ao trono e Deus ina ceitá vel, bem co mo o ca
sua influ ê ncia como rainha. sa mento de Ester co m um gentio.
O livro de Este r é de a uto ria No e nta nto, em vários aspec
desconhecida. Autorid ad es judai tos, essa dúvida acerca do valor
cas, como o his to riado r Josefo, re ligioso do livr o de Ester é su
supõem que o próprio Mo rdecai perficia l, pois, mesmo que Deus
(ou Ma rdoq ue u) tenha sido o seu não seja cham ad o pelo nome, o
autor ou, pelo menos, tenha sido livro apresenta uma fé profunda
uma das principais font es infor na providê ncia divina. A mão de
mativas. Deus na história está lá, mesmo
36
Lição6 - oBanquete ooAssueroe Vasti Destronada
que não se encontre a citação do Etiópia, sobre cento e vinte e
Seu nome. Em Ester 4.14, quando sete províncias."
Mordecai afirma que se Ester fi Assuero, em grego Xerxes, ou
car calada "socorro e livramento Artaxerxes, é o rei persa menciona
surgirão de outra parte para os do em Esdras 4.6, quereinou de 486
judeus", está evidentemente se a 465 a.e. Foi um grande
referindo a Deus. Além disso, ele construtor, que completou e
sugere que Ester se tornou rainha melhorou os gran des palácios que
exatamente para uma ocasião seu pai, Dario, ha via iniciado, e
como essa - o que claramente im consolidou o império da Índia a
plica o cronograma da providên Etiópia. Ele reinou sobre 127
cia de Deus. províncias de mar a mar.
Embora a historicidade do
3. lmportãncia do livro (Et9.26) livro de Ester tenha sido contes
"Por isso, àqueles dias chamam Pu tada, provas incontestáveis são
rim, donome Pur. Da[, por causa de encontradas, como: descrições
todas as palavras daquela carta, e da corte persa e dos costumes da
do que testemunharam, e do quele período, conjunto de datas
que lhes havia sucedido." precisas e usos de nomes persas
A importância do livro de Ester correntes na época, assim como
se dá por ter um claro exemplo da a caracterização de Xerxes são
doutrina da providência divina. absolutamente corretos. A con
Também por registrar a origem firmação imparcial da subida de
e observância da Festa de Purim, Mordecai ao poder vem de uma
além das importantes informa placa cuneiforme encontrada em
ções sobre os costumes, geografia Borsippa, que identifica Mardu
e corte persa. que (Mordecai) como um oficial
Ester é um dos cinco livros na corte real de Susã no princípio
dos Megillót (rolos), associados às do reinado de Xerxes.
festas dos hebreus. Na celebração O livro é um testemunho
anual do Puri1n, o livro de Ester é históri co confiável que demonstra
lido inteiramente em um rolo es um co nhecimento preciso e
pecial de pergaminho, chamado detalhado da vida, da lei e dos
de Megiflót Ester. costumes persas. As informações
arqueológicas so bre a arquitetura
li. BANQUETE DE do palácio e sobre o reinado de
ASSUERO (Et 1.1-9) Xerxes estão em har monia com as
descrições do livro.
1. Exatidão his tórica (Et 1.1)
"Nos dias de Assuero, o 2. A cidade de Susã (Et 1.2)
Assuero que reinou, desde a "Naqueles dias, assentando-se o rei
Índia até à Assuero no trono do seu reino,
que está na cidadela de
Suséi."
Lição6 - O Banquete deAssuero e Vasti Destronada generosidade do rei.

Susã era uma das três capitais


mantidas pela Pérsia. As outras
eram Babilônia, na Mesopotâmia,
e Persépolis, na parte sudeste da
Pérsia. Susã era considerada resi
dência real de verão e estava loca
lizada no planalto de Elão, a cerca
de 400 quilômetros da Babilônia.
Depois da derrota do im pér io
babilônico e sua conquista pelos
persas, em 539 a.e., a sede do
governo dos exilados judeus pas
sou da Ba bilônia à Pérsia. A ca
pital, Susã, é o palco da história
de Ester.

3. O esplendor persa (Et 1.4)


"Então, mostrou as riquezas
da glória do seu reino eo
esplendor da sua excelente
grandeza, por muitos dias, por
cento e oitenta dias."
Mais do que isso, Assuero sabia
como dar uma festa, um evento de
seis meses, para seus Líderes mili
tares, seus príncipes e nobres, to
dos os poderosos do reino.
O ambiente era ornado com
pilares de mármore e cortinas
de linho branco e violeta, sofás
de ouro e prata - atê mesmo
pavi mentos de mosaico feitos de
ma teriais caros. Até o chão no
qual os convidados
caminhavam e os assentos nos
quais eles se senta vam eram
feitos de materiais que outros
anfitriões teriam mantido
trancadas em segurança como
tesouros preciosos. Não havia
duas taças de vinho idênticas e
o vinho tluía livremente, graças à
111.VASTI É
DESTRONADA

1. O rei é desafiado (Et 1.12}


"Porém a rainha Vasti recusou vir
por intermédio dos eunucos, se
gundo a palavra do rei; pelo que
o rei muito se enfureceu e se infla
mou de ira."
O grande rei, que governava
sobre todo o mundo conhecido
e gozava de recursos ilimitados,
não obstante, era vulnerável. O
rei Assuero vinha bebendo por
sete dias seguidos e, como era de
se esperar, estava "alto". Ele tin ha
bebido demais para estar com
pletamente sóbr io. Com um to
que característico de exagero, ele
enviou nada menos do que sete
dos seus eunucos reais para in ti
mar sua rainha, Vasti. Ela deveria
comparecer usando sua coroa
real para que os nobres e demais
pessoas pudessem admirar sua
beleza (Et1.1 0-11).
A ordem para que sua esposa
aparecesse vestida com suas fi nas
roupas reais para o deleite de uma
multidão de homens altera dos
pelo vinho parecia ofensiva.
"Porém a rainha Vasti recusou vir
por intermédio dos eunucos, se
gundo a palavra do rei; pelo que
o rei muito se enfureceu e se in
flamou de ira" (Et 1.12). A lei dos
persas e dos medos, que não po
dia ser revogada, podia, porém,
ser recusada. A recusa de Vas t i
era um desprezo flag rante ao rei,
que ficou furioso.
Lição 6 - O Banquetede A5suero e Vasti Destronada

2. Cri se in s ti tucional (Et 1.18) uma festa separada para as mu


"Hoje mesmo, as princesas da lheres: "Também a rainha Vasti
Pérsia e da Mé dia, ao ouvirem o deu um banquete às mu lheres
que fez a rainha, dirão o mesmo na casa real do rei Assuero" (Et
a todos os prf ncipes do rei; e 1.9). Ela rec usou-s e a atender as
ha verá daí muito desprezo e exigências de Assuero. Nenhuma
indig nação.' razão foi apresentada para a re
O desafio de Vasti a Assuero cusa de Vas t i, mas muitas foram
foi assim uma ameaça à ordem suge ridas. O historiador Jose fa
social estabele cida. Desenca afirma que pessoas estranhas
deou uma crise institucional, não podi.am ver a bele za de mu
e Assuero recorreu aos conse lheres persas e outros sugerem
lheir os credenciados do reino. que, por modéstia, Vasti não
O parecer oficial era que a crise co mpareceu diante de um grupo
conjugal provocada por Vasti de homens que tinham bebido
prejudicaria a todos, e que sua mais do que era apropriado. Mas
atitude contaminaria todas as a gravidade da sit uação aponta
mulheres da Pérsia e da Média, para outro caminh o.
ao ponto de elas virem a se revol A recusa de Vasti em obede
tar contra seus cônjuges. A solu cer à ordem de Assuero foi vis ta
ção proposta foi um edito emer como um precedente para as
gencia l irrevogável para garantir mulheres de todo o império. Os
que Vasti não fizesse aquilo que conselheiros do rei viram na ati
ela já havia decidido nã.o fazer, tude desre speitos a de Vas ti para
ou seja, entrar na presença do com seu monarca, que também
rei. A sugestão "dê o reino a ou era seu marido, um.a possível
tra que seja melhor do que ela" influência negativa sobre a ma
abre camin ho para Ester ocupar neira de como outras mulheres
o lugar de Vas ti no trono. do reino responderiam a seus
maridos, provocando desordem
3. Vas ti é destronada (Et 1.19) e dis có rdia nos lares de toda a
"Se bem parecer ao rei, prom ul ter ra. O rei agiu de acordo com o
gue de sua parte um edito real, e conselho de seus oficiais. Assue
que se inscreva nas leis dos per ro destronou Vasti e emitiu um
sas e dos medos e não se revogue, decreto sobre sua substituição.
que Vastí não entre jamais na O decreto reflete um princípio
presença do rei Assuero; e o rei profundamente enraizado ainda
dê o reino dela a outra que seja hoje no Oriente Mé dio. O ma ri do
melhor do que ela.' gover na a casa, e somente ele
A rainha Vasti, de acordo com tem o direito de iniciar ou dar
o cost ume persa, estava dando o divórcio. Os filhos do matri-
Lição 6- O Banquete deAssuero e Vasti
Destronada
sua posição de poder e
mônio pertencem ao marido e, prestígio como rainha e foi
quando o divórcio acontece, ele despojada do seu título.
os mantém. Assiln, Vas ti perdeu

APLICAÇÃO
PESSOAL
O livro de Ester mostra
deforma incontestável o
cuidado providencial de
Deus em relação ao
povo escolhido, pois, de
acordo com a história de
Ester, Deus protege e
preserva o Seu povo.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGóGICA
• Informar sobre o cenário
Em Est.er2 há 23versos. sugerimos co noqual viviam os judeus que não
meçar a aula lendo, com t.odos os pre regressaram parasua terra após o
sentes, Ester2.1-23(5a 7 min). editodo rei.
A revista.funciona comoguia deestu • Mo s tr ar a providência divina
doe leitura complementar; mas na escolha de Ester como rainha,
não substitui a leitura da Bíblia. • Ent end er a ação silenciosa de
É interessante observar que o Deus para beneficiar o Seu povo.
livro de Ester mostra que, às vezes,
temos de esperar para ver o que
Deus está fazendo. Em todo o livro, PARACOMEÇARAAULA
Ele não é mencionado em parte Peça aosalunos que falem sobre o
alguma. Ainda que não possamos império persa e como havia
constatar de imediato a Sua ação, tolerân cia para com os cativos, que
não quer dizer que Ele esteja alheio podiam continuar exercendo suas
aos acontecimentos.
crenças e até falando a língua
É o cenário descortinado em materna.
Susã, no reinado de Assuero. Por que Interessante observar também
Vasti jogou fora sua posição em um
que a recusa da rainha Vasti em
gesto impe nsado e inútil? E por que
obedecer ao chamado do rei para se
Assuero fez sua exigência? Quem
apresentar perante os seus oficiais
teve a ideia de substituir Vasti por
gerou uma crise inesperada. Ponde
outra mulher, ao invés de resolver
rar que Deus age por trás dos basti
discretamente o conflito? Todos es
dores, em ocultoe em silêncio,
ses acontecimentos parecem abso
quan do lhe apraz. Ele tinha
lutamente ordinários, sem nenhum
conhecimento das circunstâncias
componente miraculoso. Mas todos
que envolveriam os judeus que
foram necessários para abrir cami
moravam na Pérsia e estava
nho ao processo peloqual Esterseria
tecendo os meios para prover o
elevada à posição de rainha, e assim,
livramento ao Seu povo.
poderia livrar o seu povo.
RES P OSTAS DA PÁGIN A 46
1) Primo.

2) Sua beleza natural.


3) O plano para assassinar o rei.
Lição 7 -Ester é Coroada Rainha

LEITURA ADICIONAL

A sentença inic ial desta seção te.m causado problemas, porque


tanto o seu significado real quanto o seu significado para o autor são
obscuros. As dificuldades se centralizam: I. Na palavra hebraica tra
duzida pela segunda vez, pois aparentemente não havia sido realiza da
tal reunião anteriormente, e há quase tantas explicações quanto
comentaristas. Pode ser que alguns dos primeiros tradutores para o
grego e o latim não tenham entendido o seu significado, pois eles
o.mi tiram a oração inicial. Talvez a emenda, pequena no texto
consonantal hebraico de senit para sonot, deva ser considerada
favoravelmente. Nesse caso o significado seria "quando várias virgens
estavam sendo reunidas", isto é, recapitulando o versículo 8. Mas isto
tem que serpe sado à luz do significado da segunda oração. II. Em
vista do fato de que Mordecai podia ser encontrado regularmente
assentado àporta do rei (2.21; 3.2; 5.9; 13; 6.10,12), por que o autor
enfatiza tanto este ponto? Será que dois temas referentes a Ester e
Mordecai foram independen
temente colocados juntos de maneira incompleta? A conclusão a que
Gordis chega com a frase "sentado à porta do rei" é que ela "não é
uma etiqueta sem significado em qualquer uma de suas cinco
ocorrências neste livro". Ele indica que, por todo o Oriente Próximo
antigo "a por ta" era o luga r em que se dispensava a justiça e que,
enquanto os liti gantes ficavam de pé, o rei ou seu oficial nomeado ficava
"sentado" (cf. Pv 31.23). A modificação da frase em 19b desta fonna
assume signifi cado concreto, e Gordis faz a sugestão plausível de que
Ester, quando se tornou rainha, fez com que Mordecai fosse nomeado
magistrado ou juiz, "uma posição subalterna na elaborada hierarquia
dos oficiais per
sas", e que ela o executara sem delongas, "antes do desfile cerimonial
final que concluía as festividades de coroação". Se este é um raciocínio
correto, 2.19-20 não recapitula simples me nte 2.8-10, mas acrescenta
um incidente importante para o desenvolvimento da trama. Mordecai
agora está em uma posição que pode ouvir de passagem o que está
sendo dito pelos oficiais do palácio (21) e tem acesso às câmaras reais
(22), e, embora seja conhecida a sua identidade judaica, não há razão
pa ra que se subentenda que Ester também é judia.

Livro: Ester: Introdução e comentário. (Baldwin, Joyce G. Série Cultura Cristã.


SP: Vida Nova, 2011, p. 62, 63).
li
Estudada em _/_/

LIÇÃO 7 Leitura Bíblica Para Estudo


Ester 1.10 -12; 2 .1-4; 21-23
ESTER 2
Verdade Prática
ESTER É COROADA RAINHA
Nem sempre os propós;tos de Deus
são manifestos de imediato, o que
faz com que a nossa caminhada seja
fundamentada na confiança e fé de
que Ele sabe como agir.

INTRODUÇÃO

1. A ESCOLHA DA NOVA
, RAINHA Et 2.1-16
Texto Aureo 1. Embusca de uma nova rainha Et2.1.4
o do rei, essa reine em lugar de Vasti. Com isto co ncordou o rei, e as- sim se fez."
2. Ester e Mordecai Et2.7
Et2.4
3. Ester entre as candidatas Et2.8

li. A RAINHA ESTER a 2.16-20

1. Casamentos de monarcas Et 2.16


2. A coroação de Ester Et 2.17
3. A rainha Ester é celebrada Et 2.18

IIL IVICH)ECAISALVAOREJ Et2.19-Z3


1. Assentado à porta do rei Et 2.19

2. Conspiração frustrada Et 2.21


3. Morte dos conspiradores Et 2.23

APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
CTICD@) CIDCD CD
Et 2 Et 2 Et 2 Et 2 Et 2 Et 2
1-7 8-15 16-18 19,20 21 22,23

Hinos da Harp a: 46 - 75

41
Lição 7 - Ester é Coroada Rainha

INTRODUÇÃO houve então muito entusiasmo na


tarefa de encontrar e levar a Susã
Muitos judeus não voltaram as moças mais atraentes do reino.
para sua terra quando Ciro decre Aordem para encontrar uma subs
tou que o fizessem. Já bem estabe tituta para Vasti foi expedida, mas
lecidos na Pérsia, vamos encon isto não se tratava de uma compe
trar Ester e seu primo Mordecai, tição que alguém tivesse de se ins
que são figuras import antes para crever para participar. ''A moça
o agir de Deus na história des se que cair no agrado do rei, essa
povo. A ação providencial de reine em lugar de Vasti. Com isto
Deus está, primeiro, em que Ester concordou o rei, e assim se fez" (Et
alcançou graça aos olhos do rei e 2.4). Todas as jovens do reino
tornou-se a esposa principal de estavam no páreo pelo simples fato
Assuero; e, segundo, em Mordecai de viver em sua jurisdição .
ter recebido um cargo que lhe pos Nenhuma das partici pantes voltaria
sibilita va ficar à porta do rei, para casa depois.
onde os assuntos oficiais eram
tratados, descobrindo assim a 2. Ester e Mordecai (Et 2.7)
trama de morte que dois serviçais "Ele criara a Hadassa, que é Ester,
armavam contra o rei. filha de seu tio,a qual não tinha pai
nem mãe; e era jovem bela, de
1. A ESCOLHA DA NOVA boa apar ncia e formosura.
RAINHA Tendo-lhe morrido o pai e a mãe,
(Et 2.1-16 ) Mordecai a tomara por filha."
Saindo das dependências lu
1. Em busca de uma nova xuosas do palácio, encontramos
rainha Mordecai e Este r. Eles moravam em
(Et2.1) Susã; ele era "judeu, benjamita,
"Passadas estas coisas, e apazi filho de Jair, filho de Simei, filho de
guado já o furor do rei Assuero, Quis, que fora transportado de
lembrou -se de Vasti, e do que ela Jerusalém, com os exilados que
fizera, e do que se tinha decretado foram depor tados com Jeconias, rei
contra ela." de Judá, a quem Nabucodonosor, rei
Esse tempo indeterminado de Babi lônia, havia transportado"
deve ser por cerca de dois a qua (Et 2.5- 6). Portanto, Morde cai não
tro anos, que se passam entre o tinha qualquer ligação com o rei ou
final do capítulo 1 e a escolha de co1n o reino medo-persa. Ele era
Ester como rainha. Os servos que apenas um judeu exilado que
atendiam o rei entenderam que cuidava de sua prima órfã, Hadassa
era preciso agir em favor do rei e (Et 2.7).
recome nda ram a implementação O autor sagrado enfatizou que
do plano de Me mucã (Et 1.21). E Mordecai e Ester eram jude us pu
ros e, assim, guardiães
apropriados
''Assim, foi levada Ester ao rei As
suero, à casa real, no décimo mês,
de seu povo, em Susã. Est.er era
órfã, criada pelo primo Mordecai.
Estando Mordecai consciente da
rara beleza ffsica de sua prima,
calculou acerta damente que ela
seria uma fortíss i ma candidata a
substituir Vasti.

3.Esterentre as candidatas (Et


2.8) "Em se divulgando, pois, o
mandado do rei ea sua lei, ao serem
ajuntadas muitas moças na
cidadela de Susã, sob as vistas de
He9ai, levaram tam bém Ester à
casa do rei, sob os cuida dosde
Hegai, guarda das mulheres."
O livro nos mostra que a moça
era bela, corajosa, esperta e cheia
de recursos. Coisa alguma é dita
sobre o que ela pensava a respeito
do plano de ser feita rainha em lu
gar de Vasti. Ester era apenas uma
candidata entre muitas outras; po
rém, foi-lhe conferida vantagem
imediata, porque ela despertou
a atenção do chefe do harém, de
nome Hegai, o eunuco (Et 2.9). Ele
se apressou a fornecer a Ester os
cosméticos de que ela precisaria; e
deu-lhe sete donzelas paraservi-la.
Deus trabalhava por intermédio de
Hegai, sendo este o primeiro passo
em que a providência divina esta
va operando, uma vez que Ester
foi posta entre as candidatas.

li. A RAINHA ESTER


(Et 2.16-20 )

1 . Cas a mentos de
monarcas
(Et 2.16)
Lição 7 - Ester é Coroada Rainha mulheres, e ela alcançou perante
ele favor e benevolência mais do
que é o mês de tebete, no que todas as virgens; o rei pôs-lhe
sétimo ano do seu reinado." na cabeça a coroa real e a fez
Os casamentos de rainha em lugar de Vasti."
príncipes costumam ser Após todo um ano de prepara
determinados por interesses tivos, chegou a vez de cada jovem
políticos e diplomá ti cos,
visando à ampliação de seus
domínios e ao fortalecimento
de suas alianças. A beleza
era um fa tor importante,
mas nem sempre prevalecia
o amor ou o agrado do
monarca. Há quem sugira
que Es ter estava cometendo
um grave pecado ao se
submeter ao proce dimento
de escolha. Isso se deve ao
desconhecimento dos
costumes antigos desses
povos.
Nesta época, Ester não
deveria ter mais do que 20
anos de idade, ou poderia
ser até mais jovem. Era uma
oportunidade para ela conse
guir tudo o que quisesse.
Em vez disso, ela
permanece fiel ao que
aprendeu e não sucumbe à
tenta ção ao seu redor;
antes, porta-se com
modéstia, coragem e fé em
meio àquela incom parável
extrava gância. Mesmo
vivendo momentos de
interrogaçõese relutância,
Ester não teve uma atitude
negativa. Ela sentia o
cuidado e a providencia de
Deus na situação.

2. A coroação de Ester (Et


2.17) ''O rei amou a Ester
mais do que a todas as
Lição 7 - Ester é Coroada Rainha

comparecer diante do rei. Para Ester; concedeu alívio às províncias


essa visita, elas podiam usar
todos os ornamentos, joias ou
roupas que quisessem. Mas Ester
não se preocupou demais, como
apare n temente fizeram as
outras, e veio a se destacar por
meio apenas da beleza natural.
Nenhuma coisa pediu como
adorno especial para apresentar-
se ao rei, mas apenas o que
estava designado para ela. E
mesmo assim, foi considerada a
mais agradável entre as candida
tas (2.15). Quanto mais natural a
beleza, mais aprazível ela é.
É bom lembrar que Ester veio
apresentar-se ao rei depois de
muitas outras moças. Embora to
das fossem de boa aparência e ha
bilidosas, o rei percebeu que Ester
se sobressaía a todas. Assim, o ca
minho para Ester estava pavimen
tado pela soberana providê ncia de
Deus em lhe favorecer, inclusive
com predicados que a destacaram
sobremaneir a
O rei viu e "amou" Ester
mais do que todas as mulheres
que ele vira até então. Ela obteve
graça e favor aos olhos do rei.
Agora, sem es pera r por mais
nenhum outro procedilnento,o
rei logo decidiu fazê-Ia rain ha e
pôr a coroa real na cabeça de
Ester.

3. A rainha Ester é celebrada


(Et 2.18)
"Então, o rei deu um grande ban
quete a todos os seus príncipes e
aos seus servos; era o banquete de
e fez presentes segundo a manteve res peito e cuidado para
generosi dade real." com Morde cai, seu primo que a
As honras que o Rei criara (v.20). E isso demonstra
concedeu a Ester foram seu espírito gra to e sua
além da escolha e da humildade para continuar
colocação da coroa sobre sua seguindo as instruções de seu
cabeça, tornando-a a nova pri mo, padrasto, guardião e
rainha. Ele também levou conse lheiro.
todo o reino a celeb ra r Quem diria que uma criança
solenemente a coroação com judia, órfãde pai e mãe, trazida ca
uma grande festa, na qual tiva de Israel para a Pérsia, criada
apresentou Ester como a por seu primo, se tornaria rainha
nova ra inha. Somando a do império mais poderoso da épo
grandiosidade do momento e ca. A segunda pessoa mais impor
a alegria do reino, pra ticou tante do país de seu desterro. Foi
atos de bondade para com através dela que De us concedeu
todos os cidadãos do reino, ao Seu povo uma grande liber
como dar alívio fiscal às tação dos desígnios malignos de
províncias, per dão de seus inimigos.
impostos, indult os a pris io Tudo isso nos faz lembrar que
neiros e feriado nacional. o Senhor é o Pai dos órfãos e os
É notório que Ester, já aco lhe. A providência divina leva
eleva da à posição de rainha, nta o pobre para o fazer assentar-
se
esperavam à porta do palácio real e
não entravam enquanto não fos sem
entre príncipes. Ele tem a caneta convidados. Em sua posição especial de
da história das nossas vidas e ne autoridade, Mordecai descobriu um
nhum de Seus planos podem ser conluio para assas sinar o rei (Et 2.21).
frustrados. Foi assim que o plano não deu certo, e
Mordecai obteve poder junto ao rei.
111.MORDECAI SALVA O
REt (Et 2.19-23) 2. Con s p iração frustrada (Et2.21)
"Naqueles dias, estando Mordecai
1. Assentado à porta do rei sentado à porta do rei, dois eunu cos
(Et 2.19) do rei, dos guardas da porta, Bigtã e
"Quando, pela segunda vez, se reu Teres, sobremodo se indig naram e
niram as virgens, Mordecai tramaram atentar contra o rei
estava assentado à porta do rei. Assuero."
É possível que Mordecai fos se Mordecai soube da trama para
uma espécie de oficial na corte assassinar o rei. Essas conspira ções
persa, pois se sentava no portão do eram muito comuns no palá cio. Alguns
rei. Talvez ele ocupasse alta posi anos mais tarde o rei foi assassinado
ção no sistema judicial do rei, visto nesse tipo de ardil na
que sentar-se no portão indicava
deliberar legalme nte. Os oficiais
Lição 7 - Ester é Coroada Rainha soberano. O caso foi investigado,
consta tado como verdadeiro, e o
corte. Mas, neste momento, a resul tado natural foi a execução
reve lação da trama, feita por dos culpados por enforcamento,
Mordecai, salvou a vida do rei um método favorito de execução
pela segunda vez: "Naqueles en tre os persas. Por sua vez, foi
dias, estando Morde caí as-
sentado à porta do rei, dois
eu nucos do rei, dos guardas
da porta, Bigtã e Teres,
sobremodo se indig naram, e
tramaram atentar contra o
rei Assuero" (Et 2.21).
Mordecai tinha sua posição no
portão e era conhecido pelo
rei.

3. Morte dos conspiradores


(Et2.23)
"Investigou-se o caso, e era
fato; e ambos foram
pendurados numa forca.
Isso foi escrito no Livro das
Crônicas, perante o rei."
Não se sabe que
desagrado o rei havia
cometido contra os dois
eunucos, servos ou oficiais,
Bigtã e Teres. Eles eram
guardas da por ta, quer dizer,
membros da guarda pessoal
do rei que guardavam seus
ambientes particulares.
Assim, ti nham fácil acesso
ao rei, que seria um homem
praticamen te morto, não
fora a intervenção de Morde
cai. Mordecai tornou-se um
salva dor da vida do rei
quando ouviu os dois
homens sussurrando o plano
assassino, passou as tristes
notí cias para Ester, que
contou ao rei, demonstrando
sua nova posição de
influência e de acesso ao
Lição 7 - Ester é Coroada Rainha

sim que Mordecai, oficial da corte serviu para que Mordecai, fosse
persa de Susã, transformou-se em honrado pelo rei e prevalecesse
amigo e salvador da vida do rei, sobre Hamã, salvando também, a
fato que foi registrado no livro das vida dos seus compatriotas judeus
crônicas dos Reis e que mais tarde (Et 2.23,6.1).

APLICAÇÃO
PESSOAL
No império medo-persa,
duas pessoas relativamente
insignificantes, Mor decai e
Ester, sobem ao palco
como parte de um grupo de
segunda ou terceira geração
de exilados, com atuação
decisiva para a salvação da
vida do rei, mostra que
Deus continuava tecendo os
fios dessa história em favor
do Seu povo.
LIÇÃO 8

ESTER 3 e 4 -A TRAMA DE HAMÃ


CONTRA OS JUDEUS
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
9 é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTA,.CÃO
PEDAGOOICA OBJETIVOS
• Compreender que o ódio pode
EmEster3 e4há23e17versos,respec ter conseq uências desastrosas.
tivamente. Sugerimos começar a aula • Entender a tragédia que se
lendo, com todosos presentes, Ester3.1- aba teriasobre acomunidade judaica
6e4.12-17(5a 7 min.). pela prepotência e ódio de um ini.Jnigo.
A revista funciona comoguia deestu • Perceber a providência divi
do e leitura complementar, mas na na decisão de Ester em arris
não substitui a leitura da Bíblia. car-se pelo seu povo.
Comece a sua aula fazendo um
ligeiro comentário sobre o ódio, PARA COMEÇARA AULA
que é um sentimento negativo,
que enraizado em nossa mente Após fazer um ligeiro comentário
causa angústia e dores. Por qual sobre o ódio, um sentimento
razão teríamos maior facilidade nega tivo, que enraizado em nossa
em pe rpetua r iras e ódios do que mente causa angústia e dores,
em cultivar amor e compaixão? pergunte: Por qual razão teríamos
Talvez, em parte, isto se deva maior facilidade em perpetuar iras e
ao fato de a afeição humana ser ódios do que em cultivar amor e
absolutamente suscetível a hu compaixão? Talvez, em parte, isto
milhações, decepções, importu se deva à crença de que a afeição
nações e ameaças. Quando a ira nos deixa vulneráveis ao próximo?
ou o ódio encontram abrigo em Por que então a ira ou o ódio
nossa men te e coração, o desafio encontram abrigo em nossa mente
pode ganhar contornos absurdos e coração? As atitudes daque les que
e despropositados, pois as atitu despertam tais emoções em nós são
des daqueles que despertam tais determinantes para que elas sejam
emoções em nós são determinan extintas ou perpetuadas? O caso de
tes para que elas sejam extintas ou Hamã em seu ódio cruel con tra
perpetuadas. Veja o caso de Hamã, Mordecai e o povo judeu poderia
em seu ódio cruel contra Mordecai nos ensinar alguma coisa?
e o povo judeu. RESPOSTAS DA PÁGINA 52
1) Hamã.
2) O extermínio de todos os judeus.
3) vestiu-se de pano de saco.
Lição8 - ATrama de Hamã Contra os Judeus

LEITURA ADICIONAL

A comunicação entre a rainha e Mordecai precisava se dar através de


mediadores, mesmo quando se estava discutindo um assunto tão secre
to como este aqui registrado. É impressionante a total confiabilidade de
Hatá, o eunuco real,e contrasta com a traição de Bigtã e Teres (2.21).
Os que serviam Ester tinham conhecimento dos laços que a ligava1n a
Mordecai, mas não deviam saber que eles eram parentes,e o decreto
que era o assunto da cidade evidentemente ainda era desconhecido no
palácio (6-8). Quando Ester ficou sabendo que Mordecai estava se
lamentando, presumiu que alguma perda material havia ocor rido, e por
isso mandou
-lhe roupas novas para vestir; mas a sua dor não foi aplacada assim tão
facilmente. Podem estar certos os comentaris tas que argumentam que a
intenção de Ester e1n enviar roupas a Mordecai era para que ele pudesse
qualificar-se para entrar no palácio, mas naquele caso a sua recusa em
aceitá-las teria sido extremamente descortês. Não obstante, estaria em
consonância com a sua inépcia que causara a crise, para começar. [...]
Não há nada de privado em relação à reunião entre Hatá e Mordecai,
que teve lugar na praça da cidade, além das portas do palácio, onde todos
se congregavam.
Mordecai não hesitou em dar todas as informações exatas, com es
pecial atenção à persuasão financeira que Hamã havia ofere cido ao rei.
Conquanto fosse indub itavehnente rico, Assuero assim mesmo reagia às
pro1nessas de riqueza ainda maior, en1bora tivesse repudiad o (3.11). A
traição de pessoas em troca de dinheiro sempre fora particular mente
re pugnante (nunca tanto quanto a traição de Jes us por Judas) e podia-
se contar que Ester iria reagir com ressentimento apaixonado. Uma cópia
do decreto silenciaria todas as dúvidas a respeito da exatidão da
informação e suscitaria a interrogação: O que devia ser feito? Será que o
de.ereto fora pregado no muro da cidade, para que todos o vissem e
lessem?
As últimas palavras de Mordecai foram uma ordempara que ela usas
se a sua influência junto ao rei em favor do seu povo. Ele ainda lhe disse
o que fazer, embora ela fosse rainha. Minúcias como esta, que acontecem
na vida, dão à narrativa grande conteúdo humano.

Livro: Ester: Introdução e comentãrio. (Baldwin, Joyce G. Série Cultura Cristã. SP:
Vida Nc;,va, 2011, p.69,70).
li
Estudada em _/_/

Leitura Bíblica Para Estudo


Ester 3.1-11; 4.12-17
Verdade Prática
Deus é fiel no cumprimento de to
das as Suas alianças e promessas
para com aqueles que o temem e
guardam Seus mandamentos.

INTRODUÇÃO

. 1. A TRAMA DEHAMÃ Et3.1-11


Texto Aureo
H Porq.ie, se de todo te calares ag::, 1. Mordecai não se doora a Hamã Et3.2
ra, de outra parte se levérJtará para os 2. O rancor de Hamã Et 3.5
judeus socorro e 6vramento, mas tu e
a casa de teu pai pe, ece,eis; e 3. Hamã autorizado pelo rei Et 3 11
q.iem sabe se para conjuntura como
esta é quefoste elevada a rainha?ª li. DECRETADA MORTE DOS
Et4.14 JUDEUS Et3.12-15
1. O edito épublicado Et 3.12
2. O dia da vingança racial Et 3.13
3. O desdém do rei e de Hamã Et 3.15

Ili. MORDECAI E ESTER a 4.1-17

1. Angústia e desgosto Et 4.1

2. Um apelo a Ester Et 4.14

3. Ester concorda em interceder Et 4.16

APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
CDCD CIDCIDCD CD
Et 3 Et 3 Et 3 Et 4 Et 4 Et 4
1-4 5-11 12-15 1-13 14-15 16-17
Hinos da Ha rpa: 372 - 459
47
Lição 8 -A Trama de Hamã contra os ancestral (Et 3.3).
Judeus

INTRODUÇÃO

Deus está operando por trás


das cortinas. Apenas um Ser com
tal graça e sabedoria protegeria
uma órfã esquecida, uma menini
nha que perdera a mãe e o pai. Só
essa Providência atuaria na vida de
um pobre judeu deportado no po
deroso impé r io medo-persa, onde
o cruel e cobiçoso Hamã tramava
para matar todo o povo judeu.

1. A TRAMA DE
HAMÃ (Et 3.1-11)

1. Mordecai não se dobra a


Hamã (Et 3.2)
"Todos os servos do rei, que esta
vam à porta do rei, se inclinavam e
se prostravam perante Hamã; por
que assim tinha ordenado o rei a
respeito dele. Mordecai, porém, não
se inclinava, nem se prostrava."
Hamã é introduzido abrupta
mente na história, guindado à po
sição de grão-vizir (prime iro mi
nistro), a quem oficiais infer io res
tinham de prestar obediência.
Os empregados do rei estavam
de serviço à porta dele e os altos
oficiais deveriam receber o respeito
de outros oficiais, pelo que, deixar
de prestar obediência e reconhecer
a posição exaltada de Hamã, era o
mesmo que opor-se ao rei. Morde
cai alegou aos servos do
rei,quando questionado, queera
judeu e, assim, pode não ter
conseguido prestar esse respeito a
uma pessoa que era sua inimiga
com o rei e lhe diz: "Existe
espalhado e dividido entre os
Na verdade, não há nada povos em todas as províncias do
que indique que Mordecai
estava certo ou errado nessa
atitude. Ap aren temente,
Mordecai não se curvava
perante Hamã porque este
reivin dicava para si alg uma
honra divi na, como faziam os
reis persas. Ju deu leal,
Mordecai não podia dar tal
honra a um homem.

2. O rancor de Ham ã (Et 3.5)


"Vendo, pois, Hamã que
Mordecai não se inclinava ,
nem se prostrava diante dele,
encheu-se de furor".
A recusa de Mordecai, dia
após dia, em curvar-se a
Hamã. o dei xou com tanto
ódio e, tal foi a in sana ira
contra o subalterno e sua
insubordinação, que ele
pensou que não seria
suficiente atacá-lo, humilhá-lo
e expulsá-lo do serviço real, ou
mesmo executá-lo. Então, ele
planejou envolver toda a co
munidade judaica e come ter
geno cídio. Todos os judeus
espalhados pelo império persa
sofreriam as consequências da
atitude de um só homem.

3. Hamã autori zado pelo rei


(Et 3.11)
"E lhe disse: Essa prata seja
tua, como também esse povo,
para fa zeres dele o que melhor
for de teu agrado."
Com o coração pesado de
ódio, tendo já deliberado
varrer to dos os judeus do
império, Hamã encontra-se
Lição 8 -ATrama deHamã contra os
Judeus
teu reino um povo cujas leis são di
ferentes das leisde todos os povos creveu aos sátrapas do rei, aos
e que não cumpre as leis do rei; go vernadores de todas as
pelo que não convém ao rei deixá- províncias e aos príncipes de cada
lo fi car. Se bem parecer ao rei, povo; a cada província no seu
escreva próprio modo de es crever e a cada
-se que os matem." (Et 3.8,9). povo na sua própria língua. Em
Hamã sequer menciona o povo nomedorei Assuero se es creveu, e
pelo nome, nem conta ao rei sua com o anel do rei se selou."
briga pessoal com Mordecai. Ele Sem nem mesmo perguntar
faz três acusações contra os ju quem eram estas pessoas a quem
deus: (1) Um povo espalhado pelo Hamã se referia, o rei aprova o
império medo-persa (pois muitos plano. A decisão foi registrada em
judeus não retornaram a Jer usa um de creto legal, traduzido para
lém). (2) Cujas leis são diferentes várias lín guas, de modo
(isso não era incomum no império queninguém pudesse ler
persa, que incluía e era tolerante erroneamente a declaração,cujo
em relação a muitos grupos mi original, provavelmente, estava em
noritários). (3) Não cumpre as aramaico, a língua falada na época.
leis do rei (mas tal acusação con O edito foi dado aos príncipes
denatória era inverídica). E para das províncias, garantindo sua
convencer o rei, Hamã o lembra de distribuição em todos os lugares
que as propriedades confiscadas do reino. A marca do anel de si
das vítimas aumentariam o tesou nete equivale à de uma assinat ura
ro real e ainda mais dez mil talen nos dias de hoje (lRs 21.8).
tos de prata, valor equivalente a
aproxhnadamente 25 milhões de 2. Odia davingança racial (Et3.13J
reais. Custaria muito dinheiro ob "Enviaram-se as cartas, por in
ter a ajuda de tanta gente dispos termédio dos correios, a todas as
ta a executar as comunidades dos províncias do rei, para que se des
judeus. Mas Hamã alegrava-se por truíssem, matassem e aniquilassem
pagar a empreitada com o próprio de vez a todos os judeus, moços
dinheiro, tão ansioso estava para e velhos, crianças e mulheres, em
que a tarefa fosse cumprida. um só dia, no dia treze do
duodécimo mês, queé o mês de
li. DECRETADA A MORTE adar, e que lhes saqueassem os
DOS JUDEUS (Et 3. 12-15) bens."
Obtida a aquiescência do rei,
1. O edito é publicado (Et 3.12J registrado o edito, Hamã define a
"Chamaram, pois, os secretários do rei, no data do extermínio dos judeus -
dia treze do primeiro mês, e, segundo onze meses à frente. A co nspira
ordenou Hamã, tudo se es- ção para matar os judeus incluía
os de todas as idades e de
ambos os sexos. O mês de
adar corres ponde a fevere
iro e março em nos-
Lição8- A Trama de Hamã contra os que, após enviarem as cartas, as
Judeus sentaram-se a beber. Eles se mos-

so calendário e no décimo terceiro


dia desse mês todos os judeus que
moravam na circunscrição do im
pér io medo-persa deveriam ser
exterminados (Et 3.7; 8.12).
Para que a mensagem chegasse
com rapidez às mais diversas pro
víncias, ou satrapias, foi acionado
o famoso sistema postal do impé
rio. Os correios eram mensagei ros
reais estacionados em vários
pontos situados às margens das
principais estradas, os quais tra
ns portavam as mensagens a
cavalo. As cartas, na antiguidade,
eram es critas em tabletes de
argila ou em pergaminho
preparado com peles
de animaís, e envíadas a grandes
distâncias
. rapidamente. Os men-
'
sage iros sa, 1ram as pressas,
.
po is
Hamã tinha urgência em que o edi
to chegasse logo aos destinatários.
"Tais cartas encerravam o traslado
dodecreto para que se proclamasse
a leí em cada provfncia; esse trasla
do foi enviado a todos os povos
para que se preparassem para
aquele dia" (Et 3.14).

3. O desdém do rei e de Hamã


( Et 3.1 5)
"Os correios, pois, impe/ídos pela
ordem do rei, partiram incontinen
ti, e a lei se proclamou na cidadela
de Susã; o rei e Hamã se assenta
ram a beber, mas a cidade de Susã
estava perplexa''.
Era, no mínimo, um compor
tamento desumano do rei e Hamã
mais a quantia prometida ao rei,
de 10 mil talentos de prata, valor
traram indiferentes diante apro ximado de 25 milhões de
do de sastre que se abateria reais-, e não somente o decreto
sobre um povo inteiro. Mas publicado, não nos é revelada.
os habitantes da capital, Possivelmente os amígos que ele
Susã, estavam perplexos. tinha na corte colocaram-no a par
Por outro lado, a do que esta-
providência divína é vísta
com clareza no fato de que
há um prazo de onze meses
até a execução do decreto.
A mão invisível de Deus agia
controlando até a data
escolhida para dar tem po de
impedir a sandice de Ha mã.
O povo, porém, não
comparti· lhava dessa
indiferença demonstra
da pelo rei e Hamã para com
asorte
de seus vízinhos e amigos
judeus e não tinha
testemunhado nenhum sinal
de rebeldia da parte deles. A
população, em geral, refletia
os sen timentos de temor,
ultrajee conster nação dos
judeus.

Ili . MORDECAI E ESTER


(Et 4.1-17)

1. Angú stia e desgosto (Et


4.1) "Quando soube Mordecaí
tudo quan to se havia passado,
rasgou as suas vestes, e se
cobriu de pano de saco e de
cinza, e, saindo pela cidade,
cla mou com grande e amargo
clamor."
A forma como Mordecai
to mou conhecimento de
todos os detalhes da
transação - todas as
propriedades dos judeus e
recusou a

va acontecendo. E não poderia ter


sido outra a sua reação: vestiu-se
de pano de saco, cobriu-se de cin
za, rasgou a própria roupa e cho
rou ama rgurado . Ves tir-se de
saco com cinza era um sina l os
tens ivo de luto; demonstrava uma
intensa desolação.
Apesar de Mordecai te r aces
so à propriedade real, não podia
entr ar com essas roupas. Aparen
temente, estar vestido de pano de
saco tor nava a pessoa cerimonia l
me nte impura e, por isso, impossi
bilitada de entrar na corte.
Grande era a dor que Mordecai
experi mentava na sua alma pel.a
possibi lidade de ver seu povo
erradicado naquelas
circunstâncias.

2. Um apelo a Ester (Et4.14)


"Porque, se de todo te calares
agora, de outra parte se levanta
rá para os judeus socorro e
livra mento, mas tu e a casa de
teu pai perecereis; e quem sabe
se para conjuntura como esta é
que foste elevada a rainha?''.
Seria no mínimo ingênuo pen
sar que na corte a relação en tre
Ester e Mor decainão fosse notada.
Os se rvos de Ester, portanto, infor
maram-lhe a respeito da condição
triste de Mordecai. Ester ficou
muito condoída pelo aspecto de
Mordecai, embora ainda não ima
ginasse os motivos dele (Et 4.5).
Ester fez o que pôde, enviando
uma muda limpa de roupa, para
que ele se visse livre daqueles
trajes de pano de saco. Mas ele
Lição 8 -A Trama de Hamã contra 'Vai, ajunta a todos os judeus que se
os Judeus acharem em Susã, e jejuai por mim,
e não comais, nem bebais por três
gentileza. Então Ester envia dias, nemdenoitenemdedia;eu e as
seu eu nuco guardião a fim minhas servas também jejuaremo.s
de saber o que estava Depois, irei ter com o ,rei ainda
acontecendo para que seu queé contra a lei; se perecer, pereci."
primo procedesse
daquelaforma.
Ha tá saiu à praça da
cidade para encontrar-se com
Mordecai e este não ocultou
nenhun1a das in formações
necessárias, enviando
para Ester o traslado do
decreto escrito; e Hatá levou
um relatório completo a Ester.
Mordecai pede a Ester que vá
até o rei e implore que ele
tenha misericórdia do seu
povo. Neste ponto, o rei não
parece saber que esta lei é
contra os ju deus, nem que
Ester é judia. Mas Este r se
recusa, lembrando a seu
primo a lei persa que
permite que o rei execute
qualquer pessoa que entre em
sua presença sem ser
convidada. O argu1nento de
Mor decai era irr etorquível,
pois ele claramente conclui
quea ascensão dela ao trono
foi providência divi na:
"Porque, se de todo te
calares agora, de outra parte
se levantará para os judeus
socorro e livramen to, mas tu
e a casa de teu pai pere
cereis, e quem sabe se para
conjun tura como esta é que
foste elevada
a rainha?" (Et 4.14).

3. Es te r co n c ord a e m interceder
(Et 4.16)
Lição8 • ATrama de Hamã contra os Judeus

A relutância de Ester trou xe Diante da forte argumenta


uma afirmação de fé do judeu ção de Mordecai, Ester concorda
Mordecai. Apesar de Deus perma em correr o risco e interceder,
necer não mencionado, Mordecai com a condição de que ele convo
está sem dúvida lembrando-se das casse todos os judeus da cidade
promessas do Senhor a Abraão e a para que jejuassem durante três
Davi, que não poderiam ser cum dias por ela. Ir ao encontro do rei
pridas se os judeus fossem exter poderia significar a morte dela.
minados. E foi com autoridade e Mas manter-se quieta significava
firmeza que relembra a Ester o per morte certa. Ester está buscando
curso para ela chegar até o trono. a ajuda divina.

APLICAÇÃO PESSOAL
Ante a ameaça de Ha mã, Mordecai cria na obra providencial de Deus
ao dirigir as circunstâncias da vida. Sabendo que Deus é fiel no cumpri
mento de todas as Suas alianças e promessas feitas a Abraão, ente ndia
que não poderiam ser cumpridas se os judeus fossem exterminados.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA
• I d entificar o agir providen
Em Est.er 5 e 6 há 14 emcada capítulo. cial de Deus na vida de Ester.
Sugerimos começar a aula lendo, • Entender como a arrogância,
com todosos present.es, Ester 5.1-5e o orgulho e a vaidade podem levar
6.12-14 (5a 7min). a atos extremos.
Arevista funciona comoguia deestu • Co ns tatar a providência divi
do e leitura complementa_, ; mas não na até na insônia do rei.
substitui a leitura da Bíblia.
Enfatizar que Deus, durante a PARACOMEÇARA AULA
competição, fez com que Ester ga
nhasse o favor do rei para Para começar sua aula, fale so
enfrentar este momento diff cil que bre a insônia do rei naquela noite
viria para todos os judeus. e como isso foi providencial para
Interessante obser var também que, o reconhecimento do que
quando o tempo de Ester entrar em Mordecaj havia feito pelo rei,
ação chega, Deus novamente a faz
uma vez que este não fora sequer
ganhar a graça do mesmo homem, e
lembrado. Mas foi isto que fez
não foi condena da à morte por ter
entrado na corte sem ser com que o rei pedisse para que
convidada. lhe trouxessem o livro das
Nesta visita ao rei, Ester convi crônicas do reino. Mas, naquela
dou-lhe, e a Hamã, para um banque noite, entre as muitas ano tações,
te que ela havia preparado naquele havia uma única que preci sava ser
dia Um outro banquete foi arranja lida; e, finalmente, foi esta a
do para o próximo dia O tempo de anotação lida. Após o rei saber
um banquete ao outro foi re aln1en
que Mordecai não tinha sido ainda
te muito crítico. E a indignação de
recompensado, ele decidiu honrá
Hamã em relação a Mordecai era
tanta que ele não esperaria até o -lo no dia seguinte.
dia definido para a destruição dos
RESPOSTAS DA PÁGINA 58
ju deus para vê-lo morto. Masos
1) Hamã.
planos de Deus não podem ser
2) Enforcamento.
frustrados.
3) Honrá-lo.
Lição9 - O Primeiro Banquete de Ester

LEITURA ADICIONAL

O rei não consegue dormir. A noite se arrasta. Ele pede que o livro
dos feitos memoráveis seja lido e ouve como uma conspiração contra sua
vida havia sido evitada mediante um gesto oportuno de Mordecai, surp
reen dendo-se ao descobrir que este não recebera qualquer
recompensa. Re
solve então que ele deverá ser premiado sem demora. [...J. O rei pergunta
quem está nopátio e lhe respondem que é Hamã (pois estese apresentara
bem cedo a fim de obter uma audiência com o rei, na qual esperava
conse guir autorização para enforcar Mordecai). O rei pergunta a Hamã:
"Que se fará ao homem a quem o rei deseja honrar?" Hamã, supondo
presunçosa mente ser ele mesmo o candidato a novas preferências, fica
envaidecido e faz a seguinte proposta atraente:''... tragam-se as vestes
reais, de que o rei costuma usar, e o cavalo em que o rei costuma andar
montado, e tenha na cabeça a coroa real; entreguem-se as vestes e o
cavalo às mãos dos mais nobres príncipes do rei, e vistam delas aquele a
quem o rei deseja honrar; levem-no a cavalo pela praça da cidade, e
diante dele apregoem: Assim se faz ao homem a quem o rei deseja
honrar". A proposta de Hamã evi dencia sua ilimitada presunção, sua
sede doentia de louvor dos homens e sua ideia mesquinha de grandeza.
Seu coração bate mais forte quando se imagina sendo levado dessa forma
em meio à adulação de seus seme lhantes. Então , ele ouve o rei dizer:
'í\pressa-te, toma as vestes e o cavalo, como disseste, e faze assim para
com o judeu Mordecai... Quê? Fazer isso ao judeu Mordecai? Será que os
ouvidos de Hamã estão zombando dele? Não! É verdade. O rei falou e
deve ser obedecido! O brilho foge dos olhos de Hamã. Seu orgulho se
derrete. É como se uma mortalha sombria lhe envolvesse o coração. Por
alguns segundos que parecem séculos ele fica ali de pé, estupefato diante
de seu senhor real. A seguir, retira-se devagar, com passos pesados, a fim
de exaltar Mordecai justamente do modo que ele mesmo estupidamente
propusera.

Livro: Examinai as Escrituras: Juízes a Ester. (Baxter, J. Sidlow. São Paulo: Vida
Nova, 1993, p.279,280).
li
Estudada em _ ! _ !

Leitura Bíblica Para Estudo


Ester 5 .1-5; 6.12-14
Verdade Prática
Enquanto esperamos, Deus não
trabalha apenas em nosso cora
ção , mas, igualmente, no de ou
tros, renovando as forças a todo
ançou ela favor perante ele; estendeu o rei paraoEster o cetro de ouro que tinha na m ão ;
momento.
ponta do cetro".
Et S.2 INTRODUÇÃO

L ESTERALCANÇAOF"AVOR Et5.1-8
1. Ester vai falar com o rei Et 5.3
2. O primeiro banquete Et 5.5

3. Apetição de Ester Et 5.8

li. A VAIDADE DE HAMÃ Et S.9-14


1. O bom-humor de Hamã Et5.9

2. Aira de Hamã oontra Mordecai Et5.

3. Hamã planeja vingança Et 5 14

IL HUMLHAÇÃODEHAMÃ &6.1-14
1. Ajuda de Mordecai lembrada Et 6.2

2. Mordecai honrado Et 6.11

3. Mulher deHamã prevê fracasso Et6.13

APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário
CDCDCIDCIDCD CD
Et 5 Et 5 Et 5 Et 6 Et 6 Et 6
1-2 3-5 6-14 1-2 3-11 12,13

Hino s da Ha rpa: 58 - 205

53
Lição9 • O Primeiro Banquete deEster

INTRODUÇÃO
maneira mais atraente possível, co
locou-se no pátio interno do palá
Após jejuar três dias, Esterco
cio, em frente ao salão do rei; e se
locou suas melhores roupas para
coloco u no luga r onde o rei pudes
comparecer perante o rei, pois
se vê-la e chamá-la. Sabendo que
conhecia sua natureza impulsiva.
Ester devia ter tido um motivo in
Deus a acompa nhou e o monarca
comum para atrever-se a se apro
estendeu para ela o cetro de
ximar dele, ela acaba alcançando
ouro, prometendo dar-lhe o que
graça aos seus olhos.
ela de sejasse.
Novamente, a providência de
Po r que ela não pediu ao rei, Deus é demonstrada pela reação
no primeiro momento, o que ela do rei a Ester. "Quando o rei viu
desejava realmente? Talvez por a rainha Ester parada no pátio,
querer confrontar Ha mã com sua alcançou ela favor perante ele;
mald ade de uma forma estratégi estendeu o rei para Ester o cetro
ca e em um lugar no qual ele não de ouro que tinha na mão; Ester
tivesse escapatória. Talvez Es te r se chegou e tocou a ponta do
agisse de acordo com a melhor cetro" (Et 5.2). Para indicar sua
tradição do seu povo: confrontar aprova ção, o rei estende u-lhe o
Ha mã face a face, em vez de falar cetro de ouro, e então lhe diz:
pelas costas. Dessa forma ela con "Que é que tens, rainha Ester, ou
vido u a ambos para um banquete. qual é a tua petição? Até metade
do reino se te dará" (Et 5.3).
1. ESTER ALCANÇA O
Diante da explosão de genero
FAVOR (Et 5.1-8)
sidade do rei, Ester não se preci
pitou. Ela apenas convidou o rei e
1. Ester vai falar com o rei Hamã para um banquete que pre
(Et 5.3)
parara es pecialmente para eles .
"Então, lhe disse o rei: Que é o
que tens, rainha Ester, ou qual é 2 . O pr imeiro banquete (Et 5.5)
a tua petição? Até metade do "Então, disse o rei: Fazei apressar
reino se te dará." a Hamã, para que atendamos ao
Depois que Mordecai conven que Ester deseja. Vindo, pois, o rei e
ceu Ester a tentar intervir em favor Hamã ao banquete que Ester havia
dos judeus, por meio de uma preparado."
entre vista pessoal com o rei, Ester Observemos a prudência de
es tava em uma situação crítica, Ester no trato com o rei. Ela não
pois não havia sido chamada à se apresentou a ele interceden do
presença do rei nos últimos trinta imediatamente pelo seu povo,
dias. Pas sados, portanto, os dias porque sentiu que aquele não era
do jejum por ela solicitado, ela se o momento nem o lugar adequa-
vestiu da
Lição9 - OPrimeiro Banquete de Ester

do. Talvez ela tenha preferido um nhã, e, então, farei segundo o rei
lugar mais reservado para fazer o me concede."
seu pedido. Mas, naquela oportu Os dias de jejum coletivo,
nidade, ela convidou o rei e Hamã acompanhado de oração, haviam
para irem a seu banquete naquele dado a Ester uma sabedoria do
mesmo dia. "Respondeu Ester: Se alto e uma confiança que não lhe
bem te parecer, venha o rei e Ham ã, era característica. Ela chegara até
hoje, ao banquete que eu prepa a preparar a refeição,crendo que
rei ao rei. Então, disse o rei: Fazei o resultado da sua ousada
apressar a Hamã, para que atenda iniciativa seria favorável
mos aoque Ester deseja. Vindo, Oferece ndo publicamente duas
pois, o rei e Hamã ao banquete que vezes cumprir o que Ester dese
Ester havia preparado , disse o rei a jasse, até mesmo metade do rei no,
Ester, no banquete do vinho: Qual é a resposta dela foi cautelosa e
a tua petição? E se te dará. Que mansa, atributos que ela sabia que
desejàs? Cumprir-se-á, ainda que o rei valorizava numa mulher: "Se
seja meta dedo reino" (Et 5.4-6), achei favor perante o rei, e se bem
Assim, antes de pedir o que parecer ao rei[..)" (Et 5.8). Ist o fez
queria, Ester preparou um ban o rei se sentir no total controle
quete para o rei Assuero e para da situação. O rei não tinha como
Hamã, cujo objetivo seria exatni se esquivar do convite da rainha,
nar o terreno e saber qual era o pois o propósito do banquete era
estado de espírito do rei. Naquela para revelar o pedido dela. E, nes
noite, o rei novamente pediu-lhe se arriscado jogo, Ester estava
que dissesse o que desejava, mas fazendo tudo o que estava ao seu
Ester simplesmente convidou o alcance para aumentar as chances
rei e Hamã para outro banquete, de sucesso.
a ser realizado na noite seguinte.
Era um lance arriscado convidar li. A VAIDADE DE
Hamã para o banq uete, como úni HAMÃ (Et 5.9-14)
co conviva do casal real; contudo,
isto estava em plena concordância 1. O bom-humor de Hamã (Et5.9)
com a recente promoção desse ho "Então, saiu Ham ã, naquele dia,
mem, levada a efeito pelo rei. alegre edebomânimo; quando viu,
porém, Mordecai à porta do rei e
3. A petição de Ester (Et 5.8) que não se levantara, nem se
"Se achei favor perante o rei, e se move ra diante dele, então, se
bem parecer ao rei conceder-me encheu de furor contra Mordecai."
a petição e cumprir o meu desejo, Hamã alcançou tanto prestígio
venha o rei com Hamã ao banque aos olhosdo rei,que veioa tornar-
te que lhes hei de preparar ama- se o primeiro ministro do reino. O
rei
Lição9 -O Primeiro Banquete deEster cipar do banquete da rainha se
transforma em ódio, então ele se
chegou a ordenar que todos se in
clinassem perante ele. Portanto. era
o homem de influência e
confiança do rei. Ao pedir ao rei
que Hamã o acompanhasse no
segundo banque te que ofereceria,
Ester queria asse gurar-se do seu
favor e, ao mesmo tempo, garantir
a presença de Hamã quando
expusesse o plano perverso dele.
Hamã teria então de calar-se. Não
poderia negar a veracidadeda
acusação, nem ousaria contradizer
a rainha na presença do rei. E Hamã
saiu alegre e disposto, sem saber o
que lhe esperava (Et 5.9a).

2. A ira de Ha m ã co n tra Mo
rde cai (Et 5.9b)
''... Quando viu, porém, Mordecai à
porta do rei e que não se
levantara, nem se movera diante
dele,então,se encheu de furor
contra Mordeca'i.'
Hamã alimentava um ódio
mor tal contra o judeu Mordeca i e,
con sequentemente, todos os
judeus es tavam incluídos nesse
sentimento fatíd ico. E quando,
cheio de alegr ia e orgulho,
pénsando estar prestes a receber
alguma honraria adicional da parte
do rei - pois fora o único convida
do para beber vinho com o rei e a
rainha - , depara-se com Mor decai
sentado na porta do rei. Este nem
ao menos se levantou quando ele
passava e sequer se prostrou
diante dele, conforme exigiam os
costumes orientais. Então, a ira de
Hamã se acendeu sobremane ira.
O prazer de Hamã em parti
possuía, enquanto Mordecai
estivesse atravessado no seu cami
queíxa diante da família e nho: "Porém tudo isso não me satis
amigos da humilhação que faz, enquanto vir o judeu Mordecai
sente diante da provocação assentado à porta do rei" (Et 5.13).
de Mordecai. A sua esposa e Foi então quea mulher de Hamã,
amigos alimenta m esse ódio Zeres, expôs a sua grande e horrível
cruel, incentivando-o ideia de abater Mordec ai,
enforcan-
a ar quite tar um plano
"maquiavélico" que o livr
aria de uma vez por to das
da presença nefasta do
judeu.

3. Ha m ã planeja vingança
(Et 5.14}
"Então, lhe disse Zeres, sua
mulher, e todos os seus
amigos: Faça-se uma forca de
cinquenta côvados de altu ra,
e, pela manhã,dizeao reique
nela enforquem Mordecai;
então, entra alegre com o rei
ao banquete. A su gestão foi
bem-aceita por Hamã, que
mandou levantar a forca"
Ha mã era vaidoso, so
berbo, ar rogante e conteve
sua ira ao passar perto de
Mordecai e ser alvo nova
mente da
insubordinaçãodaquele.
Hamã, em sua sandice, se
ga bava à esposa e aos
amigos das ri quezas que
possuía, dos filhos que tinha
e de seu status no reino. Ter
uma prole numerosa era
conside rado uma grande
bênção entre os antigos
povos semitas. Na Pérsia, o
homem que tivesse mais filhos
rece bia presentes do rei em
pessoa. Mas ele não estava
satisfeito com tudo o que
eapregoou diante dele: Assim se faz ao
homem a quemo rei deseja honrar."
do-o incontinente. No entanto, Deus
estava soberanamente operando
por trás até de um ato tão odioso,
como ode levantar uma forca.

111. H UM IJ-H AÇÃO DE


HAMA (Et 6.1-14)

1. Ajuda de Mord ec ai
lembrada
(Et6.2)
''Achou-se escrito que Mordecai é
quem havia denunciado a Bigtã e
a Teres, os dois eunucos do rei,
guar das da porta, que tinham
procura do matar o rei Assuero."
E depois do primeiro banquete
de Ester, já em seus aposentos, o
rei não consegue dormir. Ele pede
então que o livro dos feitos
memo ráveis seja lido e ouve a
respeito de uma conspiração
contra sua vida que havia sido
evitada mediante um gesto
oportuno de Mordecai (Et 2.19-
23). O rei surpreende-se ao
descobrir que o benfeitor não rece
bera qualquer recompensa. Resolve
então que este deveria ser premia
do sem demora
Já estava quase amanhecendo.
O rei pergunta quem está no
pátio e lhe respondem que é
Hamã; este estava aguardando
para ver o rei e conseguir
autorização para enfor car
Mordecai.

2. Mordecai honrado (Et6.11)


"Hamã tomou as vestes e o
cavalo, vestiu a Mordecai, e o levou
a cava lo pela praça da cidade,
Lição 9 - OPrimeiro Banquete deEster "Contou Hamã a Zeres, sua mu
lhe,; e a todos os seus amigos tudo
O rei então pergunta a quanto lhe tinha sucedido. Então,
Hamã: "Que se fará os seus sábios e Zeres, sua mulher,
aohomem aquem o rei deseja lhe disseram: Se Mordecai, perante
honrar?" (Et 6.6). Imediata oqual já começaste a cair, é da
mente, Ha mã dá a sua des-
sugestão. De tão arrogante,
Hamã pensou que o rei estava
querendo honrá-lo . Ele
mesmo sugeriu as honrarias
que adoraria receber: um
desfile real pela praça da
cidade, para que to dos
vissem e ouvissem como o
rei se agradava dele.
O rei aceitou, mas
planejava dar esse galardão ao
homem que Ha mã julgava
ser seu inimigo, embora o rei
não tivesse nenhuma ciência
disso. O pior de tudo foi
Hamã ter sido encarregado de
exaltar e fa zer cumprir
publicamente as hon rarias ao
homem para o qual fora
requerer uma sentença de
morte, para quem se atrevera
a preparar a forca. Ainda foi
obrigado a procla mar que o
rei se agradava dele. Era uma
estonteante humilhação.
AJi estava o odiado
Mordecai, que não se
prostrava diante de Hamã,
montando o cavalo real,
com as vestes púrpuras,
enquanto Hamã puxava o
cavalo a pé pela praça da
cidade, apregoando dian te
dele: ''Assim se faz ao
homem a quem o rei deseja
honrar''.

3. Mulher de Hamã prevê fra


casso (Et 6.13}
Lição9 - O PrimeiroBanquete de Ester

cendência dos judeus, não prevale que ele não prevaleceria, devido à
cerás contra ele; antes, certamente, ascendência judaica de Mordecai.
cairás diante dele." (Et 6.13). Hamã ainda está se re
Foi terrível contar todo o ocor cuperando da humilhação quando
rido, a humilhação era demasiada chegam os mensageiros do rei cha
para suportar. Então, a esposa e mando-o para o segundo banquete
os amigos de Ha mã disseram-lhe com Assuero e Ester (Et 6.14).

APLICAÇÃO PESSOAL
A providência divina é
ma nifesta em Assuero
que, no meio de sua
insônia, decidiu ouvira le it
ura das crônicas reais
ondeficou constatada a
participação do judeu Mo
rdecai na salvação da vida
do rei, sem que recompensa
alg uma lhe fosse
dispensada até aquele
momento.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÕGICA • Co nhecer a petição surpreen
Em Ester 7 há 10 versos. Sugerimos co dente da rainha Ester.
meçar a aula lendo, com todos os pre • Identificar o inimigo que pre
sentes, Ester7.1-10(5 a 7 min.). tendia erradicar os judeus do
A revista funciona comoguia de rei no da Pérsia.
estu do e leitura complementar, • Compreender que a sobrevi
mas não substitui a leitura da Bíblia. vência dos judeus decorre do cuida
ObseIVe que, no segundo banque do providencial de Deus.
te, Hamãestá se sentindo mais
pode roso do que o usual, orgulhoso
por ter chamado a atenção da rainha. PARA COMEÇARAAULA
En tão, Ester conta ao rei que o Inicie esta lição ralando sobre a
plano de Hamã é contra os judeus, importância de se aproveitar a opor
oque signi fica que ela e Mordecai tunidade, na hora certa. Ester jáhavia
morreriam no extermínio. O deixado o rei curioso, pois desafiara
reificafurioso.Avida de sua própria as leis dos medos e persas, alcançou
rainha estava em perigo por conta o fuvor do rei e ainda não
de uma conspiração de um de seus apresen tara seu pedido. Mas, no
homens de confiança Hamã ficou momento exato, ela surpreendeu
perturbado, pois, em seu plano tanto o rei como Hamã, que era
maligno para assassinar seu inimigo, convidado para obanquete,ondeseu
sem perceber, ele colocou a vida da próprio ardil se ria desmascarado.
própria rainha em risco. A ira do rei Na oportunidade, Ester revelou sua
aumenta ainda mais pelo rato etnia e pediu por sua vida e pela vida
deque, nanoite do seu povo, pois estavam
anterior;eleforalembrado de que condenados ao extermínio, pela
Mordecai o avisara de uma trama sanha maligna do mau Hamã Ela
deassassinato e nunca foi recompen soube aproveitar o momento exato
sado. O rei ordena que Hamã seja en para fazer sua petição.
forcado e promove Mordecai ao posto
que ficou vago. A grande ironia é que RESPOSTAS DA PÁGINA 64
1) Traição ao reiAssuero.
Hamã acabou morrendo na forca
2) Ficou apavorado.
que ele m.esmo havia construído.
3)A forca.
Lição 10- Harnã é Desmascarado e Enforcado

LEITURA ADICIONAL
O e nvolvimento de Zeres na situação aflitiva do seu marido sugere
que este casamento ia muito além do que o de Ester com o rei jamais
pode ria ir, e intensifica a tragédia do que deve seguir-se. Agora que tudo
está dando errado para Hamã, os seus conselheiros pessoais dão a
aparência de não terem nada a ver com o método de ação que Hamã havia
segu jdo. Se Mordecai... é da descendência dos judeus dá a entender que
eles não conheciam este detalhe, enquanto que Hamã havia chamado de
"judeu Mordecai'' (5.13). Este é apenas o primeiro passo para isolar
Hamã, agora que ele está em dificuldades. Já começaste a cair... não
prevalecerás con tra ele... certamente cairás diante dele. Por trás deste
frio consolo pare ce estar uma sabedoria folclórica comumente aceita,
talve•z proverbial. A maneira pela qual o povo judeu havia sobrevivido a
deportações e preser vado a sua identidade não passara despercebida, e
este fato por si mes mo testificava acerca do poder do seu Deus (cf. Êx 38
.23). A libertação do indivíduo, Mordecai, da maneira como acontecia,
precisava ser vista como parte desse propósito mais amplo de Deus de dar
glória ao Seu pró prio nome e estabelecer o Seu reino. O fato de isso não
ser acidente podia ser visto mediante a referência a Edom, uma nação de
tamanho similar, que não sobrevivera à experiência babilônica, embora
não tivesse sido deportada (MI1.2-5). A con tínua sobrevivência dos
judeus até aos diasde hoje também é um testemunho continuo para o
mundo de que o Senhor é grande, "além das fronteiras de Is rael".

Livro: Ester: introdução e comentário. Série Cultura Biblíca. (Baldwin, Joyce G. São

Paulo: Vida Nova, 2011, p. 82).

li
Estudada em _ !_ !

Leitura Bíblica Para Estudo


Ester 7.1-10
Verdade Prática
Diante da ameaça de morte que
pairava sobre a vida dos judeus,
só o rei poderia salvá-lo s .

INTRODUÇÃO

1. ESTER FAZ SUAPETIÇÃO Et7.1-4

1. A curiosidade do rei Et 7.2


Texto Áureo
"Então, respondeu a rainha Es 2.Arupreendente resposta deEster a7.3
ter e disse: Se perante ti, ó rei,
achei favor, e se bem parecer ao 3.Fomos vendcbs, eueomeupovo Et7.4
rei, dê-se-me por minha petição a
minha vida, e, pelo meu desejo, a 11. HAMÃ DESMASCARADO Et7.5-7
vida do meu povo."
Et 7.3 1. O adversário einimigo Et 7 5

2. O adversário ficou aturdido Et7.6

3. Tentativa de salvar a vida Et 7.7

Ili.HAMÃ É ENFORCADO Et7.8-10

1.Pedindo por sua vida Et7.8

2.Denunciado pelo eunuco Et7.9

3.Enforcamento Et 7.10

APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário ---
CDCY)C§)C§)CDCD
&7 &7 &7 &7 &7 &7
1-2 3-4 5-6 7 8-9 10

Hino s da Ha rp a: 258 - 535

59
Lição 10- Hamã é Desmascaraoo e Enforcado

INTRODUÇÃO o

Podemos inferir que o rei mal


podia conter a sua curiosidade
para saber qual seria a petição
que a rainha Ester lhe dirigiria no
banquete, que havia sido prepara
do com essa finalidade. E, quando
abordada, Ester desnuda a sua
alma e seu coração diante do rei,
pois ela e seu povo, os judeus, es
tavam sendo vítimas de uma tra
ma diabólica, visando a exte rmi ná-
los do reino.

1. ESTER FAZ SUA


PETIÇÃO (Et 7.1-
4)

1. A curiosidade dorei (Et 7.2)


"No segundo dia, durante o ban
quete do vinho, disse o rei a Es
ter: Qual é a tua petição, rainha
Ester? E se te dará. Que desejas?
Cum prir -se -á ainda que seja me
tade do reino."
Ha mã ainda estava se recu
perando da humilhação sofrida,
quando chegaram os mensagei
ros do rei cha mando-o para o
banquete com Assuero e Ester.
Os persas eram conhecidos por
seus banquetes fabulosos, frívo
los e desregrados. E Hamã pre
sumia que aquele teria um desfe
cho in usitado.
Desde que se apresentou ao
rei e alcançou o seu favor, Ester
estava protelando o pedido que
lhe faria, na intenção de só fazê-lo
quando o momento fosse extre
mamente favo ráve l. E, enq uanto
banquete prosseguia, no seu povo, pois todos os jude us es
segundo dia, o rei expressa tava m sob a pena de morte que
sua curiosida de ma l co Ham ã fora capaz de incluir em
ntida ao perguntar a Es ter: um decreto
"Qua l é a tua petição, rainha
Ester? E se te dará. Que
desejas? Cumprir-se-á ainda
que seja meta de do reino."

2. A s urpreendente
resposta de Es ter (Et 7.3)
"Então, respondeu a rainha
Ester e disse: Se perante ti, ó
rei, achei favor, e se bem
parecer ao rei, dê
-se-me por minha petição a
minha vida, e, pelo meu
desejo, a vida do meu povo."
Como há um tempo determi
nado para todas as coisas,
assim também o tempo para
Ester apre sentar a sua
petição ao rei final mente
chegara.
O pedido da rainha bas ea
va-se e1n uma urgente
necessi dade, e não em
algum capricho feminino.
Ester referiu-s e ao favor
que havia obtido diante
do rei, não somente
aparecendo para atrair a
atenção dele, com vistas a
dar início ao banquete, mas
também através de todo o
seu relaciona mento com o
rei. Ela tinha cumpr ido
zelos a me nte seus deveres
e privilégios como esposa
preferida. Portanto, se a
conduta de la havia merecido
fa vor real, então o que ela
estava pedindo era a vida,
tanto para si como para o
Lição 1O - Hamã é Desmascaraoo eEnforcado

real. A sorte dos judeus depen por tornarem-se escravos, todavia


dia da sorte de Ester.

3. Fomo s ve nd idos, eu e o meu


povo (Et7.4)
"Porque fomos vendidos, eu e
o
meu povo, para nos destruírem,
matarem e aniquílarem de vez; se
ainda como servos e como servas
nos tivessem vendido, calar-me-
ia, porque o inimigo não merece
que eu moleste o rei."
Após a introdução com.um
para o ambiente palaciano, o
pecüdo de Ester é dramático e
sucinto, talvez refletindo o seu
nervosismo e aflição. Ester não
somente desmascara Hamã, mas
também revela a sua própria et nia,
identificando-se com o seu povo.
"Fomos vendidos, eu e o meu
povo, para nos destruírem, mata
rem e aniquilarem de vez; se
ainda como servos e como servas
nos ti vessem vendido, calar-me-
ia, por que o inimigo não merece
que eu moleste o rei" (Et 7.4).
Essas pala vras se referem à oferta
de Hamã de dar ao rei dez mil
talentos de prata para pagar as
despesas de execução da
comunidade judaica, persuadindo-
o, assim, a dar sua permissão para
o inominável ato que seria
praticado.
Se a comunidade judaica ti
vesse sido vendida à escravidão,
o rei teria perdido seus serviços,
ou seja, sofreriam considerável
perda. Tal perda seria maior que
a perda que os judeus sofreriam
tendo a vida preservada, o 2. O ad versário ficou aturdido
que já seria muito mal. Mas (Et 7.6)
quando esta- va em jogo a " Respondeu Ester : O adversário e
morte de uma comu nidade inimigo é este mau Hamã.
inteira, ela precisou fazer o Então,
que estava ao seu alcance
para intervir.

li. HAMÃ
DESMASCARADO
(Et 7.5-7)

1. Oa dve rsário e inimigo


(Et7.5) "Então, falou o rei
Assuero e disse à rainha
Ester: Quem é esse e onde
está esse cujo coração o
instigou a Jazer assim?"
Após ouvir o pedido de
Ester pela preservação da
sua vida e da vida do seu
povo, o rei ficou furioso e
disse à rainha Ester: "Quem é
esse e onde está esse cujo
coração o instigou a fazer
assim?" (Et 7.5). Embora
Ester tivesse tido o cuidado
de não fazer qual quer
referência a Hamã, o rei
quer saber quem é
responsável pela
conspiração para destruir a
sua rainha, e, agitadamente,
per gunta onde está o
homem que teve a audácia
de fazer tal coi sa. "O
adversário e inimigo é este
mau Hamã..." (Et 7.6).
Mais uma vez, o rei deu
lugar à raiva repen tina e
descontrolada, levantou-se
do banquete do vinho e
passou para o jardim do
palácio.
Lição 1O - Hamã éDesmascarado e '' O
3. Tentativa de salvara vida (Et 7.7)
Enforcado rei, no seu furor, se levantou do
banquete do vinho e passou para
Hamã se perturbou perante o rei e
a rainha."
Da maneira como Ester colocou
a situação, Hamã é um traidor do
rei tanto quanto inimigo dos ju
deus. Enquanto aponta para este
mau Hamã, ela sente o seu triunfo
e nota a perturbação de Ha mã. O
a dversário, inimigo dos judeus e do
rei, era aquele "ímpio Hamã,
senta do ali''. segundo Ester,
apontando o dedo para o traidor. Ha
mã caiu em terror, trêmulo e
apavorado.
As palavras de Ester ao rei ti
nham aberto os olhos dele tam
bém, porque ele não conhecia a
nacionalidad e de Ester. A com
preensão de que,
inadvertidamen te, ele ameaçara
a vida da rainha era um golpe
mortal sobre a sua humilhação
anterior. Ela, por sua parte,
revelou que era judia, mas ainda
não sabia como o rei rece beria
esta informação. Só que, no
momento a revelação de Ester
caiu como uma bomba e, furioso,
o rei abandonou a cena do
banquete e saiu para o jardim do
palácio.
Provavelmente, chamaria guar
das para aprisionar Hamã, pois a
justiça era rápida naquelesdias. Tal
vez o rei tivesse saído envergonha
dodo lugar, pois ele haviasido enga
nado pelo primeiro ministro. Hamã
sentiu que não sobreviveria àquela
noite."Então Hamã se perturbou pe
rante o rei e a rainha" (Et 7.6b).
banquete do vinho, Hamã tinha
caído sobre o divã em que se
o jardim do palócio; Hamã, achava Ester. Então, disse o rei:
po rém, ficou para rogar por Acaso, teria ele querido forçar a
sua vida à rainha Ester, pois rainha perante mim, na minha
viu que o mal contra ele jó casa? Tendo o rei dito estas pala
estava determinado pelo vras, cobriram o rosto de Hamã."
rei."
O rei estava furioso e
saíra por alguns instantes
para esfriar a cabe ça e
controla r sua ira. Sem
importar a razão exata que
levou o rei a sair do salão do
banquete, o ato deixou Ester
e Hamã sozinhos. O homem
aproveitou a situação e
tentou usar isso como
oportunidade de salvar a sua
vida. Ele sabia que o rei
haveria de executá-lo, e
somente Ester po deria
intervir em favor dele.
A saída do rei deu a
Hamã a oportunidade de
fazer uma última tentativa
para escapar do perigo
alarmante em que estava.
Tendo calculado que não
tinha chance de obter
misericórdia da parte do rei,
ele decidiu rogar por sua
vida a uma pessoa cuja vida
ele amea çara, um membro
do povo judaico: a rainha
Ester, pois viu que o mal
contra ele já estava
determinado pelo rei.

111.HAMÃ É ENFORCADO
(Et 7.8-10)

1. Pedindo por sua vida (Et


7.8) "Tornando o rei do
jardim do pa lácio à casa do
Lição 1O - Hamã é Desmascaracb eEnforcado

Na ausência do rei Assuero, 2 . 0 en unciadopeloeunuco (Et7.9)


Hamã se lança sobre o assento "Então, disse Harbona, um dos eu
onde Ester estava reclinada. Era nucos que serviam o rei: Eis que
um costume persa se reclinar du existe junto à casa de Hamã a
rante uma refeição. Se Hamã forca de cinquenta côvados de
tives se seguido o protocolo do altura que ele preparou para
harém, teria deixado a presença Morde cai, que falara em defesa
de Ester e ido junto com o rei. do rei. Então, disse o rei: Enforcai-
No antigo Oriente Próximo, o nela."
era um gesto comum de contri Ha r bona revela a sincera opi
ção segurar os pés ou até mesmo nião a respeito de Hamã, corren
beijá-los, mas tal comportamento te entre os eunucos do rei, quan
era absolutamente inapropriado do chama a atenção para a forca
em relação a uma mulher no ha preparada para a execução do
rém real, quanto mais à própria homem responsável por ter sal
rainha! Tendo em vista a grande vado a vida do rei. O rei aprovei
rigidez do protocolo do harém, tou-se da sugestão implícita. Há
ainda que Hamã houvesse uma certa ironia na exata elabo
apenas se ajoelhado diante de ração de justiça, pois Hamã viu
Ester, sem qualquer contato "o feitiço voltar-se contra o feiti
físico, o rei pro vavelmente teria ceiro". Como o rei foi rá pi.d o em
interpretado o comportamento de sua decis ão, o período de vida
Hamã com a mesma suspeita de Hamã definitivamente tinha
Retornando o rei do jardim termin ado.
do palácio à casa do banquete do Harbona sugeriu não somen
vinho, pensou em voz alta que te um meio de execução imediata
Hamã teria querido forçar a ra de Hamã, mas confirmou a jus
inha. Foi quando cobriram o ros tiça dessa decisão ao ressaltar
to de Hamã (Et 7.8). Presume-se que Hamã tivera a intenção de
que ele estivesse agarrando-se a enforcar Mordecai, o homem
ela, implorando seu perdão. Mas que salvara a vida do rei. Tal
ao flagrar essa cena injuriosa, o suges tão pa rece u ao rei como
rei expressara: será que Hamã justiça ideal, e o destino de
pretende violar a rainha? A vi Hamã estava definido.
são da cena enfureceu ainda mais
o rei e, assim que ele falou, logo 3. Enforcamento (Et 7.1O)
a guarda real prendeu Hamã. É "E nforcaram, pois, Hamã na for
possível que os eunucos tenham ca que ele tinha preparado para
vindo fazer isso. Ter a sua face co Mor decai. Entã o, o furor do rei se
berta significava estar condenado aplacou''.
à morte. Além de conspirar contra o
povo da rainha e abordá-la de
Lição 1O -Hamã éDesmascarado e Enforcado

modo inapropriado, Hamã tam Hamã um traidor. A execução de


bé1n planejou matar Mo rde ca i, Hamã na forca preparada por
um servo fiel que havia frustrado ele para Mord ecai é, sem dúvida,
uma conspiração para assassi nar mais uma das impressionantes
o rei. Assim, o rei considerou his tór ias do livro de Ester.

APLICAÇÃO PESSOAL
Hamã jamais poderia
suspeitar que aquele
banquete, para o qual ha
via sido convidado pela
rainha Este r, fosse trazer à
tona todo o plano maligno
que e le arquitetara contra
os judeus. Ele foi
enforcado na mesma forca
que preparara para o judeu
Mo rdeca i, deixando clara a
providência de Deus e a
lei da se mead ura.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGóGICA • Compreender a dinâmica que
autorizou os judeus a resistirem ante o
Em Ester 8 há 17 versos. Sugerimos decretoque não podia ser revogado.
ro meçar a aula lendo, com todos os • Esclarerer queo pedido da
pre sentes, Ester8.1-17(5 a 7 min.). rainha Ester mudou a ooncü930
Arevista funciona comoguia deestu deseu povo.
do e leitura complementar; mas • Mostrar a popularidade e triunfo
não substitui a leitura da Bíbliô. dos judeus sobreosseus inimigos.
Neste capítulo, o autor trata da
maneira como o rei Assuero mu
dou o quadro que antes estava des PARACOMEÇARAAULA
tinado aos judeus. Podemos dizer
Fale sobre os benefícios que
que houve uma reviravolta nos pla
De us tem concedido ao Seu povo,
nos estabelecidos no edito que
morme nte ao povo de Is rae l q ua n
fora divulgado em Susã e no
do se encontrava naquela sit uação
império como um todo. Em
vexatória, no império persa. Em
primeiro lugar, o rei constitui a
que pese o nome do Deus de Israel
Mordecai porsupe rintendente da
não ser mencionado, Seu cuidado
casa de Hamã, cujos bens agora
se fazia sentir em todas as situa
pertenciam à rainha , Este r.
ções vivenciadas. Sem saber que
Sensível a mais uma petição da
sua rainha era judia, o rei atendeu
rainha, o rei propõe um segundo
-lhe a intercessão em favor do seu
decreto irrevogável, no qual deter povo e da sua própria vida, buscan
mina que os judeus se congreguem do solução parao mal que já estava
em um exército e se defendam. O determinado. Que tipo de pedido
poder do Deus de Israel fica im podemos levar ao Senhor hoje
plícito nesse triunfo de Mordecai para que beneficie nossa vida,
sobre Hamã, na reversão do edito nossa pá tria, nossa comunidade?
de Hamã e na reação do povo da
ter ra. O ódio de Hamã res ultou na
RESPOSTAS DA PÁGINA 70
sua própria morte e na conversão
1) Tirou o anel de Hamã e o deu a Mordecai.
de inúmeros persas.
2) O bem-estar dos judeus.
3) Primeiro Ministro.
Lição 11 - Um Novo Decreto Livra os Judeus

LEITURA ADICIONAL
Ester pode ser considerada um tipo da Igreja Ela é em seus ancestrais
judeus. Era filha de judeus, mas seus pais haviam morrido. Mesmo assim,
a igreja, se considerada historicamente, surgiu de ancestrais judeus. O pró
prio Salvador era judeu. As Escrituras que prepararam o caminho para a
igreja cristã eram judaicas . A primeira comunidade cristã era judaica
Toda via, ao surgir o judaísmo, a igreja carregava consigo o sinal de que
seu an tecedente judaico já estava morto. A lei foi abolida em Cristo. A
ordem mo saica já passara. Do mesmo modo como os pais de Ester haviam
morrido, também não mais existia o antecedente judaico do qual a igreja
procedia
Ester é um tipo da igreja em sua beleza feminina. Deus lhe dera
uma beleza que superava a de todas as outras. Assim também Deus deu
à Igreja de Cristo urna beleza insuperável - a beleza do próprio Cr is to.
Nós nos tornamos a "justiça de Deus em Cristo': Somos "aceitos no
amado". Seremos ainda apresentados como a "igreja gloriosa, sem
mácula, nem ruga, nem cousa semelhante" (Ef 5.27). (...] Ester tipifica a
igreja em sua exaltação. Ela se casa com um homem cujo título era "rei
dos reis". Embo ra Assuero, em seu caráter pessoal, estivesse longe de
tipifica r a Cristo, mesmo assim, por ser um "rei dos reis", pode muito bem
representar para nós o noivo real, o qual, de fato, é "o Rei dos reis e Senhor
dos senhores." [...] Ester tipifica a igreja em sua intercessão. Ela
co1npareceu diante do rei "no terceiro dia", simbolizando a ressurreição
e a intercessão no poder da ressurreição. Era contra a "lei" o fato de
Ester se apresentar assim ao rei; daquele modo, a lei a excluía. No
entanto, foi aceita com base na graça apenas, pois o rei a viu nos trajes
reais que lhe dera (5.1). Nós também somos excluídos pela lei, mas
somos plenamente aceitos com base em ge nerosa graça, quando
aparecemos nos trajes reais que Cristo nos deu. Os judeus foram
livrados 1nediante a intercessão de Ester. Não será através da intercessão
dos sacerdotes piedosos da igreja que o livramento che gará para os
judeus em sua tribulação final? As "taças de ouro cheias de incenso" não
são chamadas de "orações dos santos"? (Ap 5.8).
Livro : Examinai as Escrituras: Juízes a Ester. (Baxter, J. Sidlow. São Paulo: Edições
Vida Nova, 1993, p.290).
li
Estudada em _!_!

LIÇÃO 11 Leitura Bíblica Para Estudo


Ester 8.1-17

ESTER8
Verdade Prática
UM NOVO Quando Deus derruba o perverso
e revela amor cbntínuo pelos Seus,
DECRETO devemos nos regozijar.
LIVRA OS JUDEUS
INTRODUÇÃO

L ELEVAÇÃODEMORDECAI EtB.1-2
Texto Áureo
"Escrevei, pois, aos judeus, como 1.Confiscados os bens de Hamã Et 8.1
bem vos parecer, em nome do rei, 2. Mordecai comoprimeiro-ministro Et a2
e selai-o com o anel do rei; por
3. O significado do anel Et 8.2
que os decretos feitos em nome
do rei e que com o seu anel se li. O NOVO DECRETO EtB.3-14
selam não se podem revogar."
EtB.8 1. Outra petição de Ester Et 8.3

2. Ester intercede pelo seupovo Et8.5


3. Um novo decreto é escrito Et 8.8

Ili. POPULARIDADE OOS JUDEUS


EtB.15-17

1.Mordecai éhonrado Et 8.15


2.Regozijo e alegria dos judeus Et 8.16
3. Triunfo sobre os inimigos Et 8.17

APLICAÇÃO PESSOAL

Devocion al Diário
CDCDCIDCIDCD CD
as as as as as as
1-2 1-2 3-4 5-7 8-14 15-17

Hinos da Ha rpa: 212 - 88

65
Lição 11 -Um Novo Decreto Livra os da coroa. Assuero entregou a pro-
Judeus

INTRODUÇÃO

Uma vez a justiça tendo sido


fei ta em relação aos planos
malignos de Hamã, o rei Assuero
toma as ré deas da situação:
confisca os bens de Hamã e
passa-os para a rainha Ester,
designando Mo rdecai para ser o
superinte ndente e o nomeia
também primeiro-minis tro. Ester
alcança mais um favor do rei, que
sugere um novo decreto, que agora
os autoriza a se defender. Mordecai
foi honrado, os judeus se alegraram
e se regozijaram com o novo rumo
dos acontecimentos, triunfando so
bre os seus inimigos. Isso demons
tra que o cuidado providencial de
Deus os acompanhava.

1. ELEVAÇÃO DE MORDECAI
(Et 8.1-2)

1. Con o ben d
fiscados s s e
Hamã (Et 8.1)
Assuero à rainha di
"Naquele Ester deu
a casa rde
Hamâ, inimigo dos judeus; e Morde
cai veio perante o rei, porque Ester
lhe fez saber que era seu parente."
Os historiadores Heró doto e
Jose fa afirmam que a proprieda
de de um traidor passava para o
rei. No mesmo dia da execução
de Hamã, o rei deu à rainha a casa
de Hamã. Isto refere -se à casa de
Hamã com todos os bens que ele
possuía. Isso está de acordo com a
lei persa, segundo a qual o espólio
dos traidores ficava sob custódia
assassinato, Mordecai foi
promovido como sucessor de
priedade confiscada a Ester, Hamã na corte. Mordecai obteve
como reparação pela ofensa o cargo de primeiro-ministr o que
cometida contra ela e como fora de Hamã . A tentativa de
sinal de boa vontade. matar Mordecaiserviu apenas para
Posteriormente,a esposa de exal tá-lo. Foi investido pelo rei de
Hamã e seus filhos também ple na autoridade, o que fica
fo ram mortos. Ester ficou patente por ter recebido o anel real.
com todo o pessoal de E essa inversão tem por objetivo
Hamã, seus escravos e advertir os inimigos do povo de
servos, e também seus Deus e en corajar aqueles a quem
subofi ciais. Deus pro meteu proteção.
Foi a apresentação de Mordecai
2. Mordecai como ao rei, como parente próximo de
primeiro-mi nistro (Et Ester e como quem salvou a vida
8.2J do rei ao descobrir o plano secre
"Tirou o rei o seu anel, que tinha to to para matá-lo, que
mado de Hamã, e odeu a Mo proporcionou a ocasião da sua
rdeca.i E Ester pôs a investidura como primeiro-
Mordecai por superin ministro do rei, no lugar do
tendente da casa de Hamã': traidor Ham ã. Ester, de sua par te,
Além de ter sua vi.da precisava de um administrador de
poupada d.a tentativa de propriedades, papel para o qual
indicou Mordecai.
agora o supervisor. Ester dotou a seu
pai de criação e primo o pres tígio que
3. O significado do anel (EtB.2) cabia a um primeiro mi nistro. Agora,
"Tirou o rei o seu anel, que tinha to Mord ecai possuía tudo aquilo que antes
mado de Hamã,e odeua Mordecai" pertencia ao inimigo dos judeus: suas
Mordecai tornou-se algué m riquezas, seu título e sua autoridade.
dentro daquele grupo seleto, que
podia ir ver o rei a qualquer tem li. O NOVO DECRETO
po, sem esperar por permissão. (Et 8.3-14)
Tornou-se o primeiro ministro,
ocupando o lugar de Hamã. Ele 1. Outra petição de Ester
recebeu o anel de selar do rei, que (EtB.3)
era usado para deixar sua mar "Falou mais Ester perante o rei e se
ca sobre a argila, e assim, apor a lhe lançou aos pés; e, com lágrimas, lhe
assinatura do rei sobre qualquer implorou que revogasse a mal dadede
decreto ou questão. Er a o poder Hamã, oagagita, e a trama que havia
de decretar em nome do rei, logi empreendido contra os judeus."
camente por sua direção. Apesar da grande vitória ob tida por
Mordecai tornou-se adminis Ester e Mordecai, o pro blema do
trador de muita riqueza, incluin do decreto de Hamã ainda
a casa de Harnã, da qual ele era
Lição 11 - UmNovo Decreto Livra os Judeus 2. Este r intercede pelo seu
povo (Et8.5)
precisava ser resolvido. Como "E lhe disse: Se bem parecer ao
fora emitido no nome do rei rei, se eu achei favor perante ele,
e com seu selo, ele não podia se esta coisa é reta diante do rei, e
ser revogado. Portanto, se nisto lhe agrado, escreva-se que
Ester, embora uma gran de e se revoguem os decretos
poderosa mulher e1n seus concebidos por Hamã, filho de
próprios direitos, prostrou- Hamedata, o agagita, os quais ele
se diante do rei, com muito escreveu para aniquílar os judeus
choro e lágrimas. A intenção que há em to dasas provf ncias do
da rainha era levar o rei a rei."
exercer misericórdia. E o rei Assim que o rei estendeu o cetro
olhou para aquela tris te de ouro para Ester, ela se levantou,
cena: Ester prostrada no pôs-se em pé diante delee lhedisse:
chão, chorando e la men "Se bem parecer ao rei, se eu achei
tando-se. O que ele poderia favor perante ele, se esta coisa é reta
fazer? Então, estend eu o diante do rei: e se nisto lhe agrado,
cetro de ouro em sua direção, escreva-se que se revoguem os de
dando a entender que sua cretos concebidos por Hamã, filho de
presen- ça ali era aceita, e Hamedata, o agagita, osquais ele es
que ele estava pronto para creveu para aniquilar os judeus que
ouvir outro pedido dela. há em todas as províncias dorei. Pois

lição 11 - Um Novo Decreto Livra os "Escreve,i pois,aos judeus,como bem vos


Judeus parece,; em nomedo rei, eselai-o com
oanel do rei; porque osdecretos feitos
como poderei ver o mal que sobrevi em nomedo reie quecom o seu anel se
rá ao meu povo? E como poderei ver selam não se podem revoga"r No
a destruição da minha império medo-persa, uma escritura
parentela"? (Et 8.5,6). Portanto, real não podia ser altera da, mas uma
com a devida deferência, Ester faz segunda escritura po deria amenizar as
o seu pedido. Aproveita-se da boa consequências. Sendo assim, o rei
posição que estava desfrutando aos instruiu Morde cai e Ester a escrever
olhos do rei. Pedir que uma lei dos um segundo edito. Este teria o mesmo
medo-persas fosse revogada era peso do anterior, mas poderia
pedir o impos sível, de forma que reverter os seus resultados. Embora
Ester evitou o vocábulo '1ei", e dá fosse im possível o rei recuar de
ênfase à obra de Hamã. Embora, qualquer palavra que havia sido
estritamente falan do, as cartas expedida em seu nome, uma
houvessem sido expe didas em compensação podia ser conseguida por
nome do rei, ele não tinha um edito posterior,
conhecimento da conspirata. semelhantemente au
tenticado. Ele tinha suas formas e
3. Um novo decreto é escrito meios de fazer valer a sua vontade. O
( Et 8.8 ) primeiro decreto determi nava o
total aniquilamento dos

judeus; e o segundo visava o bem


-estar deles. Ambos tinham o
selo do rei, sua expressa
autoridade, autenticada pelo seu
anel. O edito foi emi tido em
nome do rei e sob sua autorização.
Foi também sela do o decreto
com o anel real, que tinha o peso
legal de uma assina tura.
Ninguém poderia reverter o
decreto que o rei havia determi
nado, porque ele era soberano. O
primeiro decreto não fora anula
do, simplesmente porque nenhum
decreto real podia sê-lo. Podia ser
tornado obsoleto por um novo de
creto, equivalente à anulação, mas
não a anulação estrita e expressa.
Mordecai assumiu a respon
sabilidade de redigir o edito que
os secretários do rei precisavam
copiar e traduzir nas muitas lín
guas do império. Desta vez, o he
braico foi acrescentado nas cópias
enviadas para os judeus em todas
as províncias. O novo decreto foi
baixado em sivã, o terceiro mês
(ref. junho-julho ), no ano de 474
a.e., pouco mais de dois meses
após o primeiro decreto. "Os
cor reios, montados em ginetes
que se usavam no serviço do rei,
saíram incontinenti, impelidos pela
ordem do rei; e o edito foi
publicadona ci dadela de Susã." (Et
8.14).

Ili. POPULARIDADE
DOS JUDEUS (Et 8.15-
17)

1. Mordecai éhonrado (Et8.15)


"Então, Mordecai saiu da
presença do rei com veste real
azul-celeste e
Lição 11 - UmNovo Decreto Livra os
Judeus
branco, como também com
grande coroa deouro e manto de sobre o reposicionamento do edi-
linho fino e púrpura; e a cidade de to real es palharam -se como fogo.
Susã exul tou e se alegrou" Homens contendiam pelas cópias
Quando do edito de Hamã, do decreto. Todo judeu queria ler
houve consternação geral e tris as boas-novas para certificar-se de
teza. Mas, agora, com Mordecai que aquilo era verdade. Agora, aos
investido de autoridade e vestido humildes judeus, eram conferidas
a caráter, ao sair para despachar o honrarias. Em lugar de jejum, cho-
decreto real, houve alegria em todo ro e lamentos (Et 4.3), houve feli
o povo (Et 8.15). A cidade de Susã, cidade, alegria, regozijo e honra.
e não apenas os judeus que ali vi Os gentios comuns temeram, pois
viam, deram as boas-vindas a Mor o poder de matar tinha sido pos-
decai como primeiro-minis tro. to nas mãos dos judeus. Em toda
Longe de ficarem ressentidos parte, os judeus celebravam com
pela indicação de um membro de grandes festividades. "Para os ju
uma minoria estrangeira, o povo deus houve felicidade, alegria, re
aclamou e regozijou-se, apoian gozijo e honra" (Et 8.16).
do plenamehte aquela nomeação.
As roupas características com as 3. Triunfo sobre os inimigos
cores reais e a grande coroa de (EtB.17)
ouro o distinguiam co1n o osegun "Também em toda província e em
do em autoridade no reino, pas toda cidade aonde chegava a pa
sando a ocupar o lugar de honra lavra do rei e a sua ordem, havia
outrora ocupado por Hamã. A entre os judeus alegria e regozijo,
diferença era brutal, pois operou banquetes e festas; e muitos, dos
com mais honra e obteve maior povos da terra, se fizeram judeus,
sucesso, ganhando popular idade porque o temor dos judeus tinha
ao mesmo tempo junto a judeus e cafdo sobre eles''.
gentios, pois sua abençoada atua As províncias se regozijaram
ção produzira alegria no lugar de quando o edito chegou a elas. A
desalento. decretação de um feriado impli
ca em que os empregadore.s gen
2. Regozijo e alegria dos judeus tios receberam as notícias com
(EtB.16) simpática compreensão, e se ma
"Para os judeus houve felicidade, nifestaram dispostos a permitir
ale9ria, regozijo e honra." que os judeus tivessem tempo
O contraste entre a recepção para cele brar. O fato de um
do novo decreto e o primeiro, de judeu estar dirigindo os negócios
Hamã, ficou particularmente mar da capital -pode ter alguma
cado entre os judeus. As notícias relação com o respeito dos
judeus que sobreveio ao
império. Mordecai
Lição 11- Um Novo Decreto Livra os
Judeus
Sentindo, com razão, que no
havia provado a sua habilidade futuro seria vanta jos o ser jude u,
para mudar o que, pelo menos muitos se fizeram judeus. Natu
em teoria, não podia ser muda ralmente, isso significa que eles
do; e o povo ficou tivera m de ser circuncidados. A fé
impressionado tanto quanto judaica foi abraçada por muitos.
apreensivo concer nente ao
futuro.

APLICAÇÃO PESSOAL
As surpresas para a rainha
Ester, Mordecai e o povo
judeu foram alvis sareiras.
Eles estavam na iminência
de uma tot al destruição;
agora po diam se preparar
para defenderem a sua
vida. Quando Deus derruba
o perverso e revela am<:>r
contínuo pelos Seus,
devemos nos rego zijar.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGóGICA • Esclarecerque os judeus agiram
Em Ester 9 há 32 versos. Sugerimos em legítima defesa, destruindo os
co meçar a aula lendo, com t.odos os seus inimigos.
pre sentes, Ester9.1-19 (5a7min.). • Compreender que Ester agiu
A revista funciona comoguia deestu visando a preservação do seu povo.
do e leitura complementar; mas não • Entender a importância do livra
substitui a leitura da Bíblia. mento comemorado pelos judeus.
Enfim, chegou o dia em que os ju
deus seriam exterminados por
deter minação do decreto de Hamã,
PARA COMEÇAR AAULA
tendo sido aquele dia escolhido Fale sobre a situação das pes
através do lançamento de sortes. No soas condenadas à morte que re
entanto, depois que a rainha Ester cebem indulto no último 1nomen
intercedeu junto ao rei,alcançou favor to. Impossível imaginar a reação
e graçado soberano, que até então desses condenados que são liber
sequer tinha conhecimento de que o tDs no instante em que perderam
cumprimento dodecreto afetaria a toda a esperança de salvação da
sua própria casa O rei desconhecia circunstância na qual estão envol
que sua rainha fazia parte do grupo vidos. Mas a providência de Deus é
condenado à morte. infalível e Ele tem os recursos para
E Deus agiu "nos bastidores", cada situação, em cada época.
fazen do com que tudo acontecesse Os judeus estavam perplexos
no mo mento oportuno. O rei ficou com o que lhes reservara o decreto
tão im pressionado com a traição de do rei, mas a mão invisível do To
Hamã que m.andou executá-lo do-Poderoso teceu os fios de forma
sumariamen te. Porém, a situação dos que a tristeza e luto se transformas
judeus não estava resolvida ainda., sem em alegria e comemoração.
até que o pró prio rei sugeriu, em
resposta à inter cessão de Ester; que
RESPOSTAS DA PÁGINA 76
um novo decreto fosse baixado dando 1) A sua sobrevivência.
aos judeus o di reitD de se defender. 2) Setenta e cinco mil e oitocentos mortos.
Eles poderiam matar quem pretendia 3) Foram dois dias de comemoração.
matá-los.
Lição 12- Os Judeus Triunfam Soore os Inimigos

LEITURA ADICIONAL

O livro de Ester é, como temos visto, construído ao redor de uma


gran de reviravolta de destinos. Se Ester é uma tragédia ou uma comédia
de pende da perspectiva de cada um. Para Hamã e seus aliados é uma
grande tragédia, já que todos os seus esquemas para triunfar sobre os
odiados judeus dão em nada. Para Ester, Mordecai e a comunidade do
povo de De us, contudo, é uma comédia em todos os aspectos, com a
transforma ção do desastre iminente numa situação na qual cada pessoa
pode viver feliz para sempre e rir dos antigos temores.
O tema da reviravolta se torna explícito já no primeiro versículo de
Ester 9: "No dia treze do duodécimo mês, que é o mês de adar,
quando chegou a palavra do rei e a sua ordem para se executar, no dia em
que os inimigos dos judeus contavam ass enhorear -se deles, sucedeu o
contrá rio, pois os judeus é que se assenhorearam dos que os odiavam" (Et
9.1). Finalmente, chegou o dia decisivo para a comunidade judaica no
império persa no décimo terceiro dia de adar. Os ed itos conflitantes de
Hamã e de Mordecai, contra e a favor do povo de Deus, entraram em vigor,
leva nta n do a questão sobre qual edito sairia vitorioso. O escritor não
mantém o suspense por mwto tempo. Pelo contrário, ele nos diz desde o
início como o dia terminou: a situação foi invertida. Aqueles que tinham
esperança de dominar e destruir os judeus foram eles mesmos destruídos.
O suspense foi deliberadamente eliminado para que o escritor pudesse
enfatiza r o ponto principal do capítulo: ocorreu uma reviravolta no
destino do povo de Deus. O fim da história mostra aqueles que estavam
impotentes, os ju deus, tendo o total controle, dominando seus inimigos
no mesmo dia em que esses haviam alimentado a esperança de dominá-
los.

Livro: Estudos Bíblicos expositivos em Ester e Rute. (Duguid, lain M. São Paulo:
Editora Cultura Cristã, 2016, p.115,116).
li
Estudada em _/_/

LIÇÃO 12 Leitura Bíblica Para Estudo


Et 9.1-1 9

ESTER 9
Verdade Prática
OS JUDEUS Deus estava com Seu povo
TRIUNFAM SOBRE OS INIMIGOS
livrando-o e protegendo-o,
mesmo quando poderes
os
terrenos estavam operando para
matá-los e de struí-los.

INTRODUÇÃO
Texto Áureo 1. INIMIGOS MORTOS Et 9.1-10
bém no dia catorze do mês de adar, e mataram, em1.Susã, a trezentos
Legítima defesa Et 9.1homens; porém no desp
Et 9.15
2. Popularidade de Mordecai Et 9.4
3. Lutapela vida enão!X)rriqueza Et 9.1o

li. MORTES EMSUSÃ Et 9.11-15


1. O rei recebe orelatório Et 9.12
2. Mortos os filhos de Hamã Et 9.13
3. Ester renova sua petição Et 9.13

IIL CELEBRAÇÃO DOLIVRAMENTO


Et9.16-21
1. O sossego após aluta Et 9.16
2. Dois dias decelebração Et 9.17
3. Celebraçãoaté hoje Et9.21

APLICAÇÃO PESSOAL

D evocion al Diário
CTJCD (9) (9)CDCD
Et 9 Et 9 Et 9 Et 9 Et 9 Et 9
1-3 4-9 10 11-15 16-20 21

Hino s da Ha rpa: 305 - 225

71
Lição 12 - Os Judeus Triunfam Sobre osInimigos

INTRODUÇÃO de sem qualquer meio de defesa,


a nova legislação permitia que os
Finalmente chegou o grande dia judeus lutassem contra os que os
da vingança, no décimo terceiro dia atacassem e os matassem. O fato
do décimo segundo mês de 473 a.C. de ter acontecido esta
O segundo decreto havia neutraliza surpreendente mudança nas
doos efeitos do primeiro, publicado circunstâncias inspi rava temor.
por influência de Harnã, que assina
lara aquele mesmo dia para o geno 2. Popularidade de Mordecai
cídio e para o saque da comunidade (Et 9.4)
judaica. Portanto, estava em opera "Porque Mordecai era grande na
ção a providência de Deus, sendo casa do rei, e a sua fama crescia
esse o temacentral do livro de por todas as províncias; pois ele se
Ester. ia tornando mais e mais poderoso.
Além do1nedo dos judeus, havia
1. INIMIGOS MORTOS também o temor de Mordecai entre
(Et 9.1-10 ) os líderes, que fez com que estes
ajudassem o povo judeu. Podem ter
1. Legitima defesa (Et 9.1) feito isso para se proteger politica
"No dia treze do duodécimo mês, mente, em vista do poder e da popu
queé o més de adar, quando chegou laridade que Mordecai possuía.
a palavra do rei e a sua ordem para É interessante observarque qua
se executar, no dia em que os se tãomisteriosa quantoo temor dos
inimi gos dos judeus contavam judeus, foi a popularidade do novo
assenho rear-se deles, sucedeu o primeiro-ministro. Por que será que
contrário, pois os judeus é que se ele fora guindado tão rapidamente a
assenhorea ram dos que osodiavam" umaposição tão poderosa napolítica
Os judeus agiram em legítima mundial? E por que será que o povo
defesa contra os que tentaram se estava preparado para confiar nele
aproveitar do primeiro edito pro como líder? Uma influência sobre
mulgado por Hamã, mas não con natural parece estar nas entrelinhas,
fiscaram as propriedades de seus aumentando as tendências naturais
adversários. Uma das chaves da de adoração dos heróis e reforçando
história é que as "coisas podem vi o interesse próprio. Mordecai lidou
rar ao contrário''. O que os inimigos com toda a situação com sabedoria
queriam fazer contra os judeus, foi
feito contra eles mesmos. A alegria 3. Luta pela vida e não por ri
que deveria vir a seus inimigos queza (Et 9.10)
foi dada aos judeus. Deus jamais é
"Feriram, pois, os judeus a todos os
mencionado no livro, mas Sua pro
seus inimigos, a golpes de espada,
vidência está em vista. E, em vez
com matança e destruiçã o; e fize-
de precisar suportar a mortanda-
Lição 12-0s Judeus Triunfam Sobre os Inimigos

ram dos seus inimigos o que petição? E se te dará. Ou que é


bem quiseram". que desejas ainda? E se cumprirá"
Embora os bens dos inimigos Um auxiliar levou ao conheci
resultantes do saque tivessem mento do rei o número total dosque
sido concedidos aos judeus, o au foram mortos.Éevidenteque ele re
tor eviden teme nte quer ressaltar quereu esse ato,com o propósito de
que eles estavam lutando pela apresentar os "resultados" a Ester,
sobrevivência, e não por lucros cujo favor procurava e cujos desejos
ma teriais . Os judeus não eram os ele queria satisfazer. O rei recebeu
agressores, mas estavam se o relato da matança Por quaisquer
defen dendo dos seus inimigos. padrões, perder quinhentos ho
Portan to, os judeus não estavam mens em um dia era apavorante,
atrá s de dinheiro. Eles não e há uma horrível inferência no
saquearam as casas e cál culo feito pelo rei do número
propriedades daqueles a quem total de pessoas mortas no resto
mataram, nem mesmo dos dez das províncias, pois se fizeram isso
filhos de Hamã. em Susã, in1aginem como deve ter
Segundo o Targum (paráfrase sido no resto das províncias!
do Antigo Testamento), os judeus
usaram espadas, lanças e cacetes, 2. Mo rtos os filhos de Ha mã
bem como quaisquer outras ar (Et 9.13}
mas que pudessem ter em mãos. "Então, disse Ester: Se bem parecer
Os homens encobriam os olhos ao rei, conceda-seaos judeus que
para não ver os golpes que termi se acham em Susã que também
navam com eles. Mulheres lamen façam, amanhã, segundo o edito
tavam-se e choravam. Na verdade, de hoje e dependurem em forca os
era uma vingança cruel. Mas os ju cadáveres dos dez filhos de
deus estavam defendendo o direi Hamã."
to à vida e, nesta luta, como eram Além da matança das quinhen
minoria, não havia alternativa se tas pessoas mencionadas, os dez
nã.o fazer aos outros o que estes filhos de Hamã foram mortos, e
desejaram fazer com eles. o autor sacro registra os nomes
deles todos, a fim de que possa
li. MORTES EM SUSÃ mos perce ber quão grande triunfo
(Et 9.11-15) ocorreu: "como também a
Parsan data, a Da[fom, a Aspata, a
1. Orei recebe o relatório (Et 9.12) Porata, a Ada/ia, a Arida ta, a
"Na cidadela de Susã, mataram e Farmasta, a Arisai, a Aridai e a
destruíramos judeus a quinhentos homens Vaizatá, que eram os dez filhos de
e os dez filhos de Hamã; nas mais Hamã, filho de Hamedata,
províncias do rei, que te rão eles feito? oinimigo dos judeus; porém
Qual é, pois, a tua nodespojo não tocaram" (Et 9.7-10).
Foram mortos com golpes
Lição 12- Os Judeus Triunfam Soore os
Inimigos
público, relembrando que assim
de espada. O Targu m relata que Hamã havia planejado matar Mor
Hamã tinha mais de 200 filhos e, decaí. Além do que, a exposição
considerando que todos os po pública do inimigo morto era uma
derosos da época tinham amplos prática comum no antigo Oriente
haréns, isso provavelmente está Próximo.
certo. No entanto, parece viável O rei prom ulgou o decreto. Po
que os dez filhos seletos de Hamã demos inferir que permaneciam
eram todos filhos de sua esposa na cidade tropas encarregadas de
Zeres (Et 5.10.14). Fora ela quem executar o edito original. Só orga
encorajara os preparativos para a nizando os seus homens e arman
morte de Mor decai. do-os, a resistência poderia ser
eficaz. E no dia catorze do mês de
3. Ester renova sua petição adar a última ação defensiva foi
(Et9.13) levada a efeito, e foi assegurada
"Então, disse Ester: Se bem parecer a libertação judaica do edito de
ao rei, conceda-se aos judeus que Ha mã. "Reuniram-se os judeus que
se acham em Susã que também se achavam em Susã também no
façam , amanhã, segundo o edito dia catorze do mês deadar, e
de hoje e dependurem em forca os mata ram, em Susã, a trezentos
cadáveres dos dez filhos de Hamâ." homens,· porém nodespojo não
A rainha foi presenteada com tocaram" (Et 9.15). Assim, Susã
outra "carta branca" e não de foi expurgada de todos os
monstrou nenhum sinal de en inimigos dos jude us.
fraquecimento em sua busca de
adversários locais. Até então as Ili. CELEBRAÇÃO DO
baixas haviam ocorrido na acró LIVRAMENTO (Et 9.16-
pole, na cidade la de Susã, em 21)
oposição à cidade, onde devia se
encontrar a maioria da população. 1. O soss ego a pós a luta
O pedido de Ester é que outro dia (Et9.16) "Também os demais
fosse dado em que toda resistên judeus que se achavam nas
cia ali fosse anulada, e que os cor províncias do rei se reuniram, e se
pos dos dez filhos de Hamã fossem dispuseram para de fender a vida, e
expostos publicamente em forcas, tiveram sossego dos seusinimigos;
como meio de intimidação, como e mataram a setenta e cinco mil
havia acontecido com os corpos de dos que osodiavam; po rém no
Saul e sel!s filhos (l Sm 31.8-12). despojo não tocaram."
O pedido para que os filhos de O livro de Ester não tem a pre
Hamã fossem pendurados em "for tensão de ser um tratado ético,
ca" correspondia a pedir para que em vez disso, ele sublinha a
os corpos fossem mostrados em persegui ção experimentada
pelos judeus em meio a que Deus permanece com-
nações pagãs e nos lembra
judeus,

prometido em preservar Seu povo.


Lutando por suas vidas, os judeus
tiveram sossego dos seus inimigos
matando um total de 75.800 opo
nentes que certamente os teriam
eliminado. Mais uma vez, qual
quer tentativa de obter vantagens
materiais com base nesse inciden
te foi frustrada.
Apesar das críticas, os judeus
mostraram-se moralmente corre
t.os. O decreto original de Hamã de
terminava extermínio de homens,
mulheres e crianças e permitia a
pilhagem. As forças defensivas dos
judeus mataram somente homens e
não efetuaram a pilhagem. Aqueles
mortos eram inimigos conhecidos.

2. Dois diasde celebração (Et


9.17) "Sucedeu isto no dia treze
do mês de adar; no dia catorze,
descansa ram e o fizeram dia de
banquetes e de alegria."
É bem possível que o decreto de
Hamã tivesse incendiado a hostili
dade contra os judeus. Muitos dos
inimigos dos judeus provavelmente
tiveram a esperança de destruí-los
e saqueá-los, mas foram completa
mente derrotados. Estes versículos
fazem um resumo dos dias de li
vrament.o dos judeus. Em Susã, eles
tiveram dois dias de lutas e depois
descansaram e comemoraram no
décimo quinto dia do mês de adar
(correspondente ao nosso período
de fevereiro a março). Os judeus do
restante das províncias persas luta
ram por um dia e jejuaram no déci
mo quarto dia do mês. "Os
Lição 12- Os Judeus Triunfam Sobre os Inimigos quarto. Da mesma forma que em
festividades comunitárias, havia
porém, que se achavam em uma troca de presentes, porções
Susã se ajuntaram nos dias dos banquetes. Um compartilha
treze e catorze do mesmo; e mento generoso expressava ale
descansaram no dia quinze e o gria e, ao mesmo tempo, a
fizeram dia de banquetes e de aumen-
alegria" (Et9.18).
A liberação motivou
regozijo, dai a instituição de
um feriado no décimo quarto
dia do mês de adar,
celebrado com banquetes,
um dos temas constantes do
livro. Não ha· via
festividades durante os
últimos cinco meses do cale
ndário hebrai co (outubro a
março). No meio do último
mês do ano seria bem-vinda
uma razão para se regozijar,
depois do inverno. O jejum e a
lamentação eram reservados
para outros dias.

3. Celebração até hoje (Et


9.21) "ordenando-lhes que
comemo rassem o dia
catorze do mês de adar e o
dia quinze do mesmo, todos
os anos,"
Aqui o relato da
instituição da festa em ques
tão indica a diferen ça da sua
comemoração entre a data
da festa em Susã e a obser
vada nos outros lugares. A
razão para a diferença foi
atribuída pelo pedido
ulterior de Ester ao rei (Et
9.13). Consequentemente,
Susã precisava observar o
décimo quinto dia de adar
como feria· do, enquanto
em todos os outros lugares
se observava o décimo
Lição12- Os Judeus TriunfamSobre os
Inimgios
Desta forma, uma conspiração
tava, em assegurar que ninguém que pretendia destruí-las resultou
ficava dela excluída por causa de em uma festa que ajudou a uni
pobreza. A narrativa subentende -las e a mantê-las como um único
a solidariedade das comunidades povo. Além disso, deu origem a
judaicas; embora estivessem es uma das maiores festas judaicas: o
palhadas por todo o império, elas dia do Purim, celebrado obrigató
conserva ram a sua identidade e ria e efusivamente todos os anos,
se regozijaram juntas em sua ex até aos dias de hoje.
periência comum de libertação.

APLICAÇÃO
PESSOAL
Deus estava com Seu povo
livrando-o e protegendo-
o, mesmo quan do
poderes terrenos
estavam operando para
os matar e dest ruir.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGóGICA • Apre nde r sobre a orige m e
Em Ester 9e1Ohá32e3 versos; respec propósito da Fes ta do Purim.
tívamente. Sugerimos começar a aula • Mostrar como os judeus exila
lendo, com t:odos os presentes, Ester dos finalmente puderam celebrar a
9.20-32 e10.1-3(5 a7mín). vitória providenciada por Deus.
Arevista funciona comoguia deestu • Explicitar a maneira como Deus
do e leitura complementar; mas não age na vida dos que se dedicam a
substitui a leitura da Bfblía. fa zer conhecido e notório o Seu
Neste trimestre, a vida e atuação nome.
das heroínas Rute e Ester foram es
tudadas e pudemos extrair PARA COMEÇAR
preciosas lições. Elas exerceram um
papel rele vante na nação de Israel e AAULA
são as úni cas mulheres que Para iniciar a aula você pode
nomeiam livros da Bíblia. Uma fazer uma retrospectiva rápida da
gentia que se agrega ao povoda história de Ester e de como a ação
promessa e uma exilada que coloca de Deus foi eficaz, pois Ele tem um
sua vida em risco para evitar a compromisso com a nação de Is rae l,
extinção de sua raça, vítima de um de onde procederia o Redentor.
ardil que a condenara à destruição. Por tanto, nenhuma arma
A alegria, a restauração e a come preparada pelo maligno seria
moração pelo livrament.o foi tema suficiente para frustrar os planos de
de mais uma celebração acrescen Deus em rela ção ao propósito
divino de trazer o Redentor. E
tada ao calendário judaico, a Festa
finalizar agradecendo a Deus pela
de Purim Até hoje, a celebração faz
maneira como cond uziu os
o povo judeu relembrar que Deus é
event.os na história desse povo, que
maior do que as leis da cas ualidade e
esteve à beira da destruição total
que Ele pode intervir decisivamente
pelo orgulho e soberba de um
na História, mesmo que permaneça homem ímpio e mau.
ocultode todos, menos daqueles
que podem enxergar com os olhos da
RESPOSTAS DA PÁGINA 82
fé.
1) Lembrar àsMuras gerações a libertação doseupovo.
2) A rainha Ester.
3) Era o segundo depois do rei Assuero.
Lição 13 - AFesta do Purim eaGrandeza de Mordecai

LEITURA ADICIONAL
Visto à luz do cenário de festas do Antigo Testamento, os aspectos
horizontais da Festa de Purim são impressionantes. Ela foi estabelecida
como uma ordenança pelos editos de Ester e Mordecai, não por Deus (Et
9.20-22,29-32).
Na Festa de Purim, os judeus, tanto de longe quanto de perto, deve
riam reunir-se para festejar, regozijar-se, dar presentes uns aos outros e
fazer doações aos pobres. Essa cele bração deveria se repetir para sempre,
como as leis dos persas e dos medos, que não podiam ser revogadas. Do
que as pessoas deveriam se lembrar era da trama de Hamã e da
interven ção do rei para livrá-las (Et 9.23-28).
Em nenhuma parte dessas instruções encontramos qualquer menção
clara do povo de Deus se reunindo para louvar a De us pelo seu livra
mento e lembrar aos seus filhos dessa demonstração da fidelidade de Deus,
algo que era central numa festa como a Páscoa. Parece que é como se para
eles fosse possível obedecer o edito de Mordecai e Es ter sem pensar em
Deus pelo menos uma vez durante todo o dia. [...] a essência do Purim,
confor me está registrado na Bíblia estava precisamente correta. lratava-
se de um memorial do tempo em que os judeus tiveram descanso de
todos os seus inimigos, quando a tristeza deles foi transformada em aleg
ria e o la ment odeles em celebração. [...] Como seria possível alguém se
lembra r da transformação das trevas em luz e da obtenção de descanso
dos inimigos sem pensar em Deus? Como alguém poderia celebrar o
Purim sem ver o que Deus havia feito? Os desvalidos que são erguidos do
póe os necessita dos que são tirados do monturo para se assentar junto
aos príncipes não deveriam precisar ser incitados a louvar o Senhor
(SI113.5-9). A Festa de Purim, quando corretamente compreendida, é
mais do que apenas um lembrete para o povo de Deus da habilidade
passada Dele para intervir decisivamente, mesmo permanecendo
escondido de todos, menos dos olhos da fé.

Livro: Estudos Bíblicos expositivos em Ester e Rute. (Duguid, lain M. São Paulo:
Editora Cultura Cristã, 2016, p. 120,121,124).

li
E udadaem _ /_ /

LIÇÃO Leitura Bíblica Para Estudo


Et 9.20-32; Et 10.1-3
13 ESTER
Verdade Prática
justo celebrar com entusiasmo
A FESTA
10 DO os livramentos proporcionados
PURIM E A por D eu, s por meio de Sua provi
dência constante.
GRANDEZA DE
INTRODUÇÃO
MORDECAI
1. ORIGEM DA FESTA DOPURJM
Et 9.20-28

Texto Áureo 1. Orígem da Festa do Purim Et 9.21


"Por isso, àqueles dias chamam 2. A festa como instituição oficial Et9.23
Purim, do nome Pur. Daí, porcausa
3. Osignificado do nome Purim Et 9.26
de todas as palavras daquela carta,
e do que testemunharam e do que li. FESTA DOPURIM ATÉ HOJE
lhes havía suced ido,"
Et9 ..29-3 2
Et 9.26 .
1. Ester ratifica acelebração Et 929
2. Divulgação da festa de Purim Et9,30
3. Detalhes da Festa do Purim Et 9.32

Ili.AGRANDEZA DE MORDECAI
Et 10.1-3

1. Tributo sobre a terra Et 1o.1


2. Arquivos reais Et 10.2
3.A A ascensão de Mordecai Et 10.3

APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário
CDCD@)@)CDCD
Et 9 Et 9 Et 9 Et 9 Et 10 Et 10
20-25 26-28 29 30-32 1,2 3
Hinos d a Ha rpa: 216 - 525

77
Lição 13-AFesta doPurim ea Granooza de Mordecai

INTRODUÇÃO esta bele cida pela le i mosaica,


mas ordenada por Mordecai (Et
Nesta última lição, estud are 9.20-28).
mos sobre a instituição da fes ta
de Purim, autorização para que 2. A festa como instib.lição oficial
esta celebração fizesse parte (Et9.23)
dos festivais judaicos; a vida do ''Assim, os judeus aceitaram como
povo judeu restaurada e a pro costume o que, naquele tempo,
moção e engrandecimento de haviam feito pela primeira vez,
Mordecai. segundo Mordecai lhes prescre
vera"
1. ORIGEM DA Era preciso estabelecer a data
FESTA DO PURIM da festa, e Mordecai decretou
(Et 9.20-28) que tanto o dia catorze quanto
o dia quinze de adar deviam ser
1. Origem da Festa do Purim observados anualmente. Seria
(Et 9.21) isto para lembrar às futuras ge
"Orden ando-lhes que comemo rações a ma rav ilhosa libertação
rassem o dia catorze do m s de da extinção: a tristeza se trans
adar e o dia quinze do mesmo, formara em aleg r ia, e a la me nt a
todos os anos" ção, em celebração.
Uma vez que a própria con Os judeus temiam inova ções
tinuidade do povo escolhido que talvez fossem tidas como
estivera em jogo, o seu mila contradições com a lei de Moisé s.
groso resgate não podia deixar Mas a auto r idade de Mordecai
de ser comemorado. Mordecai era s uficie nte para fazer a festa
escreveu e enviou cartas falan de Purim entr ar no calendá rio
do sobre os acontecimentos que judaico das festas nacionais. Há
concerniam a todo o povo judeu, uma forte ênfase para que judeus
incor pora ndo os aspectos im em todos os lugares comemorem
portantes em escr itos que apre esses dias.
sentavam as diretrizes para o A comunidade judaica em
futuro. geral sempre celebrou com en
O sistema postal real tornava tusiasmo essa festa, pois, os ini
as comunicações relativame nte migos dos judeus tinham sido
fáceis e abrangentes, alcançan destruídos pelo poder de De us,
do todos os judeus - os de per por meio de Sua providência
to e os de longas distâncias de cons ta nte. Os homens eram
até 3.000 quilôme tros. Assim, a convocad os a relembrar esses
carta de Mo r decai es ta belece u fatos. Os judeus cumprir a m as
a festa de Purim, que não fora ordens recebidas, e assim têm
Ução 13- AFesta oo Purim eaGrandeza de Mordecai

feito através dos séculos. A festa 32)


foi e continua sendo celebrada
anualmente.

3. O significado do nome Purim


(Et 9.26)
"Por isso àqueles dias chamam
purim , do nome Put: Da f, por
cau sa de todas as palavras
daquela carta, e do que
testemunharam, e do que lhe
havia sucedid o."
A festa chamou-se Purim,
para relembrar que Hamã usou
a prática de Pur, isto é, lan ça r
sorte, para determinar o dia da
destruição dos judeus. A palavra
pur é originária da Babilônia e
significa sorte ou destino. Lançar
a sorte, algo semelhante a lançar
dados, era uma forma comum de
fazer uma escolha aleatória (Ne
11.1 ) ou de discernir a vontade
divina (Jn 1.7).
Acreditando que seus deuses
controlavam o resultado do pur,
Hamã lançou a sorte para deter
minar o dia certo para destruir
os judeus (Et 3.7). Lançando a
sorte, Hamã, sem querer, esco
lheu o dia do livramento dos ju
deus, até hoje celebrado como o
festival de Purim (Et 9.28).
Mordecai estabeleceu a festa
com dois dias de duração, para
comemorar o livramento de Deus
em favor do Seu povo, salvando-o
da conspiração maligna de Hamã
para exterminar os judeus.

li. FESTA DO PURIM


ATÉ HOJE (Et 9.29-
1. Es ter ra ti fica a celebração tomaram sobre si, sobre a sua
(Et 9.29) descendência e sobre todos osque
"Então, a rainha Ester , filha se chegassem a eles que não se
de Abiail, e o judeu deixaria de comemorar estes dois
Mordecai escre veram, com dias segundo o que se escrevera
toda a autoridade, segunda
vez, para confirmar a carta
de Purim."
Mesmo sendo respei tado
no império, Mordecai
ainda teve o respaldo da
rainha, que também
escreveu uma carta para
estimu lar a observância
da festa. Ester escreveu na
tentativa de persua dir, e
não de ordenar ou coagir o
seu povo, a celebrar o
Purim. Ela acrescentou sua
autoridade e autenticou a
festa, adicio na ndo algo à
sua natureza obrigatória.
Ela escreveu com toda
autorida de, pois, como
rainha, contava com o
apoio e autoridade do rei,
que também encorajou a
cele bração.
A rainha Ester instituciona
lizou a comemoração do
Purim sob a lei persa. A
expressão "e se escreveu
no livro" indica que a
decisão de Ester
determinando a observância
de Purim por todo o
império foi colocado nos
arqui vos reais. "Por isso,
àqueles dias chamam Purim,
donome Pur. Daí, por causa
de todas as palavras
daquela carta, e do que
testemu nharam, e do que
lhes havia su cedido,
determinaram os judeus e
Lição 13-AFesta doPunm eaGrandeza de Mordecai

deles e segundo o seu tempo Hamã,


mar cado, todos os anos" (Et
9.26,27).

2. Divulga ção da festa de Purim


(Et 9.30)
"Expediram cartas a todos os ju
deus, às cento e vinte províncias
do reino de Assuero, com palavras
amigáveís e sinceras"
A festa de Purim promoveu a
paz de Deus e Sua verdade en
tre o povo jud eu. E, pelo fato de
a festa poder causar efeitos tão
benéficos, Ester e Mo rd ec ai se
dedicaram a si mesmos e aos
seus descendentes não só na
observância como também na
divulgação da festa utilizando
de todos os meios possíveis, de
modo que todos a conhecessem
e também a celebra ss em.
A apresentação da rainha Es
ter nos versíc ulos 29 - 32 propicia
assentimento real à atividade
legislativa de Mordecai, em con
sequência de que essa legislação
presumivelmente foi acre sce n
tada a todo o resto das lei s dos
medos e persas, que não podiam
ser contraditadas.

3. Detalhes da Festa do Purim


(Et 9.32)
"E o mandado de Ester estabele
ceu estas particularidades de Pu
rim; e se escreveu no livro."
Como a Páscoa, a festa de Pu
rim celebra o livramento divino.
Salvos do governo do faraó e
da escravidão no Egito e livres
da destruição planejada por
os judeus comemoraram sobre as terras. Tributo aqui pode
uma libertação que só De referir-se tanto a impostos como
us poderia ter orquestrado. a trabalhos que o rei impôs sobre
Toda a história do feriado todo o seu territór io.
do Purim está no li vro de
Ester.
O primeiro dia da festa.
O li vro inteiro de Ester é
lido e1n voz alta, e a cada
vez que o nome de Hamã é
mencionado, as crianças do
grupo respondem ao nome
de Hamã com chocalhos e
guizos, os presentes batem
com os pés no chão a fim
de abafar o som do nome de
Hamã e dizem: "Que o seu
nome seja apagado". No se
gundo dia da festa, a alegria
e a comemoração se
manifestam. Comida,
música, peças de teatro e
brincadeiras, canções
especiais e recitais
acrescentam à dispo sição
festiva. As pessoas se pre
senteiam e fazem questão
de dar presentes e alimento
aos pobres, por ter sido esse
um desejo espe cial de
Mordecai (Et 9.22).

Ili.A GRANDEZA DE
MORDECAI (Et
10.1-3)

1. Tributo sobrea terra


(Et 10.1) "Depois disto, o rei
Assuero impôs tributo sobre
a terra e sobre as terras do
mar''.
É inquestionável o poder
do rei Assuero, e o seu
império pre cisava de um
hábil administ rad o r. É
tanto que o rei impôs tributo
Lição 13 - AFesta oo Purim ea Grandeza de Mordecai

Sobre a terra e sobre as ter recem maiores detalhes sobre


ras do mar dá a entender que o a vida do rei Assuero, da rainha
rei era possuidor de todo esse Ester e do seu primeiro minis
território, sendo o litorai o do tro Mordecai, cujos feitos foram
Mediterrâneo oriental de ma registrados em crônicas oficiais
neira genérica, com suas mui do império.
tas ilhas. E o homem certo para
o trabalho era Mordecai, assim 3. A asce nsão de Mo rdecai
como o foi José no Egito (Gn (Et 10.3)
41.41-46). Ele foi promovido à "Pois o judeu Mordecai foi o se
posição de prime ir o-minis tro gundo depois do rei Assuero, e
e muitos detalhes do governo grande para com os judeu s, e es
lhe foram delegados. Ele foi um timado pela multidão de seus ir
grande patriota judeu, também mãos, tendo procurado o bem-es
foi capaz de ministrar habilido tar do seu povo e trabalhado pela
samente uma potência estran prosperidade de todo o povo da
geira. Mordecai foi um homem sua raça':
qualificado o bastante para O livro de Ester termina com
pree ncher ambas as posições e grandes elogios a Mordecai, cujos
funções. feitos foram registrados nas crô
nicas oficiais do império persa.
2. Arquivos reais (Et 10.2) Mordecai foi o segundo na hierar
"Quanto aos mais atos do seu po quia. Ele não desfrutava somente
der e do seu valor e ao relatório do favor especial do rei, mas era
completo da grandeza de Morde respeitado também por seu povo
cai, a quem o rei exaltou, porven e honrado por sua administração
tura, não estão escritos no Livro bem-sucedida. Obteve a aceitação
da História dos Reis da Média e da dos grandes do império e era po
Pérsia?''. pular com as massas.
O período histórico de Mor Sempre buscou o bem-estar
decai e Ester foi devidamente de seu povo, bem como da po
resguardado na história mun pulação do império em geral. E,
dial, conforme o livro nos diz. acima de tudo, falava de paz ao
A orientação de Deus estava remanescente perseguido dos
por trás da elevação de judeus, traze ndo-lhes a luz de
Mordecai, no império medo- um novo dia.
persa, por parte de Ass ue ro. A Mordecai entrou para a gale
referência citada é uma espécie ria de heróis da história israelita
de registro diário dos como mais um exemplo de vitór ia
acontecimentos da corte. O livr concedida por Deus ao seu povo
o da história dos reis da Mé dia e disperso entre as nações. Quanta
da Pérsia certamente ofe-
Lição 13 - AFesta do PurimeaGrandeza de Mordecai

falta faz nas autoridades de hoje judeus, e estimado pela multidão


os predicados e elogios dedica de seus irmãos, tendo procurado
dos a Mordecai neste último ver so o bem-estar do seu povo e traba
do livro de Ester: "Pois o judeu lhado pela prosperidade de todo o
Mord ecai foi o segundo depois do povo da sua raça" (Et 10.3).
rei Assuero, e grande para com
os

APLICAÇÃO PESSOAL
Podemos ver a atuação providencial e maravilhosa de Deus em todas
as páginas do livro de Este r. Sendo assim, é justo celebrar com entu
siasmo os livramentos proporcionados por Deus, por meio de Sua
pro- vidência co nst ante.
\/amos \ete e c.t e1 e t toda a \'o\a\ u\nto s '.
Sem\'.>te son he\ e.cm \)essoas amando a "õm'i.,asua \é\utae seu
eswdos\m9\ees cat\"ante.Mas\ama,s,mai,ne\o.ueesc,.te'--lê\a ôe
ptó9t\oµunno a,udat\a nesse9topé)s\to.
\/e'\ae.orno é s\mp\ese ta taente ·.
Se"oc.ê c.09\at 1. c.a\),tu\o \)Ot ô,a \méô\a ô.e'lb e\lts ku\ \ \'\ata
o. s
pot d\a),em<) meses"oc.ê c.omp\e\.atá o º"º,esumentoe em
anos"oc.êtefá c.omp\etaóo sua 'mt'i \\a anu s ct .\t a..
Se"oc.ê c.09\af em méo,a de S 'lef'S\C.U\oS \\O m\nu\.OS t á\"a'\ em
Ai anos"oc.ê c.om tatá o O'IO,esumentoeem\S at\OStoóa
sua ,b\\a anuSCt\\a.
t.SC.o\noa moôoe o t,troo ma,s acieo.uaóoa "oc.eê
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c.ad• •'""'" ô•1>,\bl\• ,,. c.ow'l"'"n\• ôe ).suse cio""son
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