Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
I n d ic e
Lição 1: A T e o c r a c ia - J o s u é ................................................ 15
Lição 3: A M o n a r q u ia - 1 e 2 S a m u e l ............................... 65
A N o tá v e l C o n q u is ta
A u to r: Incerto.
D a ta : 1400-1375 a.C.
Josué T em a: A Posse da Her anç a.
P alavras-C h ave: O b e di ên c ia , Con cer to,
Coragem.
Versículo-Chave: Js 1.9
O Autor
Data
17
Um pouco antes o Se nhor lhe dissera que
ainda que hou vesse tentativas, n in gué m lhe resistiria
visto que Ele m e s m o se e m p e n h a ri a em todo o
processo.
Josué pre c is a va esta r pre pa rado para toda e
qu a lq u e r situação de co rr ent e da obra desafia dora à sua
frente. Foi e x a ta m e nt e sobre isto que o Senhor o
orientou.
18
Qu an to à co nq uist a da terra, s abe mo s
lambém que não seria algo fácil. A i n e x p e r iê n c ia
daqueles p e re gr in os ante as hab ilidad es gue rr e ir a s dos
cananeus to rn a va a si tuação no mín im o a m ed r o n ta d o r a.
Entretanto, q u e m está à frente é alg uém que c o n fi a nas
habilidades e c a p a c it aç ã o divina. O líder otimista
afirma que o J o rd ã o será tra ns pos to e que a terra será
conquistada. Ele infund e ânimo no povo. R ea fi r m a o
que M oisés falara às três tribos que se a s s e nta r ia m
aquém do J ord ã o (Js 12-15), chamando-as à
re s po nsa bil ida de qu a nt o à ajuda na c on qui st a das terras
do outro lado do Jordão.
Im a gi ne Josué, dota do agora de mui bom
ânimo, in fu n d i n d o c ora ge m no povo para o
e m p re en d im en to da conquista.
19
Nest a r e s pos ta o povo ent end e o
c o m is s io n a m e n to divin o de J osu é e se submete à sua
lid eran ça. Em total atitude de subm iss ão os
re pr e se nt a nte s do povo rog am que o Senhor esteja
s em pr e com o seu eleito e a p ro ve ita a o p o rt unid ad e
para re fo rç a r os anseios de esforço e ânimo do seu líder
(v. 18b).
20
As Conquistas do Povo de Deus
22
♦ A vitória em Jerico (Js 6.1-5,16-21).
O Se n h o r de toda a terra tem o domí nio
sobre as forças da natureza, o episódio da luta e vitória
sobre Jerico en si na isto.
Po s s iv e lm e n te a origem do nome da c ida de
de Jerico esteja a ss oc ia da a uma div in dad e pag ã
represen ta da pela lua.
N a qu el a ci dade morava uma pros tit uta de
nome Raabe. Em sua casa se h o s ped a ra m os dois espias
que foram à c ida de em missão de re c o n h ec im e n to .
Pos siv elmente te nh am se ho s pe da do lá por ser um lugar
onde não d e s p e rt a ri a m muitas atenções.
Através de Raabe eles têm a cert eza de que a
cidade e sta va a te r ro ri z a da diante da pre s e n ç a do
exército hum a no do Senhor. Tendo de algu m mo do sido
informado ao rei da pr e s en ç a deles e que eles e st aria m
na casa de Raabe, o rei enviou um grupo de home ns
para prendê-los. Raabe os escondeu, deu uma de sc ul pa
en gan ad or a aos en vi ad os do rei e depois, em seg ura nç a
os despediu. Antes, fez co m eles um pacto de pro te ç ão
de sua vida, dos seus fam ili ares e d e m onst ro u ta mbé m
a sua adesão à fé no Deus de Israel.
Raabe tinha dia nte de si pelo menos duas
possibilidades: Poderia se ju n ta r ao povo da cidade e
tentar f a z e r guerra aos hebreus , ou então, aderir ao
Deus dos hebreus e sair da morte para a vida. Ela foi
sábia ao optar pela vida e não pela morte, e com isso o
Senhor lhe fez um me moria l pe rp é tu o de
recon hec ime nto , o que tem levado a muitos à de cis ão
por Cristo.
Isto nos mostra também que se os habita nte s
de Jerico se a r r e p e n d e s s e m e ad er is s e m à fé no Senhor,
por certo a ci dade seria poupada.
Qu an to ao relato da qued a de Jerico, a
est ratégia usad a pelo povo hebreu e o ri e nta da pelo
23
S e n h o r está desc rita no texto bá sic o para este
parágrafo.
Os gue rre iro s hebreus de ver ia m c onto rn a r a
c ida de uma vez por dia durante seis dias. Ao sétimo
dia, eles ro de aria m a ci dade sete vezes, os sacerdotes
le v a r ia m a arca e algu ma s trombetas. Ao sonido das
tro m be ta s, o povo de ver ia gritar (br ados de guerra), os
muros da ci dad e viriam abaixo e Deus a en tre gar ia nas
mã os do seu povo.
A que da do muro foi um ato mi la gro so do
Se nhor. Isso mostrou para Israel que o Se nhor dos
e xé rc ito s e st a va adiante dele, gue rr e an do a seu favor.
Questionário
1. E c oe r en te afirm ar que
a ) D J osu é (o livro) tem o nome de seu principa
pe rs o n a g e m , Josué, o s uce s so r de Samuel
b ) I I A im po rt ân c ia do livro reside no fato das
ba ta lh as terem sido venci da s som ent e por força e
e st r a té g ia militar
c ) | I O nome Josué significa “ salvação de Je ová ”
d) I_j J osu é se c h am a v a Oséias, passou a ser
c h a m a d o Josué por d e te r m in a çã o de Calebe
24
3. É incorreto di z er que
a ) I_1R aab e m o ra v a em Jerico
b) l_J Raabe era a filha do go ve rn a nt e em Jerico
j
c ) |_ R aab e ho s pe dou os dois espias
d ) |_I Raabe de m o n st ro u sua adesão à fé no Deus de
Israel
28
♦ As conseqüências do pecado (Js 7.14-26).
C on fo rm e lemos nos textos acima, Josué
bus ca ao Sen hor numa ous ada oração sem ter ciênc ia
ain da do pe cad o c om et ido por Acã. O S e n h o r lhe
res pon de di zen do que o povo estava sob j u í z o , pois
al guém la nçara mão do anátema.
Antes m esm o de o Senho r re ve lar quem
houve ra d e s e nc ad e ad o todo aquele mal, j á havia
algumas c o n se qü ê nci a s do pecado. ( Pr imeiro) foi o
desagrado g eral do Sen hor. / E m segundo l u g a r / o povo
foi derrotado na batalha contra. Ai e também se tornou
alvo do severo juí zo do Senhor. Em sua o ra ç ão Jo sué
fala da ve rgo nha p ú bl ic a do povo, e, de Deus.
No caso de Acã vemos que ele de cl a ro u o
seu erro, mas não ro gou por perdão. No texto básico
acim a vemos que o tr a n s g re ss o r deveria ser de sc o b e rt o
e punido para que o mal fosse retirado do me io do
povo. Usando um meio c o n ve nc io na l da é po ca para se
saber a von tade do Se nho r (v. 14: “ ... e será que a tribo
que o Senhor designar por sorte...'" - Bíblia A notada ).
Acã é d e s c o b e rt o e taxado como c u lp a d o (Js
7.10-18). Usan do uma ex pr e ssã o solene, onde se evoca
o nome e a glória do Se nh or (v. 19), Jo sué faz c om que
Acã declare o erro com et ido , as provas são traz ida s e
estão diante do povo que nada mais tem a fa z er a não
ser a dest ru içã o do impen itente.
Ao a p e d r e ja r Acã e tudo quan to tinha, o
povo estava agindo sob ordens divinas e ao mesm o
tempo, estava de se jo s o de retira r o mal do seu meio
voltando à plena c o m u n h ã o com o Senhor.
Sob o corpo dele foi le vantado um memo ria l,
dessa vez não de lo uv or com o na tr av ess ia do Jordão,
mas para ve rg on ha pe rp é tu a e para trazer à m e m ó ri a do
povo as c o n se qüê nc ia s do pecado. Leia em l C r ô n i c a s
2.7 que Acã (lá c h a m a d o de Acar) ficou na m e m ó ri a do
29
povo co mo o p e r tu r b a d o r de Israel. O local onde ele foi
e xe c ut a do c h a m o u - s e Acor que é tr a duz id o com o “ vale
da p e r t u r b a ç ã o ” .
A Ocupação da Terra
♦ O desafio da conquista (Js 13.1).
Na parte final do ve rsículo de Jo su é 11.23,
lemos: “ ... e a terra repousou da guerra ” , dá a
entend er que houve um períod o de descan so ou paz.
Isso não significou que tudo estava termina do. Ao
contrário, muita terra havia ain da por possuir.
Após ve nc e r os pri nc ipa is reis de Canaã, em
memoráveis ba talhas onde o Se nhor agiu de mod o
miraculoso e in co n fu n d ív e l e durante o períod o
temporário de de sc a nso ou repouso como o texto
bíblico diz, Josué re ceb e a o rd e m divina de div id ir a
terra.
O ve rsículo 1 de J osu é 13 nos afirma que o
líder da co nq ui st a j á e sta va bem velho. P os s iv el m en te
co nta va naquela altura com a idade entre noven ta e cem
anos. A citação da idade de Josué serve tão s ome nt e
para expl ic ar as razões da ord e m que seria da da no
versículo 7 em c o m p le m e n to ao versí cul o 1, onde
e xpl ic itam ent e o Se n h o r dá a ord em de divisão da terra.
O bse rv e m os ta m b é m que no mesmo versí cu lo em
estudo há um su per la ti vo (m uitíssimo), que indi ca não
somen te uma palav ra rela tiv a a algo que não se de ver ia
esquecer.
31
Mais do que isso c olo ca J osu é frente a frente
com os desa fio s que, mesmo de pois de sua morte,
d e v er ia m ser a ss u m id o s pelo povo. Na verdade, depois
do pe río do de div is ã o e a ss e nt am e nto na terra, o povo
não pod eria c ru z a r os braços. Havia a in da “ m u it ís s im a ”
terra para ser co nqu ist ada .
32
Ori gi na lm e nte , c o m o tribo, passou a ter a
predileção divina d e vi da à le al d ad e d e m o n s t r a d a por
ocasião do episó di o do be ze rr o de ouro (ler Êx 32).
Como os s ace rdo te s de ve ri am ser s em pre da
casa de Arão, aos levitas fora re s er v a d o o p riv il ég io de
cuidar de tudo o que e st iv ess e relacio na do com o
tabernáculo, inclus ive p r o te g ê -l o para não ser inva did o.
Seu sustento vinha dos díz imos .
Com o a ss e n ta m e n to dos filhos de Israel na
terra prome tida, os levitas c re sc e r a m em de ver es e
influência. Eles pa ss a ra m a fu n c io n a r como ju íz e s em
alguns casos e cu id ar ia m do livro da Lei, de ntre outras
coisas.
As tribos, uma vez e sp al ha das pela terra, não
poderia m ficar sem a p r e s e n ç a de al gué m que a elas
ministrasse em nome do Senhor. Vemos nisso o
cuidad o divino para c o m os demais povos, po d e ri a
oc as io na r um tipo de co n tá g i o re lig ios o pagão. Daí a
impor tânc ia do trab al ho re lig io s o dos levitas j u n t o às
demais tribos.
Imp or tan te ta m b é m é ressa lta r a e xpre ss ão
textual de que o “ Senhor seria a sua herança''. Pelo
menos a duas c on cl us õe s po d e m o s chegar:
Em pr im eiro lugar, vem os ex pre ssa a idéia
de que o serviço s ac erdot al seria a heran ça dos levitas,
o que em si mesm o j á seria um gra nde privilégio.
E m segundo lugar, o próp rio Deus seria sua
herança, ou seja, de mo do pa rticula r, em su bsti tu içã o
aos pri m og ên ito s de Israel que de ver iam ser ofertados
ao Senhor, os levitas p ri v a ri a m de um con tato pess oa l
com Deus. Este lhes g a ra n ti ri a o sustento e as bênçã os
com as quais o povo co mo um todo seria alcançado.
35
Hav ia no código legal dos h e bre us um
princ ípio que era c h am a do de Lei do Talião, c o n h e c id o
como a lei do “ olho por olho, dente por dente" (Êx
21.24; Lv 24.20; Dt 19.21), c o n fo rm e a última
referência, este prin cí pio foi r e a fi rm a do por M oisés
qua ndo da re pet içã o da Lei nas pla nícies de M o ab e (o
nosso D eu te r o n ô m io ), pouco antes do início do
process o de c on q u is t a e possessão de Canaã.
A razão maior da exi st ênc ia das cid ade s de
refúgio era a p ro te ç ão dos homicidas involuntários. Na
Lei do Talião, o parente mais p ró xim o da vítima
fun c io na ria co mo uma espécie de v in g a d o r de sangue
(goel ). Entr et ant o, poderia hav er algu m e x a g e ro ou até
mesm o al gu ma c onf us ão entre o que é volu n tá ri o ou
involuntário.
O v i ng a do r de sangue, por uma em oçã o
c ir cu nst an ci al , po de ria exer cer ju íz o sobre al g u ém que
se tornou um hom ic id a involuntário. Para que ho uve sse
um tempo de reflexão , o hom ic ida de ver ia pro c ura r
uma c ida de re fúg io e colo car a sua c au s a dia nte dos
anciãos que nela habitavam.
Na c ida de refúgio teria proteção. Sua causa
seria a va li ada por uma c ong regaç ão, e ele poderia
voltar à ci dad e natal quando da morte do sumo
sacerdote em e xercíc io de função naqu ele s dias (Js
20.6). Josué, em c um pr im e nto à ord e m d iv in a dada a
Moisés, sep a ra algu ma s cidades a leste e oeste do
Jordão.
36
Números 35, os levitas d e v e r ia m receb er 48 ci dad e s
das quais 6 seriam cidades de refúg io, co nfo rm e vimos
acima. Em Josué 21.41 vem os o c u m p ri m e n to literal
dessa pro messa.
A grande lição que tir am os daqui é que Deus
sempre se pr eo cu pa em dar o m e lh o r para aq ueles que
se de dic a m a Ele. O Senhor quer que os seus obre iro s
sejam ho nrados e tratados com d ig nid a de em t o d o s - os
âmbitos de vida, para~quê p o s sa m de se n v o lv e r be m a
missão a eles co nfi ad a pelo Senhor. Afinal de contas a
llíblia fala que digno é o obre iro do seu sustento.
37
A Despedida do Líder
♦ Josué, já velho, exorta o povo (Js 23).
Seu d is cu r so tem três divisões:
(1) Retrospecto (1-4). Aqui ele atribuiu toda a
vitória a Deus. Fala do cu m p ri m e n to ple no das
prome ssa s (v. 14);
(2) Conselho (5-10). O co nselho que ele dá é
c or a ge m (v. 6); obe diê nc ia (v. 6); s ep a ra çã o (v.
7); e por último, de suma importância: “ uni-vos a
Jeová vosso D eus ” (v. 8), Veja-se Atos 11.23;
(3) Aviso (11-16). O aviso é contra o “ valor e unir-se
ao restante das nações” (v. 13). C ontra
a rm ad ilh as, laços, açoites e espin hos (v. 13), co m
o perigo de “p e re c e r desta boa te r r a ” (Go odm a n) .
38
♦ Conclusão.
“Israel serviu a Jeová todos os dias de
Josué". É e xt ra or di ná ri o o que a de v o ç ã o e o e xem pl o
ile um só ho me m de Deus p o d e m co nseguir.
Ve mo s ta mbé m os ossos de José sepu lt ado s
em S iqu ém (Js 24.32) depois de tere m sido levados
pelos israel it as em todas as suas pereg rin açõ es.
Em Josué 24.19, em vez de “Não podeis
servir ao Senhor ” , de vem os ler “ N ão cesseis de servir
no S e n h o r ” .
Questionário
■ A ss in a le com “ X ” as a lt e rn at iv as corretas
(i. Em d e s o b e d iê n c ia ao Senhor, tomou para si uma
capa b a bil ón ic a be m com o uma ba rra de ouro e certa
quajitidade de prata, tudo a ch a d o em Jerico
a ) l_| A cab e
b ) J>ç] Acã
c ) l_l Acaz
d ) l_| Abir ã
K. É in c er to dizer que
a ) [çj Dentre as pre c au ç õe s to m a da s por Josué,
s eg un do or ie nt a çã o divina, e st a v a m as cidades
de refúgio
b ) [c] A Lei do Talião, dos he breus, é co nhec id o
co mo a lei do “olho por olho, dente por dente ”
39
c ) k J A razão m a i o r da existên cia das cid ade s de
re fúg io era a pro te ç ão dos homicidas voluntários
d ) H Na Lei do Talião , o parente mais p ró xim o da
vítima f u n c io n a r ia como uma e sp éc ie de
vin ga do r de s an gue ( goel )
40
Lição 2
A Teocracia - Juízes e Rute
A G r a n d e D e s o r ie n ta ç ã o
A u to r: D es c on he c id o.
D a ta : 1050-1000 a.C.
T em a: Ap ostasia , O pr ess ão , Li bertação,
Ju íz e s
A rre pe ndi me nt o.
P alavras-C h ave: Fez o Mal, Clamou,
Libertou, Jul gou, Es pír i to do Senhor.
Versículo-Chave: Jz 17.6
O Autor
Data
♦ As n o v a s c o n q u i s t a s ( J z 1.1-36).
Qua nto às novas co nquistas narradas no
capítulo 1 de vem os vê -las ta mbé m com o c onqu is ta s
in co mp le tas e nalguns casos temporários. Por e xem pl o,
lemos no ve rsículo 8 que os filhos de Judá to m a ra m
Jer usalém. Uma vez que a cidade de J er usa lé m só foi
co nq ui st ad a por Davi (2S m 5.6,7), to rn a ndo -s e ci dad e
real, en ten de mo s que a c o nqu is ta que o livro de Juízes
faz me nção é te m p o rá ri a e parcial.
O m e sm o pod e-se dizer, a título de e xem pl o,
de Gaza, A sc a lo m e E c r o m (Jz 1.18), c id ad e s -e st a d o
dos filisteus. O certo é que houve novas co nquist as ,
mas que não fo ram totais.
Muitas ci dades canané ias c onti nua ra m na
terra até mesm o em pa cíf ica co nvi vê nc ia co m Israel, o
que se co ns ti tu ía numa flagrante atitu de de
d e so be di ê nci a ao Senhor.
♦ A d e s o b e d i ê n c i a a D e u s (J z 2.1-6).
O Anjo do Se n h o r (Jz 2.1) deve ser
ent end id o com o o Se n h o r mesm o se m a nif e st an do
através de um ser an gelical. Era uma das muitas for mas
do Senhor se m a nif e st ar no tempo do AT (ver Hb 1.1).
42
Fora uma m a ni fe st aç ão de exortação. Israel
pecara d e ix an do de c um pr ir c om a sua parte no pacto,
fazendo a l ia n ça com os m ora do re s da terra em total
ilesobe diê nc ia ao S e nhor (v. 2).
Ê s i n t o m á t i c a 1 a p e r g u n ta e nco nt r ad a no
versículo 2b: ( “Por que fi ze ste isso?") A res pos ta
colocava o povo frente a fren te com a sua
incredulidade no poder de Deus, com a sua fr agi li dad e
de ixa ndo- se c o ndu zi r ou levar pe los padrões ex ter no à
lé, c om a in dif ere nç a qua ndo aos atos históricos do
Senhor o seu favor. Mais do que isso, o povo estava
ngora sendo co nf ro nta do com os resu ltados da sua
de so be di ê nc ia e so freria os danos da mesma.
O ve rsículo 3 a p re se n ta três palavr as de
juízo:
■ / N a prim eir a,/ o Senho r que h o u v e ra la nça do fora
os inimigos até então, o Se n h o r que a ssu m ira a
c aus a de Israel não mais ba ta l h ar i a por ele n a q u e le
mome nto.
■ ^ Em segundo lugar, os povos da terra seriam uma
e sp éc ie de \“pe dra no s a p a t o ” de Israel;
■ y Fin a lm e nt e , Israel se veria e n re dad o pelos deuses
deles o que levaria de uma sit ua ção de livre à de
s u b s e r v i ê n c i a 2.
A Influência do Líder
♦ Otniel e Eúde: 120 anos de paz (Jz 3.7-30).
O relato sobre Otniel é curto, isto é, não tem
muito recheio co mo os de mais. Note mos que este é o
relato in tr odu tór io às av en tu ra s dos Juízes que te rm in a
com a saga de Sansão.
O que se de sta ca nele (Jz 3.7- 11) é a
soberania do Senhor. Ele entre ga os israelitas às mãos
tios m e so po t âm ic os e de pois entrega os m e s o p o t â m ic o s
nas mãos de Israel. Ele é quem separa a Otniel e o
capacita com um po d e r especial pela infusão nele do
Hspírito. C a p a c it a d o pelo Senhor, atua com o li b e rt a d o r
e ju iz de Israel, o qual tem um períod o de 40 anos de
paz.
Após sua mo rt e o povo volta a fazer o que
era mal aos olhos do Se n h o r e o entre ga à o p r e s s ã o de
liglon, rei dos m oa bi ta s, que ch efian do uma c o a li z ã o de
povos invade o territ óri o de Israel to m a ndo
lemporariame nte o que sobrou de Jericó ( c id a de das
palmeiras v. 13). Por 18 anos Israel ficou s e r v in d o a
liglon até que o Se n h o r levantou a Eúde, um ho m e m
canhoto da tribo de Benj am im .
Ele arqu it e to u um plano bem pe n sa d o em
Iodas as suas minú ci as. Fez para si uma pe q u e n a
49
e sp a d a de 30 cen tímetros, c o l o c a n d o -a no seu lado
direito. Leva tributos a Eglon e co mo bom v a s s a l o 12
c o n s e g u e uma entrevista secreta com o rei.
2
Para co n se g u ir a ent revis ta com o obeso
Eglon, ele disse ter uma palavra da pa rte de Deus. O rei
imagin ou que iria receber algum orá c ulo ou uma
m e n s a g e m esp ecial, visto que Eú de usou o título
ge nér ic o Deus, c onhec ido de outros povos e não o
nome pessoal da div indade única de Israel ( Ycihweh,
tr a duz id o em nossas Bíblias com o Senhor).
Com a morte do rei, os moa bitas ficaram
de sm o r a li z a d o s, foram perseg ui do s, muitos foram
mortos e houve paz na terra por 80 anos.
i
Poder de julgar, cargo ou dignidade de juiz; magistratura.
51
Quando Falta Liderança
52
Altos e Baixos de um Povo
♦ Uma triste história (Jz 19.1-30).
Esta é a his tória de um crime sexual
praticado por pessoas se x u a lm e n te pe rvertidas e que
deu oc asião a uma gue rra civil em Israel.
Tudo co me ç ou qua n d o um levita foi a B el ém
de Judá em busca da sua c o n c u b in a que o a b an d o n a ra
por de sg os ta r dele e ad ult erar c ont ra ele (vv. 1,2).
A int enção do levita era positiva, pois no
versículo 3 a traduç ão literal é que ele foi à casa do pai
da moça para falar ao co ra çã o dela. Sendo bem
recebido pelo pai da moça, ficou em sua casa mais dias
do que tinha planejado. Ao final, tendo c o n se gu id o
falar ao coração de sua c oncu bin a, la nço u- se no
caminho de volta à casa l e v a n d o - a consigo. C om o o dia
estava preste a te rminar, ao c on trá rio de se h o s p ed a r
numa cidade e st ranha (vv. 10-12), foi a Gibeá, que
estava no território de Benj am im .
Lá n in gu é m da ci dade lhe con ced eu
hospedagem, o que m os tra a natureza dos seus
habitantes. Por fim, um e fr a im it a que morav a em Gibe á
ofereceu-lhe a casa para pa s s a r aq uela noite numa
nobre atitude para com aq uele levita. O ancião que
hospedara aquela p e que na c om it iv a sabia da nat ure za
má dos homens de Gibeá, por isso convidou o lev ita e
os a co m pa nh a nt es a p e rn o it a re m em sua casa.
O bs erve mo s que é uma história ch eia de
coisas bonitas. Um levita c om espírito perdoad or, seu
sogro com um sen ti m en to de hos pit al ida de e alegria
muito, grande, uma c o n c u b in a que se deixara pe rs ua dir
por uma palav ra que a l ca n ç ar a o seu co ração
conv enc en do- a do erro e da rest au ra ç ão e um ancião,
mesmo que não nativo, mas que de m o n st ra um
sentimento de ho sp it a li d a d e muito grande. É uma
história que tinha tudo para ter um final feliz. Mas, a
53
tragédia estava por acontecer. H om en s pervertid os
s e x ua lm e nt e pe d e m ao ancião que lhes dê o hom e m que
acol he ra para dele a busar em (v. 22). R ep r ee n d id o s pelo
ancião toma m a co nc ub in a do levita e a violentam
durante a noite inteira.
O texto do versículo 25 pode ser int erpre ta do
de duas maneiras. Uma diz que foi o levita que
en tre go u a sua c onc ubi na ; a outra diz que foi o ancião.
O que impo rt a é que ela foi viol en ta da até a morte.
Aquilo, bem com o a intenção inicial dos homens de
Gibeá, foi um ultraje contra um h o m e m que exercia
uma fun çã o divina.
♦ Uma vingança triste (Jz 20.1-8; 41-48; 21.24).
No dia seguinte o levita e n co nt r ou a sua
c o n c u b in a morta, levou seu corpo para sua casa,
div idi u- a em doze partes as quais en vio u pela terra de
Israel a fim de rec lama r o povo para punir os
habita nte s de Gibe á (Jz 19.27-30).
Uma vez que as auto rid ad es da c ida de nada
fizeram c ont ra os assassinos, to rn a ra m -s e c o n i v e n t e s 1
co m a tr oc ida de cometida.
T a m b é m a tribo de B e nj am im co mo um todo
se uniu a Gibe á para lutar contra as tribos (Jz 20.12-
14), fa z en do -s e pa rticipante das atitudes dos ímpios de
lá. Foi a pr im ei r a vez que um c ha m a do a ba tal ha uniu
as tribos, só que o inimigo não era externo.
M uitas vezes somos ágeis em ação internas,
isto é, para re s olv er situações ch am a da s dis ciplinares,
que para ataca r as hostes que a va s s al a m o mundo.
D eu-se, então, a guerra civil. C om o a região
onde se deu a batalha era mais c o n h ec id a dos
benj am itas , estes levaram vantag en s nos dois primeiros
encontros.
1
Que finge não ver ou encobre o mal praticado por outrem.
54
No último e de rra dei ro às tropas das outras
tribos obti ve ram a vitória us an do a mesma e st r at é gia de
Josué qua nd o da tom a da de Ai, como e stu dam os na
Lição 1. Foi uma ve rd ad eir a carnificina (veja a
seqiiência dos aco nt ec im en to s) . O certo que ao final,
Ben ja mim foi de rro ta do e do seu exército s obra ram
apenas 600 homens que fi ca ram escondidos em uma
colina ch am ad o de Penha de R im om (Jz 20.45).
O texto de Juízes 20.48 coloca-nos frente a
frente com a violê nc ia daqueles guerreiros. Tudo o que
ach aram pela frente e que era perte nce nte a B en ja mi m
foi de str uíd o pela esp ad a e pelo fogo, ficando aq uela
tribo pr a ti c am en te sujeita à extinção.
55
Questionário
■ A ss in a le c om “ X ” as alternativas corretas
56
F id elid ad e R ecom p en sad a
Autor: D es c on he c id o.
Data: Entre 1050-500 a.C.
R ute
Tema: A in te rv e n çã o sob erana de Deus
traz re den ção universal.
Palavras-Chave: Soberania, o Todo-
pode ros o, Rede ntor .
Versículo-Chave: Rt 1.16
Moabitas
I
Que ou aquele que redime; redentor.
58
O Autor
O autor deste livro é de sco nhe cid o; o
Talmude, be m com o muitos e s tu dio so s da Bíblia,
acham que tenha sido escrito por Samuel.
Data
Os estudi oso s d is c o r d a m quanto à data da
redação do livro, porém o seu c en ário his tórico é
evidente.©Os episódios re la tad os em Rute se passam
durante o pe río do dos juí ze s, sendo parte da queles
eventos que ocorrem entre a morte de Josué e a
ascensão da influên cia de Samu el (p r o v av e lm e n te entre
1150 e 1100 a.C.).
1
Apanhar as espigas deixadas no campo depois da ceifa.
62
Noemi. A d m ir a d o ao saber de sua fi de li da de para com
Noemi ele a pro te ge (Rt 2.8-13) e dá -lh e pro vis ã o (Rt
2.14-17).
V e ja que em Rute 2.20 as a m arguras de
Noemi c o m e ç a m a d i s s i p a r 1. Ela j á vê a mão de Deus
no proc ess o. Sa be nd o que nos c oraçõ es de Rute e Boaz
co me ça ra a s urg ir um senti men to afetivo, Noemi ensina
a Ru te o que de ve r ia fazer para que o sen ti m en to fosse
a li me nta do de modo sadio (leia Rt 3). Boaz, que era
home m digno, ass ume Rute com o sua espos a pelos
meios le gít im os (ver o cap. 4).
Ve ja que no meio do pro c e ss o ele afirma ser
ela um a m u lh e r virtuosa o que era te s t e m u n h a d o por
toda a sua c id a d e (Rt 3.11), Deus sempr e honra as
atitudes que as s u m im o s com fide lid a de de alma.
64
Lição 3
A Monarquia - 1 e 2 Samuel
Autor: Incerto.
Data: Entre 931 e 722 a.C.
ISam uel Tema: Deus age na História.
Palavras-Chave: Samuel, Saul, Davi.
Versículo-Chave: I S m 16.7b e 13.
O Autor
65
Samue l encerrou o período dos ju íz e s . Ele deu posse ao
pr im ei ro rei (Saul) e ungiu o ma ior dos reis de Israel
(Davi).
Data
tolerante.
67
A batalha contra os filisteus p r ov a ve lm en t e
foi travada a seis q uilô m e tro s ao noroeste de
J erusa lé m. Os filisteus eram pode ros os inimigos de
Israel, e viviam ao sudoeste, na costa, talvez essas
re n o v a d as ações da parte deles se dev ess e à morte de
Sansão. Logo a batalha se tornou adver sa a Israel.
B u s c a ra m a razão por que Deus os abando na ra.
E n q u a n to lutavam contra Deus, rog a va m que Deus
lu ta sse por eles, leia a his tória do av iv am en to em
M is p a (1 Sm 7).
Um Substituto Fraco
Um Avivamento Oportuno
69
c o m o itinerante, perco rri a o seu territ ório uma vez por
ano até Betei. Gilgal e Mispa, s u p e r v is io n a n d o e
a d m in is tr a n d o os neg ócios do povo ( I S m 7.15-17).
Samuel es ta be le c e u uma e sco la de profetas
em sua casa em Ramá. Este foi o co m eç o da “o r d e m ”
dos prof eta s, ou videntes.
Quando a arca foi tomada, os sace rdote s se
e sp a lh a ra m . Foi nessa ocasião que Samuel se retirou
para o seu lar em Ramá.
Por in te rm éd io de Samuel, Deus es ta be le c e u
um novo meio de tratar com Israel. C ham ou profetas
m e d ia n te os quais ele falaria.
Foi com Samuel que a prof eci a se tornou
parte defini tiv a da vida de Israel. Samuel reuniu grupos
ao seu redor, ch am a dos Filhos dos Profetas. Eram
e n c o n tr a d o s em Siló, Gilgal, Betei, Samaria e R am á
(At 3.24).
O ma ior minist ério de Samuel foi a
o r g a n iz a ç ã o do reino. As tribos in de pen de nte s iriam
a gor a for ma r uma nação. A fim de so bre viv er entre
outr as nações fortes, Israel p reci sav a tor nar-se
p o de ro s o. Ti n h am - se recu sad o a le va r Deus a sério e
o b e d e c e r a Ele com o lhes fora orde na do, por isso
pe rm it iu que Samuel a ch as se um rei para eles. Q ue ri a m
ser co m o as demais nações.
Em D e u te r o n ô m io 17.14-20 Deus havia
pr o f et iz a d o que Israel teria um rei, mas não que ria que
eles se to rn a s se m in de pen de nte s dEle.
70
Deus. Mas Israel, na sua apostasia, tornou-se inqu ieto.
(Jueria um rei co mo as outras nações ao redor. Ve mos
Deus c o n c e d e r- lh e s o pedido.
Tem os aqui uma grande lição. Po de mo s ter o
melhor de Deus - sua vontade diretiv a ou sua vontade
permissiva, Saul, o primeiro rei, foi um fracasso. Era
liimoso de asp ec to, alto e de porte nobre. C om e ço u
csplendidamente. R ev e lo u-s e um chefe militar muito
cnpaz. D e rr o ta ra m os inimigos ao redor - os filisteus,
os amal equ ita s e os amonitas.
Saul foi hum ild e a princípio, mas dep ois se
encheu de org ul ho e torno u- se d e so be die nte a Deus.
Nenhum h o m e m teve op ortu nid ad e maior que Saul e
nenhum h o m e m se revelou um fr acasso maior, seu
ciúme de Davi a tin giu as raias da loucura.
Visto que Saul foi c onsti tuí do rei de Israel,
•■in res pos ta ao de se jo p e ca m in os o do povo de ter um
rei, c o n tr a ri a m e n t e à vontade de Deus, teve Saul
realmente o p o r tu n i d a d e de se pro va r aos olhos de
Deus? Podi a ele ter sido b e m sucedido em tais
ci rcunstâncias? Não estaria c on den a do por Deus ao
Iracasso m esm o antes de c om eç a r a reinar?
E n c o n tr a m o s a res posta clara na Pa la vra de
Deus. E m I S a m u e l 12.12-15 o prof eta de Deus diz a
Israel que, ain da que tivesse m exigido um rei em
desafio a Deus (v. 12), se tanto o povo com o o rei
temessem a Je o v á e o ser vis se m tudo estaria bem. Veja
o que se segue a essas palavras de Samuel (vv. 16-18).
Israel co nfe ss a seu pecado em pedir um rei
(v. 19), e Sa m ue l tran qü ili z a o povo, pro m e te n d o
bênçãos se s er vi sse m a Deus. A única razão para Deus
icjcitar u m a alma é ter ela reje itado a Deus primeiro.
Deus tom a a in ic ia tiv a do amor ( l J o 4.19), o h om e m
loma a in ic ia tiv a do pe cad o ( I S m 15.23).
71
Aspectos interessantes na escolha de Saul.
■ Escolha divina ( I S m 9.3-20). Ele saiu co m um
c ab r es to e voltou co m um cetro.
■ Escolha profética ( I S m 10.1). Samuel foi seu
t u t o r 1 e amigo. U m priv ilégio que foi jo g a d o fora.
■ Escolha esp iritu al. O Espírito de Deus apossou-
se de Saul ( I S m 10.10). Ele en tristeceu esse
Esp íri to, depois o apagou. Para que o Espírito
p e rm a ne ç a , ele tem de ser am ado e obedecido.
■ Escolha popular. Então todo o povo rompe u em
gritos, ex clam ando: Viva o rei! ( I S m 10.24).
Observe em ISamuel:
S A pr e s un çã o de Saul no altar de Deus (13.11-13);
■S A c ru e ld ad e para com o seu filho Jônatas (14.44);
V A de so b e d iê n c ia na que stã o de A ma leq ue (15.23);
V O ci úme e ódio com rela ção a Davi (18.29);
V O apelo p e c a m in o s o à m é d iu m de E n - D o r (28.7).
As campanhas de Saul.
=> Contra os amonitas : C om e ço do reino... Contra
ob s tá c ul os int ransp on ív ei s.. . Exér ci to mo bili za do às
pressas... A mo nit as c o m p le ta m e n te derrotados...
Fo r ta l ec id o o prest ígi o de Saul com o rei.
=> Contra os filisteus: O pe ca do de Saul assu min do
funçõe s de sacerdote... Deus rejeita a Saul... A
br a v u ra de J ônat as e seu e scu de iro criam pânico
en tre os filisteus... Ini m igo derrotado.
=> Contra os amaleguitas: Saul impele inimigos para o
deserto... A rr uin a o suces so pela desob ediên cia...
♦ Dê a preferência a Deus.
A tra vé s dos anos Samuel e n tr is te ce u -s e com
Saul. Q ua ndo ele falha va, Samuel era fiel em adverti-
lo. Muitos textos fa la m disso ( I S m 15.35).
Em uma ba ta lh a c ontra os filisteus, Saul e
seus três filhos e n c o n t r a r a m a morte. Assim, uma vida
tão p ro m i ss o ra te rm in o u em derro ta e fracasso. Saul
não fora o b e d ie n t e a Deus, esse foi o mau de Saul.
Deus e stá mo st ra ndo nesse livro que ele tem
de ser s ob er an o e que seus filhos não p o d e m ser
a be nç oa dos q u a n d o dis ta nc ia dos dele.
A m a n h ã da vida de Saul foi radiosa, mas
logo no céu se anu vio u. Depois o sol se pôs nas nuvens
mais negras. A c o m p a n h e c u id a d o s a m e n t e sua ascensão,
seu reino e sua ruína.
1 Imortal
73
Davi, O Rei Provado.
( I S m 16-31)
74
se i n d e p e n d e n te e corajoso. A p r e n d e u ainda naq uele s
dias difíceis a co n fi a r em Deus e não nos hom en s,
esperava s em pr e pe la hora de Deus.
A n d o u fugit ivo, não po r qu a lq u e r mal que
tivesse pr a tic ad o, mas por causa do ciúme do e ntio de
Saul. Davi cr e sc eu com o r e s ulta do dessas pro va s e
aflições. Em vez de deixar que o ódio de Saul lhe
endurece sse o co ra çã o, ele atrib uiu o ódio c om amor;
aprendeu ta m bé m , naqueles dias, a ser guerreiro.
To rn ar-se -ia di ri g e n te de uma gra nde nação, e Deus o
estava p r e p a ra n d o para essa tarefa.
75
Questionário
76
A utor: Po s s iv e lm e n te o s ac erdot e
Abiatar.
D a ta : Entre 931 e 722 a.C.
2Samuel T em a : Rei Davi, p r e c u r s o r do Mes si as.
P alavras-C h ave: Davi, Natã, A bsa lã o,
Joab e, Bate-Seba.
Versículo-Chave: 2 Sm 3.
78
seria o passo segui nt e. Para isso bu s co u a d ir e ç ão de
Deus (2Sm 2.1). Na da pe rguntou qu a nto ao posto real,
porém s om en te a resp eito do lugar para onde d e ver ia ir.
A na ção de Israel pre ci sav a de um dir igente
e a re s p o st a d iv in a foi que ele devia subir á c ida de de
Hebrom (v. 3).
H e b r o m era uma das mais antigas cidades
(Nm 13.22). Já e xi st ia nos dias de Abraão. Quan do
Canaã foi c o n q u is t a d a , veio a ser p o s se ss ã o de Caleb e
e foi uma das ci da de s de refúgio (Js 14.13-15; 21.11-
13). Foi a cap ital de Davi durante os sete prim eiros
anos do seu reina do, o que a tornou ainda mais
importante. F ic a v a a uns 25 q uilô m e tro s ao sul de
Jeru sal ém , no c en tr o de Judá, e era fortificada.
Presta va- se muito be m para ser capital de um novo
reino, com os filist eu s de um lado e os se guid ore s de
Saul do outro.
Davi r e ve lo u-s e rei c om pl e to q u a ndo poupou
a vida de Saul. E s ta v a pronto a e sp e ra r que Deus lhe
dissesse que sem dúvid a iria p re v a le c e r ( I S m 26).
Estava no a p o g e u 1. Seu preparo pa re ci a com ple to.
O di ab o prefere de rru ba r um h o m e m qua ndo
está nas alturas, ele de rr ubo u Davi, que pa sso u por um
dos piore s pe rí o d o s da sua vida, e aí p e rm a n e c e u quase
um ano e meio ( I S m 27.1). Davi caiu do alto de uma
montanha de vi tó ri a esp iritual num vale so mb rio de
derrota e e sc ol he u ficar nele, fraco e d e sa n im a d o , por
muito tempo.
(E nt retan to , no mo m e nto em que se voltou
para Deu s, o Se n h o r de u-lhe uma vitór ia e sp e ta cu la r
sobre os seus inim igo s, qua ndo pediu a dir eç ão de
Deus, Deus o dirigiu a Hebrom, onde foi logo ungido
rei).
1
Que persiste no erro ou no crime; relapso, contumaz:
80
seu coração. O b s e r v e que, depois da morte de Saul,
Davi não p r o c u r o u a possa r-s e do reino pela força.
Depois que J u d á o a cl a m ou rei, sete anos e m e io se
pa ssa ram antes que Israel o coroass e. Davi sabi a que
era plano de Deus que ele fosse rei de Israel, mas
estava pr ont o a esperar.
82
V ie ra m c o n s a g ra -l o rei, apesar de j á ter sido
ungid o em p a rt ic u la r por Samuel. Fazia- se ne c e s s á ri o
para indicar a unç ão em pú blic o com o sinal e x te r n o e
visível da in a u g u ra ç ã o do seu reinado. Você se le mb ra
de que Saul foi un gid o em p a rt ic ul a r ta mb ém ? ( I S m
10. 1).
A unção com óleo sign ifi ca indicação divina.
Saul foi p re p a ra d o para a unção de rei. Fo i- lh e
co nc e di do o dire ito de g o v e rn a r o povo. Mas, o rein ad o
de Davi não foi r e c o n h e c id o pelo povo. Abner,
c o m an da nt e do e xé r ci to de Saul, im e di a ta m en te tom ou
pro vidências para in di c a r o filho de Saul para su bstituí-
lo.
Os g ra nd e s e sf orços de Davi para ev itar
atritos e unir o povo, pro c u ra n d o levá-lo ao r e c onhec ê-
lo com o rei, for am todos inúteis. O espírito de Saul, tão
a nta gôn ic o a ele, p e rp e tu o u -s e em Abner, que e st a va
resolvido a c e n tr a li z a r o reino de Israel na ca sa de
Saul, e não na de Davi (2 S m 2.8-10).
O po vo não co ns ult ou a Jeová; li m it ou -s e
apenas a p ro c ur a r que o favor pop ula r se inclin ass e
para Davi; s eg uiu - se a g u e rr a civil, mas, no final, tudo
favoreceu a Davi e ele foi c onsti tuí do rei de todo o
Israel. A m o n a rq u ia em Israel nunca foi uma a uto cr ac ia
ab soluta ( I S m 10.25; l R s 12.3-4).
No vig or da vida, com trinta anos, Davi
entrou na posse de toda a sua herança. Era essa a tarefa
que Deus tinha para ele. R ei no u quaren ta anos ao todo,
inclusive os sete anos e meio em H e br om sobre Jud á, e
os trinta e três anos em J er usa lé m sobre toda a terra.
A f o r ta le z a de J er usa lé m ainda e sta va nas
mãos dos je b u s e u s , mas foi c ap tu ra da no prin c íp io do
reinado de Davi (2Sm 5.6-10).
Um dos g ra nde s resultados do re in a d o de
Davi foi a un ifi ca çã o de toda a nação sob a sua
83
liderança. C o n se g u iu unir os vários gru pos em conflito.
Era agora um po vo unido, sob a lide ra nça de um j o v e m
unido a Deus. Tu do o que os hebreus tinha m de fazer
era co n ti n u a r s eg ui nd o a lid erança de Davi através dos
anos a fim de p r o g r e d ir e m de gra nde za em gra ndeza.
Davi con fiou em Deus de todo o seu coraçã o
e não se e str ibo u em seu próp rio en ten dim en to .
R ec on he ce u Deus em todos os seus c a m in hos e Ele
dirigiu os seus passos (Pv 3.6). C om o Davi obtin ha
essa dire ç ão ? Pe di ndo a Deus.
D ur ou muito tempo a guerra entre a casa de
Saul e a casa de Davi; Davi ia-se fo rt al e c en do , porém
os da casa de Saul se iam e n f ra que c e ndo (Veja 2Sm 2 e
3). A causa do e n fr a q u e c im e n to era que Deus estava
co ntra eles.
Dep ois de sete anos e meio de oposição,
Davi f in a lm e nt e c o nqu is to u o co ração de todo o Israel,
por sua j u s t i ç a e seu grande espírito. Ele não tinha mais
ne nh um rival. R ep r es e nt an te s de todas as tribos viera m
a H e br om para ungi-l o rei de toda a nação (2Sm 5).
A pr im e ir a coisa que e m p e n h o u foi a captura
de J erusa lé m, a fo rt ale za de Sião. D esd e os dias de
Josué, J e r u s a lé m fora a única a de sa fia r o a taq ue de
Israel. Era ine xp ug ná ve l.
Davi ju l g o u ser a que me lh or servia pa ra a
capital da nação. To rn ou- se re s id ên c ia de Davi e
capital do reino.
O re gis tro de como pela p rim eir a vez ela
caiu sob o d o m ín io do povo de Deus está em 2Sa mue l
5.6-9 e l C r ô n i c a s 11.4-8.
D e po is que Davi e st ab el ece u a capital em
Jer usa lém, ele de sej ou trazer a arca de Deus para a
nova sede do go ve rno . Re c on he ci a a ne c e s si d a d e que o
povo tinha de Deus. Porém, não lemos que ele tenha
c on su lt ad o a Deus.
84
Se gu iu -s e uma gra nde tr a gé dia (2Sm 6.1-19).
Uzá a ch a va que não hav ia mal em s eg urar a arca para
que ela não caísse. Ele era sincero, mas isso era
dia m e tr a lm e n t e op os to ao que Deus dissera. Uzá
morreu.
Qual foi a m a io r co isa que Davi fez pelo seu
povo? Capt urou J er u sa lé m , fê-la m a io r e mais forte,
co nq ui st ou os filisteus e unif ic ou o povo. Mas tudo
isso seria de po uc o valor se Deus não tivesse sido
c o lo ca d o no centro. Foi isso que deu à nação un id a d e e
poder.
Todos os a c o n te c im e n to s do reinado de Davi,
que se segu ir am a c ap tu r a de J erusa lé m, pode m ser
r e s um id os nestas palav ras : ia Davi c re scendo em p o d e r
cada vez mais, p or que o Se n h o r dos exércitos era co m
ele ( l C r 11.9).
Deus o e st iv er a pre p a ra n d o para esse
reinado. O preparo é difícil. Bom é para o h o m e m
s up or ta r o j u g o na sua mo cidade.
O prim eiro c uid ad o de Davi ao e st a be le c e r-
se em Jer usa lém, foi levar para lá a arca do
test em un ho . Sua ten ta tiv a de c ol ocá -l a no M onte Sião
fr acas so u por falta de re v e rê n c ia da parte dos que a
le va va m , mas depois de três meses ela foi d e v id a m e n te
c o lo c a d a no tab er nác ulo , (leia a história toda em
2S a m ue l 6).
Davi era h o m e m de ação. G o st av a de
traba lhar. As guerras c om as nações ao redor ha via m
ces sado. Ele p r oc ur a va ag or a de sc obr ir o que po de ria
fa z er para m e lho rar e e m b e l e z a r o seu reino.
Co m pa ro u a e le g â n c ia do seu pa lác io c om o
ta b er n ác u lo em que Je o v á habitava. A ch av a que essa
dif e re n ç a não devia existir. Ch am ou Natã, o prof eta , e
c on su lt o u -o sobre a c o n s tr u ç ã o de um te mp lo para
Jeová.
85
A pr in c íp io parecia que Deus iria permi tir
que ele c o n st r u ís s e o templo, mas Deus tinha um
pr opó si to dif e re nte para Davi. Leia o que Deus ma ndou
Natã di z er a Davi (2Sm 7.4-17).
O espír ito de Davi de novo se revel ou em sua
s ub mi ssã o ao pl an o de Deus para ele. Deus permitiu-
lhe a ju nt a r ma te ria l para seu filho usar. Ve ja a história
terna do tr a ta m e nto que Davi d i s pen s ou ao j o v e m
aleijado M e f ib o s e te , ao de sc obr ir que ele era filho do
seu me lho r amigo (2S m 9).
Davi era p ode ro s o na arte de guerrear, ainda
que o seu c o ra çã o se inclinasse para a paz. O capítulo
dez narra alguns e m p re e n d im e n to s perigo so s.
Esta his tó ria é a narrativa final da asc en são
de Davi ao poder, e prepa ra o leitor para a terrível
na rrativa da sua queda.
Sob o gov e rn o de Davi, Israel atingiu o
ponto cu lm in a n te . E ss a ép oca é c h a m a d a a “ Idade
Á u r e a ” de Israel. N ão houve culto idó la tra nem funções
mu nda nas e n q u a n to o “ doce c ant or de I s r a e l ” , o
“ m e n in o - p a s t o r de B e l é m ” c o m a n d a v a a nau do Estado.
Suas c a r a v a n a s de me rc ad or es c ru z a v a m os dese rto s e
suas rotas iam do Nilo ao Tigre e ao Eufrat es, e Israel
pro s pe ro u na q u el a época. Q uando Israel an dav a em
retidão para co m Deus, era in ve ncí vel em todas as
c irc uns tâ nc ias .
A Queda de Davi
(2Sm 11-20)
Ser ia prefe ríve l que a vida de Davi tivesse
te rm in ad o antes de hav er-se escrito o c apí tu lo onze. A
idade áurea hav ia pa ss a do e o que resta é uma história
e n tr e m e a d a de pe c a d o e castigo.
Em toda a Palavra de Deus não há outro
capít ulo mais tr ág ic o nem mais cheio de a dver tê nc ia
86
para o filho de Deus. É a h is tó ri a da qued a de Davi. É
co mo um e cl ip se do sol. Seus pe ca dos de ad ulté rio e
virtual h om ic íd io c o ns ti tu em uma terrível nódoa na
vida de Davi.
T o r n o u -s e um ho m e m alqueb rado. Deus lhe
pe rdo ou, mas a Pala vra diz: Não se apartará a esp a da
ja m a is da tua casa. Ele colh eu o que semeou. V e m os a
ceifa em sua pr óp ri a casa e nação!
Ex a m in e os passos na que da de Davi. Eles se
s uc e de m rapida men te :
P rim eiro, ele estava ocioso (2Sm 11.1,2).
D e veria ter ido para a guerra, mas não foi, ficou em
Je ru sa lé m , no lugar da tentação. À ta rdinha le vant ou-se
do leito e foi pa sse ar no te rra ço da sua casa. Esta va
naq uel e estado ind ole nte e d e s c u id a d o que f a v o re ce a
tentação.
Viu a bela B a t e - S e b a e desejou-a. Seu
prim eiro pe cad o foi ter olh ado. Se Davi tivesse co rtado
a te nt a çã o no na sce do uro , te r-s e-ia pou pa do um mu nd o
de a g on ia e terrível pecado. E m vez de exp ulsá -la, ele a
alime nto u.
Segundo, Davi mandou per guntar quem era
(2Sm 11.3). In f o rm o u -s e a re s pe ito dessa m ul he r e a
tomou (v. 4). M an do u trazê-la à sua casa. E s que ce u- s e
do d e v e r para com o fiel so ld ad o de quem era esposa,
mas no próx im o passo é mu ito pior, seu pecado co ntra
Urias, um dos seus mais bravos soldados.
Era pre ci so liv rar- se dele. Fez de Joab e seu
co n fi d e n te no pecado, seu pa rc ei ro no crime. Esse
pecado era ainda mais terr íve l porqu e foi com etido
pelo c he fe da nação. Esse que havia sido e s pe c ia lm en te
favore ci do por Deus.
Tinha a tr a v es s ad o muitas exper iênc ias. Os
notáveis serviços de Urias o torn am m e re c e d o r de
re c om pen s a e não de morte.
87
♦ O pecado é punido.
O pro fe ta Natã veio a Davi e o acusou do
pecado. Lem os do seu sincero a rr e p en d i m en to (Si 51).
Deus disse a Davi que o filho morr eria por
causa do seu pe cado. Veja como ele recebeu esse
castigo (2Sm 12.13-32). Quan do a c ria nça morreu,
Davi le va nt ou -s e e adorou a Deus.
88
Questionário
■ A ss in a le com “X ” as a lt e rn at iv as corretas
89
Lição 4
A Monarquia - 1 e 2Reis, l e 2
Crônicas
A u to r: D es c on he c id o. Atribuído a
Jerem ia s.
D a ta : Po s s iv e lm e n te entre 560 e 538 a.C.
1 e 2R e is T em a : Liçõe s da divi sã o do Reino
Unido.
P a lavras-C h ave: Rei, casa, profeta.
V ersícu lo-C h ave: l R s 3.9; 2Rs 12.7
O Autor
Data
92
O Esplêndido Reinado de Salomão
(1 Rs 1-1 0)
94
S a lo m ã o não d e m onst ro u s a b e d o r ia
espiritual. O livro de Ecl esiastes, com sua nota de
de se sp ero é uma c on fis sã o disso. Ele não tinha o
co ração em paz c o m Deus. Depois das palavras finais
de a d m o e s ta ç ã o de Davi a seu filho para que fosse
a bs ol uta m e nt e leal a Jeová, o rei morreu, tendo
go vernad o por q u a r e n t a anos.
No início do reino, Deus a pareceu a S a lo m ã o
num sonho e lhe di sse que es c ol he ss e o que dese ja sse .
A sábia es c ol ha do j o v e m rei revelou um s e n ti m en to de
in c ap a c id ad e para r e a li z a r a tarefa. O que foi que ele
pediu ao Se nho r? D eu s lhe deu a s ab ed oria que pediu.
P e de -m e o que que res que eu te dê ( l R s 3.5).
O j o v e m não se e n v ai d e c eu qua nd o Davi, seu
pai, por duas vezes o c h a m o u de sábio ( l R s 2.6-9).
Sal omã o pe diu um “ co ra çã o c o m p r e e n s i v o ” . S a lo m ã o
foi o ho m e m mais sábio que o mu ndo c on he c e u até a
vinda da qu el e que p o d ia diz er de si mesmo: “E eis aqui
está quem é maior do que Salomão ” (Mt 12.42).
E m p ri m e ir o lu ga r Salo m ã o org a niz ou seus
líderes. C er co u - se de um g ru po sábio de min is tro s de
Estados, cada um deles re s p o n sá v e l por um setor. Isso
trouxe ao reino dias de e x tr a o rd in á ri a pro sp erid ad e.
O ma ior e m p r e e n d i m e n t o no rein a do de
Salomão foi a e di fi c a ç ã o do templo, que hav ia sido o
que seu pai Davi ta nto de s e ja ra fazer. O im e ns o
alicerce de grande s pedras la vr ad as, sobre os quais o
templo foi co n st r u íd o , p e rm a n e c e até hoje, sob a
mesquita de Ornar. U m a só laje tem quase 13 metr os de
c omp rim en to. As im en sas pe dr a s, o cedr o a ro m á ti c o e
o r e v e st im en to de ouro lhe d a v a m i n v u l g a r 1 espl en dor.
O T e m p lo f ic a v a situado num lug ar
histórico. No m onte M oriá, Ab raão ofe receu Isaque
1 Templo maometano.
96
Jeová. Foi isso que de sp e rt o u o in te resse da ra inh a de
Sabá. Ela ficou im p r e s s i o n a d a com:
S Sua sab e do ria e ri qu e z a ( l R s 10.1,7);
S Sua c r i a d a g e m 1 (v. 8);
•/ Seu Deus (v. 9).
98
Te nsões no r e l a c io n a m e n to entre as tribos p ude ra m ser
vista j á nos dias de J osu é e nos dos juí ze s.
No inicio do rein ad o de Davi s ome nt e Judá
acl am ou-o rei. S a lo m ã o teve d ifi cu ld a de de m a n te r o
reino unido.
A hist óri a do povo que até o fim do rein a do
de Salomão havia feito referê ncia a um povo e a um
reino passou no ano 932 a.C., a referir-se a dois reinos:
ao reino do norte ou de Israel, e ao reino do sul ou de
Judá. Neste ponto, o relato his tór ic o pa rece um pouc o
co nfuso qua ndo se tenta c o m p r e e n d e r o que ac onte c eu
s im ul ta ne a m e nt e nos dois reinos.
A Bíblia a p re se n ta a hist óri a de Israel e de
Judá alte rn ad a m e nt e . Nos livros de Reis a hist óri a de
Israel é rela tad a com mais detalhes. Nos 200 anos que
durou o reino de Israel, os dois reinos irmãos viv e ra m
tempos de franca ho st ili da de, tempos de c o e x is tê n c i a
pacífica e tempo de alia nç a direta, e am bos os reinos
foram pr o f u n d a m e n te in fl ue nc ia dos por seus reis tanto
para o bem com o para o mal.
Após os reis do reino unido, Saul (1050-
1010), Davi (1 01 0- 970), e Salo m ã o (970 -9 32 a.C.),
seg uiram-se os reis do reino dividido.
A Causa do Declínio
100
os p í n c a r o s 1 do seu triunfo no monte C ar m el o , a
pro fu nd eza do seu desale nto , seu glo ri oso
a rre bat am e nt o ao céu num r e d e m o in h o e a a p a r iç ã o no
M onte da T r a n s f ig u r a ç ã o foi uma fi gur a notável das
mon ta nha s de Gil ead e. Seus longos cabelos c a ía m -l h e
sobre o manto de pele de carneiro.
Je ov á o enviou para c ol oc a r um fim ao
destac áve l culto a Baal, praticado du ra nt e o rein a do de
Acabe, que se c as a ra com a ímpia p r in c e s a pagã,
Jezabel. Su rg in do in e sp e ra d a m e n te do de ser to e pondo-
se diante do rei co rru pto , no e s p le n d o r da sua corte, o
severo prof eta fa lou -lh e ous ada me nte : “ Tão certo como
vive o Senhor Deus de Israel per ante cuja f a c e estou,
nem orvalho nem chuva haverá nestes anos segundo a
minha palavra ( l R s 17.1)” , for a-l he dado p o d e r para
fechar os céus de tal modo que não c h o v e s s e dura nte
três anos e meio.
Ele pe diu que descesse fogo do céu diante
dos prof etas de Baal no monte Car mel o. Foi o
e van ge lis ta do seu dia, troveja ndo a d v e r tê n c ia s a esse
povo idólatra.
Elias po d e ri a ser c h a m a d o de M oisés
segundo. Em Elias a força prof ética atinge o clímax.
Ele d e s e m p e n h o u o seu mi nistério c om p ro f u n d o zelo
pela lei de Deus e pe la glória de Jeová, e, assim, como
Moisés, o seu m ini st ério foi a c o m p a n h a d o de
r e a li za ç ão de mi la gre s, três aspectos s a li e n ta m -s e no
c ar át e r de Elias:
S C oragem ; so zinho, de safiou os sac e rd ote s da
re lig iã o oficial para um co n fr o n to púb li c o no
Car melo ;
S Fé: o fu n d a m e n to da sua c oragem ; q u a n ta fé tinha
Elias para ou s ar e nf re nt a r Acabe e diz e r -l h e “ nem
1 Cume; pináculo.
101
orvalho nem chuva haverá, se não segundo a
minha pa lavra ” ( l R s 17.1);
S Z elo : pelas coisas de Deus ( l R s 19.10).
O ministé rio de Elias foi a m p la m en te
a c o m p a n h a d o de milagres. N e n h u m prof eta su perou
Elias neste aspecto. Com veem ên ci a, Elias c o n d e n a v a a
a po st a s ia e a iniqüidade em Israel, e c o n c la m a v a o
pov o para que voltasse para Deus, o b s e r v a n d o as suas
leis (a a po st a s ia no tempo do AT atingiu o m áx im o nos
dias de Acabe).
O Ministério de Eliseu
(2Rs 1-9)
102
Questionário
■ A ssinale co m “ X ” as alternativas corretas
103
A Corrupção de Israel (2Rs 1-17)
Je r o b o ã o , o go v e rn a d o r do R ei no do Norte,
ch am ad o Israel, fez de Siqué m a capital, pareci a o
lugar na tu ra lm e n te indica do por ficar no c ent ro da
região. Er a cost um e, segun do a lei, o povo ir a
Je ru sa lé m re g u la rm e n te para ad or a r (Dt 12.11,14;
16.6,15-16; I S m 1.3-7). J er obo ão re cea va que as tribos
via ja sse m a Je ru sa lé m , a capital do Reino de Roboão, a
fim de lá a do ra re m a Deus. Por isso, fundiu dois
bezerros de ouro e os colocou em lugares c onve nie nt e s
- Betei (Gn 28 .11-1 9) , no sul, e Dã (Jz 18.29,30) no
ex tre mo norte do Reino, de modo que o povo não
tivesse de ir a Jer usa lém. Mais de vinte vezes ele é
de scrito co mo Jer ob oão , filho de Nebate, que fez pecar
a Israel.
Após 256 anos, o povo foi levad o cativo pelo
rei da A ssí ri a (2Rs 17). Mui tos dos profetas de Israel
tinham a dv er tid o o povo quan to ao cati veiro, mas eles
não q u is e r a m voltar-se da idolatria para Jeová.
Os assírios eram guerre iro s fortes e cruéis.
C on st r u ía m seu reino com a pilh a ge m de outras nações.
E s fo la v a m pe sso as vivas, c ort a vam - lh es as línguas,
a rr a n ca v a m -l h e s os olhos, d e s m e m b ra v a m -l h e s os
corpos, e depois, para infun dir terror, le van ta vam
montes de crân ios humanos. Por 300 anos a Assíria foi
um impé rio mundial.
Judá - O Cativeiro
O Rein o do Sul tentou co n q u is t ar o do Norte,
dura nte oit e nt a anos houve gue rra co ntín ua entre eles,
mas fr a c a s s a r a m no seu pro pósito, veio então um
períod o de oit e nt a anos de paz entre os dois reinos,
depois do c a s a m e n to do filho de J osa fá (Reino do Sul)
com a filha de A cab e (Reino do Norte).
104
Fi na lm en te houve um p e rí odo de c in q ü e n t a
anos, onde, se gue rre ava m, de tempos em tempos, até
ao cativeiro, No R ei no do Sul houve só uma d in a st ia
(Dav ídi ca) , de R ob oão a Ze de qu ia s . Os grande s
prof etas dessa é po ca foram Isaías, Natã, Jer emias, Joel,
e Sofonias.
Cerca de 136 anos depois de a Ass íria ter
le va do cativo o Reino do Norte, o Reino do Sul foi
levad o em c ati vei ro por N a b u c o d o n o s o r, rei da
Bab ilônia. J er us a lé m foi de struída, o templo q u e im a d o
e os príncipes levados presos.
O povo e s que c eu de Deus e recusou ou v ir a
ad v er tê n c ia dos profetas. Deus queria que seu povo
a p re n d e s se a lição de ob e d iê n c ia e de pe n d ê n c ia dEle.
E m IReis vemos d e s m o r o n a r -s e o Reino de Israel,
o r gul ho s o e arrogante, em 2Reis, pe ca ndo ainda mais -
Israel é levado em cativeiro. Em 2Reis 3.2 e n c o n tr a - se
o seg re do da qu ed a do povo ju de u: fez o que era mau
p e ra nte os olhos do Senhor.
As figuras atu ant es e inf luentes da q u el a
é p o c a foram os prof etas Elias e Eliseu. Elias era à
fo r ça de Israel. Jeza bel e Ac abe havia in tim id ad o o
povo, levand o- o à su bmissão. Elias, porém resistiu.
Leia IR ei s 17.1, onde ele diz: “Tão certo como vive o
Senhor, Deus de Israel, perante cuja f a c e estou"'.
Ficou firme co mo uma ro ch a dia nte das
f r aq ue za s de Israel. Elias foi o ca m pe ã o do altíssimo.
Ele trouxe Deus ao povo. Foi o pa st o r -e v an g e li s ta
daq uele s dias.
109
E ze qu ias , J osi as ta m b é m ord en ou uma am pla reforma
religiosa. O livro da lei foi acha do no templo e os
preceitos d iv in os de culto e adora çõe s foram
re s ta b e le ci d o s , en tre outras coisas foi cel e br a da a
Páscoa.
M o r r e - s e Josias, e ocu pa-se o trono de Judá
seu filho Jeo a c az . Após três meses, foi de posto pelo rei
do Egito e sub sti tu íd o por seu irmão Jeo iaquim.
Jeo a c az foi lev ado ao Egito onde morreu.
Q u a n d o a B ab il ôn ia su bjugou o Egito,
sub ju go u ta m b é m Judá.
O rei J e o ia q u im c on sp ir ou c ontra a Babi lônia
e ele p ró pr io be m com o a sua famíl ia e uns 10 mil
ju d e u s fo ram levado s em cativ eir o (entre os cativos
estava o pro fe ta Ezequiel), e J o a q u im seu filho, reinou
em seu lug ar por três meses e 10 dias tendo sido, então,
de po st o por N a b u c o d o n o s o r, e lev ado para Babilônia.
Ze de qu ia s seu tio foi posto no trono de Judá.
Q u a n d o tam bé m Z e de qu ia s quis revoltar-se
co ntra a B ab il ôn ia , ele teve o ap oio de falsos profetas
que a fi r m a v a m que J er usa lé m nunc a cairia. Em vão o
pro fe ta Je r e m ia s se levant ou c ontra esta atitude. Foi
por isso c o n s id e ra d o traido r da pá tria e la nçado em
prisão.
O resu ltado da rebe lião de Zede quias
re su lto u no cer co de Jer usalém. A ci dade caiu no ano
586 a.C. Ze d e q u ia s teve seus olhos vazados e foi
levado para a B ab il ôni a j u n t o co m gra nde parte da
popu laçã o. J e r u sa lé m foi d e st r uíd a e o templo
que imad o.
Começa uma nova et apa na história
d ra m á ti c a deste povo. E s ta va de fin iti va me nte
e nce rr a do o p e río do em que o povo foi go vernad o por
seus pr óp ri os reis.
110
A u to r : A tri buí do a Esdras.
D a ta : P r o v a v e lm e n te entre 425 e
400 a.C.
T e m a : E n c o r a ja m e n t o e e x o rt a çã o
1 e 2 C r ô n ic a s p ro v e n ie n te s da he ra nç a
esp ir itu a l de Judá.
P a l a v r a s - C h a v e : Rei, casa, profeta.
V e r s í c u l o - C h a v e : 2C r 7.14
O Autor
Data
Comentário
112
Reis é d esc rit a em um único v e rs íc ulo (2Rs 18.4),
ocup a três ca pí tu lo s em 2C rô nic as (29-31).
X Tudo que diz re s pe ito ao templo , ao culto, ao
sac erdócio, é a p re se n ta d o co m detalhes. A lg u é m
disse que e n q u a n to os livros de Reis re la ta m os
aco nte c im e nt os sob ponto de vista prof ético, os
livros de Crô nic as fa z e m - n o sob ponto de vista
sacerdotal.
Genealogias
( lC r 1 - 9)
114
X J osa fá (17-20);
X Uzias (26);
X E z eq uia s (29-32);
X Josias (34-35).
G ra nde s a v iv a m e n to s sob:
Asa « 2C rô nic as 15
Josias 2C rô nic as 35
115
Questionário
116
Lição 5
O Cativeiro - Esdras, Neemias e Ester
O Autor
O livro le va o nome do p e r s o n a g e m
principal, Esdr as , o qual pa rece ser tam bé m o seu au tor
(nos ca pí tu lo s 7-9 a red a çã o do texto é feita na
p rim eir a p e ss oa - eu).
Esdra s era sacerdot e, da casa de A rã o (Ed
7.1-5), esc rib a hábil na lei de M oisés (Ed 7.6),
p re pa rado para e n s in a r em Israel os estatu tos do Se n h o r
(Ed 7.10). A tr ib u i u -s e a Esdra s a o rg a n iz aç ã o do c â n o n
do A nti go T e s ta m en to .
De E sd ras se diz: “ Tinha disposto o coração
para buscar a lei do Senhor e para a cumprir, e para
ensinar em Israel os seus estatutos e os seus j u í z o s ”
(Ed 7.10).
Seu nom e quer dizer “ a j u d a ” . P e rt e n c e ao
grande t r i u n v i r a t o 1 dos tempos do A nti go Te s ta m e n to
(Moisés, Samu el e Esdras). Ele e sc re veu e tr ab al hou
para m an te r os re gis tro s intactos e c o n s e r v a r Israel, o
povo esc ol hid o de Deus, fiel à Sua mis são divina.
Somos de ve dor es a Esdras pela re n a sc e n ç a
literária e e cl e s iá s ti c a daqu ele s dias. Ele co la bor ou na
for mação do cânon das Escritura s para a qual fora
esc olh ido por Deus.
A tr ad iç ão apon ta- o com o p re s id e n te de um
c ons el ho de 120 ho m e ns que e st a b e le c e ra m o câno n do
Antigo T e s ta m en to . Além do d e st a c ad o m in is té ri o da
Pala vra que E sd ras exerceu, ele pro v a v e lm e n t e
escreveu partes de 1 e 2Crônic as, e o Sal mo 119, que é
um m a ra vi lh os o p o e m a sobre a Pa la vra de Deus.
Esdra s instituiu o culto da s ina gog a, que é
pr ec ur so r da nos sa form a de culto, e ass is tid o pela
Gra nde Sina goga , da qual era presi den te , e st a b e le c e u o
cânon das Es c rit ur a s do AT. Foi sob a d ir e ç ão de
Esdras que oc or re u o grande d e s p e rt a m e n to no estudo
da Bíblia.
Q ua nd o Esdras reto rno u a J er usa lé m,
en co nt ro u as coisas em pior situação do que esperava.
Ainda que o povo não tivesse voltado à idolatria, houve
c as a m en to s co m o povo da terra e p a s s a ra m a pra tic ar o
que os pagão s lhes e n si n a v a m (Ed 9.1-4). Os príncipes
e go ve rn a nt es e ra m os piores culp ado s. Esdras rasgou
as vestes e lit e ra lm e nte arra nc ou os cabelos,
de sgostoso. Lei a sua tocante oraç ão e c onfis sã o (Ed
9.5-15).
E n q u a n to Esdras orava e c h o ra v a perante
Deus, re uni u- se uma grande c o n g re g aç ão , o que tinha
a co nt e c id o? (Ed 10.1-44).
Data
119
Te m pl o este, c o n hec id o como templo de Zo ro bab e l,
nem de lon ge era c o m par áv e l ao g r a n d io s o te mp lo de
Salomão. M e s m o ass im foi de gra nde si gn ifi c a do para
os j u d e u s, após o exílio.
121
A Cruz é o Centro da Fé Cristã
122
Esdra s aparec e em pe sso a no capítulo 7 (458
a.C.). Mais de seten ta anos depois que os prim eir os
ju d e u s ti nha m reto rn a do a J er usa lé m, ele dirig iu a
se g u n d a e xp e d iç ã o da B ab il ôn ia para reforçar o grupo
de c o lo n iz a d o r e s da Palestina.
Esdras recebeu uma inc um bê nci a do rei
A rt a x e rx e s (Ed 7.11-28) que, sem o saber, estava
c o l a b o r a n d o na re al iza ção dos planos de Deus para o
seu povo.
Em Esdras 7.25 vemos como rei ficou
i m p r e s s i o n a d o com o amor de Esdras pela Pala vra de
Deus. Esse c on tin ge nte , sob a direção de Esdras
c o m p u n h a - s e de 1.700 ju d e u s e foi fina nc iad o por
A rt a x e rx e s (Ed 7.12-26).
Treze anos mais tarde, esse mesm o rei
au to ri z o u Ne emias a c o n st r u ir os muros de J er usa lé m
(Ne 2). Ciro, Dário e Art a xe rx es for am grandes amigos
dos ju d e u s .
Diz-nos a tr ad iç ão que Esdras foi o fu n d a d o r
da si na go ga , que surgiu nos dias do cativeiro. Visto
que o templo fora de str uíd o e o povo espalha do,
p r e c i s a v a m de um lugar para ad or a r a Deus. Cada
c o m u n i d a d e j u d a i c a tinha o seu lugar de culto e
ins trução.
Depois que os ju d e u s voltaram a sua pátria,
esses cent ro s sur gir am não só erfVsua terra, mas em
outr as terras por onde fo ram dispérsos.
A história do Antigo Te st am en to en cer ra-s e
a p r o x i m a d a m e n t e cem anos depois que os ju d e u s
v o lt a r a m do cativeiro. A le xan dr e, o Gra nde (336-325
a.C.), ro mp eu o d o m ín io persa, e o poder mundial
pa sso u da Pérsia para a Grécia. A história mostra que
A l e x a n d r e revelou c o n si d e ra ç ã o pelos jude us.
123
O Senhor Mantém Firme Suas Promessas
124
A R e c o n s tr u ç ã o
Autor: Neemias.
Data: C erca de 423 a.C.
Tema: L i d e ra n ç a oied osa . co oneracão .
N eem ias
op os iç ã o ao êxito.
Palavras-Chave: Sof rimento. oraçãn.
traba lho, o Livro, choro, alegria, culto.
Versículo-Chave: Ne 6.3
O Autor
A obra leva o nome de seu pe rs onag e m
prin ci pa l - N eemias. A red a çã o do livro sugere que o
pr ópri o Ne emia s seja o autor. Ori gi na lm e nt e , o livro de
N e e m ia s fo rm av a um único volum e, ju n ta m e n te com o
livro de Esdras. Ne emias era filho de Hacalias, irmão
de H an ani (Ne 1.1-2; 7.2), e tr a b a lh a v a na corte do rei
da Pérsia.
Data
Este livro rela ta o que acontec eu qua ndo
N e em ia s reto rno u a J er usa lé m no ano 445 a.C. (90 anos
após o re tor no sob a liderança de Zoro bab el). Neem ia s
vai c om a in c um bê nci a de re c o n st r u ir os muros da
cidade.
A Oração de Neemias
Ela en co nt ra -s e no c ap ít ulo 9 do seu livro.
O rar é o mais el evado pri vi lé gio do cristão. A oração
de N e e m ia s c o me ça onde a de Esdras termin a - em
c o m ple ta subm iss ão a D eu s (ana lis e Ne emias 9.1,2 e
Esdras 9.15; 10.1).
125
Deus havia p r om e tid o traz er de volta os
ju d e u s depois de 70 anos de cativeiro na B ab il ônia (Jr
25.11,12; 29.10). Lemos no prim eiro ve rsículo de
Esdras que foi para c um pr ir essa palav ra que o Senhor
de spertou o espírito de Ciro a fim de pro c la m a r a
restauração. Mas é pela oração que Deus de seja que a
sua vontade se cumpra.
A res ta ura ç ão era totalm en te im ereci da por
Israel, mas re al iza da pela mi se ric órd ia de Deus. Os
resultados da rest au ra ç ão do povo de Deus à sua terra
foram:
X R eco nst ru ção do templo, Deus abriu a port a da
co mu nh ão co m ele. Através dos seten ta anos de
sofrimento, for am prepa rados para re gr e ss a r e
con str uir e esperar até que ele, o verdad eiro
Servo, viesse.
X Deus re nov ou a p ro me ssa de um R ed e nto r que
havia de vir. Foi pro fetiz ad o que esse Re de nt or
estaria ligado à Palestina.
X Preparou -os para a plen itude dos tempos qua ndo
Cristo viria com o diz Paulo em Gá latas 4.4.
A Reconstrução de Jerusalém
Ne emias co nseg uiu sen si bi liz a r o rei
Artaxerxes para o p ro ble m a da ci dade Santa. J er usa lé m
co nti nu a va sem muros, e suas portas est av am
quei ma das a fogo, e isso co nst it uía um real perigo para
os que se arris c av a m a mora r ali. N e em ia s recebeu
auto riz açã o para re c on st r ui r os muros, e iniciou logo o
em pre en di m en to . Ele repartiu o trab al ho em setores,
m obi liz an do muita gente.
A re c ons tr uçã o dos muros encon trou
opos ição ferrenh a dos inimigos do povo de Deus.
Todavia, nem zo mb aria (Ne 4.2), nem ataques abertos
126
(Ne 4.8), ne m c o n sp ir aç õ e s (Ne 6.1-13), c o n s e g u ir a m
i m p e d ir a re al iza ção do projeto.
M etade dos trab a lh ad or es fu nc ion av a com o
vigias, en qua nto a out ra me ta de tr a b a lh av a d ir e ta m e nte
na edificaçã o. Com uma mão fa z ia m a obra e na outra
ti nha m as armas (Ne 4.17).
Em 52 dias os muros est av am erguidos.
Se gui u-s e, então, uma r e e di fi c aç ã o espiritual. Em 445
a.C. Ne emia s c on str uiu os muros de Jerusalém.
Reforma Religiosa
N ov a m en te en tra em ce na o sacerdote Esdras
e o po vo lê e ouve a te n t a m e n te a Lei do Senhor.
■S A lei do Se nh or foi lida para o povo;
S O povo c el eb rou um dia de je ju m , com co nfis são
de pecados e a do ra çã o ao Senhor;
S O povo renovou o pacto com o Senhor.
Como j á hav ia ac o n te c id o outras vezes na
h is tó ri a do povo de D eus, esta re n o v a ç ã o não foi muito
pro fu nda . Quan do Ne em ia s, pouco tempo depois,
r e to rn ou a J er us a lé m (Ne 13.6 ss.), e ncon tr ou um cl im a
de gr a nde in di fe re nç a espiritual.
S E le m e nt os e st ra nho s h a v ia m sido int ro duzi dos na
casa de Deus (Ne 13.1-5);
S As ne ce ssi da de s do te mp lo ha via m sido
n e glig e nc ia da s, pois o pov o não e ntre gav a ali seus
díz imos (Ne 13.10-11);
S O Sábado do Se n h o r e st a va sendo p ro fa na do (Ne
13.15-16);
S M ui to ju d e u s h a v ia m -s e ca s a do com m ul heres de
povos pagãos (Ne 13.23-24).
P r o v a v e lm e n te foi ne sta época que atuou o
p ro f e ta Malaq uia s c o n d e n a n d o todos estes pecados.
127
N e em ia s co m muito zelo con seg uiu fazer
com que diversos precei tos da lei de Deus volta sse m a
ser obser vad os .
130
Questionário
1. É in co erent e a fi rm a r que
a ) l_l Esdras era gove rn a dor , da casa de Davi
b ) |_| Esdras era e sc ri b a hábil na lei de M oisés
c ) I_I Esdras era sace rdo te , da casa de Arão
d ) |_I A tr ib u i u -s e a Esdras a o rg a n iz aç ã o do câno n
do An tigo T e s ta m en to
131
O D r a m á tic o L iv r a m e n t o
Autor: De sco nheci do.
Data: Pouco depois de 465 a.C.
Tema: T ra ba lh o em e q uip e que moldou
E ste r
uma nação.
Palavras-Chave: H u m il d a d e , temor de
Deus, inte rd e pen dê nc ia .
Versículo-Chave: Et 4.14
O Autor
O livro de Ester não m e n ci o n a q u e m é o seu
autor. M uitas hipóteses têm sido levantadas:
M a r d o q u e u , Esdras, N eemias, etc. Q ue m o redigiu
tinha livre trânsito no reino persa, e teve acesso a
d o c u m e n t o s do Império Pers a (Et 2.23; 6.1) e a editais
pú bli co s (Et 4.8; 9.20-32).
Data
134
Deus v in ha pro te g e n d o c u id a d o s a m e n t e ess a
nação, através dos séculos, com o prop ós ito de
a b en ç o a r o mu ndo todo po r meio dela. Ela não podia
de sa p a re c e r antes que tro uxes se o Sa lv a do r ao mun do,
por que isso não e st a va de acordo com os planos de
Deus; daí que Ele a c o n se rv ou , c onf orm e pro m e te ra a
Abraão.
Em que é po ca essa história foi escrit a e
que m a e sc re ve u são fatos de sc on he ci do s . Os
a co nte c im e nt os se pass am entre o capítulo 6 e 7 de
Esdras. C o m p a r a t iv a m e n te poucos, não mais de 50 .0 00
dos ju d e u s cativ os ha via m regre ssa do da B abi lôn ia em
c o n se q u ê n ci a do ed ito de Ciro. Mu itos na sc e ram na
B ab il ôni a e se h a v i a m es ta b e le c id o lá em a ti vid ad es
c ome rcia is ; não est av am , pois, intere ssa dos em
a tr a v es s ar o de se rto e c om eç a r tudo de novo na terra de
seus pais.
Se todos h o u v e s s e m voltado a Je ru sa lé m , o
livro de Ester não teria sido escrito, leva o nome de
uma órfã ju d i a que veio a torn ar-s e ra inh a da Pérsia.
Este livro e o de Rute são os únicos a ter por
título nome de uma mulher.
A lg u é m disse que todos os a co n te c im e n to s
deste livro gir am em torno de três fatos:
1) A festa do rei A s s u e r o ................................... Este r 1 e 2
2) A festa de E s t e r ................................................ Este r 7
3) A festa de P u r i m ...............................................Este r 9
135
pr e p a ra n d o hav ia qu a tro anos. O rei A ss ue ro desta
hist óri a era Xe rxes, o famo so m o n a rc a persa (485-465
a.C.).
O livro inicia com uma r e c e p ç ã o do rei aos
nobres e pr ín c ip e s do seu reino, no pa lác io de Susã. O
ba nque te era de pro porçõe s colossais. D ura ra m 180
dias (Et 1.4). Os home ns se b a n q u e t e a v a m nos
so berbos j a r d i n s do palácio e as m ul heres eram
ho s ped a da s pela for mo sa rainha Vasti em seus
apo sen tos partic ula res .
Susã era a re si dên ci a de in ve rno dos reis da
Pérsia. N e em ia s e ste ve neste palácio (Ne 1.1). Em 1852
o local foi ide ntif ic ad o por Lotfus, e em 1884 um
francês c h a m a d o D ie ulafay pro sse gui u nas esc avações.
Ele c o n s e g u iu d e sc obr ir os lugares m e n c i o n a d o s no
livro de E s te r - o pátio interior, o pá tio exterior, a
porta do rei e o j a r d i m do palácio.
Q u a n d o o rei e os príncipes e s ta v a m no meio
da sua orgia, o m onarca mandou c h a m a r Vasti para
exibir a sua beleza. Mas ne nhu m a mu lh e r pe rsa poderia
c ons e nt ir nisso; era uma afronta à sua c ondi çã o de
mulher. A e m b ri a g u e z tinha ult rajado as mais sagradas
normas da etiq ue ta oriental. O reces so do haré m iria
ser vio la do para o div e rti m e nt o do dis so lu t o rei e seus
jo vi a is c o m p a n h e ir o s , Vasti re cu sou -s e, isso fez do rei
motivo de escá rni o, para defender, depôs a ra inh a (Et
1 . 12 - 2 2 ).
137
pe rcorria os c o rr e d o re s e as apreciava. O pri m eir o
cap ítulo de sc re ve a cena nesse palácio. T old os de ricas
cores eram presos por colunas de má rm ore a postes de
prata, fa z en do so m b ra aos hóspedes que, r e c li n a d o s em
assentos de ouro e prata, b a n q u e te a v a m - s e com o
glutões e b e b ia m fart a m e nt e todos os dias (Et 1.5-8).
Hav ia uma grande sala de au di ên c ia s, onde
visitantes dos qu a tro cantos da terra p re s ta va m
ho m e na ge ns ao gra nde rei, marido de Ester.
Giga nte sc as c ol una s ainda estão de pé, em sua
gra ndeza, e fa la m da glória do pal áci o de outrora.
Assim, era o luga r para onde Ester foi le vad a como
rainha. Aqui, a br in do um parêntese, ap ar ec e a hist óri a
de M ar d o q u eu sal va ndo a vida do rei. Essa na rr a ti va é
de st a c ad a mais tarde (Et 2.21-23).
138
se de vaidade e sentiu-se p r o f u n d a m e n te humi lha do
q u a nd o al gué m não lhe prestou a h o m e n a g e m que o rei
ord e n a ra (Et 3.2).
Cheio de orgulho, não pôde su portar a
ind if ere nç a, mesmo do mais in si gnifi ca nte súdito. A
p e q u e n a falta de M ardoqu eu foi tra ns fo rm a da numa
ofe ns a capital. M ardo que u, sendo ju d e u , não podia
pre s ta r honras divinas a um homem!
Hamã ficou tão furi oso que res olv eu
p r o m o v e r um mass acr e de todos os ju d e u s do reino (Et
3.6). Para marc ar o dia em que os inimigos seriam
d e st r uíd os , lançou sorte, que rec aiu no dia 13 de
março, dez meses mais tarde (Et 3.7).
Ha mã procuro u prov ar ao rei que todos os
ju d e u s era súditos desleais. O fe re ce u pag ar ao rei um
s ubo rn o de dez mil talentos de prata, uma ve rd ad eir a
fo rt una (Et 3.9). O rei ass ino u um decreto,
d e te r m in a n d o que todos os home ns, mu lheres e
c ri a n ça s da raça ju d a i c a fossem mort os e seus bens
co nf is ca dos . Co m pa re isso com o que a co nte ceu
du ra n te o regime na zista de Hitler.
Os ju d e u s se pu se ra m a je ju a r, orar e
l a m e n ta r de it an do- se em pano de saco de cinza (Et 4.1-
3), a rainh a Ester viu aquilo e p e rg unt ou a M ardoqueu
o que era. Ele deu a ela uma cópia do decr eto do rei
que c o n ta v a a triste história. Dep ois acr escentou: E
q u e m sabe se para tal c o n ju nt ura co mo está foste
e le v a d a a rainha? (Et 4.14).
142
Livros H istóricos
Referências Bibliográficas
143
IB A D E P - Instituto Bíblico das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus do Estado do Paraná
Av. Brasil, S/N° - Cx.Postal 248 - Fone: (44) 3642-2581
Vila Eletrosul - 85980-000 - Guaíra - P R
E-m ail: ib a d e p @ ib a d e p .c o m - w w w .ibadep.com