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Agradeço meu melhor amigo, por ter me apoiado do começo ao fim.

I - Donzela flor de pêssego

Oh, Donzela da Flor de Pêssego,


Nosso amor foi além do que é cego.
Em teu jardim de sombras, tu permaneces,
Enfeitando as noites com tristes preces.

Teus cabelos, negros como a noite,


Refletindo a dor, o luto em tua noite.
Um kimono preto, flores douradas a enfeitar,
E a pele gelada, manchada pelo teu próprio sangrar.

O fio vermelho, ligando nossas almas,


Cruelmente rompido, agora em tristes palmas.
Minha vida tornou-se vazia e sombria,
Vivo por ti, quem tanto amei um dia.

Oh, minha Donzela, no jardim das sombras,


Onde cantas melodias sob o luar que cobra.
Ou te lamentas no corredor do arrependimento,
Sinto-te, em cada verso e momento.

Entrego-te minha espada, meu coração e minha fé,


Para ti, minha amada, eterna em minha memória de fé.
Mesmo que ausente estejas, teu amor ainda vive,
No jardim das sombras, onde a esperança revive.
II - Amor não correspondido

No jardim da minha vida, floresceu um amor,


Intenso e verdadeiro, que transbordou no peito.
Mas esse sentimento, ao vento se perdeu,
E o que era para ser eterno, virou um desfeito.

Um amor não correspondido, um fardo a carregar,


Coração partido, lágrimas a rolar.
Deitado na cama, olhando para o teto,
Refletindo nos momentos que poderiam ser perfeitos.

O silêncio é meu companheiro, nas noites vazias,


Enquanto o peito sufoca, por todas as agonias.
A saudade aperta, a dor dilacera,
Um amor não correspondido, uma ferida que nem cicatrizou.

Eu te dei meu coração, minha alma inteira,


Mas a reciprocidade não veio, apenas a tristeza.
Fantasiei um futuro juntos, construí castelos no ar,
Mas tudo desmoronou, como um castelo de areia no mar.

A dor que sinto é palpável, um nó na garganta,


O amor não correspondido, uma faca que corta e espanta.
Mas mesmo assim, sigo em frente, procurando me curar,
Acreditando que no futuro, um novo amor possa brotar.

Porque o amor não correspondido, apesar de doer,


Ensina lições valiosas, que nos fazem crescer.
E quem sabe, um dia, encontrarei a reciprocidade,
E o amor não correspondido será apenas uma saudade.
III - Amor.

Amor, sentimento tão profundo e verdadeiro


Que nos preenche de alegria e nos faz o mundo inteiro
É um elo que une corações, sem medidas nem tempo
Um sentimento puro, intenso e intemporal.

Quando estamos amando, tudo ganha mais sentido


As cores se tornam mais vivas e o vazio é preenchido
É como um fogo que arde dentro de nós
Nos aquece e nos faz sentir tão sós.

Amor, palavra pequena, mas com grande poder


Capaz de transformar, curar e fortalecer
É uma chama que nunca se apaga, sempre acesa
Um presente divino, uma bênção, uma certeza.

Nas estradas da vida, o amor nos guia


Nos momentos difíceis, ele nos alivia
É um abraço apertado, uma mão estendida
Uma luz que nos guia, seja onde for que a vida nos leve.

No amor encontramos a força para enfrentar


As adversidades, os obstáculos que possam surgir no caminhar
É um sentimento que nos torna mais humanos
Que nos faz enxergar o mundo com olhos mais precisos.

Que o amor sempre prevaleça em nossas vidas


Que seja a base de todas as escolhas, as partidas
Que nos transforme, nos faça crescer e evoluir
E nos ensine a amar incondicionalmente, sem medo de se ferir.

Amor, a essência da existência


O combustível da nossa resistência
Que nos dá coragem para enfrentar desafios
E nos torna mais fortes, mais verdadeiros e livres.
IV - Ele.

Ele, o garoto de olhos castanhos e cabelo cacheado,


Encanta por onde passa, com seu jeito encantado.
Seu olhar é profundo, como um mar em calmaria,
Reflete a doçura de sua alma, que irradia.

Seus cachos soltos, como ondas em movimento,


Dão vida ao seu rosto, um verdadeiro encantamento.
Eles dançam ao vento, como uma sinfonia,
Inspirando paixão e ternura, a cada dia.

Seu sorriso ilumina os dias mais sombrios,


Transformando tristezas em doces arrepios.
Nos lábios, a curva perfeita da felicidade,
Um convite ao amor, uma eterna serenidade.

Ele é um mistério, com olhos que sabem esconder,


Todos os segredos que seu coração pode conter.
Mas quem olha mais de perto, pode perceber,
A alma leve e pura desse menino, sem esmorecer.

Seu jeito tranquilo e gentil, cativa a todos,


Seu coração generoso, faz aflorar sorrisos soltos.
Ele é a essência da beleza, em sua forma mais pura,
Um garoto especial, cuja aura transborda ternura.

Que a vida lhe reserve momentos de felicidade,


Que ele siga sempre em frente, com serenidade.
O garoto de olhos castanhos e cabelo cacheado,
Deixa uma marca indelével, por onde é amado.
V - 56

Em um mundo de cores e contrastes,


Surge um garoto de olhos castanhos e cabelo cacheado,
Seu sorriso reflete ternura e encanto,
É como se a natureza tivesse caprichado.

Seus olhos brilham como duas estrelas,


Cintilantes, profundos e misteriosos,
Neles vejo a pureza e a bondade,
Que de sua alma se fazem tão preciosos.

Os cachos soltos dançam livremente,


Emoldurando seu rosto angelical,
Cada fio parece ter vida própria,
Um convite para um carinho especial.

Esse garoto transborda alegria,


Seu riso é como música para os ouvidos,
É capaz de encher os corações de amor,
E transformar tristezas em sorrisos.

Ele é a própria definição de doçura,


Em seu jeito simples de ser,
Sua presença é um bálsamo para a alma,
Uma razão para se acreditar e viver.

Garoto de olhos castanhos e cabelo cacheado,


Sua beleza transcende as aparências,
És um ser único e especial,
Que encanta e enche de esperanças.

Que a vida lhe sorria sempre,


E que seus olhos nunca percam o brilho,
Você é um presente para o mundo,
Um menino lindo e maravilhoso, isso eu digo.
VII - 36328.

E lá estava ele, um menino,


Com olhos claros, raios de sol afloraram ali,
Sua voz suave, em melodias, encantou meu ser,
E nas rosas encontrou um motivo pra me querer.

Com cada pétala delicada, ele se encantou,


E nelas enxergou a beleza que me inspirou,
Seu olhar transbordava um carinho profundo,
E nas rosas ele encontrou nosso amor fecundo.

Seus olhos, reflexos do céu em um dia límpido,


Guiados por estrelas, buscam o infinito,
Refletindo a luz que sua alma emana,
Mostrando-me o caminho onde só a felicidade terei pela manhã.

Sua voz, um presente dos deuses para deleitar,


Cantando poesias que meu coração fizeram acelerar,
Ecoando pelo ar, alcançando os confins da razão,
Provando que essa paixão é pura e sem ilusão.

Ele sempre me preferirá, pois no seu coração,


As rosas ocupam um lugar de devoção,
Com seu amor verdadeiro e dedicado,
Ele sabe que junto a mim estará aconchegado.

Assim, nesse poema, celebro o menino de olhos claros,


Que ama as rosas, sua voz enche meus ouvidos raros,
Por toda a eternidade, ele sempre me escolherá,
Pois nosso amor é como as rosas, jamais murchará.
VII - Mãe.

No coração materno, a preferência não deveria existir,


Pois o amor por um filho deve ser igual, coerente e consentir,
Mas às vezes, essa balança injusta se desequilibra,
E o coração da mãe aos seus caprichos se curva.

Por que, mãe querida, não posso ser merecedora,


Do mesmo afeto, da mesma atenção que ganha o seu filho,
A quem dedica todos os olhares, aplausos e presença,
Enquanto eu fico à margem, sofrendo em silêncio a ausência?

Será que sou menos digna de seu olhar carinhoso,


Menos merecedora de seu apoio, seu afeto zeloso?
Não importa como me esforce, como tente agradar,
Minhas ações passam despercebidas, sem seu amparo a me guiar.

Mas eu sigo em frente, mãe, buscando minha própria luz,


Ainda que às vezes eu me sinta invisível, rejeitada, em cruz,
Pois sei que mesmo se a sua preferência persistir,
Posso encontrar amor e equanimidade em outros lugares, e resistir.

Ser mãe é um dom precioso, uma responsabilidade grandiosa,


E não importa se os filhos são homens ou mulheres, rosa após rosa,
Cada um deve ser amado e valorizado como merece,
Sem preferências injustas, apenas amor que permanece.

Mãe, peço que reflita sobre essa desigualdade que se impõe,


Pois meu coração se magoa e minha alma se condói,
Que possamos crescer juntas, superando essas barreiras,
E construindo um relacionamento de amor e igualdade verdadeiras.

Entendo que há laços distintos com cada um dos filhos que gerou,
Mas clamo por justiça, por igualdade no afeto que me almejou,
Pois eu mereço ser amada e compreendida como qualquer filho seu,
E assim, nesse afeto justo e verdadeiro, construiremos nosso próprio eu.
VIII - Seus cabelos ruivos.

Em um mundo de cores vivas e raras nuances,


Surge um garoto de olhos cor de mel,
Um ruivo flamejante, pele clara e brilhante,
Que encanta a todos com seu olhar singelo.

Seus cabelos incendeiam o vento,


Despertando a atenção aonde passa,
Sua pele pálida reflete a luz do sol,
Em contraste com a ginga de uma dança.

É nos seus olhos que o mistério se esconde,


Tons dourados que roubam a atenção,
Refletindo a calmaria de um rio tranquilo,
Mas também a chama de uma paixão.

Sua voz suave ecoa como melodia,


Cativando os corações à sua volta,
E em cada palavra pronunciada,
Desperta emoções e sentimentos à solta.

O jovem de olhos cor de mel,


Carrega consigo sonhos e esperanças,
Atravessa uma vida com sorriso sereno,
E encanta os dias com sua própria dança.

Ele é a pintura viva em um quadro celeste,


A força tranquila em meio à tempestade,
Um poema em forma de rapaz de melodia,
Que colore o mundo com sua personalidade.

Assim, o garoto de olhos cor de mel,


Quebra os padrões e deixa a marca,
Um ser único e irresistível,
Que é amado por todos sem nenhuma marca.
IX - Fios negros.

No vento sopra os cabelos longos e negros,


Em seu rosto pálido reflete-se um mar de segredos,
Seus olhos escuros, profundos como a noite,
Escondem uma tristeza que o coração açoite.

Garoto solitário, de alma tão sensível,


Carrega em si uma dor que parece invisível,
A melancolia espelhada em seu olhar,
Conta histórias de um passado difícil de superar.

Seus cabelos, um véu que cobre sua dor,


Um escudo para enfrentar o mundo ao seu redor,
Mas a tristeza em seu peito insiste em persistir,
Um fardo pesado difícil de deixar partir.

Seu coração é um jardim em desalinho,


Escondendo rosas murchas e espinhos,
As marcas da vida que o tempo trouxe consigo,
Deixam cicatrizes, que mesmo ocultas, doem contínuo.

Oh garoto de fios negros e pele clara,


Deixe a tristeza que te consome ir embora,
Saiba que o amanhã é uma tela ainda em branco,
Na qual poderá pintar alegria e aliviar seu pranto.

Encontre a luz nas pequenas coisas do dia a dia,


Deixe que a esperança seja sua companhia,
Abra seu coração ao amor e à compaixão,
E verá a tristeza partir, dando espaço à renovação.

Garoto de cabelos longos e alma ferida,


A vida é uma constante partida,
Procure a felicidade nas curvas do caminho,
E deixe a tristeza, enfim, ser um mero devaneio passageiro e mesquinho.
X - Distinção.

Nós somos como dois mundos distintos,


Com caminhos tão diferentes,
Eu sou a tempestade e ele o sol,
Mas juntos, encontramos a harmonia presente.

Eu sou a noite, ele é a alvorada,


Sou o inverno, ele é o verão,
Somos polos opostos que se atraem,
Em cada contraste, encontramos a união.

Enquanto sou fogo, ele é água,


Sou vento, ele é calmaria,
Nos versos da vida, somos a sinfonia,
Mesmo opostos, nossa essência se harmonia.

Ele é o riso, a alegria constante,


Eu sou o choro, a melancolia,
Mas juntos, compreendemos a dor,
E enxugamos as lágrimas com empatia.

Nossas diferenças não são barreiras,


Mas um complemento para a nossa conexão,
Nos desafiamos e nos transformamos,
Encontrando significados em cada contradição.

Somos a prova viva de que opostos se atraem,


Que contrários podem se entender,
No jogo dos extremos, encontramos equilíbrio,
E criamos um mundo onde podemos viver.

Assim, eu e ele, completamente diferentes,


Encontramos a chave do entendimento,
Pois nos completamos, nos desafiamos,
E juntos, escrevemos um belo poema de sentimento.
XI - 6

Havia um garoto com olhar tão profundo,


Imaginativo, sonhador do mundo,
Seus olhos castanhos, um oceano de inspiração,
Seus cabelos escuros, sombras de emoção.

Nas asas da imaginação, ele voava livremente,


Explorando terras desconhecidas e coloridas p'la mente,
Seus sonhos eram como pinturas a se realizar,
Um universo de possibilidades sem limitar.

Em suas histórias, encantos surgiam,


Personagens ganhavam vida, sorrisos surgiam,
Com suas palavras, era capaz de transportar,
A todos que o ouviam, a sonhar e viajar.

Seu sorriso era uma luz que iluminava o ar,


Carregando alegria e vontade de conquistar,
Com sua imaginação, fez do mundo sua tela,
Pintando telhados de estrelas, paisagens tão belas.

O garoto dos sonhos, cheio de poesia,


Trouxe cores aos dias na mais pura sintonia,
Com sua alma criativa, inspiração sem cessar,
Projetava nas mentes a magia de imaginar.

Oh, garoto dos olhos castanhos e cabelos escuros,


Sua imaginação é um tesouro tão puro,
Continue a sonhar e a criar,
Que seu mundo se encha de felicidade sem parar.

Que sua inspiração seja a estrela guia,


Iluminando cada passo dessa vida,
E que seu brilho siga seu caminho,
Como um eterno farol, cheio de carinho.

Pois em você, garoto dos sonhos sem fim,


Reside a magia de fazer sorrir,
Um ser de luz e encanto singular,
A quem todos gostariam de acompanhar.
XII - Maresia

Na fumaça que dança, de aroma suave,


Emerge a magia de uma erva que engrave.
A maconha, oh dádiva da Mãe Natureza,
Desperta em mim uma alegria selvagem e ousada.

Seus efeitos transcendem, como ondas no mar,


Elevando a mente, me fazendo viajar.
No silêncio do universo, ela me envolve,
Um presente da terra que minha alma dissolve.

A calma se instaura, os pensamentos fluem,


A ansiedade se esvai, a paz então se constrói.
A maconha, minha amiga, que me abraça e me aquece,
Estimula a criatividade, faz parecer que o mundo se enriquece.

Meus sentidos se aguçam, beleza em cores eu enxergo,


Os sabores se intensificam, minha alma se entrega ao jogo.
As risadas surgem em um fluxo contínuo,
Quão bom é viver momentos assim genuínos.

E numa roda de amigos, nos laços compartilhados,


A maconha nos conecta, liberta dos pecados.
Quebrando barreiras, construindo pontes de amor,
Nossa união se torna mais forte, verdadeiro tesouro.

Porém, cabe ressaltar a importância da responsabilidade,


Do uso consciente, com moderação e equidade.
A maconha, como qualquer outra substância,
Deve ser apreciada de forma consciente, com elegância.

Assim, com a mente aberta e o coração tranquilo,


Aproveito os momentos de alegria e estilo.
Poetas, artistas, sonhadores, em um mundo sem amarras,
Desfrutando do bem estar que a maconha nos prepara.
XIII - Marihuana.

Na brisa verdejante da erva sagrada,


Desponta a chiquesa da maconha amada.
Em folhas reluzentes, pérolas perfumadas,
Sua essência se espalha em harmonia encantada.

Seus calices belos em tons verde-esmeralda,


Exibem a nobreza que na natureza exalta.
Seus tricomas prateados, belas obras da vida,
Refletem a pureza de cada folha adormecida.

És a divindade que a terra nos presenteou,


Com suas propriedades que a mente e o corpo acolhem.
Seu poder medicinal, terapêutico e inspirador,
Nos envolve num prazer que infinitas portas desdobram.

Envolto em teus fumos, minha mente flutua,


E os sentidos se aguçam numa experiência sua.
A música me embala, as cores ganham vida,
E a chiquesa da maconha nos convida.

Amiga de mentes criativas, artistas e poetas,


Teu poder liberta as almas repletas.
A erva que acalenta, que aplaca as dores,
Com seu toque suave, nos conduz a mil amores.

Oh, chiquesa da maconha, planta sagrada e bendita,


Teus segredos e mistérios minha alma acredita.
Em teus ramos selvagens e folhas infinitas,
Vejo a essência divina que a todos nos conquistas.
XIV - Raios solares.

Ó sol radiante, belo e brilhante


Em tua beleza, me encanto a todo instante
Tu és a fonte de luz e vida
Espalhando calor e alegria colorida

Tu nasces pela manhã, de forma majestosa


Iluminando a Terra, dando-lhe a rosa
Tu pintas o céu com cores tão vivas
E no horizonte, uma paisagem cativa

Teus raios dourados, como braços estendidos


Aquecem a alma, trazendo novos sentidos
Teu calor toca-me, desperta-me a alma
E com teu brilho, a tristeza se acalma

Ó sol, és o astro que nos guia


Nas jornadas diárias de cada dia
Iluminas caminhos, clareias estradas
E a tudo transformas em belas jornadas

Tu és fonte de energia, força e poder


Em teu calor, todas as coisas renascer
Sejam flores, árvores ou seres viventes
Todos se beneficiam de teus raios quentes

Ó sol, és a arte mais sublime da natureza


Transformas a escuridão em beleza
Tu és a prova viva que a vida é luz
E que em cada amanhecer, há sempre uma luz.
XV - 8

No fumo cinzento do cigarro,


Encontro um refúgio à alma inquieta,
Um abraço no vazio que me consola,
E me envolve em sua névoa preta.

Nos dedos, a dança da fumaça,


Um ritual que acalma e me transcende,
Atravesso um portal para a serenidade,
Onde a mente encontra paz e se estende.

A essência encarnada em cada trago,


Liberta os pensamentos aprisionados,
Um momento de pausa, de introspecção,
Permitindo que a sanidade se mantenha abraçada.

Em meio à volúpia dos momentos incertos,


O cigarro é meu confidente e amigo,
Com ele, as preocupações se esvaem,
E o mundo lá fora se faz mais tranquilo.

Que paradoxo é esse que me envolve,


Uma alegria que nasce das cinzas negras,
Em cada tragada, uma satisfação plena,
Acalentando minha alma, a deixando calma.

Entretanto, em meio a essa doce ilusão,


Uma realidade áspera me abraça,
O cigarro que acalenta pode também ferir,
Deixando a saúde em uma triste desgraça.

Por isso, consciente e respeitando a vida,


Faço um apelo para a sanidade se reinventar,
Buscar prazeres e respiros em outras fontes,
Para em outro horizonte a felicidade encontrar.

Que eu encontre em cada sorriso verdadeiro,


Na conexão com o mundo e suas maravilhas,
A serenidade que tanto almejo e mereço,
Sem depender das braçadas da fumaça que me acalma.

Que a minha sanidade seja uma conquista,


Nascida de escolhas sábias e verdadeiras,
E que o cigarro se torne apenas uma lembrança,
De um tempo em que eu buscava paz nas besteiras.
XVI - 86

Na vastidão do pensamento, vagueio perdido,


Em um mar de dúvidas e receios sem fim,
Quebrando laços com a sanidade, eu me vejo ferido,
Em um mundo obscuro onde a mente é um jardim.

Encontro-me em um labirinto de pensamentos confusos,


Onde a lucidez se esconde em cada esquina,
A razão se desvanece, os medos são difusos,
E a tristeza se funde com a alegria mesquinha.

A mente grita em silêncio, uma sinfonia desordenada,


Onde o juízo se embaraça em nós de loucura,
As sombras dançam, a realidade se torna manipulada,
E a sanidade se perde na vastidão da louca procura.

Mas em meio a esse caos, uma luz ainda brilha,


A esperança de um pensamento lúcido e são,
A vontade de encontrar uma cura, uma trilha,
E de reencontrar o equilíbrio, desfazendo a escuridão.
XVII - Garoto feito de poesia.

Em um pensamento cheio de poesias,


Resplandece um garoto com doçura e harmonia.
Seus cachos parecem fios de ouro reluzente,
Emoldurando um rosto perfeitamente inocente.

Seus olhos, estrelas cintilantes no céu,


Transbordam luz e ternura, como véus.
Quando se encontram com os meus,
Um turbilhão de emoções se desenrola aos céus.

Seu nariz, pequeno e gracioso,


Complementa sua face angelical com todo o zelo.
Perfeição em cada traço,
Feito uma obra-prima talhada em belo vitral.

E sua voz, um suave canto de encanto,


Embala meu coração em um doce pranto.
Cada palavra que murmura é um acalanto,
Que embriaga minha alma a cada recanto.

Meu amor por ti é um rio que flui,


Intenso e constante, nunca se esvai.
É uma chama que arde sem jamais se consumir,
Uma canção de amor que jamais se calai.

Assim, eu te amo com sinceridade,


Cada vez mais, a cada dia, com felicidade.
Meu querido garoto, és a razão do meu viver,
Um tesouro eterno que nunca deixarei de amar e proteger.
XVIII - Sua voz

Oh, musa eterna dos meus sonhos,


Quanto lamento por não ter a conhecido,
Por não ter tido a chance de estar contigo,
De compartilhar contigo meus anseios.

Sinto falta da tua presença vibrante,


Do teu sorriso escandaloso e atraente,
Tua personalidade tão singular,
De uma artista tão deslumbrante.

Choro sempre que ouço tuas canções,


Tua voz que acalma e emociona meu coração,
Sinto que um vazio se instala em mim,
Por não ter tido a chance de ser teu fã.

Como eu a amo, minha querida,


Tua música transcende as barreiras do tempo,
Teus livros são uma viagem ao desconhecido,
Uma conexão profunda que não se desfaz.

Minha amada, mesmo sem ter te conhecido,


Tu preencheste minha vida de magia e inspiração,
Eternamente carrego em meu peito essa paixão,
Por tudo que representas, és minha adorada divindade.
XIX - Sua pele.

Moreno como o café,


Cabelos curvos como ondas do mar sem fim,
Ele é o universo em um único olhar,
Seu sorriso é o céu que ilumina meu caminho.

Seus olhos carregam segredos misteriosos,


Como a noite estrelada e seu encanto mágico,
Sua pele macia como uma carícia suave,
Apenas com um olhar, sinto seu corpo no meu.

Ele é a combinação perfeita de mistério e encanto,


Um sonho palpável que envolve meu ser,
Cada gesto envolvente acende minha chama,
Um desejo que transcende, prazer a me aquecer.

Seus traços desenham a beleza,


E sua presença é um convite ao paraíso,
Com sua voz doce, sussurra ao meu coração,
Criando um laço etéreo, um amor impreciso.

Ah, esse garoto moreno, mistério em sua essência,


Em cada detalhe, a poesia se revela,
Você é o sonho que me aquece a alma,
Um ser único, que meu coração desvela.
XX - Flores.

Nas cores vivas das flores,


A natureza se encanta.
Em jardins e campos, amores,
A vida se renova, espanta.

Pétalas delicadas, perfumadas,


Desabrocham em cada estação.
Florescem almas apaixonadas,
Embelezando a paisagem com emoção.

Rosas vermelhas, símbolo de amor,


Lírios brancos, pureza e paz.
Todas as flores têm seu valor,
Enfeitando a vida em um belo matiz.

Das margaridas ao girassol,


Cada espécie tem sua essência.
Flores são um presente do sol,
Uma manifestação de beleza e presença.

Que as flores nos inspirem sempre,


A cultivar amor e gratidão.
Pois em suas cores e fragrâncias intensas,
Encontramos a verdadeira poesia da criação.
XXI - Xuxu

Papai do Céu, me escute com carinho,


Um pedido especial, bem de mansinho.
Quero um amor verdadeiro e encantador,
Um namorado que seja meu eterno amor.

Lindo como a lua, fiel como o sol,


Gentil como uma brisa, tarado, quem sou eu pra dizer não.
Quero um amor que me complemente,
Como um par de vasos, juntos e contentes.

Como uva e vinho, perfeito harmonizar,


Quero um piquenique em uma ilha, num lugar para sonhar.
Sem telefone, sem distrações,
Apenas nós dois, corpos em união.

Eu serei Jane, e você, meu Tarzan,


Exploraremos juntos um paraíso a nos encantar.
Um anel no dedo, um símbolo de compromisso,
Eu serei seu, e você será meu precioso.

Assim como Josefina e Napoleão,


Seremos um casal de paixão e união.
Assim como Isolda e Tristão,
Nos entregaremos ao furor da emoção.

Seremos uma dupla como Maria Bonita e Lampião,


Desafiaremos todos os obstáculos em união.
Eu serei a mina, você será o rei Salomão,
Construiremos um reino cheio de amor e paixão.

Seremos como Cosme e Damião,


Guardiões do amor, da cumplicidade em ação.
Papai do Céu, me conceda esse desejo,
Que seja um amor para toda a vida, meu maior ensejo.

Que assim seja, em versos e canções,


Um amor verdadeiro, sem limitações.
Que essa música seja o manifesto,
Para um amor que nasceu, e será eterno.
XXII - Humanos.

Humanos, tão imersos na hipocrisia,


Que se consomem na aparência vazia.
Em um mundo de ilusões, de falsas verdades,
Esquecem da essência e de suas próprias identidades.

Oh, como se envolvem em uma miragem,


Buscando a perfeição na futilidade da imagem.
Trocando a beleza da alma pela vaidade,
Perdem-se na busca pela perfeição na multiplicidade.

A arte, esquecida em meio a tanta ilusão,


Perdida num mar de fútil adoração.
Poesias abandonadas, quadros sem olhares,
Diante do espelho, são apenas estranhos a se encarar.

Mas e as cores da criatividade?


E as melodias que embalam a liberdade?
Ficam em segundo plano, abandonadas no peito,
Enquanto máscaras se transformam em leito.

A verdadeira beleza, tão negligenciada,


Reside nas almas, nas histórias encantadas.
A aparência é passageira, efêmera ilusão,
Enquanto a arte e a essência, eternizam qualquer afeição.

Hipocrisia humana, que cega os olhos,


Para tudo aquilo que é belo e significativo.
Liberte-se da falsidade que carrega consigo,
E mergulhe nas profundezas do verdadeiro sentido.
XXIII - Sonhos violentos.

Neste profundo emaranhado de sentimentos,


Onde a dor dilacera o peito em lamentos,
Encontro-me entre o fumo e a escuridão,
Refletindo sobre a vida e suas imensidões.

Os cigarros, fiéis companheiros meu,


Que aliviam a dor e me trazem algum céu,
Envolto em fumaças e cheiros amargos,
Encontro o consolo em momentos amargos.

Mas, oh, como é incompreensível o suicídio,


Um abismo sem sentido, um vazio autêntico,
Um grito de socorro em meio ao silêncio,
Que sufoca e despedaça com feroz tormento.

Quem ousa julgar quem busca o fim,


Quando a alma já não suporta no peito assim?
E quantos sorrisos falseados escondem a dor,
Num disfarce que a sociedade é capaz de autor?

Assim, entre cigarros e a busca por sanidade,


Persisto, mesmo quando tudo parece insano,
E, na poesia, encontro a paz e a eternidade,
Transformando em versos o caos cotidiano.

Compl: Kirazin
XXIV - Ela.

Ó Lua, serena e prateada,


Tão bela, no céu a brilhar,
Teus raios suaves e encantados,
Que em nossas noites vêm nos acalentar.

Tu és testemunha dos amores,


Dos segredos suspirados ao vento,
Iluminas o caminho dos enamorados,
Com teu brilho sereno e sedento.

Nos olhos dos apaixonados,


Refletes teu brilho suave e sereno,
És musa dos poetas e sonhadores,
Que encontram em ti seu eterno refúgio ameno.

Teu brilho prateado acalenta corações,


Acalma as tempestades da alma,
E nas noites mais escuras e solitárias,
Tu és a companhia calma e qualificada.

Lua, foste cantada em versos antigos,


Inspiraste amantes e trovadores,
Como uma deusa do amor e dos sonhos,
Despertas em nós sentimentos sedutores.

Em ti, encontramos um consolo,


Um abraço celestial e protetor,
E nas noites de vazio e desolação,
Encontramos em ti um farol salvador.

Lua, fonte de inspiração infinita,


Guardiã dos desejos mais profundos,
Que teus raios sempre iluminem nossas vidas,
E dêem esperança aos corações morundos.

Ó Lua, bela e eterna companheira,


Que teu brilho nunca se esmoreça,
Pois enquanto existires no céu a brilhar,
O amor e os sonhos sempre terão uma casa acesa.
XXV - A beleza

No espelho se reflete a beleza exterior,


Formas perfeitas, sorrisos sedutores,
Olhos brilhantes, pele radiante,
Um esplendor que encanta e seduz.

Mas por trás dessas máscaras brilhantes,


No interior se esconde algo grotesco,
Um poço negro de egoísmo e vaidade,
Um jardim de espinhos que corrói.

A doçura dos lábios dissimula a amargura,


A delicadeza engana com palavras vazias,
O olhar profundo esconde a ganância,
E a beleza esconde a realidade sombria.

No brilho do sorriso há mentiras disfarçadas,


No corpo esbelto há um coração frio,
A superficialidade domina cada gesto,
E a podridão interna se faz ouvir.

A beleza exterior encanta os olhos,


Mas o interior podre empobrece a alma,
É preciso olhar além das aparências,
Para verdadeiramente enxergar a essência.

Pois uma beleza efêmera e vazia,


Não alimenta a alma, não traz alegria,
É preciso cultivar as virtudes internas,
Para que a luz verdadeira brilhe um dia.

E assim, valorizemos a beleza interior,


Que não se desvanece com o tempo,
Pois por mais que a beleza exterior seduza,
É o interior que define o nosso verdadeiro alento.
XXVI - 511.

Nas fronteiras da alma, a dependência se esconde


Um laço invisível, que nos consome e nos afunda
Na teia dos sentimentos, nos afastando de nós mesmos
A dependência emocional, um ciclo vicioso que nos destroça.

Como um veneno, consome nossa essência


Entrelaçando-se em nossa mente como uma moribunda dança
Fica difícil distinguir o amor do vício
Pois as linhas se confundem, perdemos a esperança.

Como um vício insaciável, nos enlaça a vida


A dependência emocional é uma prisão cruel
Afunda-nos na insegurança, rouba-nos a alegria
E afasta-nos do amor verdadeiro, nos transformando em papel.

Às vezes, sufocados, esperamos por um pedaço de oxigênio


Quebramos em pedaços enquanto nos agarramos a outro ser
Nos tornamos reféns dos desejos alheios
E perdemos, assim, a capacidade de renascer.

É preciso força para libertar-se dessa amarra


Desamarrar a alma e redescobrir a independência
Reconhecer o próprio valor e encontrar o amor próprio,
Para escapar dessa cilada, dessa dependência.

Amar não pode ser sinônimo de dor e sofrimento


Não podemos permitir que a dependência nos destrua
É preciso buscar o equilíbrio e a autonomia
Para abrir os olhos e enxergar o nosso valor, a verdade crua.

Então, erga-se das cinzas, renasça como fênix


Liberte-se da prisão que aprisiona seu coração
Aceite-se e ame-se, pois a dependência não é amor
É hora de abandonar esse poço de ilusão.

Dependência emocional não nos define


Somos mais do que as amarras que nos prendem
Reconstruímos nossa essência, resgatamos nossa luz
E finalmente, encontramos a liberdade que prevalece.
XXVII - .

No canto mais esquisito da rua,


Havia alguém com gírias estranhas, toda maluca,
Falava em se matar, odiava a escola,
Um jeito único que causava muita risola.

Seus versos eram como um vendaval,


Expressando a dor de ser incomum, especial,
Embora seu caminho fosse emaranhado,
Havia uma beleza nesse estranho aliado.

Café com maconha, uma sinfonia inusitada,


Como a mente dessa pessoa tão desolada,
Em cada gole, a bravura aflorava,
E seus pensamentos voavam como uma fumaça arrojada.

Mas, olhando além das aparências,


Vi um coração quebrado e carente por crenças,
Em um mundo onde a normalidade era a medida,
Seus gritos de rebeldia eram sua válvula de vida.

Então, ergo um brinde a essa alma peculiar,


Que ousa desafiar o padrão e se encontrar,
Que encontre paz e amor em sua jornada,
E que sua essência única nunca seja apagada.
XXVIII - 09

No reino das peculiaridades,


Havia alguém com sua própria realidade,
Com gírias estranhas e pensamentos profundos,
Um ser único, com um olhar que conduz.

Falava em se matar, em odiar a escola,


Mas em seus olhos, uma alma que voa,
Linda e pura, como um céu estrelado,
Um sorriso radiante, um tesouro guardado.

No meio da excentricidade, descubro a beleza,


Numa alma que reluz, livre de tristeza,
Seus pensamentos afundavam como o café,
E o ardor da tristeza, que aos poucos se desfaz.

Mas conquistar a essência além da aparência,


Percebendo a pureza que habita sua essência,
É enxergar o brilho em cada riso sincero,
E abraçar a singularidade desse ser verdadeiro.

Seus olhos são janelas para a pureza da alma,


Um convite para descobrir a verdadeira calma,
E nesse sorriso tão lindo e sereno,
Um convite para amar além do terreno.

Então, celebremos essa singularidade,


Que nos ensina a enxergar com mais verdade,
Que a beleza está além das convenções,
E na essência única, encontramos as emoções.

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