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Fisiologia do exercício

- Bioenergética

- Sistema muscular no exercício

- Sistema vascular/cardíaco/pulmonar

- Pressão arterial média = 2x a diástole + sístole / 3 – acima de 12 em uma pessoa idosa fudeu
não pode pegar peso e sim um cárdio

 A obtenção de energia é primordial para as atividades metabólicas em repouso ou em


atividade, e se dará em tempos e de maneiras diferentes, utilizando de fontes
específicas para corresponder as necessidades; sendo assim cada atividade terá um
dispêndio compreendido conforme seu esforço e também sua reparação será
conforme as implicações das atividades.

BIOENERGÉTICA

 A energia é a capacidade de produzir trabalho


 Aumento de carboidratos, açucares... acumula energia
 O trabalho é a aplicação de uma forma através de uma distância
 Energia e trabalho são inseparáveis
 Contração muscular só acontece pq temos energia

6 Formas de energia:

1. Química
2. Mecânica
3. Térmica
4. Luminosa
5. Elétrica
6. Nuclear
 Cada uma delas pode ser transformada de uma forma para outra
 A energia mecânica manifesta no movimento humano

Ciclo energético biológico

 Toda energia provém do sol -> energia nuclear -> energia química -> fotossíntese ->
alimentação = energia
 O alimento na presença de O2, é transformado em CO2 e H2O, com liberação de
energia química através da respiração

Necessidade de energia

 Síntese de material celular novo, que reponha o que foi degradado


 O transporte de substâncias contra gradientes de concentração
 Manutenção de temperatura corporal
 Realização do trabalho mecânico, principalmente para os músculos

Utilização energética – sistema músculo esquelético

ATP + ADP +P = ENERGIA -> CONTRAÇÃO MUSCULAR = trabalho muscular é 25% e o calor que
gera é de 75%
QUILOCALORIA (KCAL)

- É a quantidade de energia térmica necessária para elevar 1C a temperatura de 1 quilograma


de H2O

- Cal = 1C de elevação de temperatura a 1 grama de H2O

Adenosina Trifosfato (ATP)

 A energia liberada durante a desintegração do alimento, não é utilizada diretamente


para realizar o trabalho, ele produz um composto denominado ATP, que é armazenado
nas células musculares.
 A célula só consegue realizar seu trabalho, a partir da energia liberada pela
desintegração do ATP.
 Estrutura do ATP = adenosina + 3 moléculas de fosfato
 Quando é eliminado 1 mol destas ligações são liberados 7 a 12 quilocalorias de
energia, criando fonte de energia imediata para a célula.
 Após uma reação hidrólise, haverá a apresentação da fosfocreatina (PC), que também
fornecerá energia a célula.
 A energia liberada pela desintegração das substâncias alimentares e a energia liberada
quando a PC é desfeita são utilizadas para refazer a ATP, acionando a próxima obtenção
de energia.
 Os músculos têm uma reserva limitada, que são utilizadas perante a necessidade e se
regeneram constantemente, e tem 3 processos:
1- Sistema ATP-PC: provém da fosfocreatina (anaeróbica)
2- Sistema Glicólise Anaeróbica: proporciona ATP a partir da degradação da glicose sem
presença do oxigênio e gerando o ácido lático. ( O lactato que gera a dor muscular)
3- Sistema Aeróbico: envolve o uso do oxigênio, com a utilização da oxidação dos
carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos.

Fontes de ATP

 A Fosfocreatina (CP) e o ATP armazenados nos músculos – CREATINA reposição


energética
 O ATP gerado por fosfolorização nas mitocôndrias (respiração)
 A fosfolorização do substrato durante glicólise

Sistema ATP – PC

 Quando existe motivação metabólica o fosfato é removido (sistema fosfogênios ), é


liberada grande quantidade de energia, ocasionando como resultado a creatinina ( PC )
e fosfato inorgânico ( PI ), e será acoplada com a ressíntese de ATP, formando nova
forma de energia.
 PC -> PI + Energia -> ADP +PI -> ATP
 A desintegração do ATP, é resultado também das ações de enzimas que catalizam
(aceleram) a obtenção de energia.
 Quando é desintegrado um mol de ATP, são liberados de 7 e 12 Kcal de energia
utilizável.
 Não é de grande quantidade a forma de obtenção desta energia, que se utilizada na
sua totalidade daria para ter 15 seg. de energia
 Este sistema serve para a explosão muscular, e tem como razões:
 Tanto o ATP, quanto PC são armazenados diretamente dentro do mecanismo contrátil
do músculo
 Não depende de uma longa série de reações químicas
 Não depende do transporte do oxigênio que respiramos para os músculos ativos.
 Tempo de Recuperação do Sistema ATP-PC
 Grande parte da reserva de ATP depletada no músculo durante o exercício é
restabelecida em poucos minutos após o exercício. Para que isso ocorra, é necessário
que nesse processo haja oxigênio disponível na circulação sanguínea.
30 seg. --- 70%
1 min. --- 80%
2 a 3 min. --- 90%
5 a 10 min. --- 100%

SISTEMA DA GLICÓLISE ANAERÓBICA

 Envolve uma desintegração incompleta do carboidrato(glicose), transformando em


ácido lático.
 A glicose poderá ser utilizada imediatamente, ou armazenada no fígado como
glicogênio (numerosas moléculas de glicose unidas).
 Requer 12 reações químicas separadas e sequenciais
 Ocorrem no citosol (revestimento da célula)
 Sem necessidade de O2
 A glicólise anaeróbia envolve a desintegração incompleta de uma das substâncias
alimentares, o carboidrato, em ácido lático.
 Pode ser utilizado dessa forma ou armazenado no fígado e nos músculos, como
glicogênio.
 A glicólise anaeróbia é mais complexa do que o sistema do fosfagênio (12 reações).
 A partir de 1mol, ou 180g de glicogênio, apenas 3 moles de ATP podem ser
ressintetizados.
 O acúmulo mais rápido e os níveis mais altos de ácido lático são alcançados durante
um exercício que pode ser sustentado por 60 a 180 segundos.

Fontes Aeróbias de ATP

 Mecanismo Aeróbio
 Sistema Oxidativo

Metabolismo Aeróbico

 Maior fonte de energia, de ATP


 Quando um grupo acetil (molécula com 2 carbonos), realiza a ligação com ciclo de
Krebs
 Com a presença de O2, a síntese é em forma de que 1 mol de glicogênio é
transformado em dióxido de carbono e associado a H2O, liberando energia suficiente
para a ressíntese de ATP
 Requer reações enzimáticas e grande participação dos mitocôndrias
 As mitocôndrias sintetizam o O2 e o CO2, pelo seu sistema de cristas e membranas
 consiste no término da oxidação dos carboidratos
 envolve a oxidação dos ácidos graxos.
 Ambas as partes do sistema do oxigênio possuem o Ciclo de Krebs como sua via final
de oxidação.
 A energia liberada pela desintegração das substâncias alimentares e quando a CP é
desfeita, são utilizadas para refazer novamente a molécula de ATP.

Fontes Aeróbias de ATP - Metabolismo Aeróbio

 Na presença de oxigênio, 1 mol de glicogênio é transformado completamente em


dióxido de carbono (CO2) e água (H2O), liberando energia suficiente para a ressíntese
de 39 moles de ATP. As reações do sistema do oxigênio ocorrem dentro da célula
muscular, ficam confinadas em compartimentos subcelulares especializados,
denominados mitocôndrias. O músculo esquelético está repleto de mitocôndrias.
 As muitas reações do sistema aeróbio podem ser divididas em três séries principais:
 (1) glicólise aeróbia;
 (2) Ciclo de Krebs;
 (3) sistema de transporte dos elétrons.

Sistema Aeróbio e metabolismo das gorduras

 A gordura armazenada representa a mais abundante fonte corporal de energia


potencial. A produção de energia é quase ilimitada. Representa cerca de 90.000 a
110.000 kcal de energia. A reserva de energia na forma de carboidratos é inferior a
2.000 kcal.
Papel da proteína no metabolismo aeróbio

 Papel apenas secundário durante o repouso e, na maioria das condições de


exercício, quase não desempenha qualquer papel. Na inanição, nas condições com
privação de carboidratos e nas façanhas de resistência incomum (corrida de 6 dias),
o catabolismo das proteínas pode ser significativo.

Componentes do consumo do oxigênio

 Imediatamente após um exercício exaustivo, o consumo de oxigênio diminui


rapidamente. Este momento é denominado de Fase de recuperação rápida do
oxigênio. Após essa momento, ocorre a fase de recuperação lenta do oxigênio.

Restauração das reservas de O2

 O oxigênio é armazenado na mioglobina e está facilita a “difusão do oxigênio no


sangue para as mitocôndrias”.
 Durante a fase de recuperação rápida, as reservas de oxigênio-mioglobina são
refeitas através do oxigênio consumido imediatamente após o exercício.

Correlação entre os Sistemas

 a duração do exercício é inversamente proporcional à sua intensidade “


 Em repouso, o organismo só necessita produzir energia para atender às exigências
do metabolismo basal.
 Ao se iniciar uma atividade física, aumenta-se o consumo energético e podem
ocorrer 3 situações:
 O esforço é extenuante (> 100% VO2 máx) - a demanda energética só poderá
ser atendida pelo sistema anaeróbio alático; - quando as reservas de CP se
depletarem, a atividade não poderá mais ser realizada.
 O esforço é intenso (entre 85 a 100% VO2 máx) - a quantidade de energia
necessária à consecução do exercício pode ser fornecida pelo sistema
anaeróbio lático; - este ressintetize a ATP indispensável ao esforço; - a
intoxicação do meio pelo ácido lático impedirá a continuação da atividade
além de aproximadamente 1h ½ .
 O esforço é moderado (< 85% VO2 máx) - apesar da demanda extra inicial de
energia ser atendida pelo sistema anaeróbio, o aumento do aporte de
oxigênio às células musculares, após algum tempo permite que o sistema
aeróbio ressintetize o ATP necessário

REPOUSO X EXERCÍCIO

 Dependem de 3 características:
 Tipos de nutrientes metabolizados
 Papéis desempenhados pelos sistemas
 Presença e acúmulo de ácido lático

REPOUSO

 Utilização das substâncias alimentares como a gordura e os carboidratos.


 O ATP necessário advém de forma aeróbia.
 O sistema circulatório (transporte de O2), é capaz de suprir todas as necessidades de
oxigênio e o ATP suficiente para as atividades metabólicas em repouso
 Permanece uma quantidade pequena e constante de ácido lático (10 mg para cada
100 ml de sangue) por função da desidrogenase lática (LDH),que sintetiza e catalisa a
reação do ácido pirúvico, transformando em lactato

EXERCÍCIO

 Utilização das fontes aeróbias e anaeróbias, dependendo de alguns fatores como:


a) intensidade
b) treinamento
c) dieta

TIPOS DE EXERCÍCIO/INTENSIDADE

 Exercícios de Curto Período e Esforço Máximo e Submáximo: atividades 100, 200,


400, 800 metros
 Principal combustível é o carboidrato,
 Sistema energético anaeróbico predomina
 Recuperação rápida
 níveis de fosfocreatina cairão e continuarão baixos até o fim do exercício
 O nível de ácido lático é geralmente alto pelo sistema energético que utiliza, porém
poderá também ser baixo,

Relação ATP com Sistema Aeróbico e Exercício

 Cada um possui um teto de potência aeróbica a qual consome percentuais de O2,


 São necessários de 2 a 3 min., para o consumo de O2 alcançar um nível mais novo e
alto, então o organismo utiliza por este período outro sistema que é o anaeróbico;
este período é conhecido como déficit de oxigênio -> formação de grande quantidade
de ácido lático = 3 a 10 minutos, função

Exercícios de Longo Período e Esforço Submáximo - acima de 10 minutos

 Nutrientes são os carboidratos e as gorduras


 Níveis de ácido lático são medianos no máximo, se mantendo em níveis estáveis
e menores até o fim de exercício
 Feito pelo sistema aeróbio, e somente no período inicial é solicitado o sistema
anaeróbio, e quando necessita de um novo nível de consumo de estado de O2,
 Recuperação dependerá dos níveis de lactato e da intensidade empregada pela
modalidade, podendo ser de até 6 horas.

RECUPERAÇÃO

 É o período de recuperação pós-exercício caracteriza-se por uma transição da fase


catabólica (fracionamento) aguda para uma fase anabólica (reconstrução)
 Compreende as fases:
1- consumo excessivo de oxigênio
2- reabastecimento dos níveis de energia
3- restauração das reservas de oxigênio
4- efeitos físicos das atividades
5- recuperação
 OXIGÊNIO DE RECUPERAÇÃO : é o consumo de oxigênio durante o processo de
recuperação, que inicialmente logo após a atividade continua alto e vai decaindo nos
3 primeiros minutos - Sendo assim determina-se como período rápido o primeiro
momento, que é de grande consumação de O2,e o momento seguinte denominado
como período lento também com grande consumação de O2, e relacionado com
grande apresentação de ácido lático.

 RESTAURAÇÃO ATP – PC: o sangue tem papel preponderante, como condutor de


oxigênio que se une quimicamente a mioglobina e no reabastecimento destes
elementos sendo repostos todos os níveis em até 6 minutos.

 RESTAURAÇÃO FOSFOGÊNIOS: através do fracionamento de carboidratos e gorduras,


e com participação do O2, sendo 70 % reabastecidos em 30 segundos.

 RESSÍNTESE DO GLICOGÊNIO MUSCULAR: pode levar até 5 dias e depende do tipo de


exercício e da quantidade carboidratos consumidos na recuperação e dependem
também do tipo de fibras I e II.

 RECUPERAÇÃO DE LACTATO: durante a atividade as formações deste subproduto do


ácido lático levarão a obtenção de energia também, porém boa parte será removida
através do repouso ou de uma atividade leve. Poderá levar em repouso até 4 horas.

 RECUPERAÇÃO DE OXIGÊNIO: as reservas corporais são pequenas, sendo usadas nos


períodos de atividades e restauradas nos períodos de repouso. Ele é armazenado
através das mioglobinas que ajuda a difundi-lo para as mitocôndrias. Seu tempo é de
segundos.

Metabolismo energético - processos tempo de recuperação

 Recuperação das reservas de O2 do organismo 10 a 15 seg.


 Recuperação das reservas anaeróbio nos músculos 02 a 05 min.
 Eliminação do ácido lático 30 a 90 min.
 Ressíntese das reservas intra-musculares de glicogênio 12 a 48 horas
 Recuperação das reservas de glicogênio no fígado 12 a 48 horas

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