Você está na página 1de 30

N.

o 96 — 24-4-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2183

posto no presente diploma e no regulamento a que se Artigo 56.o


refere o n.o 5 do artigo 1.o
Regiões Autónomas
2 — Nos casos previstos no número anterior, a câmara
municipal, se for caso disso, deve consultar o governo O regime previsto no presente diploma é aplicável
civil do distrito em que o estabelecimento se localiza, às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, sem
nos termos do artigo 70.o, no prazo de oito dias contado prejuízo das adaptações decorrentes da estrutura pró-
da data da entrada em vigor do presente diploma, sus- pria da administração regional autónoma e de espe-
pendendo-se o prazo fixado para a decisão camarária cificidades regionais a introduzir por diploma regional
até à recepção daquele parecer ou, na falta de parecer, adequado.
até ao termo do prazo para a sua emissão.
Artigo 57.o

Artigo 53.o Entrada em vigor

Processos pendentes respeitantes à autorização de abertura O presente diploma entra em vigor no dia 1 de Julho
de novos estabelecimentos de 1997.
1 — Aos processos pendentes à data da entrada em
vigor do presente diploma, respeitantes à autorização
de abertura de estabelecimentos de restauração e de MINISTÉRIO DO AMBIENTE
bebidas, aplica-se o disposto no presente diploma para
a emissão de licença de utilização para serviços de res- Decreto-Lei n.o 140/99
tauração e de bebidas.
2 — No caso dos estabelecimentos de restauração e de 24 de Abril
de bebidas que estiverem em construção à data da
entrada em vigor do presente diploma, o início do seu A conservação da Natureza, entendida como a pre-
funcionamento depende igualmente de licença de uti- servação dos diferentes níveis e componentes naturais
lização para serviços de restauração e de bebidas. da biodiversidade, numa perspectiva de desenvolvi-
mento sustentável, tem vindo a afirmar-se como impe-
rativo de acção política e de desenvolvimento cultural
Artigo 54.o e sócio-económico à escala planetária.
Processos pendentes respeitantes a estabelecimentos A interiorização dos princípios e da acção que lhe
de restauração e de bebidas existentes estão subjacentes afirmou-se sobretudo a partir da
Declaração do Ambiente, adoptada pela primeira Con-
1 — Aos processos pendentes à data da entrada em ferência das Nações Unidas sobre o Ambiente, realizada
vigor do presente diploma, respeitantes a obras de em Estocolmo em 1972, culminando na recente Con-
ampliação, reconstrução ou alteração a realizar em esta- ferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e Desen-
belecimentos de restauração e de bebidas existentes e
volvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, donde
em funcionamento, aplica-se o disposto no artigo 51.o,
resultou a adopção de um conjunto de documentos e
com as necessárias adaptações.
2 — Aos processos pendentes à data da entrada em compromissos, donde ressalta a Convenção da Diver-
vigor do presente diploma, respeitantes à entrada em sidade Biológica.
funcionamento de parte ou totalidade de estabelecimen- No espaço comunitário, a primeira grande acção
tos de restauração e de bebidas existentes, resultante conjunta dos Estados membros para conservação do
de obras neles realizadas, aplica-se o disposto no n.o 1 património natural ocorreu em 1979, com a publicação
do artigo anterior. da Directiva n.o 79/409/CEE, do Conselho, de 2 de
3 — No caso das obras referidas no número anterior Abril, relativa à conservação das aves selvagens (direc-
que estiverem em curso à data da entrada em vigor tiva aves). Este diploma tem por objectivo a protecção,
do presente diploma aplica-se o n.o 2 do artigo anterior. gestão e controlo das espécies de aves que vivem no
4 — À licença de utilização para serviços de restau- estado selvagem no território da União Europeia,
ração e de bebidas que vier a ser emitida na sequência regulamentando a sua exploração. Atendendo à
dos casos previstos nos números anteriores aplica-se o regressão de muitas populações de espécies de aves
disposto no artigo 49.o no território europeu (em especial das migradoras),
à degradação crescente dos seus habitats e ao tipo de
Artigo 55.o exploração de que eram alvo, aquela directiva prevê
que o estabelecimento de medidas de protecção passa
Regime relativo aos instrumentos de regulamentação nomeadamente pela designação de zonas de protecção
colectiva de trabalho
especial (ZPE), correspondentes aos habitats cuja
1 — Continuam a aplicar-se aos restaurantes e simi- salvaguarda é prioritária para a conservação das po-
lares existentes à data da entrada em vigor do presente pulações de aves. Portugal transpôs esta directiva
diploma as normas dos instrumentos de regulamentação para a ordem jurídica interna através do Decreto-Lei
colectiva de trabalho que pressupõem a existência de n.o 75/91, de 14 de Fevereiro.
categorias dos mesmos, enquanto aquelas não forem Em 1993 os Estados membros da União Europeia
alteradas por forma a adaptarem-se ao disposto no pre- publicam aquele que é considerado o principal acto de
sente diploma e ao regulamento a que se refere o n.o 5 direito comunitário no domínio da conservação da Natu-
do artigo 1.o reza: a Directiva n.o 92/43/CEE, do Conselho, de 21 de
2 — As categorias a que se refere o número anterior Maio, relativa à conservação dos habitats naturais e da
são as que os restaurantes e similares tinham à data fauna e da flora selvagens (directiva habitats). Este
da entrada em vigor do presente diploma. diploma visa a conservação da biodiversidade, através
2184 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 96 — 24-4-1999

da conservação dos habitats naturais e da fauna e da Artigo 2.o


flora selvagens do território da União Europeia, nomea- Âmbito de aplicação
damente mediante a criação de um conjunto de sítios
de interesse comunitário, designados como zonas espe- 1 — As disposições do presente diploma aplicam-se:
ciais de conservação (ZEC). Portugal transpôs esta a) A todas as espécies de aves que ocorrem natu-
directiva para a ordem jurídica interna através do Decre- ralmente no estado selvagem no território nacio-
to-Lei n.o 226/97, de 27 de Agosto. nal, incluindo os seus ovos e ninhos;
Esta directiva prevê o estabelecimento de uma rede b) A todos os tipos de habitats naturais constantes
ecológica europeia de zonas especiais de conservação, do anexo B-I ao presente diploma e que dele
a Rede Natura 2000, que englobará as ZEC e as ZPE. faz parte integrante;
Assim, em termos de direito comunitário, a regula- c) Às espécies constantes dos anexos B-II, B-IV e
mentação relativa à conservação da Natureza alicerça-se B-V ao presente diploma e que dele fazem parte
em torno das directivas aves e habitats, de âmbito com- integrante.
plementar e objectivos substantivamente idênticos, que
no início do próximo século consubstanciarão em con- 2 — Salvo nos casos expressamente previstos na lei,
junto o instrumento de conservação comunitário por o presente diploma não se aplica às espécies aquícolas,
excelência: a Rede Natura 2000. com excepção das constantes nos anexos a este diploma,
Tendo em conta o âmbito complementar das direc- e às espécies cinegéticas, objecto de legislação própria
tivas aves e habitats, a evolução do quadro jurídico comu- em vigor.
nitário nesta matéria e, face a isto, a necessidade de
actualizar o normativo interno referente à directiva aves, Artigo 3.o
torna-se imperioso rever, harmonizar e compatibilizar Definições
a regulamentação nacional relativa a esta matéria
(Decretos-Leis n.os 75/91, de 14 de Fevereiro, e 226/97, 1 — Para efeitos do presente diploma, entende-se
de 27 de Agosto). Deste modo, dotar-se-á de maior por:
eficácia e transparência a matéria processual de natureza a) «Conservação»: o conjunto das medidas neces-
jurídico-administrativa resultante da aplicação desta sárias para manter ou restabelecer os habitats
regulamentação e, a nível comunitário, optimizar-se-á naturais e as populações de espécies da flora
o cumprimento das obrigações do Estado Português e fauna selvagens num estado favorável, con-
relativamente à criação da Rede Natura 2000. forme as alíneas f) e i);
A regulamentação num único diploma das disposições b) «Habitat de uma espécie»: o meio definido pelos
emergentes das directivas aves e habitats permitirá alcan- factores abióticos e bióticos próprios onde essa
çar os objectivos enunciados, de um modo simples, eficaz espécie ocorre em qualquer das fases do seu
e administrativamente racional. ciclo biológico;
Foi ouvida a Associação Nacional de Municípios c) «Habitats naturais»: as zonas terrestres ou aquá-
Portugueses. ticas naturais ou seminaturais que se distinguem
Assim: por características geográficas abióticas e bió-
Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da ticas;
d) «Habitats naturais de interesse comunitário»: os
Constituição, o Governo decreta o seguinte:
habitats constantes do anexo B-I ao presente
diploma e que dele faz parte integrante;
Artigo 1.o e) «Tipos de habitat natural prioritários»: os tipos
de habitat natural ameaçados de extinção e exis-
Objectivos tentes no território nacional, que se encontram
assinalados com asterisco (*) no anexo B-I;
1 — O presente diploma procede à revisão da trans-
f) «Estado de conservação de um habitat natural»:
posição para o direito interno das seguintes directivas
a situação do habitat em causa em função do
comunitárias: conjunto das influências que actuam sobre o
a) Directiva n.o 79/409/CEE, do Conselho, de 2 mesmo, bem como sobre as espécies típicas que
de Abril (directiva aves), alterada pelas Direc- nele vivem, susceptível de afectar a longo prazo
tivas n.os 91/244/CEE, da Comissão, de 6 de a sua distribuição natural, a sua estrutura e as
Março, 94/24/CE, do Conselho, de 8 de Junho, suas funções, bem como a sobrevivência a longo
e 97/49/CE, da Comissão, de 29 de Junho; prazo das suas espécies típicas;
g) «Espécies de interesse comunitário»: as espécies
b) Directiva n.o 92/43/CEE, do Conselho, de 21
constantes dos anexos A-I e B-II ao presente
de Maio (directiva habitats), com as alterações
diploma e que dele fazem parte integrante, bem
que lhe foram introduzidas pela Directiva como as espécies de aves migratórias não refe-
n.o 97/62/CE, do Conselho, de 27 de Outubro. ridas no anexo A-I;
h) «Espécies prioritárias»: as espécies indicadas a
2 — São objectivos deste diploma contribuir para nível comunitário como tal e que se encontram
assegurar a biodiversidade, através da conservação e do assinaladas com asterisco (*) nos anexos A-I e
restabelecimento dos habitats naturais e da flora e fauna B-II;
selvagens num estado de conservação favorável no ter- i) «Estado de conservação de uma espécie»: a
ritório nacional, tendo em conta as exigências econó- situação da espécie em causa em função do con-
micas, sociais e culturais, bem como as particularidades junto das influências que, actuando sobre a
regionais e locais. mesma, pode afectar, a longo prazo, a distri-
N.o 96 — 24-4-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2185

buição e a importância das suas populações no e as superfícies que abranja sejam estáveis ou estejam
território nacional; em expansão, a estrutura e as funções específicas neces-
j) «Espécime»: qualquer animal ou planta vivo ou sárias à manutenção a longo prazo existirem e forem
morto, bem como qualquer parte ou produto susceptíveis de continuar a existir num futuro previsível
derivado desse animal ou planta ou quaisquer e o estado de conservação das espécies típicas for favo-
outros produtos susceptíveis de serem identi- rável na acepção do n.o 3.
ficados como partes ou produtos derivados de 3 — Para efeitos da alínea i) do n.o 1, o estado de
animais ou plantas das referidas espécies, conservação de uma espécie será considerado favorável
segundo as indicações fornecidas pelo docu- quando, cumulativamente, se verifique que:
mento de acompanhamento, pela embalagem, a) Essa espécie constitua e seja susceptível de cons-
por uma marca ou etiqueta ou por qualquer tituir a longo prazo um elemento vital dos habi-
outro elemento; tats naturais a que pertence, de acordo com os
l) «Sítio»: uma zona definida geograficamente, dados relativos à dinâmica das suas populações;
cuja superfície se encontra claramente deli- b) A área de distribuição natural dessa espécie não
mitada; diminuiu nem corre o perigo de diminuir num
m) «Sítio de importância comunitária»: um sítio futuro previsível;
que, na ou nas regiões biogeográficas atlântica, c) Existe e continuará provavelmente a existir um
mediterrânica ou macaronésica, contribua de habitat suficientemente amplo para que as suas
forma significativa para manter ou restabelecer populações se mantenham a longo prazo.
um tipo de habitat natural do anexo B-I ou de
uma espécie do anexo B-II num estado de con- 4 — Para as espécies animais que ocupem zonas
servação favorável, e possa também contribuir extensas, os sítios de importância comunitária definidos
de forma significativa para a coerência da Rede na alínea m) do n.o 1 correspondem a locais, dentro
Natura 2000 ou para, de forma significativa, da área de distribuição natural dessas espécies, que apre-
manter a diversidade biológica na ou nas refe- sentem características físicas ou biológicas essenciais
ridas regiões biogeográficas; para a sua vida e reprodução.
n) «Zona especial de conservação» (ZEC): um sítio
de importância comunitária no território nacio-
nal em que são aplicadas as medidas necessárias Artigo 4.o
para a manutenção ou o restabelecimento do Lista nacional de sítios
estado de conservação favorável dos habitats
naturais ou das populações das espécies para 1 — Além dos sítios já aprovados pela Resolução de
as quais o sítio é designado; Conselho de Ministros n.o 142/97, de 28 de Agosto, com-
o) «Zona de protecção especial» (ZPE): uma área pete ao ICN a elaboração de novas propostas de sítios
de importância comunitária no território nacio- a incluir na lista nacional de sítios, indicando os tipos
nal em que são aplicadas as medidas necessárias de habitats naturais do anexo B-I e as espécies do
para a manutenção ou restabelecimento do anexo B-II que tais sítios incluem, de acordo com os
estado de conservação das populações das espé- critérios previstos no anexo B-III ao presente diploma,
cies de aves selvagens inscritas no anexo A-I que dele faz parte integrante.
e dos seus habitats; 2 — A inclusão na lista nacional dos sítios referidos
p) «Análise de incidências ambientais»: recolha e no número anterior é aprovada por resolução do Con-
reunião de dados tendo em vista a identificação selho de Ministros.
e previsão dos efeitos, nomeadamente sobre a 3 — Sempre que a evolução natural assim o justifique,
a desclassificação de qualquer sítio constante da lista
fauna, a flora e os habitats, decorrentes de quais-
referida no n.o 1 reveste também a forma prevista no
quer acções, planos ou projectos, individuais ou
número anterior.
em conjunto, com identificação ou propostas de
medidas que evitem, minimizem ou compensem
esses efeitos, e que é efectuada antes de ser Artigo 5.o
tomada uma decisão sobre a sua execução; Zonas especiais de conservação
q) «Animais irrecuperáveis»: animais que em vir-
tude do seu estado de debilidade física ou de 1 — Os sítios da lista nacional referida no n.o 1 do
habituação ao homem não possuem condições artigo 4.o que venham a ser reconhecidos pelas instâncias
para sobreviver pelos próprios meios no seu competentes da União Europeia como sítios de impor-
ambiente natural; tância comunitária são publicitados através de portaria
r) «Anilhagem»: técnica de estudo biológico das do Ministro do Ambiente.
espécies e populações selvagens da fauna, que 2 — Os sítios de importância comunitária referidos
consiste na captura de animais, na sua marcação no número anterior serão classificados, no prazo máximo
com uma anilha e posterior libertação. No caso de seis anos a contar da data em que ocorra este reco-
das aves, a anilha deverá possuir uma nume- nhecimento, como zonas especiais de conservação,
ração individual e a identificação do serviço mediante decreto regulamentar.
competente do Instituto da Conservação da
Natureza (ICN). Artigo 6.o
Zonas de protecção especial
2 — Para efeitos da alínea f) do n.o 1, o estado de
conservação de um habitat natural será considerado As áreas contendo os territórios mais apropriados,
favorável sempre que a sua área de distribuição natural em número e em extensão, para a protecção das espécies
2186 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 96 — 24-4-1999

de aves mencionadas no anexo A-I, bem como das espé- Artigo 8.o
cies de aves migratórias não referidas neste anexo e Actos e actividades sujeitos a parecer
cuja ocorrência no território nacional seja regular, serão
classificadas como zonas de protecção especial, 1 — Nos casos previstos no n.o 8 do artigo anterior,
mediante decreto regulamentar. ficam sujeitos a parecer do ICN ou da direcção regional
de ambiente territorialmente competente os seguintes
actos e actividades:
Artigo 7.o
a) A realização de obras de construção civil fora
Planeamento e ordenamento dos perímetros urbanos, com excepção das obras
de reconstrução, ampliação demolição e con-
1 — A totalidade ou a parte dos sítios da lista nacional servação;
referidos no n.o 1 do artigo 4.o e os sítios de interesse b) A alteração do uso actual do solo que abranja
comunitário e as ZEC referidos, respectivamente, nos áreas contínuas superiores a 5 ha;
n.os 1 e 2 do artigo 5.o, que se localizem dentro dos c) As alterações à morfologia do solo, com excep-
limites das áreas protegidas classificadas ao abrigo do ção das decorrentes das normais actividades
Decreto-Lei n.o 19/93, de 23 de Janeiro, ou de legislação agrícolas e florestais;
anterior, ou das ZPE, criadas ao abrigo do Decreto-Lei d) A alteração do uso actual dos terrenos das zonas
n.o 75/91, de 14 de Fevereiro, ficam sujeitas ao regime húmidas ou marinhas, bem como as alterações
previsto nos respectivos diplomas de classificação ou à sua configuração e topografia;
criação da área protegida e de criação da ZPE. e) A deposição de sucatas e de resíduos sólidos
2 — A totalidade ou a parte das ZPE criadas ao abrigo e líquidos;
do presente diploma que se localizem dentro dos limites f) A abertura de novas vias de comunicação, bem
das áreas protegidas classificadas ao abrigo do Decre- como o alargamento das já existentes;
to-Lei n.o 19/93, de 23 de Janeiro, ou de legislação ante- g) A instalação de novas linhas aéreas de trans-
rior, ficam sujeitas ao regime previsto nos respectivos porte de energia e de comunicações à superfície
diplomas de classificação ou criação da área protegida. do solo fora dos perímetros urbanos;
3 — Nas situações não abrangidas pelos números h) A prática de actividades desportivas motori-
anteriores, os instrumentos de planeamento territorial zadas;
ou outros de natureza especial, quando existam, devem i) A prática de alpinismo, de escalada e de
conter as medidas necessárias para garantir a conser- montanhismo;
vação dos habitats e das populações de espécies para j) A reintrodução de espécies indígenas da fauna
as quais os referidos sítios e áreas foram designados. e da flora selvagens.
4 — Verificando-se que os instrumentos de planea-
mento territorial ou outros de natureza especial, quando 2 — O parecer referido no número anterior deve ser
existam, actualmente em vigor não contemplam as medi- emitido no prazo de 45 dias úteis, contados da data
das referidas no número anterior, devem os mesmos da sua solicitação.
integrá-las na primeira revisão a que sejam sujeitos. 3 — A ausência de parecer no prazo previsto no
5 — No prazo de seis meses a contar da data de número anterior equivale à emissão de parecer favo-
entrada em vigor do presente diploma será publicado rável.
um plano sectorial relativo à implementação da Rede
Natura 2000, estabelecendo o âmbito e o enquadra- Artigo 9.o
mento das medidas referentes à conservação das espé- Avaliação de impacte ambiental e análise
cies da fauna, flora e habitats e tendo em conta o desen- de incidências ambientais
volvimento económico e social das áreas abrangidas. 1 — Quaisquer acções ou projectos, individualmente
6 — O plano sectorial referido no número anterior ou em conjunto com outras acções ou projectos, sus-
deverá ser sujeito a um processo de consulta pública. ceptíveis de afectar significativamente um sítio de impor-
7 — Para os casos previstos no n.o 4, o plano sectorial tância comunitária, uma ZEC ou uma ZPE, e tendo
deverá prever as orientações genéricas para a introdução em vista o objectivo de conservação dos mesmos, podem
das medidas de conservação nos instrumentos de pla- ser sujeitos a uma avaliação de impacte ambiental ou
neamento territorial ou de natureza especial. a um processo prévio de análise de incidências ambien-
8 — Enquanto não ocorrer a revisão mencionada no tais, como formalidade essencial da autorização.
n.o 4 e quando não existam instrumentos de planea- 2 — Sem prejuízo da legislação específica em vigor,
mento territorial ou de natureza especial, ou quando o plano sectorial referido no artigo 7.o define as con-
estes não garantam os objectivos de conservação para dições, os critérios e o processo a seguir na realização
a área em causa, o licenciamento ou a autorização dos da avaliação do impacte ambiental ou das análises de
actos ou actividades a que se refere o n.o 1 do artigo 8.o incidências ambientais.
fica sujeito a parecer favorável do ICN.
9 — Dos pareceres desfavoráveis emitidos ao abrigo Artigo 10.o
do número anterior cabe recurso, no prazo de 30 dias
Impactes ambientais negativos
a contar da sua notificação, para o Ministro do
Ambiente. 1 — Quando, através da realização da avaliação de
10 — A competência para a emissão do parecer refe- impacte ambiental ou da análise de incidências ambien-
rido no n.o 8 poderá ser exercida pelas direcções regio- tais, se conclua que a acção ou projecto implica impactes
nais de ambiente, nos sítios da lista nacional, nos sítios negativos para um sítio de importância comunitária, para
de interesse comunitário, nas ZEC e nas ZPE a iden- uma ZEC ou para uma ZPE, o mesmo só pode ser
tificar em despacho do Ministro do Ambiente. autorizado quando se verifique a ausência de solução
N.o 96 — 24-4-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2187

alternativa e ocorram razões imperativas de interesse 5 — O parecer referido na alínea b) do número ante-
público, como tal reconhecidas mediante despacho con- rior deverá ser emitido no prazo de 45 dias úteis, con-
junto do Ministro do Ambiente e do ministro compe- tados da data da sua solicitação.
tente em razão da matéria. 6 — A ausência de parecer no prazo previsto no
2 — Verificando-se que os impactes negativos da número anterior equivale à emissão de parecer favo-
acção ou projecto incidem sobre um tipo de habitat prio- rável.
ritário ou sobre uma espécie prioritária, o reconheci-
mento a que se refere o número anterior só pode ocorrer Artigo 12.o
quando: Espécies vegetais
a) Estejam em causa razões de saúde ou de segu- 1 — Com vista à protecção das espécies vegetais cons-
rança públicas;
tantes do anexo B-IV, são proibidas:
b) A realização da acção ou projecto implique con-
sequências benéficas para o ambiente; a) A colheita, o corte, o desenraizamento ou a des-
c) Ocorram outras razões de interesse público, truição das plantas ou partes de plantas no seu
reconhecidas pelas instâncias competentes meio natural e dentro da sua área de distribuição
nacionais e da União Europeia. natural;
b) A detenção, o transporte, a venda ou troca e
3 — A autorização para a realização das acções ou a oferta para fins de venda ou de troca de espé-
projectos a que aludem os números anteriores inclui cimes das referidas espécies, colhidos no meio
as necessárias medidas mitigadoras e compensatórias natural, com excepção dos espécimes legal-
a adoptar de acordo com as conclusões dos processos mente colhidos antes da entrada em vigor do
previstos no artigo 9.o Decreto-Lei n.o 226/97, de 27 de Agosto.

Artigo 11.o 2 — As proibições referidas no número anterior apli-


Espécies animais cam-se a todas as fases do ciclo biológico das plantas
abrangidas pelo presente artigo.
1 — Com vista à protecção das espécies animais cons-
tantes do anexo B-IV e das espécies de aves que ocorrem
naturalmente no estado selvagem no território nacional, Artigo 13.o
referidas na alínea a) do n.o 1 do artigo 2.o, é proibido: Meios e formas de captura ou abate proibidos
a) Capturar, abater ou deter os espécimes respec- No que se refere à captura ou abate de espécimes
tivos, qualquer que seja o método utilizado; da fauna selvagem enumerados na alínea a) do anexo C
b) Perturbar esses espécimes, nomeadamente du- ao presente diploma e que dele faz parte integrante,
rante o período de reprodução, de dependência, e nas situações previstas no n.o 1 do artigo 20.o, para
de hibernação e de migração, desde que essa a recolha, captura ou abate das espécies animais men-
perturbação tenha um efeito significativo rela- cionadas no referido anexo são proibidos todos os meios
tivamente aos objectivos do presente diploma; não selectivos susceptíveis de provocar a extinção ou
c) Destruir, danificar, recolher ou deter os seus de perturbar gravemente a tranquilidade das populações
ninhos e ovos, mesmo vazios; desses espécimes e, em particular:
d) Deteriorar ou destruir os locais ou áreas de
repouso dessas espécies. a) A utilização dos meios de captura ou de abate
não selectivos enumerados na alínea a) do
2 — Relativamente às espécies referidas no n.o 1, são anexo C;
ainda proibidas a exposição com fins comerciais, a venda, b) Qualquer forma de captura ou abate a partir
a oferta, a troca, a detenção, o transporte para fins de dos meios de transporte referidos na alínea b)
venda ou de troca e ainda a compra de espécimes reti- do anexo C.
rados do meio natural, vivos ou mortos, incluindo qual-
quer parte ou produto obtido a partir dos mesmos, com
Artigo 14.o
excepção dos espécimes obtidos legalmente antes da
entrada em vigor do Decreto-Lei n.o 75/91, de 14 de Medidas para a colheita, captura e abate
Fevereiro, com a redacção que lhe foi dada pelo Decre-
to-Lei n.o 224/93, de 18 de Junho, e do Decreto-Lei 1 — Sempre que necessário, são fixadas, através de
n.o 226/97, de 27 de Agosto. portaria conjunta dos Ministros da Agricultura, do
3 — As proibições referidas nas alíneas a) e b) do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Ambiente,
n.o 1 e no n.o 2 aplicam-se a todas as fases da vida as medidas adequadas para que a colheita, captura e
dos animais abrangidos pelo presente artigo. abate no meio natural de espécimes das espécies da
4 — As proibições referidas no n.o 2 não se aplicam: flora e da fauna selvagens referidas no anexo B-V, bem
como a sua exploração, sejam compatíveis com a sua
a) Às espécies inscritas no anexo A-II ao presente manutenção num estado de conservação favorável.
diploma e que dele faz parte integrante, desde 2 — As medidas referidas no n.o 1 podem compreen-
que as aves tenham sido legalmente capturadas der, nomeadamente:
ou mortas ou legalmente adquiridas de outro
modo; a) As restrições relativas ao acesso a determinadas
b) Após parecer prévio do ICN, às espécies ins- áreas;
critas no anexo A-III ao presente diploma e que b) A proibição temporária de captura e abate ou
dele faz parte integrante, desde que as aves a interdição de locais de captura, abate e
tenham sido legalmente capturadas ou mortas colheita de espécimes no meio natural e de
ou legalmente adquiridas de outro modo. exploração de certas populações;
2188 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 96 — 24-4-1999

c) A regulamentação dos períodos ou dos modos as espécies consideradas nos Catálogos de Variedades
de colheita, captura e abate; de Espécies Agrícolas e Hortícolas.
d) A aplicação na colheita ou captura e abate de 4 — A autorização referida no n.o 2 deve ser proferida
regras haliêuticas ou cinegéticas que respeitem no prazo de 45 dias úteis, contados da data da sua
a sua conservação; solicitação.
e) A criação de um sistema de autorizações da 5 — Considera-se indeferido o pedido quando não
colheita, captura e abate ou de quotas; for concedida autorização no prazo referido no número
f) A regulamentação da compra, venda, colocação anterior.
no mercado, detenção ou transporte com vista
à venda de espécimes;
g) A criação de espécimes de espécies animais em Artigo 17.o
cativeiro, bem como a propagação artificial de Recolha e tratamento de animais selvagens e detenção
espécies vegetais, em condições estritamente de animais irrecuperáveis
controladas, com vista à redução da sua colheita
no meio natural; Sem prejuízo do disposto no n.o 1 do artigo 11.o,
h) A avaliação do efeito das medidas adoptadas. a actividade de recolha e tratamento de animais sel-
vagens com o fim de os devolver ao meio natural e
Artigo 15.o a detenção de animais irrecuperáveis serão definidos
por portaria do Ministro do Ambiente.
Colecções

1 — É proibido coleccionar espécimes, vivos ou mor- Artigo 18.o


tos, das espécies referidas nos artigos 11.o e 12.o,
incluindo as partes ou produtos delas derivados, bem Anilhagem
como ninhos e ovos.
2 — Exceptuam-se do disposto no número anterior 1 — A actividade de anilhagem só pode ser exercida
as colecções para fins de investigação ou de ensino. por pessoas singulares e carece de autorização prévia
3 — Para efeitos do disposto no n.o 2, os interessados do ICN.
devem comprovar junto do ICN a finalidade das res- 2 — O pedido de autorização referido no n.o 1 deve
pectivas colecções de acordo com os procedimentos pre- ser instruído com os seguintes elementos:
vistos no artigo 20.o, com as necessárias adaptações.
4 — Para efeitos de aplicação dos n.os 2 e 3, as enti- a) A identificação pessoal do requerente;
dades singulares ou colectivas já possuidoras de colec- b) A identificação das espécies objecto de ani-
ções ficam obrigadas a dar conhecimento ao ICN das lhagem;
características essenciais identificadoras dessas colec- c) A identificação do local de anilhagem;
ções, no prazo de 180 dias contados da data da entrada d) A fundamentação técnica;
em vigor do presente diploma. e) A experiência anterior no exercício da activi-
dade de anilhagem.
Artigo 16.o
3 — Para efeitos do disposto no n.o 1, o ICN emite
Introdução de espécies não indígenas uma credencial, da qual devem constar os elementos
1 — A introdução, na Natureza, de todas as espécies referidos nas alíneas a) a d) do número anterior, bem
de flora e da fauna que não ocorram naturalmente no como a indicação do respectivo prazo de validade, o
estado selvagem no território nacional, bem como as qual não poderá ser superior a um ano.
medidas adequadas a esse fim, são objecto de regu- 4 — Os titulares das credenciais emitidas ao abrigo
lamentação própria. do disposto no número anterior devem exibi-las sempre
2 — Até à data da entrada em vigor do diploma refe- que os funcionários do ICN ou demais agentes da fis-
rido no número anterior, a introdução de todas as espé- calização assim o solicitem.
cies aí referidas fica sujeita a parecer vinculativo do 5 — Findo o período de validade das credenciais, e
ICN, sem prejuízo de outras autorizações previstas na no prazo de 30 dias a contar do seu termo, os respectivos
legislação em vigor, podendo ser autorizada se se veri- titulares devem enviar ao ICN um relatório onde conste
ficarem, cumulativamente, as condições a seguir men- o número de espécimes de cada espécie efectivamente
cionadas: capturados e anilhados ao abrigo da credencial emitida,
a) Existam vantagens inequívocas para o homem os locais de captura e de anilhagem, bem como os méto-
e para as biocenoses; dos utilizados.
b) A introdução seja insusceptível de prejudicar 6 — A emissão de novas credenciais fica dependente
o equilíbrio ecológico ou a saúde pública; da apresentação do relatório referido no número ante-
c) Não exista nenhuma espécie indígena apta para rior.
o fim pretendido; 7 — A autorização referida no n.o 1 deverá ser con-
d) For efectuada uma avaliação de incidências cedida no prazo de 45 dias úteis, contados da data da
ambientais aprofundada e planificada, cujas sua solicitação.
conclusões serão determinantes para a auto- 8 — Considera-se indeferido o pedido quando não
rização. for concedida autorização no prazo referido no número
anterior.
3 — Exceptuam-se do disposto nos n.os 1 e 2 as espé- 9 — No caso de espécies de aves, compete exclusi-
cies objecto de exploração zootécnica, excepto em aqua- vamente ao ICN o fornecimento das anilhas metálicas
culturas, e de exploração agrícola e florestal, incluindo a utilizar na actividade de anilhagem.
N.o 96 — 24-4-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2189

Artigo 19.o no prazo de 45 dias úteis a contar da data da sua


solicitação.
Taxidermia
5 — Considera-se indeferido o pedido quando não
1 — É proibida a taxidermia em espécimes das espé- for concedida autorização no prazo referido no número
cies animais inscritas nos anexos A-I, B-II e B-IV ao anterior.
presente diploma. 6 — Os titulares das licenças devem exibir o respec-
2 — A taxidermia em espécimes das espécies de aves tivo alvará sempre que os funcionários do ICN ou demais
mencionadas no n.o 1 do artigo 2.o e das espécies do agentes da fiscalização assim o solicitem.
anexo B-II será regulamentada por portaria do Ministro 7 — Findo o período de duração das licenças, e no
do Ambiente. prazo de 30 dias a contar do seu termo, os respectivos
titulares devem enviar ao ICN um relatório onde conste
Artigo 20.o os contingentes de espécimes de cada espécie efecti-
Regime excepcional vamente capturados ou abatidos, bem como o número
de ninhos ou ovos removidos ao abrigo da licença emi-
1 — Mediante licença do ICN, e sem prejuízo de tida, os locais de captura ou abate e os métodos
outras autorizações previstas na legislação em vigor, utilizados.
podem ser excepcionalmente permitidos os actos e acti- 8 — A concessão de novas licenças fica dependente
vidades proibidos nos artigos 11.o, 12.o e 19.o ou a uti- da apresentação do relatório referido no número ante-
lização dos meios proibidos nas alíneas a) e b) do rior.
artigo 13.o, desde que não exista alternativa satisfatória,
Artigo 21.o
não seja prejudicada a manutenção das populações da
espécie em causa na sua área de distribuição natural Fiscalização
e quando o acto ou actividade vise atingir uma das
1 — A fiscalização do cumprimento do disposto no
seguintes finalidades:
presente diploma e legislação complementar compete
a) Proteger a flora e a fauna selvagens e conservar ao ICN, às autarquias locais, às direcções regionais do
os habitats naturais; ambiente, ao Instituto da Água, à Direcção-Geral das
b) Evitar graves prejuízos, nomeadamente às cul- Florestas, às direcções regionais de agricultura e às auto-
turas, à criação de gado, às florestas, às zonas ridades policiais.
de pesca e de caça, às aquiculturas à criação 2 — O disposto no número anterior não prejudica
de caça em cativeiro e às águas e a outras formas o exercício dos poderes de fiscalização e polícia que,
de propriedade; em razão da matéria, competem às demais autoridades
c) Garantir a saúde e a segurança públicas, a segu- públicas, nomeadamente marítimas e portuárias.
rança aeronáutica ou outros interesses públicos
prioritários, designadamente de carácter social Artigo 22.o
ou económico;
d) Obter consequências benéficas de importância Contra-ordenações
primordial para o ambiente; 1 — Constitui contra-ordenação a violação do dis-
e) Permitir a investigação e a educação; posto no n.o 1 do artigo 8.o, no artigo 9.o, nos n.os 1,
f) Permitir o repovoamento e a reintrodução de 2 e 3 do artigo 11.o, nas alíneas a) e b) do n.o 1 do
espécies; artigo 12.o, nas alíneas a) e b) do artigo 13.o, nos n.os 1,
g) Permitir a criação e a taxidermia de espécimes 3 e 4 do artigo 15.o, no n.o 2 do artigo 16.o e no n.o 1
das espécies associada às acções referidas nas do artigo 18.o
alíneas e) e f), incluindo a reprodução artificial 2 — As contra-ordenações previstas no número ante-
de plantas, sem prejuízo do disposto na legis- rior são punidas com coimas de:
lação em vigor.
a) 7500$ a 750 000$, no caso de pessoas singulares;
2 — Do alvará da licença a emitir nos termos do b) 800 000$ a 8 000 000$, no caso de pessoas
número anterior devem constar: colectivas.
a) A sua finalidade e propósitos; 3 — A tentativa e a negligência são puníveis.
b) A referência à espécie ou espécies em causa;
c) A indicação do período de duração da licença,
o qual não pode ser superior a um ano; Artigo 23.o
d) As freguesias e concelhos abrangidos pela auto- Sanções acessórias
rização;
e) O número de espécimes de cada espécie em As contra-ordenações previstas no n.o 1 do artigo 22.o
causa, sempre que tal indicação seja possível; podem ainda determinar, quando a gravidade da infrac-
f) Os métodos e meios de equipamento que se ção assim o justifique, a aplicação das seguintes sanções
podem utilizar; acessórias:
g) Outras indicações ou limites que se julguem a) A perda dos objectos pertencentes ao agente
necessários. que tenham sido utilizados como instrumento
na prática da infracção;
3 — Os requerimentos para a obtenção da licença pre- b) A privação do direito a subsídios outorgados
vista no n.o 1 são instruídos com os elementos tendentes por entidades ou serviços públicos;
à demonstração das condições aí referidas. c) A interdição do exercício de actividade;
4 — A autorização para a prática dos actos e acti- d) Privação do direito de participar em feiras ou
vidades a que se refere o n.o 1 deverá ser concedida mercados;
2190 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 96 — 24-4-1999

e) A privação do direito de participar em arre- 3 — As despesas realizadas por força do número ante-
matações ou concursos públicos que tenham por rior, quando não forem pagas voluntariamente pelo
objecto a empreitada ou a concessão de obras infractor no prazo de 20 dias a contar da sua notificação,
públicas, o fornecimento de bens e serviços, a são cobradas nos termos do processo de execuções fis-
concessão de serviços públicos e a atribuição cais, constituindo a nota de despesas título executivo
de licenças e alvarás; bastante, devendo dela constar o nome e o domicílio
f) O encerramento de estabelecimento cujo fun- do devedor, a proveniência da dívida e a indicação, por
cionamento esteja sujeito a autorização ou extenso, do seu montante, bem como a data a partir
licença de autoridade administrativa; da qual são devidos juros de mora.
g) A suspensão de autorizações, licenças e alvarás.
Artigo 26.o
Artigo 24.o
Regiões Autónomas
Processo de contra-ordenação e aplicação de coimas
e sanções acessórias 1 — Compete às Regiões Autónomas dos Açores e
da Madeira a aprovação das ZPE e dos sítios a incluir
1 — Compete ao ICN o processamento das contra- na lista referida no n.o 1 do artigo 4.o
-ordenações e a aplicação das coimas e das sanções aces- 2 — A adaptação do presente diploma às Regiões
sórias nos seguintes casos: Autónomas dos Açores e da Madeira será objecto de
a) Na totalidade ou na parte dos sítios da lista decreto legislativo regional.
nacional referida no n.o 1 do artigo 4.o e nos
sítios de interesse comunitário e nas ZEC refe-
Artigo 27.o
ridos, respectivamente, nos n.os 1 e 2 do
artigo 5.o que se localizem dentro dos limites Revogações
das áreas protegidas classificadas ao abrigo do
Decreto-Lei n.o 19/93, de 23 de Janeiro, ou de São revogados o Decreto-Lei n.o 75/91, de 14 de Feve-
legislação anterior ou das ZPE criadas ao abrigo reiro, o Decreto-Lei n.o 224/93, de 18 de Junho, e o
do Decreto-Lei n.o 75/91, de 14 de Fevereiro; Decreto-Lei n.o 226/97, de 27 de Agosto.
b) Na totalidade ou na parte das ZPE criadas ao Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 28
abrigo do presente diploma ou de legislação de Janeiro de 1999. — António Manuel de Oliveira Guter-
anterior que se localizem dentro dos limites das res — José Veiga Simão — António Luciano Pacheco de
áreas protegidas classificadas ao abrigo do Sousa Franco — Jorge Paulo Sacadura Almeida Coe-
Decreto-Lei n.o 19/93, de 23 de Janeiro, ou de lho — João Cardona Gomes Cravinho — José Eduardo
legislação anterior. Vera Cruz Jardim — Luís Manuel Capoulas San-
tos — Elisa Maria da Costa Guimarães Ferreira.
2 — Compete às direcções regionais do ambiente o
processamento das contra-ordenações e a aplicação das Promulgado em 30 de Março de 1999.
coimas e das sanções acessórias nos seguintes casos:
Publique-se.
a) Nos sítios da lista nacional referida no n.o 1
do artigo 4.o, nos sítios de interesse comunitário O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
e nas ZEC referidos, respectivamente, nos n.os 1
e 2 do artigo 5.o e nas ZPE não abrangidos Referendado em 9 de Abril de 1999.
pelas alíneas a) e b) do número anterior; O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira
b) No remanescente do território nacional. Guterres.
3 — A receita das coimas previstas no artigo 22.o será
ANEXO A-I
assim distribuída:
Espécies de aves de interesse comunitário cuja conservação
a) 60 % para o Estado; requer a designação de zonas de protecção especial
b) 20 % para a entidade autuante;
c) 20 % para a entidade que processa a contra- Um asterisco (*) colocado antes do nome de uma
-ordenação. espécie indica que se trata de uma espécie prioritária.
Artigo 25.o Gavia stellata — mobelha-pequena.
Reposição da situação anterior
Gavia arctica — mobelha-árctica.
Gavia immer — mobelha-grande.
1 — Independentemente da aplicação da coima e das Podiceps auritus — mergulhão-de-pescoço-castanho.
sanções acessórias, o ICN ou a direcção regional do * Pterodroma feae — freira-do-bugio.
ambiente territorialmente competente poderão, nos ter- * Pterodroma madeira — freira-da-madeira.
mos dos n.os 1 e 2 do artigo anterior, intimar o infractor Bulweria bulwerii — pardela-de-bulwer.
a proceder à reposição da situação anterior à infracção, Calonectris diomedea — pardela-de-bico-amarelo.
fixando-lhe as acções necessárias para o efeito e o res- * Puffinus puffinus mauretanicus — pardela-sombria-
pectivo prazo de execução. -das-baleares.
2 — Após a notificação para as acções referidas no Puffinus assimilis — pardela-pequena.
n.o 1 e se a obrigação não for cumprida no prazo fixado, Pelagodroma marina — painho-de-ventre-branco.
o ICN ou a direcção regional do ambiente territorial- Hydrobates pelagicus — painho-de-cauda-quadrada.
mente competente procedem ou mandam proceder às Oceanodroma leucorhoa — painho-de-cauda-forcada.
acções necessárias por conta do infractor. Oceanodroma castro — painho-da-madeira.
N.o 96 — 24-4-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2191

* Phalacrocorax aristotelis desmarestii — corvo-marinho- Alectoris graeca saxatilis — perdiz-grega (subespécie


-de-crista (mediterrânico). alpina).
* Phalacrocorax pygmeus — corvo-marinho-pigmeu. * Alectoris graeca whitakeri — perdiz-grega (subespécie
Pelecanus onocrotalus — pelicano-vulgar. italiana).
* Pelecanus crispus — pelicano-crespo. Alectoris barbara — perdiz-moura.
* Botaurus stellaris — abetouro-comum. * Perdix perdix italica — perdiz-cinzenta (subespécie
Ixobrychus minutus — garça-pequena. italiana).
Nycticorax nycticorax — goraz. Perdix perdix hispaniensis — perdiz-cinzenta (subespécie
Ardeola ralloides — papa-ratos. ibérica).
Egretta garzetta — garça-branca. Turnix sylvatica — toirão.
Egretta alba — garça-branca-grande. Porzana porzana — franga-d’água-grande.
Ardea purpurea — garça-vermelha. Porzana parva — franga-d’água-bastarda.
Ciconia nigra — cegonha-preta. Porzana pusilla — franga-d’água-pequena.
Ciconia ciconia — cegonha-branca. * Crex crex — codornizão.
Plegadis falcinellus — maçarico-preto. * Porphyrio porphyrio — caimão.
Platalea leucorodia — colhereiro. * Fulica cristata — galeirão-de-crista.
Phoenicopterus ruber — flamingo. Grus grus — grou.
Cygnus bewickii (Cygnus columbanus bewckii) — cisne- * Tetrax tetrax — sisão.
-pequeno. * Chlamydotis undulata — abetarda-moura.
Cygnus cygnus — cisne-bravo. * Otis tarda — abetarda.
* Anser albifrons flavirostris — ganso-da-gronelândia. Himantopus himantopus — perna-longa.
Anser erythropus — ganso-pequeno-de-testa-branca. Recurvirostra avosetta — alfaiate.
Branta leucopsis — ganso-de-faces-brancas. Burhinus oedicnemus — alcaravão.
* Branta ruficollis — ganso-de-pescoço-ruivo. * Cursorius cursor — corredor.
Tadorna ferruginea — pato-ferrugíneo. Glareola pratincola — perdiz-do-mar.
* Marmaronetta angustirostris — pardilheira. Eudromias morinellus — tarambola-carambola.
* Aythya nyroca — zarro-castanho. Pluvialis apricaria — tarambola-dourada.
Mergus albellus — merganso-pequeno. Hoplopterus spinosus — abibe-esporado.
* Oxyura leucocephala — pato-de-rabo-alçado. Philomachus pugnax — combatente.
Pernis apivorus — falcão-abelheiro. Gallinago media — narceja-real.
Elanus caeruleus — peneireiro-cinzento. Limosa lapponica — fuselo.
Milvus migrans — milhafre-preto. * Numennius tenuirostris — maçarico-de-bico-fino.
Milvus milvus — milhano. Tringa glareola — maçarico-bastardo.
Haliaeetus albicilla — águia-rabalva. Xenus cinereus — maçarico-sovela.
* Gypaetus barbatus — quebra-osso.
Phalaropus lobatus — falaropo-de-bico-fino.
Neophron percnopterus — abutre-do-egipto.
Larus melanocephalus — gaivota-do-mediterrâneo.
Gyps fulvus — grifo.
* Aegypius monachus — abutre-preto. Larus genei — gaivota-de-bico-fino.
Circaetus gallicus — águia-cobreira. * Larus audouinii — gaivota de-audouin.
Circus aeruginosus — tartaranhão-ruivo-dos-pauis. Gelochelidon nilotica — gaivina-de-bico-preto.
Circus cyaneus — tartaranhão-azulado. Sterna caspia — gaivina-de-bico-vermelho.
Circus macrourus — tartaranhão-de-peito-branco. Sterna sandvicensis — garajau-comum.
Circus pygargus — tartaranhão-caçador. * Sterna dougallii — andorinha-do-mar-rosada.
* Accipiter gentilis arrigonii — açor (subespécie da Cór- Sterna hirundo — andorinha-do-mar-comum.
sega e Sardenha). Sterna paradisaea — andorinha-do-mar-árctica.
* Accipiter nisus granti — fura-bardos. Sterna albifrons — andorinha-do-mar-anã.
Accipiter brevipes — gavião-grego. Chlidonias hybridus — gaivina-dos-pauis.
Buteo rufinus — búteo-mouro. Chlidonias niger — gaivina-preta.
* Aquila pomarina — águia-pomarina. Uria aalge ibericus — airo (subespécie ibérica).
* Aquila clanga — águia-gritadeira. Pterocles orientalis — cortiçol-de-barriga-preta.
* Aquila heliaca — águia-imperial. Pterocles alchata — cortiçol-de-barriga-branca.
* Aquila adalberti — águia-imperial-ibérica. * Columba palumbus azorica — pombo-torcaz-dos-açores.
Aquila chrysaetos — águia-real. * Columba torcaz — pombo-torcaz-da-madeira.
Hieraaetus pennatus — águia-calçada. * Columba bollii — pombo-torcaz-de-bolle.
* Hieraaetus fasciatus — águia-de-bonelli. * Columba junoiniae — pombo-de-rabo-branco.
Pandion haliaetus — águia-pesqueira. Bubo bubo — bufo-real.
* Falco naumanni — peneireiro-das-torres. Nyctea scandiaca — bufo-branco.
Falco columbarius — esmerilhão. Surnia ulula — coruja-gavião.
* Falco eleonorae — falcão-da-rainha. Glaucidium passerinum — mocho-pigmeu.
* Falco biarmicus — borni. Strix uralensis — coruja-uralense.
* Falco rusticolus — falcão-gerifalte. Strix nebulosa — coruja-lapónica.
Falco peregrinus — falcão-peregrino. Asio flammeus — coruja-do-nabal.
Bonasa bonasia — galinha-do-mato. Aegolius funereus — mocho-de-tengmalm.
Lagopus mutus pyrenaicus — lagópode-branco (subespé- Caprimulgus europaeus — noitibó.
cie pirenaica). Apus caffer — andorinhão-cafre.
Lagopus mutus helveticus — lagópode-branco (subespé- Alcedo atthis — guarda-rios.
cie alpina). Coracias garrulus — rolieiro.
Tetrao tetrix tetrix — galo-lira (subespécie continental). Picus canus — peto-de-cabeça-cinzenta.
Tetrao urogallus — tetraz. Dryocopus martius — peto-preto.
2192 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 96 — 24-4-1999

* Dendrocopos major canariensis — pica-pau-de-tene- ANEXO B-I


rife. Tipos de habitats naturais de interesse comunitário
* Dendrocopos major thanneri — pica-pau-de-gran canaria. cuja conservação exige a designação de zonas especiais
Dendrocopus syriacus — pica-pau-sírio. de conservação
Dendrocopos medius — pica-pau-mediano. Interpretação
Dendrocopos leucotos — pica-pau-de-dorso-branco.
Picoides tridactylus — pica-pau-tridactilo. As orientações para a interpretação dos tipos de habi-
Chersophilus duponti — calhandra-de-dupont. tat constam do Manual de Interpretação dos Habitats da
União Europeia, tal como foi aprovado pelo comité esta-
Melanocorypha calandra — calhandra.
belecido nos termos do artigo 20.o (Comité Habitats)
Calandrella brachydactyla — calhandrinha. e publicado pela Comissão Europeia.
Galerida theklae — cotovia-do-monte. O código apresentado corresponde ao código
Lullula arborea — cotovia-pequena. Natura 2000.
Anthus campestris — petinha-dos-campos. O símbolo * indica os tipos de habitat prioritários.
Troglodytes troglodytes fridanensis — carriça (subespécie
Fair Isle). 1 Habitats costeiros e vegetação halófila
Luscinia svecica — pisco-de-peito-azul.
11 Águas marinhas e meios sob influência das marés
Saxicola dacotiae — cartaxo-das-canárias.
Oenanthe leucura — chasco-preto. 1110 Bancos de areia permanentemente cobertos por
Acrocephalus melanopogon — felosa-real. água do mar pouco profunda.
* Acrocephalus paludicola — felosa-aquática. 1120 * Bancos de posidónias (Posidonion oceanicae).
Hippolais olivetorum — felosa-das-oliveiras. 1130 Estuários.
Sylvia sarda — toutinegra-sarda. 1140 Lodaçais e areais a descoberto na maré baixa.
Sylvia undata — felosa-do-mato. 1150 * Lagunas costeiras.
Sylvia rueppelli — toutinegra de ruppell. 1160 Enseadas e baías pouco profundas.
Sylvia nisoria — toutinegra-gavião. 1170 Recifes.
Ficedula parva — papa-moscas-pequeno. 1180 Estruturas submarinas originadas por emissões
Ficedula semitorquata — papa-moscas-de-meio-colar. gasosas.
Ficedula albicollis — papa-moscas-de-colar.
12 Falésias marítimas e praias de calhaus rolados
Sitta krueperi — trepadeira-de-kruper.
Sitta whiteheadi — trepadeira-corsa. 1210 Vegetação anual das zonas de acumulação de
Lanius collurio — picanço-de-dorso-vermelho. detritos pela maré.
Lanius minor — picanço-pequeno. 1220 Vegetação perene das praias de calhaus rolados.
Pyrrhocorax pyrrhocorax — gralha-de-bico-vermelho. 1230 Falésias com vegetação das costas atlânticas e
Fringilla coelebs ombriosa — tentilhão-de-hierro. bálticas.
* Fringilla teydea — tentilhão-azul. 1240 Falésias com vegetação das costas mediterrânicas
* Loxia scotica — cruza-bico-escocês. com Limonium spp. endémicas.
Bucanetes githagineus — pintarroxo-trombeteiro. 1150 Falésias com flora endémica das costas maca-
* Pyrrhula murina — priolo. ronésias.
Emberiza cineracea — escrevedeira-de-cabeça-amarela.
13 Sapais e prados salgados atlânticos e continentais
Emberiza hortulana — sombria.
Emberiza caesia — escrevedeira-cinzenta. 1310 Vegetação pioneira de Salicornia e outras espé-
cies anuais das zonas lodosas e arenosas.
ANEXO A-II 1320 Prados de Spartina (Spartinion maritimae).
1330 Prados salgados atlânticos (Glauco-Puccinellieta-
Espécies de aves cujo comércio é permitido nas condições lia maritimae).
previstas na alínea a) do n.o 4 do artigo 11.o 1340 * Prados salgados interiores.
Lagopus lagopus scoticus (e hibernicus) — lagópode-es-
14 Sapais e prados salgados mediterrânicos e termoatlânticos
cocês.
Alectoris barbara — perdiz-moura. 1410 Prados salgados mediterrânicos (Juncetalia mari-
Perdix perdix — perdiz-cinzenta. timi).
1420 Matos halófilos mediterrânicos e termoatlânticos
ANEXO A-III
(Sarcocornetea fruticosi).
1430 Matos halonitrófilos (Pegano-Salsoletea).
Espécies de aves cujo comércio pode ser objecto de limitações
conforme definido na alínea b) do n.o 4 do artigo 11.o 15 Estepes interiores halófilas e gipsófilas

Anser albifrons albifrons — ganso-grande-de-testa-branco 1510 * Estepes salgadas mediterrânicas (Limonietalia).


(variedade continental). 1520 * Vegetação gipsófila ibérica (Gypsophiletalia).
Anser anser — ganso-comum-ocidental. 1530 * Estepes salgadas e sapais panónicos.
Aythya marila — zarro-bastardo.
Somateria mollissima — eider-edredão. 16 Arquipélagos, costas e superfícies emergentes
do mar Báltico boreal
Melanitta nigra — pato-negro.
Lagopus mutus — lagópode-branco. 1610 Ilhas «esker» do Báltico com vegetação das praias
Tetrao terix britannicus — galo-lira (variedade britânica). de areia, de rocha ou de calhaus rolados e vege-
Tetrao urogallus — tetraz. tação sublitoral.
N.o 96 — 24-4-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2193

1620 Ilhéus e pequenas ilhas do Báltico boreal. 32 Águas correntes — troços de cursos de água com dinâmica
1630 * Prados costeiros do Báltico boreal. natural e seminatural (leitos pequenos, médios e grandes),
em que a qualidade da água não sofre mudanças signi-
1640 Praias de areia com vegetação vivaz do Báltico ficativas.
boreal.
1650 Enseadas estreitas do Báltico boreal. 3210 Cursos de água naturais da Fenoscândia.
3220 Cursos de água alpinos com vegetação ripícola
2 Dunas marítimas e interiores herbácea.
21 Dunas marítimas das costas atlânticas,
3230 Cursos de água alpinos com vegetação ripícola
do mar do Norte e do Báltico lenhosa de Myricaria germanica.
3240 Cursos de água alpinos com vegetação ripícola
2110 Dunas móveis embrionárias. lenhosa de Salix elaeagnos.
2120 Dunas móveis do cordão litoral com Ammophila 3250 Cursos de água mediterrânicos permanentes com
arenaria («dunas brancas»). Glaucium flavum.
2130 * Dunas fixas com vegetação herbácea («dunas 3260 Cursos de água dos pisos basal a montano com
cinzentas»). vegetação da Ranunculion fluitantis e da Cal-
2140 * Dunas fixas descalcificadas com Empetrum litricho-Batrachion.
nigrum. 3270 Cursos de água de margens vasosas com vege-
2150 * Dunas fixas descalcificadas atlânticas (Callu- tação da Chenopodion rubri p. p. e da Bidention
no-Ulicetea). p. p.
2160 Dunas com Hippophaë rhamnoides. 3280 Cursos de água mediterrânicos permanentes da
2170 Dunas com Salix repens ssp. argentea (Salicion
Paspalo-Agrostidion com cortinas arbóreas ribei-
arenariae).
rinhas de Salix e Populus alba.
2180 Dunas arborizadas das regiões atlântica, conti-
nental e boreal. 3290 Cursos de água mediterrânicos intermitentes da
2190 Depressões húmidas intradunares. Paspalo-Agrostidion.
21A0 Machairs (* na Irlanda).
4 Charnecas e matos das zonas temperadas
22 Dunas marítimas das costas mediterrânicas
4010 Charnecas húmidas atlânticas setentrionais de
2210 Dunas fixas do litoral da Crucianellion maritimae. Erica tetralix.
2220 Dunas com Euphorbia terracina. 4020 * Charnecas húmidas atlânticas temperadas de
2230 Dunas com prados da Malcolmietalia. Erica ciliaris e Erica tetralix.
2240 Dunas com prados da Brachypodietalia e espécies 4030 Charnecas secas europeias.
anuais. 4040 * Charnecas secas atlânticas litorais de Erica
2250 * Dunas litorais com Juniperus spp. vagans.
2260 Dunas com vegetação esclerófila da Cisto-La- 4050 * Charnecas macaronésias endémicas.
venduletalia. 4060 Charnecas alpinas e boreais.
2270 * Dunas com florestas de Pinus pinea e ou Pinus 4070 * Matos de Pinus mugo e Rhododendron hirsutum
pinaster. (Mugo-Rhododendretum hirsuti).
4080 Matos de Salix spp. subárcticos.
23 Dunas interiores, antigas e descalcificadas 4090 Charnecas oromediterrânicas endémicas com
giestas espinhosas.
2310 Charnecas psamófilas secas de Calluna e Genista.
2320 Charnecas psamófilas secas de Calluna e Empe-
5 Matos esclerófilos
trum nigrum.
2330 Dunas interiores com prados abertos de Cory- 51 Matos submediterrânicos e temperados
nephourus e Agrostis.
2340 * Dunas interiores panónicas. 5110 Formações estáveis xerotermófilas de Buxus sem-
pervirens das vertentes rochosas (Berberidion
3 Habitats de água doce p. p.).
5120 Formações montanas de Cytisus purgans.
31 Águas paradas
5130 Formações de Juniperus communis em charnecas
3110 Águas oligotróficas muito pouco mineralizadas ou prados calcários.
das planícies arenosas (Littorelletalia uniflorae). 5140 * Formações de Cistus palhinhae em charnecas
3120 Águas oligotróficas muito pouco mineralizadas marítimas.
em solos geralmente arenosos do oeste mediter-
rânico com Isoëtes spp. 52 Matagais arborescentes mediterrânicos
3130 Águas estagnadas, oligotróficas a mesotróficas,
com vegetação da Littorelletea uniflorae e ou da 5210 Matagais arborescentes de Juniperus spp.
Isoëto-Nanojuncetea. 5220 * Matagais arborescentes de Zyziphus.
3140 Águas oligomesotróficas calcárias com vegetação 5230 * Matagais arborescentes de Laurus nobilis.
bêntica de Chara spp.
3150 Lagos eutróficos naturais com vegetação da Mag- 53 Matos termomediterrânicos pré-estépicos
nopotamion ou da Hydrocharition.
3160 Lagos e charcos distróficos naturais. 5310 Matas de Laurus nobilis.
3170 * Charcos temporários mediterrânicos. 5320 Formações baixas de euforbiáceas junto a falésias.
3180 * Turloughs. 5330 Matos termomediterrânicos pré-desérticos.
2194 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 96 — 24-4-1999

54 Friganas 7140 Turfeiras de transição e turfeiras ondulantes.


7150 Depressões em substratos turfosos da Rhynchos-
5410 Friganas mediterrânicas ocidentais dos cimos de
porion.
falésia (Astragalo-Plantaginetum subulatae).
7160 Nascentes ricas em minerais e nascentes de pân-
5420 Friganas da Sarcopoterium spinosum.
tano fenoscandianas.
5430 Friganas endémicas da Euphorbio-Verbascion.
72 Pântanos calcários
6 Formações herbáceas naturais e seminaturais
61 Prados naturais 7210 * Pântanos calcários com Cladium mariscus e
espécies da Caricion davallianae.
6110 * Prados rupícolas calcários ou basófilos da Alys- 7220 * Nascentes petrificantes com formação de tra-
so-Sedion albi. vertinos (Cratoneurion).
6120 * Prados calcários de areias xéricas. 7230 Turfeiras baixas alcalinas.
6130 Prados calaminares da Violetalia calaminariae. 7240 * Formações pioneiras alpinas da Caricion bico-
6140 Prados pirenaicos siliciosos de Festuca eskia. loris-atrofuscae.
6150 Prados alpino-boreais siliciosos.
6160 Prados oro-ibéricos de Festuca indigesta. 73 Turfeiras boreais
6170 Prados calcários alpinos e subalpinos.
6180 Prados mesófilos macaronésios. 7310 * Turfeiras de Aapa.
7320 * Turfeiras de Palsa.
62 Formações herbáceas secas seminaturais e fácies arbustivas
8 Habitats rochosos e grutas
6210 Prados secos seminaturais e fácies arbustivas em
substrato calcário (Festuco-Brometalia) (* impor- 81 Depósitos de vertente rochosos
tantes habitats de orquídeas).
6220 * Subestepes de gramíneas e anuais da Thero- 8110 Depósitos siliciosos dos pisos montano a nival
-Brachypodietea. (Androsacetalia alpinae e Galeopsietalia ladani).
6230 * Formações herbáceas de Nardus, ricas em espé- 8120 Depósitos calcários e de xistos calcários dos pisos
cies, em substratos silicosos das zonas montanas montano a alpino (Thlaspietea rotundifolii).
(e das zonas submontanas da Europa continen- 8130 Depósitos mediterrânicos ocidentais e termófilos.
tal). 8140 Depósitos mediterrânicos orientais.
6240 * Prados estépicos subpanónicos. 8150 Depósitos médio-europeus siliciosos das regiões
6250 * Prados estépicos panónicos em substrato de altas.
loess. 8160 * Depósitos médio-europeus calcários dos pisos
6260 * Estepes panónicas em substrato arenoso. colino a montano.
6270 * Prados fenoscandianos de baixa altitude, secos
a mesófilos, ricos em espécies. 82 Vertentes rochosas com vegetação casmofítica
6280 * Alvar nórdico e rochas planas calcárias pré-
-câmbricas. 8210 Vertentes rochosas calcárias com vegetação cas-
mofítica.
63 Florestas esclerófilas sujeitas a pastoreio (montados)
8220 Vertentes rochosas siliciosas com vegetação cas-
mofítica.
6310 Montados de Quercus spp. de folha perene. 8230 Rochas siliciosas com vegetação pioneira da Sedo-
-Scleranthion ou da Sedo albi-Veronicion dillenii.
64 Pradarias húmidas seminaturais de ervas altas 8240 * Lajes calcárias.
6410 Pradarias com Molinia em solos calcários, tur- 83 Outros habitats rochosos
fosos e argilo-limosos (Molinion caeruleae).
6420 Pradarias húmidas mediterrânicas de ervas altas 8310 Grutas não exploradas pelo turismo.
da Molinio-Holoschoenion. 8320 Campos de lava e escavações naturais.
6430 Comunidades de ervas altas higrófilas das orlas 8330 Grutas marinhas submersas ou semi-submersas.
basais e dos pisos montano a alpino. 8340 Glaciares permanentes.
6440 Pradarias aluviais inundáveis da Cnidion dubii.
6450 Pradarias aluviais setêntrio-boreais. 9 Florestas

65 Prados mesófilos Florestas (sub)naturais de essências indígenas no


estado de matas em alto fuste com vegetação subar-
6510 Prados de feno pobres de baixa altitude (Alo- bustiva típica, que correspondem a um dos seguintes
pecurus pratensis, Sanguisorba officinalis). critérios: raras ou residuais e ou com espécies de inte-
6520 Prados de feno de montanha. resse comunitário:
6530 * Prados arborizados fenoscandianos.
90 Florestas da Europa boreal
7 Turfeiras altas, turfeiras baixas e pântanos
71 Turfeiras ácidas de Sphagnum
9010 * Taiga ocidental.
9020 Florestas antigas caducifólias naturais hemibo-
7110 * Turfeiras altas activas. reais da Fenoscândia ricas em epífitas (Quercus,
7120 Turfeiras altas degradadas ainda susceptíveis de Tilia, Acer, Fraxinus ou Ulmus).
regeneração natural. 9030 * Florestas naturais dos primeiros estádios de
7130 Turfeiras de coberta (* turfeiras activas). sucessão das superfícies emergentes costeiras.
N.o 96 — 24-4-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2195

9040 Florestas nórdicas subalpinas/subárcticas de 92B0 Florestas-galerias junto aos cursos de água inter-
Betula pubescens spp. czerepanovii. mitentes mediterrânicos com Rhododendron pon-
9050 Florestas fenoscandianas de Picea abies ricas em ticum, Salix e outras espécies.
herbáceas. 92C0 Florestas de Platanus orientalis e Liquidambar
9060 Florestas de coníferas nos eskers fluvioglaciares orientalis (Platanion orientalis).
ou a eles associadas. 92D0 Galerias e matos ribeirinhos meridionais (Nerio-
9070 Pastagens arborizadas fenoscandianas. -Tamaricetea e Securinegion tinctoriae).
9080 * Bosques pantanosos caducifólios da Fenoscân-
dia. 93 Florestas esclerófilas mediterrânicas

9310 Carvalhais do Egeu de Quercus brachyphylla.


91 Florestas da Europa temperada 9320 Florestas de Olea e Ceratonia.
9330 Florestas de Quercus suber.
9110 Faiais de Luzulo-Fagetum. 9340 Florestas de Quercus ilex e Quercus rotundifolia.
9120 Faiais acidófilos atlânticos com vegetação arbus- 9350 Florestas de Quercus macrolepis.
tiva de Ilex e por vezes Taxus (Quercion robo- 9360 * Laurissilvas macaronésias (Laurus, Ocotea).
ri-petrae ou Ilici-Fagenion. 9370 * Palmeirais de Phoenix.
9130 Faiais da Asperulo-Fagetum. 9380 Florestas de Ilex aquifolium.
9140 Faiais subalpinos médio-europeus com Acer e
Rumex arifolius. 94 Florestas de coníferas das montanhas temperadas
9150 Faiais calcícolas médio-europeus da Cephalant-
hero-Fagion. 9410 Florestas acidófilas dos pisos montano a alpino
9160 Carvalhais pedunculados ou florestas mistas de (Vaccinio-Piceetea).
carvalhos e carpas subatlânticas e médio-euro- 9420 Florestas alpinas de Larix decidua e ou Pinus
peias da Carpinion betuli. cembra.
9170 Florestas mistas de carvalhos e carpas da Galio- 9430 Florestas montanas e subalpinas de Pinus unci-
-Carpinetum. nata (* em substrato gipsífero ou calcário).
9180 * Florestas de vertentes, depósitos rochosos ou
ravinas da Tilio-Acerion. 95 Florestas de coníferas das montanhas mediterrânicas
e macaronésias
9190 Carvalhais antigos acidófilos de Quercus robur das
planícies arenosas. 9510 * Florestas apeninas meridionais de Abies alba.
91A0 Carvalhais antigos das ilhas Britânicas com Ilex 9520 Florestas de Abies pinsapo.
e Blechnum. 9530 * Pinhais (sub)mediterrânicos de pinheiros
91B0 Freixiais termófilos de Fraxinus angustifolia. negros endémicos.
91C0 * Florestas caledónicas. 9540 Pinhais mediterrânicos de pinheiros mesógeos
91D0 * Turfeiras arborizadas. endémicos.
91E0 * Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus 9550 Pinhais endémicos canários.
excelsior (Alno-Padion, Alnion incanae, Salicion 9560 * Florestas endémicas de Juniperus spp.
albae). 9570 * Florestas de Tetraclinis articulata.
91F0 Florestas mistas de Quercus robur, Ulmus laevis, 9580 * Florestas mediterrânicas de Taxus baccata.
Ulmus minor, Fraxinus excelsior ou Fraxinus angus-
tifolia das margens de grandes rios (Ulmenion ANEXO B-II
minoris).
Espécies animais e vegetais de interesse comunitário cuja con-
91G0 * Florestas panónicas de Quercus petraea e Car- servação exige a designação de zonas especiais de con-
pinus betulus. servação.
91H0 * Florestas panónicas de Quercus pubescens. Interpretação
91I0 * Florestas euro-siberianas estépicas de Quercus
spp. a) O anexo B-II complementa o anexo B-I para o
91J0 * Florestas de Taxus baccata das ilhas Britânicas. estabelecimento de uma rede coerente de zonas espe-
ciais de conservação.
b) As espécies que constam do presente anexo são
92 Florestas mediterrânicas caducifólias
indicadas:
9210 * Faiais dos Apeninos com Taxus e Ilex. Pelo nome da espécie ou da subespécie; ou
9220 * Faiais dos Apeninos com Abies alba e faiais com Pelo conjunto das espécies pertencentes a um taxon
Abies nebrodensis. superior ou a uma referida parte desse taxon.
9230 Carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur
e Quercus pyrenaica. A abreviatura «spp.» após o nome de uma família
9240 Carvalhais ibéricos de Quercus faginea e Quercus ou de um género indica todas as espécies que pertencem
canariensis. a essa família ou a esse género.
9250 Carvalhais de Quercus trojana. c) Símbolos:
9260 Florestas de Castanea sativa. Um asterisco (*) colocado antes do nome de uma
9270 Faiais helénicos com Abies borisii-regis. espécie indica que se trata de uma espécie
9280 Florestas de Quercus frainetto. prioritária;
9290 Florestas de ciprestes (Acero-Cupression). A maioria das espécies que constam do presente
92A0 Florestas-galerias de Salix alba e Populus alba. anexo estão incluídas no anexo B-IV;
2196 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 96 — 24-4-1999

Felidae
Quando uma espécie referida no presente anexo
não consta do anexo B-IV nem do anexo B-V, Lynx lynx (excepto as populações finlandesas).
o seu nome é acompanhado do sinal (o); quando * Lynx pardimus.
uma espécie referida no presente anexo não
consta do anexo B-IV mas consta do anexo B-V, Phocidae
o seu nome é acompanhado do sinal (V).
Halichoerus grypus (V).
a) Animais * Monachus monachus.
Phoca hispida bottnica (o).
Vertebrados
* Phoca hispida saimensis.
Mamíferos Phoca vitulina (V).
Insectivora
Artiodactyla
Talpidae
Cervidae
Galemys pyrenaicus.
* Cervus elaphus corsicanus.
Chiroptera
Rangifer tarandus fennicus (o).

Rhinolophidae Bovidae

Rhinolophus blasii. Capra aegagrus (populações naturais).


Rhinolophus euryale. * Capra pyrenaica pyrenaica.
Rhinolophus ferrumequinum. Ovis gmelini musinon (Ovis ammon musimon) (popu-
Rhinolophus hipposideros. lações naturais — Córsega e Sardenha).
Rhinolophus mehelyi. * Rupicapra pyrenaica ornata (Rupicapra rupicapra
ornata).
Vespertilionidae Rupicapra rupicapra balcanica.
Barbastella barbastellus.
Cetacea
Miniopterus schreibersi.
Myotis bechsteini. Phocoena phocoena.
Myotis blythii. Tursiops truncatus.
Myotis capaccinii.
Myotis dasycneme. Répteis
Myotis emarginatus.
Myotis myotis. Chelonia (testudines)
Testudinidae
Rodentia
Testudo graeca.
Sciuridae
Testudo hermanni.
* Pteromys volans (Sciuropterus russicus). Testudo marginata.
Spermophilus citellus (Citellus citellus).
Cheloniidae

Castoridae
* Caretta caretta.
Castor fiber (excepto as populações finlandesas e suecas).
Emydidae

Microtidae
Emys orbicularis.
Microtus cabrerae. Mauremys caspica.
* Microtus oeconomus arenicola. Mauremys leprosa.

Carnivora Sauria
Canidae Lacertidae

* Alopex lagopus. Gallotia galloti insulanagae.


* Canis lupus (populações espanholas: apenas a sul do * Gallotia simonyi.
Douro; populações gregas: apenas a sul do paralelo Lacerta bonnali (Lacerta monticola).
39; excepto as populações finlandesas). Lacerta monticola.
Lacerta schreiberi.
Ursidae Podarcis lilfordi.
Podarcis pityusensis.
* Ursus arctos (excepto as populações finlandesas e
suecas). Scincidae

Mustelidae Chalcides simonyi (Chalcides occidentalis).


* Gulo gulo. Gekkonidae
Lutra lutra.
Mustela lutreola. Phyllodactylus europaeus.
N.o 96 — 24-4-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2197

Ophidia (serpentes) Clupeiformes


Colubridae
Clupeidae

Elaphe quatuorlineata.
Elaphe situla. Alosa spp. (V).

Viperidae Salmoniformes
* Macrovipera schweizeri (Vipera lebetina schweizeri). Salmonidae
Vipera ursinii.
Hucho hucho (populações naturais) (V).
Anfíbios Salmo macrostigma (o).
Caudata Salmo marmoratus (o).
Salamandridae
Salmo salar (apenas em água doce) (V) (excepto as
populações finlandesas).
Chioglossa lusitanica.
Coregonidae
Mertensiella luschani (Salamandra luschiani).
* Salamandra atra aurorae.
* Coregonus oxyrhynchus (populações anádromas em
Salamandrina terdigitata.
Triturus carnitex (Triturus cristatus carnifex). determinados sectores do mar do Norte).
Trifurus cristatus (Triturus cristatus cristatus).
Triturus dobrogicus (Triturus cristatus dobrogicus). Cypriniformes
Triturus karelinii (Triturus cristatus karelinii). Cyprinidae

Proteidae
Alburnus albidus (o) (Alburnus vulturius).
Proteus anguinus. Anaecypris hispanica.
Aspius aspius (o) (excepto as populações finlandesas).
Plethodontidae
Barbus comiza (V).
Hydromantes (Speleomantes) ambrosii. Barbus meridionalis (V).
Hydromantes (Speleomantes) flavus. Barbus plebejus (V).
Hydromantes (Speleomantes) genei. Chondrostoma genei (o).
Hydromantes (Speleomantes) imperialis. Chondrostoma lusitanicum (o).
Hydromantes (Speleomantes) strinatii. Chondrostoma polylepis (o) (inclui C. willkommi.)
Hydromantes (Speleomantes) supramontes. Chalcalburnus chalcoides (o).
Chondrostoma soetta (o).
Anura Chondrostoma toxostonna (o).
Discoglossidae Gobio albipinnatus (o).
* Alytes muletensis. Gobio uranoscopus (o).
Bombina bombina. Iberocypris palaciosi (o).
Bombina variegata. * Ladigesocypris ghigii (o).
Discoglossus galganoi (inclui Discoglossus «jeanneae»). Leuciscus lucumonis (o).
Discoglossus montalentii. Leuciscus souffia (o).
Discoglossus sardus. Phoxinellus spp. (o).
Rhodeus sericeus amarus (o).
Ranidae
Rutilus alburnoides (o).
Rana latastei. Rutilus arcasii (o).
Rutilus frisii meidingeri (o).
Pelobatidae Rutilus lemmingii (o).
* Pelobates fuscus insubricus. Rutilus macrolepidotus (o).
Rutilus pigus (o).
Peixes Rutilus rubilio (o).
Scardinius graecus (o).
Petromyzoniformes
Petromyzonidae
Cobitidae

Eudontomyzon spp. (o).


Lampetra fluviatilis (V) (excepto as populações finlan- Cobitis taenia (o) (excepto as populações finlandesas).
desas e suecas). Cobitis trichonica (o).
Lampetra planeri (o) (excepto as populações finlandesas Misgurnus fossilis (o).
e suecas). Sabanejewia aurata (o).
Lethenteron zanandreai (V). Sabanejewia larvata (o) (Cobitis larvata e Cobitis cons-
Petromyzon marinus (o) (excepto as populações suecas). persa).

Acipenseriformes Siluriformes
Acipenseridae
Siluridae
* Acipenser naccarii.
* Acipenser sturio. Silurus aristotelis (V).
2198 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 96 — 24-4-1999

Atheriniformes Lepidoptera

Cyprinodontidae Agriades glandon aquilo (o).


* Callimorpha (Euplagia, Panaxia) quadripunctaria (o).
Aphanius iberus (o). Clossiana improba (o).
Aphanius fasciatus (o). Coenonympha oedippus.
* Valencia hispanica. Erebia calcaria.
* Valencia letourneuxi (Valencia hispanica). Erebia christi.
Erebia medusa polaris (o).
Perciformes Eriogaster catax.
Percidae
Euphydryas (Eurodryas, Hypodryas) aurinia (o).
Graellsia isabellae (V).
Gymnocephalus schraetzer (V). Hesperia comma catena (o).
Zingel spp. [(o) excepto Zingel asper e Zingel zingel (V)]. Hypodryas maturna.
Lycaena dispar.
Maculinea nausithous.
Gobiidae
Maculinea teleius.
Knipowitschia (Padogobius) panizzae (o). Melanargia arge.
Padogobius nigricans (o). Papilio hospiton.
Plebicula golgus.
Pomatoschistus canestrini (o).
Xestia borealis (o).
Xestia brunneopicta (o).
Scorpaeniformes
Cottidae Mantodea

Cottus gobio (o) (excepto as populações finlandesas). Apteromantis aptera.


Cottus petiti (o).
Odonata

Invertebrados
Coenagrion hylas (o).
Artrópodes Coenagrion mercuriale (o).
Cordulegaster trinacriae.
Crustacea Gomphus graslinii.
Decapoda
Leucorrhina pectoralis.
Lindenia teraphylla.
Austropotamobius pallipes (V). Macromia splendens.
Ophiogomphus cecilia.
Insecta
Oxygastra curtisii.

Coleoptera Orthoptera

Agathidium pulchellum (o). Baetica ustulata.


Boros schneideri (o).
Buprestis splendens. Arachnida
* Carabus menetriesi pacholei.
Pseudoscorpiones
* Carabus olympiae.
Cerambyx cerdo. Anthrenochernes stellae (o).
Corticaria planula (o).
Cucujus cinnaberinus. Moluscos
Dytiscus latissimus.
Graphoderus bilineatus. Gastropoda
Limoniscus violaceus (o).
Caseolus calculus.
Lucanus cervus (o).
Caseolus commixta.
Macroplea pubipennis (o).
Caseolus sphaerula.
Mesosa myops (o). Discula leacockiana.
Morimus funereus (o). Discula tabellata.
* Osmoderma eremita. Discus guerinianus.
Oxyporus mannerheimii (o). Elona quimperiana.
Pytho kolwensis (o). Geomalacus maculosus.
* Rosalia alpina. Geomitra moniziana.
Stephanopachys linearis (o). * Helicopsis striata austriaca (o).
Stephanopachys substriatus (o). Idiomela (Helix) subplicata.
Xyletinus tremulicola (o). Leiostyla abbreviata.
Leiostyla cassida.
Hemiptera Leiostyla corneocostata.
Leiostyla gibba.
Aradus angularis (o). Leiostyla lamellosa.
N.o 96 — 24-4-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2199

Vertigo angustior (o). Amaryllidaceae


Vertigo genesii (o).
Vertigo geyeri (o). Leucojum nicaeense Ard.
Vertigo moulinsiana (o). Narcissus asturiensis (Jordan) Pugsley.
Narcissus calcicola Mendonça.
Bivalvia
Narcissus cyclamineus DC.
Narcissus fernandesii G. Pedro.
Unionoida Narcissus humilis (Cav.) Traub.
* Narcissus nevadensis Pugsley.
Margaritifera durrovensis (Margaritifera margaritifera) Narcissus pseudonarcissus L. subsp. nobilis (Haw.)
(V).
A. Fernandes.
Margaritifera margaritifera (V).
Narcissus scaberulus Henriq.
Unio crassus.
Narcissus triandrus L. subsp. capax (Salisb.) D. A. Webb.
Narcissus viridiflorus Schousboe.
b) Plantas

Boraginaceae
Pteridophyta

Aspleniaceae * Anchusa crispa Viv.


* Lithodora nitida (H. Ern) R. Fernandes.
Asplenium jahandiezii (Litard.) Rouy. Myosotis lusitanica Schuster.
Myosotis rehsteineri Wartm.
Blechnaceae Myosotis retusifolia R. Afonso.
Omphalodes kuzinskyanae Willk.
Woodwardia radicans (L.) Sm. * Omphalodes littoralis Lehm.
Solenanthus albanicus (Degen & al.) Degen & Baldacci.
Dicksoniaceae * Symphytum cycladense Pawl.
Culcita macrocarpa C. Presl. Campanulaceae

Dryopteridaceae Asyneuma giganteum (Boiss.) Bornm.


* Campanula sabatia De Not.
Diplazium sibiricum (Turcz. ex Kunze) Kurata. Jasione crispa (Pourret) Samp. subsp. serpentinica Pinto
* Dryopteris corleyi Fraser-Jenk. da Silva.
Dryopteris fragans (L.) Schott. Jasione lusitanica A. DC.

Hymenophyllaceae Caryophyllaceae

Trichomanes speciosum Willd. Arenaria ciliata L. ssp. pseudofrigida Ostenf. & O. C.


Dahl.
Isoetaceae Arenaria humifusa Wahlenberg.
* Arenaria nevadensis Boiss. & Reuter.
Isoetes boryana Durieu. Arenaria provincialis Chater & Halliday.
Isoetes malinverniana Ces. & De Not. Dianthus arenarius L. subsp. arenarius.
Dianthus cintranus Boiss. & Reuter subsp. cintranus
Marsileaceae Boiss. & Reuter.
Dianthus marizii (Samp.) Samp.
Marsilea batardae Launert. Dianthus rupicola Biv.
Marsilea quadrifolia L. * Gypsophila papillosa P. Porta.
Marsilea strigosa Willd. Herniaria algarvica Chaudhri.
* Herniaria latifolia Lapeyr. subsp. litardierei Gamis.
Ophioglossaceae Herniaria lusitanica (Chaudhri) subsp. berlengiana
Chaudhri.
Botrychium simplex Hitchc. Herniaria maritima Link.
Ophioglossum polyphyllum A. Braun. Moehringia lateriflora (L.) Fenzl.
Moehringia tommasinii Marches.
Gymnospermae Petrocoptis grandiflora Rothm.
Petrocoptis montsicciana O. Bolos & Rivas Mart.
Pinaceae Petrocoptis pseudoviscosa Fernandez Casas.
* Abies nebrodensis (Lojac.) Mattei. Silene furcata Rafin. ssp. angustiflora (Rupr.) Walters.
* Silene hicesiae Brullo & Signorello.
Silene hifacensis Rouy ex Willk.
Angiospermae * Silene holzmanii Heldr. ex Boiss.
Alismataceae Silene longicilia (Brot.) Otth.
Silene mariana Pau.
* Alisma wahlenbergii (Holmberg) Juz. * Silene orphanidis Boiss.
Caldesia parnassifolia (L.) Parl. * Silene rothmaleri Pinto da Silva.
Luronium natans (L.) Raf. * Silene velutina Pourret ex Loisel.
2200 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 96 — 24-4-1999

Chenopodiaceae Convolvulaceae

* Bassia (Kochia) saxicola (Guss.) A. J. Scott. * Convolvulus argyrothamnus Greuter.


* Salicornia veneta Pignatti & Lausi. * Convolvulus fernandesii Pinto da Silva & Teles.

Cistaceae Cruciferae

Alyssum pyrenaicum Lapeyr.


Cistus palhinhae Ingram.
Arabis sadina (Samp.) P. Cout.
Halimium verticillatum (Brot.) Sennen.
* Biscutella neustriaca Bonnet.
Helianthemum alypoides Losa & Rivas Goday. Biscutella vincentina (Samp.) Rothim.
Helianthemum caput-felis Boiss. Boleum asperum (Pers.) Desvaux.
* Tuberaria major (Willk.) Pinto da Silva & Rozeira. Brassica glabrescens Poldini.
Brassica insularis Moris.
Compositae * Brassica macrocarpa Guss.
Braya linearis Rouy.
* Anthemis glaberrima (Rech. f.) Greuter. * Coincya rupestris Rouy.
Artemisia campestris L. subsp. bottnica A. N. Lundström * Coronopus navasii Pau.
ex Kindb. Diplotaxis ibicensis (Pau) Gomez-Campo.
* Artemisia granatensis Boiss. * Diplotaxis siettiana Maire.
* Artemisia laciniata Willd. Diplotaxis vicentina (P. Cout.) Rothim.
Artemisia oelandica (Besser) Komaror. Draba cacuminum Elis Ekman.
* Artemisia pancicii (Janka) Ronn. Draba cinerea Adamis.
* Aster pyrenaeus Desf. ex DC. Erucastrum palustre (Pirona) Vis.
* Aster sorrentinii (Tod) Lojac. * Iberis arbuscula Runemark.
* Carduus myriacanthus Salzm. ex DC. Iberis procumbens Lange subsp. microcarpa Franco &
* Centaurea alba L. subsp. heldreichii (Halacsy) Dostal. Pinto da Silva.
* Centaurea alba L. subsp. princeps (Boiss. & Heldr.) Jonopsidium acaule (Desf.) Reichenb.
Gugler. Jonopsidium savianum (Caruel) Ball ex Arcang.
* Centaurea attica Nyman subsp. megarensis (Halacsy & Rhynchosinapis erucastrum (L.) Dandy ex Clapham
Hayek) Dostál. subsp. cintrana (Coutinho) Franco & P. Silva [Coincya
* Centaurea balearica J. D. Rodriguez. cintrana (P. Cout.) Pinto da Silva].
* Centaurea borjae Valdes-Berm. & Rivas Goday. Sisymbrium cavanillesianum Valdes & Castroviejo.
Sisymbrium supinum L.
* Centaurea citricolor Font Quer.
Centaurea corymbosa Pourret.
Cyperaceae
Centaurea gadorensis G. Blanca.
* Centaurea horrida Badaro. Carex holostoma Drejer.
* Centaurea kalambakensis Freyn & Sint. * Carex panormitana Guss.
Centaurea kartschiana Scop. Eleocharis carniolica Koch.
* Centaurea lactiflora Halacsy.
Centaurea micrantha Hoffmanns. & Link subsp. herminii Dioscoreaceae
(Rouy) Dostál.
* Borderea chouardii (Gaussen) Heslot.
* Centaurea niederi Heldr.
* Centaurea peucedanifalia Boiss. & Orph.
Droseraceae
* Centaurea pinnata Pau.
Centaurea pulvinata (G. Blanca) G. Blanca. Aldrovanda vesiculosa L.
Centaurea rothmalerana (Arénes) Dostál.
Centaurea vicentina Mariz. Euphorbiaceae
* Crepis crocifolia Boiss. & Helder.
Crepis granatensis (Willk.) B. Blanca & M. Cueto. * Euphorbia margalidiana Kuhbier & Lewejohann.
Crepis tectorum L. subsp. nigrescens. Euphorbia transtagana Boiss.
Erigeron frigidus Boiss. ex DC.
Gentianaceae
Hymenostemma pseudanthemis (Kunze) Willd.
* Jurinea cyanoides (L.) Reichenb. * Centaurium rigualii Esteve.
* Jurinea fontqueri Cuatrec. * Centaurium somedanum Lainz.
* Lamyropsis microcephala (Moris) Dittrich & Greuter. Gentiana ligustica R. de Vilm. & Chopinet.
Leontodon microcephalus (Boiss. ex DC.) Boiss. Gentianella anglica (Pugsley) E. F. Warburg.
Leontodon boryi Boiss.
* Leontodon siculus (Guss.) Finch & Sell. Geraniaceae
Leuzea longifolia Hoffmanns. & Link.
* Erodium astragaloides Boiss. & Reuter.
Ligularia sibirica (L.) Cass.
Erodium paularense Fernandez-Gonzalez & Izco.
Santolina impressa Hoffmanns. & Link. * Erodium rupicola Boiss.
Santolina semidentata Hoffmanns. & Link.
* Senecio elodes Boiss. ex DC. Globulariaceae
Senecio jacobea L. subsp. gotlandicus (Neuman) Sterner.
Senecio nevadensis Boiss. & Reuter. * Globularia stygia Orph. ex Boiss.
N.o 96 — 24-4-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2201

Gramineae Astragalus centralpinus Braun-Blanquet.


* Astragalus maritimus Moris.
Arctagrostis latifolia (R. Br.) Griseb. Astragalus tremolsianus Pau.
Arctophila fulva (Trin.) N. J. Anderson. * Astragalus verrucosus Moris.
Avenula hackelii (Henriq.) Holub. * Cytisus aeolicus Guss. ex Lindl.
Bromus grossus Desf. ex DC. Genista dorycnifolia Font Quer.
Calamagrostis chalybaea (Laest.) Fries. Genista holopetala (Fleischm. ex Koch) Baldacci.
Cinna latifolia (Trev.) Griseb. Melilotus segetalis (Brot.) Ser. subsp. fallax Franco.
Coleanthus subtilis (Tratt.) Seidl. * Ononis hackelii Lange.
Festuca brigantina (Markgr.-Dannenb.) Markgr.- Trifolium saxatile All.
Dannenb. * Vicia bifoliolata J. D. Rodriguez.
Festuca duriotagana Franco & R. Afonso.
Festuca elegans Boiss. Lentibulariaceae
Festuca henriquesii Hack.
Festuca summilusitana Franco & R. Afonso. Pinguicula nevadensis (Lindb.) Casper.
Gaudinia hispanica Stace & Tutin.
Holcus setiglumis Boiss. & Reuter subsp. duriensis Pinto Liliaceae
da Silva.
Micropyropsis tuberosa Romero-Zarco & Cabezudo. Allium grosii Font Quer.
Pseudarrhenatherum pallens (Link) J. Holub. * Androcymbium rechingeri Greuter.
Puccinellia phryganodes (Trin.) Scribner + Merr. * Asphodelus bento-rainhae P. Silva.
Puccinellia pungens (Pau) Paunero. Hyacinthoides vicentina (Hoffmans. & Link) Rothm.
* Stipa austroitalica Martinovsky. * Muscari gussonei (Parl.) Tod.
* Stipa bavarica Martinovsky & H. Scholz.
* Stipa styriaca Martinovsky. Linaceae
* Stipa veneta Moraldo.
Trisetum subalpestre (Hartman) Neuman. * Linum muelleri Moris (Linum maritimum muelleri)

Grossulariaceae Lythraceae

* Ribes sardoum Martelli. * Lythrum flexuosum Lag.

Hippuridaceae Malvaceae

Hippuris tetraphylla L. Fil. Kosteletzkya pentacarpos (L.) Ledeb.

Najadaceae
Hypericaceae

* Hypericum aciferum (Greuter) N. K. B. Robson. Najas flexilis (Willd.) Rostk. & W. L. Schmidt.
Najas tenuissima (A. Braun) Magnus.
Juncaceae
Orchidaceae
Juncus valvatus Link. Calypso bulbosa L.
Luzula arctica Blytt. * Cephalanthera cucullata Boiss. & Heldr.
Cypripedium calceolus L.
Labiatae Gymnigritella runei Teppner & Klein.
Liparis loeselii (L.) Rich.
Dracocephalum austriacum L. * Ophrys lunulata Parl.
* Micromeria taygetea P. Davis. Platanthera obtusata (Pursh) subsp. oligantha (Turez.)
Nepeta dirphya (Boiss.) Heldr. ex Halacsy. Hulten.
* Nepeta sphaciotica P. H. Davis.
Origanum dictamnus L.
Paeoniaceae
Sideritis incana subsp. glauca (Cav.) Malagarriga.
Sideritis javalam brensis Pau. Paeonia cambessedesii (Willk.) Willk.
Sideritis serrata Cav. ex Lag. Paeonia parnassica Tzanoudakis.
Teucrium lepicephalum Pau. Paeonia clusii F. C. Stern subsp. rhodia (Stearn) Tza-
Teucrium turredanum Losa & Rivas Goday. noudakis.
* Thymus camphoratus Hoffmanns. & Link.
Thymus carnosus Boiss. Palmae
* Thymus lotocephalus G. López & R. Morales (Thymus
cephalotos L.). Phoenix theophrasti Greuter.

Leguminosae Papaveraceae

Anthyllis hystrix Cardona, Contandr. & E. Sierra. Corydalis gotlandica Lidén.


* Astragalus algarbiensis Coss. ex Bunge. Papaver laestadianum (Nordh.) Nordh.
* Astragalus aquilanus Anzalone. Papaver radicatum Rottb. subsp. hyperboreum Nordh.
2202 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 96 — 24-4-1999

Plantaginaceae Salicaceae

Plantago algarbiensis Sampaio [Plantago bracteosa Salix salvifolia Brot. subsp. australis Franco.
(Willk.) G. Sampaio].
Plantago almogravensis Franco. Santalaceae

Plumbaginaceae Thesium ebracteatum Hayne.


Armeria berlengensis Daveau.
Saxifragaceae
* Armeria helodes Martini & Pold.
Armeria neglecta Girard. Saxifraga berica (Beguinot) D. A. Webb.
Armeria pseudarmeria (Murray) Mansfeld. Saxifraga florulenta Moretti.
* Armeria rouyana Daveau. Saxifraga hirculus L.
Armeria soleirolii (Duby) Godron. Saxifraga osloënsis Knaben.
Armeria velutina Welw. ex Boiss. & Reuter. Saxifraga tombeanensis Boiss. ex Engl.
Limonium dodartii (Girard) O. Kuntze subsp. lusitani-
cum (Daveau) Franco.
Scrophulariaceae
* Limonium insulare (Beg. & Landi) Arrig. & Diana.
Limonium lanceolatum (Hoffmans. & Link) Franco. Antirrhinum charidemi Lange.
Limonium multiflorum Erben. Chaenorrhinum serpyllifolium (Lange) Lange subsp. lusi-
* Limonium pseudolaetum Arrig. & Diana. tanicum R. Fernandes.
* Limonium strictissimum (Salzmann) Arrig. * Euphrasia genargentea (Feoli) Diana.
Euphrasia marchesettii Wettst. ex Marches.
Polygonaceae Linaria algarviana Chav.
Persicaria foliosa (H. Lindb.) Kitag. Linaria coutinhoi Valdés.
Polygonum praelongum Coode & Cullen. * Linaria ficalhoana Rouy.
Rumex rupestris Le Gall. Linaria flava (Poiret) Desf.
* Linaria hellenica Turrill.
Primulaceae
* Linaria ricardoi Cout.
* Linaria tursica B. Valdes & Cabezudo.
Androsace mathildae Levier. Linaria tonzigii Lona.
Androsace pyrenaica Lam. Odontites granatensis Boiss.
* Primula apennina Widmer. Verbascum litigiosum Samp.
Primula nutans Georgi. Veronica micrantha Hoffmanns & Link.
Primula palinuri Petagna. * Veronica oetaea L. A. Gustavsson.
Primula scandinavica Bruun.
Soldanella villosa Darracq. Solanaceae

Ranunculaceae * Atropa baetica Willk.


* Aconitum corsicum Gayer (Aconitum napellus subsp. Thymelaeaceae
corsicum).
Adonis distorta Ten. Daphne petraea Leybold.
Aquilegia bertolonii Schott. * Daphne rodriguezii Texidor.
Aquilegia kitaibelii Schott.
* Aquilegia pyrenaica D. C. subsp. cazorlensis (Heywood) Ulmaceae
Galiano.
* Consolida samia P. H. Davis. Zelkova abelicea (Lam.) Boiss.
Pulsatilla patens (L.) Miller.
Pulsatilla vulgaris Hill. subsp. gotlandica (Johanss.) Zae- Umbelliferae
melis & Paegle.
Ranunculus lapponicus L. * Angelica heterocarpa Lloyd.
* Ranunculus weyleri Mares. Angelica palustris (Besser) Hoffm.
* Apium bermejoi Llorens.
Resedaceae Apium repens (Jacq.) Lag.
Athamanta cortiana Ferrarini.
* Reseda decursiva Forssk. * Bupleurum capillare Boiss. & Heldr.
* Bupleurum kakiskalae Greuter.
Rosaceae
Eryngium alpinum L.
Agrimonia pilosa Ledebour. * Eryngium viviparun Gay.
Potentilla delphinensis Gren. & Godron. * Laserpitium longiradium Boiss.
Sorbus teodori Liljefors. * Naufraga balearica Constans & Cannon.
* Oenanthe conioides Lange.
Rubiaceae Petagnia saniculifolia Guss.
Rouya polygania (Desf.) Coincy.
* Galium litorale Guss. * Seseli intricatum Boiss.
* Galium viridiflorum Boiss. & Reuter. Thorella verticillatinundata (Thore) Briq.
N.o 96 — 24-4-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2203

Valerianaceae Angiospermae

Centranthus trinervis (Viv.) Beguinot. Asclepiadaceae

Caralluma burchardii N. E. Brown.


Violaceae
* Ceropegia chrysantha Svent.
* Viola hispida Lam.
Viola jaubertian Mares & Vigineix. Boraginaceae
Viola rupestris F. W. Schmidt subsp. relicta Jalas.
Echium candicans L. fil.
* Echium gentianoides Webb & Coincy.
Plantas inferiores Myosotis azorica H. C. Watson.
Bryophyta Myosotis maritima Hochst. in Seub.

Bruchia vogesiaca Schwaegr. (o). Campanulaceae


Bryhnia novae-angliae (Sull & Lesq.) Grout (o).
* Bryoerythrophyllum campylocarpum (C. Müll.) Crum. * Azorina vidalii (H. C. Watson) Feer.
[Bryoerythrophyllum machadoanum (Sergio) M. O. Musschia aurea (L. f.) DC.
Hill] (o). * Musschia wollastonii Lowe.
Buxbaumia viridis (Moug.) Moug. & Nesti. (o).
Cephalozia macounii (Aust.) Aust. (o). Caprifoliaceae
Çynodontium suecicum (H. Arm. & C. Jens.) I. Hag. (o).
Dichelyma capillaceum (Dicks) Myr. (o). * Sambucus palmensis Link.
Dicranum viride (Sull. & Lesq.) Lindb. (o).
Distichophyllum carinatum Dix. & Nich. (o). Caryophyllaceae
Drepanocladus (Hamatocaulis) vernicosus (Mitt.)
Spergularia azorica (Kindb.) Lebel.
Warnst. (o).
Encalypta mutica (I. Hagen) (o).
Celastraceae
Hamatocaulis lapponicus (Norrl.) Hedenäs (o).
Herzogiella turfacea (Lindb.) I. Wats. (o). Maytenus umbellata (R. Br.) Mabb.
Hygrohypnum montanum (Lindb.) Broth. (o).
Jungermannia handelii (Schiffn.) Amak. (o).
Chenopodiaceae
Mannia triandra (Scop.) Grolle (o).
* Marsupella profunda Lindb. (o). Beta patula Ait.
Meesia longiseta Hedw. (o).
Nothothylas orbicularis (Schwein.) Sull. (o). Cistaceae
Orthothecium lapponicum (Schimp.) C. Hartm. (o).
Orthotrichum rogeri Brid. (o). Cistus chinamadensis Banares & Romero.
Petalophyllum ralfsii (Wils.) Nees & Gott. (o). * Helianthemum bystropogophyllum Svent.
Plagiomnium drummondii (Bruch & Schimp.) T. Kop. (o).
Riccia breidleri Jur. (o). Compositae
Riella helicophylla (Bory & Mont.) Mont. (o).
Scapania massolongi (K. Müll.) K. Müll. (o). Andryala crithmifolia Ait.
Sphagnum pylaisii Brid. (o). * Argyranthemum lidii Humphries.
Tayloria rudolphiana (Garov) B. & S. (o). Argyranthemum thalassophylum (Svent.) Hump.
Tortella rigens (N. Alberts) (o). Argyranthemum winterii (Svent.) Humphries.
* Atractylis arbuscula Svent. & Michaelis.
Espécies para a Macaronésia Atractylis preauxiana Schultz.
Calendula maderensis DC.
Pteridophyta Cheirolophus duranii (Burchard) Holub.
Cheirolophus ghomerytus (Svent.) Holub.
Hymenophyllaceae Cheirolophus junonianus (Svent.) Holub.
Cheirolophus massonianus (Lowe) Hansen & Sund.
Hymenophyllum maderensis Gibby & Lovis. Cirsium latifolium Lowe.
Helichrysum gossypinum Webb.
Dryopteridaceae Helichrysum monogynum Burtt & Sund.
Hypochoeris oligocephala (Svent. & Bramw.) Lack.
* Polystichum drepanum (Sw.) C. Presl. * Lactuca watsoniana Trel.
* Onopordum nogalesii Svent.
Isoetaceae * Onorpordum carduelinum Bolle.
* Pericallis hadrosoma (Svent.) B. Nord.
Isoetes azorica Durieu & Paiva ex Milde. Phagnalon benettii Lowe.
Stemmacantha cynaroides (Chr. Son. in Buch) Ditt
Marsileaceae
Sventenia bupleuroides Font Quer.
* Marsilea azorica Launert & Paiva. * Tanacetum ptarmiciflorum Webb & Berth.
2204 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 96 — 24-4-1999

Convolvulaceae * Teline rosmarinifolia Webb & Berthel.


* Teline salsoloides Arco & Acebes.
* Convolvulus caput-medusae Lowe.
Vicia dennesiana H. C. Watson.
* Convolvulus lopez-socasii Svent.
* Convolvulus massonii A. Dietr.
Liliaceae
Crassulaceae * Androcymbium psammophilum Svent.
Aeonium gomeraense Praeger. Scilla maderensis Menezes.
Aeonium saundersii Bolle. Semele maderensis Costa.
Aichryson dumosum (Lowe) Praeg.
Monanthes wildpretii Banares & Scholz. Loranthaceae
Sedum brissemoretii Raymond-Hamet.
Arceuthobium azoricum Wiens & Hawksw.
Cruciferae
Myricaceae
* Crambe arborea Webb ex Christ.
Crambe laevigata DC ex Christ. * Myrica rivas-martinezii Santos.
* Crambe sventenii R. Petters ex Bramwell & Sund.
* Parolinia schizogynoides Svent. Oleaceae
Sinapidendron rupestre (Ait.) Lowe.
Jasminum azoricum L.
Picconia azorica (Tutin) Knobl.
Cyperaceae

Carex malato-belizii Raymond. Orchidaceae

Dipsacaceae Goodyera macrophylla Lowe.

Scabiosa nitens Roemer & J. A. Schultes. Pittosporaceae

Ericaceae * Pittosporum coriaceum Dryand. ex Ait.


Erica scoparia L. subsp. azorica (Hochst.) D. A. Webb. Plantaginaceae

Euphorbiaceae Plantago malato-belizii Lawalree.


* Euphorbia handiensis Burchard. Plumbaginaceae
Euphorbia lambii Svent.
Euphorbia stygiana H. C. Watson. * Limonium arborescens (Brouss.) Kuntze.
Limonium dendroides Svent.
Geraniaceae * Limonium spectabile (Svent.) Kunkel & Sunding.
* Limonium sventenii Santos & Fernandez Galvan.
* Geranium maderense P. F. Yeo.
Polygonaceae
Gramineae

Deschampsia maderensis (Haeck. & Born.) Buschm. Rumex azoricus Rech. fil.
Phalaris maderensis (Menezes) Menezes.
Rhamnaceae
Globulariaceae
Frangula azorica Tutin.
* Globularia ascanii D. Bramwell & Kunkel.
* Globularia sarcophylla Svent. Rosaceae

Labiatae
* Bencomia brachystachya Svent.
Bencomia sphaerocarpa Svent.
* Sideritis cystosiphon Svent. * Chamaemeles coriacea Lindl.
* Sideritis discolor (Webb ex de Noe) Bolle. Dendriopoterium pulidoi Svent.
Sideritis infernalis Bolle. Marcetella maderensis (Born.) Svent.
Sideritis marmorea Bolle. Prunus lusitanica L. subsp. azorica (Mouillef.) Franco.
Teucrium abutiloides L’Hér. Sorbus maderensis (Lowe) Dode.
Teucrium betonicum L’Hér.
Santalaceae
Leguminosae
Kunkeliella subsucculenta Kammer.
* Anagyris latifolia Brouss. ex Willd.
Anthyllis lemanniana Lowe. Scrophulariaceae
* Dorycnium spectabile Webb & Berthel.
* Lotus azoricus P. W. Ball. * Euphrasia azorica H. C. Watson.
Lotus callis-viridis D. Bramwell & D. H. Davis. Euphrasia grandiflora Hochst. in Seub.
* Lotus kunkelii (E. Chueca) D. Bramwell & al. * Isoplexis chalcantha Svent. & O’shanahan.
N.o 96 — 24-4-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2205

Isoplexis isabelliana (Webb & Berthel.) Masferrer. põem na lista nacional como sítios susceptíveis de serem
Odontites holliana (Lowe) Benth. identificados como sítios de importância comunitária,
Sibthorpia peregrina L. consoante o seu valor relativo para a conservação de
cada tipo de habitat natural ou espécie constantes, res-
Solanaceae pectivamente, dos anexos B-I ou B-II que lhes digam
respeito.
* Solanum lidii Sunding. D) Essa lista indicará os sítios em que se encontram
os tipos de habitats naturais prioritários e as espécies
Umbelliferae
prioritárias seleccionados pelos Estados membros
Ammi trifoliatum (H. C. Watson) Trelease. segundo os critérios enunciados em A) e B) supra.
Bupleurum handiense (Bolle) Kunkel.
Fase 2: avaliação da importância comunitária
Chaerophyllum azoricum Trelease. dos sítios incluídos nas listas nacionais
Ferula latipinna Santos.
Melanoselinum decipiens (Schrader & Wendl.) Hoffm. 1 — Todos os sítios identificados pelos Estados mem-
Monizia edulis Lowe. bros na fase 1 que abriguem tipos de habitat natural
Oenanthe divaricata (R. Br.) Mabb. e ou espécies prioritários serão considerados sítios de
Sanicula azorica Guthnick ex Slub. importância comunitária.
2 — A avaliação da importância comunitária dos
Violaceae outros sítios incluídos nas listas dos Estados membros,
Viola paradoxa Lowe. ou seja, da sua contribuição para a manutenção ou para
o restabelecimento, num estado de conservação favo-
Plantas inferiores
rável, de um habitat natural constante do anexo B-I ou
de uma espécie incluída no anexo B-II, e ou para a
Bryophyta coerência da Rede Natura 2000, terá em conta os seguin-
tes critérios:
* Echinodium spinosum (Mitt.) Jur. (o).
* Thamnobryum fernandesii Sergio (o). a) O valor relativo do sítio a nível nacional;
b) A localização geográfica do sítio relativamente
ANEXO B-III
às vias migratórias de espécies do anexo B-II,
bem como a sua eventual pertença a um
Critérios de selecção dos sítios susceptíveis de serem iden- ecossistema coerente situado de ambos os lados
tificados como sítios de importância comunitária e desig-
nados como zonas especiais de conservação. de uma ou várias fronteiras internas da Comu-
nidade;
Fase 1: avaliação a nível nacional da importância relativa dos sítios c) A superfície total do sítio;
para cada tipo de habitat natural do anexo B-I e para cada espécie
do anexo B-II (incluindo os tipos de habitats naturais prioritários d) O número de tipos de habitats naturais do
e as espécies prioritárias). anexo B-I e de espécies do anexo B-II presentes
no sítio;
A) Critérios de avaliação do sítio para um determi- e) O valor ecológico global do local para a região
nado tipo de habitat natural do anexo B-I: ou regiões biogeográfica(s) considerada(s) e ou
a) Grau de representatividade do tipo de habitat para o conjunto do território referido no
natural para o sítio; artigo 2.o, tanto pelo aspecto característico ou
b) Superfície do local coberta pelo tipo de habitat único dos elementos que o compõem como pela
natural relativamente à superfície total coberta sua combinação.
por esse tipo de habitat natural no território
nacional; ANEXO B-IV
c) Grau de conservação da estrutura e das funções
Espécies animais e vegetais de interesse comunitário
do tipo de habitat natural em questão e pos- que exigem uma protecção rigorosa
sibilidade de restauro;
d) Avaliação global do valor do sítio para a con- As espécies contidas no presente anexo são indicadas:
servação do tipo de habitat natural em questão.
Pelo nome da espécie ou da subespécie; ou
B) Critérios de avaliação do local para uma espécie Pelo conjunto das espécies que pertencem a um
determinada do anexo B-II: taxon superior ou a uma parte determinada do
referido taxon.
a) Extensão e densidade da população da espécie
presente no sítio relativamente às populações A abreviatura «spp.» após o nome de uma família
presentes no território nacional; ou de um género serve para indicar todas as espécies
b) Grau de conservação dos elementos do habitat que pertencem a esse género ou família.
importantes para a espécie considerada e pos-
sibilidade de restauro; a) Animais
c) Grau de isolamento da população presente no
local relativamente à área de repartição natural Vertebrados
da espécie; Mamíferos
d) Avaliação global do valor do local para a con-
servação da espécie considerada. Insectivora
Erinaceidae
C) Em conformidade com estes critérios, os Estados
membros procederão à classificação dos sítios que pro- Erinaceus algirus.
2206 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 96 — 24-4-1999

Soricidae Artiodactyla

Crocidura canariensis. Cervidae

Talpidae Cervus elaphus corsicanus.


Galemys pyrenaicus. Bovidae

Microchiroptera Capra aegagrus (populações naturais).


Capra pyrenaica pyrenaica.
Todas as espécies. Ovis ammon musimon (populações naturais — Córsega
e Sardenha).
Rodentia
Rupicapra rupicapra balcanica.
Gliridae Rupicapra ornata.
Todas as espécies, excepto Glis glis e Eliomys quercinus.
Cetacea
Sciuridae
Todas as espécies.
Citellus citellus.
Pteromys volans (Sciuropterus russicus). Répteis
Sciurus anomalus. Testudinata

Castoridae Testudinidae

Castor fiber. Testudo hermanni.


Testudo graeca.
Cricetidae Testudo marginata.
Cricetus cricetus (excepto populações finlandesas e Cheloniidae
suecas).
Caretta caretta.
Microtidae Chelonia mydas.
Lepidochelys kempii.
Microtus cabrerae.
Eretmochelys imbricata.
Microtus oeconomus arenicola.
Microtus oeconomus mehelyi. Dermochelyidae

Zapodidae Dermochelys coriacea.


Sicista betulina. Emydidae

Hystricidae
Emys orbicularis.
Hystrix cristata. Mauremys caspica.
Mauremys leprosa.
Carnivora
Sauria
Canidae
Lacertidae
Alopex lagopus.
Canis lupus (populações espanholas: apenas a sul do Algyroides fitzingeri.
Douro; populações gregas: apenas a sul do para- Algyroides marchi.
lelo 39; excepto populações finlandesas na área de Algyroides moreoticus.
ordenamento das renas, tal como definida pela Lei Algyroides nigropunctatus.
finlandesa n.o 848/90, de 14 de Setembro, sobre o Lacerta agilis.
ordenamento das renas). Lacerta bedriagae.
Lacerta danfordi.
Ursidae Lacerta dugesi.
Lacerta graeca.
Ursus arctos. Lacerta horvathi.
Lacerta monticola.
Mustelidae
Lacerta schreiberi.
Lutra lutra. Lacerta trilineata.
Mustela lutreola. Lacerta viridis.
Lacerta vivipara pannonica.
Felidae Gallotia atlantica.
Gallotia galloti.
Felis silvestris. Gallotia galloti insulanagae.
Lynx lynx. Gallotia simonyi.
Lynx pardina. Gallona stehlini.
Phocidae
Ophisops elegans.
Podarcis erhardii.
Monachus monachus. Podarcis filfolensis.
N.o 96 — 24-4-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2207
Boidae
Podarcis hispanica atrata.
Podarcis lilfordi. Eryx jaculus.
Podarcis melisellensis.
Podarcis milensis. Anfíbios
Podarcis muralis.
Podarcis peloponnesiaca. Caudata
Podarcis pityusensis. Salamandridae
Podarcis sicula.
Podarcis taurica. Chioglossa lusitanica.
Podarcis nliguerta. Euproctus asper.
Podarcis wagleriana. Euproctus montamus.
Euproctus platycephalus.
Scincidae Salamandra atra.
Salamandra aurorae.
Ablepharus kitaibelli. Salamandra lanzai.
Chalcides bedriagai. Salamandra luschani.
Chalcides occidentalis. Salamandrina terdigitata.
Chalcides ocellatus. Triturus carnifex.
Chalcides sexlineatus. Triturus cristatus.
Chalcides viridianus. Triturus italicus.
Ophiomorus punctatissimus. Triturus karelinii.
Triturus marmoratus.
Gekkonidae
Proteidae
Cyrtopodion kotschyi.
Phyllodaaylus europaeus. Proteus anguinus.
Tarentola angustimentalis.
Tarentola boettgeri. Plethodontidae

Tarentola delalandii. Speleomantes ambrosii.


Tarentola gomerensis. Speleomantes flavus.
Agamidae
Speleomantes genei.
Speleomantes imperialis.
Stellio stellio. Speleomantes italicus.
Speleomantes supramontes.
Chamaeleontidae

Anura
Chamaeleo chamaeleon.
Discoglossidae
Anguidae
Bombina bombina.
Ophisaurus apodus. Bombina variegata.
Discoglossus galganoi.
Ophidia Discoglossus jeanneae.
Colubridae Discoglossus montalentii.
Discoglossus pictus.
Coluber caspius. Discoglossus sardus.
Coluber hippocrepis. Alytes cisternasii.
Coluber jugularis. Alytes muletensis.
Coluber laurenti. Alytes obstetricans.
Coluber najadum.
Coluber nummifer. Ranidae
Coluber vindiflavus.
Coronella austriaca. Rana arvalis.
Eirenis modesta. Rana dalmatina.
Elaphe longissima. Rana graeca.
Elaphe quatuorlineata. Rana iberica.
Elaphe situla. Rana italica.
Natrix natrix cetti. Rana latastei.
Natrix natrix corsa. Rana lessonae.
Natrix tessellata. Pelobatidae
Telescopus falax.
Pelobates cultripes.
Viperidae
Pelobates fuscus.
Vipera ammodytes. Pelobates syriacus.
Vipera schweizeri. Bufonidae
Vipera seoanni (excepto as populações espanholas).
Vipera ursinii. Bufo calamita.
Vipera xanthina. Bufo viridis.
2208 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 96 — 24-4-1999

Hylidae
Papilio hospiton.
Hyla arborea. Parnassius apollo.
Hyla meridionalis. Parnassius mnemosyne.
Hyla sarda. Plebicula golgus.
Proserpinus proserpina.
Peixes
Zerynthia polyxena.

Acipenseriformes Mantodea

Acipenseridae Apteromantis aptera.


Acipenser naccarii. Odonata
Acipenser sturio.
Aeshna viridis.
Atheriniformes Cordulegaster trinacriae.
Cyprinodontidae Gomphus graslinii.
Leucorrhina albifrons.
Valencia hispanica. Leucorrhina caudalis.
Leucorrhina peaoralis.
Cypriniformes
Lindenia tetraphylla.
Cyprinidae Macromia splendens.
Ophiogomphus cecilia.
Anaecypris hispanica.
Oxygastra curtisii.
Perciformes Stylurus flavipes.
Sympecma braueri.
Percidae
Orthoptera
Zingel asper.
Baetica ustulata.
Salmoniformes Saga pedo.
Coregonidae
Arachnida
Coregonus oxyrhynchus (populações anádromas em Araneae
determinados sectores do mar do Norte) (excepto
populações finlandesas). Macrothele calpeiana.

Invertebrados Moluscos
Artrópodes Gastropoda
Insecta Prosobranchia

Coleoptera
Patella feruginea.
Buprestis splendens. Theodoxux prevostianus.
Carabus olympiae.
Stylommatophora
Cerambyx cerdo.
Cucujus cinnaberinus. Caseolus calculus.
Dytiscus latissimus. Caseolus commixta.
Graphoderus bilineatus. Caseolus sphaerula.
Osmoderna eremita. Discula leacockiana.
Rosalia alpina. Discula tabellata.
Lepidoptera
Discula testudinalis.
Discula turricula.
Apatura metis. Discus defloratus.
Coenonympha hero. Discus guerinianus.
Coenonympha oedippus. Elona quimperiana.
Erebia calcaria. Geomalacus maculosus.
Erebia christi. Geomitra moniziana.
Erebia sudetica. Helix subplicata.
Eriogaster catax. Leiostyla abbreviata.
Fabriciana elisa. Leiostyla cassida.
Hypodryas maturna. Leiostyla corneocostata.
Hyles hippophaes. Leiostyla gibba.
Lopinga achine. Leiostyla lamellosa.
Lycaena dispar.
Maculinea arion. Bivalvia
Maculinea nausithous. Anisomyaria
Maculinea teleius.
Melanagria arge. Lithophaga lithophaga.
Papilio alexanor. Pinna nobilis.
N.o 96 — 24-4-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2209
Unionoidea Iridaceae

Margaritifera auricularia. Crocus etruscus Parl.


Unio crassus. Iris boissien Henriq.
Iris marisca Ricci & Colasante.
Echinodermata
Echinoidea
Labiatae
Centrostephanus longispinus.
Rosmarinus tomentosus Huber-Morath & Maire.
b) Plantas
Teucrium charidemi Sandwith.
Thyus capitellatus Hoffmanns. & Link.
O anexo B-IV, alínea b), inclui todas as espécies vege- Thymus villosus L. subsp. villosus L.
tais enumeradas no anexo B-II, alínea b) — com excep-
ção dos briófitos —, e ainda as espécies a seguir Liliaceae
indicadas:
Androcymbium europeum (Lange) K. Richter.
Pteridophyta
Bellevalia hackelli Freyn.
Aspleniaceae Colchicum corsicum Baker.
Colchicum cousturien Greuter.
Asplenium hemionitis L. Fritillaria conica Rix.
Fritillaria drenovskii Dogen & Stoy.
Angiospermae Fritillaria gussichiae (Degen & Doerfler) Rix.
Agavaceae Fritillaria obliqua Ker-Gawl.
Fritillaria rhodocanakis orph. ex Baker.
Dracaena draco (L.) L. Ornithogalum reverchonii Degen & Herv.-Bass.
Scilla beirana Samp.
Amaryllidaceae Scilla odorata Link.
Narcissus longispathus Pugsley.
Narcissus triandrus L. Orchidaceae

Berberidaceae
Ophrys argolica Fleischm.
Orchis scopulorum Simsmerh.
Berberis maderensis Lowe. Spiranthes aestivalis (Poiret) L. C. M. Richard.

Campanulaceae Primulaceae

Campanula moratiana Reichenb. Androsace cylindrica DC.


Physoplexis comosa (L.) Schur.
Primula glaucescens Morerti.
Primula spectabilis Trart.
Caryophyllaceae

Moehringia fontqueri Pau. Ranunculaceae

Compositae Aquilegia alpina L.


Argyranthemum pinnatifiduin (L. f.) Lowe subsp. suc- Sapotaceae
culentum (Lowe) C. J. Humphries.
Helichrysum sibthorpii Rouy. Sideroxylon marmulano Banks ex Lowe.
Picris willkommii (Schultz Bip.) Nyman.
Santolina elegans Boiss. ex DC.
Senecio caespitosus Brot. Saxifragaceae
Senecio lagascanus DC subsp. lusitanicus (P. Cout.) Pinto
da Silva. Saxifraga cintrana Kuzinsky ex Willk.
Wagenitzia lancifolia (Sieber ex Sprengl) Dostal. Saxifraga portosanctana Boiss.
Saxifraga presolanensis Engl.
Cruciferae Saxifraga valdensis DC.
Saxifraga vayredana Luizet.
Murbeckiella sousae Rothm.
Scrophulariaceae
Euphorbiaceae
Antirrhinum lopesianum Rothm.
Euphorbia nevadensis Boiss. & Reuter.
Lindernia procumbens (Krocker) Philcox.
Gesneriaceae
Solanaceae.
Jankaea heldreichii (Boiss.) Boiss.
Ramonda serbica Pancic. Mandragora officinarum L.
2210 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 96 — 24-4-1999

Thymelaeaceae Artiodactyla
Bovidae
Thymelaea broterana P. Cout.
Capra ibex.
Umbelliferae Capra pyrenaica (excepto a Capra pyrenaica pyrenaica).
Rupicapra rupicapra (excepto a Rupicapra rupicapra
Bunium brevifolium Lowe. balcanica).
Violaceae Anfíbios

Viola athois W. Becker. Anura


Viola cazorlensis Gandoger. Ranidae
Viola delphinantha Boiss.
Rana esculenta.
ANEXO B-V Rana perezi.
Rana ridibunda.
Espécies animais e vegetais de interesse comunitário cuja cap- Rana temporana.
tura ou colheita na Natureza e exploração podem ser objecto
de medidas de gestão.
Peixes
As espécies contidas no presente anexo são indicadas: Petromyzoniformes

Pelo nome da espécie ou da subespécie; ou Petromyzonidae

Pelo conjunto das espécies que pertencem a um


Lampetra fluviatilis.
taxon superior ou a uma parte determinada do
Lethenteron zanandrai.
referido taxon.
Acipenseriformes
A abreviatura «spp.» após o nome de uma família
Acipenseridae
ou de um género serve para indicar todas as espécies
que pertencem a esse género ou família. Todas as espécies não mencionadas no anexo B-IV.
a) Animais Salmoniformes
Vertebrados Salmonidae

Mamíferos Thymallus thymallus.


Rodentia Coregonus spp. (excepto o Coregnus oxyrhyn-
chus — populações anádromas).
Castoridae
Hucho hucho.
Castor fiber (populações finlandesas). Samo salar (unicamente em águas doces).

Cyprinidae
Carnivora
Canidae
Aspius aspius.
Barbus spp.
Canis aureus. Rutilus friesii meidingeri.
Canis lupus (populações espanholas a norte do Douro Rutilus pigus virgo.
e populações gregas a norte do paralelo 39; popu-
lações finlandesas na área de ordenamento das renas, Perciformes
tal como definida pela Lei finlandesa n.o 848/90, de Percidae
14 de Setembro, sobre o ordenamento das renas).
Gymnocephalus schraetzer.
Mustelidae Zingel zingel.

Martes martes. Clupeiformes


Mustela putorius.
Clupeidae

Phocidae Alosa spp.


Todas as espécies não mencionadas no anexo B-IV.
Siluriformes
Viverridae Siluridae

Genetta genetta. Silurus aristotelis.


Herpestes ichneumon.
Invertebrados
Duplicidentata Coelenterata
Leporidae Cnidaria

Lepus timidus. Corallium rubrum.


N.o 96 — 24-4-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2211

Mollusca Compositae

Gastropoda-stylommatophora Arnica montana L.


Helicidae Artemisia criantha Ten.
Artemisia genipi Weber.
Helix pomatia.
Doronicum plantagineum L. subsp. tournefortii (Rouy)
Bivalvia-unionoida P. Cout.
Margaritiferidae
Cruciferae

Margaritifera margaritifera.
Alyssum pintadasilvae Dudley.
Unionidae Malcolmia lacera (L.) DC. subsp. graccilima (Samp.)
Franco.
Microcondylaea compressa. Murbeckiella pinnatifida (Lam.) Rothm. subsp. herminii
Unio dongatulus. (Rivas-Martinez) Greuter & Burdet.
Annelida
Gentianaceae
Hirudinoidea-arhynchobdellae
Hirudinidae
Gentiana lutea L.

Hirudo medicinalis. Iridaceae

Arthropoda Iris lusitanica Ker-Gawler.


Crustacea-decapoda
Labiatae
Astacidae

Astacus astacus. Teucrium salviastrum Schreber subsp. salviastrum Schre-


Austropotamobius pallipes. ber.
Austropotamobius torrentium. Leguminosae

Scyllaridae
Anthyllis lusitanica Cullen & Pinto da Silva.
Scyllarides latus. Dorycnium pentaphyllum Scop. subsp. transmontana
Franco.
Insecta-lepidoptera Ulex densus Welw. ex Webb.
Saturniidae
Liliaceae
Graellsia isabellae.
Lilium rubrum Lmk.
b) Plantas Ruscus aculeatus L.
Algae
Plumbaginaceae
Rhodophyta
Corallinaceae
Armeria sampaio (Bernis) Nieto Feliner.

Lithothamnium coralloides Crouan frat. Rosaceae


Phymatholithon calcareum (Poll.) Adey & McKibbin.
Rubus genevieri Boreau subsp. herminii (Samp.) P. Cout.
Lichenes
Scrophulariaceae
Cladoniaceae

Cladonia L. subgenus Cladina (Nyl.) Vain. Anarrhinum longipedicelatum R. Fernandes.


Euphrasia mendonçae Samp.
Bryophyta Scrophularia grandiflora DC subsp. grandiflora DC.
Scrophularia berminü Hoffmanns & Link.
Musci
Scrophularia sublyrata Brot.
Leucobryaceae

Compositae
Leucobryum glaucum (Hedw.) Angstr.
Sphagnaceae
Leuzea rhaponticoides Graells.

Sphagnum L. spp. (excepto Sphagnum pylasii Brid.).


ANEXO C
Pteridophyta Métodos e meios de captura e abate e meios
de transporte proibidos
Lycopodium spp.
a) Meios não selectivos:
Angiospermae
Amaryllidaceae Mamíferos e aves:
Galanthus nivalis L. Animais vivos, cegos ou mutilados, utilizados
Narcissus bulbocodium L. como chamarizes;
Narcissus juncifolius Lagasca. Gravadores de som;
2212 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 96 — 24-4-1999

Dispositivos eléctricos e electrónicos capazes e na alínea c) do n.o 1 do artigo 29.o da Lei n.o 13/91,
de matar ou atordoar; de 5 de Junho, o seguinte:
Laços, substâncias viscosas, anzóis;
Fontes de luz artificial; Artigo 1.o
Espelhos e outros meios de encandeamento;
Os valores da remuneração mínima mensal garantida
Meios de iluminação dos alvos;
estabelecidos no artigo 1.o do Decreto-Lei n.o 49/99,
Dispositivos de mira para tiro nocturno, de 16 de Fevereiro, acrescidos de complementos regio-
incluindo um amplificador de imagem ou nais, são, na Região Autónoma da Madeira, os seguintes:
um conversor de imagem electrónicos;
Explosivos; a) 58 050$, para os trabalhadores do serviço domés-
tico;
Redes não selectivas nos seus princípios ou
b) 62 550$, para os trabalhadores dos restantes
condições de utilização; sectores.
Armadilhas não selectivas nos seus princípios
ou condições de utilização; Artigo 2.o
Balestras; Os valores referidos no artigo anterior são devidos
Venenos e engodos envenenados ou anes- com efeitos reportados a 1 de Janeiro de 1999.
tésicos;
Libertação de gases ou fumos; Aprovado em sessão plenária da Assembleia
Armas automáticas ou semiautomáticas com Legislativa Regional da Madeira em 24 de
carregador de capacidade superior a dois Março de 1999.
cartuchos; O Presidente da Assembleia Legislativa Regional,
José Miguel Jardim d’Olival Mendonça.
Peixes:
Assinado em 12 de Abril de 1999.
Venenos; O Minstro da República para a Região Autónoma
Explosivos. da Madeira, Antero Alves Monteiro Diniz.

b) Modos de transporte: Decreto Legislativo Regional n.o 14/99/M


Aeronaves; Cria incentivos à fixação na Região Autónoma da Madeira
Veículos a motor em movimento. de médicos no Serviço Regional de Saúde
A gritante escassez de recursos humanos na área
médica, designadamente de clínica geral, é sobremaneira
conhecida e sentida no âmbito do Serviço Regional de
REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA Saúde, circunstância que tem exigido aos órgãos de
governo da Região a necessidade de criação de meca-
Assembleia Legislativa Regional nismos legislativos para atenuar tal escassez. Neste con-
texto, foi publicado o Decreto Legislativo Regional
Decreto Legislativo Regional n.o 13/99/M n.o 3/92/M, de 7 de Março, e, recentemente, o Decreto
Legislativo Regional n.o 27/98/M, de 29 de Dezembro,
Estabelece os valores da remuneração mínima mensal garantida esperando-se com este último diploma obter os efeitos
na Região Autónoma da Madeira que aqueloutro não alcançou.
A par desta situação, e face a estudos recentes enco-
Nos termos legais, o Decreto-Lei n.o 49/99, de 16 mendados pelo Governo Regional, através da secretaria
de Fevereiro, procedeu à revisão anual dos valores para regional que tutela a área da saúde, verifica-se que,
o salário mínimo nacional a vigorarem no ano de 1999, a muito curto prazo, o fenómeno da escassez tende a
pelo que, na linha da política sócio-laboral do Governo estender-se às demais áreas e carreiras médicas, havendo
Regional, se procede à fixação de acréscimos regionais já sintomas de alguma fragilidade no recrutamento de
a tais valores, garantindo assim a sua adequação à rea- novos profissionais. Com efeito, e de acordo com esses
lidade regional, compensando, por um lado, os traba- estudos, o número de médicos que nos próximos cinco
lhadores dos custos de insularidade e, por outro, con- anos estarão em condições de beneficiar das prerro-
tribuindo para a melhoria das suas condições remu- gativas legalmente previstas de dispensa de trabalho noc-
neratórias. turno e de serviço de urgência nos hospitais da Região
é preocupante. Por outro lado, e apesar da capacidade
A actualização teve em consideração objectivos eco- técnica e tecnológica que o apetrechamento dos serviços
nómicos e os princípios sociais subjacentes à fixação de saúde tem alcançado e das capacidades formativas
das remunerações mínimas e enquadra-se nos pressu- existentes nas unidades de saúde, existe uma periclitante
postos da política de rendimentos e emprego definida falta de apego às vagas e lugares nos internatos médicos
pelo Governo Regional. para a Região, tendo inclusivamente esta cedido aos
Assim: órgãos nacionais as vagas resultantes de protocolo que
No prosseguimento desta política social, a Assembleia lhe estavam reservadas no último concurso de recru-
Legislativa Regional da Madeira decreta, ao abrigo do tamento, por inexistência de candidatos. Toda esta con-
disposto na alínea a) do n.o 1 do artigo 227.o e no juntura se reflecte claramente ao nível dos serviços de
artigo 228.o da Constituição da República Portuguesa urgência hospitalar, reclamando a adopção para estes

Você também pode gostar