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Processos pendentes respeitantes à autorização de abertura O presente diploma entra em vigor no dia 1 de Julho
de novos estabelecimentos de 1997.
1 — Aos processos pendentes à data da entrada em
vigor do presente diploma, respeitantes à autorização
de abertura de estabelecimentos de restauração e de MINISTÉRIO DO AMBIENTE
bebidas, aplica-se o disposto no presente diploma para
a emissão de licença de utilização para serviços de res- Decreto-Lei n.o 140/99
tauração e de bebidas.
2 — No caso dos estabelecimentos de restauração e de 24 de Abril
de bebidas que estiverem em construção à data da
entrada em vigor do presente diploma, o início do seu A conservação da Natureza, entendida como a pre-
funcionamento depende igualmente de licença de uti- servação dos diferentes níveis e componentes naturais
lização para serviços de restauração e de bebidas. da biodiversidade, numa perspectiva de desenvolvi-
mento sustentável, tem vindo a afirmar-se como impe-
rativo de acção política e de desenvolvimento cultural
Artigo 54.o e sócio-económico à escala planetária.
Processos pendentes respeitantes a estabelecimentos A interiorização dos princípios e da acção que lhe
de restauração e de bebidas existentes estão subjacentes afirmou-se sobretudo a partir da
Declaração do Ambiente, adoptada pela primeira Con-
1 — Aos processos pendentes à data da entrada em ferência das Nações Unidas sobre o Ambiente, realizada
vigor do presente diploma, respeitantes a obras de em Estocolmo em 1972, culminando na recente Con-
ampliação, reconstrução ou alteração a realizar em esta- ferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e Desen-
belecimentos de restauração e de bebidas existentes e
volvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, donde
em funcionamento, aplica-se o disposto no artigo 51.o,
resultou a adopção de um conjunto de documentos e
com as necessárias adaptações.
2 — Aos processos pendentes à data da entrada em compromissos, donde ressalta a Convenção da Diver-
vigor do presente diploma, respeitantes à entrada em sidade Biológica.
funcionamento de parte ou totalidade de estabelecimen- No espaço comunitário, a primeira grande acção
tos de restauração e de bebidas existentes, resultante conjunta dos Estados membros para conservação do
de obras neles realizadas, aplica-se o disposto no n.o 1 património natural ocorreu em 1979, com a publicação
do artigo anterior. da Directiva n.o 79/409/CEE, do Conselho, de 2 de
3 — No caso das obras referidas no número anterior Abril, relativa à conservação das aves selvagens (direc-
que estiverem em curso à data da entrada em vigor tiva aves). Este diploma tem por objectivo a protecção,
do presente diploma aplica-se o n.o 2 do artigo anterior. gestão e controlo das espécies de aves que vivem no
4 — À licença de utilização para serviços de restau- estado selvagem no território da União Europeia,
ração e de bebidas que vier a ser emitida na sequência regulamentando a sua exploração. Atendendo à
dos casos previstos nos números anteriores aplica-se o regressão de muitas populações de espécies de aves
disposto no artigo 49.o no território europeu (em especial das migradoras),
à degradação crescente dos seus habitats e ao tipo de
Artigo 55.o exploração de que eram alvo, aquela directiva prevê
que o estabelecimento de medidas de protecção passa
Regime relativo aos instrumentos de regulamentação nomeadamente pela designação de zonas de protecção
colectiva de trabalho
especial (ZPE), correspondentes aos habitats cuja
1 — Continuam a aplicar-se aos restaurantes e simi- salvaguarda é prioritária para a conservação das po-
lares existentes à data da entrada em vigor do presente pulações de aves. Portugal transpôs esta directiva
diploma as normas dos instrumentos de regulamentação para a ordem jurídica interna através do Decreto-Lei
colectiva de trabalho que pressupõem a existência de n.o 75/91, de 14 de Fevereiro.
categorias dos mesmos, enquanto aquelas não forem Em 1993 os Estados membros da União Europeia
alteradas por forma a adaptarem-se ao disposto no pre- publicam aquele que é considerado o principal acto de
sente diploma e ao regulamento a que se refere o n.o 5 direito comunitário no domínio da conservação da Natu-
do artigo 1.o reza: a Directiva n.o 92/43/CEE, do Conselho, de 21 de
2 — As categorias a que se refere o número anterior Maio, relativa à conservação dos habitats naturais e da
são as que os restaurantes e similares tinham à data fauna e da flora selvagens (directiva habitats). Este
da entrada em vigor do presente diploma. diploma visa a conservação da biodiversidade, através
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buição e a importância das suas populações no e as superfícies que abranja sejam estáveis ou estejam
território nacional; em expansão, a estrutura e as funções específicas neces-
j) «Espécime»: qualquer animal ou planta vivo ou sárias à manutenção a longo prazo existirem e forem
morto, bem como qualquer parte ou produto susceptíveis de continuar a existir num futuro previsível
derivado desse animal ou planta ou quaisquer e o estado de conservação das espécies típicas for favo-
outros produtos susceptíveis de serem identi- rável na acepção do n.o 3.
ficados como partes ou produtos derivados de 3 — Para efeitos da alínea i) do n.o 1, o estado de
animais ou plantas das referidas espécies, conservação de uma espécie será considerado favorável
segundo as indicações fornecidas pelo docu- quando, cumulativamente, se verifique que:
mento de acompanhamento, pela embalagem, a) Essa espécie constitua e seja susceptível de cons-
por uma marca ou etiqueta ou por qualquer tituir a longo prazo um elemento vital dos habi-
outro elemento; tats naturais a que pertence, de acordo com os
l) «Sítio»: uma zona definida geograficamente, dados relativos à dinâmica das suas populações;
cuja superfície se encontra claramente deli- b) A área de distribuição natural dessa espécie não
mitada; diminuiu nem corre o perigo de diminuir num
m) «Sítio de importância comunitária»: um sítio futuro previsível;
que, na ou nas regiões biogeográficas atlântica, c) Existe e continuará provavelmente a existir um
mediterrânica ou macaronésica, contribua de habitat suficientemente amplo para que as suas
forma significativa para manter ou restabelecer populações se mantenham a longo prazo.
um tipo de habitat natural do anexo B-I ou de
uma espécie do anexo B-II num estado de con- 4 — Para as espécies animais que ocupem zonas
servação favorável, e possa também contribuir extensas, os sítios de importância comunitária definidos
de forma significativa para a coerência da Rede na alínea m) do n.o 1 correspondem a locais, dentro
Natura 2000 ou para, de forma significativa, da área de distribuição natural dessas espécies, que apre-
manter a diversidade biológica na ou nas refe- sentem características físicas ou biológicas essenciais
ridas regiões biogeográficas; para a sua vida e reprodução.
n) «Zona especial de conservação» (ZEC): um sítio
de importância comunitária no território nacio-
nal em que são aplicadas as medidas necessárias Artigo 4.o
para a manutenção ou o restabelecimento do Lista nacional de sítios
estado de conservação favorável dos habitats
naturais ou das populações das espécies para 1 — Além dos sítios já aprovados pela Resolução de
as quais o sítio é designado; Conselho de Ministros n.o 142/97, de 28 de Agosto, com-
o) «Zona de protecção especial» (ZPE): uma área pete ao ICN a elaboração de novas propostas de sítios
de importância comunitária no território nacio- a incluir na lista nacional de sítios, indicando os tipos
nal em que são aplicadas as medidas necessárias de habitats naturais do anexo B-I e as espécies do
para a manutenção ou restabelecimento do anexo B-II que tais sítios incluem, de acordo com os
estado de conservação das populações das espé- critérios previstos no anexo B-III ao presente diploma,
cies de aves selvagens inscritas no anexo A-I que dele faz parte integrante.
e dos seus habitats; 2 — A inclusão na lista nacional dos sítios referidos
p) «Análise de incidências ambientais»: recolha e no número anterior é aprovada por resolução do Con-
reunião de dados tendo em vista a identificação selho de Ministros.
e previsão dos efeitos, nomeadamente sobre a 3 — Sempre que a evolução natural assim o justifique,
a desclassificação de qualquer sítio constante da lista
fauna, a flora e os habitats, decorrentes de quais-
referida no n.o 1 reveste também a forma prevista no
quer acções, planos ou projectos, individuais ou
número anterior.
em conjunto, com identificação ou propostas de
medidas que evitem, minimizem ou compensem
esses efeitos, e que é efectuada antes de ser Artigo 5.o
tomada uma decisão sobre a sua execução; Zonas especiais de conservação
q) «Animais irrecuperáveis»: animais que em vir-
tude do seu estado de debilidade física ou de 1 — Os sítios da lista nacional referida no n.o 1 do
habituação ao homem não possuem condições artigo 4.o que venham a ser reconhecidos pelas instâncias
para sobreviver pelos próprios meios no seu competentes da União Europeia como sítios de impor-
ambiente natural; tância comunitária são publicitados através de portaria
r) «Anilhagem»: técnica de estudo biológico das do Ministro do Ambiente.
espécies e populações selvagens da fauna, que 2 — Os sítios de importância comunitária referidos
consiste na captura de animais, na sua marcação no número anterior serão classificados, no prazo máximo
com uma anilha e posterior libertação. No caso de seis anos a contar da data em que ocorra este reco-
das aves, a anilha deverá possuir uma nume- nhecimento, como zonas especiais de conservação,
ração individual e a identificação do serviço mediante decreto regulamentar.
competente do Instituto da Conservação da
Natureza (ICN). Artigo 6.o
Zonas de protecção especial
2 — Para efeitos da alínea f) do n.o 1, o estado de
conservação de um habitat natural será considerado As áreas contendo os territórios mais apropriados,
favorável sempre que a sua área de distribuição natural em número e em extensão, para a protecção das espécies
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de aves mencionadas no anexo A-I, bem como das espé- Artigo 8.o
cies de aves migratórias não referidas neste anexo e Actos e actividades sujeitos a parecer
cuja ocorrência no território nacional seja regular, serão
classificadas como zonas de protecção especial, 1 — Nos casos previstos no n.o 8 do artigo anterior,
mediante decreto regulamentar. ficam sujeitos a parecer do ICN ou da direcção regional
de ambiente territorialmente competente os seguintes
actos e actividades:
Artigo 7.o
a) A realização de obras de construção civil fora
Planeamento e ordenamento dos perímetros urbanos, com excepção das obras
de reconstrução, ampliação demolição e con-
1 — A totalidade ou a parte dos sítios da lista nacional servação;
referidos no n.o 1 do artigo 4.o e os sítios de interesse b) A alteração do uso actual do solo que abranja
comunitário e as ZEC referidos, respectivamente, nos áreas contínuas superiores a 5 ha;
n.os 1 e 2 do artigo 5.o, que se localizem dentro dos c) As alterações à morfologia do solo, com excep-
limites das áreas protegidas classificadas ao abrigo do ção das decorrentes das normais actividades
Decreto-Lei n.o 19/93, de 23 de Janeiro, ou de legislação agrícolas e florestais;
anterior, ou das ZPE, criadas ao abrigo do Decreto-Lei d) A alteração do uso actual dos terrenos das zonas
n.o 75/91, de 14 de Fevereiro, ficam sujeitas ao regime húmidas ou marinhas, bem como as alterações
previsto nos respectivos diplomas de classificação ou à sua configuração e topografia;
criação da área protegida e de criação da ZPE. e) A deposição de sucatas e de resíduos sólidos
2 — A totalidade ou a parte das ZPE criadas ao abrigo e líquidos;
do presente diploma que se localizem dentro dos limites f) A abertura de novas vias de comunicação, bem
das áreas protegidas classificadas ao abrigo do Decre- como o alargamento das já existentes;
to-Lei n.o 19/93, de 23 de Janeiro, ou de legislação ante- g) A instalação de novas linhas aéreas de trans-
rior, ficam sujeitas ao regime previsto nos respectivos porte de energia e de comunicações à superfície
diplomas de classificação ou criação da área protegida. do solo fora dos perímetros urbanos;
3 — Nas situações não abrangidas pelos números h) A prática de actividades desportivas motori-
anteriores, os instrumentos de planeamento territorial zadas;
ou outros de natureza especial, quando existam, devem i) A prática de alpinismo, de escalada e de
conter as medidas necessárias para garantir a conser- montanhismo;
vação dos habitats e das populações de espécies para j) A reintrodução de espécies indígenas da fauna
as quais os referidos sítios e áreas foram designados. e da flora selvagens.
4 — Verificando-se que os instrumentos de planea-
mento territorial ou outros de natureza especial, quando 2 — O parecer referido no número anterior deve ser
existam, actualmente em vigor não contemplam as medi- emitido no prazo de 45 dias úteis, contados da data
das referidas no número anterior, devem os mesmos da sua solicitação.
integrá-las na primeira revisão a que sejam sujeitos. 3 — A ausência de parecer no prazo previsto no
5 — No prazo de seis meses a contar da data de número anterior equivale à emissão de parecer favo-
entrada em vigor do presente diploma será publicado rável.
um plano sectorial relativo à implementação da Rede
Natura 2000, estabelecendo o âmbito e o enquadra- Artigo 9.o
mento das medidas referentes à conservação das espé- Avaliação de impacte ambiental e análise
cies da fauna, flora e habitats e tendo em conta o desen- de incidências ambientais
volvimento económico e social das áreas abrangidas. 1 — Quaisquer acções ou projectos, individualmente
6 — O plano sectorial referido no número anterior ou em conjunto com outras acções ou projectos, sus-
deverá ser sujeito a um processo de consulta pública. ceptíveis de afectar significativamente um sítio de impor-
7 — Para os casos previstos no n.o 4, o plano sectorial tância comunitária, uma ZEC ou uma ZPE, e tendo
deverá prever as orientações genéricas para a introdução em vista o objectivo de conservação dos mesmos, podem
das medidas de conservação nos instrumentos de pla- ser sujeitos a uma avaliação de impacte ambiental ou
neamento territorial ou de natureza especial. a um processo prévio de análise de incidências ambien-
8 — Enquanto não ocorrer a revisão mencionada no tais, como formalidade essencial da autorização.
n.o 4 e quando não existam instrumentos de planea- 2 — Sem prejuízo da legislação específica em vigor,
mento territorial ou de natureza especial, ou quando o plano sectorial referido no artigo 7.o define as con-
estes não garantam os objectivos de conservação para dições, os critérios e o processo a seguir na realização
a área em causa, o licenciamento ou a autorização dos da avaliação do impacte ambiental ou das análises de
actos ou actividades a que se refere o n.o 1 do artigo 8.o incidências ambientais.
fica sujeito a parecer favorável do ICN.
9 — Dos pareceres desfavoráveis emitidos ao abrigo Artigo 10.o
do número anterior cabe recurso, no prazo de 30 dias
Impactes ambientais negativos
a contar da sua notificação, para o Ministro do
Ambiente. 1 — Quando, através da realização da avaliação de
10 — A competência para a emissão do parecer refe- impacte ambiental ou da análise de incidências ambien-
rido no n.o 8 poderá ser exercida pelas direcções regio- tais, se conclua que a acção ou projecto implica impactes
nais de ambiente, nos sítios da lista nacional, nos sítios negativos para um sítio de importância comunitária, para
de interesse comunitário, nas ZEC e nas ZPE a iden- uma ZEC ou para uma ZPE, o mesmo só pode ser
tificar em despacho do Ministro do Ambiente. autorizado quando se verifique a ausência de solução
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alternativa e ocorram razões imperativas de interesse 5 — O parecer referido na alínea b) do número ante-
público, como tal reconhecidas mediante despacho con- rior deverá ser emitido no prazo de 45 dias úteis, con-
junto do Ministro do Ambiente e do ministro compe- tados da data da sua solicitação.
tente em razão da matéria. 6 — A ausência de parecer no prazo previsto no
2 — Verificando-se que os impactes negativos da número anterior equivale à emissão de parecer favo-
acção ou projecto incidem sobre um tipo de habitat prio- rável.
ritário ou sobre uma espécie prioritária, o reconheci-
mento a que se refere o número anterior só pode ocorrer Artigo 12.o
quando: Espécies vegetais
a) Estejam em causa razões de saúde ou de segu- 1 — Com vista à protecção das espécies vegetais cons-
rança públicas;
tantes do anexo B-IV, são proibidas:
b) A realização da acção ou projecto implique con-
sequências benéficas para o ambiente; a) A colheita, o corte, o desenraizamento ou a des-
c) Ocorram outras razões de interesse público, truição das plantas ou partes de plantas no seu
reconhecidas pelas instâncias competentes meio natural e dentro da sua área de distribuição
nacionais e da União Europeia. natural;
b) A detenção, o transporte, a venda ou troca e
3 — A autorização para a realização das acções ou a oferta para fins de venda ou de troca de espé-
projectos a que aludem os números anteriores inclui cimes das referidas espécies, colhidos no meio
as necessárias medidas mitigadoras e compensatórias natural, com excepção dos espécimes legal-
a adoptar de acordo com as conclusões dos processos mente colhidos antes da entrada em vigor do
previstos no artigo 9.o Decreto-Lei n.o 226/97, de 27 de Agosto.
c) A regulamentação dos períodos ou dos modos as espécies consideradas nos Catálogos de Variedades
de colheita, captura e abate; de Espécies Agrícolas e Hortícolas.
d) A aplicação na colheita ou captura e abate de 4 — A autorização referida no n.o 2 deve ser proferida
regras haliêuticas ou cinegéticas que respeitem no prazo de 45 dias úteis, contados da data da sua
a sua conservação; solicitação.
e) A criação de um sistema de autorizações da 5 — Considera-se indeferido o pedido quando não
colheita, captura e abate ou de quotas; for concedida autorização no prazo referido no número
f) A regulamentação da compra, venda, colocação anterior.
no mercado, detenção ou transporte com vista
à venda de espécimes;
g) A criação de espécimes de espécies animais em Artigo 17.o
cativeiro, bem como a propagação artificial de Recolha e tratamento de animais selvagens e detenção
espécies vegetais, em condições estritamente de animais irrecuperáveis
controladas, com vista à redução da sua colheita
no meio natural; Sem prejuízo do disposto no n.o 1 do artigo 11.o,
h) A avaliação do efeito das medidas adoptadas. a actividade de recolha e tratamento de animais sel-
vagens com o fim de os devolver ao meio natural e
Artigo 15.o a detenção de animais irrecuperáveis serão definidos
por portaria do Ministro do Ambiente.
Colecções
e) A privação do direito de participar em arre- 3 — As despesas realizadas por força do número ante-
matações ou concursos públicos que tenham por rior, quando não forem pagas voluntariamente pelo
objecto a empreitada ou a concessão de obras infractor no prazo de 20 dias a contar da sua notificação,
públicas, o fornecimento de bens e serviços, a são cobradas nos termos do processo de execuções fis-
concessão de serviços públicos e a atribuição cais, constituindo a nota de despesas título executivo
de licenças e alvarás; bastante, devendo dela constar o nome e o domicílio
f) O encerramento de estabelecimento cujo fun- do devedor, a proveniência da dívida e a indicação, por
cionamento esteja sujeito a autorização ou extenso, do seu montante, bem como a data a partir
licença de autoridade administrativa; da qual são devidos juros de mora.
g) A suspensão de autorizações, licenças e alvarás.
Artigo 26.o
Artigo 24.o
Regiões Autónomas
Processo de contra-ordenação e aplicação de coimas
e sanções acessórias 1 — Compete às Regiões Autónomas dos Açores e
da Madeira a aprovação das ZPE e dos sítios a incluir
1 — Compete ao ICN o processamento das contra- na lista referida no n.o 1 do artigo 4.o
-ordenações e a aplicação das coimas e das sanções aces- 2 — A adaptação do presente diploma às Regiões
sórias nos seguintes casos: Autónomas dos Açores e da Madeira será objecto de
a) Na totalidade ou na parte dos sítios da lista decreto legislativo regional.
nacional referida no n.o 1 do artigo 4.o e nos
sítios de interesse comunitário e nas ZEC refe-
Artigo 27.o
ridos, respectivamente, nos n.os 1 e 2 do
artigo 5.o que se localizem dentro dos limites Revogações
das áreas protegidas classificadas ao abrigo do
Decreto-Lei n.o 19/93, de 23 de Janeiro, ou de São revogados o Decreto-Lei n.o 75/91, de 14 de Feve-
legislação anterior ou das ZPE criadas ao abrigo reiro, o Decreto-Lei n.o 224/93, de 18 de Junho, e o
do Decreto-Lei n.o 75/91, de 14 de Fevereiro; Decreto-Lei n.o 226/97, de 27 de Agosto.
b) Na totalidade ou na parte das ZPE criadas ao Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 28
abrigo do presente diploma ou de legislação de Janeiro de 1999. — António Manuel de Oliveira Guter-
anterior que se localizem dentro dos limites das res — José Veiga Simão — António Luciano Pacheco de
áreas protegidas classificadas ao abrigo do Sousa Franco — Jorge Paulo Sacadura Almeida Coe-
Decreto-Lei n.o 19/93, de 23 de Janeiro, ou de lho — João Cardona Gomes Cravinho — José Eduardo
legislação anterior. Vera Cruz Jardim — Luís Manuel Capoulas San-
tos — Elisa Maria da Costa Guimarães Ferreira.
2 — Compete às direcções regionais do ambiente o
processamento das contra-ordenações e a aplicação das Promulgado em 30 de Março de 1999.
coimas e das sanções acessórias nos seguintes casos:
Publique-se.
a) Nos sítios da lista nacional referida no n.o 1
do artigo 4.o, nos sítios de interesse comunitário O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
e nas ZEC referidos, respectivamente, nos n.os 1
e 2 do artigo 5.o e nas ZPE não abrangidos Referendado em 9 de Abril de 1999.
pelas alíneas a) e b) do número anterior; O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira
b) No remanescente do território nacional. Guterres.
3 — A receita das coimas previstas no artigo 22.o será
ANEXO A-I
assim distribuída:
Espécies de aves de interesse comunitário cuja conservação
a) 60 % para o Estado; requer a designação de zonas de protecção especial
b) 20 % para a entidade autuante;
c) 20 % para a entidade que processa a contra- Um asterisco (*) colocado antes do nome de uma
-ordenação. espécie indica que se trata de uma espécie prioritária.
Artigo 25.o Gavia stellata — mobelha-pequena.
Reposição da situação anterior
Gavia arctica — mobelha-árctica.
Gavia immer — mobelha-grande.
1 — Independentemente da aplicação da coima e das Podiceps auritus — mergulhão-de-pescoço-castanho.
sanções acessórias, o ICN ou a direcção regional do * Pterodroma feae — freira-do-bugio.
ambiente territorialmente competente poderão, nos ter- * Pterodroma madeira — freira-da-madeira.
mos dos n.os 1 e 2 do artigo anterior, intimar o infractor Bulweria bulwerii — pardela-de-bulwer.
a proceder à reposição da situação anterior à infracção, Calonectris diomedea — pardela-de-bico-amarelo.
fixando-lhe as acções necessárias para o efeito e o res- * Puffinus puffinus mauretanicus — pardela-sombria-
pectivo prazo de execução. -das-baleares.
2 — Após a notificação para as acções referidas no Puffinus assimilis — pardela-pequena.
n.o 1 e se a obrigação não for cumprida no prazo fixado, Pelagodroma marina — painho-de-ventre-branco.
o ICN ou a direcção regional do ambiente territorial- Hydrobates pelagicus — painho-de-cauda-quadrada.
mente competente procedem ou mandam proceder às Oceanodroma leucorhoa — painho-de-cauda-forcada.
acções necessárias por conta do infractor. Oceanodroma castro — painho-da-madeira.
N.o 96 — 24-4-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2191
1620 Ilhéus e pequenas ilhas do Báltico boreal. 32 Águas correntes — troços de cursos de água com dinâmica
1630 * Prados costeiros do Báltico boreal. natural e seminatural (leitos pequenos, médios e grandes),
em que a qualidade da água não sofre mudanças signi-
1640 Praias de areia com vegetação vivaz do Báltico ficativas.
boreal.
1650 Enseadas estreitas do Báltico boreal. 3210 Cursos de água naturais da Fenoscândia.
3220 Cursos de água alpinos com vegetação ripícola
2 Dunas marítimas e interiores herbácea.
21 Dunas marítimas das costas atlânticas,
3230 Cursos de água alpinos com vegetação ripícola
do mar do Norte e do Báltico lenhosa de Myricaria germanica.
3240 Cursos de água alpinos com vegetação ripícola
2110 Dunas móveis embrionárias. lenhosa de Salix elaeagnos.
2120 Dunas móveis do cordão litoral com Ammophila 3250 Cursos de água mediterrânicos permanentes com
arenaria («dunas brancas»). Glaucium flavum.
2130 * Dunas fixas com vegetação herbácea («dunas 3260 Cursos de água dos pisos basal a montano com
cinzentas»). vegetação da Ranunculion fluitantis e da Cal-
2140 * Dunas fixas descalcificadas com Empetrum litricho-Batrachion.
nigrum. 3270 Cursos de água de margens vasosas com vege-
2150 * Dunas fixas descalcificadas atlânticas (Callu- tação da Chenopodion rubri p. p. e da Bidention
no-Ulicetea). p. p.
2160 Dunas com Hippophaë rhamnoides. 3280 Cursos de água mediterrânicos permanentes da
2170 Dunas com Salix repens ssp. argentea (Salicion
Paspalo-Agrostidion com cortinas arbóreas ribei-
arenariae).
rinhas de Salix e Populus alba.
2180 Dunas arborizadas das regiões atlântica, conti-
nental e boreal. 3290 Cursos de água mediterrânicos intermitentes da
2190 Depressões húmidas intradunares. Paspalo-Agrostidion.
21A0 Machairs (* na Irlanda).
4 Charnecas e matos das zonas temperadas
22 Dunas marítimas das costas mediterrânicas
4010 Charnecas húmidas atlânticas setentrionais de
2210 Dunas fixas do litoral da Crucianellion maritimae. Erica tetralix.
2220 Dunas com Euphorbia terracina. 4020 * Charnecas húmidas atlânticas temperadas de
2230 Dunas com prados da Malcolmietalia. Erica ciliaris e Erica tetralix.
2240 Dunas com prados da Brachypodietalia e espécies 4030 Charnecas secas europeias.
anuais. 4040 * Charnecas secas atlânticas litorais de Erica
2250 * Dunas litorais com Juniperus spp. vagans.
2260 Dunas com vegetação esclerófila da Cisto-La- 4050 * Charnecas macaronésias endémicas.
venduletalia. 4060 Charnecas alpinas e boreais.
2270 * Dunas com florestas de Pinus pinea e ou Pinus 4070 * Matos de Pinus mugo e Rhododendron hirsutum
pinaster. (Mugo-Rhododendretum hirsuti).
4080 Matos de Salix spp. subárcticos.
23 Dunas interiores, antigas e descalcificadas 4090 Charnecas oromediterrânicas endémicas com
giestas espinhosas.
2310 Charnecas psamófilas secas de Calluna e Genista.
2320 Charnecas psamófilas secas de Calluna e Empe-
5 Matos esclerófilos
trum nigrum.
2330 Dunas interiores com prados abertos de Cory- 51 Matos submediterrânicos e temperados
nephourus e Agrostis.
2340 * Dunas interiores panónicas. 5110 Formações estáveis xerotermófilas de Buxus sem-
pervirens das vertentes rochosas (Berberidion
3 Habitats de água doce p. p.).
5120 Formações montanas de Cytisus purgans.
31 Águas paradas
5130 Formações de Juniperus communis em charnecas
3110 Águas oligotróficas muito pouco mineralizadas ou prados calcários.
das planícies arenosas (Littorelletalia uniflorae). 5140 * Formações de Cistus palhinhae em charnecas
3120 Águas oligotróficas muito pouco mineralizadas marítimas.
em solos geralmente arenosos do oeste mediter-
rânico com Isoëtes spp. 52 Matagais arborescentes mediterrânicos
3130 Águas estagnadas, oligotróficas a mesotróficas,
com vegetação da Littorelletea uniflorae e ou da 5210 Matagais arborescentes de Juniperus spp.
Isoëto-Nanojuncetea. 5220 * Matagais arborescentes de Zyziphus.
3140 Águas oligomesotróficas calcárias com vegetação 5230 * Matagais arborescentes de Laurus nobilis.
bêntica de Chara spp.
3150 Lagos eutróficos naturais com vegetação da Mag- 53 Matos termomediterrânicos pré-estépicos
nopotamion ou da Hydrocharition.
3160 Lagos e charcos distróficos naturais. 5310 Matas de Laurus nobilis.
3170 * Charcos temporários mediterrânicos. 5320 Formações baixas de euforbiáceas junto a falésias.
3180 * Turloughs. 5330 Matos termomediterrânicos pré-desérticos.
2194 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 96 — 24-4-1999
9040 Florestas nórdicas subalpinas/subárcticas de 92B0 Florestas-galerias junto aos cursos de água inter-
Betula pubescens spp. czerepanovii. mitentes mediterrânicos com Rhododendron pon-
9050 Florestas fenoscandianas de Picea abies ricas em ticum, Salix e outras espécies.
herbáceas. 92C0 Florestas de Platanus orientalis e Liquidambar
9060 Florestas de coníferas nos eskers fluvioglaciares orientalis (Platanion orientalis).
ou a eles associadas. 92D0 Galerias e matos ribeirinhos meridionais (Nerio-
9070 Pastagens arborizadas fenoscandianas. -Tamaricetea e Securinegion tinctoriae).
9080 * Bosques pantanosos caducifólios da Fenoscân-
dia. 93 Florestas esclerófilas mediterrânicas
Felidae
Quando uma espécie referida no presente anexo
não consta do anexo B-IV nem do anexo B-V, Lynx lynx (excepto as populações finlandesas).
o seu nome é acompanhado do sinal (o); quando * Lynx pardimus.
uma espécie referida no presente anexo não
consta do anexo B-IV mas consta do anexo B-V, Phocidae
o seu nome é acompanhado do sinal (V).
Halichoerus grypus (V).
a) Animais * Monachus monachus.
Phoca hispida bottnica (o).
Vertebrados
* Phoca hispida saimensis.
Mamíferos Phoca vitulina (V).
Insectivora
Artiodactyla
Talpidae
Cervidae
Galemys pyrenaicus.
* Cervus elaphus corsicanus.
Chiroptera
Rangifer tarandus fennicus (o).
Rhinolophidae Bovidae
Castoridae
* Caretta caretta.
Castor fiber (excepto as populações finlandesas e suecas).
Emydidae
Microtidae
Emys orbicularis.
Microtus cabrerae. Mauremys caspica.
* Microtus oeconomus arenicola. Mauremys leprosa.
Carnivora Sauria
Canidae Lacertidae
Elaphe quatuorlineata.
Elaphe situla. Alosa spp. (V).
Viperidae Salmoniformes
* Macrovipera schweizeri (Vipera lebetina schweizeri). Salmonidae
Vipera ursinii.
Hucho hucho (populações naturais) (V).
Anfíbios Salmo macrostigma (o).
Caudata Salmo marmoratus (o).
Salamandridae
Salmo salar (apenas em água doce) (V) (excepto as
populações finlandesas).
Chioglossa lusitanica.
Coregonidae
Mertensiella luschani (Salamandra luschiani).
* Salamandra atra aurorae.
* Coregonus oxyrhynchus (populações anádromas em
Salamandrina terdigitata.
Triturus carnitex (Triturus cristatus carnifex). determinados sectores do mar do Norte).
Trifurus cristatus (Triturus cristatus cristatus).
Triturus dobrogicus (Triturus cristatus dobrogicus). Cypriniformes
Triturus karelinii (Triturus cristatus karelinii). Cyprinidae
Proteidae
Alburnus albidus (o) (Alburnus vulturius).
Proteus anguinus. Anaecypris hispanica.
Aspius aspius (o) (excepto as populações finlandesas).
Plethodontidae
Barbus comiza (V).
Hydromantes (Speleomantes) ambrosii. Barbus meridionalis (V).
Hydromantes (Speleomantes) flavus. Barbus plebejus (V).
Hydromantes (Speleomantes) genei. Chondrostoma genei (o).
Hydromantes (Speleomantes) imperialis. Chondrostoma lusitanicum (o).
Hydromantes (Speleomantes) strinatii. Chondrostoma polylepis (o) (inclui C. willkommi.)
Hydromantes (Speleomantes) supramontes. Chalcalburnus chalcoides (o).
Chondrostoma soetta (o).
Anura Chondrostoma toxostonna (o).
Discoglossidae Gobio albipinnatus (o).
* Alytes muletensis. Gobio uranoscopus (o).
Bombina bombina. Iberocypris palaciosi (o).
Bombina variegata. * Ladigesocypris ghigii (o).
Discoglossus galganoi (inclui Discoglossus «jeanneae»). Leuciscus lucumonis (o).
Discoglossus montalentii. Leuciscus souffia (o).
Discoglossus sardus. Phoxinellus spp. (o).
Rhodeus sericeus amarus (o).
Ranidae
Rutilus alburnoides (o).
Rana latastei. Rutilus arcasii (o).
Rutilus frisii meidingeri (o).
Pelobatidae Rutilus lemmingii (o).
* Pelobates fuscus insubricus. Rutilus macrolepidotus (o).
Rutilus pigus (o).
Peixes Rutilus rubilio (o).
Scardinius graecus (o).
Petromyzoniformes
Petromyzonidae
Cobitidae
Acipenseriformes Siluriformes
Acipenseridae
Siluridae
* Acipenser naccarii.
* Acipenser sturio. Silurus aristotelis (V).
2198 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 96 — 24-4-1999
Atheriniformes Lepidoptera
Invertebrados
Coenagrion hylas (o).
Artrópodes Coenagrion mercuriale (o).
Cordulegaster trinacriae.
Crustacea Gomphus graslinii.
Decapoda
Leucorrhina pectoralis.
Lindenia teraphylla.
Austropotamobius pallipes (V). Macromia splendens.
Ophiogomphus cecilia.
Insecta
Oxygastra curtisii.
Coleoptera Orthoptera
Boraginaceae
Pteridophyta
Hymenophyllaceae Caryophyllaceae
Chenopodiaceae Convolvulaceae
Cistaceae Cruciferae
Grossulariaceae Lythraceae
Hippuridaceae Malvaceae
Najadaceae
Hypericaceae
* Hypericum aciferum (Greuter) N. K. B. Robson. Najas flexilis (Willd.) Rostk. & W. L. Schmidt.
Najas tenuissima (A. Braun) Magnus.
Juncaceae
Orchidaceae
Juncus valvatus Link. Calypso bulbosa L.
Luzula arctica Blytt. * Cephalanthera cucullata Boiss. & Heldr.
Cypripedium calceolus L.
Labiatae Gymnigritella runei Teppner & Klein.
Liparis loeselii (L.) Rich.
Dracocephalum austriacum L. * Ophrys lunulata Parl.
* Micromeria taygetea P. Davis. Platanthera obtusata (Pursh) subsp. oligantha (Turez.)
Nepeta dirphya (Boiss.) Heldr. ex Halacsy. Hulten.
* Nepeta sphaciotica P. H. Davis.
Origanum dictamnus L.
Paeoniaceae
Sideritis incana subsp. glauca (Cav.) Malagarriga.
Sideritis javalam brensis Pau. Paeonia cambessedesii (Willk.) Willk.
Sideritis serrata Cav. ex Lag. Paeonia parnassica Tzanoudakis.
Teucrium lepicephalum Pau. Paeonia clusii F. C. Stern subsp. rhodia (Stearn) Tza-
Teucrium turredanum Losa & Rivas Goday. noudakis.
* Thymus camphoratus Hoffmanns. & Link.
Thymus carnosus Boiss. Palmae
* Thymus lotocephalus G. López & R. Morales (Thymus
cephalotos L.). Phoenix theophrasti Greuter.
Leguminosae Papaveraceae
Plantaginaceae Salicaceae
Plantago algarbiensis Sampaio [Plantago bracteosa Salix salvifolia Brot. subsp. australis Franco.
(Willk.) G. Sampaio].
Plantago almogravensis Franco. Santalaceae
Valerianaceae Angiospermae
Deschampsia maderensis (Haeck. & Born.) Buschm. Rumex azoricus Rech. fil.
Phalaris maderensis (Menezes) Menezes.
Rhamnaceae
Globulariaceae
Frangula azorica Tutin.
* Globularia ascanii D. Bramwell & Kunkel.
* Globularia sarcophylla Svent. Rosaceae
Labiatae
* Bencomia brachystachya Svent.
Bencomia sphaerocarpa Svent.
* Sideritis cystosiphon Svent. * Chamaemeles coriacea Lindl.
* Sideritis discolor (Webb ex de Noe) Bolle. Dendriopoterium pulidoi Svent.
Sideritis infernalis Bolle. Marcetella maderensis (Born.) Svent.
Sideritis marmorea Bolle. Prunus lusitanica L. subsp. azorica (Mouillef.) Franco.
Teucrium abutiloides L’Hér. Sorbus maderensis (Lowe) Dode.
Teucrium betonicum L’Hér.
Santalaceae
Leguminosae
Kunkeliella subsucculenta Kammer.
* Anagyris latifolia Brouss. ex Willd.
Anthyllis lemanniana Lowe. Scrophulariaceae
* Dorycnium spectabile Webb & Berthel.
* Lotus azoricus P. W. Ball. * Euphrasia azorica H. C. Watson.
Lotus callis-viridis D. Bramwell & D. H. Davis. Euphrasia grandiflora Hochst. in Seub.
* Lotus kunkelii (E. Chueca) D. Bramwell & al. * Isoplexis chalcantha Svent. & O’shanahan.
N.o 96 — 24-4-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2205
Isoplexis isabelliana (Webb & Berthel.) Masferrer. põem na lista nacional como sítios susceptíveis de serem
Odontites holliana (Lowe) Benth. identificados como sítios de importância comunitária,
Sibthorpia peregrina L. consoante o seu valor relativo para a conservação de
cada tipo de habitat natural ou espécie constantes, res-
Solanaceae pectivamente, dos anexos B-I ou B-II que lhes digam
respeito.
* Solanum lidii Sunding. D) Essa lista indicará os sítios em que se encontram
os tipos de habitats naturais prioritários e as espécies
Umbelliferae
prioritárias seleccionados pelos Estados membros
Ammi trifoliatum (H. C. Watson) Trelease. segundo os critérios enunciados em A) e B) supra.
Bupleurum handiense (Bolle) Kunkel.
Fase 2: avaliação da importância comunitária
Chaerophyllum azoricum Trelease. dos sítios incluídos nas listas nacionais
Ferula latipinna Santos.
Melanoselinum decipiens (Schrader & Wendl.) Hoffm. 1 — Todos os sítios identificados pelos Estados mem-
Monizia edulis Lowe. bros na fase 1 que abriguem tipos de habitat natural
Oenanthe divaricata (R. Br.) Mabb. e ou espécies prioritários serão considerados sítios de
Sanicula azorica Guthnick ex Slub. importância comunitária.
2 — A avaliação da importância comunitária dos
Violaceae outros sítios incluídos nas listas dos Estados membros,
Viola paradoxa Lowe. ou seja, da sua contribuição para a manutenção ou para
o restabelecimento, num estado de conservação favo-
Plantas inferiores
rável, de um habitat natural constante do anexo B-I ou
de uma espécie incluída no anexo B-II, e ou para a
Bryophyta coerência da Rede Natura 2000, terá em conta os seguin-
tes critérios:
* Echinodium spinosum (Mitt.) Jur. (o).
* Thamnobryum fernandesii Sergio (o). a) O valor relativo do sítio a nível nacional;
b) A localização geográfica do sítio relativamente
ANEXO B-III
às vias migratórias de espécies do anexo B-II,
bem como a sua eventual pertença a um
Critérios de selecção dos sítios susceptíveis de serem iden- ecossistema coerente situado de ambos os lados
tificados como sítios de importância comunitária e desig-
nados como zonas especiais de conservação. de uma ou várias fronteiras internas da Comu-
nidade;
Fase 1: avaliação a nível nacional da importância relativa dos sítios c) A superfície total do sítio;
para cada tipo de habitat natural do anexo B-I e para cada espécie
do anexo B-II (incluindo os tipos de habitats naturais prioritários d) O número de tipos de habitats naturais do
e as espécies prioritárias). anexo B-I e de espécies do anexo B-II presentes
no sítio;
A) Critérios de avaliação do sítio para um determi- e) O valor ecológico global do local para a região
nado tipo de habitat natural do anexo B-I: ou regiões biogeográfica(s) considerada(s) e ou
a) Grau de representatividade do tipo de habitat para o conjunto do território referido no
natural para o sítio; artigo 2.o, tanto pelo aspecto característico ou
b) Superfície do local coberta pelo tipo de habitat único dos elementos que o compõem como pela
natural relativamente à superfície total coberta sua combinação.
por esse tipo de habitat natural no território
nacional; ANEXO B-IV
c) Grau de conservação da estrutura e das funções
Espécies animais e vegetais de interesse comunitário
do tipo de habitat natural em questão e pos- que exigem uma protecção rigorosa
sibilidade de restauro;
d) Avaliação global do valor do sítio para a con- As espécies contidas no presente anexo são indicadas:
servação do tipo de habitat natural em questão.
Pelo nome da espécie ou da subespécie; ou
B) Critérios de avaliação do local para uma espécie Pelo conjunto das espécies que pertencem a um
determinada do anexo B-II: taxon superior ou a uma parte determinada do
referido taxon.
a) Extensão e densidade da população da espécie
presente no sítio relativamente às populações A abreviatura «spp.» após o nome de uma família
presentes no território nacional; ou de um género serve para indicar todas as espécies
b) Grau de conservação dos elementos do habitat que pertencem a esse género ou família.
importantes para a espécie considerada e pos-
sibilidade de restauro; a) Animais
c) Grau de isolamento da população presente no
local relativamente à área de repartição natural Vertebrados
da espécie; Mamíferos
d) Avaliação global do valor do local para a con-
servação da espécie considerada. Insectivora
Erinaceidae
C) Em conformidade com estes critérios, os Estados
membros procederão à classificação dos sítios que pro- Erinaceus algirus.
2206 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 96 — 24-4-1999
Soricidae Artiodactyla
Castoridae Testudinidae
Hystricidae
Emys orbicularis.
Hystrix cristata. Mauremys caspica.
Mauremys leprosa.
Carnivora
Sauria
Canidae
Lacertidae
Alopex lagopus.
Canis lupus (populações espanholas: apenas a sul do Algyroides fitzingeri.
Douro; populações gregas: apenas a sul do para- Algyroides marchi.
lelo 39; excepto populações finlandesas na área de Algyroides moreoticus.
ordenamento das renas, tal como definida pela Lei Algyroides nigropunctatus.
finlandesa n.o 848/90, de 14 de Setembro, sobre o Lacerta agilis.
ordenamento das renas). Lacerta bedriagae.
Lacerta danfordi.
Ursidae Lacerta dugesi.
Lacerta graeca.
Ursus arctos. Lacerta horvathi.
Lacerta monticola.
Mustelidae
Lacerta schreiberi.
Lutra lutra. Lacerta trilineata.
Mustela lutreola. Lacerta viridis.
Lacerta vivipara pannonica.
Felidae Gallotia atlantica.
Gallotia galloti.
Felis silvestris. Gallotia galloti insulanagae.
Lynx lynx. Gallotia simonyi.
Lynx pardina. Gallona stehlini.
Phocidae
Ophisops elegans.
Podarcis erhardii.
Monachus monachus. Podarcis filfolensis.
N.o 96 — 24-4-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2207
Boidae
Podarcis hispanica atrata.
Podarcis lilfordi. Eryx jaculus.
Podarcis melisellensis.
Podarcis milensis. Anfíbios
Podarcis muralis.
Podarcis peloponnesiaca. Caudata
Podarcis pityusensis. Salamandridae
Podarcis sicula.
Podarcis taurica. Chioglossa lusitanica.
Podarcis nliguerta. Euproctus asper.
Podarcis wagleriana. Euproctus montamus.
Euproctus platycephalus.
Scincidae Salamandra atra.
Salamandra aurorae.
Ablepharus kitaibelli. Salamandra lanzai.
Chalcides bedriagai. Salamandra luschani.
Chalcides occidentalis. Salamandrina terdigitata.
Chalcides ocellatus. Triturus carnifex.
Chalcides sexlineatus. Triturus cristatus.
Chalcides viridianus. Triturus italicus.
Ophiomorus punctatissimus. Triturus karelinii.
Triturus marmoratus.
Gekkonidae
Proteidae
Cyrtopodion kotschyi.
Phyllodaaylus europaeus. Proteus anguinus.
Tarentola angustimentalis.
Tarentola boettgeri. Plethodontidae
Anura
Chamaeleo chamaeleon.
Discoglossidae
Anguidae
Bombina bombina.
Ophisaurus apodus. Bombina variegata.
Discoglossus galganoi.
Ophidia Discoglossus jeanneae.
Colubridae Discoglossus montalentii.
Discoglossus pictus.
Coluber caspius. Discoglossus sardus.
Coluber hippocrepis. Alytes cisternasii.
Coluber jugularis. Alytes muletensis.
Coluber laurenti. Alytes obstetricans.
Coluber najadum.
Coluber nummifer. Ranidae
Coluber vindiflavus.
Coronella austriaca. Rana arvalis.
Eirenis modesta. Rana dalmatina.
Elaphe longissima. Rana graeca.
Elaphe quatuorlineata. Rana iberica.
Elaphe situla. Rana italica.
Natrix natrix cetti. Rana latastei.
Natrix natrix corsa. Rana lessonae.
Natrix tessellata. Pelobatidae
Telescopus falax.
Pelobates cultripes.
Viperidae
Pelobates fuscus.
Vipera ammodytes. Pelobates syriacus.
Vipera schweizeri. Bufonidae
Vipera seoanni (excepto as populações espanholas).
Vipera ursinii. Bufo calamita.
Vipera xanthina. Bufo viridis.
2208 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 96 — 24-4-1999
Hylidae
Papilio hospiton.
Hyla arborea. Parnassius apollo.
Hyla meridionalis. Parnassius mnemosyne.
Hyla sarda. Plebicula golgus.
Proserpinus proserpina.
Peixes
Zerynthia polyxena.
Acipenseriformes Mantodea
Invertebrados Moluscos
Artrópodes Gastropoda
Insecta Prosobranchia
Coleoptera
Patella feruginea.
Buprestis splendens. Theodoxux prevostianus.
Carabus olympiae.
Stylommatophora
Cerambyx cerdo.
Cucujus cinnaberinus. Caseolus calculus.
Dytiscus latissimus. Caseolus commixta.
Graphoderus bilineatus. Caseolus sphaerula.
Osmoderna eremita. Discula leacockiana.
Rosalia alpina. Discula tabellata.
Lepidoptera
Discula testudinalis.
Discula turricula.
Apatura metis. Discus defloratus.
Coenonympha hero. Discus guerinianus.
Coenonympha oedippus. Elona quimperiana.
Erebia calcaria. Geomalacus maculosus.
Erebia christi. Geomitra moniziana.
Erebia sudetica. Helix subplicata.
Eriogaster catax. Leiostyla abbreviata.
Fabriciana elisa. Leiostyla cassida.
Hypodryas maturna. Leiostyla corneocostata.
Hyles hippophaes. Leiostyla gibba.
Lopinga achine. Leiostyla lamellosa.
Lycaena dispar.
Maculinea arion. Bivalvia
Maculinea nausithous. Anisomyaria
Maculinea teleius.
Melanagria arge. Lithophaga lithophaga.
Papilio alexanor. Pinna nobilis.
N.o 96 — 24-4-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2209
Unionoidea Iridaceae
Berberidaceae
Ophrys argolica Fleischm.
Orchis scopulorum Simsmerh.
Berberis maderensis Lowe. Spiranthes aestivalis (Poiret) L. C. M. Richard.
Campanulaceae Primulaceae
Thymelaeaceae Artiodactyla
Bovidae
Thymelaea broterana P. Cout.
Capra ibex.
Umbelliferae Capra pyrenaica (excepto a Capra pyrenaica pyrenaica).
Rupicapra rupicapra (excepto a Rupicapra rupicapra
Bunium brevifolium Lowe. balcanica).
Violaceae Anfíbios
Cyprinidae
Carnivora
Canidae
Aspius aspius.
Barbus spp.
Canis aureus. Rutilus friesii meidingeri.
Canis lupus (populações espanholas a norte do Douro Rutilus pigus virgo.
e populações gregas a norte do paralelo 39; popu-
lações finlandesas na área de ordenamento das renas, Perciformes
tal como definida pela Lei finlandesa n.o 848/90, de Percidae
14 de Setembro, sobre o ordenamento das renas).
Gymnocephalus schraetzer.
Mustelidae Zingel zingel.
Mollusca Compositae
Margaritifera margaritifera.
Alyssum pintadasilvae Dudley.
Unionidae Malcolmia lacera (L.) DC. subsp. graccilima (Samp.)
Franco.
Microcondylaea compressa. Murbeckiella pinnatifida (Lam.) Rothm. subsp. herminii
Unio dongatulus. (Rivas-Martinez) Greuter & Burdet.
Annelida
Gentianaceae
Hirudinoidea-arhynchobdellae
Hirudinidae
Gentiana lutea L.
Scyllaridae
Anthyllis lusitanica Cullen & Pinto da Silva.
Scyllarides latus. Dorycnium pentaphyllum Scop. subsp. transmontana
Franco.
Insecta-lepidoptera Ulex densus Welw. ex Webb.
Saturniidae
Liliaceae
Graellsia isabellae.
Lilium rubrum Lmk.
b) Plantas Ruscus aculeatus L.
Algae
Plumbaginaceae
Rhodophyta
Corallinaceae
Armeria sampaio (Bernis) Nieto Feliner.
Compositae
Leucobryum glaucum (Hedw.) Angstr.
Sphagnaceae
Leuzea rhaponticoides Graells.
Dispositivos eléctricos e electrónicos capazes e na alínea c) do n.o 1 do artigo 29.o da Lei n.o 13/91,
de matar ou atordoar; de 5 de Junho, o seguinte:
Laços, substâncias viscosas, anzóis;
Fontes de luz artificial; Artigo 1.o
Espelhos e outros meios de encandeamento;
Os valores da remuneração mínima mensal garantida
Meios de iluminação dos alvos;
estabelecidos no artigo 1.o do Decreto-Lei n.o 49/99,
Dispositivos de mira para tiro nocturno, de 16 de Fevereiro, acrescidos de complementos regio-
incluindo um amplificador de imagem ou nais, são, na Região Autónoma da Madeira, os seguintes:
um conversor de imagem electrónicos;
Explosivos; a) 58 050$, para os trabalhadores do serviço domés-
tico;
Redes não selectivas nos seus princípios ou
b) 62 550$, para os trabalhadores dos restantes
condições de utilização; sectores.
Armadilhas não selectivas nos seus princípios
ou condições de utilização; Artigo 2.o
Balestras; Os valores referidos no artigo anterior são devidos
Venenos e engodos envenenados ou anes- com efeitos reportados a 1 de Janeiro de 1999.
tésicos;
Libertação de gases ou fumos; Aprovado em sessão plenária da Assembleia
Armas automáticas ou semiautomáticas com Legislativa Regional da Madeira em 24 de
carregador de capacidade superior a dois Março de 1999.
cartuchos; O Presidente da Assembleia Legislativa Regional,
José Miguel Jardim d’Olival Mendonça.
Peixes:
Assinado em 12 de Abril de 1999.
Venenos; O Minstro da República para a Região Autónoma
Explosivos. da Madeira, Antero Alves Monteiro Diniz.