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gem seja efetuada, no momento da compra, em moinho dos ou comercializados nos outros Estados membros da
colocado à vista do público. União Europeia ou que sejam originários dos países da
3 — A venda a retalho de misturas de café e dos seus Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA), que
sucedâneos, não pré-embaladas, apenas é permitida em são partes contratantes do Acordo sobre o Espaço Econó-
estabelecimentos que disponham de acomodações à vista mico Europeu (EEE), incluindo os produtos legalmente
do consumidor, onde essas misturas se encontrem devida- fabricados ou comercializados na Turquia, na medida em
mente identificadas, com indicação das percentagens dos que tais produtos não acarretem um risco para a saúde
respetivos ingredientes. ou a vida das pessoas conforme o artigo 36.º do Tratado
4 — As embalagens a utilizar na comercialização dos do Funcionamento da União Europeia e do artigo 13.º do
produtos nas condições referidas nos números anteriores, Acordo EEE.
devem ser aptos ao contacto com géneros alimentícios.
Artigo 11.º
Artigo 7.º Norma de direito subsidiário
Contraordenações Aos produtos referidos no artigo 1.º são ainda aplicáveis
1 — Constitui contraordenação punível com coima mí- as normas gerais relativas aos géneros alimentícios.
nima de 100,00 EUR e máxima de 3 740,00 EUR ou de
44 890,00 EUR consoante se trate de pessoa singular ou Artigo 12.º
coletiva: Norma transitória
a) O fabrico de produtos que não obedeça ao disposto É permitida, durante um período de 12 meses a contar
no artigo 3.º; da data da entrada em vigor do presente decreto-lei, a
b) A comercialização dos produtos que não cumpram o comercialização de café, sucedâneos de café e respetivas
disposto nos artigos 2.º e 4.º a 6.º misturas não conformes com o presente diploma, mas
que estejam de acordo com o Decreto-Lei n.º 53/89, de
2 — A negligência é punível, sendo os limites máximo 22 de fevereiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 124/2001,
ou mínimo das coimas reduzidos para metade. de 17 de abril.
3 — Às contraordenações previstas no n.º 1 aplicam-
-se supletivamente o regime consagrado no Decreto-Lei Artigo 13.º
n.º 433/82, de 27 de outubro, alterado pelos Decretos-Leis
n.os 356/89, de 17 de outubro, 244/95, de 14 de setembro, Norma revogatória
323/2001 de 17 de dezembro e pela Lei n.º 109/2001, de É revogado o Decreto-Lei n.º 53/89, de 22 de fevereiro,
24 de dezembro. alterado pelo Decreto-Lei n.º 124/2001, de 17 de abril.
4 — Consoante a gravidade da infração e a culpa do
agente pode ser aplicada, simultaneamente com a coima, a Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 17 de
sanção acessória de perda de objetos pertencentes ao agente. abril de 2013. — Pedro Passos Coelho — Álvaro Santos
Pereira — Maria de Assunção Oliveira Cristas Machado
Artigo 8.º da Graça.
a) 10 % para a entidade que levantou o auto; O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
b) 30 % para a Direção-Geral de Alimentação e Vete- Referendado em 3 de junho de 2013.
rinária (DGAV);
c) 60 % para os cofres do Estado. O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.
1 — Compete à DGAV, no âmbito das suas competên- A Diretiva n.º 2011/65/UE, do Parlamento Europeu e do
cias, a fiscalização do cumprimento das normas do presente Conselho, de 8 de junho de 2011, relativa à restrição do uso
decreto-lei, sem prejuízo das competências atribuídas por de determinadas substâncias perigosas em equipamentos
lei a outras entidades. elétricos e eletrónicos (EEE), procedeu à reformulação
2 — A aplicação das coimas e sanções acessórias com- da Diretiva n.º 2002/95/CE do Parlamento Europeu e do
pete ao diretor-geral de Alimentação e Veterinária. Conselho, de 27 de janeiro de 2003, que foi transposta para
3 — A entidade que levantar o auto de notícia remete o a ordem jurídica interna pelo Decreto-Lei n.º 230/2004, de
mesmo, para instrução do competente processo, à unidade 10 de dezembro, que estabelece o regime jurídico a que
orgânica desconcentrada da DGAV da área da prática da fica sujeita a gestão de resíduos de EEE.
infração. As disparidades entre as disposições legislativas ou
administrativas adotadas pelos Estados-Membros em
Artigo 10.º matéria de restrição do uso de substâncias perigosas
em equipamentos elétricos e eletrónicos podem criar
Reconhecimento mútuo
barreiras ao comércio e distorções da concorrência na
O disposto no presente decreto-lei não prejudica a livre União Europeia, podendo assim ter um impacte direto
circulação dos produtos que sejam legalmente produzi- no estabelecimento e funcionamento do mercado in-
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terno. Assim, importa estabelecer regras neste domínio n.º 2012/51/UE, ambas da Comissão, de 10 de outubro
e contribuir para a proteção da saúde humana e para de 2012.
uma valorização e eliminação ecologicamente corretas
dos resíduos de EEE. Artigo 2.º
A fim de alcançar o nível escolhido de proteção na Âmbito de aplicação
União Europeia, a forma mais eficaz para garantir uma
redução significativa dos riscos para a saúde e o ambiente 1 – O presente decreto-lei é aplicável aos EEE abrangi-
relacionados com estas substâncias, consiste na substi- dos pelas seguintes categorias, sem prejuízo do disposto
tuição das referidas substâncias nos EEE por materiais nos números seguintes:
seguros ou mais seguros. A restrição da utilização destas a) Categoria 1: Grandes eletrodomésticos;
substâncias perigosas é suscetível de fazer aumentar as b) Categoria 2: Pequenos eletrodomésticos;
possibilidades de reciclagem dos resíduos de EEE e a c) Categoria 3: Equipamento informático e de teleco-
sua rentabilidade económica e de fazer diminuir o seu municações;
impacte negativo sobre a saúde dos trabalhadores das d) Categoria 4: Equipamento de consumo;
instalações de reciclagem. e) Categoria 5: Equipamento de iluminação;
Consequentemente, as medidas adotadas deverão ter f) Categoria 6: Ferramentas elétricas e eletrónicas;
em conta as orientações e recomendações internacionais g) Categoria 7: Brinquedos e equipamento de desporto
existentes e deverão basear-se na avaliação da informação e lazer;
científica e técnica disponível. h) Categoria 8: Dispositivos médicos;
As isenções à restrição para certos materiais e compo- i) Categoria 9: Instrumentos de monitorização e con-
nentes específicos deverão ter âmbito e duração limitados, trolo, incluindo instrumentos industriais de monitorização
a fim de permitir a eliminação gradual das substâncias pe- e controlo;
rigosas nos EEE, visto que a utilização de tais substâncias j) Categoria 10: Distribuidores automáticos;
nessas aplicações deverá tornar-se evitável. k) Categoria 11: Outros EEE não incluídos nas cate-
Neste sentido, pretende-se contribuir para o progresso e gorias 1 a 10.
desenvolvimento das tecnologias das energias renováveis
que não apresentem um impacte negativo para a saúde e 2 – O disposto no presente decreto-lei não prejudica a
o ambiente e que sejam sustentáveis e economicamente aplicação da legislação específica nos domínios das nor-
viáveis. mas de segurança e de saúde e dos produtos químicos,
O presente decreto-lei transpõe para a ordem jurídica nomeadamente o Regulamento (CE) n.º 1907/2006, do
interna a Diretiva n.º 2011/65/UE, do Parlamento Europeu Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de dezembro
e do Conselho, de 8 de junho de 2011, alterada pelas Di- de 2006, bem como dos requisitos específicos previstos
retivas Delegadas n.ºs 2012/50/UE e 2012/51/UE, ambas na legislação relativa à gestão de resíduos.
da Comissão, de 10 de outubro de 2012, e revê as regras 3 – Excluem-se do âmbito de aplicação do presente
relativas à restrição do uso de determinadas substâncias decreto-lei:
perigosas em EEE, autonomizando-as, por razões de cla-
reza e certeza jurídicas, num diploma próprio. a) Os EEE necessários à defesa e segurança do Estado,
Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Re- designadamente armas, munições e material bélico des-
giões Autónomas. tinados a fins especificamente militares ou de segurança
Foi promovida a audição do Conselho Nacional do interna;
b) Os EEE concebidos para serem enviados para o espaço;
Consumo e foram consultadas as associações represen-
c) Os EEE concebidos e instalados especificamente
tativas do sector.
como componentes de outros tipos de equipamento
Assim:
excluídos ou não abrangidos pelo âmbito de aplicação
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da
do presente decreto-lei e que só podem desempenhar
Constituição, o Governo decreta o seguinte: a sua função quando integrados nesses outros equipa-
mentos;
CAPÍTULO I d) As ferramentas industriais fixas de grandes dimensões;
e) As instalações fixas de grandes dimensões, com ex-
Disposições gerais ceção dos EEE que não sejam concebidos e instalados
especificamente como parte de tais instalações;
Artigo 1.º f) Os meios de transporte de pessoas ou de mercadorias,
Objeto com exceção dos veículos elétricos de duas rodas que não
se encontrem homologados;
O presente decreto-lei estabelece regras relativas à g) As máquinas móveis não rodoviárias destinadas ex-
restrição da utilização de determinadas substâncias pe- clusivamente a utilização profissional;
rigosas em equipamentos elétricos e eletrónicos (EEE), h) Os dispositivos médicos implantáveis ativos;
com o objetivo de contribuir para a proteção da saúde i) Os painéis fotovoltaicos a utilizar num sistema conce-
humana e do ambiente, incluindo uma valorização e bido, montado e instalado por profissionais para utilização
eliminação, ecologicamente corretas, dos resíduos de permanente num local definido com vista à produção de
EEE, e transpõe para a ordem jurídica interna a Di- energia a partir de luz solar, para aplicações públicas,
retiva n.º 2011/65/UE, do Parlamento Europeu e do comerciais, industriais e residenciais;
Conselho, de 8 de junho de 2011, relativa à restrição j) Os EEE concebidos especificamente para fins de
do uso de determinadas substâncias perigosas em EEE, investigação e de desenvolvimento e disponibilizados ex-
alterada pelas Diretivas Delegadas n.º 2012/50/UE e clusivamente num contexto interempresas.
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acompanhe os EEE, sendo que o endereço deve indicar b) Certificar-se de que o fabricante aplicou o procedi-
um único ponto de contacto; mento de avaliação da conformidade adequado, antes de
i) Tomar imediatamente as medidas corretivas necessá- colocarem os EEE no mercado;
rias para assegurar a conformidade de EEE que colocaram c) Certificar-se, antes de colocarem os EEE no mercado,
no mercado, a sua retirada ou recolha, quando considerem de que o fabricante elaborou a documentação técnica e res-
ou tenham motivos para crer que esses EEE não estão peitou os requisitos previstos nas alíneas f) e g) do n.º 1 do
conforme com o presente decreto-lei, bem como infor- artigo 7.º, bem como se os EEE ostentam a marcação «CE»
mar imediatamente deste facto a entidade competente, e vêm acompanhados dos documentos necessários;
fornecendo-lhe as informações relevantes, particularmente d) Indicar o seu nome, nome comercial registado ou
no que se refere à não conformidade e a quaisquer medidas marca registada e o endereço de contacto nos EEE ou, se
corretivas aplicadas; tal não for possível, na embalagem ou num documento
j) Facultar à entidade competente, mediante pedido que acompanhe o EEE;
fundamentado desta, toda a informação e documentação e) Não colocar EEE no mercado sempre que considerem
necessárias para demonstrar a conformidade dos EEE com ou tenham motivos para crer que os EEE em causa não
o disposto no presente decreto-lei, numa língua facilmente estão conforme com o disposto no artigo 5.º, até que esteja
compreendida por essa entidade; assegurada a sua conformidade e que o fabricante e as
k) Cooperar com a entidade competente, a pedido desta, autoridades de fiscalização sejam informados desse facto;
em qualquer ação para assegurar a conformidade com o f) Conservar, durante um prazo não inferior a 10 anos,
disposto no presente decreto-lei de EEE que tenham co- um registo dos EEE não conformes e dos EEE recolhidos
locado no mercado. e manter os distribuidores informados desse facto;
g) Tomar imediatamente as medidas corretivas necessá-
2 – Para efeitos do disposto na alínea h) do número an- rias para assegurar a conformidade dos EEE colocados no
terior, caso outra legislação aplicável contiver disposições mercado, a sua retirada ou recolha, quando considerem ou
relativas à afixação do nome e endereço do fabricante que tenham motivos para crer que esse EEE não está conforme
sejam pelo menos tão rigorosas, devem aplicar-se essas com o presente decreto-lei, bem como informar deste facto
disposições. a entidade competente, fornecendo-lhe as informações
3 – A pedido da entidade competente ou das autoridades relevantes, particularmente no que se refere à não confor-
de fiscalização, os fabricantes devem ainda traduzir para midade e a quaisquer medidas corretivas aplicadas;
língua portuguesa toda a informação e documentação ne- h) Conservar uma cópia da declaração «UE» de con-
cessárias para demonstrar a conformidade dos EEE com formidade à disposição das autoridades de fiscalização do
o disposto no presente decreto-lei. mercado, durante um prazo não inferior a 10 anos a contar
da data de colocação do EEE no mercado, bem como as-
Artigo 8.º segurar que a documentação técnica possa ser facultada
às referidas autoridades, mediante pedido;
Mandatários i) Facultar à entidade competente, mediante pedido
1 – Os fabricantes podem designar um mandatário, fundamentado, toda a informação e documentação neces-
por mandato escrito, o qual não pode incluir os deveres sárias para demonstrar a conformidade dos EEE com o
definidos na alínea a) do n.º 1 do artigo anterior, nem a disposto no presente decreto-lei, numa língua facilmente
elaboração da documentação técnica. compreendida por essa entidade;
2 – O mandatário pratica os atos definidos no mandato j) Cooperar com a entidade competente, a pedido desta,
conferido pelo fabricante. em qualquer ação para assegurar a conformidade de EEE
3 – O mandato, pelo menos, deve permitir ao mandatário: que tenham colocado no mercado com o disposto no pre-
sente decreto-lei.
a) Manter à disposição das autoridades de fiscalização
a documentação técnica e a declaração «UE» de confor- 2 – Para efeitos do disposto na alínea d) do número an-
midade, durante um prazo não inferior a 10 anos a contar terior, pode ser aplicada legislação específica caso preveja
da data de colocação dos EEE em causa no mercado; disposições relativas à afixação do nome e endereço do
b) Facultar à entidade competente, mediante pedido fun- importador que sejam pelo menos tão rigorosas.
damentado, toda a informação e documentação necessárias 3 – A pedido da entidade competente ou das autoridades de
para demonstrar a conformidade de EEE; fiscalização, os importadores devem ainda traduzir para língua
c) Cooperar com a entidade competente, a pedido desta, portuguesa toda a informação e documentação necessárias
em qualquer ação para assegurar a conformidade de EEE para demonstrar a conformidade dos EEE com o disposto no
abrangidos pelo seu mandato. presente decreto-lei.
Artigo 10.º
4 – A pedido da entidade competente ou das autorida-
Deveres dos distribuidores
des de fiscalização, os mandatários devem ainda facultar,
traduzida para língua portuguesa, toda a informação e 1 – Os distribuidores devem:
documentação necessárias para demonstrar a conformi-
dade dos EEE. a) Agir com diligência em relação ao cumprimento dos
requisitos previstos no presente decreto-lei, aquando da
Artigo 9.º
disponibilização de EEE no mercado;
Deveres dos importadores b) Certificar-se, antes de disponibilizarem os EEE no
1 – Os importadores devem: mercado, que os mesmos ostentam a marcação «CE»,
que vêm acompanhados dos documentos necessários em
a) Colocar no mercado apenas os equipamentos confor- língua portuguesa, nos termos previstos no Decreto-Lei
mes com o disposto no presente decreto-lei; n.º 238/86, de 19 de agosto, e que o fabricante e o impor-
3248 Diário da República, 1.ª série — N.º 111 — 11 de junho de 2013
tador respeitaram os requisitos indicados nas alíneas g) 2 – A declaração «UE» de conformidade deve respeitar
e h) do n.º 1 do artigo 7.º e na alínea d) do n.º 1 artigo 9.º; a estrutura do modelo que consta do anexo IV ao presente
c) Não disponibilizar EEE no mercado sempre que decreto-lei, do qual faz parte integrante, bem como estar
considerem ou tenham motivos para crer que esses EEE atualizada e redigida numa língua facilmente compreendida
não estão conforme com o disposto no artigo 5.º, até que pela entidade competente e pelas autoridades de fiscalização.
esteja assegurada a sua conformidade e que o fabricante, 3 – Caso outra legislação aplicável requeira a aplicação
o importador e as autoridades de fiscalização sejam infor- de um procedimento de avaliação de conformidade que seja,
mados desse facto; pelo menos, tão rigoroso como o previsto na alínea b) do n.º 1
d) Certificar-se que são tomadas as medidas correti- do artigo 7.º, pode ser demonstrada a conformidade com os
vas necessárias para assegurar a conformidade dos EEE requisitos do n.º 1 do artigo 5.º no contexto desse procedimento
disponibilizados no mercado, a sua retirada ou recolha, e pode ser elaborada declaração «UE» de conformidade única.
quando considerem ou tenham motivos para crer que es- 4 – Ao elaborar a declaração «UE» de conformidade, o
ses EEE não estão conforme com o presente decreto-lei, fabricante assume a responsabilidade pela conformidade
bem como informar deste facto a entidade competente, dos EEE com o disposto no presente decreto-lei.
fornecendo-lhe as informações relevantes, particularmente 5 – A pedido da entidade competente ou das autoridades
no que se refere à não conformidade e a quaisquer medidas de fiscalização, o operador económico deve traduzir para
corretivas aplicadas; língua portuguesa a declaração «UE» de conformidade.
e) Facultar à entidade competente, mediante pedido
fundamentado desta, toda a informação e documentação Artigo 14.º
necessárias para demonstrar a conformidade dos EEE com
Princípios gerais da marcação «CE»
o disposto no presente decreto-lei;
f) Cooperar com a entidade competente, a pedido desta, A marcação CE está sujeita aos princípios gerais enun-
em qualquer ação para assegurar a conformidade de EEE ciados no artigo 30.º do Regulamento (CE) n.º 765/2008,
que tenham colocado no mercado com o disposto no pre- do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 julho de 2008.
sente decreto-lei.
Artigo 15.º
2 – A pedido da entidade competente ou das autoridades
Regras e condições de aposição da marcação «CE»
de fiscalização, os distribuidores devem ainda traduzir
para língua portuguesa toda a informação e documentação 1 – A marcação CE deve ser aposta de modo visível, legível
necessárias para demonstrar a conformidade dos EEE com e indelével nos EEE ou na respetiva placa de identificação.
o disposto no presente decreto-lei. 2 – Se a natureza dos EEE não o permitir ou justificar,
a marcação «CE» deve ser aposta na embalagem e nos
Artigo 11.º documentos que acompanham o EEE.
Aplicação dos deveres dos fabricantes aos importadores 3 – A marcação «CE» deve ser aposta antes de o EEE
e aos distribuidores ser colocado no mercado.
Os importadores e distribuidores são considerados fabri- Artigo 16.º
cantes para efeitos do presente decreto-lei, ficando sujeitos
aos mesmos deveres que estes nos termos do disposto no Presunção da conformidade
artigo 7.º, sempre que coloquem EEE no mercado em seu 1 – Salvo prova em contrário, presume-se que os EEE
nome, sob marca própria ou alterem EEE já colocados no que ostentem a marcação «CE» estão conformes com o
mercado. disposto no presente decreto-lei.
Artigo 12.º 2 – Presumem-se conformes com os requisitos do pre-
Obrigação de identificação por parte sente decreto-lei, os EEE, seus materiais e componen-
dos operadores económicos tes que tenham sido submetidos a ensaios e medições
A pedido das autoridades de fiscalização, os operado- que demonstrem a conformidade com os requisitos do
res económicos devem identificar, durante um prazo não artigo 5.º ou que tenham sido avaliados em conformidade
inferior a 10 anos após a colocação no mercado de um com normas harmonizadas, cujas referências tenham sido
equipamento elétrico ou eletrónico: publicadas no Jornal Oficial da União Europeia.
3 – Os ensaios e medições previstos no número anterior
a) Os operadores económicos que lhes tenham fornecido devem ser efetuados preferencialmente por laboratórios
tal equipamento; acreditados nos termos do Regulamento (CE) n.º 765/2008
b) Os operadores económicos a quem tenham fornecido do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 julho de 2008.
tal equipamento.
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO III
Fiscalização e regime contraordenacional
Conformidade dos EEE
Artigo 17.º
Artigo 13.º
Fiscalização do mercado e controlo dos EEE que entram
Declaração «UE» de conformidade no mercado da União Europeia
1 – A declaração «UE» de conformidade indica que foi A fiscalização do mercado e controlo das fronteiras
demonstrado o cumprimento dos requisitos especificados rege-se pelo disposto no Decreto-Lei n.º 23/2011, de 11 de
no artigo 5.º. fevereiro.
Diário da República, 1.ª série — N.º 111 — 11 de junho de 2013 3249
2(b)(4) Lâmpadas para outros fins de Sem limite de utilização até 4(e) Mercúrio em lâmpadas de ha-
iluminação geral e para fins 31 de dezembro de 2011; logeneto de metal (MH)
especiais (p. ex. lâmpadas de podem utilizar-se 15 mg 4(f) Mercúrio em outras lâmpadas
indução) por lâmpada a partir de de descarga para fins espe-
1 de janeiro de 2012 ciais não referidas especifi-
3 Mercúrio em lâmpadas fluo- camente no presente anexo
rescentes de cátodo frio e 5(a) Chumbo em vidro de tubos de
lâmpadas fluorescentes de raios catódicos
elétrodo externo (CCFL e 5(b) Chumbo em vidro de tubos de
EEFL) para fins especiais fluorescência – quantidade
– quantidade máxima (por máxima: 0,2 % em massa
lâmpada): 6(a) Chumbo como elemento de liga
3(a) Curtas (≤ 500 mm) . . . . . . . . Sem limite de utilização até em aço para maquinagem e
31 de dezembro de 2011; em aço galvanizado – quan-
podem utilizar-se 3,5 mg tidade máxima: 0,35 % em
por lâmpada a partir de massa
1 de janeiro de 2012 6(b) Chumbo como elemento de liga
3(b) Médias (> 500 mm e ≤ 1 500 mm) Sem limite de utilização até em alumínio – quantidade
31 de dezembro de 2011; máxima: 0,4 % em massa
podem utilizar-se 5 mg 6(c) Chumbo em ligas de cobre – quan-
por lâmpada a partir de tidade máxima: 4 % em massa
1 de janeiro de 2012 7(a) Chumbo em soldas com alta
3(c) Longas (> 1 500 mm) . . . . . . Sem limite de utilização até temperatura de fusão (isto
31 de dezembro de 2011; é, ligas de chumbo com teor
podem utilizar-se 13 mg ponderal de chumbo igual
por lâmpada a partir de ou superior a 85 %)
1 de janeiro de 2012 7(b) Chumbo em soldas para servi-
4(a) Mercúrio em outras lâmpadas Sem limite de utilização até dores, sistemas de armaze-
de descarga de baixa pres- 31 de dezembro de 2011; namento de dados, incluindo
são – quantidade máxima podem utilizar-se 15 mg sistemas matriciais, equipa-
(por lâmpada). por lâmpada a partir de mento de infraestrutura de
1 de janeiro de 2012 rede para comutação, sina-
4(b) Mercúrio em lâmpadas de lização e transmissão e para
vapor de sódio de alta gestão de redes de telecomu-
pressão, para iluminação nicações
geral – quantidade máxima 7(c)-I Componentes elétricos e ele-
(por elemento luminoso) em trónicos com chumbo, em
lâmpadas com índice de re- vidros ou materiais cerâ-
produção cromática elevado, micos diversos de materiais
Ra > 60 cerâmicos de condensadores
4(b)-I P ≤ 155 W . . . . . . . . . . . . . . . Sem limite de utilização até 31 (p. ex. dispositivos piezoele-
de dezembro de 2011; po- trónicos) ou numa matriz de
dem utilizar-se 30 mg por vidro ou cerâmica
elemento luminoso a partir 7(c)-II Chumbo em materiais cerâmi-
de 1 de janeiro de 2012 cos dielétricos de condensa-
4(b)-II 155 W < P ≤ 405 W . . . . . . . . Sem limite de utilização até 31 dores com tensão nominal
de dezembro de 2011; po- de 125 V AC, 250 V DC ou
dem utilizar-se 40 mg por superior
elemento luminoso a partir 7(c)-III Chumbo em materiais cerâmi- Caducou em 1 de janeiro
de 1 de janeiro de 2012 cos dielétricos de condensa- de 2013; após esta data,
4(b)-III P > 405 W . . . . . . . . . . . . . . . Sem limite de utilização até 31 dores com tensão nominal pode ser utilizado em
de dezembro de 2011; po- inferior a 125 V AC ou peças sobresselentes de
dem utilizar-se 40 mg por 250 V DC equipamentos elétricos
elemento luminoso a partir e eletrónicos colocados
de 1 de janeiro de 2012 no mercado antes de 1 de
4(c) Mercúrio em outras lâmpadas janeiro de 2013
de vapor de sódio de alta 7(c)-IV Chumbo em materiais cerâmi- Caduca em 21 de julho de
pressão, para iluminação cos dielétricos de PZT para 2016
geral – quantidade máxima condensadores incorporados
(por elemento luminoso): em circuitos integrados ou
4(c)-I P ≤ 155 W . . . . . . . . . . . . . . . Sem limite de utilização até 31 em semicondutores discretos
de dezembro de 2011; po- 8(a) Cádmio e seus compostos em Caducou em 1 de janeiro
dem utilizar-se 25 mg por dispositivos de corte tér- de 2012; após esta data,
elemento luminoso a partir mico de disparo único do pode ser utilizado em
de 1 de janeiro de 2012 tipo pellet peças sobresselentes de
4(c)-II 155 W < P ≤ 405 W . . . . . . . . Sem limite de utilização até 31 equipamentos elétricos
de dezembro de 2011; po- e eletrónicos colocados
dem utilizar-se 30 mg por no mercado antes de 1 de
elemento luminoso a partir janeiro de 2012
de 1 de janeiro de 2012 8(b) Cádmio e seus compostos em
4(c)-III P > 405 W . . . . . . . . . . . . . . . Sem limite de utilização até 31 contactos elétricos
de dezembro de 2011; po- 9 Crómio hexavalente como
dem utilizar-se 40 mg por agente anticorrosão dos sis-
elemento luminoso a partir temas de arrefecimento de
de 1 de janeiro de 2012 aço-carbono em frigoríficos
4(d) Mercúrio em lâmpadas de Caduca em 13 de abril de de absorção (teor ponderal
vapor de mercúrio de alta 2015 não superior a 0,75 % na
pressão (HPMV) solução refrigerante)
3252 Diário da República, 1.ª série — N.º 111 — 11 de junho de 2013