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Regulação e Conformidade

- Agrotóxicos

Sistema OCB e Embrapa Soja – Curso de Atualização


Londrina – 05/09/2019

Marcelo Bressan
Adriana Casagrande
Auditores Fiscais Federais Agropecuários
Dionísio Gazziero
Pesquisador EMBRAPASoja
HIERARQUIA DOS ATOS NORMATIVOS

LEI

DECRETO

INST. NORM CONJ.

INSTRUÇÃO NORMATIVA

PORTARIA

ATO
UNIDADES BÁSICAS DOS ATOS NORMATIVOS

Artigo = Art. 1º / art. 9º / art. 10


Art.e incisos.
desdobram-se em parágrafos

Parágrafo = § 1º / §§
10 / Parágrafo único

Incisos = I ; II ; III ...


DECRETO
desdobram-se em alíneas.

PORTARIA
Alínea ou letra = a) ; b) ; c) ....
desdobrar-se em números cardinais
INSTRUÇÃO NORMATIVA
Número = 1. ; 2. ; 3. ...
ATOS
LEGISLAÇÃO DE AGROTÓXICOS
LEGISLAÇÃO DE AGROTÓXICOS
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
Lei nº 7.802/89
Abrangência da Lei LEI Nº 7.802/89

Art. 1º A pesquisa, a experimentação, a produção, a


embalagem e rotulagem, o transporte, o
armazenamento, a comercialização, a propaganda
comercial, a utilização, a importação, a exportação, o
destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a
classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de
agrotóxicos, seus componentes e afins, serão regidos
por esta Lei.
Definições LEI Nº 7.802/89
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se:
I - agrotóxicos e afins:
a) os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos,
destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento
de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou
implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos
e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim
de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos;
b) substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes,
estimuladores e inibidores de crescimento;
II - componentes:
os princípios ativos, os produtos técnicos, suas matérias-primas, os ingredientes
inertes e aditivos usados na fabricação de agrotóxicos e afins.
Definição - Agrotóxicos e Afins LEI Nº 7.802/89

Produtos e agentes de processos


físicos, químicos ou biológicos.

Uso no setor de produção agrícola (MAPA)


ecossistemas (IBAMA)
ambientes urbanos (ANVISA).

Alterar flora e fauna.

Preservar ação seres nocivos.


Definição - Agrotóxicos e Afins LEI Nº 7.802/89

substâncias e produtos, empregados como:

desfolhantes,

dessecantes,

estimuladores e

inibidores de crescimento;
Definição - Componentes LEI Nº 7.802/89

princípios ativos,

produtos técnicos,

suas matérias-primas,

ingredientes inertes e

aditivos usados na fabricação de agrotóxicos e afins.


Registro do Agrotóxico LEI Nº 7.802/89

Art. 3º Os agrotóxicos, seus componentes e afins, de


acordo com definição do art. 2º desta Lei, só poderão
ser produzidos, exportados, importados,
comercializados e utilizados, se previamente registrados
em órgão federal, de acordo com as diretrizes e
exigências dos órgãos federais responsáveis pelos
setores da saúde, do meio ambiente e da agricultura.
Registro do Agrotóxico LEI Nº 7.802/89
Só poderão ser
produzidos,
exportados,
importados,
comercializados e
utilizados.

Agrotóxico registrado em órgão federal (MAPA).

Seguindo as diretrizes dos órgãos federais


Saúde (ANVISA)
Meio ambiente (IBAMA)
Agricultura. (MAPA)
Registro do Agrotóxico LEI Nº 7.802/89

§ 1º RET.

§ 2º Inovações.

§ 3º Entidades de pesquisa.

§ 4º Alerta riscos de organizações internacionais.

§ 5º Condição registro = menor ou igual toxicologia.

§ 6º Proibições registro.
Registro do Estabelecimento LEI Nº 7.802/89

Art. 4º
Registro pessoa física ou jurídica no Estado.
Parágrafo único. Prestadoras de serviços.

ATENÇÃO!
Agrotóxico = registro no MAPA
Estabelecimento = registro no Estado (ADAPAR-PR)
Agrotóxico – cadastro no Estado (ADAPAR-PR)
Cancelamento ou Impugnação LEI Nº 7.802/89

Art. 5º

Legitimidade para requerer cancelam. ou impugnação.

§ 1º Informações – responsabilidade do registrante ou


interessado.

§ 2º Regras em regulamento e tramitação em 90 dias.

§ 3º Publicação dos pedidos de registro no D.O.U.


Requisitos das Embalagens LEI Nº 7.802/89

Art. 6º
Requisitos das embalagens de agrotóxicos e afins.

I – Impedir vazamentos e facilitar lavagem;

II – Material não pode ser atacado ou combinar-se;

III – Suficientemente resistente;

IV – Deve ter lacre que seja destruído ao abrir;


Requisitos das Embalagens LEI Nº 7.802/89

Art. 6º
§ 1º Fracionamento e reembalagem - empresa
produtora e local autorizado órgão competente.

§ 2º Usuários deverão devolver embalagens vazias.

§ 3º Produto importado – responsabilidade importador/


se processado no Brasil – MAPA define.

§ 4º Tríplice lavagem em embalagens rígidas.

§ 5º Responsáveis destinação embalagens vazias.


§ 6º Equipamento de pulverização - tríplice lavagem.
Rótulos e Bulas LEI Nº 7.802/89

Art. 7º

Agrotóxicos deverão ter rótulo e bula, contendo:

I – Identificação do produto

II – Instruções para utilização;

III – Informações relativas a perigos potenciais;

IV – Recomendações para usuário ler rótulo e bula;


Rótulos e Bulas LEI Nº 7.802/89

Art. 7º

§ 1º Textos rótulos devem ser visíveis.

§ 2º Facultada inscrição dados não obrigatórios.

§ 3º Folheto complementar.
Propaganda LEI Nº 7.802/89

Art. 8º
Trata da propaganda comercial de agrotóxicos.

I – estimular comprador ler rótulo e bula;

II – não conterá apresentação de práticas perigosas;

III – não conterá informações “seguro”, “não venenoso”.

OBS: Assunto regulado pela LEI Nº 9.294/96.


Competências LEI Nº 7.802/89
Art. 9º
Competências da União.

I – legislar – produção, registro, comércio interestadual,


exportação, importação, transporte e controle toxicológico e
toxicológico;

II – fiscalizar – estab. produção, import. e exportação;

III – analisar – agrotóxicos, seus componentes e afins.

II – fiscalizar – a produção, import. e exportação;


Competências LEI Nº 7.802/89
Art. 10
Competências dos Estados e do DF.
Nos termos 23 e 24 da Constituição Federal

I - legislar – uso, produção, consumo, comércio e


armazenamento;

II - fiscalizar – uso, consumo, comércio,


armazenamento e transporte interno;
Competências LEI Nº 7.802/89

Art. 11
Competências do Município.
I – legislar supletivamente – uso e armazenamento;

Art. 12
A União prestará apoio às ações de fiscalização à
Unidade da Federação que não dispuser de meios
necessários.
Competências LEI Nº 7.802/89

Art. 12 A
Competências do Poder Público - a fiscalização .

I – devolução e destinação embalagens vazias e


produtos apreendidos pela fiscalização;

II – armazenamento, transporte, reciclagem, reutilização


e inutilização de embalagens vazias e produtos
apreendidos pela fiscalização;
Competências Constituição Federal

Exemplos de competência na CF:


Art. 21. Compete à União:

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do


Distrito Federal e dos Municípios:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal


legislar concorrentemente sobre:
Receituário LEI Nº 7.802/89

Art. 13

Venda de agrotóxicos aos usuários somente com


receituário próprio prescrito por profissional habilitado.
Responsabilidade LEI Nº 7.802/89

Art. 14
Responsabilidade
Administrativa (multas e outras sanções)
Civil (reparação do dano)
Penal (crime)

Danos à saúde e ao meio ambiente


Responsabilidade LEI Nº 7.802/89
Art. 14
Responsabilidade cabe ao:

I – profissional

II – usuário ou ao prestador de serviço

III – comerciante

IV – registrante

V – produtor

VI - empregador
Crime LEI Nº 7.802/89

Art. 15
Produzir
Transportar
Aplicar
Prestar Serviço
Dar destinação a resíduos e embalagens vazias

Em descumprimento a legislação pertinente (Lei


7.802/89, Decreto 4.074/02...)

Pena de reclusão de 2 a 4 anos, além de multa.


Crime LEI Nº 7.802/89

Art. 16
Empregador ou prestador de serviço

Deixar promover medidas proteção à saúde e meio


ambiente ...

Pena de reclusão de 2 a 4 anos, além de multa de 100 a


1000 MVR.

Com culpa
Pena de reclusão de 1 a 3 anos, além de multa de 50 a
500 MVR.
Sanções Administrativas LEI Nº 7.802/89
Art. 17

Sem prejuízo das responsabilidades civil e penal

A infração acarretará, isolada ou cumulativamente

Independente das medidas cautelares de


Embargo de estabelecimento
Apreensão de produto ou alimento

Sanções:
I – advertência;

II – multa de até 100 MVR, em dobro em reincidência;


Sanções Administrativas LEI Nº 7.802/89

Art. 17
III – condenação de produto;
IV – inutilização de produto;
V – suspensão de autorização, registro ou licença;
VI – cancelamento de autorização, registro ou licença;
VII – interdição temporária ou definitiva de estab.;
VIII – destruição de vegetais, resíduos acima;
IX – destruição de vegetais, agrotóxico não autorizado

Parágrafo único. Divulgação das sanções impostas.


Sanções Administrativas LEI Nº 7.802/89

Art. 18
Destino agrotóxicos aprendidos, após conclusão
processo administrativo.

Parágrafo único. Custos por conta do infrator.


Educação Sanitária LEI Nº 7.802/89

Art. 19
O Poder Executivo desenvolverá ações de instrução,
divulgação e esclarecimento, que estimulem o uso
seguro e eficaz dos agrotóxicos.

Parágrafo único. Empresas produtoras e


comercializadoras, em colaboração com o Poder
Público, implementarão programas educativos
devolução embalagens vazias.
Disposições Finais e Transitórias LEI Nº 7.802/89

Art. 20
6 meses para as empresas se adequarem.

Parágrafo único. Imediata reavaliação dos


organoclorados.

Art. 21
O Poder Executivo regulamentará esta Lei em 90 dias.
Lei 7.802, Julho/1989
Decreto 98.816, Janeiro/1990
Revogado pelo Decreto 4.074/02

FIM DA LEI 7.802/89


SISTEMA DE
CONTROLE
SISTEMA DE CONTROLE DE AGROTÓXICOS
Lei 7.802/89, Decreto 4.074/02 e Normas Complementares

MAPA MAPA MAPA MAPA MAPA ESTADOS ESTADOS ESTADOS


IBAMA IBAMA IBAMA IBAMA MAPA MAPA
ANVISA ANVISA ANVISA ANVISA
ANVISA
RET IMP. RESÍDUOS
PESQ. REGISTRO PRODUÇÃO COMÉRCIO USO
REX EXP. ALIMENTOS

EFICÁCIA PROD. NOVOS C. QUALIDADE LI REGISTRO RECEITA PNCRC (MAPA)


PRÉ EMPRESAS
ECOTOX. EQUIVALÊNCIA RÓTULO/BULA EMB. PARA (ANVISA)
USO (BPA)
CADASTRO
RESÍDUO BIOLÓGICOS DOC. PRODUÇÃO PRODUTOS
EPSF
AGRIC. ORG. P. TÉCNICOS RECEITA
ILEGAL
AGRÔNOMICA
CULTURAS BSF P. FORMULADOS
ED. SANIT.
C. AMOSTRA
REAVALIAÇÃO C. AMOSTRAS

ANÁ. FISC. ANÁLISE FISCALIZAÇÃO – DOCUMENTAL, LABORATORIAL e


DOC. D.e C. DOCUM. CAMPO.
COMPETÊNCIAS
Competências Lei 7.802/89 e Decreto 4.074/02

OBJETIVO DA FISCALIZAÇÃO DE
AGROTÓXICOS

Garantir níveis de conformidade e qualidade


dos agrotóxicos e afins disponibilizados para a
agricultura nacional.
Competências Lei e Decreto

COMPETÊNCIAS NO CONTROLE DE AGROTÓXICOS

• UNIÃO:

– Registro, produção, importação e exportação

• ESTADOS:

– Comércio, armazenamento e uso

• MUNICÍPIOS:

– Armazenamento e uso
RET
RET – Registro Especial Temporário Lei e Decreto

Está sujeito a aprovação do MAPA, IBAMA e ANVISA.

É concedido pelo MAPA*, atribuindo o direito para:


- importar/produzir quant. necessária p/ pesquisa;
- utilizar em pesquisa no BRASIL – gerar os Relatórios
Técnicos.

Os agrotóxicos com RET serão considerados de Classe


Toxicológica e Ambiental mais restritiva.
Ex:
Classe Toxicológica I - Extremamente tóxico
Classe I - Produto Altamente Perigoso ao Meio Ambiente
* se for agrotóxico de uso agrícola.
RET INC 25/05

Fases da pesquisa:

FASE I – Preliminar executados em laboratório, casas de


vegetação, estufas, aquários, caixas d’água e estações
experimentais credenciadas.
(área = máximo de 1.000 m2 - solo ou 100 m2 - água)

FASE II – Inicial executados em tanques, lagoas e parcelas em


estações experimentais.
(área = máx. 5.000 m2 - solo ou 1.000 m2 - água)

FASE III – Final executados em estações experimentais


credenciadas ou área de terceiros, com contrato.
(área = caso a caso de acordo c/ projeto experimental)
RET IN 36/09

Rotulagem nas embalagens produtos com RET:

I – nome ou código do produto:


II – nome do titular do registro;
III – número do RET;
IV – nome do ingrediente ativo;
V – concentração do ingrediente ativo;
VI – nome e endereço do fabricante;
VII – nome e endereço do formulador;
VIII – quantidade, peso ou volume;
IX – data fabricação;
X – data vencimento.
PESQUISA
Pesquisa Lei e Decreto

Procedimentos técnicos-científicos efetuados visando


gerar informações e conhecimentos a respeito da
aplicabilidade de agrotóxicos, seus componentes e
afins, da sua eficiência e dos seus efeitos sobre a saúde
e o meio ambiente.

Entidades públicas e privadas de ensino, assistência


técnica e pesquisa poderão realizar experimentação e
pesquisas, e poderão fornecer laudos no campo da
agronomia, toxicologia, resíduos, química e meio
ambiente.
Pesquisa IN 36/09

Entidades devem ser credenciadas no MAPA.

Poderão realizar:
Pesquisa com agrotóxicos, componentes e afins.
Ensaios de campo para estudo de resíduos – desde
que possua BPL – INMETRO (Boas Práticas de
Laboratório)

Com o resultado das pesquisas, emitir laudos de:


Eficiência e praticabilidade agronômica;
Fitotoxicidade;
Resíduos (com BPL);
Pesquisa IN 36/09

Como deverá ser conduzida a pesquisa (Art. 14):


I - em casa de vegetação ou campo e em região
representativa da cultura;
II – em atendimento às recomendações fitotécnicas,
respeitando as boas práticas agrícolas e experimentais;
III – com níveis adequados de infecções ou infestações de
pragas, para poder atestar a eficácia do tratamento;
IV – seguindo protocolos da FAO ou da comunidade
científica;
V – de forma a possibilitar a emissão do laudo;
VI – de acordo com o RET e em seu projeto experimental;
VII - de acordo com as normas de proteção individual e
coletiva.
PESQUISA COM AGROTÓXICOS
PESQUISA COM AGROTÓXICOS
PESQUISA COM AGROTÓXICOS
PESQUISA COM AGROTÓXICOS
PESQUISA COM AGROTÓXICOS
PESQUISA COM AGROTÓXICOS
PESQUISA COM AGROTÓXICOS
PESQUISA COM AGROTÓXICOS

(clique aqui para voltar)


REGISTRO
Organograma
Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins

Divisão de Divisão de Registro Divisão de


Divisão de
Fiscalização de de Produtos Registro de
Aviação Agrícola
Agrotóxicos Formulados Produtos Técnicos

Serviço de
Especificação de
Referência
Registro de Agrotóxico
Registro de Agrotóxico

Antes: Processo de registro físico Agora: Processo de registro eletrônico


Registro de Agrotóxico Lei e Decreto

Ato privativo de órgão federal competente, que atribui o


direito de produzir, comercializar, exportar, importar,
manipular ou utilizar um agrotóxico, componente ou
afim.

De uso agrícola
(registro no MAPA)

De uso em ambiente urbano (domissanitários)


(registro na ANVISA)

De uso em ambientes hídricos e florestas nativas


(registro no IBAMA)
O Processo de Registro Lei e Decreto

QUEM É QUEM NO REGISTRO:


Órgão Registrante: órgão competente do governo federal,
que registra o agrotóxico, componente
ou afim. MAPA - agrotóxicos uso
agrícola

Registrante: pessoa física ou jurídica que solicita o registro


de um agrotóxico, componente ou afim;

Titular de registro: pessoa física ou jurídica que detém os


direitos e obrigações conferidas pelo
registro de um agrotóxico, componente
ou afim.
ORGANOGRAMA DO REGISTRO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL
(Novos Produtos / Novos Usos / Novas Formulações)
Relatório Técnico – MAPA
Empresa – Protocolo com RET Relatório Técnico – ANVISA
Relatório Técnico – IBAMA
Protocolo de registro definitivo

ANVISA MAPA IBAMA


Avaliação Avaliação da Avaliação
Eficiência
Toxicológica Agronômica Ambiental

Consolidação das informações e Parecer Final de Registro

rótulo e bula - AGROFIT

REGISTRO
Cadastros nos Estados
O Processo de Registro IN 36/09

EFICIÊNCIA E PRATICABILIDADE AGRONÔMICA

- APRESENTAR dados de eficiência absoluta,


contrastados por análises estatísticas referendadas;

- APRESENTAR dados de eficiência relativa, em % por


meio de fórmulas estatisticamente referendadas;

- APRESENTAR dados de produtividade da cultura;

- APRESENTAR curva de dose/resposta da eficiência,


identificando a faixa de eficiência.
O Processo de Registro IN 36/09

EFICIÊNCIA E PRATICABILIDADE AGRONÔMICA

- AVALIAR fitotoxicidade;

- AVALIAR eficiência em função da dose, da testemunha e


do padrão utilizado;

- AVALIAR seletividade a inimigos naturais;

- AVALIAR relação dose testada X nível


infecção/infestação

- AVALIAR o manejo integrado a ser aplicado


O Processo de Registro Lei e Decreto

TOXICOLOGIA

- Classificação Toxicológica (ANVISA)

- Avaliação Toxicológica (ANVISA)

- Avaliação Quanto a Periculosidade Ambiental (IBAMA)

- Classificação do Potencial de Periculosidade Ambiental


(IBAMA)
O Processo de Registro Lei e Decreto
CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA

- Não é sinônimo de EFICIÊNCIA;


- Intoxicações AGUDAS ( única exposição)

- DL 50 oral
DL 50 dérmica
Irritabilidade ocular
Irritabilidade dérmica
Sensibilidade dérmica
CL 50 Inalatória - p/ fumigantes
O Processo de Registro Lei e Decreto

- 5 g (ml) = colher de chá


- Intoxicações AGUDAS
- Importantes para os USUÁRIOS e TRABALHADORES
- Indicações dos EPI’s
- Advertências no MANUSEIO
O Processo de Registro Lei e Decreto

AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA

- Intoxicações CRÔNICAS (vária doses, longo prazo)


- Estudos com ANIMAIS e extrapolados p/ o HOMEM
- Efeitos Mutagênicos, Teratogênicos e Carcinogênicos

- NOEL - “No Observed Efect Level”


- IDA - Ingestão Diária Aceitável
IDA = NOEL/100
- LMR - Limite Máximo de Resíduos

- INTERVALO DE SEGURANÇA ( CARÊNCIA)- Período


entre a última aplicação e a colheita ou alimentação.
O Processo de Registro Lei e Decreto

IDA - Ingestão Diária Aceitável - é quantidade máxima que, ingerida diariamente durante toda a vida, parece não oferecer risco
apreciável à saúde, à luz dos conhecimentos atuais. É expressa em mg do agrotóxico por kg de peso corpóreo (mg/kg p.c.).
LMR – Limite Máximo de Resíduo - estabelecido pela Anvisa por meio da avaliação de estudos conduzidos em campo pelos
pleiteantes ao registro ou à alteração pós-registro. Neles são analisados as concentrações de resíduos que permanecem nas
culturas após a aplicação dos agrotóxicos, respeitadas as BPA.
O Processo de Registro Lei e Decreto

AVALIAÇÃO QUANTO A PERICULOSIDADE AMBIENTAL

- Estudos no Meio Ambiente - Ecotoxicologia


- Propriedades Físico-Químicas do produto;

- Toxicidade para microorganismos, microcrustáceos,


peixes, algas, organismos de solo, aves, plantas e insetos
não-alvos;

- Comportamento no Solo – bioacumulação, persistência,


mobilidade;

- Toxicidade para animais superiores.


9.1. O Processo de Registro Lei e Decreto

CLASSIFICAÇÃO DO POTENCIAL DE
PERICULOSIDADE AMBIENTAL

Classe I - Produto Altamente Perigoso ao meio


ambiente

Classe II - Produto Muito Perigoso ao meio ambiente

Classe III - Produto Perigoso ao meio ambiente

Classe IV - Produto Pouco Perigoso ao meio ambiente


O Processo de Registro LEI E DECRETO

CONSOLIDAÇÃO FINAL DO PLEITO DE REGISTRO

Parecer de Eficiência e Praticabilidade Agronômica


(EPA) - MAPA

Informe de Avaliação Toxicológica


(IAT) - ANVISA

Avaliação do Potencial de Periculosidade Ambiental


(APPA) - IBAMA

PARECER FINAL SOBRE O REGISTRO


O Processo de Registro Lei e Decreto

PARECER FINAL SOBRE O REGISTRO


Considera o fator MAIS RESTRITIVO para:

- Fabricantes/formuladores/manipuladores;

- Classificações Toxicológica e Ecotoxicológica;

- Culturas;

- Dose máxima aprovada para cada cultura;

- Número máximo de aplicações aprovado para cada cultura;

- Restrições de equipamentos ou modalidades de aplicação;

- Intervalo de segurança;

- Tipos de embalagens;
- Composição quali-quantitativa.
Tipos de Registro Lei e Decreto

TIPOS DE REGISTRO:

- PRODUTO TÉCNICO

- PRODUTO TÉCNICO POR EQUIVALÊNCIA

- PRÉ-MISTURAS

- PRODUTO FORMULADO (QUÍMICO)

- PRODUTOS CLONES

- PRODUTOS ATÍPICOS (adjuvantes, óleos minerais ...)


Tipos de Registro Lei e Decreto

- PRODUTO BIOLÓGICO

- PRODUTO MICROBIOLÓGICO

- PRODUTO SEMIOQUÍMICO

- PRODUTO BIOQUÍMICO

- REX – REGISTRO EXCLUSIVO P/ EXPORTAÇÃO

- RET – REGISTRO ESPECIAL TEMPORÁRIO

- REGISTRO DE COMPONENTES
Registro para Agricultura Orgânica Lei, Decreto, INC 1/11
-PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS COM USO APROVADO
PARA A AGRICULTURA ORGÂNICA

- Estabelecimento da Especificação de Referência (ER), a ser


analisada pela CPOrgs (Comissão de Produção Orgânica) e
COAGRE (Coordenação de Agroecologia).

- Se já existe ER, para o registro do produto, necessário


provar que é igual a ER já publicada. Em regra, não é
necessário apresentação de novos estudos agronômicos,
toxicológicos e ambientais (pode ser exigido informações
adicionais).

- Se não existe ER, deverá apresentar documentação para


estabelecer a ER.
Registro para Agricultura Orgânica Lei, Decreto, INC 1/11

ESPECIFICAÇÃO DE REFERÊNCIA (IN 2/13)


Registro para Agricultura Orgânica Lei, Decreto, INC 1/11

- O pedido de registro deverá ser protocolado no


MAPA, ANVISA e IBAMA.

- Estão dispensados de receituário agronômico.

- No rótulo e bula não possuem os símbolos da caveira


com duas tíbias cruzadas.

- Para uso próprio – isento de registro.

- Registro terá tramitação própria e prioritária.


Legislação Federal de Agrotóxicos
Lei nº 7.802/1989 “Lei de Agrotóxicos”

Lei nº 9.974/2000 “Alterou Lei de Agrotóxicos”

Decreto nº 4.074/2002 “Regulamento da Lei de Agrotóxicos”

ANVISA/MS IBAMA/MMA CGAA/MAPA


Registro: via convencional Registro: via orgânicos
Decreto nº 5.549/2005 Decreto nº 6.913/2009
Alterou “Regulamento da Lei de Agrotóxicos” (PT) Alterou “Regulamento da Lei de Agrotóxicos”

Decreto nº 5.981/2006 Instrução Normativa Conjunta


Alterou “Regulamento da Lei de Agrotóxicos” SDA/SDC/IBAMA/ANVISA nº 1, de 24/05/2011
(Equivalência) “PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS COM USO APROVADO PARA A
AGRICULTURA ORGÂNICA”

Bio74químico: INC n 32, de 26/10/2005


Semioquímico: INC n 1, de 23/01/2006 e Ato nº 7, de 12/03/2010
Agente Biológico de Controle: INC n 2, de 23/01/2006 e Ato nº 07/07/2011
Agente Micro. de Controle: INC n 3, de 10/03/2006; Ato nº 6, de 23/01/2014 e Ato nº 105, de 28/12/2018
Fluxograma de registro
Registro: via convencional Registro: via orgânicos
1ª etapa: Especificação de Referência (ER)
Registro Especial Temporário (RET) Registro Especial Temporário (RET)
Formulário de estabelecimento de ER

IBAMA-MMA MAPA ANVISA-MS


Avaliação da (órgão de contato) Avaliação
Periculosidade Avaliação Toxicológica
Ambiental Agronômica

Publicação de ER
2ª etapa: Solicitação de registro
Protocolo de registro definitivo Protocolo de registro com base em ER

IBAMA-MMA MAPA ANVISA-MS MAPA


IBAMA-MMA ANVISA-MS
Avaliação da (órgão registrante) Avaliação (órgão registrante)
Análise Análise
Periculosidade Avaliação Toxicológica Análise documental e
documental documental
Ambiental Agronômica da indicação de uso

Emissão do certificado
Publicação do Diário Oficial da União
Registro para Agricultura Orgânica Lei, Decreto e INC 1/11

Produtos aprovados
Registro para Agricultura Orgânica Lei, Decreto e INC 1/11
Registro para Agricultura Orgânica Lei, Decreto e INC 1/11
250

SÉRIE HISTÓRICA CUMULATIVA DO REGISTRO


PRODUTOS BIOLÓGICOS - MAI 2019
200
Número de Produtos Registrados

107
106
150

91

100 Via Convencional Via Orgânico


74

49
111
50 104
19 26
3 14 72
52
35 35 39
28 31
3 19
0
1991 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Anos
77 EMPRESAS COM REGISTRO DE BIOLÓGICOS (maio de 2019)

ORGÂNICO E CONVENCIONAL:
13 empresas (17%) → 99 CONVENCIONAL:
produtos (45%) 24 empresas (31%) → 59
produtos (27%)

ORGÂNICO:
40 empresas (52%) → 60 produtos (28%) Nº total de produtos biológicos (218) =
orgânico (107) + convencional (111)
Registro para “Minor Crops” INC 1/14

Culturas com Suporte Fitossanitário Insuficiente – CSFI

Agrupamento de cultura por aspectos:


Botânicos
Alimentares
Fitotécnicos e Fitossanitários

Extrapolação de LMR

IDA = Ingestão Diária Aceitável (mg de agrotóxico/peso


corpóreo)
Histórico
• BRASIL - 2000;
• MAPA, IBAMA e ANVISA - GT MINOR CROPS;
• Uso de referências internacionais :

• INC 01 publicada em 2010.


• INC 01 publicada em 2014.
Funcionamento da Norma
Inclusão em
LMR do IA Rótulo e Bula

Cultura Cultura
Culturas de Suporte
Grupo Representativa Representativa do
Fitossanitário Insuficiente
do Grupo Subgrupo
Ervilha, Grão-de-bico, Lentilha,
Feijões (Vigna , Cajanus e
6A Feijão (Phaseulos Phaseolus), Amendoim
6.Leguminosas e vulgaris) Amendoim
Feijão e Soja
Oleaginosas Canola, Gergelim, Linhaça,
6B Girassol Mamona

Estudos de Resíduo (2 anos)


Tabela 2
Subgrupo Cultura Representativa Culturas de Suporte Fitossanitário Insuficiente – CSFI
1A Melão Melancia, Melão

1B Mamão ou Manga Abacate, Cacau, Cupuaçu,


Guaraná, Maracujá, Kiwi, Romã, Anonáceas, Abacaxi, Mamão, Manga
1C Coco Dendê, Pupunha, Açaí, Castanha do
Pará, Macadâmia, Pinhão, Noz Pecã.
2A Morango ou Acerola Acerola, Amora, Azeitona, Framboesa, Pitanga, Siriguela, Mirtilo, Morango

2B Goiaba, Figo ou Uva Caju, Caqui, Goiaba, Figo, Carambola,


Mangaba, Uva de Mesa
2C Pêssego, Ameixa Ameixa, Marmelo, Nectarina, Nêspera, Pêssego, Pêra.

3A Beterraba, Cenoura ou Mandioca, Batata doce, Beterraba, Cará, Cenoura, Gengibre, Inhame, Mandioca,
Mandioquinha-salsa, Nabo, Batata, Rabanete
3B Cebola Cebola, Alho, Chalota

4A Alface Agrião, Almeirão, Chicórea, Espinafre,


Rúcula, Mostarda, Acelga, Estévia
4B Repolho ou Couve Repolho, Brócolis, Couve, Couve-flor, Couve chinesa, Couve-de-bruxelas

4C Cebolinha ou Manjericão Coentro, Alho Porro, Cebolinha,


Manjericão, Salsa, Erva-doce, Alecrim,
Estragão, Manjerona, Salvia, Hortelã, Orégano
5A Pimentão Berinjela, Jiló, Pimenta, Quiabo

5B Pepino Abóbora, Abobrinha, Chuchu, Maxixe

6A Feijão (Phaseulos vulgaris) Ervilha, Grão-de-bico, Lentilha, Feijões, Amendoim


Amendoim
6B Girassol Canola, Gergelim, Linhaça, Mamona

7A Milho Milheto, Sorgo

7B Trigo Aveia, Centeio, Cevada, Triticale


Inclusão no Anexo

Quem pode solicitar a inclusão de CSFI no Anexo I


+ extrapolação de LMR de AI específicos (art. 4º)?

Instituições de Associações e
pesquisa ou cooperativas de Empresas
extensão rural produtores Registrantes
rurais
Inclusão no Anexo
• Requerimento (Anexo II)
• Justificativa técnico científica para enquadramento da cultura como de suporte
fitossanitário insuficiente;
• Parecer técnico assinado por pesquisador de instituição de pesquisa credenciada, e
1º Passo acompanhada de dados bibliográficos técnico-científicos de fontes referenciadas;
• Documento comprobatório da condição de representante legal da requerente.

• Protocolo no MAPA (Sede ou SFA);


• Encaminhamento à ANVISA e ao IBAMA para análise;
2º Passo • Discussão do GT e emissão de Nota Técnica favorável ou não;

• A Nota Técnica é analisada pelo CTA que delibera a alteração do Anexo (texto novo da
Norma);
• Publicação de novo Anexo feita pelo MAPA;
3º Passo • No texto anterior a alteração do Anexo deveria ser submetida as jurídicas dos três
órgãos.
Registros de Minor Crops INC 1/14

Fonte: Planilha elaborada pela FAEP


Estatísticas – Registro

Ver indicadores no site do MAPA


http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm

Fonte: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em 23/05/2019)


Estatísticas – Registro

Fonte: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em 23/05/2019)


Total de Agrotóxicos e Afins Registrados
500
450
450
405
400
350
300 277 262
250
203 191
200 168
137 146 148 139
150
110 104 110
100 90

50
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Estatísticas – Registro

Fonte: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em 23/05/2019)


Estatísticas – Registro

Fonte: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em 23/05/2019)


Estatísticas – Registro

Fonte: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em 23/05/2019)


Produtos Formulados de Baixa Toxicidade Registrados
(Biológicos, Microbiológicos, Semioquímicos , Bioquímicos,
60 Extratos Vegetais ou Agricultura Orgânica)
52
50
42
39
40
30
30

20 16
15 14
11
10 8
6 6
4 4
1 1
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Estatísticas – Registro
% de registros por classes agrupadas.

100,00

90,00

80,00

70,00

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
2019 2018 2017 2016 2015 2014 2013 2012 2011 2010 2009 98 a 19

Químicos Biológicos Reg. Cresc.

Fonte: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em 23/05/2019. Elaboração: AFFA Marcelo Bressan)


Estatísticas – Registro

Quantidade de registros por classes agrupadas,podendo haver mais


de uma por produto.
250

200

150

100

50

0
2019 2018 2017 2016 2015 2014 2013 2012 2011 2010 2009 Média 98-19

Químicos Biológicos Reg. Cresc.

Fonte: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em 23/05/2019. Elaboração: AFFA Marcelo Bressan)


9.5 Reavaliação de Registro Lei e Decreto

Art. 2o Cabe aos Ministérios da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento, Saúde e do Meio Ambiente, no âmbito
de suas respectivas áreas de competências:

VI - promover a reavaliação de registro de agrotóxicos,


seus componentes e afins quando surgirem indícios da
ocorrência de riscos que desaconselhem o uso de
produtos registrados ou quando o País for alertado
nesse sentido, por organizações internacionais
responsáveis pela saúde, alimentação ou meio
ambiente, das quais o Brasil seja membro integrante ou
signatário de acordos;
AUDITORIA E
FISCALIZAÇÃO
FISCALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DE AGROTÓXICOS
RÓTULO, BULA, EMBALAGEM
FISCALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DE AGROTÓXICOS
RÓTULO, BULA, EMBALAGEM
FISCALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DE AGROTÓXICOS
CONTROLE DE QUALIDADE OFICIAL
FISCALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DE AGROTÓXICOS
CONTROLE DE QUALIDADE OFICIAL
FISCALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DE AGROTÓXICOS
CONTROLE DE QUALIDADE OFICIAL
FISCALIZAÇÃO DO COMÉRCIO DE AGROTÓXICOS
DEPÓSITO, RÓTULO, BULA, EMBALAGEM
FISCALIZAÇÃO DO RECEITUÁRIO AGRONÔMICO
COMÉRCIO E USUÁRIO
FISCALIZAÇÃO DO USUÁRIO DE AGROTÓXICOS
RECEITA, DEPÓSITO, NOTA FISCAL, EPI, ILEGAIS
FISCALIZAÇÃO DE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS
ANÁLISE DE RESÍDUOS EM VEGETAIS
Mistura em tanque

Aspectos legais
Lei nº 7.802/89
Lei Federal nº 7.802/89

Não faz referência.


Decreto nº 4.074/02
Decreto Federal nº 4.074/02

Art. 1o Para os efeitos deste Decreto,


entende-se por:

XXV - mistura em tanque - associação de


agrotóxicos e afins no tanque do
equipamento aplicador, imediatamente antes
da aplicação;
Decreto Federal nº 4.074/02

Art. 22.
(...)
§ 2o As alterações de natureza técnica deverão ser
requeridas ao órgão federal registrante, observado o seguinte:

I - serão avaliados pelos órgãos federais dos setores de


agricultura, saúde e meio ambiente os pedidos de alteração
de componentes, processo produtivo, fabricante e formulador,
estabelecimento de doses superiores às registradas, aumento
da freqüência de aplicação, inclusão de cultura, alteração de
modalidade de emprego, indicação de mistura em tanque e
redução de intervalo de segurança; e
Decreto Federal nº 4.074/02

Art. 66. A receita, específica para cada cultura ou


problema, deverá conter, necessariamente:
(...)

IV - recomendação técnica com as seguintes


informações:

a) nome do(s) produto(s) comercial(ais) que


deverá(ão) ser utilizado(s) e de eventual(ais)
produto(s) equivalente(s);
Mistura em tanque

Diagnóstico
SITUAÇÃO ATUAL
Misturas de agrotóxicos em tanque nas
propriedades agrícolas do Brasil

Trabalho realizado por Dionisio Gazziero da


Embrapa Soja

Baseado em questionário aplicado aos profissionais


que lidam cotidianamente com tratamentos
fitossanitários em diferentes regiões produtoras do
Brasil.
Fonte: Pesquisador Dionísio Gazziero
Indique sua profissão:

Fonte: Pesquisador Dionísio Gazziero


De modo geral, como é feita a aplicação de produtos nas
propriedades?

Fonte: Pesquisador Dionísio Gazziero


Quantos produtos (inseticida, fungicida, herbicida, adubo foliar, etc.) costumam
ser misturados na mesma operação? Observação: não leve em consideração o
adjuvante.

Fonte: Pesquisador Dionísio Gazziero


De que maneira costuma ser feita a mistura de produtos?

Fonte: Pesquisador Dionísio Gazziero


Quando utiliza uma mistura de produtos com a mesma finalidade (ex.
dois ou mais herbicidas, dois ou mais fungicidas, etc) é comum utilizar:

Fonte: Pesquisador Dionísio Gazziero


Na pós-emergência da soja RR, você usa:

Fonte: Pesquisador Dionísio Gazziero


Você tem conhecimento de problemas decorrentes da
mistura em tanque?

Fonte: Pesquisador Dionísio Gazziero


Ocorrências quando da utilização da mistura em tanque
Dificuldade em dissolver o produto;

Aumento da fitoxicidade;

Excesso de espuma;

Entupimento das pontas de pulverização;

Decantação de material no fundo do tanque;

Sinergismo ou antagonismo;

Erro na sequência.
Fonte: Pesquisador Dionísio Gazziero
Outros comentários

Raríssimas as vezes que tivemos problemas de mistura;

Se houver problemas não tenho como reclamar com os


fabricantes;

Se não fizer misturas não conseguimos fazer as aplicações.

Fonte: Pesquisador Dionísio Gazziero


Em relação às informações técnicas sobre mistura em tanque.

Fonte: Pesquisador Dionísio Gazziero


Associação de
agrotóxicos

Receita Agronômica
Aspectos legais
Lei nº 7.802/89
Lei Federal nº 7.802/89

Art. 13. A venda de agrotóxicos e afins aos


usuários será feita através de receituário
próprio, prescrito por profissionais
legalmente habilitados, salvo casos
excepcionais que forem previstos na
regulamentação desta Lei.
Decreto nº 4.074/02
Decreto Federal nº 4.074/02

Art. 66. A receita, específica para cada cultura ou


problema, deverá conter, necessariamente:
(...)
IV - recomendação técnica com as seguintes
informações:
a) nome do(s) produto(s) comercial(ais) que deverá(ão)
ser utilizado(s) e de eventual(ais) produto(s)
equivalente(s);

Parágrafo único. Os produtos só poderão ser prescritos


com observância das recomendações de uso
aprovadas em rótulo e bula.
IN nº 40/2018
Instrução Normativa nº 40/2018

Art. 1º - Estabelecer regras complementares a emissão da receita agronômica


previsto no Decreto nº 4.074, de 4 de janeiro de 2002, no que tange ao exercício
profissional e eficiência agronômica na aplicação dos agrotóxicos e afins.

Art. 2º - A receita, específica para cada cultura ou problema, deverá conter,


complementarmente ao que determina o art. 66 do Decreto nº 4.074, de 4 de janeiro de
2002:
I - nome do(s) produto(s) comercial(ais) que deverá(ão) ser utilizado(s) e de
eventual(ais) produto(s) equivalente(s) e informações acerca de sua incompatibilidade
quando for o caso;
II - cultura agrícola, áreas onde serão aplicados os agrotóxicos e afins, advertências
específicas quanto ao intervalo de segurança e para a colheita dos produtos agrícolas.

§ 1º - As informações constantes em rótulo e bula dos agrotóxicos e afins registrados


relativas à mistura em tanque, quando existentes, são de caráter obrigatório, devendo
constar na receita agronômica.

§ 2º - Informações sobre incompatibilidade dos agrotóxicos e afins deverão ser


dispostas em campo específico da receita, considerando o contexto da recomendação
e advertências especificas para a aplicação.
Instrução Normativa nº 40/2018

Art. 3º - É de competência e responsabilidade do Engenheiro


Agrônomo a interpretação das recomendações oficiais, visando a
elaboração da receita agronômica em consonância com as boas
práticas agrícolas e com as informações científicas disponíveis.

Art. 4º - A Secretaria de Defesa Agropecuária coordenará a elaboração


de manuais técnicos para subsidiar a emissão qualificada da receita
agronômica.

Art. 5º - Os critérios e procedimentos que constam nesta norma são


passíveis de fiscalização pelos órgãos estaduais e Distrital de Defesa
Agropecuária integrantes do Sistema Unificado de Atenção a Sanidade
Agropecuária.

Art. 6º - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua


publicação.
Fonte: Ralph Andrade
Associação de
agrotóxicos

Receita Agronômica
Aspectos técnicos
FLUXOGRAMA DO REGISTRO

Protocolo
EMPRESA Protocolo de RET Pesquisa do Pleito

Eficiência e EPA
Praticabilidade Aprovação Final de Rótulo e Bula
MAPA Agronômica e Emissão de Certificado de Registro
Resíduos

Avaliação de APPA
IBAMA Periculosidade Cadastro
Ambiental Estadual

Avaliação IAT
ANVISA Toxicologia e
Resíduos
Ambiente

DOENÇA

Patógeno Hospedeiro
Eficiência

AGROTÓXICOS

Toxicologia Ecotoxicologia
COMBINAÇÕES POSSÍVEIS

Monografias autorizadas pela ANVISA (478) Elaboração: Ralph Andrade

Fonte: http://portal.anvisa.gov.br/registros-e-autorizacoes/agrotoxicos/produtos/monografia-de-agrotoxicos/autorizadas
Toxicologia

Fonte: Agrofit. Elaboração: Marcelo Bressan - MAPA


EcoToxicologia
Eficiência

Fonte: tabela de compatibilidades e incompatibilidades físico-químicas de misturas em tanque de agroquímicos e fertilizantes foliares para a cultura da Soja
organizada pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP).
Eficiência

Fonte: AGROFIT / Consulta Aberta / Produtos Formulados / Aba: Bula, Rótulo e Certificado

Elaboração: Ralph Andrade


Eficiência

Elaboração: Ralph Andrade


Eficiência

Fonte: tabela de compatibilidades e incompatibilidades físico-químicas de misturas em tanque de agroquímicos e fertilizantes foliares para a cultura da Soja
organizada pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP).
Eficiência

Elaboração: Ralph Andrade


Eficiência

Elaboração: Ralph Andrade


Eficiência

Fonte: tabela de compatibilidades e incompatibilidades físico-químicas de misturas em tanque de agroquímicos e fertilizantes foliares para a cultura da Soja
organizada pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP).
Eficiência

Elaboração: Ralph Andrade


Eficiência

Elaboração: Ralph Andrade


Associação de
agrotóxicos

Aspectos legais
Conclusões
CONCLUSÕES GERAIS:

1. A INDICAÇÃO DE MISTURA EM TANQUE NA BULA DEVE


SER APROVADA PELO MAPA/ANVISA E IBAMA.
ART. 22, § 2º, Inciso I do Decreto nº 4.074/02

2. NA RECEITA ESTÁ PREVISTO A RECOMENDAÇÃO


TÉCNICA DE UM OU MAIS AGROTÓXICOS ASSOCIADOS.
ART. 66, Inciso IV, alínea “a” do Decreto nº 4.074/02

3. AS RECEITAS COM ASSOCIAÇÕES DE AGROTÓXICOS


DEVEM OBSERVAR AS RECOMENDAÇÕES DE USO DE
CADA PRODUTO, EXPRESSOS NO RÓTULO E BULA.
ART. 66, parágrafo único do Decreto nº 4.074/02
CONCLUSÃO ESPECÍFICAS - IN 40/18:

1. SE A ASSOCIAÇÃO DE AGROTÓXICOS É
INCOMPATÍVEL – NÃO PRESCREVA OU INFORME
COMO O USUÁRIO DEVE PROCEDER.
I - nome do(s) produto(s) comercial(ais) que deverá(ão) ser utilizado(s) e de
eventual(ais) produto(s) equivalente(s) e informações acerca de sua incompatibilidade
quando for o caso;
§ 2º - Informações sobre incompatibilidade dos agrotóxicos e afins deverão ser
dispostas em campo específico da receita, considerando o contexto da recomendação
e advertências especificas para a aplicação.

2. NA PRESCRIÇÃO DE ASSOCIAÇÃO DE AGROTÓXICOS


– ADVIRTA O USUÁRIO PARA RESPEITAR O INTERVALO
DE SEGURANÇA MAIS RESTRITIVO.
II - cultura agrícola, áreas onde serão aplicados os agrotóxicos e afins, advertências
específicas quanto ao intervalo de segurança e para a colheita dos produtos agrícolas.
CONCLUSÃO ESPECÍFICAS - IN 40/18:

3. SE NA BULA HOUVER RECOMENDAÇÕES DE MISTURA


EM TANQUE – OBRIGATÓRIO CONSTAR NA RECEITA.
§ 1º - As informações constantes em rótulo e bula dos agrotóxicos e afins registrados
relativas à mistura em tanque, quando existentes, são de caráter obrigatório, devendo
constar na receita agronômica.

4. RECEITA AGRONÔMICA – PARA PROFISSIONAL


HABILITADO DE NÍVEL SUPERIOR
Art. 3º - É de competência e responsabilidade do Engenheiro Agrônomo a
interpretação das recomendações oficiais, visando a elaboração da receita agronômica
em consonância com as boas práticas agrícolas e com as informações científicas
disponíveis.
CONCLUSÃO ESPECÍFICAS - IN 40/18:

5. MANUAL TÉCNICO – DISPONIBILIZAR PARA SUBSÍDIO


AO PROFISSIONAL
Art. 4º - A Secretaria de Defesa Agropecuária coordenará a elaboração de manuais
técnicos para subsidiar a emissão qualificada da receita agronômica.
Associação de
agrotóxicos

Manuais técnicos
Em elaboração
MINUTA DE MANUAL TÉCNICO – ASSOCIAÇÃO DE AGROTÓXICOS

1. Estabelecer critérios e procedimentos, de caráter informativo, para prescrição


em receituário agronômico de agrotóxicos e afins em associação.

2. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, divulgará em seu portal


eletrônico as informações técnicas sobre associações contraindicadas de
agrotóxicos e afins, quando:
I - protocoladas por:
a) instituição públicas ou privadas de ensino, de pesquisa ou extensão rural;
b) associação de produtores, cooperativas de agricultores;
c) empresa registrante de agrotóxicos e afins.

II - precedidas de estudos e pesquisas científicas ou de resultados comprovados em


literatura científica, com informações conclusivas sobre a incompatibilidade físico-
química ou alteração relevante da toxicidade, ecotoxicidade ou fitotoxicidade da
associação de agrotóxicos, podendo ainda, estas informações serem atualizadas ou
contestadas a qualquer tempo; e

III – acompanhadas de informações sobre o ingrediente ativo, a marca comercial, a


concentração e o tipo de formulação de cada agrotóxico associado com restrição de
uso.
MINUTA DE MANUAL TÉCNICO – ASSOCIAÇÃO DE AGROTÓXICOS

3. A prescrição de agrotóxicos associados deverá constar em receituário


agronômico prescrito por profissional legalmente habilitado de nível superior,
respeitando os seguintes critérios:
I - Cada um dos agrotóxicos e afins prescritos para mistura em tanque deverá estar
registrados para a cultura na qual a mistura será aplicada, com exceção para os
produtos em que a indicação de uso seja por alvo biológico;

II - deverão ser respeitadas todas as orientações técnicas constantes em rótulo e bula


concernentes aos alvos biológicos, às culturas, às doses, à forma de aplicação, a
tecnologia de aplicação, aos aspectos relativos à saúde humana e ao meio ambiente,
e demais informações dos agrotóxicos e afins associados;

III - quando as recomendações nos rótulos e bulas dos agrotóxicos e afins prescritos
para a associação diferirem entre si, as indicações mais restritivas deverão ser
observadas no receituário agronômico;

IV - a época de aplicação da associação de agrotóxicos deverá ser compatível com o


estádio da cultura e o estágio da praga em que foram aprovadas as aplicações dos
agrotóxicos e afins envolvidos;
MINUTA DE MANUAL TÉCNICO – ASSOCIAÇÃO DE AGROTÓXICOS

V - não poderão ser prescritas associações de agrotóxicos e afins contraindicadas em


seus rótulos e bulas ou no sítio eletrônico do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento;

VI – associações de agrotóxicos e afins com registro emergencial não poderão ser


prescritos;

VII - as precauções de uso e equipamentos de proteção individual referentes ao


produto de maior perigo toxicológico deverão ser observadas, assim como os
intervalos de segurança e intervalo de reentrada mais restritivos;

VIII - as precauções de uso e advertências mais restritivas quanto aos cuidados de


proteção ao meio ambiente deverão ser observadas;
MINUTA DE MANUAL TÉCNICO – ASSOCIAÇÃO DE AGROTÓXICOS

4. A responsabilidade por danos à saúde humana ou ao meio ambiente, assim


como pelos danos causados por fitotoxicidade ou redução da eficácia
agronômica, que decorram da recomendação, prescrição ou utilização dos
agrotóxicos e afins utilizados em associação caberá a quem descumprir a
legislação pertinente.

5. ANEXOS:
Tabela de associações contraindicadas. (publicar no site do MAPA)

Banco de dados sobre tecnologia de aplicação anotadas em bula, para prescrição


correta, respeitando-se as recomendações do fabricante. (elaborar)

SUGESTÃO DE APRIMORAMENTOS:
Recomendações harmonizadas sobre tecnologia de aplicação nas bulas
(Revisão da Instrução Normativa nº 16/2017, que trata, entre outros assuntos, das
especificações para a elaboração de rótulos e bulas de agrotóxicos e afins pelas
empresas titulares de registro) .
OPERAÇÃO
CONTRA OS
ILEGAIS
OPERACAO INTEGRADA DE FISCALIZACAO CONTRA
OS AGROTOXICOS ILEGAIS
RAZÕES PARA A FISCALIZAÇÃO INTEGRADA

Ilegalidade em vários setores


- Produtos sem registro nos órgãos
governamentais

- Baixa eficácia

- Resíduos em alimentos

- Contaminação ambiental

- Descarte indevido de embalagens

- Contrabando

- Sonegação fiscal
FITOTOXICIDADE – IMIDACLOPRID ILEGAL
FITOTOXICIDADE - METSULFURON ILEGAL
ROTA DO CONTRABANDO
IMPORTAÇÃO AGROTÓXICOS LEGAIS, 2013 (LI - PR)

ORIGEM (2013) DESTINO (2013)

OUTRAS ARAPONG
CHINA AS
7%
OUTRAS 13% PATO 0% 13%
BRANCO
22%
FRANÇA 7%
5%
ESPANHA
0% 6%

INDIA IBIPORÃ
10% 31%

LONDRINA
42%
ISRAEL ARGENTIN
33% A
11%

Outras Origens: Suíça, Uruguai, USA, Dinamarca, ...


COMO IDENTIFICAR UM AGROTÓXICO ILEGAL

- O CONTRABANDEADO:
- TRÂNSITO INTERNACIONAL (PARAGUAY,URUGUAI)
- RÓTULO EM ESPANHOL.
- NÃO POSSUI O N. REGISTRO NO MAPA;
- SE TIVER SEM RÓTULO – CHEIRO CARACTERÍSTICO.

-O FALSIFICADO:
- TRÂNSITO INTERNO (SP, MT).
- DIFERENÇAS MUITO PEQUENAS COM O ORIGINAL.
MODELO DE RÓTULO
AGROTÓXICO LEGAL
AGROTÓXICOS ILEGAL - CONTRABANDEADO
AGROTÓXICOS ILEGAL - FALSIFICADO

Fonte: Tosato - ADAPAR


AGROTÓXICOS ILEGAL - FALSIFICADO

Fonte: Tosato - ADAPAR


AGROTÓXICOS ILEGAL - FALSIFICADO

Falsificado Verdadeiro
AGROTÓXICOS ILEGAL - FALSIFICADO

VERDADEIRO FALSIFICADO
FALSIFICADO VERDADEIRO
MODO DE AÇÃO DOS CONTRABANDISTAS
-FAZEM OS PEDIDOS JUNTO AOS USUÁRIOS.
-TRAZEM A QUANTIDADE CONFORME A DEMANDA E NA
ÉPOCA DO USO.

- PREFERÊNCIA POR AGROTÓXICOS ILEGAIS:


- DE FORMULAÇÃO SÓLIDA (95%);
- DE DOSES BAIXAS (95%);
- COM DIFERENÇA DE PREÇOS MAIORES.

-ORIENTAM OS USUÁRIOS A QUEIMAR AS EMBALAGENS


APÓS O USO.

- TRANSPORTE OCULTO, E QUANDO O VOLUME É MAIOR,


PODE SER MISTURADO COM OUTRAS CARGAS.
DOSES BAIXAS

Nome Científico do Alvo


Biológico: Aeschynomene rudis
Nome Comum do Alvo Biológico: Angiquinho,
Maricazinho, Paquinha, Pinheirinho
Dosagem: 3,3 g/ha
Intervalo de Segurança: 30
Situação(Alvo): Liberado
Expurgo: Não ACCURATE Cultura: Arroz
Tratamento de Semente: Situação(Cultura):
Não Liberado
Aplicação Aérea: Sim
Observações: OBSERVAÇÃO: Recomenda-se
usar óleo mineral emulsionável na dose de 100
mL/100 L (0,1% v/v)

- Pacote de 20 gramas
- Uso em 06 hectares
EMBALAGEM QUEIMADA
MISTURA COM OUTRAS CARGAS
ESTABELECIMENTOS FLEX
USUÁRIO X CONTRABANDISTAS
- CONTRABANDISTAS:
- APREENSÃO DE QUANTIDADES MAIORES;
- AÇÃO DAS POLÍCIAS FEDERAL E RODOVIÁRIA
FEDERAL;
- REDE DE CRIMINOSOS.

- USUÁRIO:
- APREENSÃO DE QUANTIDADES PEQUENAS;
- ALIMENTAM O SISTEMA;
- FISCALIZAÇÃO AGROPECUÁRIA (ESTADUAL E
FEDERAL);
O MAPA ESTÁ AUTUANDO O USUÁRIO COMO
IMPORTADOR DE AGROTÓXICO SEM REGISTRO
(CONTRABANDO)
Quantidade de agrotóxicos ilegais apreendidos em
propriedades rurais durante operações integradas de
fiscalização no PARANÁ, por embalagens (vazias e cheias).
300 282

250

196
200

150
128
121

100
80
74

4749 45
49
50 34
28
23 24
19 1920
1516
1112 1013 10101113
5 555 6 666
111112233 12244 11112233 111111122222334 1111122234
0
2007 2008 2009 2010 2014
Cascavel Cascavel Londrina Maringá Cascavel

Elaboração: FFA Camila Vieira e Marcelo Bressan


FISCALIZAÇÃO INTEGRADA CONTRA OS ILEGAIS
AGROTÓXICOS ILEGAIS APREENDIDOS
FISCALIZAÇÃO INTEGRADA CONTRA OS ILEGAIS
AGROTÓXICOS ILEGAIS APREENDIDOS
FISCALIZAÇÃO INTEGRADA CONTRA OS ILEGAIS
AGROTÓXICOS ILEGAIS APREENDIDOS
AGROTÓXICOS ILEGAIS APREENDIDOS
AGROTÓXICOS ILEGAIS APREENDIDOS
AGROTÓXICOS ILEGAIS APREENDIDOS
AGROTÓXICOS ILEGAIS APREENDIDOS
AGROTÓXICOS ILEGAIS APREENDIDOS
AGROTÓXICOS ILEGAIS APREENDIDOS
AGROTÓXICOS ILEGAIS APREENDIDOS
AGROTÓXICOS ILEGAIS APREENDIDOS
AGROTÓXICOS ILEGAIS APREENDIDOS
AGROTÓXICOS ILEGAIS APREENDIDOS
AGROTÓXICOS ILEGAIS APREENDIDOS
AGROTÓXICOS ILEGAIS APREENDIDOS
AGROTÓXICOS ILEGAIS APREENDIDOS
AGROTÓXICOS ILEGAIS APREENDIDOS
AGROTÓXICOS ILEGAIS APREENDIDOS
AGROTÓXICOS ILEGAIS APREENDIDOS
AGROTÓXICOS ILEGAIS APREENDIDOS
OPERAÇÃO
WEBCIDA
OPERAÇÃO WEBCIDA

Operação Integrada de Fiscalização do Comércio Ilegal de


Agrotóxicos pela INTERNET.
Operação WEBCIDA
Lei Federal nº 9.294/96 – LEI DE PROPAGANDA

Art. 8° A propaganda de defensivos agrícolas que contenham produtos de


efeito tóxico, mediato ou imediato, para o ser humano, deverá restringir-
se a programas e publicações dirigidas aos agricultores e
pecuaristas, contendo completa explicação sobre a sua aplicação,
precauções no emprego, consumo ou utilização, segundo o que
dispuser o órgão competente do Ministério da Agricultura e do
Abastecimento, sem prejuízo das normas estabelecidas pelo Ministério da
Saúde ou outro órgão do Sistema Único de Saúde.
Operação WEBCIDA

Lei Federal nº 7.802/89 – LEI DOS AGROTÓXICOS

Art. 4º As pessoas físicas e jurídicas que sejam prestadoras de serviços na


aplicação de agrotóxicos, seus componentes e afins, ou que os produzam,
importem, exportem ou comercializem, ficam obrigadas a promover os
seus registros nos órgãos competentes, do Estado ou do Município,
atendidas as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis que
atuam nas áreas da saúde, do meio ambiente e da agricultura.
Operação WEBCIDA
Lei Federal nº 7.802/89 – LEI DOS AGROTÓXICOS

Art. 6º As embalagens dos agrotóxicos e afins deverão atender, entre


outros, aos seguintes requisitos:
(...)
§ 5º As empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus
componentes e afins, são responsáveis pela destinação das
embalagens vazias dos produtos por elas fabricados e
comercializados, após a devolução pelos usuários, e pela dos
produtos apreendidos pela ação fiscalizatória e dos impróprios para
utilização ou em desuso, com vistas à sua reutilização, reciclagem ou
inutilização, obedecidas as normas e instruções dos órgãos registrantes e
sanitário-ambientais competentes. (Incluído pela Lei nº 9.974, de 2000)
Operação WEBCIDA
Lei Federal nº 7.802/89 – LEI DOS AGROTÓXICOS

Art. 13. A venda de agrotóxicos e afins aos usuários será feita através de
receituário próprio, prescrito por profissionais legalmente habilitados,
salvo casos excepcionais que forem previstos na regulamentação desta
Lei.
Operação WEBCIDA
Decreto Federal nº 4.074/02 - AGROTÓXICOS

Art. 63. O transporte de agrotóxicos, seus componentes e afins está


sujeito às regras e aos procedimentos estabelecidos na legislação
específica.

Parágrafo único. O transporte de embalagens vazias de agrotóxicos e


afins deverá ser efetuado com a observância das recomendações
constantes das bulas correspondentes.
Operação WEBCIDA
Lei Federal nº 7.802/89 – LEI DOS AGROTÓXICOS

Art. 15. Aquele que produzir, comercializar, transportar,


aplicar, prestar serviço, der destinação a resíduos e
embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e
afins, em descumprimento às exigências estabelecidas na
legislação pertinente estará sujeito à pena de reclusão, de
dois a quatro anos, além de multa. (Redação dada pela Lei
nº 9.974, de 2000)
Operação WEBCIDA
Lei Federal nº 9.605/98 – LEI DOS CRIMES AMBIENTAIS
Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer,
transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância
tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo
com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela Lei nº 12.305, de 2010)
I - abandona os produtos ou substâncias referidos no caput ou os utiliza em
desacordo com as normas ambientais ou de segurança; (Incluído pela Lei nº
12.305, de 2010)
II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou dá
destinação final a resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou
regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.305, de 2010)
§ 3º Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
OPERAÇÃO WEBCIDA

Operação Integrada de Fiscalização do Comércio Ilegal de


Agrotóxicos pela INTERNET.
WEBCIDA – Fase 1
WEBCIDA – Fase 2
WEBCIDA – Fase 3
WEBCIDA – Verificar a Legalidade
WEBCIDA – Verificar a Legalidade
WEBCIDA – Verificar a Legalidade
WEBCIDA – Verificar a Legalidade
EDUCAÇÃO
SANITÁRIA
Educação Sanitária
Ação de Associação de Empresas - Manuais

Fonte: http://www.andef.com.br/manuais/
Educação Sanitária
Ação Conjunta: Governo, Organização de Produtores e
Empresa de Agrotóxicos – Folder, Palestras e Cursos.

Fonte: http://www.srp.com.br/arquivos/materiais/19file1.pdf/
SISTEMAS
SISTEMAS DE CONTROLE MAPA
SISTEMAS DE CONTROLE ADAPAR/PR
SISTEMAS DE CONTROLE ADAPAR/PR
INDICADORES
MAPA
CENÁRIO ATUAL

Sustentabilidade
Simplificação do conceito
CENÁRIO ATUAL

SUSTENTABILIDADE

Ecologicamente correto

Economicamente viável – custo produção

Socialmente justo – alimento acessível

Culturalmente diverso
CENÁRIO ATUAL
MISSÃO DO MAPA
Promover o desenvolvimento sustentável da
agropecuária e a segurança e
competitividade de seus produtos.

MISSÃO DA FISCALIZAÇÃO DE
AGROTÓXICOS
Garantir níveis de conformidade e qualidade dos
agrotóxicos e afins disponibilizados para a agricultura
nacional.
CENÁRIO ATUAL

- Fóruns e grupos contra os agrotóxicos e a agricultura tradicional

- Projetos de Lei proibindo os agrotóxicos

- Normas restringindo o uso

- Processo criminais contra profissionais que emitem receita indevida

- Monitoramento dos profissionais que atuam na área

- Polarização – tradicional e orgânico – guerra de desinformação


CENÁRIO ATUAL
CENÁRIO ATUAL

Fonte: Grupo Whatsapp: GT Agroquímicos Postado em 25/06/2019


CENÁRIO ATUAL

Fonte: Grupo Whatsapp: Aplica Agrotóxicos - Postado em 25/06/2019


CENÁRIO ATUAL

Fonte: Grupo Whatsapp: GT Agroquímicos Postado em 23/06/2019


CENÁRIO ATUAL

Agrotóxicos registrados
para a cultura da soja
CENÁRIO ATUAL Agrotóxicos registrados

Todas as culturas – 2010 a 2019

Soja – 2010 a 2019

Fonte: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em 24/06/2019)


CENÁRIO ATUAL Agrotóxicos registrados

2.165
Todas as culturas – 1988 a 2019

2.053
Soja – 1988 a 2019

Fonte: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em 24/06/2019)


CENÁRIO ATUAL Agrotóxicos registrados– SOJA

71 em
2019

Fonte:http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em
24/06/2019)
CENÁRIO ATUAL Agrotóxicos registrados– SOJA

Fonte: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em 24/06/2019)


CENÁRIO ATUAL Agrotóxicos registrados

Todas as culturas – 1988 a 2019

Soja – 2018 e 2019

Fonte: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em 24/06/2019)


CENÁRIO ATUAL Agrotóxicos registrados

Todas as culturas – 1988 a 2019

Soja – 2018 e 2019

Fonte: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em 24/06/2019)


CENÁRIO ATUAL Agrotóxicos registrados

Todas as culturas – 1988 a 2019

Soja – 2018 e 2019

Fonte: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em 24/06/2019)


CENÁRIO ATUAL Agrotóxicos registrados – todas culturas

% de registros por classes agrupadas.

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00
2019 2018 2017 2016 2015 2014 2013 2012 2011 2010 2009 98 a 19

Químicos Biológicos Reg. Cresc.

Fonte: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em 23/05/2019. Elaboração: AFFA Marcelo Bressan)


CENÁRIO ATUAL Agrotóxicos registrados – todas culturas

Quantidade de registros por classes


agrupadas,podendo haver mais de uma por
produto.
250

200

150

100

50

0
2019 2018 2017 2016 2015 2014 2013 2012 2011 2010 2009 Média
98-19

Químicos Biológicos Reg. Cresc.

Fonte: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em 23/05/2019. Elaboração: AFFA Marcelo Bressan)


CENÁRIO ATUAL Agrotóxicos – BIOLÓGICOS - registrados

Todas as culturas – 2010 a 2019

Soja – 2010 a 2019

Fonte: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em 24/06/2019)


CENÁRIO ATUAL Agrotóxicos – BIOLÓGICOS - registrados

213
Todas as culturas – 1988 a 2019

155
Soja – 1988 a 2019

Fonte: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em 24/06/2019)


CENÁRIO ATUAL Agrotóxicos – BIOLÓGICOS - registrados

Todas as culturas – 1988 a 2019

Soja – 1988 a 2019

Fonte: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em 24/06/2019)


CENÁRIO ATUAL Agrotóxicos – BIOLÓGICOS - registrados

Todas as culturas – 1988 a 2019

Soja – 1988 a 2019

Fonte: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em 24/06/2019)


CENÁRIO ATUAL Agrotóxicos – BIOLÓGICOS - registrados

Todas as culturas – 1988 a 2019

Soja – 1988 a 2019

Fonte: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrofit/index.htm (acesso em 24/06/2019)


CENÁRIO FUTURO – USO DE AGROTÓXICOS NA SOJA

- Nova Lei dos Agrotóxicos (Projeto de Lei nº 6.299/2002)

- A pesquisa e os profissionais neste novo cenário

- Oportunidades para aperfeiçoar o sistema

- Novos agrotóxicos para a cultura da soja


CENÁRIO FUTURO

PL Nº 6.299/02

Fonte:https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=A3F3041
5919FD5606B27DA86389DE2F7.proposicoesWebExterno2?codteor=1669849&filename=Tra
mitacao-PL+6299/2002
GARGALOS DO SISTEMA
LEGISLAÇÃO / GESTÃO / POLÍTICA PÚBLICA CONDUTA
/ PROFISSIONAL
RET IMP. COMÉRCIO RESÍDUOS
PESQ. REGISTRO PRODUÇÃO USO
REX EXP. RECEITA ALIMENTOS

G G L P P L L C
L P G L L C C P
G
P L P P
P G G P P P
Apensados ao PL 6.299/2002 - 29 + 24 = 53 PROJETOS DE LEI

Autor: Senado Federal - Blairo Maggi


Presidente da Comissão: Deputada Federal – Tereza
Cristina
Relator: Deputado Federal - Luiz Nishimori

PL 2495/2000 (6) , PL 3125/2000 (4) , PL 5884/2005 , PL


6189/2005 (1),
PL 4933/2016 , PL 3649/2015 , PL 5852/2001 , PL
1567/2011 (1) , PL 4166/2012 ,
PL 1779/2011 , PL 3063/2011 , PL 1687/2015 (4) ,
PL 3200/2015 (Dep. Covati Filho)
PL 49/2015 (2) , PL 371/2015 , PL 461/2015 , PL
958/2015 , PL 7710/2017 ,
PL 8026/2017 , PL 6042/2016 , PL 713/1999 (5) , PL
1388/1999, PL 7564/2006
PL PL apensados
6.299/02

Fonte:http://imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD0020180629001
020000.PDF#page=31
PL PL apensados
6.299/02

Fonte:http://imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD0020180629001
020000.PDF#page=31
PL Abrangência
6.299/02
Lei 7.802/89: Agrotóxicos
PL 6299/02: Pesticidas (agrícola) e produto controle ambiental

Análise técnica:

agrotóxicos – agrícola, urbano e meio ambiente.

pesticidas – só agrícola.

Produto de controle ambiental – só produtos do meio ambiente

Produtos meio urbano e industriais – Lei 6.360/76

Adjuvantes – não contemplados em ambas as leis


PL Denominação
6.299/02
Lei 7.802/89: Agrotóxicos
PL 6299/02: Pesticidas

Análise técnica:

agrotóxicos – comunica o perigo. É depreciativo ao agro.

pesticidas – nome usado internacionalmente


PL Tipos de Registro
6.299/02
Lei 7.802/89: Registro, RET.
PL 6.299/02: Registro, RET, Registro Temporário, Autorização Temporária, Permissão
Emergencial Temporária.
Análise Técnica:
Registro e RET – somente após aprovação no Brasil.
Registro temporário * – por similaridade, se registrado em 3 países OCDE.
Autorização temporária * – por similaridade, adota a inclusão de culturas, se registrado em
3 países OCDE.
Permissão emergencial temporária: permite importação em caso de emergência fitossanitária
declarada pelo poder executivo.
* Se o solicitante cumpriu o estabelecido na Lei e não houver manifestação conclusiva do MAPA,
ANVISA e IBAMA.
PL Alerta internacional – risco ou desaconselhamento de uso
6.299/02
Lei 7.802/89, art. 3º, §4º: Autoridade brasileira deve tomar providências.
PL 6.299/02, art. 3º, §14 e art. 28: Autoridade brasileira deve tomar providências de
reanálise de risco, considerando aspecto econômico, fitossanitário e possibilidade de uso
de produtos substitutos.
Análise Técnica:

providências – não especifica qual.

providências de reanálise de risco – na redação do art. 3º deu ênfase


somente no econômico, fitossanitário e existência de substitutos.
Art. 2º, alínea c: gestão dos riscos - o processo, decorrente da avaliação dos riscos, que consiste em ponderar fatores
políticos, econômicos, sociais e regulatórios bem como os efeitos sobre a saúde humana e meio ambiente, em consulta
com as partes interessadas, tendo em conta a avaliação dos riscos e outros fatores legítimos e, se necessário, selecionar
opções apropriadas para proteger a saúde e o meio ambiente.
PL Proibição de registro no Brasil
6.299/02

Lei 7.802/89, art. 3º, §6º: critérios fixos - perigo; não adota análise dos riscos.
§ 6º Fica proibido o registro de agrotóxicos, seus componentes e afins:
a) para os quais o Brasil não disponha de métodos para desativação de seus componentes, de modo
a impedir que os seus resíduos remanescentes provoquem riscos ao meio ambiente e à saúde
pública;
b) para os quais não haja antídoto ou tratamento eficaz no Brasil;
c) que revelem características teratogênicas, carcinogênicas ou mutagênicas, de acordo com os
resultados atualizados de experiências da comunidade científica;
d) que provoquem distúrbios hormonais, danos ao aparelho reprodutor, de acordo com
procedimentos e experiências atualizadas na comunidade científica;
e) que se revelem mais perigosos para o homem do que os testes de laboratório, com animais,
tenham podido demonstrar, segundo critérios técnicos e científicos atualizados;
f) cujas características causem danos ao meio ambiente.
PL Proibição de registro no Brasil
6.299/02
PL 6.299/02, art. 3º, §14: adota a análise dos riscos.

§ 3º Fica proibido o registro de pesticidas, de produtos de controle ambiental e afins que, nas
condições recomendadas de uso, apresentem risco inaceitável * para os seres humanos ou
para o meio ambiente, ou seja, permanecerem inseguros, mesmo com a implementação das
medidas de gestão de risco.

§ 4º A análise dos riscos é obrigatória para a concessão de registro de pesticida e de produto de


controle ambiental.

____________________________
Art. 2º do PL 6.299/02:
VI - análise dos riscos - processo constituído por três fases sucessivas e
interligadas: avaliação, gestão (manejo) e comunicação dos riscos, em que:
(...)
f) * risco inaceitável - nível de risco considerado insatisfatório por
permanecer inseguro ao ser humano ou ao meio ambiente, mesmo com
a implementação das medidas de gerenciamento dos riscos.
PL Prazo de registro
6.299/02
Lei 7.802/89: sem prazos e Decreto 4.074/02: RET (15 d.), Registro (4 meses)
PL 6.299/02: RET (30 dias) e Registro (2 a 24 meses)
Análise Técnica: (art. 3º)
a) Produto Novo - formulado: 24 meses.
b) Produto Novo - técnico: 24 meses.
c) Produto formulado: 12 meses
d) Produto genérico: 12 meses.
e) Produto formulado idêntico: 60 dias.
f) Produto técnico equivalente: 12 meses.
g) Produto atípico: 12 meses.
h) Registro Especial Temporário – RET: 30 dias.
i) Produto para a agricultura orgânica: 12 meses.
j) Produto a base de agente biológico de controle: 12 meses.
k) Pré-mistura: 12 meses.
l) Conjunto de alterações do art. 28: 30 dias.
m) Demais alterações: 180 dias.

§ 4º Os órgãos federais deverão concluir a análise do requerimento do registro nos prazos


estabelecidos no § 1° do art. 3° a partir do recebimento do pleito, sob pena de
responsabilidade nos termos dos artigos 121 a 126-A da Lei 8.112 de 11 de dezembro de
1990.
PL Competências no registro
6.299/02

Lei 7.802/89: registrado no MAPA, de acordo com as diretrizes da ANVISA e


IBAMA.
PL 6.299/02: registrado MAPA, de acordo com as diretrizes e análise da
Análise Técnica: (art. 3º)
ANVISA e IBAMA.
O trâmite do processo nos 3 órgãos foi definido no Decreto 4.074/02.

Como ficou agora:


O MAPA gerencia e analisa os documentos de registro.

Ficou mantida a competência da ANVISA em estabelecer as exigências para os


dossiês de toxicologia ocupacional e dietética. (art. 6º, inc. III)

Ficou mantida a competência do IBAMA em estabelecer as exigências para a


elaboração dos dossiês de toxicologia (art. 7º, inciso II)

Cabe a ANVISA e ao IBAMA analisar, e quando couber, homologar a análise de


risco toxicológicos ou ambiental.
PL Competências da União, Estados e
6.299/02 Municípios

Lei 7.802/89: Competências da União, dos Estados (art. 23 e 24 da CF) e


Municípios.
PL 6.299/02: Aos estados (art. 23 e 24 da CF) e municípios (art. 30 da CF)
Análise Técnica:
compete, legislar supletivamente, desde que cientificamente
Competência na Constituição Federal de 1988:
fundamentado.
(...)
Art. 21. Compete à União:

Art. 22. Compete privativamente à União


legislar sobre...

Art. 23. É competência comum da União,


dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios...

Art. 24. Compete à União, aos Estados e


ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre...

Art. 30. Compete aos Municípios...

A publicação do registro pelo MAPA, autoriza a comercialização nos Estados.


Não deveria adotar o termo genérico, compete à União.
Definir de forma clara, que cabe exclusivamente ao MAPA, fiscalizar os “pesticidas”, em qualquer fase.
PL Autorização de uso para CFSI
6.299/02

Lei 7.802/89: Não prevista. INC nº 01/14


PL 6.299/02: art. 16. Autorização de extensão de uso de
pesticidas para culturas com suporte fitossanitário
Análise Técnica:
insuficiente - CFSI
Podem ser solicitados a extensão de uso de produtos já
registrados para a CSFI.

Tem 30 dias para concluir o processo.

Caso o MAPA não autorize, este deverá indicar alternativa para a


cultura e o alvo biológico.
PL Política de incentivo aos produtos menos tóxicos
6.299/02

Lei 7.802/89: Não prevista.


PL 6.299/02: Não previsto

Análise Técnica:

Estabelecimento de ritos sumários para o registro de produtos


fitossanitários com uso autorizado para a agricultura orgânica,
assim como para os produtos biológicos.

Estabelecimento de algum incentivo para estes produtos.


PL Sistema Unificado de Cadastro de Pesticida
6.299/02

Lei 7.802/89: Não prevista.


PL 6.299/02: art. 22. Institui o Sistema Unificado de Cadastro
de Utilização de Pesticidas.

Análise Técnica:

Cadastro dos estabelecimentos, profissionais e usuários.

Cadastro fará captura dos dados do receituário. Nos moldes do


SIAGRO-PR.
PL Receituário
6.299/02
Lei 7.802/89: art. 13. Venda ao usuário somente mediante receituário próprio
emitido por profissionais legalmente habilitados.

PL 6.299/02: art. 22, §4º Comércio de pesticida ao usuário mediante receita


agronômica própria emitida por profissional legalmente habilitado.
Análise Técnica:

Faz uma confusão citando em 2 artigos (art. 22 e art. 39). Deveria ser unificado
em um capítulo ou seção dentro da Lei. Além disso tem uma confusão conceitual
do que deve ter na receita e o que deve ser transmitido no Cadastro Unificado.

Deveria ser ...”profissional habilitado de nível superior”.

Na Lei 7802/89 não havia os itens que deveriam constar na receita.

No PL 6.299/02 constam os itens que serão obtidos na receita pelo Sistema


Unificado,

Incentivar a emissão da receita sem papel, onde o profissional possa fazer a


recomendação no campo.
PL Infrações à Ordem Econômica
6.299/02
Lei 7.802/89: não previsto.

PL 6.299/02: art. 34. Remete à Lei 12.529/11 – que trata do


Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência - SBDC
Análise Técnica:

Art. 35. Emitido o registro para o pesticida, produto de controle


ambiental, e afins, o titular do registro terá até 2 (dois) anos para
iniciar a produção e comercialização do produto, sob pena de
cancelamento do registro concedido.

Deveria incluir artigos que induzam a inovação à pesquisa e


promovam a industrialização em território nacional deste insumo
estratégico para o país.
PL Embalagens e Devolução das vazias
6.299/02
Lei 7.802/89: incluído logística reversa pela Lei 9.974/2000.

PL 6.299/02: mantém o texto da Lei 9.974/02 e inclui outros itens.

Análise Técnica:

Permite a manipulação e fracionamento para uso próprio na propriedade


no momento do uso.
Prática perigosa conforme o caso. Teria que estabelecer uma
quantidade limite. Ex. Acima de 50 litros.

Define que as embalagens de sementes tratadas tenham outro destino


ambientalmente correto.
Deveria aproveitar a logística reversa das embalagens dos produtos.
PL Rótulo e Bula
6.299/02
Lei 7.802/89: previsto.

PL 6.299/02: manteve o texto, acrescentando a classificação toxicológica


pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Rotulagem - GHS
Análise Técnica:

Se a Classificação Toxicológica pelo GHS estivesse em vigor, o índice de


agrotóxicos extremamente tóxicos passaria de 34% para cerca de 14%.

Que a bula deva ter, além da parte técnica para uso profissional - Engenheiro
Agrônomo ou Médico - uma parte de fácil leitura, com letras grande e com
linguagem acessível aos usuários e aplicadores.
PL Armazenagem e Transporte
6.299/02
Lei 7.802/89: não previsto.

PL 6.299/02: adotou texto do Decreto 4.074/02, remetendo às


regras para armazenagem e transporte vigentes.
Análise Técnica:

OK. Assim as exigências não ficam desatualizadas.


PL Inspeção e Fiscalização
6.299/02
Lei 7.802/89: não previsto.

PL 6.299/02: remete a definição para o regulamento

Análise Técnica:

Deveria utilizar o termo auditoria e fiscalização.


PL Taxas de Avaliação e Registro
6.299/02
Lei 7.802/89: não previsto
PL 6.299/02: varia da isenção à R$ 100.000,00
Análise Técnica:
I – avaliação e registro ou permissão de:
a) Produto Novo - formulado: R$ 100.000,00.
b) Produto Novo - técnico: R$ 80.000,00.
c) Produto formulado: R$ 50.000,00.
d) Produto genérico: R$ 40.000,00.
e) Produto formulado idêntico: R$ 30.000,00.
f) Produto técnico equivalente: R$ 40.000,00.
g) Produto atípico: R$ 5.000,00.
h) Registro Especial Temporário – RET: R$ 5.000,00.
i) Produtos para a agricultura orgânica: R$ 30.000,00.
j) Produto a base de agente biológico de controle: R$ 30.000,00.
k) Prémistura: R$ 50.000,00.

II - avaliação para alterações de registro de produtos:


a) conjunto de alterações do art. 26: Isento.
b) conjunto de alterações do art. 27: R$ 30.000,00.
PL Multa
6.299/02
Lei 7.802/89: Multa até 1000 MVR (R$
PL 6.299/02: Multa de R$ 2.000,00 a R$ 2.000.000,00
Análise Técnica:

Definir ainda na Lei as faixas de multa conforme a natureza da


infração.

Definir multa, em alguns casos, sobre o valor do produto.

Definir sanções alternativas para casos bem específicos e


direcionados principalmente para usuários e aplicadores
infratores, como cursos e treinamentos obrigatórios, realização
de trabalho comunitário, reparação de danos, entre outros.

Poderia ter definido os atenuantes e agravantes.

Estabelecer penalidades severas aos falsificadores,


contrabandistas, comerciantes e qualquer envolvido com os
agrotóxicos ilegais (falsificados ou contrabandeados).
PL
6.299/02
Última tramitação em 16/05/2019.
Projeto Pronto para a aprovação no plenário
CENÁRIO FUTURO

A pesquisa e os
profissionais neste novo
cenário
CENÁRIO FUTURO PESQUISA DE SOJA E OS AGROTÓXICOS

- Respostas Regionalizadas
- classificação por Eficiência (orientar recomendação técnica)
- classificação por Eficiência (adotar padrão de classificação)

- Ampliar Pesquisas em Rede


- embasar tecnicamente as reavaliações por eficiência
- embasar tecnicamente as recomendações técnicas

- Divulgar as pesquisas e dados sobre mistura de agrotóxicos

- Analisar o risco de produtos e áreas sensíveis


- embasar tecnicamente o manual de uso correto e seguro
- embasar tecnicamente as restrições de uso – 2,4 D, culturas
sensíveis, distâncias seguras.
CENÁRIO FUTURO PROFISSIONAIS E OS AGROTÓXICOS

- Responsável técnico pelas propriedades


- aumentar até atingir 100 % das propriedades com RT

- Responsável técnico pelo manejo fitossanitário (receita)


- não deveria ser vinculado ao comércio
- adotar as melhores tecnologias da pesquisa
- implantar o manual de boas práticas (tecnologia de
aplicação)
- reduzir o uso de agrotóxicos

- Responsável técnico pelo comércio de agrotóxicos


- atender as recomendações das receitas dos RT de MF.
- supervisionar as recomendações de armazenagem,
transporte, EPI
CENÁRIO FUTURO USUÁRIOS E OS AGROTÓXICOS

- Aumentar a fiscalização e sanções ao usuário


- os principais problemas acontecem aqui
- deve seguir as recomendações de bula e receita

- Exigir treinamento mínimo para aplicador


- diminuir os riscos à saúde e ao meio ambiente
CENÁRIO FUTURO

Oportunidades para
aperfeiçoar o sistema
CENÁRIO FUTURO COMÉRCIO ELETRÔNICO
CENÁRIO FUTURO BOAS PRÁTICAS NA RECEITA

Fonte: Minuta do Manual de Boas Práticas para o Uso Correto e Seguro de Agrotóxicos – elaboração: Eng. Agrônomo Ralph Andrade – FDA da ADAPAR/PR
CENÁRIO FUTURO BOAS PRÁTICAS NA RECEITA

Fonte: Minuta do Manual de Boas Práticas para o Uso Correto e Seguro de Agrotóxicos – elaboração: Eng. Agrônomo Ralph Andrade – FDA da ADAPAR/PR
CENÁRIO FUTURO BOAS PRÁTICAS NA BULA

Fonte: Minuta do Manual de Boas Práticas para o Uso Correto e Seguro de Agrotóxicos – elaboração: Eng. Agrônomo Ralph Andrade – FDA da ADAPAR/PR
Fonte: Minuta do Manual de Boas Práticas para o Uso Correto e Seguro de Agrotóxicos – elaboração: Eng. Agrônomo Ralph Andrade – FDA da ADAPAR/PR
CENÁRIO FUTURO BOAS PRÁTICAS NOS EQUIPAMENTOS DE
PULVERIZAÇÃO

Fonte: Minuta do Manual de Boas Práticas para o Uso Correto e Seguro de Agrotóxicos – elaboração: Eng. Agrônomo Ralph Andrade – FDA da ADAPAR/PR
CENÁRIO FUTURO BOAS PRÁTICAS NO USO DEPENDE DE TODOS

Fonte: Minuta do Manual de Boas Práticas para o Uso Correto e Seguro de Agrotóxicos – elaboração: Eng. Agrônomo Ralph Andrade – FDA da ADAPAR/PR
CENÁRIO FUTURO

Novos agrotóxicos para a


cultura da soja
CENÁRIO ATUAL

Fonte: Grupo Whatsapp: GT Agroquímicos Postado em 25/06/2019


CENÁRIO FUTURO
CENÁRIO FUTURO
CENÁRIO FUTURO
CENÁRIO FUTURO
Obrigado!
Adriana C Casagrande C de Souza
Engenheira Agrônoma
Auditora Fiscal Federal Agropecuária
Adriana.casagrande@agricultura.gov.br
Tel. (41) 3361-4048

Marcelo Bressan
Engenheiro Agrônomo
Auditor Fiscal Federal Agropecuário
marcelo.bressan@agricultura.gov.br
Tel. (41) 3361-4049
Dionísio Gazziero
Pesquisador Embrapa Soja
dionisio.gazziero@embrapa.br
(43) 3371-6270

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