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Patricia Lages-Gerenciando-A-Si-Mesmo-Financas-Carreira-E-Aprendizado-Seu-Dinheiro-Suas-Regras.1
Patricia Lages-Gerenciando-A-Si-Mesmo-Financas-Carreira-E-Aprendizado-Seu-Dinheiro-Suas-Regras.1
AULA 11
SEU DINHEIRO, SUAS REGRAS
O que me fez incluir esse assunto neste curso foi o fato de receber tantos comentários de leitores e se-
guidores que entregaram o poder de escolha sobre seu próprio dinheiro nas mãos de outras pessoas.
Um levantamento feito pela Rede Mulher Empreendedora (RME) detectou que 80% das mulheres pro-
prietárias de empresas delegam a administração financeira de seus negócios a um homem, seja marido,
filho ou um funcionário do sexo masculino, por não se acharem capazes de exercer a tarefa.
Na maioria das vezes, as mulheres são mais emocionais do que os homens e, como dinheiro exige racio-
nalidade, elas costumam ceder mais aos apelos, não só da publicidade, mas das pessoas ao seu redor. Já os
homens são mais propensos a se endividar para não parecer que estão sem dinheiro (e aí que ficam mesmo
sem!), ou seja, eles acabam gastando um dinheiro que não têm para não parecer que não têm dinheiro! E
1 eles tendem a esconder o endividamento da família, incluindo esposa e filhos.
No vídeo “Não diga essas 6 coisas a ninguém”, dei a dica de não contar o valor do seu salário ou da sua
renda. Dei até o exemplo de uma vez que contei e me arrependi amargamente porque houve um baita mal-en-
tendido na empresa e eu quase perdi o emprego. Eis o que mais as pessoas me perguntaram: “e que ‘desculpa’
eu dou para não ter de responder?” No vídeo “7 vergonhas financeiras, vença todas”, uma das dicas é: perder
a vergonha de levar marmita e os comentários mais frequentes foram na mesma linha: “mas o que eu digo
quando as pessoas perguntarem porque eu estou levando comida de casa?” E eu fique pensando com meus
botões: é sério mesmo que tanta gente acha que deve satisfação aos outros? O que eu devo fazer, como educa-
dora financeira, para que as pessoas entendam que o dinheiro delas não é assunto de ninguém?
Dica: Em casa temos um caixa único, ou seja, não existe “meu dinheiro, seu dinheiro”, o dinheiro é nosso.
Não compre coisas inúteis ou que seu orçamento não permite só para agradar aos outros.
Você não tem de ficar justificando o que faz, porque faz ou inventando desculpas.
Agora que você está nesta jornada de gerenciar a si mesmo, já percebeu que terá de fazer várias
mudanças na sua rotina e manter uma certa disciplina para poder chegar onde quer.
Você precisa ser firme nas suas convicções e não se deixar levar pela cabeça dos outros.
Outro fato que pesa no bolso e no CPF de muitos brasileiros é o costume de se colocar em saias justas
quando alguém pede nome ou cartão de crédito emprestado. Apenas para não perder a amizade ou para
não contrariar um parente, as pessoas cedem e, depois, quando o outro não honra o compromisso, perde-se
a amizade e a briga na família se instala.
Se essa pessoa não está nem aí para limpar o nome dela – afinal de contas, ela está tentando fazer mais
dívidas – por que ela se importaria com o seu?
Então, blinde-se contra essa roubada de emprestar seu nome para quem quer que seja. Prefira empres-
tar dinheiro, caso você possa, pois, se a pessoa não lhe devolver, pelo menos você perdeu algo que tinha e
não o que não tem.
Neste momento, se possível, reserve uns minutos para listar abaixo as regras que você vai definir a
partir de hoje em relação às suas finanças. O que você não vai comprar mais, as contas que irá cancelar ou
diminuir e, principalmente, as atitudes que vai deixar de tomar só para atender às necessidades ou vontades
dos outros e que, de alguma forma, lhe prejudicam. Não deixe de fazer esse exercício, pois uma vez que você
defina as suas regras, será muito mais tranquilo permanecer no propósito de gerenciar a si mesmo.
gerenciando
a si mesmo com Patricia Lages
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