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Deep web e dark web

Mercado Silk Road (ou a rota da seda)Este foi um site da dark web no qual funcionava uma
espécie de mercado livre mundial do crime. Em 2013, as autoridades federais dos Estados
Unidos derrubaram o site, suspenderam o domínio utilizado e prenderam Ross Willian Ulbricht,
o fundador do Silk Road.

Mecanismos de busca não conseguem listar nenhum dos sites presentes na deep web, a
"internet profunda". Isso significa que você não consegue encontrá-los usando Google, Yahoo
e outros mecanismos de busca como esses.

A dark web também não é acessível por navegadores comuns, como o Chrome ou o Firefox,
mas apenas pelo navegador Tor, que usa uma rede de conexões anônimas para garantir o
sigilo de seus usuários ou até mesmo "escondê-los". A deep web ficou conhecida como um
lugar onde produtos e serviços ilegais podem ser vendidos e comprados e, por isso, também
ganhou uma certa reputação libertina e decadente. Será que isso é verdade?

Deep web ou dark web, existe diferença entre elas?


Às vezes, as pessoas usam os termos "deep web" e "dark web" como sinônimos, mas os dois
não são iguais. Ambas são inacessíveis pelos mecanismos de busca e compostas de sites e
conteúdos que não são públicos por diversos motivos, como acesso pago ou questões de
privacidade.

Você provavelmente acessa a deep web regularmente, mas não percebe. Por exemplo: se você
logar no site do seu plano de saúde para enviar mensagens ao seu médico ou verificar os
resultados de exames mais recentes, aí está a deep web.

O mesmo vale para a leitura de documentos internos na intranet corporativa do seu trabalho.
Não é que seja obscuro ou perigoso, mas não é disponível para acesso sem as credenciais de
login adequadas. O conteúdo da deep web representa a maior parte da internet: segundo
algumas estimativas, segundo o CSO Daily, algo como 96% ou mais.

A diferença, então, é que o conteúdo da deep web não é acessível simplesmente porque está
restrito por logins ou paywalls, enquanto o conteúdo da dark web é propositalmente
escondido por seus proprietários e requer um software especial — um navegador chamado
Tor — para ser acessado. Portanto, existem muitos motivos para fazer login na deep web, mas
será que existem motivos legítimos para vasculhar a dark web? Com certeza.

O Tor começou como uma forma dos usuários se comunicarem mantendo o anonimato,
enviando solicitações de pesquisa por meio de uma vasta rede de servidores proxy espalhados
pelo mundo, para que qualquer coisa que você visualize não possa ser rastreada de volta até
seu computador.

Esse navegador ainda funciona do mesmo jeito, embora indivíduos empreendedores tenham
aproveitado o anonimato para comprar e vender todo tipo de coisa errada. Mesmo assim, há
pessoas que têm motivos para permanecer anônimas sem que isso signifique se envolver com
crimes. O Tor é útil em países onde o acesso à internet é monitorado ou restrito. Como aponta
o CSO Daily, jornalistas e agentes da lei usam a dark web para se manterem à frente das
notícias e investigações, enquanto advogados podem procurar lá informações sobre seus casos
e cidadãos comuns preocupados com a privacidade online podem se sentir mais seguros na
dark web.
Como acessar a dark web?
Baixando Tor!

Se você quiser explorar a dark web, entre no site do Projeto Tor e baixe o Tor. "Tor" vem do
nome The Onion Router ("a cebola roteadora", em tradução livre), sendo a "cebola" uma
referência às diferentes camadas da internet. Ele está disponível para sistema operacional
Windows, Mac e Linux, como também para celulares Apple e Android na versão mobile.

No geral, assim que você baixar e instalar o Tor, estará pronto para usar, mas tem alguns
aspectos que você precisa saber. Para começar, usar o Tor é demorado, é como usar a internet
discada dos primórdios da internet, simplesmente porque leva tempo para rotear as suas
requisições de busca por meio de todos os processos de anonimização.

Em segundo lugar, acessar sites específicos é um pouquinho diferente. Páginas na dark web
terminam em ".onion" em vez dos típicos ".com", ".edu", ".org", etc. Lá, os sites também não
tem endereços diretos, fáceis de lembrar. Mesmo que você esteja tentando acessar a versão
dark web do Facebook (e sim, ela existe!), escrever "facebook.onion" não vai te levar até lá:
tem letras e números aleatórios também misturados no meio do endereço.

Por fim, uma vez que a ideia do Tor é que ninguém saiba quem você é nem onde você está, os
resultados da busca podem aparecer até em outra língua, pois ele pode entender que você
está em outro lugar no mundo baseado na maneira com que os proxies redirecionam o seu
tráfego.

Na maior parte do mundo, é completamente legal usar o Tor, embora existam algumas
exceções, como na Venezuela e na China. Porém, isso não significa que você esteja legalmente
autorizado a se envolver com um conteúdo ilegal na dark web, mas sim que o fato de ter
instalado ou usar o Tor não é, em si, motivo para você ficar encrencado.
Navegando com segurança na dark web
Desconfie ao comprar serviços ou produtos, mesmo aqueles que não são ilegais, porque o
anonimato da dark web faz dela um porto seguro para golpistas. Desconfie de sites que podem
infectar seu computador com malware ou outros softwares maliciosos que podem permitir o
acesso de hackers às suas senhas ou, quem sabe, à sua webcam. Além disso, como há
abundância de conteúdo ilegal e perturbador, acessar conteúdo ilegal continua sendo crime,
mesmo que seja mais difícil para as autoridades rastreá-lo.

Além das três camadas de criptografia do Tor, o navegador também exclui seu histórico de
navegação, apaga seus rastros e impede que os sites identifiquem e rastreiem você, segundo a
Wired. As medidas de segurança do Tor não são infalíveis, mas são muito boas. Lembre-se de
que se você usar seu nome real, endereço, e-mail ou outra informação de identificação em
qualquer lugar da dark web, você está abrindo mão das proteções fornecidas pelo Tor.

outro conceito
Deep web e dark web: o que são esses espaços da internet?
Hackers, crimes e pornografia? Não é bem isso… Deep web e a dark web não são sinônimos e,
na verdade, você usa uma delas todos os dias e talvez nem se dê conta. Entenda a diferença.
A pontinha de um iceberg saindo para fora do mar. Abaixo dele, até as profundezas, está um
bloco ainda maior de gelo – uma massa invisível para quem observa apenas da superfície. A
figura é uma das mais usadas para ilustrar o que de fato é a internet e, em especial, seus
recôncavos mais difíceis de serem acessados: as chamadas deep web e dark web.
A metáfora do bloco do iceberg não está errada. De fato, cerca de 5% da internet é o que está
para fora do mar. A chamada internet visível é, em termos técnicos, tudo aquilo que pode ser
indexado em mecanismos de busca – na prática, o que pode ser achado em uma pesquisa no
Google, por exemplo.

Já quase 95% é conteúdo não indexado, páginas que propositalmente não podem ser
encontradas por qualquer pessoa ou mecanismo.

É por isso que deep web e dark web viraram quase sinônimos de crimes, drogas e pornografia
– mas isso não é uma verdade. Embora esses sejam, de fato, tópicos recorrentes em parte
desses domínios, a chamada internet escondida vai muito além disso.

Na verdade, a deep web é essencial para a internet que todos nós consumimos – e vital para a
nossa proteção e segurança. Já a dark web é uma parte ínfima, pequena mesmo, desse
universo.

Entender como funciona e para que servem a deep e dark web pode ajudar a melhorar a sua
proteção digital – e a não acreditar em todos os boatos que circulam por aí na internet visível.

Afinal, qual é a diferença entre deep web e dark web?


A deep web, ou internet profunda, é a internet não indexada – sites, conteúdos, plataformas
que não estão disponíveis para qualquer um buscando por aí. Estima-se que ela seja centenas
de vezes maior do que a internet visível.

Sua caixa de e-mail é parte da deep web. Os vídeos em uma plataforma de streaming, também.
Bancos de dados de hospitais, intranet de empresas, contas bancárias… Tudo isso está na
internet, mas não é exatamente aberto.

De forma geral, a deep web reúne tudo aquilo que é protegido por algum tipo de senha ou
acesso. Todas as informações que não são públicas, mas precisam ser acessada de forma
online por alguém – como o conteúdo de um e-mail, mensagem em app de paquera, ou
mesmo uma pesquisa acadêmica sendo revisada dentro de uma universidade.

Não existe nada de errado ou necessariamente proibido na existência da deep web, muito pelo
contrário. Garantir que mensagens sejam privadas, que informações bancárias não estejam
abertas e que empresas e pessoas possam manter conversas e documentos restritos do
público é parte fundamental da web.

E a dark web?
Voltando ao iceberg, a empresa de segurança Kaspersky faz uma analogia fácil de entender: se
a deep web é a grande massa de gelo logo abaixo da superfície, a dark web é a pontinha mais
profunda e submersa.

A dark web é a internet escura – onde a luz não chega, na metáfora do iceberg. Ela reúne sites
que, além de não serem indexados, só podem ser acessados por meio de navegadores
específicos. O browser que vem instalado no seu computador ou telefone, por exemplo, não
consegue acessar os sites da dark web.

Isso acontece porque o conteúdo da dark web fica na chamada rede TOR – acrônimo para The
Onion Router, ou “roteador cebola”. Na prática, o TOR é tanto um software como uma rede
que cria muitas camadas, como as cascas de uma cebola, para tentar garantir o anonimato de
quem está navegando.
Anonimato
Em poucas palavras, o navegador TOR usa criptografia para enviar informações dentro de uma
rede ligada a múltiplos servidores. Pense nelas como um caminho: cada servidor é um dos
destinos da informação. Na rede comum, um servidor precisa saber de onde a informação veio
e para onde ela vai. Na rede TOR, essa informação não é revelada: um servidor não sabe de
onde veio aquele dado.

Por isso a palavra chave da dark web é anonimato. Quando se está navegando na internet,
informações sobre o IP do seu computador, suas atividades, acabam sendo registradas nesse
caminho de servidores – e cada país possui legislações para proteger o uso desses dados.

Um fórum anônimo na internet ainda é indexado – e as conversas de lá ainda podem ser


achadas em uma busca. Mesmo que nenhum usuário use seu nome de verdade, pode haver
registros de uso e navegação.

Já a chamada dark web é construída para evitar registros – o mecanismo é feito para tentar
garantir que os acessos por lá sejam anônimos. Não existe nada errado ou ilegal nisso – mas,
por causa da anonimidade, a dark web ficou conhecida por ser um espaço propenso ao crime.
Lá é onde podem ocorrer a venda de dados roubados, compartilhamento de informações e
imagens criminosas.

No entanto, é importante dizer que a anonimidade da dark web também é capaz de proteger
atividades lícitas, como simplesmente compartilhar textos de forma anônima ou permitir que
ativistas em países com forte repressão tenham sua voz ouvida.

E, vale ressaltar, o anonimato nela não é 100% garantido – tanto que, em diversos países, há
frentes de combate ao crime focadas em desmantelar redes que funcionam nesse pedaço da
web.

A dark web é muito pequena perto do todo: estima-se que existam algumas centenas de
milhares de páginas nela, apenas. É impossível “acidentalmente” cair em um site na dark web.
É preciso ativamente usar navegadores próprios para acessar os endereços por lá.

Por fim, vale reforçar: crime, pornografia, discurso de ódio ou qualquer material polêmico ou
sensível não são exclusividade da dark web. Basta uma busca no seu navegador preferido para
encontrar tudo isso – e muito mais – de forma bastante visível na internet.

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