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Agricultura - Resumos
Agricultura - Resumos
Sistema intensivo
Áreas de abundância de água e solos ricos;
Culturas de regadio – precisam de ser irrigadas;
Solos continuamente ocupados ao longo do ano;
Regime de policultura – vários produtos cultivados simultaneamente na mesma parcela,
geralmente de pequena dimensão e forma irregular, o que dificulta a mecanização.
Sistema extensivo
Áreas com pouca água e solos pobres;
Culturas de sequeiro – sem necessidade de rega;
Rotação de culturas, em folhas (setores) que, em cada ano, produzem uma cultura diferente,
ficando uma folha em pousio – em descanso, para o solo recuperar, ou com plantas que
melhoram a fertilidade.
Regime de monocultura – um só cultivo na mesma parcela, de grande dimensão e forma regular.
Com a modernização da agricultura, nos países desenvolvidos, estes sistemas começaram a mudar,
passando a dominar a monocultura, mas de forma intensiva, muito mecanizada e com aplicação de
agroquímicos: pesticidas, etc. É uma agricultura de mercado, que procura produzir o máximo, com o
mínimo de custos de produção e sem prejuízos.
A agricultura tradicional
continua a usar sistemas
antigos em muitos países em
desenvolvimento e em certas
áreas rurais de países
desenvolvidos, onde a
população idosa produz para
autoconsumo.
1. Maior ocorrência de precipitação nos meses de outono e inverno, os mais frios, de menor
crescimento das plantas.
2. A estação mais quente, de maior potencial energético, é limitada pela escassez de precipitação -
custos com o regadio.
3. Os anos ora muito chuvosos, ora muito secos causam prejuízos avultados na produção agrícola.
Mais favorável nas regiões agrárias do litoral (EDM, BL e RO) e nos Açores, com:
Menos favorável para a maioria das culturas nas regiões agrárias do interior norte (TM e BI) e do sul
continental (ALE e ALG), com:
RELEVO
Declive acentuado
Orientação das vertentes
Elevada altitude
Do litoral a norte do Tejo, com planícies onde morre a base das vertentes do interior
montanhoso e onde os rios finalizam o seu curso.
Do sul, nas peneplanícies do Alentejo e no Algarve, nos vales das serras de pouca altitude e na
fértil planície do litoral.
As formações geológicas do subsolo, entre as quais as que deram origem aos sedimentos que
se depositam;
O relevo, que nas áreas de…
- maior altitude e vertentes íngremes, favorece os processos de erosão, tornando os solos
pobres, ou mesmo inexistentes;
- menor altitude, como os vales entre vertentes, muitas vezes com cursos de água, e nas
planícies dos rios, nos cursos médio e inferior, favorece a deposição de grande quantidade de
sedimentos minerais e orgânicos, formando solos profundos e espessos, de materiais finos e
ricos em nutrientes, muito férteis;
A vegetação, que, quando é mais diversa e de folha caduca, forma mais húmus e enriquece o
solo.
DISPONIBILIDADE DE ÁGUA
HISTÓRICOS E CULTURAIS
À Reconquista mais tardia e organizada, que terminou com a doação de vastos domínios aos
nobres e às ordens religiosas militares;
À aquisição, no século XIX, pela burguesia, de vastas propriedades, para a agricultura;
POVOAMENTO E DEMOGRAFIA
No interior norte (TM e BI), o povoamento menos denso originou uma tradição de partilha
comunitária das tarefas agrícolas e, por vezes, da propriedade, originando:
REGIÕES AGRÁRIAS
TRÁS-OS-MONTES
BEIRA LITORAL
1. Temperaturas amenas
2. Pluviosidade abundante
3. Relevo acidentado
4. Solos relativamente férteis (rega intensa)
Morfologia agrária: minifúndios, quase sempre vedados e de contornos irregulares.
Povoamento: misto.
Sistema de cultura: intensivo, com predomínio da policultura e forte recurso ao regadio.
Principais culturas agrícolas:
temporárias - milho, arroz, batata, produtos hortícolas, floricultura, prados temporários e culturas
forrageiras;
permanentes - vinha e olival.
BEIRA INTERIOR
Morfologia agrária: campos de pequena e média dimensão, quase sempre abertos e de traçado
regular.
Povoamento: concentrado.
Sistema de cultura: extensivo, de sequeiro, com predomínio da monocultura dos pousios longos,
sobretudo para sul da Cordilheira Central, compensados com a exploração florestal e a criação de gado.
Principais culturas agrícolas:
temporárias - milho, centeio, aveia, prados temporários e culturas forrageiras;
permanentes - olival, vinha, castanheiros, amendoeiras, cerejeiras, pastagens permanentes.
RIBATEJO E OESTE
ALENTEJO
ALGARVE
R. A. DOS AÇORES
R. A. DA MADEIRA
1. Amenidade térmica
2. Baixa pluviosidade
3. Elevada fertilidade natural dos solos
4. Relevo montanhoso e exposição solar das vertentes
Morfologia agrária: microfúndios, fechados e de traçado irregular. Nas vertentes mais íngremes
recorre-se ao cultivo em socalcos.
Povoamento: disperso.
Sistema de cultura: intensivo, em regime de policultura, estratificado em altitude e apoiado por uma
extensa rede de canais (levadas) que asseguram a irrigação.
Principais culturas agrícolas:
temporárias - horticultura, floricultura e batata;
permanentes - vinha e frutos subtropicais, sobretudo banana.
AS PAISAGENS AGRÁRIAS
Degradação dos solos – a monocultura gera uma absorção continua do mesmo tipo de
nutrientes, destruindo o equilíbrio natural dos solos, e como tal, fazendo diminuir a sua
fertilidade;
Perda de biodiversidade – a ocupação agrícola em grande escala destrói ecossistemas locais e
impede a interação de espécies que se equilibravam mutuamente.
AS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS
Exploração agrícola – Unidade técnico-económica que utiliza fatores de produção (mão de obra,
máquinas, terrenos …) e que satisfaz obrigatoriamente as condições seguintes:
1 – Ter produção agrícola ou manter em boas condições agroambientais as terras que não utiliza para fins
produtivos.
2 – Atingir ou ultrapassar uma certa dimensão (área, nº de animais)
3 – Estar submetida a uma gestão única
4 – Ter localização bem determinada e identificável
BL, EDM, RAM – exploração de pequena ou média dimensão, minifúndios. A menor dimensão torna
menos viável a modernização, pois há máquinas que não podem ser utilizadas e o pequeno agricultor
tem menor poder económico, além de não justificar investimentos elevados em tecnologia
Varia em volume e valor de acordo com as condições meteorológicas do ano agrícola ou por
outras causas, mas a tendência geral é de aumento.
- destaque das culturas para a indústria e para as hortícolas
Nem sempre a maior área de cultivo corresponde à de maior produção, difere das características
de culturas, dos solos e das práticas agrícolas
A produtividade agrícola é a quantidade produzida por unidade de superfície
As produções agrícolas variam de região para região em resultado das condições edafoclimáticas.
Condições naturais de relevo, solos, geologia e clima.
Com as novas tecnologias estas limitações são cada vez mais colmatadas com recurso a
estufas, a fertilizantes e outras técnicas.
Em Portugal a maioria das explorações têm uma especialização (focam-se nas monoculturas).
Regime extensivo – animais criados ao ar livre e alimentados em pastagens. Por vezes, são recolhidos
no inverno, mas são alimentados por forragens cultivadas para esse fim.
* Os produtos animais são sobretudo as carnes, com claro destaque para as de suíno e de aves, de
seguida os ovos e em terceiro o queijo.
Açores EDM TM e BI BL RO ALE
Gado Gado Gado ovino e Suínos Aves Maior produtor devido ao território ser
bovino em bovino caprino, pois maior destacam-se os ovinos associados
regime estão bem ao montado alentejano e os bovinos que
tradicional adaptados à pastam em prados naturais, mas
montanha sobretudo artificiais irrigados com
sistemas de rega
POPULAÇÃO AGRÍCOLA
A população ativa no setor agrícola tem vindo a diminuir devido à modernização da agricultura que
liberta a mão de obra e os jovens adultos tendem a mudar-se para a cidade ou a trabalhar na cidade,
continuando a residir no espaço rural – êxodo agrícola.
A população agrícola familiar tem uma grande importância pois representa grande parte da mão de
obra na agricultura.
Estrutura etária
NA população agrícola os produtores singulares (PS) e os dirigentes das sociedades agrícolas (DSA)
têm maior relevância. São quem toma as decisões mais importantes.
A população rural, sobretudo no interior tem uma estrutura etária envelhecida. Os DSA têm uma
média de idades inferior, em cerca de 10 anos à dos PS.
O maior envelhecimento dos PS reduz a sua capacidade de inovar e arriscar, o que limita a
modernização e o aumento da produtividade.
Na última década o n° de PS com escolaridade acima do 1° ciclo aumentou (atingindo 43%), no caso
dos DSA são apenas 11% os que têm menos do que o 39 ciclo, 89% têm maior escolaridade quase metade
do nível superior.
Apesar dos progressos, os problemas estruturais ainda condicionam aspetos técnicos, organizativos
e de inserção nos mercados.
Ainda são problemas Sinais de mudança Podem ajudar
Gradual aumento da dimensão média
Predomínio de
das explorações Digitalização de progressos
explorações de pequena
Crescimento do n° de sociedades agrícolas e bons resultados obtidos,
dimensão física e
agrícolas que geram investimento e inovação
económica
Maiores áreas de regadio
Aumento da idade média dos
agricultores inferior ao da população
População agrícola
total Pluriatividade nas áreas com maior
envelhecida
"regresso" às áreas rurais de jovens diversificação do emprego, que ajuda
Com baixas qualificações
com qualificações a evitar o abandono das áreas rurais
Abandono das áreas rurais
Aumento da formação profissional
dos agricultores
Aumento da especialização das
Défice de organização dos Existência de recursos genéticos
explorações
agricultores com vocação para o mercado
Aumento das exportações
Dificuldades em competir Potencial de produção com
Diversificação das produções
nos mercados comunitário qualidade diferenciada no azeite,
Expansão do comercio eletrónico,
e de países terceiros vinho e hortofrutícolas
mesmo entre pequenos produtores
O uso dos solos nem sempre respeita a sua aptidão natural: alguns com aptidão agrícola são
utilizados para outros fins, sobretudo urbanos, enquanto solos com limitações são cultivados.
A agricultura foi eleita como 1ª prioridade no tratado de Roma - fundação da Comunidade Económica
Europeia (CEE) em 1957, porque a agricultura europeia era um setor pouco desenvolvido e com fracos
rendimentos, o que resultava numa grande desigualdade entre o nível de vida das áreas rurais e das
áreas urbanas.
Os preços variam muito e tornavam-se muito altos para os produtos que, em cada ano, eram mais
escassos, pelo que se verificava uma grande disparidade entre o nível de vida nas cidades e nas áreas
rurais.
A Política Agrícola Comum (PAC) foi criada para fazer face a essas debilidades agrícolas, uma
realidade confirmada pelos seus objetivos iniciais.
A agricultura portuguesa, quando se iniciou o processo de adesão de Portugal à CEE, em 1977, tinha
um enorme atraso face aos restantes países comunitários:
Com o tempo verificou-se que os benefícios foram superiores às dificuldades, foram registados
enormes progressos, grande parte devidos aos apoios comunitários do PEDAP ate 1995, do PAMAF
(Programa de Apoio à Modernização Agrícola e Florestal). Ocorreu assim, o desenvolvimento do setor
agrícola e das áreas rurais, com programas de formação profissional nos vários ramos da agricultura,
mas também a revitalização do artesanato e das tradições locais e da recuperação do património.
Em Portugal tem havido enormes progressos, mas há sempre mais a fazer para tornar todos os
setores da nossa agricultura mais competitivos.
GARANTIR A SUSTENTABILIDADE
Os sistemas de produção agrícola e pecuárias têm impactes ambientais muito elevados. Os principais
têm origem:
A utilização de inseticidas, pesticidas, e fitofármacos, assim como a fertilização do solo com nitratos
e fosfatos, contamina os solos e os recursos hídricos, superficiais (por escorrência) e subterrâneos (por
infiltração). Este problema é mais grave nas áreas de agricultura intensiva em modelos convencionais.
O uso intensivo do solo, sem recurso ao pousio ou à ocupação com plantas que regeneram o solo,
bem como a maior mobilização dos solos e a utilização de maquinaria pesada contribuem para o
empobrecimento e a erosão dos solos, prejudicando também os habitats de muitas espécies, incluindo
as que garantem a formação de nutrientes no solo (minhocas).
Na pecuária, sobretudo nas explorações de regime intensivo, os dejetos sólidos e líquidos e as águas
das lavagens têm graves impactes. A legislação obriga ao seu tratamento em extrações próprias, e
muitas unidades já fazem a sua valorização. Porém, muitas vezes são lançados sem qualquer
tratamento prévio nos cursos de água, provocando a morte de peixes e a eutrofização das águas.
Para alem da agricultura biológica, a PAC propõe e apoia 2 modos de produção sustentável: