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Trabalho Mudanças Na Gravidez
Trabalho Mudanças Na Gravidez
Nampula
2023
Discentes
2-Semestre
Nampula
2023
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Índice
Introdução............................................................................................................................... 4
Mamas .................................................................................................................................... 6
Trato urinário.......................................................................................................................... 8
Trato digestivo........................................................................................................................ 9
Pele ....................................................................................................................................... 10
Harmónios ............................................................................................................................ 11
Conclusão ............................................................................................................................. 13
Bibliografia........................................................................................................................... 14
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Introdução
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Contextualização: Gravidez
Biologicamente a gravidez pode ser definida como o período que vai da concepção ao
nascimento de um indivíduo. Entre os animais irracionais trata-se de um processo puro e
simples de reprodução da espécie. Entre os seres humanos essa experiência adquire um
carácter social, ou seja, pode possuir significados diferenciados para cada povo, cada cultura,
cada faixa etária.
Por outras abordagens pode-se definir gravidez como sendo um período que dura cerca de 40
semanas (280 dias) e é o resultado do processo de fecundação de um ovócito por um
espermatozóide e posterior fixação do zigoto na cavidade uterina. A gravidez envolve o
desenvolvimento do feto no interior do útero da mulher e é um período que se estende até a
expulsão do bebé no momento do parto.
A gravidez provoca muitas alterações no corpo da mulher. A maioria delas desaparece após o
parto. Essas alterações causam alguns sintomas, que são normais. Porém, determinados
distúrbios, tais como diabetes gestacional surgem durante a gravidez e é possível que alguns
sintomas indiquem sua presença.
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Perda do líquido amniótico (conhecida como “ruptura da bolsa d’água”);
Inchaço das mãos ou dos pés;
Diminuição da produção de urina;
Qualquer doença ou infecção;
Tremor (agitação das mãos, pés ou ambos);
Convulsões;
Frequência cardíaca rápida;
Redução nos movimentos do feto.
Se o parto nas gestações anteriores tiver sido rápido, a mulher deve avisar o médico assim
que ela sentir qualquer indicação de que o trabalho de parto está prestes a iniciar.
Saúde geral
Aparelho reprodutor
Na 12ª semana de gravidez, o útero dilatado pode fazer com que o abdómen fique levemente
saliente. O útero continua a aumentar durante toda a gravidez. Às 20 semanas, o útero
aumentado atinge a altura do umbigo e, por volta da 36ª semana, a extremidade inferior da
cavidade torácica.
Mamas
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glândulas que produzem leite e elas se tornam capazes de produzir leite. As mamas podem
ficar firmes e sensíveis. Usar um sutiã que caiba correctamente e ofereça suporte pode ajudar.
Durante as últimas semanas de gravidez, as mamas podem produzir uma fina secreção
amarelada ou leitosa (colostro). O colostro é também produzido durante os primeiros dias
depois do parto, antes da produção do leite. Esse líquido, rico em minerais e anticorpos, é o
primeiro alimento do bebé amamentado.
Durante a gravidez, o coração da mulher trabalha mais porque, à medida que o feto cresce,
ele precisa bombear mais sangue para o útero. No final da gravidez, o útero recebe um quinto
de todo o volume sanguíneo da gestante. Durante a gravidez, a quantidade de sangue que o
coração bombeia (débito cardíaco) aumenta de 30% a 50%. À medida que o débito cardíaco
aumenta, a frequência cardíaca em repouso acelera de 70 batimentos por minuto antes da
gravidez para até 90 batimentos por minuto. Durante a prática de actividade física, o débito
cardíaco e a frequência cardíaca aumentam mais quando uma mulher está grávida do que
quando não está. Por volta da 30ª semana de gravidez, ocorre uma leve redução do débito
cardíaco. Durante o parto, o débito cardíaco aumenta em mais 30%. Depois do parto, o débito
cardíaco diminui, primeiro com rapidez e, depois, mais lentamente. Ele retorna ao nível
anterior à gravidez aproximadamente seis semanas após o parto. Alguns tipos de sopros e
irregularidades no ritmo cardíaco podem surgir devido ao aumento da actividade do coração.
Às vezes, a gestante pode sentir essas irregularidades. Essas alterações são normais durante a
gravidez. Porém, outros sons e ritmos cardíacos alterados (por exemplo, sopros diastólicos e
frequência cardíaca rápida e irregular), que ocorrem com mais frequência em gestantes,
talvez exijam tratamento (sopros cardíacos diastólicos são sopros que ocorrem pouco antes de
o coração se contrair). A pressão arterial costuma diminuir durante o 2º trimestre, podendo,
no entanto, voltar ao nível normal de pré-gravidez no 3º trimestre. O volume sanguíneo
aumenta aproximadamente 50% durante a gravidez. A quantidade de líquido no sangue
aumenta mais do que o número de glóbulos vermelhos (que transportam oxigénio). Assim,
embora haja mais glóbulos vermelhos, exames de sangue indicam anemia leve, o que é
normal. Por motivos não claramente entendidos, o número de glóbulos brancos (que
combatem infecções), aumenta levemente durante a gravidez, e aumenta significativamente
durante o trabalho de parto e nos primeiros dias após o parto.
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O crescimento do útero afecta o retorno do sangue das pernas e da região pélvica ao coração.
Assim, inchaço (edema) é comum, sobretudo nas pernas. Podem surgir varizes nas pernas e
na zona que circunda a abertura vaginal (vulva). Elas às vezes causam desconforto. O uso de
roupas largas em volta da cintura e nas pernas é mais confortável e não restringe o fluxo do
sangue. Algumas medidas não apenas aliviam o desconforto, como também podem reduzir o
inchaço das pernas e aumentar a chance de as varizes desaparecerem após o parto:
Trato urinário
Assim como o coração, os rins trabalham mais durante toda a gravidez. Eles filtram o volume
de sangue crescente. O volume de sangue filtrado pelos rins atinge seu máximo entre a 16ª e a
24ª semana, permanecendo assim até pouco antes do parto. Então, a pressão do útero dilatado
pode diminuir levemente o fornecimento de sangue aos rins. A actividade dos rins
normalmente aumenta quando a pessoa se deita e diminui quando a pessoa está de pé. Essa
diferença se acentua durante a gravidez, sendo um dos motivos pelos quais a gestante sente
vontade de urinar com frequência enquanto tenta dormir. No final da gravidez, deitar-se de
lado, especialmente o esquerdo, aumenta a actividade do rim mais do que deitar-se de costas.
Deitar-se sobre o lado esquerdo alivia a pressão que o útero dilatado exerce sobre a veia
principal que transporta o sangue das pernas. Assim, o fluxo sanguíneo melhora e a
actividade renal aumenta. O útero exerce pressão sobre a bexiga e reduz o seu tamanho, de
modo a encher-se de urina mais rapidamente que o habitual. Essa pressão faz com que a
gestante sinta necessidade de urinar com mais frequência e urgência.
Trato respiratório
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quando realizam algum esforço, sobretudo no final da gravidez. Durante a prática de
actividade física, a frequência respiratória aumenta mais quando a mulher está grávida do que
quando não está. Como mais sangue é bombeado, o revestimento das vias aéreas recebe mais
sangue e incha um pouco, estreitando as vias aéreas. Assim, às vezes, o nariz pode parecer
trancado e as trompas de Eustáquio (que ligam o ouvido médio à parte posterior do nariz)
podem ficar obstruídas. Esses efeitos podem mudar levemente o tom e a qualidade da voz da
mulher.
Trato digestivo
Náusea e vómitos, sobretudo pela manhã (enjoos matinais), são comuns. Isso talvez seja
causado pela presença de uma alta concentração de estrogénio e gonadotrofina coriónica
humana, dois harmónios que ajudam a manter a gravidez.
É possível aliviar náuseas e vómitos com alterações na dieta ou nos padrões alimentares, por
exemplo, fazendo o seguinte:
Não existem medicamentos feitos especialmente para aliviar os enjoos matinais. Às vezes, a
náusea e os vómitos são tão intensos ou persistentes que a mulher pode apresentar
desidratação, perda de peso ou outros problemas (um distúrbio denominado hiperêmese
gravítica). Talvez seja necessário tratar a mulher com esse distúrbio com medicamentos que
aliviam a náusea (antieméticos) ou interná-la temporariamente no hospital para que ela possa
receber hidratação intravenosa. Azia e arrotos são comuns, possivelmente porque os
alimentos passam mais tempo no estômago e porque o músculo em forma de anel que
localizado na extremidade inferior do esófago (esfíncter) tende a relaxar, permitindo o
refluxo do conteúdo do estômago para o esófago. Várias medidas podem ajudar a aliviar a
azia:
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Fazer refeições menores;
Não se curvar nem se deitar por várias horas após a refeição;
Evitar cafeína, tabaco, álcool e aspirina e medicamentos relacionados (salicilatos);
Tomar antiácidos líquidos, mas não antiácidos contendo bicarbonato de sódio, porque
eles contêm sal (sódio) em excesso;
A azia nocturna pode ser aliviada por meio das seguintes medidas:
Conforme a gravidez avança, a pressão causada pelo aumento do útero sobre o recto e a parte
inferior do intestino pode causar constipação. A constipação pode se agravar uma vez que
uma alta concentração de progesterona durante a gravidez torna mais lentas as contracções
musculares involuntárias que ocorrem normalmente no intestino para deslocar os alimentos.
Uma dieta rica em fibras, ingestão abundante de líquido e a prática regular de actividade
física podem ajudar a evitar a constipação. As hemorróidas, um problema comum, podem ser
causadas pela pressão exercida pelo útero dilatado ou pela constipação. Para aliviar a dor
provocada pelas hemorroidas, podem-se utilizar substâncias que amoleçam as fezes, um gel
anestésico ou banhos quentes. A mulher pode também sentir desejos de comer alimentos
incomuns ou substâncias não comestíveis (como amido ou argila). Por vezes, as gestantes,
sobretudo as que também sofrem de enjoos matinais, têm produção excessiva de saliva. Esse
sintoma talvez seja incómodo, mas é inofensivo. Cálculos biliares aparecem com maior
frequência durante a gravidez.
Pele
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vezes, surgem estrias de cor rosada no abdómen. Essa alteração decorre provavelmente do
rápido crescimento do útero e do aumento dos níveis de harmónios supra-renais.
Além disso, pequenos vasos sanguíneos podem formar um padrão em forma de teia de aranha
de cor vermelha na pele, geralmente acima da cintura. Essas formações são chamadas de
angiomas de aranha. Capilares dilatados de paredes finas podem ficar visíveis, sobretudo na
parte inferior das pernas.
Dois tipos de erupção cutânea intensamente pruriginosas ocorrem apenas durante a gravidez:
Harmónios
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Durante a gravidez, as alterações dos níveis hormonais afectam a forma como o organismo
controla a glicose. Nos estágios mais avançados da gravidez, o corpo não responde tão bem à
insulina, como o faz normalmente. Consequentemente, o nível de glicose aumenta. É
necessário tomar mais insulina (um harmónio que controla o nível de açúcar no sangue)
durante a gravidez. Assim, o diabetes, se já estiver presente, pode piorar durante a gravidez.
O diabetes também pode iniciar durante a gravidez. Este distúrbio é chamado de diabetes
gestacional.
Articulações e músculos
É muito frequente a mulher sofrer de dores nas costas de diferentes intensidades porque a
coluna vertebral se curva mais para equilibrar o peso do útero dilatado. Evitar levantar pesos,
dobrar os joelhos (em vez da cintura) para apanhar um objecto do chão e manter uma boa
postura podem ajudar. Usar calçados sem salto com bom suporte ou uma cinta de
maternidade leve talvez reduza a tensão exercida nas costas.
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Conclusão
Diante do exposto, pode-se concluir que durante a gestação o suprimento sanguíneo uterino
aumenta de 20 a 40 vezes. As artérias uterinas, que são a principal fonte do suprimento
uterino, são ramos das ilíacas internas; as quais penetram no útero aproximadamente ao nível
do orifício interno do colo. As alterações dos vasos sanguíneos regridem após o parto. Uma
semana após, os vasos já retornaram ao seu tamanho anterior.
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Bibliografia
Lee, Mara, ed. (2014). Manual da Gravidez. Porto: Porto Editora. pp. 70–71.
A Bíblia da Gravidez, Wladimir Taborda e Alice Deutsch; Luiz Fernando Leite, obstetra do
Hospital Santa Joana (SP).
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