Você está na página 1de 14

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE TENHA ESPERANÇA

Curso: Enfermagem de Saúde Materno Infantil

Cadeira: CPN (Consulta de Pré-Natal)

Tema: Modificações fisiológicas durante a gravidez

Nampula

2023
Discentes

Domingas Simão Daniel no

Filomena José Manuel no17

Hornila José Bernardo no11

Rábia Queles Victor no33

Sifa João Filipe no37

Tema: Modificações fisiológicas durante a gravidez

Trabalho de carácter avaliativo a ser entregue


na Instituição de Ensino na Cadeira de CPN
(Consulta de Pré-Natal), leccionada pela
docente: Cândida João

2-Semestre

Instituto de Ciências de Saúde Tenha Esperança

Nampula
2023

2
Índice
Introdução............................................................................................................................... 4

Contextualização: Gravidez ................................................................................................... 5

Modificações fisiológicas durante a gravidez ........................................................................ 5

Saúde geral ............................................................................................................................. 6

Aparelho reprodutor ............................................................................................................... 6

Mamas .................................................................................................................................... 6

Coração e fluxo sanguíneo ..................................................................................................... 7

Trato urinário.......................................................................................................................... 8

Trato respiratório .................................................................................................................... 8

Trato digestivo........................................................................................................................ 9

Pele ....................................................................................................................................... 10

Harmónios ............................................................................................................................ 11

Articulações e músculos ....................................................................................................... 12

Conclusão ............................................................................................................................. 13

Bibliografia........................................................................................................................... 14

3
Introdução

O presente trabalho subordinado a cadeira de CPN (Consulta de Pré-Natal), onde iremos


abordar acerca das Modificações fisiológicas durante a gravidez. De referimos que
Alterações fisiológicas ocorrem em todos os sistemas do organismo durante a gestação, e
esses ajustes fisiológicos tem início na primeira semana e progridem no decorrer da idade
gestacional. Após o parto, o corpo materno começa a retornar ao estado pré-gravítico até seis
semanas pós-parto. Apenas as mamas continuam a secretar leite por meses para garantir a
amamentação. Essas alterações fisiológicas determinam o aumento da necessidade energética
e nutricional das gestantes e nutrizes. O peso do útero aumenta cerca de 20 vezes durante a
gestação, (de cerca de 60 g para 1000 g) e aumenta em tamanho de cinco a seis vezes. Ao fim
da gestação o útero tem de 30 a 35 cm de comprimento, de 20 a 25 cm de largura e cerca de
22 cm de profundidade. Sua capacidade terá aumentado de 700 a 1000 vezes, de
aproximadamente 4 mL para 4000 a 5000 mL.

4
Contextualização: Gravidez

Biologicamente a gravidez pode ser definida como o período que vai da concepção ao
nascimento de um indivíduo. Entre os animais irracionais trata-se de um processo puro e
simples de reprodução da espécie. Entre os seres humanos essa experiência adquire um
carácter social, ou seja, pode possuir significados diferenciados para cada povo, cada cultura,
cada faixa etária.

Por outras abordagens pode-se definir gravidez como sendo um período que dura cerca de 40
semanas (280 dias) e é o resultado do processo de fecundação de um ovócito por um
espermatozóide e posterior fixação do zigoto na cavidade uterina. A gravidez envolve o
desenvolvimento do feto no interior do útero da mulher e é um período que se estende até a
expulsão do bebé no momento do parto.

A gravidez é um momento bastante delicado na vida de uma mulher e envolve modificações


no corpo e alterações psicológicas. Diante desse momento delicado, é importante que a
mulher conheça bem as mudanças que irão ocorrer em seu corpo durante esses meses e tenha
acompanhamento especializado. Os cuidados deverão ser ainda maiores naquelas gravidezes
consideradas de risco.

Modificações fisiológicas durante a gravidez

A gravidez provoca muitas alterações no corpo da mulher. A maioria delas desaparece após o
parto. Essas alterações causam alguns sintomas, que são normais. Porém, determinados
distúrbios, tais como diabetes gestacional surgem durante a gravidez e é possível que alguns
sintomas indiquem sua presença.

Sintomas que devem ser imediatamente comunicados ao médico se ocorrerem durante a


gravidez incluem:

 Dores de cabeça persistentes ou incomuns;


 Náuseas e vómitos persistentes;
 Tontura ou sensação de desmaio iminente;
 Distúrbios visuais;
 Dor ou cãibras na parte inferior do abdómen;
 Contracções;
 Sangramento vaginal;

5
 Perda do líquido amniótico (conhecida como “ruptura da bolsa d’água”);
 Inchaço das mãos ou dos pés;
 Diminuição da produção de urina;
 Qualquer doença ou infecção;
 Tremor (agitação das mãos, pés ou ambos);
 Convulsões;
 Frequência cardíaca rápida;
 Redução nos movimentos do feto.

Se o parto nas gestações anteriores tiver sido rápido, a mulher deve avisar o médico assim
que ela sentir qualquer indicação de que o trabalho de parto está prestes a iniciar.

Saúde geral

A fadiga é comum, sobretudo nas primeiras 12 semanas, voltando a surgir no final da


gravidez. A mulher talvez precise descansar mais que o normal.

Aparelho reprodutor

Na 12ª semana de gravidez, o útero dilatado pode fazer com que o abdómen fique levemente
saliente. O útero continua a aumentar durante toda a gravidez. Às 20 semanas, o útero
aumentado atinge a altura do umbigo e, por volta da 36ª semana, a extremidade inferior da
cavidade torácica.

A quantidade de secreção vaginal normal, que é transparente ou esbranquiçada, costuma


aumentar. Esse aumento costuma ser normal. Contudo, se a secreção apresentar uma cor ou
um odor fora do normal, ou se for acompanhada de prurido (coceira) e ardência vaginal, a
mulher deve consultar o médico. Esses sintomas talvez indiquem a presença de infecção
vaginal. Algumas infecções vaginais, tais como tricomoníase (uma infecção por protozoários)
e candidíase (uma infecção fúngica), ocorrem com frequência durante a gravidez e podem ser
tratadas.

Mamas

As mamas tendem a aumentar de tamanho, porque os harmónios (principalmente o estrogénio)


as estão preparando para a produção de leite. Ocorre um aumento gradativo do número de

6
glândulas que produzem leite e elas se tornam capazes de produzir leite. As mamas podem
ficar firmes e sensíveis. Usar um sutiã que caiba correctamente e ofereça suporte pode ajudar.

Durante as últimas semanas de gravidez, as mamas podem produzir uma fina secreção
amarelada ou leitosa (colostro). O colostro é também produzido durante os primeiros dias
depois do parto, antes da produção do leite. Esse líquido, rico em minerais e anticorpos, é o
primeiro alimento do bebé amamentado.

Coração e fluxo sanguíneo

Durante a gravidez, o coração da mulher trabalha mais porque, à medida que o feto cresce,
ele precisa bombear mais sangue para o útero. No final da gravidez, o útero recebe um quinto
de todo o volume sanguíneo da gestante. Durante a gravidez, a quantidade de sangue que o
coração bombeia (débito cardíaco) aumenta de 30% a 50%. À medida que o débito cardíaco
aumenta, a frequência cardíaca em repouso acelera de 70 batimentos por minuto antes da
gravidez para até 90 batimentos por minuto. Durante a prática de actividade física, o débito
cardíaco e a frequência cardíaca aumentam mais quando uma mulher está grávida do que
quando não está. Por volta da 30ª semana de gravidez, ocorre uma leve redução do débito
cardíaco. Durante o parto, o débito cardíaco aumenta em mais 30%. Depois do parto, o débito
cardíaco diminui, primeiro com rapidez e, depois, mais lentamente. Ele retorna ao nível
anterior à gravidez aproximadamente seis semanas após o parto. Alguns tipos de sopros e
irregularidades no ritmo cardíaco podem surgir devido ao aumento da actividade do coração.
Às vezes, a gestante pode sentir essas irregularidades. Essas alterações são normais durante a
gravidez. Porém, outros sons e ritmos cardíacos alterados (por exemplo, sopros diastólicos e
frequência cardíaca rápida e irregular), que ocorrem com mais frequência em gestantes,
talvez exijam tratamento (sopros cardíacos diastólicos são sopros que ocorrem pouco antes de
o coração se contrair). A pressão arterial costuma diminuir durante o 2º trimestre, podendo,
no entanto, voltar ao nível normal de pré-gravidez no 3º trimestre. O volume sanguíneo
aumenta aproximadamente 50% durante a gravidez. A quantidade de líquido no sangue
aumenta mais do que o número de glóbulos vermelhos (que transportam oxigénio). Assim,
embora haja mais glóbulos vermelhos, exames de sangue indicam anemia leve, o que é
normal. Por motivos não claramente entendidos, o número de glóbulos brancos (que
combatem infecções), aumenta levemente durante a gravidez, e aumenta significativamente
durante o trabalho de parto e nos primeiros dias após o parto.

7
O crescimento do útero afecta o retorno do sangue das pernas e da região pélvica ao coração.
Assim, inchaço (edema) é comum, sobretudo nas pernas. Podem surgir varizes nas pernas e
na zona que circunda a abertura vaginal (vulva). Elas às vezes causam desconforto. O uso de
roupas largas em volta da cintura e nas pernas é mais confortável e não restringe o fluxo do
sangue. Algumas medidas não apenas aliviam o desconforto, como também podem reduzir o
inchaço das pernas e aumentar a chance de as varizes desaparecerem após o parto:

 Usar meias-calças elásticas com suporte


 Repousar frequentemente com as pernas elevadas
 Deitar-se sobre o lado esquerdo

Trato urinário

Assim como o coração, os rins trabalham mais durante toda a gravidez. Eles filtram o volume
de sangue crescente. O volume de sangue filtrado pelos rins atinge seu máximo entre a 16ª e a
24ª semana, permanecendo assim até pouco antes do parto. Então, a pressão do útero dilatado
pode diminuir levemente o fornecimento de sangue aos rins. A actividade dos rins
normalmente aumenta quando a pessoa se deita e diminui quando a pessoa está de pé. Essa
diferença se acentua durante a gravidez, sendo um dos motivos pelos quais a gestante sente
vontade de urinar com frequência enquanto tenta dormir. No final da gravidez, deitar-se de
lado, especialmente o esquerdo, aumenta a actividade do rim mais do que deitar-se de costas.
Deitar-se sobre o lado esquerdo alivia a pressão que o útero dilatado exerce sobre a veia
principal que transporta o sangue das pernas. Assim, o fluxo sanguíneo melhora e a
actividade renal aumenta. O útero exerce pressão sobre a bexiga e reduz o seu tamanho, de
modo a encher-se de urina mais rapidamente que o habitual. Essa pressão faz com que a
gestante sinta necessidade de urinar com mais frequência e urgência.

Trato respiratório

A presença de níveis elevados de progesterona, um harmónio produzido continuamente


durante a gravidez, sinaliza ao corpo que respire mais rápida e profundamente. Assim, a
gestante exala mais dióxido de carbono para manter os níveis de dióxido de carbono baixos
(o dióxido de carbono é um produto da decomposição, exalado durante a respiração). Além
disso, é possível que a mulher respire de forma mais rápida também porque o aumento do
útero limita a expansão dos pulmões durante a inspiração. A circunferência do tórax da
mulher aumenta levemente. Praticamente todas as gestantes têm uma sensação de falta de ar

8
quando realizam algum esforço, sobretudo no final da gravidez. Durante a prática de
actividade física, a frequência respiratória aumenta mais quando a mulher está grávida do que
quando não está. Como mais sangue é bombeado, o revestimento das vias aéreas recebe mais
sangue e incha um pouco, estreitando as vias aéreas. Assim, às vezes, o nariz pode parecer
trancado e as trompas de Eustáquio (que ligam o ouvido médio à parte posterior do nariz)
podem ficar obstruídas. Esses efeitos podem mudar levemente o tom e a qualidade da voz da
mulher.

Trato digestivo

Náusea e vómitos, sobretudo pela manhã (enjoos matinais), são comuns. Isso talvez seja
causado pela presença de uma alta concentração de estrogénio e gonadotrofina coriónica
humana, dois harmónios que ajudam a manter a gravidez.

É possível aliviar náuseas e vómitos com alterações na dieta ou nos padrões alimentares, por
exemplo, fazendo o seguinte:

 Consumir pequenas porções de bebidas e alimentos com frequência;


 Comer antes de ficar com fome;
 Consumir uma dieta branda (por exemplo, caldo de carne ou de frango, sopas
cremosas, arroz, massas);
 Comer bolachas do tipo água e sal simples e tomar bebidas com gás;
 Deixar as bolachas ao lado da cama e comer uma ou duas antes de levantar alivia o
enjoo matinal.

Não existem medicamentos feitos especialmente para aliviar os enjoos matinais. Às vezes, a
náusea e os vómitos são tão intensos ou persistentes que a mulher pode apresentar
desidratação, perda de peso ou outros problemas (um distúrbio denominado hiperêmese
gravítica). Talvez seja necessário tratar a mulher com esse distúrbio com medicamentos que
aliviam a náusea (antieméticos) ou interná-la temporariamente no hospital para que ela possa
receber hidratação intravenosa. Azia e arrotos são comuns, possivelmente porque os
alimentos passam mais tempo no estômago e porque o músculo em forma de anel que
localizado na extremidade inferior do esófago (esfíncter) tende a relaxar, permitindo o
refluxo do conteúdo do estômago para o esófago. Várias medidas podem ajudar a aliviar a
azia:

9
 Fazer refeições menores;
 Não se curvar nem se deitar por várias horas após a refeição;
 Evitar cafeína, tabaco, álcool e aspirina e medicamentos relacionados (salicilatos);
 Tomar antiácidos líquidos, mas não antiácidos contendo bicarbonato de sódio, porque
eles contêm sal (sódio) em excesso;

A azia nocturna pode ser aliviada por meio das seguintes medidas:

 Não comer por várias horas antes de ir para a cama;


 Levantar a cabeceira da cama ou, usando travesseiros, elevar a cabeça e os ombros;
 O estômago produz menos ácido durante a gravidez. Assim, é muito raro surgirem
úlceras durante a gravidez e, em muitos casos, as que já existiam começam a
cicatrizar.

Conforme a gravidez avança, a pressão causada pelo aumento do útero sobre o recto e a parte
inferior do intestino pode causar constipação. A constipação pode se agravar uma vez que
uma alta concentração de progesterona durante a gravidez torna mais lentas as contracções
musculares involuntárias que ocorrem normalmente no intestino para deslocar os alimentos.
Uma dieta rica em fibras, ingestão abundante de líquido e a prática regular de actividade
física podem ajudar a evitar a constipação. As hemorróidas, um problema comum, podem ser
causadas pela pressão exercida pelo útero dilatado ou pela constipação. Para aliviar a dor
provocada pelas hemorroidas, podem-se utilizar substâncias que amoleçam as fezes, um gel
anestésico ou banhos quentes. A mulher pode também sentir desejos de comer alimentos
incomuns ou substâncias não comestíveis (como amido ou argila). Por vezes, as gestantes,
sobretudo as que também sofrem de enjoos matinais, têm produção excessiva de saliva. Esse
sintoma talvez seja incómodo, mas é inofensivo. Cálculos biliares aparecem com maior
frequência durante a gravidez.

Pele

A máscara da gravidez (melasma) consiste em um pigmento de cor castanha, semelhante a


uma mancha na pele da testa e das bochechas. A pele ao redor dos mamilos (aréola) também
pode escurecer. É comum aparecer uma linha escura (linha nigra) na parte central inferior do
abdómen. Essas alterações podem ocorrer porque a placenta gera um harmónio que estimula
os melanócitos, células que produzem um pigmento castanho-escuro na pele (melanina). Por

10
vezes, surgem estrias de cor rosada no abdómen. Essa alteração decorre provavelmente do
rápido crescimento do útero e do aumento dos níveis de harmónios supra-renais.

Além disso, pequenos vasos sanguíneos podem formar um padrão em forma de teia de aranha
de cor vermelha na pele, geralmente acima da cintura. Essas formações são chamadas de
angiomas de aranha. Capilares dilatados de paredes finas podem ficar visíveis, sobretudo na
parte inferior das pernas.

Dois tipos de erupção cutânea intensamente pruriginosas ocorrem apenas durante a gravidez:

 As pápulas urticariformes pruriginosas e placas de gravidez (urticária da gravidez)


normalmente aparecem durante as últimas duas a três semanas de gravidez, mas
podem aparecer em qualquer época depois da 24ª semana. Ocasionalmente, elas
aparecem após o parto. Desconhece-se a causa.
 Penfigoide (herpes) gestacional pode surgir em qualquer momento após a 12ª semana
de gravidez ou imediatamente depois do parto. Acredita-se que ela seja causada por
anticorpos anormais que atacam os próprios tecidos do corpo, ou seja, uma reacção
autoimune.

Harmónios

A gravidez afecta praticamente todos os harmónios no corpo, principalmente devido aos


efeitos de harmónios produzidos pela placenta. Por exemplo, a placenta produz um harmónio
que estimula a glândula tireóide para tornar sua actividade mais intensa e para gerar uma
quantidade maior de harmónios da tireóide. Quando ocorre um aumento da actividade da
tireóide (como ocorre no hipertireoidismo), é possível que o coração bata mais rapidamente,
fazendo com que a mulher perceba seus batimentos cardíacos (palpitações). A transpiração
pode aumentar, oscilações do humor podem ocorrer e a tireóide pode aumentar de tamanho.
Porém, o hipertireoidismo, um distúrbio no qual a tireóide apresenta mau funcionamento e
hiperactividade, surge em menos de 0,1% das gestações. A concentração de estrogénio e de
progesterona aumenta no início da gravidez, uma vez que a gonadotrofina coriónica humana,
o principal harmónio produzido pela placenta, estimula os ovários a produzir esses harmónios
continuamente. Depois de nove a dez semanas de gravidez, a placenta produz grandes
quantidades de estrogénio e de progesterona. O estrogénio e a progesterona ajudam a manter
a gravidez. A placenta estimula as glândulas adrenais e produz mais aldosterona e cortisol
(que ajudam a regular a excreção de líquido pelos rins). Assim, há maior retenção de líquido.

11
Durante a gravidez, as alterações dos níveis hormonais afectam a forma como o organismo
controla a glicose. Nos estágios mais avançados da gravidez, o corpo não responde tão bem à
insulina, como o faz normalmente. Consequentemente, o nível de glicose aumenta. É
necessário tomar mais insulina (um harmónio que controla o nível de açúcar no sangue)
durante a gravidez. Assim, o diabetes, se já estiver presente, pode piorar durante a gravidez.
O diabetes também pode iniciar durante a gravidez. Este distúrbio é chamado de diabetes
gestacional.

Articulações e músculos

As articulações e os ligamentos (cordões fibrosos e cartilagens que unem os ossos) da região


pélvica da mulher ficam mais frouxos e flexíveis. Essa alteração permite ganhar espaço para
que o aumento do útero e prepara a mulher para o parto. Assim, a postura da mulher sofre
uma leve alteração.

É muito frequente a mulher sofrer de dores nas costas de diferentes intensidades porque a
coluna vertebral se curva mais para equilibrar o peso do útero dilatado. Evitar levantar pesos,
dobrar os joelhos (em vez da cintura) para apanhar um objecto do chão e manter uma boa
postura podem ajudar. Usar calçados sem salto com bom suporte ou uma cinta de
maternidade leve talvez reduza a tensão exercida nas costas.

12
Conclusão

Diante do exposto, pode-se concluir que durante a gestação o suprimento sanguíneo uterino
aumenta de 20 a 40 vezes. As artérias uterinas, que são a principal fonte do suprimento
uterino, são ramos das ilíacas internas; as quais penetram no útero aproximadamente ao nível
do orifício interno do colo. As alterações dos vasos sanguíneos regridem após o parto. Uma
semana após, os vasos já retornaram ao seu tamanho anterior.

Modificações acentuadas ocorrem nas mamas durante a gestação, devido ao desenvolvimento


de tecido glandular quiescente. As mamas aumentam de tamanho (cerca de 700g para cada
mama) e firmeza, e ficam nodulares. Frequentemente aparecem estriações na pele. O
aumento é perceptível algumas semanas após a concepção e continua por toda a gestação. Há
também aumento considerável na vascularização das mamas no início da gestação, e as veias
superficiais ficam mais proeminentes. Essas alterações são frequentemente acompanhadas
por uma sensação de dor, formigamento e peso nas mamas, no início da gestação, e são
considerados sinais presuntivos de gestação. Os mamilos ficam mais móveis, e será mais fácil
para o bebé apreendê-los para mamar. Uma alteração considerável ocorre dentro do próprio
tecido mamário: há proliferação do tecido glandular e as células alveolares diferenciam-se,
tornando-se secretoras.

13
Bibliografia

Lee, Mara, ed. (2014). Manual da Gravidez. Porto: Porto Editora. pp. 70–71.

BEHLE, I. Reflexões sobre factores de riscos na prevenção primária da gestação na


adolescência. In: Maakaroun, M. F.; Souza, R. P.; Cruz, A. R. Tratado de adolescência: um
estudo multidisciplinar. Rio de Janeiro, Cultura Médica. 1991.

Maggie Blott, A gravidez dia a dia, especialista em obstetrícia; Brasília.

A Bíblia da Gravidez, Wladimir Taborda e Alice Deutsch; Luiz Fernando Leite, obstetra do
Hospital Santa Joana (SP).

American Academy of Pediatrics Manual de nutrição pediátrica. São Paulo: Pharmapress


Edições Ltda, 1992.

14

Você também pode gostar