Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 62

Batismo

Aluizio Antônio Silva

© Copyright Videira – Igreja em células – 2001

Edição e Estilização do Texto:


Paulo Anderson Leitão

Revisão:
Ernani de Souza Freitas

Diagramação e Arte Final:

Permitida a reprodução, desde que citada a fonte e não se destine a comercialização.

Realização:
Igreja Videira
Fone/Fax: (0xx98) 3244-4613
São Luis- Maranhão
www.videira.org.br
igrejavideira@terra.com.br

Sumário

1. A Importância dos fundamentos ............................................................

2. O que é o pecado? ...................................................................................

3. Arrependimento: como lidar com o pecado ..........................................

4. O sangue de Jesus ..................................................................................

5. Fé para salvação ......................................................................................

6. Fé em Deus ...............................................................................................

7. Quem somos nós em Cristo? .................................................................

8. A pessoa e a obra do Espírito Santo .....................................................

9. Todo crente deve ser cheio do Espírito Santo ......................................

10. A doutrina de batismos ...........................................................................

11. Imposição de mãos ..................................................................................

12. A ressurreição dos mortos .....................................................................

13. O julgamento eterno ................................................................................

14. A comunhão da Igreja ..............................................................................

15. Mordomia cristã .......................................................................................

16. Arrolamento como membro da Igreja ....................................................

1. A Importância dos Fundamentos


a) Textos Básicos (Hb 5.11-6.3; Lc 6.46-49; 1 Co 3.10-15; 1 Pe 2.5).

b) Introdução
Toda obra, para ser edificada, seja um simples muro ou complexo arranha-céu, precisa de uma
fundação. A fundação ou alicerce é, portanto, a parte da construção que sustenta a estrutura
edificada. Em outras palavras: a estabilidade da obra construída depende da fundação. Se ela é
sólida e consistente, não existe nenhum risco de desabamento. Se não, quando as intempéries
vierem o edifício provavelmente desabará.
Igualmente, como discípulos de Jesus, somos edificações espirituais, às quais as Escrituras
chamam pelos seguintes nomes: templo do Espírito Santo (1 Co 6.19), o templo (santuário) de Deus
(1 Co 3.16), edifício de Deus (1 Co 3.9), e casa espiritual (1 Pe 2.5). E se nossos fundamentos
estiverem edificados adequadamente, nossas estruturas serão fortes, firmes e capazes de resistir
aos problemas.

c) Jesus, o alicerce (1 Co 3.11).

O melhor e mais perfeito tipo de fundação é a rocha. E para encontrá-la, os construtores removem
outras bases menos estáveis, tais como: pedregulho, areia, barro e pedra porosa. A nossa vida
espiritual também deve ser submetida ao mesmo processo. Se Jesus Cristo não estiver no centro de
nossas ações, ou se nelas Ele não estiver envolvido, nada deveríamos fazer ou construir, pois Ele é a
nossa rocha (1 Co 10.4). Se tentarmos construir algo longe dessa verdade, então o dia (o dia do
Juízo) trará isso para a luz. Na verdade, tudo o que edificarmos será testado, e, no final, seremos
recompensados pelo que sobreviver (1 Co 3.10-15). Jesus somente apoiará aquilo que Ele vir o Pai
fazendo (Jo 5.19). Por isso, devemos pedir a Deus que faça a sua vontade em nossas vidas. Desse
modo, saberemos que o que estamos construindo é por Ele sustentado.

d) Rocha ou areia?

Em Lucas 6.46-49, Jesus descreve dois modos de construir: sobre a areia (uma fundação instável) ou
sobre a rocha (uma fundação estável). Muitas pessoas, incluindo muitos crentes, estão construindo as
suas vidas em fundações instáveis, tais como: o materialismo, a ambição, o esporte, a educação, as
filosofias, tradições e sabedoria de homens, etc. A única fundação estável é o Senhor Jesus Cristo: a
Palavra Viva – a Verdade.
A partir dessa passagem, em Lucas, podemos fazer as seguintes indagações:

(i) O que constitui uma vida sã? (v. 47)


“Qualquer que vem a mim, ouve as minhas palavras e as põe em prática...” Relacionamento com
Jesus.

(ii) Pode alguém ouvir e não fazer? (v. 46)


“Por que você me chama Senhor, Senhor, e não faz o que eu mando?” Pode alguém conhecer a
Palavra e não praticá-la?. (Veja também Tg 1.21-25.)
(iii) A que é comparado o homem que ouve e pratica a Palavra? (v. 48a)
“... é semelhante a um homem que constrói sua casa sobre a rocha...” Esse homem removeu tudo
que estava entre ele e a pedra. Ele teve certeza de que era um fundamento sólido, porque cavou
fundo.

(iv) Por que a casa deve ser construída sobre a rocha? (v. 48b)
“... quando vem a inundação, as torrentes golpeiam aquela casa...” É próprio da vida passar pela
tempestade (Hb 12.25-29). Ninguém escapa das tempestades.

(v) O que aconteceu com a casa sobre a rocha? (v.48b)


A casa não pôde ser abalada porque foi bem construída, foi edificada sobre a rocha. Haverá
tempestades em nossa vida espiritual, mas se nós estivermos ouvindo e praticando a Palavra de
Deus, as tempestades não poderão nos abalar.

(vi) Qual é o perigo que corremos, quando estamos construindo nossa vida espiritual? (v. 49a)
“O que ouve minhas palavras e não as põe em prática é como um homem que construiu uma casa
no solo, sem um alicerce..." (ou na areia, como em Mt 7.26).

(vii) O que acontece com a casa sem alicerce? (v. 49b)


“... No momento que a torrente golpeou aquela casa (a mesma inundação ou tempestade que
golpeou a casa construída sobre a rocha), ela se desmoronou e sua destruição foi completa”.
Precisamos reconhecer qualquer fundamento instável em nossas vidas. Reconheça-os e, então,
cave fundo até a rocha com a ajuda do Santo Espírito.

e) O que acontece depois?

Como cristãos, os fundamentos sobre os quais edificamos a vida cristã são tão importantes que, sem
eles, é impossível avançar rumo à maturidade. Hebreus 6.1-3 lista as verdades fundamentais básicas
(ou fundamentos da fé) sobre as quais nossa vida espiritual é construída. Esse texto estimula-nos
ainda a prosseguir rumo à maturidade, segundo a vontade de Deus. A verdadeira maturidade ocorre
sob a permissão de Deus. Se não lançarmos os fundamentos certos, Deus não nos permitirá
continuar edificando o edifício de nossa casa espiritual. Há tantos cristãos imaturos, até mesmo entre
os veteranos da fé. Isto é uma tragédia. Muitas dessas pessoas deveriam estar ensinando outros ou treinando seus
próprios discípulos. Todavia, ao invés disso, ainda vivem como se fossem bebês espirituais em Cristo – precisam
ainda de leite espiritual, em vez de comida sólida (Hb 5.11-14).
f) Evidências de imaturidade em cristãos veteranos:

(i) Tardios em ouvir


São letárgicos e demonstram pouca disposição para serem conduzidos; não têm nenhuma direção
ou disposição interior; muitos deles começaram a vida cristã entusiasticamente, mas tornaram-se
insensíveis a Deus, no decorrer dos anos.
(ii) Irresponsabilidade
Nunca cresceram. Permanecem ainda infantis, não agindo como pessoas adultas.

(iii) Falta de participação


Nunca contribuem com nada; apenas fazem número, e isso durante anos.

(iv) Falta de discernimento


Na maioria das vezes, não conseguem nem mesmo distinguir entre o bem e o mal.

(v) Instabilidade
Qualquer situação abala esses cristãos. Eles agem, freqüentemente, como borboletas espirituais:
pulando de uma igreja para outra.

g) Causas da imaturidade em cristãos veteranos:

(i) Na verdade, nunca nasceram de novo.


As evidências de que nascemos de novo são inconfundíveis:
 O testemunho do Espírito (Rm 8.16).
 Tornamo-nos uma nova criação (2 Co 5.17).
 Desejamos obedecer a Deus (1 Jo 2.3).
 Amamos os irmãos (1 Jo 3.14).
 Fazemos a vontade de Deus, e não mais a nossa (Mt 7.21).
 Temos sede de Deus (Sl 42.1-2).

(ii) Negligência
Eles não têm observado o princípio de negar-se a si mesmos para se manterem espiritualmente
ajustados. Infelizmente, só acumularam coisas como as demais pessoas do mundo.

(iii) Desobediência
Não fazem o que Deus, em Sua Palavra, lhes pediu para fazerem. O Pai, contudo, continua
esperando pacientemente até que eles se decidam a obedecer.

(iv) Descompromisso
Permitiram que pequenas raposas destruíssem a vinha (Ct 2.15); fizeram coisas contrárias à
vontade de Deus; obedeceram aos seus próprios desejos egoístas, em vez de fazerem a vontade
de Deus. Essas coisas têm sido um peso sobre eles e estão deteriorando a comunhão deles com
Deus. Eles estão tentando viver uma vida onde possam, ao mesmo tempo, agradar a si mesmos e
a Deus. Assim, em vez de ter uma vida frutífera, usada no serviço a Deus, eles terminam frustrados
e insatisfeitos – não agradam nem a si mesmos nem a Deus.
i) Perguntas e pontos para discussão

1. Qual a importância da fundação para a estabilidade de uma construção? Quais os nomes que
as Escrituras empregam para caracterizar o cristão como uma obra construída por Deus? O
que significa esses termos?
2. Por que Jesus é o fundamento sobre o qual devemos construir nossa vida cristã?
3. Por que o materialismo, o esporte, a educação, a filosofia, a religião, as tradições e a sabedoria
humanas são fundamentos instáveis para a edificação de nossa vida cristã?
4. Rocha ou areia: qual deles é o fundamento de sua casa espiritual? (Mt 7.24-27). Explique.
5. Que tipos de fundamentos devem ser eliminados de nossas vidas, a fim de que possamos
edificar sobre a rocha, isto é, em Jesus? Com a ajuda de quem você deseja fazer isso? Do
Espírito Santo? Explique.
6. Qual das atitudes a seguir expressa o seu modo de agir, quando ouve ou lê a Palavra de
Deus? Obedece completamente? Põe em prática apenas um pouco? Não pratica
absolutamente nada?
7. Como se assegurar de que você não será abalado, quando as tempestades da vida vierem?
8. Leia 1 Coríntios 3.1-3. Por que essa passagem ainda é relevante para muitos na igreja, como
foi há quase dois mil anos?
9. Quais as razões por que há tantos cristãos imaturos espiritualmente?
10. Existe alguma área em sua vida que tem sido negligenciada ou onde houve perda de
compromisso?
11. O que você entende por leite espiritual e para quem ele é adequado?

i) Resumo e aplicação

1. Jesus Cristo é o alicerce sobre o qual todos nós – seus discípulos – devemos construir nossas
vidas.
2. Qualquer coisa que nos impeça de edificar nossas vidas, tendo Jesus como fundamento,
deverá ser removida com a ajuda do Espírito Santo.
3. Jesus nos convida a vir a Ele, para ouvir suas palavras e colocá-las em prática.
4. O propósito de Deus é que todos os cristãos crescam em maturidade diante dEle. Mas isso só
acontecerá com a nossa cooperação.
5. Deus espera que empreguemos os fundamentos corretos para a edificação de nossa vida cristã. E quando o fizermos, Ele
substituirá o leite espiritual por uma comida mais sólida, a fim de alcançarmos a maturidade espiritual.

2. O Que é Pecado?
a) Textos Básicos (Rm 3.23, 6.23; Is 59.2).

b) Introdução

Pecar é fazer algo que desagrada a Deus. Toda pessoa nascida neste mundo é pecadora. Até
mesmo o mais bonito e inocente bebê, inevitavelmente, pecará. Contudo, o que faz dessa criança
uma criatura pecadora não é o primeira ato pecaminoso praticado, e sim a natureza pecaminosa com
a qual ela nasceu. E, ao pecar, ela estará simplesmente expressando a tendência rebelde dessa
natureza (Sl 51.5).
O ser humano é essencialmente pecador, visto que sua vida é centralizada no ego, em vez de
centralizar-se em Deus. Tendo o ego como centro dos seus desejos e intenções, a vontade humana
inclina-se para agradar e satisfazer-lhe os desejos e caprichos. Dessa forma, agindo sob a influência
e controle dessa natureza egotista com a qual nascemos, inevitavelmente pecaremos contra Deus
(Rm 3.23).
O Pecado não só desagrada a Deus, mas também separa as pessoas da glória que Ele queria
que tivessem. Isso mostra a natureza destrutiva do pecado. O Pecado separa o homem de Deus.
Todo o mundo está separado de Deus, desde o nascimento. Se este não fosse o caso, todos os
homens conheceriam a Deus naturalmente. Obviamente, isto não acontece!

c) Algumas conseqüências do pecado

 Desagrada a Deus (Gn 6.5-7).


 Traz culpa (Sl 51.3-4).
 Traz separação de Deus (Is 59.1-2).
 Traz juízo e castigo perpétuo (Mt 25.46).
 Escraviza (Rm 6.17).
 Causa cegueira espiritual (2 Co 4.4).
 Causa morte espiritual (Ef 2.1).
 Traz falta de esperança (Ef 2.12).
 Corrompe (Tt 1.15).
 Condena (Tg 5.12).
d) As palavras bíblicas para pecado

A Bíblia usa mais de uma palavra para descrever essa experiência universal da separação entre o
homem e Deus. As palavras usadas podem ser classificadas em quatro divisões principais.

(i) Desvio de uma norma ou padrão


Chattah: errar o alvo ou sair errado (Jz 20.16; Sl 5.14).
Avon: enganar ou perverter, isto é, fazer deliberadamente o que está errado, embora você saiba o
que é certo (Jó 33.27),
Shagah: ser desencaminhado (Jó 19.4; Lv 4.13).
Parabasis (N.T.): desviar de uma linha reta, isto é, passar dos limites (Rm 4.15;
Gl 3.19).
Hamartia (N.T.): errar o alvo (Mt 1.21; Rm 6.23).
Paraptoma (N.T.): infringir uma regra, desviar-se de um caminho (Cl 2.13; Ef 2.5).

(ii) Descrição de um estado


Pecado é um estado fixo no qual os homens são encontrados.
Rasfa: freqüentemente traduzido por perverso ou ímpio (Sl 1.6; 37.28).
Askam: ofender ou ser culpado (Gn 26.10; Lv 5.15-16).

(iii) Rebelião deliberada


Este é um estado onde as pessoas, orgulhosamente, sentem que podem viver sem Deus e,
conseqüentemente, declaram sua independência dEle.
Persha: afrontar a Deus (Is 1.2; 1 Rs 12.19).
Anomia (N.T.): fora da lei ou rebeldia (2 Co 6.14; 1 Jo 3.4).

(iv) Ações ou atitudes erradas


March: ser contencioso, rebelde ou teimoso (Sl 78.8).
Marad: se rebelar (Nm 14.9).
Ratah: ser mau ou ruim (Gn 19.7).
A idéia de pecado traduz uma realidade na qual algo ou alguém esteve perdido, desviado do curso
ou foi quebrado. O pecado nos aliena e nos separa de um Deus amoroso, causando problemas
entre os homens e, finalmente, rompendo sua relação com Deus.

e) Nossa resposta

Todo o mundo é responsável pelo seu próprio pecado (Rm 14.12). Todos nós pecamos e nós
preferimos amar a nós mesmos a buscar a um Deus amoroso. Deus quer que abandonemos nosso
pecado e vivamos para Ele (Ez 18.20-23). O homem escolheu pecar contra a vontade de Deus. Deus
sabia as conseqüências daquela escolha, mas, mesmo assim, deu ao homem o direito de escolher.
Hoje, nós ainda temos uma escolha: ou permanecemos em nosso pecado, e assim continuamos
separados de Deus, ou aceitamos a Jesus como nosso Salvador e Senhor.
Jesus ofereceu sua própria vida como sacrifício para salvar-nos da culpa, das conseqüências e do
poder do pecado. Deus não pode ter nenhuma relação com uma pessoa que pecou, ainda que uma
única vez, porque Ele é santo. Ele proveu um modo para o nosso pecado ser destruído e removido.
Se aceitarmos essa provisão, então Deus pode vir e relacionar-se conosco novamente. Esta é a
razão por que fomos criados por Ele. É por isso que nossos corações sentem-se vazios quando não
temos nenhum relacionamento com o verdadeiro Deus.
Deus quer que O conheçamos, que saibamos a sua vontade para nós e que, por amor a Ele,
estejamos preparados para cumprir o maravilhoso propósito que Ele tem para nós. Ele quer que
sejamos parte do seu Reino e nos tornemos seus filhos. Para isso, primeiramente, nossos pecados
devem ser perdoados. Em seguida, a natureza pecadora com que nós nascemos deve ser colocada
na morte, através do novo nascimento (Jo 3.5-7). Somente assim teremos uma nova natureza e
poderemos conhecer a Deus e desfrutar a Sua comunhão.

f) Perguntas e pontos para discussão

1. Errar o alvo é uma boa definição para a palavra “pecado”. Por quê?
2. Qual é a conseqüência universal do pecado? (Is 59.1-2).
3. Por que Deus colocou o homem diante de uma escolha, se Ele sabia que o homem pecaria e
se separaria dEle?
4. O que aconteceu com Adão, quando pecou?
5. Qual foi o resultado do pecado de Adão, para o restante da humanidade?
6. Por que a culpa é o principal problema de consciência que a maioria das pessoas enfrenta?
7. Por que a maioria das pessoas não reconhece que está desagradando a Deus?

g) Resumo e aplicação

1. Todas as pessoas nascem com uma natureza pecaminosa.


2. Como seres humanos, nossa tendência natural é seguir as coisas que desagradam a Deus.
3. Todo o mundo é responsável e será cobrado pelos seus próprios pecados.
4. Deus enviou Jesus para que Ele levasse o nosso pecado na Cruz.
5. Para participarmos dos benefícios da obra de Jesus, precisamos pedir a Deus que nos perdoe
por tudo que temos feito de errado, e receber Jesus como nosso Senhor e Salvador.
3. Arrependimento: Como Lidar Com o Pecado
a) Textos Básicos (At 2.38-39; Lc 15.7-10; Ez 18.30-32).

b) Introdução
Arrepender-se de seus pecados – este é o primeiro passo para alguém se tornar cristão ou filho de
Deus. Nos textos originais – grego e hebraico – encontramos as seguintes palavras traduzidas por
arrependimento, em nossa língua: metanoia – que significa mudar de mente, ou mudar de curso
depois de uma nova percepção da situação (Mt 4.17; Mc 1.15) e shub – que significa “voltar atrás”, ou
seja, fazer uma meia volta em nossa experiência (1 Rs 8.47; Ez 14.6). Hoje, a palavra arrependimento
significa simplesmente estar sentido pelo que fizemos, ou apenas lamentando algo. Como vimos, na
Bíblia essa palavra tem um significado muito mais profundo que este. De fato, arrepender-se é o
primeiro requisito para alguém se tornar um discípulo de Jesus.

c) O que é o Verdadeiro Arrependimento?

É uma virada de 180 graus em nossos pensamentos e ações.

(i) Quando mudamos nossos pensamentos


Há um reconhecimento que o que nós somos em nós mesmos é profundamente detestável diante
de um Deus santo.

(ii) Quando mudamos nossas ações


Nós nos voltamos para Deus e abandonamos toda desobediência, egoísmo e rebelião. Nós nos
afastamos do pecado e submetemos nossas vidas a Deus, fazendo de Jesus o Senhor de nossas
vidas.
O arrependimento é responsabilidade nossa. Todos nós somos pecadores e precisamos
aceitar a Jesus como nosso Salvador e Senhor. Na cruz, Jesus fez a sua parte, pagando pelos
nossos pecados e restaurando a nossa relação com Deus. Todavia, cada um de nós precisa fazer
a sua parte, ou seja: arrepender-se dos pecados e receber a Jesus como Senhor e Salvador. Deus
nada mais pode fazer; o restante é por nossa conta.
II) Três elementos importantes no arrependimento

(i) O Arrependimento envolve o entendimento


O arrependimento envolve o reconhecimento do nosso pecado e de como ele é perverso aos olhos
de um Deus santo. Deus quer que encaremos nosso pecado e o comparemos com a sua
santidade. Ele quer que vejamos a nossa real condição diante dEle. Somente quando nos
conscientizamos de nossos pecados é que podemos render as nossas vidas em Suas mãos. O
Espírito Santo mostra-nos essas coisas, principalmente enquanto lemos a Palavra de Deus.
(ii) O arrependimento envolve a emoção
Se reconhecermos verdadeiramente nosso estado diante de Deus, teremos uma reação emocional
poderosa (Is 6.5). Isso envolverá uma sensação profunda de tristeza e pesar (Sl 51.9). Sentiremos
o peso de tudo aquilo que está errado em nossas vidas. Esse sentimento só pode ser
verdadeiramente removido quando recebermos o perdão de Deus (2 Co 7.9-10). A tristeza para o
arrependimento conduz-nos a um estado onde podemos receber a Palavra de Deus e sermos
salvos.

(iii) O arrependimento envolve a vontade


Arrependimento é uma mudança de mente, de coração e de propósito. De fato, o arrependimento
muda a direção inteira da vida de uma pessoa. É conversão. É uma mudança de rumo, o começo
de uma nova vida inteiramente vivida debaixo do poder de Deus. A iniciativa para esse ato de
arrependimento começa com Deus. A partir daí, Ele nos mostra nossa necessidade e nosso estado
diante dEle. Todavia, cabe a nós responder a essa revelação (Rm 2.4).
A escolha é nossa!

e) O Poder do perdão
O Arrependimento não vem sozinho — o perdão é seu irmão gêmeo. Depois de descobrirmos nosso
estado deplorável diante da santidade divina, precisamos experimentar a grandeza do amor de Deus
e de sua misericórdia. Ele nos deu o seu único Filho, para que obtivéssemos Seu perdão. Foi um alto
preço. No entanto, isso apenas revela o quanto Ele nos ama (1 Jo 1.7-9).
A única maneira de sermos livres de nossos pecados é pela confissão de nossos lábios. Deus nos
perdoará, se confessarmos a Jesus como nosso Senhor e Salvador. Quando fazemos isso, Ele se
esquece do nosso passado pecaminoso e apaga da memória nossos pecados. Por isso, já não há mais lugar para
qualquer condenação ou culpa, porque Deus , em Cristo, já nos perdoou (Rm 2.4).

f) Questões e pontos para discussão

1. Qual o primeiro requisito para nos tornarmos filhos de Deus? O que você entende por
arrependimento?
2. Por que não é suficiente apenas sentir um pesar ou tristeza pelos nossos pecados?
3. Se o arrependimento implica em desistir de tudo que desagrada a Deus, provocando uma
virada de 180º em nossa maneira de pensar e agir, qual será o seu sentimento em relação ao
seu modo de viver a partir de agora?
4. Em termos práticos, o que implicará em nossas vidas o verdadeiro arrependimento?
5. Por que o arrependimento é necessário? Quais os benefícios que ele nos traz?
6. Quando seguimos pelo caminho de Deus, em vez de seguirmos o nosso próprio, o que
governará os nossos corações? (Cl 3.15-17).

g) Resumo e aplicação
1. Aquilo com que alimentamos nossa mente, acabará tornando-se a coisa mais importante para
nós.
2. Todos nós precisamos arrepender-nos, abandonar nossos caminhos de pecado, voltar-nos
para Deus e seguir o seu caminho. Ele nos ama e quer somente o melhor para nós.
3. Precisamos destronar o nosso ego de nossas vidas e oferecer-nos a Deus, para sermos sua
propriedade exclusiva. Deixe Jesus ser o Senhor de sua vida!

4. O Sangue de Jesus
a) Textos Básicos (Jo 6.53-57; l Jo 1.7; Hb 9.11-28; Lv 17.11; 1 Pe 1.18-20).
b) O que o sangue de Jesus faz por nós?

(i) Pelo sangue de Jesus temos a redenção.


O sangue de Jesus nos redime da mão e do poder do diabo (Ef 1.7; Hb 9.12).

(ii) Pelo sangue de Jesus todos os nossos pecados são perdoados, se os confessamos.
Como estamos na luz, com Jesus, o sangue dele está nos limpando continuamente de todos os
nossos pecados (1 Jo1.7-9).

(iii) Pelo sangue de Jesus somos justificados. É como se nunca tivéssemos pecado.
Ele nos reveste com a sua retidão (Rm 5.9). A pessoa que confia em Cristo torna-se, nEle, tudo
aquilo que Deus exige que ela seja, tudo aquilo que ela jamais poderia ser por si mesma (2 Co
5.21).

(iv) Pelo sangue de Jesus temos acesso – a qualquer hora – à presença de Deus, para recebermos
misericórdia e socorro, especialmente em tempos de necessidade (Hb 10.19-20).

(v) Pelo sangue de Jesus somos santificados


Somos separados para Deus (Hb 13.12).

(vi) Pelo sangue de Jesus a nossa consciência é limpa de toda a culpa


Tornamo-nos livres na mente, no corpo, na alma e no espírito para servir ao Senhor Jesus Cristo
(Hb 9.14; 2 Tm 1.7).

(vii) Pelo sangue de Jesus temos vitória sobre o diabo


Nós o subjugamos pelo sangue do Cordeiro e pela palavra de nosso testemunho (Ap 12.11).
C) O Sangue de Jesus, por quê?

No tempo do Velho Testamento, o sumo sacerdote entrava no Santo dos santos a cada ano, para
apresentar o sangue de um animal sacrificado diante da Arca da Aliança (a arca era o símbolo da
presença de Deus). Esse era um modo temporário de trazer perdão pelos pecados da nação,
cometidos durante todo o ano.
Levítico 17.11 ajuda-nos a entender o significado do sangue:
 “Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar para fazer expiação
pela vossa alma.”
Dois pontos precisam ser notados aqui. Primeiro, o sangue do sacrifício é uma provisão divina
(Deus proveu isto) – “Eu dei isto a você”. Segundo, o uso do sangue em sacrifício é uma forma de
pagar o preço, fazer expiação ou reconciliar. Significa simplesmente trazer indenizações ou pagar a
penalidade. O Pecado é o problema, e o sangue é o preço da redenção que nos livra da
conseqüência do pecado, ou seja: a morte. O sangue pagou o preço pela ofensa do pecado, e, assim,
a vida de Jesus foi derramada como pagamento pelo pecado.
Cristo Jesus veio como uma oferta sem pecado. Ele derramou o seu próprio sangue e deu a sua
própria vida, a fim de que ninguém mais precise morrer por causa do pecado. Ele constituiu um meio
pelo qual nossos pecados podem ser removidos. Ele pagou o preço pelos nossos pecados e obteve
nossa eterna redenção, ao morrer por nós na cruz (Cl 1.13-14).
Jesus ofereceu-se como sacrifício uma única vez, porque Deus o fixou como o preço de resgate
para todos os homens. Esse era o custo necessário para que ficássemos sem pecado diante de Deus
(Hb 9.22). Deus estabeleceu a morte como o julgamento pelo pecado e, então, pagou o preço do
resgate, enviando o seu próprio Filho ao mundo para derramar o seu sangue e morrer por nós.
Quando aceitamos Jesus como nosso Senhor e Salvador, então, nos tornamos participantes dos
benefícios da cruz e somos salvos do reino das trevas, e levados para o reino de Deus.

d) Como o sangue de Jesus afeta nossas vidas diárias

(i) Vitória sobre rebelião


No Jardim do Getsêmani, Jesus orou: “Não a minha vontade, mas a tua.”
A tensão de morte foi tão grande sobre Ele, que o sangue irrompeu-lhe da face, misturou-se
com o suor e caiu no solo em grandes gotas. Aquele sangue, derramado no jardim, fala-nos de
uma redenção particular – a redenção da rebelião, ou seja: o exercício de nossa vontade contra a
vontade de Deus. A partir de Adão, o gênero humano teimou em fazer sua própria vontade em
detrimento da vontade de Deus.
Quando Jesus fez a oração sacerdotal, dizendo: “Não a minha vontade, mas a tua seja feita”,
Ele orou em nosso lugar, como sacerdote, representando todos nós diante de Deus. Ao fazer
aquela oração, Ele derramou o seu sangue para redimir nossas vontades, para que pudéssemos
também dizer: “Não a minha vontade, mas a tua seja feita” (Lc 22.42).

(ii) O sangue derramado das feridas dos espinhos


O espinho é um símbolo da maldição de Deus sobre o pecado (Gn 3.18). Era necessário que
Jesus, quando sofreu na cruz para a nossa redenção da maldição do pecado, usasse na fronte o
símbolo daquela maldição, isto é, a coroa de espinhos (Mt 27.29). Ele indicou assim que estava
levando a maldição sobre si mesmo. O derramamento do sangue fala-nos da redenção da maldição
do pecado.
(iii) O sangue derramado das feridas do açoite
As costas de Jesus ficaram inteiramente lanhadas, provocando copioso sangramento. Isaías 53.5
diz que, por causa dessas chagas ou feridas (provocadas pelo açoite) somos curados. Isto é uma
cura total para o espírito, alma, corpo e, até mesmo, para nossas atitudes e relacionamentos.
Enfermidades e pesar são o resultado do pecado, mas o sangue de Jesus nos redime da maldição
do pecado.

(iv) O sangue derramado na cruz do calvário


Os cravos, nas mãos e pés de Jesus, mantiveram-no na cruz, onde o sangue foi mais uma vez
derramado. Esse sangue é suficiente e poderoso o bastante para nos salvar e nos redimir
eternamente do pecado e do juízo final (Rm 8.1-2; Ef 2.8-9,13).

e) Perguntas e pontos para discussão

1. Por que Deus escolheu o sangue como o preço da penalidade do pecado?


2. De que forma o sangue de Jesus abriu-nos um caminho de acesso ao Pai?
3. De que forma somos feitos santos pelo sangue de Jesus? (Hb 13.12).
4. No jardim do Éden, o que Deus usou para fazer expiação (reconciliação) pelo primeiro pecado
do homem? (Gn 3.21).
5. Por que Jesus instituiu o beber simbólico do sangue dele na Ceia? (Jo 6.53-57; Mt 26.27-29).

f) Resumo e aplicação

1. O sangue de Jesus é suficiente para pagar o preço para nos resgatar das conseqüências do
pecado. E dessa forma, abriu-nos o caminho para mantermos novamente relação com Deus.
2. O sangue de Jesus nos purifica de todo pecado, desde que andemos na luz com Deus e
confessemos nossos pecados.
3. O sangue de Jesus só precisou ser derramado uma única vez, porque Ele era o sacrifício
perfeito e completamente aceitável a Deus de uma vez por todas.
4. O sangue de Jesus é eficaz para nossas vidas diárias e nos permite servir a Deus, com uma
consciência pura e com a paz de Deus em nossos corações.

5. Fé Para Salvação
a) Textos Básicos: (Jo 3.16; Lc 13.23-25; Rm 10.9-13; 3.21-28).
b) Introdução
A segunda condição essencial para entrarmos no Reino de Deus é a fé para a salvação. Tão logo
reconhecemos que somos pecadores e cremos que o Senhor Jesus derramou seu sangue e morreu
pelos nossos pecados, somos salvos, e, assim, podemos segui-lo como discípulos. Crer em Jesus
Cristo significa: arrependimento e confissão dos pecados a Deus, para sermos perdoados. Ser salvos
significa: receber a Jesus, entregar-lhe nossas vidas e fazer dele o nosso Senhor e Salvador (Mc
1.15; At 20.21; Jo 1.12).

c) O que é fé para a salvação?

É a fé que conduz à salvação, provocando as seguintes implicações:


 Entregar sua vida a Deus (Sl 37.5).
 Crer em Jesus (Jo 3.15).
 Obedecer de coração (Rm 6.17).
 Crer de coração (Rm 10.9-10).
 Crer que a Bíblia é a Palavra de Deus (2 Tm 316-17).
 Pôr a confiança em Deus (Hb 2.13).
 Convidar Jesus para entrar em sua vida (Ap 3.20).

d) O que significa nascer de novo

“E assim se alguém está em Cristo é nova criatura, as coisas velhas já passaram, eis que se fizeram
novas” (2 Co 5.17).
“O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam
conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.23).
A Bíblia deixa claro que nós somos mais do que apenas corpo e alma. O corpo, obviamente, é a
nossa parte física. A alma é composta de: mente, vontade e emoções.

“Nossa emoção expressa como nós sentimos; nossa mente nos conta o que nós pensamos, e
nossa vontade fala daquilo que nós queremos” (Nee).
Antes do novo nascimento, a alma do ser humano é a própria vida. Ele costuma avaliar as
situações com a mente, chegando às suas próprias conclusões. Ele presta considerável atenção às
emoções, e freqüentemente permite que elas o governem. Ele toma decisões baseadas no
arrazoamento da mente, ou como resultado dos anseios emocionais que ele tem, ou por uma
combinação dos dois. (Colin Urquhart: Em Cristo Jesus)
Assim, antes de nascermos no Espírito, vivíamos no reino do corpo e da alma. Nossos espíritos
humanos estavam mortos, e sem propósito – estavam inativos e impossibilitados de afetar nossas
ações, decisões e desejos (Veja Ef 2.1-2).
Ser nascido de novo significa que recebemos a vida de Deus na parte mais profunda de nossa
personalidade que ficou morta por causa de pecado – o espírito. Quando somos vivificados pelo
Espírito de Deus, podemos começar a viver nos três níveis, sabendo o que realmente significa estar
vivo em corpo, alma e espírito! (Veja Gl 5.16-25; Rm 8.9-14; Jo 3.3-8).
Jesus disse que sem o novo nascimento não podemos ver o Reino de Deus. Ver o Reino significa
experimentar a realidade de Deus; conhecer Seu amor e perdão, e viver no poder do Espírito Santo,
assim como Ele vive em nós.

f) A fé é um presente de Deus

“Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus, não de obras, para que
ninguém se glorie” (Ef 2.8-9).
Ao nascer, não temos ainda habilidade para exercer a nossa fé em Deus. Essa fé é um presente
do Espírito Santo que trabalha em nossas vidas para nos levar de volta a Deus. Quando
respondemos e ouvimos a Deus, recebemos essa grande dádiva – a fé – que nos permite pôr a
nossa confiança em Deus e receber a Jesus como nosso Senhor e Salvador.

g) Garantia de nossa salvação

Temos de confiar em fatos e nunca em sentimentos:


 O que a Palavra de Deus nos diz (Jo 5.24; Hb 13.5; Jo 6.37; Rm 8.38-39; Tt 1.2; Jo 10.28-29).

 O Testemunho do Espírito Santo em nós (Rm 8.14-16; 1 Jo 3.24).

h) A oração do pecador

Recebemos a Cristo, convidando-o a entrar em nossas vidas. Você pode recebê-lo agora mesmo. Se
esse é o desejo de seu coração, faça esta oração agora: ou uma semelhante, se você deseja tornar-
se um filho de Deus e deseja ter os seus pecados perdoados, tornando-se um discípulo de Jesus.
“Senhor Deus, eu estou consciente de que eu sou um pecador. Eu acredito que Jesus morreu
pelos meus pecados. Ele tomou o castigo que me era devido, levando-o sobre si na cruz. Eu me
arrependo de meus pecados e peço que me perdoes. Abro a porta de minha vida e recebo Jesus
como meu Senhor e Salvador. Eu o obedecerei e viverei minha vida para o seu prazer. Eu sei que sou
agora um filho de Deus e que meus pecados são perdoados, pois eles foram purificados pelo sangue
de Jesus. Amém.”
Se você fez essa oração, as Escrituras garantem que Cristo entrou em sua vida; você tornou-se
um filho de Deus, e seus pecados foram perdoados. Conte para alguém que você se tornou um
cristão. Você precisa confessar com sua boca que agora é um discípulo de Jesus (Rm 19.9-10).
Procure outros irmãos que possam ajudá-lo a crescer como discípulos de Jesus. Lembre-se: a
salvação é um motivo de alegria. Você acabou de mudar o destino de sua vida por toda a eternidade
(At 16.34; 8.39).

i) Perguntas e pontos para discussão

1. O que você diria a alguém que lhe perguntasse: “Como posso tornar-me um cristão?” (Use
palavras simples que ele possa entender.)
2. Como você asseguraria que ele é agora um cristão?
3. O que acontece no momento em que você aceita a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador?
4. Apocalipse 3.20 diz o seguinte: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz, e
abrir a porta, entrarei...” De acordo com essa promessa, onde está Cristo agora?
5. Cristo disse que entraria em sua vida. Ele enganaria você?
6. Por que é importante crer que a Bíblia é a Palavra de Deus, em termos de fé salvadora?
7. Por que a maioria das pessoas não reconhece que precisa ser salva? (2 Co 4.4).
8. Compare o resultado de viver da maneira de Deus com o modo de viver do homem sem Deus.
9. O que representa a Salvação para você? O fim da jornada ou o começo?

j) Resumo e aplicação

1. Para ser salvo e tornar-se um discípulo de Jesus, você precisa confessar seu pecado e
arrepender-se. Em seguida, deve pedir a Deus que o perdoe de todos os pecados e entregar
sua vida a Jesus, recebendo-o como seu Salvador e Senhor.
2. Quando somos salvos, recebemos o Espírito Santo como um depósito e garantia da nossa
salvação. E o nosso espírito humano recebe vida de Deus (Ef 1.13-14).
3. Quando estamos em Cristo Jesus, temos a melhor qualidade de vida: a vida abundante (João
10.10).

6. Fé em Deus
a) Textos Básicos (Hb 11.1-3; Rm 10.17; Mt 17.20; Rm 1.17).

a) Introdução:

A fé é uma progressão natural após o arrependimento das obras mortas. Considerando que nosso
enfoque era o ego, agora nosso foco de atenção é Deus. Obras mortas sempre interferem em nossa
fé para com Deus. Antes de sermos capazes de ir a Deus, precisamos rejeitar as coisas passadas.
Devemos nos arrepender para que a nossa fé em Deus possa desenvolver-se. De fato, qualquer
coisa à parte da fé no Senhor está morta (Hb 11.6; Rm 14.23).
Fé, no contexto dos fundamentos da verdade, pode ser definida como: “Ter confiança, garantia ou
segurança em outra pessoa e na palavra daquela pessoa.” Ter fé em Deus envolve uma troca: antes
confiávamos no ego, em nós mesmos, e agora confiamos em Deus.

c) Como a fé pode se desenvolver?

(i) Tendo uma correta atitude de mente


Fé é persuasão. A palavra fé vem do grego pistis que significa “firme persuasão; convicção forte e
firme; a convicção da verdade de qualquer coisa” (2 Tm 1.12). Precisamos perceber a futilidade da
vida sem Deus. Fé envolve uma atitude de humildade e submissão para com a vontade de Deus
(Fp 2.5-8), a qual precisamos desenvolver.

(ii) Entenda que fé é substância e realidade


Fé não é imaginar ou desejar as coisas que não existem. Ao contrário: é a convicção da Palavra de
Deus pela revelação do Espírito Santo. Se Deus gera em nós a fé para obtermos algo, podemos
estar seguros de que na mente de Deus aquilo realmente existe e é nosso (Hb 11.1; Nm 23.19).

(iii) Entenda que fé é um dom de Deus


Não podemos fazer a fé crescer por nossa própria força. Ela não é o resultado de uma ginástica
mental. O Espírito Santo tem que colocar essa capacidade para acreditar em Deus dentro de
nossos corações (Ef 2.8).

(iv) A fé se desenvolve pelo nosso conhecimento de Deus


Você não pode confiar num desconhecido qualquer. Quanto mais conhecemos a Deus – sua
fidelidade, seu amor, seu caráter, seus caminhos e seu poder – mais poderemos confiar nele. Essa
é a base para a verdadeira fé em Deus (Dt 7.9; Sl 9.10; 1 Ts 5.24). Somente conhecemos a Deus
na medida em que o Espírito Santo nos dá uma revelação dele através das Escrituras. Outra forma
de conhecê-lo é através das experiências da vida, quando provamos seu poder (Hb 11.6).
Jamais conheceremos uma pessoa se não conversarmos com ela. A oração é um meio
maravilhoso de conhecermos a Deus. A oração sempre manifesta duas coisas: em primeiro lugar,
um coração que anseia fazer tudo em harmonia com a vontade de Deus; e em segundo lugar, uma
confissão de nossa dependência total dele. Lembre-se: a fidelidade de Deus é grande, infalível (Sl
89.34) e eterna (Sl 119.90). Precisamos confiar na sua fidelidade (1 Pe 4.19; Hb 10.23), e exaltá-la
em nossas vidas (Sl 92.1-2; Sl 89.1).
(v) Fé é uma conseqüência do ouvir
Deus comunica os seus pensamentos através de sua Palavra. Quando Ele nos permite ouvir o que
está dizendo pelo Espírito, deveríamos crer que o que Ele está dizendo realmente é verdade, e é
para nós. “A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10.17).
Quando confessamos a palavra da fé que nos foi dada e nos firmamos nela, descobrimos o
poder criativo de Deus que opera por meio daquela palavra, para trazer à luz o que foi prometido.
Jesus disse que pela fé nada nos será impossível (Mt 17.20).
Ter fé envolve uma mudança de nível. Antes só confiávamos em uma fonte de conhecimento,
ou seja, o conhecimento dos sentidos; agora, porém, passamos a confiar em uma fonte mais alta
de conhecimento, ou seja: o conhecimento da revelação.
Conhecimento dos sentidos é todo o conhecimento que vem ao homem pelos cinco sentidos
do corpo. Esse conhecimento, descrito como a sabedoria humana, é limitado (1 Co 2.4-6). O
conhecimento por revelação é o conhecimento que não é baseado nos cinco sentidos ou
arrazoamentos naturais. Ele procede de uma fonte mais alta – a verdade da Palavra de Deus. Esse
conhecimento, descrito como a sabedoria de Deus, é revelado pelo Espírito Santo ao espírito do
homem (1 Co 2.7-16).

(vi) A fé vem através do conhecimento de Deus e de sua fidelidade


Quanto mais temos fé em Deus, tanto mais experimentamos a sua fidelidade e, conseqüentemente,
mais nossa fé cresce. Deus também nos deu os dons de cura, de milagres, etc., os quais deveriam
apontar para Ele e,assim, aumentar a nossa fé (Jo 2.11; 11.15).

(vii) A fé cresce quando nos lembramos da fidelidade de Deus no passado

d) Conclusão

Fé não é uma atitude mental para lidarmos com os problemas. É a própria natureza de Deus. Deus é
um Deus de fé: Ele criou o universo pela fé (Hb 11.3). A pessoa que nasceu de novo, pelo Espírito de
Deus, recebeu a própria natureza de Deus em si mesma. A velha natureza humana é dominada por
forças negativas, tais como: medo, dúvida, confusão e erro. Entretanto, a nova natureza é a natureza
de Deus. Deus é criativo e tira a ordem do caos (Gn 1.2), vida da morte, saúde da doença,
prosperidade da pobreza, verdade do erro, e retidão do pecado. Fé é a expressão dessa nova
natureza (Rm 1.17). Fé em Deus é o estilo de vida do discípulo de Jesus.

e) Perguntas e pontos para discussão

1. Por que qualquer obra sem fé é morta?


2. Você já parou para avaliar se o que está fazendo para Deus é destituído de fé ou não? O que
você pode fazer a respeito disso?
3. O que 1 João 5.4-5 e 1 Pedro 1.5 dizem sobre a fé?
4. Podemos afirmar que temos fé, mesmo que nossas ações não provem isso? (Tg 2.14-26).
5. Quem é o autor e consumador de nossa fé? (Hb 12.2).
6. O que significa viver pela fé, e não por vista? (2 Co 5.7).
7. Como a fé deveria se expressar? (Gl 5.6).

f) Resumo e aplicação

1. Arrependimento de obras mortas é necessário para que a fé se desenvolva.


2. Sem fé é impossível agradar a Deus.
3. Fé é crer que o que Deus disse acontecerá.
4. Fé envolve confiar em Deus mais do que nós confiamos em nós mesmos.
5. Fé em Deus deve ser o estilo de vida do discípulo de Jesus.
6. A fé vem de Deus.
7. A Fé cresce na medida em que o nosso conhecimento de Deus cresce.
7. Quem Somos Nós em Cristo?
a) Nós recebemos uma nova vida

 Nós temos a vida eterna (Jo 3.16).


 Deus derramou o seu amor em nossos corações pelo Espírito Santo (Rm 5.5).
 Nós recebemos o testificar do Espírito de que somos filhos de Deus (Rm 8.16).
 Nós recebemos a mente de Cristo (1 Co 2.16).
 Nossos corpos se tornaram templos do Espírito Santo (1 Co 6.19).
 Nós temos em disponibilidade os dons do Espírito Santo (1 Co 12.4-11).
 Nós nos tornamos parte do corpo de Cristo (1 Co 12.27).
 Nós temos o Espírito Santo, selando-nos como uma propriedade de Deus, em nossos corações (2
Co 1.22).
 Nós fomos redimidos da maldição da lei (Gl 3.13).
 Nós somos selados pelo Espírito (Ef 1.13-14).
 Nós somos vivificados com Cristo (Cl 2.13).
 Nós fomos renovados pelo Espírito Santo (Tt 3.5).
 Nós nascemos novamente pela Palavra de Deus (1 Pe 1.23).
 Nós somos perdoados e lavados pelo sangue de Jesus (1 Jo 1.7-9).
 Nós nascemos de Deus (1 Jo 2.29).

b) Nós entramos em uma nova relação com Deus

 Nós nos tornamos filhos de Deus (Jo 1.12; Rm 8.16).


 Nós conhecemos o único Deus verdadeiro (Jo 17.3).
 Nós temos paz com Deus (Rm 5.1).
 Nós somos reconciliados com Deus (Rm 5.10).
 Nós somos feitos filhos de Deus (Rm 8.15).
 Nós nos tornamos co-herdeiros com Cristo (Rm 8.17).
 Nós somos propriedade de Cristo (1 Co 3.23).
 Nós somos transformados na semelhança de Deus, de glória em glória, até que o Senhor venha (2
Co 3.18).
 Nós somos uma nova criação em Cristo (2 Co 5.17).
 Nós somos crucificados com Cristo (Gl 2.20).
 Nós somos aceitos no Amado (Ef 1.6).
 Nós estamos vivos com Cristo (Ef 2.5).
 Nós somos membros da Família de Deus (Ef 2.19).
 Nós podemos nos aproximar de Deus com liberdade e confiança (Ef 3.12).
 Nós podemos estar confiantes que aquele que começou a boa obra em nós a completará (Fp
1.6).
 Nós podemos fazer todas as coisas em Cristo Jesus (Fp 4.13).
 Nós somos qualificados para compartilhar da sua herança (Cl 1.12).
 Nós pertencemos a Deus (1 Pe 2.9).
 Nós somos participantes da natureza divina (2 Pe 1.4).

c) Nós fomos libertos do pecado

 Nós fomos libertos da escravidão (Jo 8.31-36).


 Nós somos livres do pecado (Rm 6.18).
 Nós não estamos mais debaixo de condenação alguma (Rm 8.1).
 Nós deveríamos fixar nossas mentes naquilo que o Espírito deseja (Rm 8.5-ó).
 Nós fomos salvos das conseqüências do pecado (Rm 10.13).
 Nós fomos feitos íntegros e santos (1 Co 1.30).
 Nós somos lavados, santificados e justificados (1 Co 6.11).
 Nós somos redimidos (Ef 1.7).
 Nós já não vivemos mais para satisfazer o desejo de nossa natureza pecaminosa (Ef 2.3).
 Nós já não somos objetos de ira (Ef 2.3).
 Nós fomos salvos pela graça por meio da fé (Ef 2.8).
 Nós somos perdoados (Cl 1.14).
 Nós somos completos em Cristo (Cl 2.10 AV).
 Nossa natureza é mudada (Cl 3.9-10).
 Nós somos purificados de uma má consciência (Hb 10.22).
 Nós somos curados (1 Pe 2.24).
 Nós morremos para o pecado e vivemos para a justiça (1 Pe 2.24).
 Nós fomos purificados do pecado (2 Pe 1.9).

d) Nós somos separados do mundo


 Nós somos mais que vencedores em Cristo Jesus (Rm 8.37).
 Nós somos os embaixadores de Cristo (2 Co 5.20).
 Nós vivemos pela fé no Filho de Deus (Gl 2.20).
 Nós fomos crucificados para o mundo (Gl 6.14).
 Nós fomos ressuscitados com Cristo e estamos assentados com ele nos lugares celestiais (Ef
2.6).
 Nós somos os concidadãos dos santos e membros da Família de Deus (Ef 2.19).
 Nós fomos libertos do império das trevas e levados para o Reino de Deus (Cl 1.13).
 Nós temos recebido a esperança da glória (Cl 1.27).
 Nós estamos esperando um novo céu e uma nova terra (2 Pe 3.12).
 Nós vencemos o mundo (1 Jo 5.4-5).

e) Perguntas e pontos para discussão

1. Por que tantos cristãos ainda não estão vivendo na posse de tudo aquilo que é para eles em
Cristo Jesus? Discuta.
2. Será que temos que viver sozinhos neste mundo? Com que ajuda podemos contar? (Jo 14.26;
16.13-15).
3. Quando moldamos nosso viver diário conforme o padrão “Quem nós somos em Cristo”, qual
resposta que podemos esperar do mundo? Discuta. (Jo 15.18-16.4).

f) Resumo e aplicação

1. Temos uma herança gloriosa, quando estamos em Cristo Jesus.


2. Precisamos deixar para trás a desculpa da ignorância e aprendermos a expressar “O que nós
somos em Cristo Jesus”.
3. Precisamos morrer para a nossa velha vida e natureza, e viver como Cristo Jesus planejou que
vivêssemos: no poder do Espírito Santo.
8. A Pessoa e a Obra do Espírito Santo
a) Textos Básicos (Jo 14.12,15-27; 16.5-15; At 1.4-8; 1 Co 2.9-16).

b) Introdução

O Espírito Santo não é uma vaga influência ou uma idéia mística: Ele é uma pessoa. Isso significa
que Ele pode se comunicar conosco. Apesar de não podermos vê-lo, Ele é real e pode produzir uma
grande impressão em nossas vidas, através do nosso espírito. O Espírito Santo é a terceira pessoa
da Trindade. Assim como o Deus Pai e o Deus Filho, o Espírito Santo é eterno (Hb 9.14), onipresente
– está presente em todos os lugares ao mesmo tempo (Sl 139.7), onisciente – conhece todas as
coisas (1 Co 2.10), e onipotente – é todo poderoso, pode todas as coisas (Lc 1.35).
O Espírito Santo tem atributos de personalidade, intelecto (Rm 8.27), vontade (1 Co 12.11), e
sensibilidade (Ef 4.30). Ele conhece todas as situações da nossa vida, comunica-se conosco, abre-se
para nós e espera de nós a mesma reciprocidade. Ele é uma pessoa que fala pessoalmente conosco.
Todo crente deveria conhecer a realidade e o poder do Espírito Santo, e torná-lo o centro de sua vida
(Jo 7.38-39). Sem o Espírito Santo, jamais poderíamos viver no poder de Deus, ou conhecer a força
de Deus em nossas vidas diárias. Para desfrutarmos de prazer, e nos realizarmos na vida,
precisamos desse grande presente do Pai – o Espírito Santo de Deus.

c) A Bíblia descreve o Espírito Santo de modos diferentes

(i) Por nomes diferentes:


 O Espírito Bom (Ne 9.20).
 O Espírito de Deus (Mt 3.16).
 O Conselheiro (Jo 14.16,26).
 O Espírito da Verdade (Jo 16.13).
 O Espírito de Cristo (Rm 8.9).
 O Espírito de filiação (Rm 8.15).
 O Espírito da Graça (Hb 10.29).

(ii) Por símbolos:

 Pomba (Mt 3.16).


 Voz (1 Reis 19.12).
 Selo (Ef 1.13).
 Água e água viva (Is 44.3; João 7.37-39).
 Vento (At 2.2).
 Óleo (1 Sm 16.13).
 Fogo (At 2.3).

d) O trabalho do Espírito Santo através de nós, discípulos de Jesus

 Ele nos permite expulsar demônios (Mt 12.28).


 Ele nos capacita a falar como Deus gostaria que falássemos (Mc 13.11).
 Ele nos permite nascer novamente (Jo 3.5-8).
 Ele será sempre nosso Conselheiro (Jo 14.16).
 Ele vive em nós (Jo 14.17).
 Ele nos ensina (Jo 14.26; 16.13-14).
 Ele nos convence (Jo 16.8-11).
 Ele nos dá o poder para sermos testemunhas (At 1.8).
 Ele faz com que o amor de Deus seja derramado em nossos corações (Rm 5.5).
 Ele testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus (Rm 8.16).
 Ele nos ajuda em nossa fraqueza (Rm 8.26).
 Ele derrama justiça e paz em nós (Rm 14.17).
 Ele nos faz transbordar de esperança (Rm 15.13).
 Ele nos santifica (Rm 15.16).
 Ele nos concede vários dons, de acordo com a sua vontade (1 Co 12.4 - 11).
 Ele põe em nós o fruto do Espírito (Gl 5.22-23).
 Ele põe em nós a alegria (1 Ts 1.6).

e) Por que precisamos do poder do Espírito Santo em nossas vidas?

Há, pelo menos, quatro razões para isso:

(i) Para sermos feitos filhos de Deus


Sem a intervenção do Espírito Santo, jamais seríamos feitos filhos de Deus, pois o ser humano
distanciou-se de Deus, e não o reconhece como seu verdadeiro Pai. Uma das funções do Espírito
Santo é despertar-nos espiritualmente e conduzir-nos a Jesus, o único caminho que nos leva de
volta ao Pai (Jo 1.12-13). Portanto, através do Espírito Santo, somos feitos filhos de Deus e
passamos a viver como membros de sua família.

(ii) Para sermos exemplo ao mundo


Através do Espírito Santo somos fortalecidos para viver a nova vida em Cristo, sendo um exemplo
vivo do que significa ter Jesus Cristo habitando em nossos corações (Ef 3.16-17).

(iii) Para superarmos o nosso adversário – o diabo


Todo crente vive numa zona de guerra. Antes de nos tornarmos cristãos, estávamos ao lado
de Satanás. Todavia, quando escolhemos seguir a Jesus, fomos colocados ao lado de Deus (Ef
2.1-5). A guerra que travamos contra Satanás tornou-se mais renhida depois que nos convertemos,
pois ele está tentando nos levar a desistir de seguir a Jesus. Através do Espírito Santo, Deus nos
reveste de poder para derrotarmos o diabo (1 Jo 4.4).

(iv) Para compartilharmos a fé


“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto
em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (At 1.8).
Dinamis é a palavra grega traduzida como poder em nossa língua. Dela deriva-se o vocábulo
dinamite. Semelhantemente, Deus quer que sejamos cheios desse mesmo poder para testemunhar
da vida de Jesus. Esse poder – dinamis – capacita-nos a ser tal qual Ele é diante das pessoas. Em
outras palavras: quando falamos, oramos ou tocamos as pessoas no poder do Espírito Santo, é
como se fosse a própria pessoa de Jesus falando, orando ou tocando nelas (Jo 14.12).

f) Dons e frutos
Este é o propósito de Deus para nós: fazer grandes coisas por nós e capacitar-nos a fazer também
grandes coisas por Ele. Vejamos algumas delas:

(i) Os dons do Espírito


Os dons espirituais são os dons sobrenaturais de Deus. Por isso, antes que Ele possa nos usar
completamente para a sua glória, precisamos submeter-lhe até mesmo nossos talentos naturais. O
Espírito Santo é que nos capacita a fazer a vontade de Deus, a adorá-lo e a servi-lo (1 Co 12.7).
Em 1 Coríntios 12.7-11 e Romanos 12.6-8, tomamos conhecimento dos dons que o Espírito Santo
quer nos outorgar. O Pai assegura-nos o direito de requerer e possuir tudo o que nos é necessário
para cumprirmos sua vontade e propósito, e sermos capacitados para testemunhar no poder de
Jesus, aqui na terra.

(ii) O fruto do Espírito


O fruto do Espírito é tão importante como os dons espirituais. É a evidência, em nossas vidas, do
trabalho do Espírito Santo, transformando-nos na semelhança e conforme a natureza de Jesus. Por
isso, o nosso testemunho pessoal é muito importante. Em Gálatas 5.22-23, o apóstolo Paulo
apresenta-nos cada uma das partes em que o fruto do Espírito se divide, as quais, em conjunto,
formam o caráter de Jesus. As sementes desse fruto são semeadas, em nossas vidas, pelo próprio
Espírito de Deus. E, à medida que elas germinam no nosso coração, cada vez mais nos tornamos
semelhantes a Jesus, em nossas ações e atitudes.

g) Em que implica o enchimento do Espírito Santo?

(i) Em relação a Jesus


Você o conhecerá, numa intimidade e dimensão mais profundas, como o Senhor – cheio de glória,
poder e autoridade (At 2.32-36).
(ii) Em relação a Deus
Você experimentará a profundidade do amor de Deus por você (Rm 5.5), o verdadeiro amor de Pai
(Rm 8.15; Gl 4.ó). Você será livre para amá-lo e louvá-lo com alegria e confiança (Ef 5.18-20).

(iii) Em relação à Palavra de Deus


Você estará mais faminto por conhecer e estudar a Bíblia, tornando-se mais hábil para usá-la e
ouvir a voz de Deus através dela (Jo 16.13-15; Ef 6.17).

(iv) Em relação ao Espírito


Você ficará muito sensível à presença e direção do Espírito Santo (Ef 4.30; Rm 8.14), tornando-se
mais livre para receber os dons espirituais.

(v) Em relação às outras pessoas


Você se tornará mais aberto para as outras pessoas, amando-as e procurando integrar-se
ativamente à Igreja, que é o Corpo de Cristo (1 Co 12.12-13).

(vi) Em relação ao mundo


Você será mais corajoso e ousado para testemunhar de Jesus (At 1.8; Atos 4.31).

(vii) Na guerra espiritual


Você se conscientizará de sua autoridade em Cristo Jesus sobre o inimigo, e contribuirá para a
expansão do Reino de Deus (Ef 6.10-18; 1.17-23).

h) Em que implica o falar em línguas?

 É um dos dons prometidos por Jesus (Mc 16.17; 1 Co 12.10).


 É a habilidade para se comunicar com Deus, de espírito para Espírito, onde o seu próprio espírito
será edificado e fortalecido (1 Co 14.2,4,14).
 É o dom de uma linguagem que é sua, pessoalmente, mas que você nunca aprendeu antes (At
2.4,7-8).
 É uma ajuda para orar em linha com a vontade de Deus (Rm 8.26-27).

i) Perguntas e pontos para discussão

1. De que modo o Espírito Santo nos ajuda a viver nossas vidas num nível prático como Deus
planejou para nós?
2. De que modo o Espírito Santo tem ajudado você?
3. Sua vida é um exemplo para outros do que significa viver como um verdadeiro discípulo ou
seguidor de Jesus dia a dia? Se não, como você pode melhorar?
4. Quais as áreas em sua vida que você precisa render ao Espírito Santo, a fim de tornar-se um
discípulo mais efetivo de Jesus?
5. Todos os crentes precisam falar em línguas ou é algo opcional?

j) Resumo e aplicação

1. O Espírito Santo é a terceira pessoa da trindade, o qual quer ser nosso Conselheiro e conduzir-
nos a Jesus e ao Pai.
2. O Espírito Santo é a fonte do poder de Deus e está disponível a todos os crentes para
capacitá-los a fazer a vontade de Deus.
3. O Espírito Santo nos capacita a ter o poder e o caráter de Jesus.
9. Todo Crente Seve Ser Cheio do Espírito Santo
a) Textos Básicos (At 2.38-39; Jo 7.37-39; Lc 11.9-13; Ef 5.18).

b) Introdução

Se o Senhor Jesus, os apóstolos e Paulo precisaram ser cheios do Espírito Santo, então nós também
precisamos (Lc 4.1,14; At 2.2-4; 9.17). Não é simplesmente o caso de tornar-se um cristão e receber
o Espírito Santo como um depósito que garante a nossa salvação (Ef 1.13-14). Jesus foi concebido
pelo Espírito Santo (Mt 1.18), e assim teve o Espírito Santo nele, por toda a vida. Não obstante, Ele
ainda precisou ser cheio ou batizado com o Espírito Santo, a fim de cumprir tudo aquilo que o Pai Lhe
havia determinado. Isto aconteceu quando Ele foi batizado nas águas do rio Jordão (Lc 3.21-22).
Os discípulos receberam o Espírito Santo quando Jesus soprou sobre eles (Jo 20.22). Entretanto,
apesar disso, Ele lhes instruiu a esperar até que recebessem o batismo com o Espírito Santo, antes
de iniciarem a carreira ministerial (At 1.4-5; 2.2-4). A Bíblia emprega várias expressões para
descrever esse enchimento: ficar cheio do Espírito (At 2.4); ser batizado com o Espírito (At 1.5); ser
revestido do Espírito Santo (At 1.8); receber o Espírito Santo (At 8.17); receber o derramamento do
Espírito Santo (At 10.45), etc. Não é a forma que importa, mas o que de fato acontece: somos
capacitados a fazer a vontade de Deus, e verdadeiros discípulos de nosso Senhor Jesus Cristo.
Na verdade, segundo a Bíblia, não somos cheios uma única vez, e deixamos isso de lado;
precisamos ser cheios continuamente (Ef 5.18). Os primeiros discípulos foram cheios pelo menos
duas vezes (At 2.1-4; Atos 4.31).

c) A semelhança entre o cristão e um copo qualquer


A utilidade de qualquer objeto é avaliada pela capacidade de cumprir a finalidade para a qual foi
criado. Assim, um copo só é útil quando está cheio. Semelhantemente, nós, cristãos, fomos criados
para sermos cheios do Espírito Santo, e por Ele usados. Fomos criados para ser canais, através dos
quais o Espírito Santo possa agir aqui na terra, ou seja: como um reservatório que retém o bastante
para satisfazer, entre os homens, a necessidade da vida e do poder de Deus.

(i) Um copo sujo


Você, certamente, jamais serviria água a alguém num copo sujo. Um copo, antes de ser usado,
precisa ser lavado. Muitos cristãos não têm o poder do Espírito Santo dentro de si mesmos, porque
estão sujos interiormente. Eles precisam ser limpos, antes de serem cheios com o Espírito Santo –
a água pura, limpa e cristalina. Por intermédio de Jesus, somos lavados e purificados de toda a
sujeira. Alguns de nós temos uma aparência exterior imaculada; mas, onde todos nós precisamos
ser puros, realmente, é nos nossos corações (1 Samuel 16.7).

(ii) Um copo quebrado


Por outro lado, você também jamais serviria alguém num copo trincado ou quebrado;
provavelmente, jogá-lo-ia fora. Deus, porém, nunca faz isso com os seus vasos – Ele cura todas
as nossas rachaduras. Muitas pessoas são incapazes de se abrir com quem quer que seja, devido
às rachaduras causadas pelas circunstâncias amargas e pelas severas provas a que têm sido
submetidas. E o que é pior: acreditam piamente que, para elas, não existe mais nenhuma
possibilidade de restauração.
No seu ministério terreno, Jesus voltou-se, principalmente, para aquelas pessoas cujas vidas
estavam rachadas, curando-as e libertando-as de todos os males que lhes afligiam a alma e o
corpo. E, depois disso, enviou-as de volta ao seu ambiente natural para viverem uma nova vida –
vida de vitória – sob o poder de Deus. O Pai quer fazer o mesmo conosco, hoje: Ele quer trazer-
nos cura e perdão através do poder da cruz e da ressurreição de Jesus. E assim Ele nos encherá
de sua própria vida e do poder do Espírito Santo, para que continuemos o ministério de Jesus em
nossa geração.

(iii) Um copo cheio de outras coisas


Podemos estar limpos, puros e perfeitos, interiormente, e ainda assim sermos cheios do Espírito
Santo. Por quê? Porque estamos cheios de outras coisas – não necessariamente relacionadas com
o pecado – que estão ocupando o lugar que Deus quer preencher em nossas vidas. E isso faz com
que Ele seja colocado em segundo plano. Antes de sermos cheios do Espírito Santo, precisamos
ser esvaziados de tudo aquilo que toma o lugar de Deus em nossas vidas.

(iv) Um copo colocado na posição ponta-cabeça


É óbvio que você jamais encherá um copo colocado de boca para baixo. Isto aponta para nós:
precisamos estar abertos para Deus, para que Ele nos encha. Em outras palavras: como qualquer
outro recipiente, precisamos estar com a abertura para cima. Precisamos ter um desejo intenso de
receber o Espírito Santo de Deus, visto que Ele jamais entrará forçadamente em nossas vidas.
Copos foram feitos para serem cheios. Um copo que não retém líquido, não está cumprindo o
propósito para o qual foi feito. Nós também fomos criados para ser cheios do Espírito de Deus.
Uma pessoa que não conhece a plenitude do poder de Deus, através do Espírito Santo,
semelhantemente não está cumprindo o propósito para o qual foi criada.

d) Peça e receba
O alvo do Espírito Santo é voltar a nossa abertura para Deus, e deixar-nos sedentos dele. E Deus nos
dessedentará quando o buscarmos (Jo 7.37-39). Paulo exorta os crentes a se encherem do Espírito
(Ef 5.18). O significado original dessa exortação no grego é que devemos buscar continuamente
sermos cheios com o Espírito. Esse enchimento é a fonte de poder e de força, para sermos
testemunhas. Uma primeira e única experiência não é suficiente.
Invariavelmente, o Espírito Santo nos conscientiza sobre a necessidade de poder em nossas
vidas, antes mesmo que lho peçamos. Se você sabe que precisa desse poder em sua vida, por que
você não pede ao Pai que lhe encha do seu Espírito Santo? Não tenha medo do que Deus poderá
fazer, uma vez que Ele “não nos deu um espírito de medo, mas de poder e de amor e de uma mente
sã” (2 Timóteo 1.7).
Abra-se para Deus, e deixe o vento do Espírito Santo soprar em você. Se você está buscando a
Deus, Ele não lhe dará algo ruim ou mau (Lc 11.9-13). Enfoque sua atenção em Jesus, e então esteja
aberto a receber tudo aquilo que Ele quer lhe dar. Deixe o Espírito Santo santificar você por inteiro:
espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23). Deixe-o encher sua vida do poder de Deus. Receba dele os dons e
aprenda a louvar, a adorar e a testemunhar no poder de Deus.
Procure irmãos que saibam o que significa ser cheio do Espírito Santo, e peça-lhes para orar por
você, impondo-lhe as mãos. Não tenha temor algum, pois foi dessa maneira que os primeiros
discípulos receberam o Espírito Santo (At 8.14-17; 19.6). Você também pode orar por conta própria.
Faça uma oração, e o Pai a ouvirá e lhe responderá, enchendo-o com o Espírito Santo. Sugerimos a
oração a seguir:

e) Uma oração simples


“Querido Pai, obrigado pela promessa de que aquele que pede, recebe; quem busca, acha... Eu reconheço
que preciso de mais poder em minha vida. E sei também que preciso expressar o fruto do teu Espírito Santo
em minha vida. Pai, eu te peço que limpes a minha vida, mediante o sangue de Jesus. Eu abro minha vida
completamente a Ti. Por favor, envia o Espírito Santo agora mesmo, com poder, à minha vida. Em nome de
Jesus, Amém.”

f) Questões e pontos para discussão

1. Leia Atos 5.32, 1 Pedro 5.5, Hebreus 11.6 e Atos 8.18-24. De acordo com os textos lidos, quais
alguns dos impedimentos para ter-se uma vida cheia do Espírito? Você é capaz de pensar em
qualquer outro impedimento, especialmente em sua própria vida?
2. O enchimento do Espírito Santo é uma experiência única ou contínua, na vida do cristão?
Explique.
3. Por que tantos cristãos acham que não precisam ser cheios do Espírito Santo? Discuta.
4. Leia João 14.12. Como podemos satisfazer as necessidades do mundo, do mesmo modo como
Deus Pai deseja (como Jesus fez), sem estarmos cheios com o Espírito Santo (como Jesus
era)?
5. Deus nos transforma para sermos como um robô, quando somos cheios com o Espírito Santo,
ou Ele deseja que nós escolhamos a Sua vontade em toda situação que Ele coloca diante de
nós?

g) Resumo e aplicação

1. Se queremos ser como verdadeiros discípulos de Jesus e fazer tudo o que nosso Pai nos pede
para fazer, precisamos ser cheios do Espírito Santo.
2. A essência da vida cheia do Espírito não é quanto do Espírito eu tenho, porque eu tenho tudo
dEle, mas quanto Ele tem de mim!
3. Nós fomos feitos por Deus para sermos cheios do Espírito Santo de forma que possamos ser
canais para o poder de Deus.
4. Nós precisamos estar preparados como vasos limpos, prontos para ser cheios do Espírito
Santo.
5. Deus prometeu que quem Lho pedir, receberá o Espírito Santo.
10. A Doutrina de Batismos
a) Textos Básicos (Hb 6.1-2; 1 Co 12.12-14; Mt 28.19; Lc 11.13; Mt 3.11-12).
b) Introdução

Há três batismos principais para o cristão, e um batismo adicional que pode ser incluído para aqueles
que querem estar em Cristo:
(i) Batismo em um corpo (Posição)
(ii) Batismo nas águas (Confissão pública)
(iii) Batismo no Espírito Santo (Poder)
(iv) Batismo com fogo (Purificação)

c) Batizado em um corpo

Este é um batismo que todos os crentes têm de conhecer (1 Co 12.12-14; Ef 4.4-5). Os outros
batismos são a herança dos crentes comprada por Jesus, quando Ele morreu na cruz. Esse batismo
acontece por ocasião da nossa conversão, quando nascemos de novo. Sempre que uma pessoa se
rende a Cristo, o Espírito Santo entra na vida dessa pessoa.
Romanos 8.9 diz que “se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele”. O trabalho do
Espírito Santo é integrar ao corpo de Cristo cada bebê espiritual nascido de novo. A verdade
surpreendente sobre essa ação do Espírito é que ela não é feita por meio de algum tipo
comportamento natural. Todo novo convertido é cuidadosamente categorizado pelo Senhor e
colocado no corpo, no lugar onde estará mais adaptado.
Problemas sérios podem acontecer quando os crentes ficam insatisfeitos com a posição que lhes
foi determinada, e tentam mudá-la. Deveríamos aprender, como o apóstolo Paulo aprendeu, a estar
contentes em qualquer circunstância (Fp 4.11). Só o Senhor Jesus, que é a Cabeça do corpo, pode
mudar a função do indivíduo ou, até mesmo, a função do corpo inteiro, se necessário. Nós, porém,
precisamos escutá-lo e ir aonde quer que vamos, e fazer tudo que Ele nos ordena fazer.
O compromisso com a igreja local e com o corpo de Cristo é essencial, porque fomos batizados
por um só Espírito, em um único corpo. Nunca mais nos sentiremos sós novamente, pois temos
milhões de irmãos e irmãs pelo mundo afora. Do mesmo modo que precisamos dos irmãos, eles
também precisam de nós. Ninguém é independente no Reino de Deus; ao contrário, dependemos uns
dos outros. É nessa interdependência entre os seus membros, que a Igreja – o corpo de Cristo –
torna-se a expressão plena de Jesus na terra.
O corpo de Cristo é um lugar de segurança. Os cristãos deveriam ser as pessoas mais seguras na
terra, porque eles são parte de um corpo, do qual Jesus Cristo é o cabeça, aos quais Ele ama e cuida
(Ef 5.23-32). Temos a segurança de estar ligados uns aos outros, mas também precisamos viver na
vida do corpo para participar dessa segurança. Se nos mantivermos separados, então não poderemos
esperar esse benefício. Os nomes dados para a Igreja (veja abaixo) podem nos ajudar a entender a
segurança que temos, ao participarmos dela. Portanto, precisamos estar comprometidos com o corpo
de Cristo, porque somos parte dele, e o nosso futuro a ele está ligado.
Sem esse primeiro batismo, os outros não têm nenhum significado real .

d) Batismo nas águas


O batismo nas águas é o batismo dos crentes. É um ato físico que expressa uma verdade espiritual.
Por batismo nas águas, estamos dizendo que compartilhamos com Cristo de sua morte e
ressurreição. Obviamente, a pessoa batizada não está morrendo para o pecado como fez Jesus; ao
contrário: está dando um testemunho público do fato de que ela está se identificando com a obra de
Cristo. Do mesmo modo como Cristo morreu para o pecado, o crente, ao batizar-se, demonstra
simbolicamente que também está submetendo-se à mesma morte. Ao submergir, ele está
representando, através desse ato, o sepultamento de sua natureza pecaminosa; e ao emergir,
levanta-se para uma vida nova em Jesus. E como Paulo, está também declarando que viverá para
Jesus, como seu discípulo: “Estou crucificado com Cristo, e já não vivo eu, mas Cristo vive em mim”
(Gl 2.20).
Ao batizar-se, a pessoa declara publicamente que, agora, em Cristo, morreu para o pecado, e vive
para Deus, identificando-se, de boa vontade e alegremente, com a obra redentora da cruz.

(i) Por que imersão na água?


1. A palavra grega para batismo é baptize, que significa afundar ou imergir. A palavra era usada
para descrever a imersão de um pano em uma tintura.
2. João Batista batizava as pessoas no Rio de Jordão, porque ali havia muita água, indicando que
era por imersão (Jo 3.23).
3. A razão principal é esta: só a imersão pode simbolizar um sepultamento corretamente, isto é, um
sepulcro nas águas da morte (Veja Romanos 6.4 e Colossenses 2.12).

(ii) Por que uma pessoa deveria ser batizada nas águas?
1. É um mandamento de Jesus (Mt 28.19).
2. É a garantia de uma consciência pura para com Deus (1 Pe 3.21).
3. Porque o próprio Jesus foi batizado (Mt 3.13-17).
4. É um tipo de circuncisão (Cl 2.11-12).
5. Era uma doutrina fundamental da Igreja Primitiva (At 2.41; 10.47-48).

O Batismo nas águas simboliza lavar ou limpar (At 22.16). É somente um símbolo, pois, de fato,
somos purificados e limpos pelo sangue de Jesus (Ap 1.5) e somos lavados pela Palavra de Deus
(Jo 15.3). A purificação do pecado é simbolizada e testificada pelas águas do batismo. É uma
confissão externa do que aconteceu por dentro. Expressa nossa identificação com Jesus (Rm 6.1-
11).

(iii) O Batismo nas águas é uma confissão múltipla:


 do céu (de nossa fé na morte e ressurreição de Jesus, 1 Co 15.3-4);
 da igreja (de que nós somos parte dela);
 do mundo (de que nós fomos mortos para ele);
 do diabo (de que nós fomos libertos dele e transportados para o reino de Deus).
Através do batismo nas águas, nos identificamos com a morte e a ressurreição de nosso Senhor
Jesus.

e) Batismo com o Espírito Santo


Não agradeça a Deus somente pela posição para a qual Ele nos trouxe. Agradeça também por Ele
nos ter disponibilizado o poder para vivermos nessa posição (At 1.8; João 1.33).

(i) Por que precisamos ser batizados no Espírito Santo?

1. Porque é um mandamento (Ef 5.18). Por outro lado, só podemos ser cheios de acordo com a
nossa capacidade para absorver o Espírito Santo, a qual, de início, pode ser muito pequena;
mas, na medida em que crescermos, essa capacidade aumentará. Portanto, precisamos
encher-nos continuamente, de acordo com nossa capacidade de absorção. No original, a
expressão cheio do Espírito, em Efésios 5.18, significa: sendo continuamente cheio do Espírito .
2. Porque o batismo no Espírito Santo nos enche de poder e coragem para testemunhar (At 1.8;
2.14; 4.31-33).
3. Porque é necessário, para recebermos os dons do Espírito Santo (1 Co 12.7-11).
4. Porque é necessário, como evidência máxima do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22-23).
5. Porque é necessário, para se viver uma vida para a glória de Deus (Jo 16.14).
6. Porque, através dele, Jesus torna-se mais real para nós (Jo 15.26; Jo 16.13-15; At 9.17).
7. Porque produz maior poder na oração (Rm 8.26-27; 1 Co 14.4 e 15).
8. Porque nos capacita a uma verdadeira adoração a Deus (At 2.11; 10.46; Jo 4.23-24; Ef 5.18-
20).
9. Porque traz revelação e gera mais amor para com a Palavra de Deus (Jo 16.13; 1 Co 2.9-16)
10. Porque nos enche de poder para cumprirmos o chamado de Deus (At 1.8).

(ii) Todos nós precisamos ser cheios


Para sermos cheios do Espírito Santo, precisamos ter um coração limpo, confessar nossos
pecados e perdoar aos outros, não importando quão certos nós estejamos (1 Jo 1.7-9; Lc 6.37-38).
Se quisermos mesmo ser cheios do Espírito Santo, precisamos ter sede (desejar ser cheios),
vir a Jesus e beber (receber o Espírito Santo). Então, do nosso interior fluirão rios de águas vivas,
ou seja: o Espírito Santo (Jo 7.37-39). Todos os crentes, quando batizados no Espírito Santo,
recebem a capacidade de falar em línguas.

(iii) O que aconteceu quando, na Bíblia, as pessoas foram cheias do Espírito Santo:

 120 falaram em outras línguas (At 2.4) e falaram a Palavra de Deus corajosamente (At 4.31).
 Cornélio e aqueles que estavam com ele, falaram em outras línguas, louvando a Deus (At
10.46).
 Os Efésios falaram em outras línguas e profetizaram (At 19.6).
 A Bíblia não diz que os samaritanos falaram em línguas, mas Simão viu algo acontecer (At
8.17-24).
 Jesus começou seu ministério terreno (Lc 4.18-19; At 10.38).

(iv) O batismo no Espírito é dado àqueles que buscam com fé (Gl 3.2-5).
O batismo no Espírito não vem como resultado de luta, agonia, súplica ou algum tipo de
negociação com Deus. É um presente do Senhor Jesus Cristo aos seus discípulos, para capacitá-
los a andar como Ele andou (Lc 11.11-13).

f) Batismo com fogo


Em Mateus 3.11-12, a palha é qualquer coisa que é desprezível. Talvez seja necessária, por um
momento, para o crescimento do trigo; mas deve chegar o momento quando não se tem mais
necessidade dela. Deus permite essas coisas em nossos caminhos, para nos disciplinar e nos
purificar. Às vezes, precisamos ser quebrados, para que Deus possa nos modelar conforme o que Ele
quer que sejamos. É um processo doloroso (Is 6.5-7), mas, no final, tornamo-nos mais parecidos com
Jesus.
Quando esse entulho é removido de nossas vidas, somos purificados e transformados de acordo
com o plano de Deus para nós. Assim, tornamo-nos vasos úteis para cumprir o propósito de Deus.
Deus usa as circunstâncias e as pressões da vida para realizar esse processo de purificação.
Todavia, Ele jamais permitirá que nos sobrevenha um fardo pesado demais. Caso, porém, nos
recusemos a ser transformados, jamais seremos como Deus quer que nós sejamos – continuaremos
à margem de sua vontade, em vez de exercer plenamente nosso potencial em Cristo.
As pressões revelam nossas estruturas e fraquezas. Se deixarmos de contender com Deus e nos
entregarmos a Ele, seremos transformados. Deus removerá tudo aquilo que precisa ser removido, a
fim de que nos tornemos vasos úteis para fazer a Sua vontade, especialmente nas áreas onde fomos
tratados por Ele. Deus está no controle de nossas vidas e das circunstâncias.
Muitos discípulos pedem ao Senhor para serem transformados, mas quando vêm as pressões,
clamam para que elas sejam removidas. Dessa forma, eles estão correndo da resposta às suas
próprias orações. Na verdade, render-se a Deus e deixá-lo fazer da forma como, pode ser difícil, para
nós e, certamente, envolverá algum sofrimento (1 Pe 4.12-19; 2 Tm 2.3; Ap 2.10); mas, no final,
estaremos mais parecidos com Jesus. Além disso, a poda e limpeza dos ramos fazem com que nos
tornemos muito mais frutíferos (Jo 15.2).

g) Perguntas e pontos para discussão

1. Você se sente como parte do corpo de Cristo, ou ainda se sente um pouco isolado? Nesse
caso, por quê?
2. Leia Mateus 6.25-34. O Senhor Jesus conhece mesmo suas necessidades e circunstâncias?
Ele se preocupa o suficiente para se aproximar e ajudar você?.
3. Você sabe o que o Senhor Jesus deseja que você faça como membro do corpo, a Igreja?
Nesse caso, você está contente com essa função?
4. A sua igreja, como expressão local do corpo de Cristo, provê a segurança de que você
precisa?
5. Leia Gálatas 2.20. Independente de ter-se batizado nas águas ou não, você está praticando a
verdade que é simbolizada pelo batismo?
6. Você acha que é possível continuar servindo a Jesus sem o batismo ou sem o enchimento com
o Espírito Santo?
7. Se Deus está no controle das circunstâncias, e se somos filhos dele, por que a maioria das
pessoas resiste às pressões e sofrimentos da vida?
8. Se lidarmos com as pressões de modo errado, isso pode levar-nos a um intenso cansaço ou
stress. Como podemos nos prevenir contra isto?

h) Resumo e aplicação

1. Como discípulos de Jesus, nós nos tornamos parte do corpo de Cristo, quando somos
batizados no corpo pelo Espírito Santo.
2. Há uma segurança em saber que Jesus é o Cabeça do corpo, a Igreja, e que Ele se preocupa
conosco como indivíduos.
3. Através do batismo nas águas, estamos declarando que tanto a velha vida quanto a natureza
pecaminosa estão mortas. Agora, a nova vida e a nova natureza de Jesus estão ao nosso
dispor, por intermédio do Espírito Santo.
4. O batismo no Espírito Santo nos enche de poder para vivermos como discípulos de Jesus.
5. O batismo com fogo é o processo depurador pelo qual todo discípulo de Jesus precisa passar,
para que possa tornar-se semelhante a Ele.

11. Imposição De Mãos


a) Textos Básicos (Hb 6.1-2; 1 Tm 5.22; Mc 16.17-18; 2 Tm 1.6).
b) Introdução

Lembre: o chamado do Espírito Santo é para a maturidade. Para que isso aconteça, é necessário
que nossas fundações espirituais estejam bem alicerçadas. A doutrina de imposição de mãos é uma
progressão das primeiras três verdades fundamentais. Ela redireciona nossa atenção, tirando-a de
nós mesmos e colocando-a sobre os outros, de forma que possamos ser instrumentos de Cristo para
abençoar. O fundamento do batismo no Espírito Santo nos capacita a exercer esse ministério.
Imposição de mãos pode ser definida como um ato no qual a pessoa põe a mão sobre o corpo de
outra pessoa, com algum propósito espiritual definido. Normalmente, esse ato é acompanhado por
oração, por uma palavra profética ou por ambos.

c) Alguns exemplos do Velho Testamento

(i) Os Israelitas impunham as mãos sobre os sacrifícios, antes que fossem oferecidos, para
significar a transferência do pecado e a identificação do pecador com a oferta (Lv 1.1-5).
(ii) Jacó (ou Israel) abençoou a Efraim e Manassés, os filhos de José, pela imposição de mãos e
por meio de uma palavra profética (Gn 48.14).
(iii) Moisés comissionou a Josué, impondo as mãos sobre ele, transmitindo-lhe assim autoridade e
sabedoria. Neste caso, vemos a transferência de liderança e a transmissão de uma medida de
sabedoria e honra, para permitir que Josué fosse o líder (Dt 34.9; Nm 27.15-23; Js 1.16-17).

d) Razões do Novo Testamento para a imposição de mãos

(i) Para ministrar cura


 Jesus curou os enfermos, impondo-lhes as mãos (Lc 4.40; 13.13).
 Os presbíteros devem ungir os enfermos com óleo e orar pela cura (Tg 5.14-16).
 Os crentes são encorajados a ministrar cura, impondo as mãos (Mc 16.17-18, At 9.17; 28.8-
9).

(ii) Para ministrar a bênção


 Jesus abençoou as crianças, impondo as mãos sobre elas (Mt 19.13-15; Mc 10.13-16).
 Jesus pôs a mão sobre João, e disse: “Não tenhas medo” (Ap 1.17).

(iii) Para ministrar o batismo no Espírito Santo


Os crentes em geral, e líderes em particular, eram envolvidos na ministração do batismo no Espírito
Santo, através da imposição de mãos (At 8.14-24; 9.10-17; 19.ó).

(iv) Para ministrar os dons espirituais (1 Tm 4.14; 2 Tm 1.6; Rm 1.11).


(v) Para comissionar uma pessoa para um trabalho específico
Os obreiros do Senhor que são separados para uma obra específica, recebem, pela imposição de
mãos, uma unção específica para levar a cabo aquele trabalho (At 13.2-3). O comissionamento de
diáconos (At 6.1-6) também envolvia a imposição de mãos pela liderança. A Igreja escolhia homens
cheios de fé, de sabedoria e do Espírito Santo para assumirem papéis de liderança.

e) A Bíblia recomenda prudência em relação à prática de imposição de mãos

“A ninguém imponhas precipitadamente as mãos” (1 Tm 5.22).


Essa Escritura refere-se, principalmente, ao ato de separar alguém para uma posição no ministério ou
no presbitério. Obviamente, é uma questão séria ter uma pessoa errada ocupando uma posição de
liderança, especialmente se essa pessoa estiver abrigando um pecado habitual, ou se Deus não a
escolheu para aquela função, ou no caso de uma ascensão prematura (1 Tm 3.6). Na verdade, a
liderança é escolhida por Deus e, no tempo certo, é consagrada para a obra, através da imposição de
mãos de outros líderes.
Toda ministração com imposição de mãos estabelece uma ligação espiritual entre o ministrante e
a pessoa ministrada. As Escrituras mostram que algo de nosso espírito pode ser ministrado a outra
pessoa, através da imposição de mãos (Dt 34.9). Em vista disso, precisamos ser cuidadosos, ao
impormos nossas mãos sobre alguém; também não devemos permitir que qualquer um imponha as
mãos sobre nós.
Esse cuidado é necessário, face à possibilidade de as pessoas estarem sob a condenação de
pecados não-confessados. E se você recebe uma ministração de alguém nessas condições, e você,
coincidentemente, tem um problema espiritual semelhante, essa ministração ser-lhe-á prejudicial.
Olhe para o caráter da pessoa que está impondo as mãos sobre você, e avalie se ela anda em
retidão diante de Deus. Lembre-se: Deus está no controle de sua vida e de todas as circunstâncias
que lhe cercam. Por isso, você só deveria procurar outra pessoa para receber oração ou imposição de
mãos, quando Deus lhe disser para fazer assim. Se você estiver vivendo em sintonia com a vontade
de Deus, Ele lhe protegerá de todo mal.

f) A importância da imposição de mãos na Igreja

(i) Para o serviço


A base do ministério Cristão é o serviço (Mc 10.43-45). A imposição de mãos pode ser um meio de
expressarmos nosso serviço, de uns para com os outros, no corpo de Cristo e para o mundo:
ministrando, abençoando, curando etc. A imposição de mãos pode ser um dos maiores atos de
serviço que nós podemos prestar para outro ser humano.

(ii) Para ministrar


Quando nós impomos as mãos pela fé, nós ministramos a vida de Deus que está dentro de nós
para outros. Quando nós fazemos assim, Deus promete nos devolver de forma que possamos dar
novamente (Lc 6.38; Atos 3.6).
(iii) Para capacitar para o chamado de Deus
A igreja de Jesus Cristo precisa de mais homens e mulheres cheios da unção e capacitados com
os dons espirituais, para cumprir o chamado de Deus. A imposição de mãos, feita por uma
liderança ungida no corpo de Cristo, é um instrumento eficaz para habilitar a esses que atendem ao
chamado de Deus (At 13.1-3).

g) Conclusão
A imposição de mãos é parte do funcionamento do corpo; recebemos a vida de Jesus, o Cabeça, e a
ministramos através de nossas mãos. O poder do Cristo ressurreto para curar, ministrar e abençoar
reside nas vidas de todos os discípulos cheios do Espírito, especialmente a liderança escolhida por
Deus. Esse poder é liberado mediante a imposição de mãos.

h) Perguntas e pontos para discussão

1. Leia Levíticos 16.10,21-22. Qual a semelhança entre o que o bode expiatório fez pelo povo de
Israel, no deserto, e o que Jesus fez por nós, na cruz?
2. Por que somos orientados, pela Bíblia, a não impormos as mãos precipitadamente sobre as
pessoas?
3. Por que precisamos ser cuidadosos ao reconhecer e estabelecer novos líderes?
4. Por que a imposição de mãos é o método bíblico de separar e enviar as pessoas para uma
obra específica?
5. Deus usaria você para ministrar a vida dele às outras pessoas?

i) Resumo e aplicação

1. Quando impomos as mãos em alguém, há um fluxo de vida divina (energia, poder) fluindo
através de nossas mãos (Mc 5.25-30).
2. Se estivermos vivendo em obediência a Deus, não há por que temer nenhuma influência
através da imposição de mãos.
3. Receber qualquer coisa de Deus requer fé.
4. Quanto mais servimos a Deus, ministrando aos outros pela imposição de mãos, tanto mais
receberemos de Deus para podermos ministrar novamente.
5. O propósito de Deus é que mais homens e mulheres sejam cheios do Espírito Santo e
capacitados com os dons espirituais, para o crescimento e edificação do corpo de Cristo.

12. A Ressurreição dos Mortos


a) Textos Básicos (Jo 5.19-30; 1 Co 15.1-58; Rm 6.1-14; Ap 11.18; 1 Ts 4.13-5.11).
b) Introdução

Ressurreição quer dizer: ser levantado dos mortos. Em sua forma verbal, significa: levantar-se ou subir,
elevar-se para cima – levantar-se do sono da morte.
O ser humano, como imagem e semelhança de Deus, foi criado para viver eternamente. A vida
terrena é apenas a porta de entrada para a eternidade. Durante seu ministério terreno, Jesus enfatizou
essa verdade, apresentando-se como o caminho, a verdade e a vida (eterna). Todavia, Ele teve que
enfrentar a cruz, entregar sua vida à morte, retomá-la e ressuscitar vitorioso de entre os mortos. Agora,
Ele está sentado à destra do Trono de Deus (Hb 12.2). E quando findar nossa vida aqui na terra,
todos nós que recebemos Jesus, a Vida Eterna, também ressuscitaremos e seremos levados por Ele, a
fim de que onde Ele estiver, estejamos com Ele.

c) Exemplos de pessoas que ressuscitaram:

(i) No Velho Testamento


 A viúva de Sarepta (1 Rs 17.17-24).
 O filho da Sulamita (2 Rs 4.32-35).
 O homem cujo corpo foi lançado no sepulcro de Eliseu (2 Rs 13.21).

(ii) No Novo Testamento


a) Por intermédio de Jesus
 A Filha de Jairo (Mc 5.35-43).
 O filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17).
 Lázaro (Jo 11.1-45).
b) Por intermédio de Pedro
 Dorcas (At 9.36-42).
c) Por intermédio de Paulo
 Êutico (At 20.9-12).

Há três aspectos da ressurreição que precisamos considerar:


a) A ressurreição de Jesus (passado).
b) A ressurreição espiritual do crente em Cristo (presente).
c) A última ressurreição de todos os que estão nos sepulcros (futuro).

d) A Ressurreição de Jesus Cristo (Mt 28.6; Lc 24.36-53; At 1.3)

O que a ressurreição de Jesus declara?


 Jesus Cristo é supremo, acima de todas as coisas criadas (Mt 28.18; Ef 1.17-23).
 O julgamento futuro é certo: virá (At 17.31).
 Jesus Cristo é o Filho de Deus (Rm 1.4).
 Os Crentes estão justificados (Rm 4.25).
 A Morte é derrotada (Rm 6.8-9).
 Há um sacerdote no trono de Deus (Hb 10.12).
 Há um novo nascimento, em uma viva esperança (1 Pe 1.3).
Esse ensino, porém, não pode somente significar o conhecimento de que Jesus levantou-se de
entre os mortos. Uma pessoa não pode dizer-se cristã, se não crer nisto! (Rm 10.9-10).

e) A ressurreição espiritual do crente em Jesus Cristo (2 Co 5.14-17; Gl 2.19-20; Cl 2.12).

Ele vos deu vida (nos fez vivos), quando estáveis mortos (matado) em (seu) vossos delitos e pecados. .
. Até mesmo quando nós estávamos mortos (matado) por (nosso próprio ego) negligências e
transgressões, Ele nos deu vida juntamente com Cristo. Ele nos deu a mesma vida do próprio Cristo, a
mesma vida nova com que Ele O ressuscitou. . . E Ele nos levantou junto com Ele nas regiões
celestes...” (Ef 2.1,5,6 Bíblia Ampliada).

(i) Quais sãos as evidências dessa ressurreição na vida de um discípulo?


 Uma vida nova é manifesta (Rm 6.4).
 Uma nova atitude de vida é estabelecida e mantida (Rm 6.11).
 Um novo Senhor é obedecido (2 Co 5.15).
 Um novo propósito de vida é abraçado (Cl 3.1-4).

(ii) Quando acontecerá a ressurreição final?


 No último dia (Jo 6.39-54).
 Na ressurreição do último dia (Jo 11.23-24).
 Na sua vinda (1 Co 15.20-23).
 Por ocasião da última trombeta (1 Co 15.51-52).
 “Porquanto o Senhor mesmo, dada sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e
ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão
primeiro; depois nós, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre
nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o
Senhor” (1 Ts 4.16-17).

(iii) Que efeito deveria a ressurreição produzir na conduta do cristão?


 Impedir-nos de fazer a nossa própria vontade (1 Co 15.32-34).
 Levar-nos a um maior comprometimento com a obra do Senhor (1 Co 15.58).

(iv) Os crentes irão ressuscitar


 Para a vida eterna (Dn 12.2-3).
 Com um corpo semelhante ao corpo glorioso de Cristo (Rm 6.5; Fl 3.20-21; 1 Jo 3.2).
 Com um corpo de acordo com a vontade de Deus (1 Co 15.38).
 Com corpos imperecíveis (1 Co 15.42).
 Com um corpo cheio de glória (1 Co 15.43a).
 Com um corpo poderoso (1 Co 15.43b).
 Com corpos espirituais (1 Co 15.44).
 Glorificados com Cristo (Cl 3.4; João 17.24).
 Primeiro (Ap 20.6).
 “Eu, porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar eu me satisfarei com a tua
semelhança” (Sl 17.15)

f) A última ressurreição de todos os mortos (Jo 5.28-29).

(i) O dia da ressurreição será um dia de recompensa


Tão grande e maravilhosa como a certeza da ressurreição, é a sua inspiração e conforto. É uma
sensação de algo que não podemos perder. Essa verdade precisa afetar interiormente as nossas
vidas. Em Lucas 14.12-14, Jesus exorta-nos a – quando oferecermos um banquete – convidar não
apenas aqueles que podem retribuir-nos, mas também, e principalmente, aqueles que não podem
fazê-lo. “A recompensa” – disse Ele – “tu a receberás na ressurreição dos justos” (Lc 14.14). Assim,
o dia da ressurreição será um dia de recompensa. Este é o contexto no qual deveria ser ministrado
o ensino sobre o juízo do tribunal de Cristo (Ap 11.18; 21.11-15).

(ii) O tribunal de Cristo.


A exortação de Jesus nos ensina as seguintes lições:
 Devemos trabalhar, porque o Senhor recompensa a todos, de acordo com a conduta e
ações de cada um (Jr 32.19).
 Nossas obras devem ser realizadas no poder do Espírito (Jo 6.63). Não deveríamos fazer
nenhuma obra morta, mas somente aquilo que vem da fé em Deus, sob o poder do Espírito
Santo.
 Não temos o direito de julgar os outros (Rm 14.10-13).
 Nossas obras devem ser realizadas no temor de Deus (2 Co 5.10).
 Nossas obras devem conter os seguintes princípios: sinceridade e motivação correta (Cl
3.23).
(iv) Essa doutrina corrige outras doutrinas erradas.
Por exemplo:
 “Tudo o que importa é que nós somos salvos e estamos indo para céu." (Não somos salvos
através das obras. Entretanto, depois que somos salvos, são as obras que contam).
 “Receberemos tratamento igual no céu.” (Em parte, sim; todavia, é bom lembrar que alguns
receberão recompensas, e outros não).
 “Você pode viver como quiser, que ainda será salvo do inferno.” (A Graça é livre, mas tem
um preço).

(v) Haverá uma prestação de contas:

a) Individualmente. Isto significa que não haverá nenhum apontar de dedos. Somos
responsáveis por nossos atos. Por isso, não podemos culpar os outros, nem mesmo as
circunstâncias.
b) Diante de Cristo, o Juiz. Ele julgará com justiça e imparcialidade. A memória dele é perfeita;
logo, devemos desistir de toda a hipocrisia e dissimulação, porque, diante dele, haverá perfeita
honestidade e transparência. É melhor começar a praticar esses princípios desde agora. Lembre-
se: quando somos honestos diante de Deus e confessamos nossos pecados, Ele nos perdoa.
d) Do que nós fizemos no corpo. Todos os nossos atos estão sendo registrados em livros, nos
céus (Ap 20.12): o que os nossos olhos viram, o que nossos ouvidos ouviram, o que nossos lábios
disseram, o que nossas mãos tocaram, o em que nossos corações se deleitaram, o em que nossas
mentes acreditaram, os lugares aonde nossos pés nos levarem, tudo aquilo a que nossos corpos
se renderam, tudo o que fizemos com o nosso tempo, dinheiro, talentos, etc.
e) Nossos segredos serão expostos. Tudo será esclarecido, desvendado e exposto; não só o
que fizemos, mas por que fizemos (1 Co 4.5). E cada obra terá a sua recompensa (Rm 2.16). Por
isso, procuremos agir com eqüidade, fazendo o que é bom, justo e correto à vista de Deus (Mt
6.1).

(v) As recompensas (1 Co 3.10-15)


“Se a obra de alguém permanecer [...], esse receberá a sua recompensa. "
 Coroas por conduzir muitos à retidão (Dn 12.3).
 Coroas que durarão para sempre (1 Co 9.24-25).
 Coroas de retidão (2 Timóteo 4.7-8).
 Coroas de vida (Tg 1.12).
 Coroas de glória (1 Pe 5.1-4).(1 Co 3.14).
 “Recompensas estão determinadas para o fim; assim, conserva o que tens para que
ninguém roube a tua coroa” (Ap 3.11).

g) Perguntas e pontos para discussão


1. Fomos criados para viver a eternidade com Cristo Jesus. Se esta vida é a preparação para a
vida futura, na eternidade, em que a sua vida expressa o padrão de vida do cidadão do reino
dos céus?
2. Você tem qualquer evidência da ressurreição espiritual em sua própria vida?
3. Que diferença deveria fazer, quando reconhecemos que como discípulos de Cristo o nosso
destino é a eternidade?
4. O que motiva você a trabalhar para o Senhor? A recompensa ou o amor? Explique.
5. Na eternidade, seremos considerados responsáveis por tudo que fizermos na terra, mesmo
sendo discípulos de Jesus. Isto deveria fazer alguma diferença na forma como nós vivemos
aqui?
6. Se nossas ações e motivos serão revelados no dia do juízo, por que a maioria dos cristãos
ainda usa uma máscara para esconder-se?
7. Você acredita que receberá uma coroa no céu? Qual e por quê?
8. Leia Mateus 24. 36-51. Como deveríamos viver, com base nesse texto?

h) Resumo e aplicação

1. A ressurreição de Jesus mostra-nos que a morte foi derrotada e que Ele é o Senhor de tudo.
2. Jesus morreu e ressuscitou para estar para sempre com Deus, tendo ao lado cada um de seus
discípulos.
3. Discípulo de Jesus é todo aquele que tem a vida dele – a vida eterna – em si mesmo.
4. A ressurreição espiritual deveria ter o poder de nos impedir de pecar e de tornar-nos mais
comprometidos com a causa e a obra do Senhor Jesus.
5. O Dia da Ressurreição será o dia da recompensa para o discípulo de Jesus.
6. Ninguém é salvo pelas obras. No entanto, quando somos salvos, as obras feitas em Deus
contam para recompensa no céu.
7. Somos individualmente responsáveis diante de Jesus Cristo pelo que fizermos com o nosso
corpo, até mesmo as coisas praticadas em segredo..

13. O Julgamento Eterno


a) Textos Básicos (Hb 6.1 –2; Rm 2.5-11; Mt 25.31-46; 2 Pe 3.3-15; Hb 10.24-39; Mt 24.1-51).

b) Introdução
Chegamos agora ao fundamento final de nossa fé e essencial para avançarmos rumo à maturidade.
Como discípulos de Jesus, sabemos que no céu há um rio puro, claro como cristal, o qual procede do
trono de Deus – é o rio da água da vida. Ali a maldição é quebrada, a morte é vencida, o mar já não
existe, as lágrimas são tiradas e a noite não existe mais. O céu e o inferno, porém, continuam
existindo.

c) Qual o significado da palavra juízo?

O verbo julgar significa separar; fazer uma distinção entre; exercitar juízo; calcular; chamar para
considerar; trazer questionamentos; julgar de acordo com a lei; atuar como um juiz; condenar; ser
trazido para prestar contas; administrar o governo em cima de; governar.

d) Razões para ensinar sobre o juízo eterno

(i) Porque deveríamos ser agradecidos


Agradecidos pela graça e misericórdia de Deus (Rm 5.8-9; 1 Ts 1.10).

(ii) Porque vivemos no temor de Deus (Hb 10.31; 1 Pe 1.17)


“Não tenha medo desses que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Tenha bastante medo
do que pode destruir a alma e o corpo no inferno” (Mt 10.28).
Note que a palavra destruir não significa que a alma desaparecerá ou se desintegrará, mas
que será trazida para a ruína. Não é a perda do ser, mas do bem-estar.

(iii) Mover-nos em intercessão pelo perdido, devido ao terror de morrer sem Cristo.

(iv) Porque deveríamos apresentar o Evangelho como ele é (Rm 1.16-20)


O evangelho revela a justiça e a ira de Deus.

e) Como a rra de Deus é revelada?

 Na consciência do homem, a menos que esteja entorpecida.


 Na História (por exemplo, na história de Adão, expulso do Éden; do dilúvio; da torre de Babel;
das cidades de Sodoma e Gomorra).
 Na universalidade da morte, embora o diabo tenha dito: “Você seguramente não morrerá” (Gn
3.4).
 Nas conseqüências de pecado. “Um homem colhe o que ele semeia” (Gl 6.7).
 A maior manifestação ocorreu no Calvário. Jesus pagou um alto preço para satisfazer a ira de
Deus. “Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele fôssemos
feitos justiça de Deus” (2 Co 5.21).
f) De que o juízo eterno é chamado:

 O grande e terrível dia do Senhor (Ml 4.5).


 O dia da ira de Deus, quando o seu justo juízo será revelado (Rm 2.5).
 O dia do juízo e da destruição dos homens ímpios (2 Pe 3.7).
 O grande dia da ira daquele que se senta no trono e do Cordeiro (Ap 6.16-17).
O Juízo eterno é certo (At 17.30-31; Is 45.23-24) e todos os que não fazem parte do Reino de Deus
estarão lá, naquele dia (Ap 21.8; Lc 16.19-31). As conseqüências disso serão aterrorizantes (Is 2.19;
Ap 6.16-17; Hb 10.31).

g) O que é o juízo eterno?

 É ser lançado no fogo eterno do inferno (Mt 18.8-9).


 É estar na companhia do diabo e dos anjos que o acompanham (Mt 25.41).
 É o castigo eterno (Mt 25.46).
 É a escuridão eterna, onde haverá choro e ranger de dentes (Mt 25.30).
 É vergonha e desprezo perpétuos (Dn 12.2).
 É a segunda morte (Ap 20.14-15).
 É a separação eterna de Deus (Mt 25.41; 2 Ts 1.9-10).

h) Outros ensinos sobre o juízo eterno

 Aniquilação, isto é, não há nada no fim.


 Castigo durante algum tempo; então, aniquilação.
 Reconciliação universal: aqui, até mesmo o diabo será salvo.
Nenhuma dessas afirmações é verdade bíblica (Mt 25.31-46; Ap 20.10; Mc 9.47-48).

i) Por que deve haver juízo?

 Por causa do pecado contra a lei de Deus (Rm 2.12).


 Por causa da perversidade (2 Pe 3.7).
 Por causa da injustiça (2 Pe 2.9).
 Por causa da desobediência (Jd 6).
 Por causa da incredulidade (Jo 3.18).
 Por causa das obras malignas (Jo 3.19).

j) Quem é o juiz?
 Deus (At 17.31; Rm 3.6; Hb 12.23; 1 Pe 4.5).
 O Filho (Jo 5.22-27; At 10.42).
 Os santos (1 Co 6.2-3).

k) Quais são os princípios que governam o juízo de Deus?

 A medida de luz ou verdade revelada (Mt 10.14-15; Mt 12.41).


 Todo conhecimento de Deus (Jo 8.15-16; Ap 20.12,15; Rm 2.2).
 Palavra de Deus (Jo 12.48-50).
 A responsabilidade pessoal (Rm 14.10-12).
 A conduta pessoal (2 Co 5.10; Rm 2.5-6; 1 Pe 1.17; Ap 20.12).
 A imparcialidade divina (1 Pe 1.17).
 O tratamento dado aos filhos de Deus (Mt 25.31-46; Mt 12.50; 2 Ts 1.5-10).
 A lei (Rm 2.12).
 Retidão e justiça (Sl 9.8; Sl 96.13; At 17.31; Rm 2.5; 2 Tm 4.8; Ap 19.11).
 Motivos e pensamentos (1 Co 4.5; Rm 2.16).
 O evangelho (2 Ts 1.8).

l) Quando o juízo acontecerá?

(i) Já aconteceu
 Sobre Satanás (Jo 16.11; Cl 2.15).
 Sobre o mundo (Jo 12.31).
 Sobre o homem (Jo 3.18; João 5.24; Rm 5.9; 8.1).

(ii) Está acontecendo


 Sobre pecadores (Rm 1.18-32).
 Sobre cristãos (1 Co 11.31-32).

(iii) Acontecerá
 Depois da morte (Hb 9.27).
 No último dia (Jo 12.48).
 No grande e terrível dia (Mt 10.15; 11.22-24; 12.36; At 17.31; Rm 2.5; 1 Co 3.13; 2 Ts 1.10;
2 Pe 2.9; 3.7; 1 Jo 4.17).
 Na vinda de Cristo (Mt 25.31; 1 Co 4.5; 2 Ts 1.7-10; 2 Tm 4.1; Jd 14-15).

(iv) Onde acontecerá?


 No trono da glória, para as nações (Mt 25.31-46).
 No tribunal de Cristo, para os santos (Rm 14.10; 2 Co 5.10).
 No grande trono branco, para os pecadores (Ap 20.11-15).

(v) O que acontecerá?


 Os ímpios serão julgados pelos seus pecados e condenados ao castigo eterno (2 Ts 1.8-9;
Ap 11.18; Mt 25.46; Ap 20.15).
 O justo em Deus viverá para sempre com Cristo Jesus e receberá recompensas pelo que
ele fez em Cristo.
 Nós como discípulos de Jesus necessitamos buscar a salvação do perdido e ter cuidado
pelos que estão perecendo.

m) Perguntas e pontos para discussão

1. Se Deus é um Deus de amor, por que Ele permite a esses que não aceitam a Jesus como o
Senhor e Salvador serem castigados eternamente? (Hb 10.26-29).
2. Deus pode negar a sua própria retidão, santidade e justiça em qualquer circunstância?
3. Leia 1 Pedro 1.17. O que significa viver no temor de Deus?
4. A ira de Deus foi invocada, quando o homem escolheu pecar. Como Jesus satisfez àquela ira
ou justiça?
5. Por que o ensino do juízo eterno deveria nos motivar a ser testemunhas de Jesus na terra?

n) Resumo e aplicação
1. “Ao homem está destinado morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo” (Hb 9.27).
2. Deus é santo e não pode mentir. Dentro dEle não há nenhuma sombra de mudança. Ele não tem alternativa, senão ser verdadeiro por causa de sua
natureza e caráter. Sendo assim, o pecado e a rebelião do homem contra Deus devem ser julgados (Tg 1.17; Nm 23.19).
3. O justo em Deus irá para um lugar onde a morte e as maldições foram destruídas. Ali, ele viverá para sempre com Jesus.
4. Aqueles que não aceitam Jesus como caminho para Deus, irão para o castigo eterno.
5. O Juízo eterno é uma verdade fundamental que deveria nos motivar, como discípulos de Jesus, a viver no temor do Senhor e a alcançar aqueles
que ainda estão perdidos.

14. A Comunhão da Igreja


a) Textos Básicos ( At 2.42-46; 1 Jo 1.7).
b) O que é comunhão?

Koinonia é uma palavra grega muito usada entre os evangélicos, e significa comunhão, isto é, “o ato
de usar uma coisa em comum”. Essa palavra pode ter ainda outros sentidos: companheirismo,
compartilhamento, congregação de pessoas com interesses em comum, ter algo em comum, usar
juntos, participação, parceria, etc.

c) Com quem devemos ter comunhão?

A comunhão, para ser efetiva, tem que se realizar em dois níveis: com Deus e com os homens.

a. Comunhão vertical – com Deus


 Comunhão com o Pai ( 1 Jo 1.3).
 Comunhão com o Filho (1 Co 1.9; 1 Jo 1.3)
 Comunhão com o Espírito (Fp 2.1).
Esse nível de comunhão é expresso por meio da oração, do louvor e da adoração em Espírito e em
verdade. ( Jo 4.23,24).

b. Comunhão horizontal – com os homens


 Comunhão uns com os outros (1 Jo 1.7).
 Destra de comunhão (Gl 2.9).
 Participação na assistência aos santos ( 2 Co 8.4b).
(1 ) Espiritualmente (At 2.42)
 Orando juntos.
 Cantando, louvando e adorando juntos.
 Compartilhando em testemunho, exortação, encorajamento; edificando uns aos outros nas
operações do Espírito.
 Ministério da Palavra; doutrina dos apóstolos (Atos 2.42).
 Comunhão no partir do pão.
Essa é a maneira pela qual o crente é transformado num vaso novo: a comunhão com os irmãos (Jr
48.11).
(2) De forma prática (At 2.44-46):
 Mantendo comunhão nos lares (Atos 2.46)
 Suprindo necessidades (At 2.45; 4.35).
 Cooperando uns com os outros (Hb 13.16).
 Ajudando na assistência aos santos (Rm 12.13a).
 Praticando a hospitalidade (Rm 12.13b).
 Visitando-se, conhecendo-se e apreciando-se uns aos outros. A comunhão torna-se um
modo de viver.
Há alegria na comunhão, em reunir-se e compartilhar as necessidades espirituais, práticas e
sociais.

d) Com quem estamos proibidos de manter comunhão?

 Com o mundo (Ef 5.11; Sl 94.20).


 Com espíritos malignos (1 Co 10.20).
 Com os incrédulos (2 Co 6.14).
 Com as religiões falsas (2 Pe 2.1-22; Jd 4).
 Com as doutrinas falsas (2 Jo 1.9-11; Gl 1.7-10).

e) Diferenças doutrinárias podem ser base para quebrar a comunhão?

Qualquer pessoa defendendo uma doutrina que ataca os passos fundamentais do processo da
redenção, deve ser excluída da comunhão. Diferenças de opinião a respeito de escatologia, usos e
costumes, dons espirituais, etc., não são motivo suficiente para se quebrar a comunhão.
 Precisamos manter a unidade do Espírito, até chegarmos à unidade da fé. (Ef 4.2,13).
 Regime alimentar, guarda de dias, e distinção nacional (judeus ou gentios) não são motivos para
se quebrar a comunhão (At 15.24-29; Gl 2.9; Rm 14.1-23).
 A heresia (defesa obstinada de uma doutrina contraditória com a Palavra) é motivo suficiente
para se descontinuar a comunhão (Tt 3.10; Rm 16.17; 1 Co 11.19).

f) Quais são os outros motivos bíblicos para se quebrar a comunhão?


Não podemos ter comunhão com alguém que se diz cristão, mas tem uma conduta desregrada (Mt
18.15-17; 1 Jo 1.7;2.10; 11.11; 2 Ts 3.6). Em 1 Coríntios 5.9-13, temos uma lista de pessoas com as
quais não podemos nos associar ou ter comunhão.
 Cobiçoso - excessivamente desejoso, ganancioso.
 Idólatra - excessivamente afeiçoado a uma pessoa ou coisa.
 Escarnecedor - linguagem abusiva, zombador.
 Beberrão - alguém que bebe habitualmente.
 Extorsionário - que obtém algo de uma pessoa por meio de opressão ou abuso de autoridade.
 Fornicador – aquele que pratica relações sexuais ilícitas.
Não coma com eles!
Não se associe com eles!
g) Comunhão - a Mesa do Senhor

A ceia é a forma ordenada pelo Senhor para mantermos a comunhão do corpo. A mesa do Senhor
está profundamente relacionada à vida da igreja local. Quanto mais entendermos a mesa do Senhor,
mais seremos beneficiados por ela (Mt 26.26-29).

1. Nomes dados à Ceia do Senhor


a. A Ceia do Senhor (1 Co11.20).
b. A Mesa do Senhor (1 Co10.21).
c. A Comunhão (1 Co10.16).
d. Outras designações incluem: “a eucaristia” e “o sacramento”.

2. Quem instituiu a comunhão?


a. O Senhor Jesus, na festa da Páscoa (Mt 26.17-19; Mc 14.22-26; Lc 22.15-20).
b. O Senhor Jesus também deu uma revelação distinta a Paulo, a respeito dessa ordenança. Eis o
que ele disse a respeito: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o
Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão...” (1 Co 11.23).

3. Quais sãos os símbolos usados na comunhão?


a. Mesa.(1 Co10.21; Lc 22.30).
b. Pão.(1 Co10.16; Lc 22.19).
c. Vinho – do fruto da videira (1 Co10.16; Lcas 22.17-20).

4. Qual o significado desses símbolos?


a. Mesa: Lugar de amor e comunhão (Lv 24.5-9; Sl 23.5; Ap 3.20).
b. Pão:
 Representa o corpo de Cristo quebrado (Mt 26.26).
 Representa a Igreja – o Corpo de Cristo (l Co 10.16-17).
c. Vinho: Representa o sangue de Jesus, significando a nova aliança (Mt 26.27; 1 Co 11.25).

5. Quais são algumas ilustrações da comunhão no Velho Testamento?

a. Abraão recebeu a comunhão (Gn 14.18).


b. O corpo e o sangue do cordeiro pascal apontavam para a mesa do Senhor (Êx 12; Mc 14.12).
c. A mesa dos pães da proposição, no tabernáculo de Moisés (Lv 24.5-9; Êx 25.23-30; Nm 28.7).
6. Qual deve ser a nossa atitude ao nos aproximarmos da mesa do Senhor?
a. Com desejo de participar (Lc 22.14,15).
b. Em fé, crendo(Hb 11 .6; Rm 14.23).
c. Relembrando a morte de Jesus (1 Co11.24-25).
d. Com gratidão (Lc 22.17).
e. Como um Corpo (1 Co10.17).
f. Participando juntos (1 Co11.33).
 Do “pão que partimos”.
 Do “cálice que abençoamos”.
“O cálice de bênção que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que par-
timos, não é a comunhão do corpo de Cristo?” (1 Co10.16).
Jesus, nosso grande Sumo-Sacerdote, instituiu a mesa, e nós, como sacerdotes, participamos
juntos.
Comunhão é um ato de repartir. Na Igreja Primitiva, os crentes repartiam o pão e bebiam do
cálice uns com os outros. “E dia após dia eles regularmente reuniam-se no templo com propósito
unido, e em seus lares partiram o pão” (inclusive a ceia do Senhor). Participaram das refeições com
alegria, simplicidade e corações generosos. Constantemente louvavam a Deus e ganhavam favor e
boa vontade de todo o povo, e o Senhor continuava acrescentando (ao seu número) diariamente os
que estavam sendo salvos (da morte espiritual) (At 2.46,47 – Traduzido da Amplified Bible).

7. O que recebemos quando participamos da comunhão?


a. Para os que participam dignamente:
 Cura e Saúde (Mt 15.25-26).
 Vida e vivificação (João 6.54-57).
b. Para os que participam indignamente:
 Tornam-se réus do corpo e do sangue do Senhor (1 Co11.27).
 Comem e bebem juízo para si mesmos (1 Co11.29).
 Enfraquecem, adoecem ou morrem (1 Co11.30).
Compreendendo essa lição, seremos capazes de discernir devidamente (perceber com entendimento) a mesa
do S

15. Mordomia Cristã


a) Textos Básicos (1 Tm 6.7-10; Ml 3.7-12).
b) Introdução

Mordomia é a prática de dedicar, sistemática e proporcionalmente, o tempo, as habilidades e as


possessões materiais, baseados na convicção de que nos foram confiados por Deus, para serem
usados no seu serviço, em benefício do seu Reino. É uma sociedade divina-humana, onde Deus é
sócio principal. É um modo de viver, reconhecendo Deus como possuidor de nossa pessoa e
possessões, consagrando-as à promoção do Reino de Cristo neste mundo.

a) Qual a diferença entre posse e mordomia?


 Posse - Deus é o possuidor de todas as coisas (Gn 14.19,22; Sl 24.1; 50.1-12; 68.19; 89.11; Ag
2.8).
 Mordomia - Não somos donos de nada; somos apenas mordomos responsáveis, que devem
prestar contas das coisas que nos foram confiadas (Mt 25.14-30; Lc 19.11 -26).

d) Qual é a relação entre dono e mordomo?


 Vida - O que recebemos (Gn 1 .27,28; At 17.25; Tg 1.17).
 Tempo - O que nos foi outorgado (Pv 24.30-34; Sl 90.12).
 Talentos - O que nos foi dado para usar (Mt 25.14-30).
 Possessões - O que nos foi confiado (Mt 6.19-21; Cl 3.1,2).
 Finanças - O que ganhamos com o nosso trabalho (l Co 16.1,2).

E) Quais os requisitos de um bom mordomo?


 Fidelidade (1 Co 4.1,2).
 Disposto a receber ensino (Sl 27.11).
 Desejo de ministrar (servir) a pessoas (Rm 12.10-13).
 Um coração de servo(Gl 5.13).
 Disposição para dar (Lc 6.38)

f) Mordomos devem prestar contas


Veja a parábola do mordomo infiel (Lc 16.1-13).
 Que significa ser mordomo?
 De que foi acusado o mordomo (v. 1)?
 Devemos prestar contas de nossa mordomia? Quando (v. 2)?
 E possível perder a nossa mordomia? Agora ou na eternidade (v. 3)?
 Que fez o mordomo infiel aos três dos devedores do seu senhor (vs. 5-6)?
 Por que o senhor elogiou o mordomo infiel pela ação errada que praticou (v. 8)?
 Quais são as riquezas da injustiça (vs. 9,11,13)? Qual a verdadeira riqueza?
 Qual é a palavra chave (usada 4vezes) nos versos 9-13? A qualidade expressa por meio dessa
palavra faz parte do nosso caráter?
 Como podemos fazer “amigos com as riquezas da injustiça”(v. 9)?

g) Mordomia das finanças

Estabelecido o princípio fundamental de que Deus é o DONO de todas as coisas, e de que nós somos
mordomos que devem prestar contas de tudo que Ele nos tem dado, consideremos o que devemos
fazer com o que Ele nos dá.

1. O que diz o Novo Testamento a respeito de finanças?


a. Os Evangelhos contêm mais advertências contra o mau uso do dinheiro do que contra qualquer
outro assunto.
b. Um de cada quatro versículos em Mateus, Marcos e Lucas tratam acerca do dinheiro.
c. Um em cada seis versículos do Novo Testamento tratam ou fazem alguma referência sobre o
dinheiro.
d. Quase 50% das parábolas de Jesus fazem alguma referência sobre o dinheiro, especialmente
advertências contra a cobiça.
e. O primeiro apóstolo a cair foi Judas. A causa: o amor ao dinheiro. Ele vendeu Cristo por trinta
moedas de prata, as quais nunca chegou a gastar. (Jo 12.4-8; 13.27; At 1 .25; Mt 26.14-16;
27.3-10).
f. O primeiro pecado na Igreja Primitiva teve como motivação uma oferta em dinheiro para ser
distribuída aos necessitados. Note como Satanás entrou em cena através do dinheiro, quando o
povo, movido pelo Espírito Santo, vendia “terras ou casas, e depositavam os valores
correspondentes aos pés dos apóstolos, para que eles os distribuíssem a qualquer um, à
medida que alguém tinha necessidade” (At 5.1-10).
g. O pecado de simonia refere-se ao mau uso do dinheiro, ou seja: tentar comprar os dons de
Deus (At 8.14-24).
h. Vale a pena notar que duas das palavras do Novo Testamento, cujo valor numérico em grego
iguala-se a 666 – o número do sistema do mundo – são: riqueza e tradição (Ap13.16-18). Estão,
portanto, ligadas ao poder para comprar e vender.

2. Que advertência nos dá o Novo Testamento a respeito do dinheiro?


Em si mesmo, o dinheiro não é mau: não é moral, nem imoral. O AMOR ao dinheiro é que é a raiz
de todos os males (1 Tm 6.7-10).
3. Qual o ensino das Escrituras a respeito de dízimos e ofertas?
a. Devemos trazer nossos dízimos e ofertas à Casa do Tesouro de Deus (Ml 3.7-12).
b. A Casa do Tesouro é o lugar onde o povo de Deus é alimentado.

4. O dízimo é para os nossos dias


Tanto o Velho como o Novo Testamentos confirmam a verdade que os crentes devem dar o
dízimo (uma décima parte) de suas rendas.
a. O dízimo antes da lei.
 Abraão (sob aliança) deu o dízimo (Gn 14.18-20) .
 Jacó (sob aliança) compromete-se a dar o dízimo (Gn 28.22).
b. Dízimo sob a lei.
 Israel, aliança mosaica (Lv27.30-33; Nm 18.20-24; 25-32).
c. Dízimo sob a graça.
 Jesus confirmou o dízimo. O dízimo já existia antes da lei (Mt 23.23; Lc 11.42; 18.12; Hb
7.1-21).
d. A pessoa que não paga os dízimos, nem oferta, está roubando a Deus. O dízimo já pertence a
Deus. A pessoa que só paga os dízimos e não dá ofertas, não está dando nada a Deus. Deus
está dizendo: “Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te
roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me
roubais, vós, a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja
mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir
as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênção sem medida” (Ml 3.8-10).

5. Alguns princípios relacionados ao ato de dar


 Dar primeiramente ao Senhor (2 Co 8.5).
 Dar de boa vontade (2 Co8.3,12).
 Dar com alegria – com liberalidade (2 Co 9.7).
 Dar com generosidade, liberalmente (2 Co 8.2; 9.13).
 Dar proporcionalmente (2 Co9.6; 8.14-15).
 Dar regularmente (1 Co16.1-2).
 Dar sistematicamente (2 Co9.7).
 Dar com amor (2 Co8.24).
 Dar com gratidão (2 Co9.11,12).
 Dar como ministração ao Senhor e seus santos (2 Co9.12,13).

16. Arrolamento Como Membro da Igreja


a) Introdução
Existe um momento em que todo verdadeiro crente em Cristo precisa considerar a questão do
arrolamento à Igreja. Muitas vezes, dá-se pouco valor ao arrolamento, por várias razões.
Consideremos o que as Escrituras dizem sobre o assunto.

b) Houve alguma relação de membros na Igreja Primitiva?

Os Evangelhos e o Livro dos Atos dão a entender que houve alguma evidência de arrolamento. Os
discípulos de Jesus e os crentes primitivos, na realidade, foram contados e registrados.
a. Jesus escolheu 12 apóstolos, contados e chamados por nome (Lc 9.1-2).
b. Mais tarde, Jesus escolheu mais 70 (Lc 10.12).
c. Mais de 500 irmãos viram Jesus, na sua ascensão(l Co 15.33).
d. Antes de Pentecostes, 120 discípulos reuniram-se no cenáculo (At 1.15).
e. Por ocasião do Pentecostes e depois, multidões foram levadas a Cristo e à Igreja que ele
dissera que edificaria.
f. Foram acrescentadas aos 120, cerca de 3.000 almas (At 2.41; 47.9). Cerca de 5 mil creram
também, em Atos 4.4.
g. O número dos discípulos multiplicava-se grandemente em Jerusalém (At 6.7).
h. No mínimo, 10 mil crentes foram enumerados nessas Escrituras.

c) Como tornar-se membro da Igreja

Há dois aspectos na inclusão à Igreja, no livro dos Atos.


a. Aspecto espiritual. Ninguém pode ingressar na Igreja de Cristo, como se ingressa num clube (At
5.13). Na Igreja Primitiva, os membros eram acrescentados ao Senhor (no grego: “prostithemi, isto
é, pôr junto, adicionar ou colocar ao lado de) (At 5.14; 11.24).

Precisamos unir-nos no Espírito, pelo Espírito, ao Senhor, para sermos acrescentados à igreja,
universal e espiritual. Isto é de importância primária.

b. Aspecto prático. Deve também haver uma expressão visível e prática de nossa posição na Igreja.
Vemos que isso significa pertencer à “igreja local”. Ver Atos 2.41,47.

 Acrescentados ao Senhor (At 4.14; 11.24).


 Acrescentados a eles (At 2.41).
 Acrescentados à Igreja (At 2 .47).
Podemos ser membros de qualquer igreja local ou denominação, mas precisamos primeiro ser
acrescentados ao Senhor; se não a nossa relação não é reconhecida por Cristo. No entanto, uma
expressão prática de nossa posição é evidenciada em sermos acrescentados a uma igreja local,
neotestamentária.
Atos 2.37-38, estabelece o padrão e as evidências do arrolamento na Igreja do Novo
Testamento. Isso nunca mudou na mente de Deus. Essas evidências eram tangíveis e visíveis.

d) É bíblico ter algum rol de membros?

Sim. Tanto o Velho quanto o Novo Testamentos contêm livros, onde os nomes do povo de Deus eram
registrados. Será impossível cuidar devidamente do rebanho de Deus, se ninguém souber onde estão
as ovelhas, ou se, na verdade, elas pertencem a alguma igreja local. Se não, vejamos:

1. No Velho Testamento.
 Os Israelitas tiveram seus nomes registrados nos Livros das Genealogias da Nação. Eram
contados diante do Senhor (Nm 1-2).
 Os levitas também foram contados diante do Senhor, antes de poderem ministrar em seus
ofícios sacerdotais (Nm 3).
 Todos os que foram contados em Israel, tiveram que ser resgatados, com o pagamento de
uma oferta em prata (Êx 30.11-16).
 O remanescente de Babilônia tinha que estar registrados nos Livros das Genealogias, para
poder exercer o ministério sacerdotal (Ed 2.62-63; Ne 7).
2. No Novo Testamento.
 A Igreja dos Primogênitos tem os nomes de seus membros escritos, no Livro da Vida, no céu
(Hb 12.22-24).
 Os redimidos de todos os tempos também têm seus nomes escritos no Livro da Vida (Fp 4.3;
Ap 13.8; 17.8; 20.12-15; 21.27).
Deus mantém registros! Ele guarda os nomes e os números dos santos no seu rol! Se o próprio
Deus faz isso, não deveria causar estranheza se o homem finito fizer o mesmo! Deus sabe quem
está no Livro da Vida e quem não está.
NOTA:
A lei requer registro legal com respeito à relação entre os membros e os fundos da igreja, pro-
priedades, impostos, etc. Esse registro não pode ser feito por um método invisível e místico.
e) Porque muitos há que rejeitam uma filiação prática à Igreja?

Várias razões podem ser mencionadas:


 Medo de serem magoados.
 Legalismo.
 Crêem que não é bíblico.
 Não são submissos em espírito.
 Desejam ser governados e dirigidos por si mesmos, sem nenhum lei.
 Não quererem sustentar a igreja, financeiramente, com dízimos e ofertas.
 Preferem viver sem nenhuma correção, disciplina ou restrição.
 Não querem submeter-se a uma estrutura local e visível.

f) Quais são algumas vantagens práticas de se filiar à Igreja?

 Segurança; proteção contra os “lobos”; tornar-se parte da família de Deus.


 Comunhão; sentir que faz parte; companhia.
 Alimento espiritual da Palavra.
 Disciplina e correção, se forem necessárias.
 Ministração de vida, de cura e de saúde para os membros do Corpo.
 A mesa da comunhão; vida.
 Amor, cuidado e interesse de maneira prática do presbitério.
 Não podemos esperar receber todas as bênçãos e todos os benefícios da Igreja do Senhor,
enquanto não estivermos dispostos a submeter-nos às responsabilidades de membro! A filiação
pode ser transferida para outras igrejas locais, em caso de mudança.

g) Confirmação da filiação

A maioria das igrejas históricas tem alguma forma de confirmação, através da qual uma pessoa é
admitida plenamente aos privilégios e responsabilidades de filiação à membresia. Isto varia de grupo
para grupo. Devemos reconhecer que certas cerimônias para confirmação não são citadas na Bíblia.
No entanto, as Escrituras mostram que há uma verdade na confirmação.

1. Que significa a palavra “confirmar”?

Webster define a palavra assim: “Firmar, fazer mais firme, fortalecer; estabelecer; encorajar”.
Também “certificar; dar nova afirmação da verdade; verificar; ratificar; confirmar um acordo, uma
promessa, uma aliança, ou um título” (Ex. O Senado confirma ou rejeita as indicações a cargos ad-
ministrativos feitas pelo Presidente).
New Century Dicionário acrescenta: “Tornar válido ou obrigatório por algum ato formal ou legal.” A
definição bíblica dá à palavra uma grande variedade de sentidos, tais como: “Preencher, efetuar, ou
fortalecer, estabelecer, fixar, preparar, prevalecer, encorajar; ratificar, fazer autoritário, intervir
(como árbitro), ratificar (como garantia); fazer firme, fazer seguro, inabalável, estável.”

2. Que exemplos temos nas Escrituras de coisas confirmadas?


 Alianças eram confirmadas (Dn 9.27; Gl 3.15-17).
 Promessas eram confirmadas (Rm 15.8).
 Cartas eram confirmadas (Et 9.29-32).
 Palavras eram confirmadas (l Rs 1.14; Ez 13.6; Dn 9.12).
 Heranças eram confirmadas (Sl 68.9). O Evangelho de Jesus Cristo era confirmado, com sinais
que o seguiam (Hb 2.3; Is 44.26; Fp 1.17; Mc 16.20).
3. Temos exemplos de pessoas sendo confirmadas?
Sim. As Escrituras mostram que o povo de Deus era confirmado, fortalecido, estabelecido,
encorajado, e assegurado da verdade do Evangelho na Nova Aliança.
 Os reis eram confirmados no ofício de Rei (1 Cr 14. 2).
 Paulo e Barnabé confirmaram as almas dos discípulos nas igrejas que estabeleceram (At
14.21-23).
 Judas e Silas, como profetas de Deus, exortaram e confirmaram o povo de Deus (At 15.32).
 A Igreja de Corinto foi exortada a confirmar seu amor para com o excomungado arrependido (2
Co 2.8).
 O crente deve ser confirmado até o fim (l Co 1.6-8).Crentes fracos devem ser confirmados –
fortalecidos (Is 35.3; Hb 12.12-13).
 Os discípulos, na Galácia e na Frígia, eram fortalecidos (confirmados) pelo ministério de Paulo
(At 18.23).
4. Como podemos confirmar a filiação à Igreja Local?
 Pela imposição de mãos e oração do presbitério.
 Estendendo a destra de comunhão (Gl 2.8-9).
 Por compromisso verbal, ou afirmação pública, pelo qual o crente é aliado e se prontifica a
receber os privilégios, assumir as responsabilidades e aceitar a disciplina da igreja local, da qual
torna-se membro.
 “O juramento, servindo de garantia. . .” (Hb 6.16-17).
 “Quando fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo. . .” (Ec 5.4-5).
Comprometer-se significa: “garantir; confiar; pôr em custódia ou encargo”.Isso confirma para toda a
congregação que alguém é membro reconhecido e responsável da igreja, devendo ser recebido
como tal. Confirma que a liderança e os membros têm compromisso uns com os outros.
5. A confirmação pode ser experimentada várias vezes na vida do crente.
 Confirmação após a profissão de fé, no batismo nas águas (1 Co 1.6-10).
 Confirmação no ato de arrolamento.
 Confirmação por imposição de mãos do presbitério (1 Tm 1.18; 4.14; 5.22; 2 Tm 1.6).
 Confirmação na hora da ordenação (At 6.6; 13.1-4).
 Em outras ocasiões, pela direção do Espírito Santo.
Confirmação, portanto, é um meio de graça, pelo qual os membros da igreja local são fortalecidos,
fundamentados, estabelecidos na fé de Jesus Cristo e encomendados à vontade de Deus (Ler
também 2 Co 1.21; Cl 2.7; Ne 13.9).
“O Deus de toda a graça [...] vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar” (1 Pe 5.10).

6. Nomes dados à Igreja


a) Igreja de Deus (Is 2.3; At 20.28; Rm 12.4-5; 1 Co 3.9; 1 Co 10.17; 2 Co11.2; Ef 2.16, 19-22;
3.15; 4.4; Cl 3.15; 1 Tm 3.15; 1 Pe 5.2; Ap 1.20; 21.9).
b) Edifício.
c) Noiva.
d) Corpo.

7. Características do nome
 Nós somos aqueles que fomos chamados para fora do mundo, para servir a Deus.
 Estamos ligados e edificados como pedras espirituais.
 Estamos ligados ao noivo em amor e união.
 Nós somos membros uns dos outros, cada um com uma função que recebe o suprimento e
a direção da cabeça.
 Relacionamento, compartilhamento, vida em comunidade, proteção e disciplina dentro de
uma única família.
 Segurança, alimento e direção e defesa.
 Luz, segurança e proteção das trevas.
 Somos chamados para sermos frutíferos.
 Responsabilidade e privilégio de servir a Deus.
 Força e majestade.
 Estabilidade, suporte e verdade.
 Família.
 Rebanho.
 Candelabro de ouro.
 Lavoura de Deus.
 Cooperadores de Deus.
 Monte do Senhor.
 Coluna

Você também pode gostar