Você está na página 1de 14

UNIVERSIDADE PÚNGUÉ

Faculdade de Ciências de Educação e Psicologia

Temas do trabalho

ÉTICA E A PESSOA; ÉTICA, DIREITO E A LIBERDADE; DEONTOLOGIA


PROFISSIONAL.

Curso de licenciatura em Ensino Básico com habilidades em Gestão Escolar

4º Ano

Tabita Carlos da Costa

UNIVERSIDADE UNIPÚNGUÉ-TETE

Extensão Tete Setembro de 2023


2

Tabita Carlos da Costa

ÉTICA E A PESSOA; ÉTICA, DIREITO E A LIBERDADE; DEONTOLOGIA


PROFISSIONAL.

Curso de licenciatura em Ensino Básico com habilidades em Gestão Escolar

4º Ano

Tabita Carlos da Costa

Trabalho de pesquisa na cadeira Ética e


Deontologia Profissional curso de
Licenciatura em Ensino Básico, como
requisito de Avaliação parcial por:

Docente: Mestre Sharmila Alibhai

UNIVERSIDADE UNIPÚNGUÉ-TETE

Extensão Tete Setembro de 2023


3

INDICE
1.INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 4

1.1.Objectivos do trabalho ................................................................................................ 4

1.1.1.Objetivo geral .......................................................................................................... 4

1.1.2.Objetivos específicos ............................................................................................... 4

2. ÉTICA E A PESSOA ................................................................................................... 5

2.1.Origem e Conceptualização da ética .......................................................................... 5

2.2.Importância da ética na vida das pessoas ................................................................... 6

2.3.Tipos de ética e exemplos........................................................................................... 6

3.ÉTICA, DIREITO E LIBERDADE .............................................................................. 8

3.1. Relação entre os conceitos ......................................................................................... 8

3.2.O problema da liberdade e moral na ética .................................................................. 9

3.2.1.Problemas morais e problemas éticos ...................................................................... 9

3.3.Responsabilidade moral e liberdade ......................................................................... 10

4.DEONTOLOGIA PROFISSIONAL ........................................................................... 10

4.1. Diferenças entre ética e deontologia profissional .................................................... 11

4.2.Princípios da deontologia profissional ..................................................................... 12

CONCLUSÃO ................................................................................................................ 13

Referencias bibliográficas .............................................................................................. 14


4

1.INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como tema: Ética e a pessoa; Ética, direito e a liberdade;
Deontologia Profissional. Ora, no que diz respeito a ética, importa desde já dizer que, a
ética ou filosofia moral é uma área de conhecimento que tem como objeto de
investigação as ações humanas e seus princípios orientadores. Toda cultura e toda
sociedade estabelece-se baseada em valores definidos a partir de uma interpretação do
que é o bem e o mal, o certo e o errado. Essas interpretações são fundamentadas em
valores morais socialmente construídos e cabe à ética, se dedicar ao estudo desses
valores.

O termo “ética” tem sua origem na Grécia antiga, na palavra ethos, e possui um
duplo significado que influenciou o sentido de ética. Por um lado, ethos (grafado com a
letra grega eta) significa os costumes, os hábitos, ou o lugar em que se habita. De outro,
o ethos (com epsilon) representa o caráter, o temperamento e a índole dos indivíduos. A
junção destes termos traz a ideia de atuar com o dever ou conjuntos de deveres,
princípios e normas adotadas por um grupo de pessoas, nesse caso, de profissionais. A
palavra também tem a intenção de comunicar sobre o ramo da ética. Trata-se de uma
teoria sobre as escolhas dos indivíduos, o que é moralmente necessário e serve para
nortear o que realmente deve ser feito. Por esse motivo, é conhecida como “A Teoria do
Dever”. Em suma, a Deontologia Profissional é uma condição da ética adaptada
especialmente para desempenhar o exercício de uma profissão, visando o dever de agir
corretamente.

1.1.Objectivos do trabalho

1.1.1.Objetivo geral
 Analisar a Ética e a pessoa; Ética, direito e a liberdade; Deontologia
Profissional.

1.1.2.Objetivos específicos
 Relacionar a Ética e a pessoa; Ética, direito e a liberdade; Deontologia
Profissional.
 Descrever a Ética e a pessoa; Ética, direito e a liberdade; Deontologia
Profissional.
5

2. ÉTICA E A PESSOA

2.1.Origem e Conceptualização da ética


“A ética é uma característica inerente a toda ação humana e, por esta razão, é um
elemento vital na produção da realidade social”. (ABBAGNANO, sd, p.360) Todo
homem possui um senso ético, uma espécie de "consciência moral", estando
constantemente avaliando e julgando suas ações para saber se são boas ou más, certas
ou erradas, justas ou injustas. Existem sempre comportamentos humanos classificáveis
sob a ótica do certo e errado, do bem e do mal. Embora relacionadas com o agir
individual, essas classificações sempre têm relação com as matrizes culturais que
prevalecem em determinadas sociedades e contextos históricos.

A ética está relacionada à opção, ao desejo de realizar a vida, mantendo com os


outros relações justas e aceitáveis. Está fundamentada nas idéias de bem e virtude,
enquanto valores perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se traduz numa
existência plena e feliz.

Segundo ALMEIDA (2004), a palavra “ética” deriva originariamente do grego


ethos, cujo significado se desdobra em dois sentidos, com respectivas grafias.
Ainda conforme ALMEIDA (2004), por um lado, significa hábito, costume, uso (éthos):
“entendia-se que quem através da educação se habituasse a orientar a
sua conduta ao que era tomado como habitual, ao que era válido na
antiga Cidade-Estado (Polis), agia moralmente bem, na medida em que
observava as normas do reconhecido códex moral geral. Por outro lado,
e no sentido restrito, entendia-se que agia segundo os preceitos morais
aquele que na sua conduta observasse as regras de acção não de uma
maneira inquestionável, isto é, dogmática, mas que se tivesse habituado,
pelo seu conhecimento e pela sua reflexão, a praticar o bem exigido
(êthos). Este êthos significou, então, carácter, atitude básica da virtude,
ou seja, conduta ou acção resultante da interioridade do próprio agente”

A ética seria então uma espécie de teoria sobre a prática moral, uma reflexão
teórica que analisa e critica os fundamentos e princípios que regem um determinado
sistema moral. O dicionário Abbagnado, entre outras considerações nos diz que a ética é
"em geral, a ciência da conduta" (ABBAGNANO, sd, p.360) e Sanchez VASQUEZ
(1995, p.12) amplia a definição afirmando que "a ética é a teoria ou ciência do
comportamento moral dos homens em sociedade”. Ou seja, é ciência de uma forma
específica de comportamento humano.
6

2.2.Importância da ética na vida das pessoas


Segundo SÁ (2007), a ética pode também contribuir para fundamentar ou
justificar certa forma de comportamento moral. Assim, se a ética revela uma relação
entre o comportamento moral e as necessidades e os interesses sociais, ela nos ajudará a
situar no devido lugar a moral efetiva, real, do grupo social.

Por outro lado, conforme SÁ (2007), ela nos permite exercitar uma forma de
questionamento, onde nos colocamos diante do dilema entre "o que é" e o "que deveria
ser", imunizando-nos contra a simplória assimilação dos valores e normas vigentes na
sociedade e abrindo em nossas almas a possibilidade de desconfiarmos de que os
valores morais vigentes podem estar encobrindo interesses que não correspondem às
próprias causas geradoras. da moral.

Na perspectiva de SÁ (2007), a reflexão ética também permite a identificação de


valores petrificados que já não mais satisfazem os interesses da sociedade a que servem.
Sendo a ética uma ciência, devemos evitar a tentação de reduzi-la ao campo
exclusivamente normativo. Seu valor está naquilo que explica e não no fato de
prescrever ou recomendar com vistas à ação em situações concretas. A ética também
não tem caráter exclusivamente descritivo, pois visa investigar e explicar o
comportamento moral, traço inerente da experiência humana. Não é função da ética
formular juízos de valor quanto à prática moral de outras sociedades, mas explicar a
razão de ser destas diferenças e o porque de os homens terem recorrido, ao longo da
história, a práticas morais diferentes e até opostas.

2.3.Tipos de ética e exemplos


Segundo MONTEIRO (2004), Cada tipo de ética se diferencia a partir daquilo que é a
base para a ação moral. Vejamos:

 Ética racionalista: Muito utilizada e estudada pelos gregos antigos, a ética


racionalista explica que o indivíduo consegue submeter sua vontade e determinar
suas condutas através da sua razão. Neste caso, o pensamento racional é capaz
de compreender o que é o bem, guiando as atitudes, definir o que é bom ou mau,
certo ou errado, seja para a vida individual ou em sociedade.
7

 Ética teleológica: É o tipo de ética que analisa e reflete as consequências


possíveis de uma ação. O comportamento ético está fundamentado em seu
objetivo, em sua finalidade.
 Ética teológica ou cristã: Diferente da ética racionalista, a ética teológica não
acredita na razão como um aspecto que controla as vontades ou atitudes do ser
humano. Neste caso, a ética está fundamentada na fé. Assim, os princípios éticos
e a orientação para as ações encontram-se explicados na Bíblia, o livro sagrado
do cristianismo. A pessoa ética é aquela que se aproxima de Deus, seguindo os
seus mandamentos e ensinamentos. Nesse caso a ação contrária a ética é
identificada também como pecado.
 Ética deontológica: A ética desenvolvida pelo filósofo Immanuel Kant toma
como base a ideia do dever (em grego, deon). Nela, compreende-se o indivíduo
como plenamente capaz de saber como se deve agir, e assim podendo agir
conforme o dever.

Kant explica que o dever vem antes do conceito do bem ou mal, do que é certo ou
errado. Sendo assim, o indivíduo deve agir de forma ética independente do que ele pode
receber de consequências quanto ao seu comportamento. O dever é um juízo a priori,
independente da experiência. A ética deontológica está ligada a ética profissional, se
relacionando aos conjuntos de ações que um profissional deve realizar no exercício da
sua profissão.

 Ética utilitarista: É o tipo de ética que se baseia na utilidade da ação moral, por
exemplo, proporcionar o bem para o maior número de pessoas. John Stuart Mill,
filósofo defensor da ética utilitarista, defendia que a boa ação era aquela capaz
de produzir o máximo de felicidade possível para um maior número de pessoas.
Neste caso, a ética está voltada para atitudes práticas onde o individuo deve
avaliar a situação antes de efetivamente agir, pensando em quantas pessoas vão
se beneficiar através de sua ação.
 Ética Moderna: Já a ética moderna foi centrada na subjetividade, ou seja, no
indivíduo. Na ética moderna, é o indivíduo quem passa a fazer suas próprias
escolhas e se torna responsável pelas suas próprias ações.
 Ética contemporânea: A ética contemporânea trata da capacidade do ser
humano de fazer escolhas adequadas para conduzir a própria vida, no ambiente
da social. Na ética contemporânea, destaca-se o existencialismo, onde o homem
8

é responsável por suas próprias atitudes e sua felicidade e é ele quem produz sua
própria existência. (MONTEIRO: 2004).

3.ÉTICA, DIREITO E LIBERDADE

3.1. Relação entre os conceitos


Para ABBAGNANO (sd, p.363) O Direito deve ser reino de liberdade,
externalizando, pela positivação, os limites internos da liberdade comuns ou
generalizáveis, que são princípios éticos, ou afins, e a que alguns deram o nome de
Direito Natural, sendo hoje mais comum apreciá-los à luz da Ideia de Direito ou de
Justiça. A palavra responsabilidade, em seu sentido original, deriva do verbo
latino respondere, responder. Quando falamos que alguém é responsável ou tem
responsabilidade sobre alguma coisa, significa que essa pessoa tem condições de pensar
sobre seus atos.

Quando uma pessoa tem condições de pensar sobre seus atos, tanto os do
passado quanto os do presente, ela pode escolher a forma como agir no futuro. Sobre
isso dizemos que a pessoa tem liberdade. Mas os filósofos não chegam a um consenso a
respeito da liberdade humana.

Para ABBAGNANO (sd, p.365) A liberdade é de difícil definição, apesar de


constituir para cada um de nós uma experiência ou representação tão familiar. A nossa
primeira percepção de liberdade tem a ver com a ausência de qualquer coacção externa.
Liberdade significa, antes de tudo, não impedimento de se fazer o que se quer. Este
sentido usual de liberdade está em consonância com o seu sentido original. Para o autor:

A consciência e a liberdade implicam responsabilidade. Por


responsabilidade entende-se a obrigação de prestar contas dos próprios
actos. A palavra responsabilidade vem do latim respondere. Ora,
responder pelos seus actos significa assumí-los totalmente como seus,
isto é, reconhecer-se como seu autor ou dono. É por isso que se afirma
que quanto maior é a consciência, maior é a responsabilidade; e quanto
maior é a responsabilidade, maior é a pena.

Dentro da discussão filosófica, há pensadores que discutem a liberdade humana


em relação à presciência divina, como Boécio; há pensadores que discutem a liberdade
humana em relação às determinações biológica e histórica, como Helvetius; há os que
9

discutem a liberdade humana acima das determinações, como Sartre; e aqueles que
analisam a relação entre a liberdade e o determinismo a partir do entendimento do ser
humano como livre e determinado ao mesmo tempo, como Espinosa.

3.2.O problema da liberdade e moral na ética

3.2.1.Problemas morais e problemas éticos


Segundo ANDRADE (2006), a ética não é algo superposto à conduta humana,
pois todas as nossas atividades envolvem uma carga moral. Idéias sobre o bem e o mal,
o certo e o errado, o permitido e o proibido definem a nossa realidade. Em nossas
relações cotidianas estamos sempre diante de problemas do tipo:

1. Devo sempre dizer a verdade ou existem ocasiões em que posso mentir?


Será que é correto tomar tal atitude?
2. Devo ajudar um amigo em perigo, mesmo correndo risco de vida?
3. Existe alguma ocasião em que seria correto atravessar um sinal de
trânsito vermelho?
4. Os soldados que matam numa guerra, podem ser moralmente condenados
por seus crimes ou estão apenas cumprindo ordens?

Essas perguntas nos colocam diante de problemas práticos, que aparecem nas relações
reais, efetivas entre indivíduos. São problemas cujas soluções, via de regra, não
envolvem apenas a pessoa que os propõe, mas também a outra ou outras pessoas que
poderão sofrer as consequências das decisões e ações, consequências que poderão
muitas vezes afetar uma comunidade inteira. ANDRADE (2006), afirma ainda que, o
homem é um ser-no-mundo, que só realiza sua existência no encontro com outros
homens, sendo que, todas as suas ações e decisões afetam as outras pessoas. Estas
regras, dentro de um grupo qualquer, indicam os limites em relação aos quais podemos
medir as nossas possibilidades e as limitações a que devemos nos submeter. São os
códigos culturais que nos obrigam, mas ao mesmo tempo nos protegem.

Diante dos dilemas da vida, temos a tendência de conduzir nossas ações de


forma quase que instintiva, automática, fazendo uso de alguma "fórmula" ou "receita"
presente em nosso meio social, de normas que julgamos mais adequadas de serem
cumpridas, por terem sido aceitas intimamente e reconhecidas como válidas e
10

obrigatórias. Fazemos uso de normas, praticamos determinados atos e, muitas vezes,


nos servimos de determinados argumentos para tomar decisões, justificar nossas ações e
nos sentirmos dentro da normalidade.

3.3.Responsabilidade moral e liberdade


Diferentemente da ética, Moral, por seu turno, deriva de mores, os costumes, em
Latim. Boni mores, os bons costumes, são pelo menos fonte histórica do Direito
Romano. Nada de mais normativo, prescritivo, proibitivo ou impositivo (preceptivo). A
moral não seria o comportamento humano, visto da perspectiva asséptica, “quase
sociológica” (que heresia!) da ética, das éticas, mas uma direcção impondo-se à acção,
regra de “bom viver”, viver recto, totalmente prescritiva, cheia de comandos de
normatividade.

Liberdade – Sem liberdade não se pode falar de moralidade. Nisto todos os


filósofos estão de acordo. Entendemos por liberdade a possibilidade de escolha
consciente, convicta, íntima e pessoal de valores que, a seu juízo, servem para sua
valorização ou para a valorização dos outros. Tudo o que atrapalha, diminui ou elimina
a liberdade (medo, paixão, opressão, violência, hábito) diminui ou elimina também a
responsabilidade moral.

4.DEONTOLOGIA PROFISSIONAL
Segundo SOUZA (2004), o termo deontologia vem de duas palavras gregas:
déon (δέον) e lógos (λόγος). A palavra déon quer dizer dever, ou o que se deve fazer. A
palavra lógos pode ser interpretada como sendo palavra, discurso, doutrina ou tratado;
então, deontologia significa doutrina, tratado ou ciência do dever ou dos deveres, quer
dizer, a doutrina, o tratado ou a ciência do que se deve fazer. “Profissional” é adjectivo
do substantivo “profissão” (que vem da palavra latina professione, e quer dizer acto ou
efeito de professar).

Deontologia profissional quer, então, dizer discurso, doutrina, tratado,


teoria ou ciência do dever profissional. Falar de deontologia profissional
é, pois, falar do conjunto de deveres, princípios e normas adoptados por
grupos profissionais, ou seja, de grupos que exercem uma determinada
profissão. Portanto, a deontologia profissional diz respeito a todas as
profissões e refere-se ao carácter normativo e, até, jurídico que
regulamenta as profissões. (SOUZA:2004).
11

A Deontologia é, então, a ciência que estabelece normas directoras das


actividades profissionais sob o signo de retidão moral ou honestidade estabelecendo o
bem a fazer e o mal a evitar no exercício da profissão. Partindo do pressuposto de que a
actividade profissional é, toda ela, sujeita à norma moral, a Deontologia profissional
elabora sistematicamente os ideais e as normas que devem orientar a atividade
profissional.

ALMEIDA (2004), diz que, a Deontologia Profissional é uma condição da ética


adaptada especialmente para desempenhar o exercício de uma profissão, visando
o dever de agir corretamente. A palavra Deontologia surgiu no berço da
comunicação, a Grécia. Sua etimologia grega, “déon, déontos”, significa dever.
Já “lógos” se traduz em discurso ou tratado. A junção destes termos traz a ideia de atuar
com o dever ou conjuntos de deveres, princípios e normas adotadas por um grupo de
pessoas, nesse caso, de profissionais. O autor ainda diz que: “Agir por dever é a
maneira de dar à ação, o seu valor moral e, por sua vez, a perfeição moral só pode ser
atingida por uma livre vontade”.

Conforme ANDRADE (2006), “Deontologia é uma filosofia que faz parte


da filosofia moral contemporânea, que significa ciência do dever e da obrigação”. A
deontologia é um tratado dos deveres e da moral. É uma teoria sobre as escolhas dos
indivíduos, o que é moralmente necessário e serve para nortear o que realmente deve ser
feito.

4.1. Diferenças entre ética e deontologia profissional


ANDRADE (2006), assim como SOUZA (2004), comungam com a ideia de que
a ética é uma obrigação que nos impele ao aperfeiçoamento pessoal, moldando as
nossas ações a fim de que nos tornemos pessoas melhores – sendo por isso considerada
uma ciência que trata das regras relativas ao comportamento humano. Situado dentro da
ética normativa, a deontologia, frequentemente associada ao filósofo Immanuel Kant, é
conhecida como a “teoria do dever” (do grego deontos = dever e obrigação, e logia =
estudo). Está associada ao código de ética, que nada mais é do que regras e valores que
devem ser colocados em prática numa atividade profissional, sendo, contudo, mais
específica.
12

Como referido, a ética “vem de dentro”, visto que cada pessoa impõe uma série
de conceitos ou normas a si mesma. É colocada em prática em situações em que o ser
humano precisa decidir entre o que é certo e o que é errado e o que realmente o faz feliz.
Já a deontologia, mais especificamente a ética deontológica, é um conjunto de regras
impostas para controlar ação dos membros de um grupo profissional e, de outro lado,
para orientar a sua conduta, colaborando assim para a formação de um grupo que
identifica e é identificado por um modo de agir. Portanto, a sustentação de uma
profissão depende do conjunto dos seus membros e da conduta de cada um.

4.2.Princípios da deontologia profissional


 Legalidade
 Impessoalidade
 Moralidade
 Eficiência
 Publicidade
13

CONCLUSÃO
A ética está relacionada à opção, ao desejo de realizar a vida, mantendo com os
outros relações justas e aceitáveis. Está fundamentada nas idéias de bem e virtude,
enquanto valores perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se traduz numa
existência plena e feliz. A ética pode também contribuir para fundamentar ou justificar
certa forma de comportamento moral. Assim, se a ética revela uma relação entre o
comportamento moral e as necessidades e os interesses sociais, ela nos ajudará a situar
no devido lugar a moral efetiva, real, do grupo social. A ética não é algo superposto à
conduta humana, pois todas as nossas atividades envolvem uma carga moral. Idéias
sobre o bem e o mal, o certo e o errado, o permitido e o proibido definem a nossa
realidade

A Deontologia é, então, a ciência que estabelece normas directoras das


actividades profissionais sob o signo de retidão moral ou honestidade estabelecendo o
bem a fazer e o mal a evitar no exercício da profissão. Partindo do pressuposto de que a
actividade profissional é, toda ela, sujeita à norma moral, a Deontologia profissional
elabora sistematicamente os ideais e as normas que devem orientar a atividade
profissional. Podemos dizer que a ética é uma obrigação que nos impele ao
aperfeiçoamento pessoal, moldando as nossas ações a fim de que nos tornemos pessoas
melhores – sendo por isso considerada uma ciência que trata das regras relativas ao
comportamento humano. Já a deontologia, mais especificamente a ética deontológica, é
um conjunto de regras impostas para controlar ação dos membros de um grupo
profissional e, de outro lado, para orientar a sua conduta, colaborando assim para a
formação de um grupo que identifica e é identificado por um modo de agir.
14

Referencias bibliográficas
1. ANDRADE, R.; ALYRIO, R. e VILAS BOAS, A. (2006). Cultura e Ética na
Negociação Internacional. São Paulo: Editora Atlas S.A.
2. ALMEIDA, SARAH., NOHR, Kirsten (2008), Ética Prática para as Profissões
do Trabalho Social. Porto. Porto Editora. pp. 10-16.
3. ONP (2021). Código de Conduta Profissional dos Professores Moçambicanos.
Princípios deontologicos da profissão do Professor. Moçambique.
4. SÁ, António Lopes. S. Paulo. Ética profissional. São Paulo, Editora Atlas, S. A.,
2007
5. MONTEIRO, Agostinho dos R.. Educação & deontologia. Lisboa, Escolar
Editora, 2004.
6. SOUZA, Ricardo Timm. Ética como fundamento: uma introdução à Ética
contemporânea. São Leopoldo, Nova Harmonia, 2004.

Você também pode gostar