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RBEn, 30 : 314-338, 1977

CON C EITOS E DEF I N iÇÕES EM SAú D E

MINISTÉRIO DA SAÚDE - SECRETARIA NACIONAL


DE AÇOES BASICAS DE SAÚDE - COORDENAÇAO
DE ASSIS'N:NCIA MÉDICA E HOSPITALAR

RBEn/10

Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enf.; DF, 30 : 314-338, 1977.

APRESENTAÇAO

A Lei n.O 6.229, de 17 de j ulho de 1975, que dispõe sobre a organização do


Sistema Nacional de Saúde, confere ao Ministério da Saúde competência para
a fixação de normas e padrões para prédios e instalações destinados a serviços
de saúde.

Em 1975, constituiu-se através da Portaria n.o ' 5 17/Bsb, do Ministério da


Saúde, um Grupo de Trabalho interinstitucional com a atribuição, entre outras
expressas, de realizar estudos sobre Conceitos e Definições, que possibilotassem
uniformização terminológica nos campos dos serviços sanitários e, especialmente,
da assistência médico-hospitalar.
O Grupo de Trabalho, para melhor desincumbir-se de suas tarefas. consultou
publicações da OPS/OMS, do Serviço de Saúde Pública dos E . U . A . , da Asso­
ciação Americana de Hospitais, além de outras pertencentes à antiga Divisão
de Organização Hospitalar do Ministério da Saúde e à Coordenação de Assistência
Médica e Hospitalar ( CAMH) do Ministério da Saúde. Consultou, igualmente,
temas de Curso de Administração Hospitalar da Faculdade de Saúde Pública
da USP, do Curso de Administração Hospitalar da PUC e relatório da Comissão
de elaboração do anteprojeto de Lei Orgânica de Assistência Hospitalar do País,
criada pelo Decreto n.o 37.773, de 18 de agosto de 1955.
Pela Portaria n.o 30/Bsb, de 11 de fevereiro de 1977, o Ministro de Estado
da Saúde, Doutor Paulo de Almeida Machado, aprovou os Conceitos e Definições,
de que trata o item I, do artigo 2.°, do Decreto n.o 76.973, de 31 de dezembro
de 1975, referentes às normas e padrões, previstos na Lei n.O 6.229, e recomendou
que se tomasse providências para a impressão e divulgação da matéria.
A Coordenação de Assistência Médica e Hospitalar, da Secretaria Nacional
de Ações Básicas de Saúde, em atenção à Portaria n.o 30jBsb, apresenta aos
órgãos e entidades interessados do País o presente documento, cuj a confecção
se fundamentou nos estudos realizados pelo Grupo de Trabalho interinstitucional.

Clarice Della Torre Ferrarini


Coordenadora

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Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enf.; DF, 30 : 314-338, 1977.

DECRETO N.o 76.973 - DE 21 DE DEZEMBRO DE 1975

Dispõe sobre normas e padrões para prédios destinados a serviços de


saúde, credenciação e contratos com os mesmos e dá outras providências

o Presidente da Repúblic'a, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 81,
item III, da Constituição e tendo em vista o disposto na Lei número 6.229, de
17 de j ulho de 1975,

DECRETA :

Art. 1.0 As construções e instalações de serviços de saúde em todo o terri­


tório nacional obedecerão às norma s e padrões fixados pelo Ministério da Saúde.
§ 1 .0 Compete às Secretarias de Saúde, ou órgãos equivalentes dos Estados,
do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, a aprovação dos projet ós
e a autorização para funcionamento, uma vez apuradó o exato cumprimento
das normas e padrões de que trata esse artigo.
§ 2.° Compete às Secretarias de Obras, ou órgãos equivalentes dos Estados,
do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, o licenciamento para às
construções e sua aprovação observadas as prescrições do códig O de obras local.
Art. 2.° As normas e padrões, de que trata o artigo l.°, item ' I, letra "g",
da Lei n.o 6.229, de 1 7 de j ulho de 1975, a serem fixados por ato do Ministro
da. Saúde di.<;porão sobre :

I - Conceitos e definições .

II - Localização adequada.

III - Areas de circulação, externas e internas.

IV - Area total construída.

V - Acomodação dos pacientes.

VI - Locai s para o adequado atendimento clínico, cirúrgiCO e de recupe­


ração dos pacientes.

VII - Instalações sanitárias, elétricas, mecânicas e hidráulicas.

VIII - Instalações para atendimento de pacientes.

IX - Areas destinadas à alimentação e ao lazer dos pacientes.

X - Serviços gerais especializados.

XI - Detalhes sobre os tipos de materiais de construção.

XII - Sistemas de segurança contra acidentes e de emergência.

XIII - Instalações para o destino adequado final dos dejetos.

XIV - Pormenores, atendidas às peculiaridades, necessidades locais, e con­


dições específicas em cada caso.

Art. 3.° O Ministério da Saúde se articulará com as respectivas Secretarias


de Saúde a fim de orientá-las sobre o exato cumprimento e interpretação das
normas baixadas em conformidade com este Decreto.

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Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enf.; DF, 30 : 314-338, 1977.

Art. 4.° As instituições financeiras oficiais somente concederão créditos


para a construção, ampliação ou reforma de Unidades de Saúde, bem assim a
aquisição de equipamentos, quando os respectivo s projetos tenham sido previa­
mente aprovados pelo Ministério da Saúde.
Art. 5.° Nenhuma contratação ou credenciação de serviços com unidades
de saúde será efetivada pelos órgãos da administração direta ou indireta da
União sem que os respectivos projetos de construção, inclusive os de ampliação
ou reforma, iniciadas após a vigênCia da Lei n.o 6.229, de 17 de j ulho de 1975,
tenham recebido aprovação prévia do Ministério da Saúde.
Art. 6.° Para os efeitos deste Decreto entendem-se como serviços de Saúde
ou unidades de saúde, os hospitais, postos ou casas de saúde, consultórios, cli­
nicas em geral, unidades médico-sanitárias, outros estabelecimentos afins ou
locais onde se exerçam atividades de diagnósticos e tratamento, visando a pro­
moção, proteção e recuperação da saúde.
Art. 7.° A inobservância do disposto neste Decreto e nas normas e padrões
a serem baixadas pelo Ministério da Saúde configurará infração de natureza
sanitária a ser apurada e punida na forma do Decreto-lei número 785, de 2 5
d e agosto d e 1969 .
Art. 8.° Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revo­
gadas as disposições em contrário .

Brasília, 31 de dezembro de 1975; 154.° da Independência e 87.° da República.

ERNESTO GEISEL
Paulo de Almeida Machado

PORTARIA N.o 30-Bsb - DE 1 1 DE FEVEREIRO DE 1977

O Ministro de Estado da Saúde, no uso das atribuições que lhe confere o


artigo 2.° do Decreto n.o 76.973, de 31 de dezembro de 1975, resolve :

r - Aprovar os conceitos e definições de que trata o item I do artigo 2.°


do Decreto n .o 76.973, de 31 de dezembro de 1975, referentes às normas e padrões
previstos no artigo 1.0, letra "g" da Lei n.o 6.229, de 17 de j ulho de 1975.

II - Recomendar à Coordenação de Assistência Médica e Hospitalar, da


Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde do Ministério da Saúde as pro ­
vidências necessárias à publicação na Imprensa Nacional, e impressão, do do­
cumento mencionado no item I desta Portaria, promovendo sua divulgação j unto
aos órgãos e entidades interessados, em todo o território nacional .
III - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas
as disposições em contrário.

Paulo de Almeida Machado

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Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enf.; DF, 30 : 314-338, 1977.

I - TERMI NOLOG IA GERA L

{l 1 . ASSIS'ttNCIA MÉDICA 07 . HOSPITAL


É O conj unto de ações, métodos e É parte integrante de uma organi­
procesoss da ciência médica e mpre­ zação médica e social, cuja função
gado na promoção, proteção, recupe­ básica consiste em proporcionar à
ração e reabilitação de um paciente. população assistência médica inte­
gral, curativa e preventiva, sob
02 . ASSIS�NCIA MÉDICO­ quaisquer regimes de atendimento,
SANITARIA
inclusive o domiciliar, constituindo­
É o conj unto de ações, métodos e
se também em centro de educação,
processos de ciência da saúde em-
capacitação de recursos humanos e
\ pregado na promoção, proteção, re­
de pesquisas em saúde, bem como
cuperação e reabilitação, desenvol­
de encaminhamento de pacientes,
vidos com a participação de comu­
cabendo-lhe supervisionar e orien­
nidades, visando a elevação do nível
tar os estabelecimentos de saúde a
de saúde de populações .
ele vinculados tecnicamente.

03 . ASSIS�NCIA MÉDICO­
HOSPITALAR 03 . HOSPITAL GERAL

É aquela que tem por base a ação É o hospital destinado a atender


de um serviço médico ( ambulatório, pacientes portadores de doenças das
posto de assistência médica, clínica, várias especialidades médicas. Pode­
policlínica, serviço médico-hospita­ rá ter a sua ação limitada a um
lar) e/ou hospital. grupo etário ( hospital infantil) , a
determinada camada da popUlação
'()4 . ASSISTÊNCIA HOSPITALAR GERAL
( hospital militar, hospital previden­
É aquela prestada pelos hospitais
ciário ) ou a finalidade específica
gerais e especializados, com exceção
( hospital de ensino) .
dos que se destinam exclusivamente
ao tratamento de tuberculose, han­
09 . HOSPITAL ESPECIALIZADO
seníase e doenças mentais .
É o hospital destinado, predominan­
temente, a atender pacientes neces­
O[) . ASSISTÊNCIA AMBULATORIAL
sitados da assistência de uma deter­
É a prestação de serviços de saúde
minada especialidade médica.
a pg cientes, em estabelecimentos (de
saúde ) , em regime de não interna­
ção. 10 . HOSPITAL-DIA
É a modalidade de atendimento em
�6 . ASSISTÊNCIA MÉDICO­ hospital na qual o paciente utiliza,
DOMICILIAR com regularidade, os serviços da ins­
É a assistência médica prestada por tituição, na maior parte do dia, pa­
serviço de saúde, de forma descen­ ra fins de tratamento e/ou reabi­
tralizada, j unto ao domicillo. litação.

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Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enf. ; DF, 30 : 314-338, 197 1.

1 1 . HOSPITAL-NOITE tária, acrescido de leitos para inter­


É a modalidade de atendimento em nação de pacientes, basicamente, em
hospital na qual o paciente utiliza, clínica pediátrica, obstétrica c mé­
com regularidade, Os serviços e o dico-cirúrgica de emergência.
leito hospitalar, durante o período
16 . POSTO DE ASSIST1i:NCIA MÉDICA
noturno.
É um estabelecimento de saúde para
assistência médica ambulatorial sem
1 2 . HOSPITAL DE CURTA
serviços médicos especializados.
PERMAmNCIA
É aquele cuj a média de permanência
17 . POLICLíNICA
de pacientes internados não ultra­
É um estabelecimento de saúde para
passa 30 (trinta) dias.
assistência médica ambulatorial, com
serviços médicos especializados.
1 3 . HOSPITAL DE LONGA
PERMAN1i:NCIA
18 . HOSPITAL LOCAL
É aquela cuja média de permanência
de pacientes internados ultrapassa É o hospital destinado a servir à
população de determinada área geo­
30 ( trinta ) dias .
gráfica, prestando, no mínimo, assis­

1 4 . UNIDADE SANITARIA tência nas áreas básicas de clínica


médica, pediátrica, Cirúrgica, obsté­
É o estabelecimento de saúde desti­
trica e de emergência.
nado a prestar assistência médico­
sanitária a uma p opulação, em área
19 . HOSPITAL DISTRITAL
geográfica definida, sem internação
É o hospital geral que, além de pres­
de pacientes, podendo, como ativi ­
tar assistência médico- cirúrgica pró­
da de complementar, prestar assis­
pria de hospital local a uma popu­
tência médica a pessoas.
lação determinada, presta serviços
14 . 1 POSTO DE SAÚDE mais especializados a pacientes en­
É uma unidade sanitária, sim­ caminhados de sua e de outras loca­
plificada, destinada a prestar lidades, enviando pacientes necessi­
assistência médico-sanitária a tados de assistência mais complexa
uma população, contando com a um hospital de base.
controle e supervisão médica
periódica. 20 . HOSPITAL DE. BASE
É o hospital geral destinado a cons­
14 . 2 CENTRO DE SAÚDE
tituir-se em centro de coordenação
É uma unidade sanitária, com­
e integração do serviç o médico-hos­
plexa, destinada a prestar as­
pitalar de uma área, devendo estar
sistência médico-sanitária a
capacitado a prestar assistência es­
uma população, contando com
pecializada mais diferenciada a pa­
ambulatórios para assistência
cientes encaminhados de Hospitais
médica permanente .
Distritais, além da assistência mé­
dico-cirúrgica própria de hospital
15 . UNIDADE MISTA ( TAMBÉM CO­
local.
NHECIDA COMO UNIDADE INTE­
GRADA OU HOSPITAL-UNIDADE
2 1 . HOSPITAL DE ENSINO OU
SANITARIA)
HOSPITAL UNIVERSITARIO
É o estabelecimento de saúde com É o hospital geral com as caracte­
as características de Unidade Sani- rísticas e funções do Hospital de

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Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enf.; DF, 30 : 314-338, 1977.

Base, utilizado por Escolas de Ciên­ associados e respectivos dependen­


cias da Saúde, como centro de for­ tes, cujos atos de constituição espe­
mação profissional. cifiquem sua clientela, que não re­
munere os membros da sua diretoria,
22 . HOSPITAL DE CORPO CLíNICO que aplique integralmente os seus
FECHADO recursos na manutenção e desenvol­
É o hospital onde não se permitem, vimento dos seus objetivos sociais e
em rotina, atividades de outros pro­ cujos bens, no caso de sua extinção,
fissionais, que não os integrantes do revertam em proveito de outras ins­
próprio Corpo Clínico. tituições do mesmo gênero ou ao
Poder Público.
23 . HOSPITAL DE CORPO CLíNICO
ABERTO 28 . HOSPITAL FILANTRÓPICO

É o hospital que, mesmo tendo Corpo É o que integra o patrimõnio de

Clínico estruturado, permite, a qual­ pessoa j urídica de direit o privado,

quer profissional habilitado da co­ mantido parcial ou integralmente

munidade, internar e tratar seug pa­ por meio de doações, cujos membro�

cientes. de seus órgãos de direção e consul­


tivos não sejam remunerados, que

24 . HOSPITAL DE CORPO CLíNICO se proponha à prestação de serviços


MISTO gratuitos à população carente em
seus ambulatórios, reservando leitos,
É o hospital que, mesmo tendo Corpo
de acordo com a legislação em vigor,
Clínico fechado, faz concessão, por
ao internamento gratuito, organiza ­
cortesia, a outros profissionais, para
do e mantido pela comunidade e
internar e assistir seus pacientes.
cujos resultados financeiros rever­
tam exclusivamente ao custeio de
25 . HOSPITAL ESTATAL OU PARA­
despesa de administração e manu­
ESTATAL
tenção.
É o que integra o patrimõnio da
União, Estado, Distrito Federal e Mu­
29 . AMBULATÓRIO
nicípios ( pessoas j urídicas de direito
É a unidade do Hospital ou de outro
público interno ) , autarquias, funda­
serviço de saúde destinada à assis­
ções instituídas pelos Poder Público,
tência a pacientes externos para
empresas públicas e sociedades de
diagnóstico e tratamento.
economia mista ( pessoas j urídicas de
direito privado ) .
30 . HOSPITAL DE PEQUENO PORTE
É o hospital que possui capacidade
26 . HOSPITAL PRIVADO OU
normal ou de operação de até 50
PARTICULAR
leitos.
É o hospital que integra o patrimõ­
nio de uma pessoa natural ou jurí­ 3 1 . HOSPITAL DE MÉDIO P ORTE
dica de direito privado, não insti­ É o hospital que possui capacidade
tuída pelo Poder Público . normal ou de operação de 50 a 150
leitos.
27 . HOSPITAL BENEFICENTE
É o que integra o patrimõnio de 3:.! . HOSPITAL DE GRANDE PORTE
pessoa j urídica de direito privado, É o hospital que possui capaCidade
instituído e mantido por contribui­ normal ou de operação de 150 a 500
ções e doações particulares, destina­ leitos. Acima de 500 leitos considera­
do à prestação de serviços a seus se hospital de capaCidade extra.

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Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enf.; DF, 30 : 314-338, 1977.

Nota : Os termos pequeno, médio, ças transmissíveis, doenças mentais


grande e extra referem-se unica­ agudas, tuberculose forma aguda.
mente ao número de leitos, não ten­ berçário, unidade de tratamento in­
do qualquer relação com a qualidade tensivo, unidade de emergência c

e complexidade da aSsistência pres­ outras, como segue :


tada.
5.1 UNIDADE DE INTERNAÇAO
PEDIATRICA (em hospital
II - TERMINOLOGIA FíSICA
geral)
0 1 . ELEMENTO li: o conjunto de elementos des­
li: a área ou compartimento com fi­ tinados a pacientes de idade até
nalidad e determinada que, em con­ 14 anos, reunidos por grupo
j unto, compõe uma unidade do hos­ etário, possuindO não mais de
pital. 70 leitos, por unidade.
5.2 UNIDADE DE INTERNAÇAO
02 . UNIDADE DO HOSPITAL
PARA DOENÇAS TRANSMIS­
li: o conj unto de elementos funcio­ StVEIS
nalmente agrupadOS, onde são ex> li: o conjunto de elementos des­
cutadas atividades afins, visando o
tinados a pacientes portadores
melhor atendimento ao p aciente, de doenças transmissíveis, per­
dando-lhe conforto, segurança e fa­ mitindo condições de isolamen­
cilitando o trabalho do pessoal. to, cujo número não deve ultra­
As unidades de um hospital podem passar de 30 leitos por unidade.
variar em número e dimensões, em
5.3 UNIDADE DE INTERNAÇAO
função do total de leitos, finalidade
PARA DOENÇAS MENTAm
e técnicas operacionais adotadas.
AGUDAS
li: o conjunto de elementos des­
03 . UNIDADE DE INTERNAÇAO OU
tinados a pacientes portadores
UNIDADE DE ENFERMAGEM
de doenças mentais agudas,
li: o conjunto de elementos destina­
cujo número não deve ultra­
dos à acomodação do paciente in­
passar de 30 leitos por unidade.
ternado, e que englobam facilidades
adequadas à prestação de cuidados 5.4 UNIDADE DE INTERNAÇAO
necessários a um bom atendimento. PARA TUBERCULOSE, FORMA
AGUDA
04 . UNIDADE DE INTERNAÇAO GERAL li: o conj unto de elementos des­
li: a existente nos hospitais gerais, tinados a pacientes portadores
pOSSUindo ao redor de 25 leitos quan­ da tuberculose, forma aguda,
do localizados só em quartos indi­ cujo número não deve ultra ­
viduais, 32 leitos quand o em quartos passar de 30 leitos por unidade.
com dois leitos e 40 leitos quando
5.5 UNIDADE DE BERÇARIO
em quartos de até 2 leitos e enfer­
li: o conjunto de elementos des­
marias.
tinados a alojar para assistên­
cia, recém-nascidos sadios, pre­
05 . UNIDADE ESPECIAL DE
maturos e patológicos.
INTERNAÇAO
li: o conjunto de elementos destina­ 5.6 UNIDADE DE TRATAMENTO
dos a pacientes que recebem assis­ INTENSIVO
tência especializada, exigindo carac­ li: o conj unto de elementos des­
terísticas especiais, como as de doen- tinados a receber paCientes em

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Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enf.; DF, 30 : 314-338, 1977.

estado grave, com possibilidades do basicamente fórmulas lác­


de recuperação, exigindo assis­ teas, sucos e regimes dietéticos
tência médica e de enfermagem prescritos.
permanente, além da utilização
OÕ . UNIDADE DE SERVIÇOS COMPLE­
eventual de equipamento espe­
MENTARES DE DIAGNÓSTICO E
cializado.
TRATAMENTO
5.7 UNIDADE DE EMERGÊNCIA É o conjunto de elementos onde está
Ê o conjunto de elementos que localizada a maioria dos serviços
servem ao atendimento, diag­ que complementam o diagnóstico, ou
nóstico e tratamento de pacien_ auxiliam na recuperação da saúde,
tes acidentados ou acometidos tais como : laboratório de patOlogia
de mal súbito, com ou sem risco clínica, radiologia clínica , hcmotera­
iminente de vida. pia, laboratório de anatomia patoló­
gica, cletrocardicgrafia, eletroence­
5.8 UNIDADE DE CENTRO falografia, fisioterapia, radiosótopos,
CIRÚRGICO medicina nuclear e outros .
Ê o conjunto de elementos des­
tinados às atividades cirúrgicas, 07 . UNIDADE DE SERVIÇOS GERAIS
bem como à recuperação pós­ É o conjunto de elementos onde se
a n e s t é s i c a e pós-operatória realizam os serviços que suprem
imediata. r o u p a, alimentação, transportes,
energia elétrica, vapor e todo ma­
5.9 UNIDADE DE CENTRO
terIal necessário para o funciona­
OBSTÉTRICO
mento do hospital.
É o conj unto de elementos onde
Compreende entre outros, os seguin­
são realizados : o trabalho de
tes serviços : alimentação, lavande­
parto, o parto, a cirurgia obsté_
ria, material, limpeza, oficinas de
trica e os primeiros cuidados
manutenção, conservação e reparos,
com os recém-nascidos.
central de vapor, vestiário, garagem
5 . 10 UNIDADE DE CENTRO CIRúR­ e necrotério.
GICO-CENTRO OBSTÉTRICO
É o conj unto de elementos des­ 08 . UNIDADE DE ADMINISTRAÇAO
tinados às atividades cirúrgico­ É o conj unto de elementos onde está
obstétricas, em uma única área, localizada a maioria dos serviços
em pequenos hospitais. destinados às atividades administra­
tivas do hospital, compreendendo,
5 . 1 1 UNIDADE DE CENTRO DE basicamente, pessoal, contabilidade,
MATERIAL comunicações, transportes, matrícula
É o conjunto de elementos des­ e registro de pacientes.
tinados a expurgo, preparo e
esterilização, guarda e distribui­ 09 . UNIDADE DE AMBULATÓRIO OU
ção do material para as uni­ UNIDADE DE PACIENTES
dades do hospital. EXTERNOS
É o conjunto de elementos que possi­
5 . 12 UNIDADE DE LACTARIO bilita o atendimento de pacientes
É o conjunto de elementos des­ para diagnóstiCO e tratamento quan­
tinados ao preparo de alimen­ do constatada a não necessidade de
tação par� as crianças, incluin_ internação .

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Conceitos e definições en. saúde. Rev. Bras. Enf.; DF, 30 : 314-338, 1977.

III - TERMINOLOGIA 2.1 ESTATUTO


ADMNISTRATIVA É o conj unto de normas básicas
que rege a instituição. definindo
0 1 . .DO PESSOAL seus obj etivos e sua organiza­
1.1 QUADRO/TABELA ção.
É O conjunto de cargos ou em­
2.2 REGULAMENTO
pregos de uma mesma organi­
É o ato normativo destinado a
zação, podendo compreender
esclarecer e completar o esta­
carreiras, posições isoladas e
tuto.
funções gratificadas.
2.3 REGIMENTO
1.2 CARREIRA OU SÉRIE DE
CLASSES É o ato normativo que especi­

É o agrupamento das classes fica dispositivos regulamenta­

de uma mesma profissão ou res, interpretando e completan­


do o Regulamento.
atividade, escalonadas segundo
a hierarquia da organização, 2.4 ROTINA
para acesso privativo dos titu­ É o conjunto de elementos que
lares dos cargos que as inte­ especifica a maneira exata pela
gram. qual uma ou mais atividades
devem ser realizadas.
1.3 CARGO/EMPREGO
É a posição instituída na orga­ 2.5 INSTRUÇAO DE SERVIÇO
nização própria, atribuições es­ É a ordem escrita e geral, a res­
pecíficas e estipêndio correspon­ peito de modo e forma de exe­
dente, para ser provido e exer­ cução de determinado serviço,
cido por um titular. expedida pelo superior hierár­
1.4 FUNÇAO quico, com o obj e tivo de orien­
É a atribuição ou conjunto de tar os subalternos no desempe­
atribuições conferidas a cada nho das atribuições que lhes es­
categoria profissional, ou co­ tão afetas, e assegurar unida­

metidas individualmente a de­ de de ação ao organismo admi­


nistrativo.
terminados servidores e/ou em­
pregados, para execução de de­ 2.6 ORDEM DE SERVIÇO
terminadas atividades. É o documento expedido por
1.5 CLASSE autoridade comp:tente, decidin­
É o agrupamento de cargos da do a execução de prov:dências,
mesma profissão e com idênti­ de forma explícita.
cas atribuições, responsabilida­ 2.7 PORTARIA
des e vencimentos. As classes É o ato administrativo interno
constituem os degraus de acesso pelo qual a administração ex­
na carreira. pede determinações gerais ou
especiais a seus subordinados,
1.6 LOTAÇAO
ou designa servidores e/ou em­
É o número de servidores e/ou
pregados, para funções e cargos .
empregados que devem ter exer­
cício e m cada organização, ór­ 2.8 RESOLUÇAO
gão ou setor. É o ato administrativo norma­
tivo expedido por alta autorida­
0 . 2 DOS ATOS ADMINISTRATIVOS de executiva , para disciplinar

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Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enf.; DF, 30 : 314-338, 1977.

matéria de sua competência es­ 4.5 ALVARÁ


pecífica. É o documento passado a favor
de alguém, por autoridade ad­
0 . 3 DOS GRÁFICOS REPRESENTATI­ ministrativa, que contém ordem
VOS ou autorização para a prática
de determinado ato.
3.1 CRONOGRAMA 4.6 ATA
É a representação grâfica da É o registro escrito e formal que
previsão da execução de um se faz de reuniões, decisões ou
trabalho, na qual se indicam os ocorrências, em livro próprio ou
prazos em que deverão ser exe­ em folhas avulsas autenticadas.
cutadas as suas diversas fases. 4.7 ATESTADO
3.2 FLUXOGRAMA É a declaração escrita e assina­
É a representação grâfica da da sobre a verdade de um fato,
seqüência de uma ou mais ati­ para servir de documento a ou­
vidades, caracterizadas as fa­ tra pessoa.
ses, operações e os agentes exe­ 4.8 BOLETIM
cutores. É a publicação periódica que,
3.3 ORGANOGRAMA em geral, constitui órgão de di­
É o gráfiCO representativo da vulgação.
estrutura administrativa de 4.9 CIRCULAR
uma organização ou serviço, in­ É o texto relativo a determina­
dicando as relações de autori­ do assunto, que se faz veicular
dades e responsabilidade exis­ para conhecimento de vârias
tente. pessoas.

4 . 10 NORMA, PADRAO OU MODELO


04 . DA DINAMICA ADMINISTRATIVA É o que se estabelece como base
ou medida para a realização ou
4.1 PROCESSO a valiação de alguma coisa.
É a maneira de execução de
4 . 11 CONTRATO
uma função, exprimindo os atos
É o acordo entre duas ou mais
ou operações praticadas e os
partes, que transferem entre si
meios mediante os quais a fun­ algum direito e/ou sujeitam-se
ção se realiza, ou o obj etivo é a alguma obrIgação.
alcançado.
4 . 12 CONVÉNIO
4.2 MÉTODO É o ajuste ou pacto firmado en­
É a maneira ou modo específico tre instituições ou partes, para
de realizar um processo ou uma a realização de certos e deter­
operação. minados atos. Pode ser feito
4.3 OPERAÇAO entre entidades cOletivas, socie­
É o desempenho de trabalho es­ dades ou instituições agrupadas
pecífico, realizado em qualquer para formar Um bloco de defe­
lugar ou fase de um processo. sa comum.

4.4 ATIVIDADE 4 . 13 DESPACHO


É o conj unto de operações e É o ato pelo qual uma autori­
movimentos independentes, que dade administrativa determina,
objetiva atingir um fim deter­ s oluciona ou dâ andamento a
minado. assuntos de sua competência.

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COnceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enf.; DF, 30 : 314-338, 1977.

4 . 14 COMISSAO PERMANENTE 04 . CONSULTA SUBSEQUENTE


É aquela que tem sua duração É a que se sucede à primeira con­
por tempo indetenninado, pre­ sulta, na mesma clínica ou com o

vista em Regulamento ou Regi­ mesmo médico.


mento, para um fim específico. 05 . INTERNAÇAO
4 . 15 COMISSAO TEMPORARIA É a admissão de um paciente para
É aquela que tem sua duração ocupar um leito hospitalar.
por tempo determinado e é 06 . LEITO HOSPITALAR
constituída para um objetivo É a cama destinada à internação de
específico, por autoridade com­ um paCiente no hospital .
petente. Não se deve considerar leito hospi­
4 . 16 ARQUIVO talar:
É o lugar onde se identificam a) cama destinada a acompanhante ;
e guardam, ordenadamente, do­
b) cama transitoriamente utilizadas
cumentos gráficos, manuscritos,
nos serviços complementares de
fotográficos e outros, segundo a
diagnóstico e tratamento;
necessidade d a organização.
c) camas de pré-parto e recupera­
4 . 17 BIBLIOTECA
ção pós-anestésica ou pós-opera­
É a coleção de livros e docu­
tória ;
mentos organizada para estudo,
d) camas da Unidade de Tratamento
leitura e consulta.
Intensivo ;
4 . 18 MESA ADMINISTRATIVA
(Conselho de Administração. . e) berços destinados a recém-nasci­
dos sadios;
Diretoria, Conselho Diretor)
É o órgão superior da adminis­ f) camas instaladas nos alojamen­
tração que estabelece a política tos de médicos e pesosal do hos­
assistencial, de ensino e de pes­ pital;
quisa, fixa seus objetivos, provê
07 . BERÇO DE MATERNIDADE
recursos financeiros, humanos e
É a cama destinada ao recém-nas­
materiais, e administra os fun­
cido sadio, nascido no hospital.
dos de sua manutenção.
Nota : O berço destinado a recém­
nascidos enfermos, prematuros, cri­
IV � TERMINOLOGIA MÉDICO­
anças enfennas. e recém-nascidos
HOSPITALAR
admitidos para tratamento é consi­
derado leito infantil e, como tal, será.
0 1 . MATRíCULA OU REGISTRO
computado na lotação.
É a inscrição de um paciente na uni­
dade médico-hospitalar, que o habi­ 08 . CAPACIDADE HOSPITALAR DE
lita ao atendimento. PLANEJAMENTO
É o número máximo de leitos que
02 . CONSULTA MÉDICA poderão ser colocados em quartos e
É o atendimento de um paciente, por enfermarias, respeitada a legislação
médico, para fins de exame, diag­ em vigor.
nóstico, tratamento e orientação.
09 . CAPACIDADE HOSPITALAR
03 . CONSULTA DE PRIMEIRA VEZ OU NORMAL OU DE OPERAÇAO
PRIMEIRA CONSULTA É o número de leitos efetivamente
É o primeiro atendimento médico a existentes no hospital, respeitada a
um paciente. legislação em vigor.

324
Conceitos e definições em. saúde. Rev. Bras. Enl.; DF, 30 : 314-338, 1977.

10 . CAPACIDADE HOSPITALAR DE 1 9 . PACIENTE INTERNADO


EMERG1:NCIA É aquele que, admitido no hospital,
É o número de leitos que, efetiva­ passa a ocupar um leito.
mente, poderão ser colocados no hos­
20 . PACIENTE DE AMBULATÓRIO OU
pital, em circunstâncias anormais ou
EXTERNO
de calamidade pública, com aprovei­
É aquele que, após ser registrado Ou
tamento de áreas consideradas uti­
matriculado, num serviço médico­
lizáveis, respeitada a legislação em
hospitalar, é assistido em regime de
vigor.
não internação.
11 . DIA HOSPITALAR
É o período de trabalho, 'compreen­ 21 . PACIENTE NAO CONTRIBUINTE
dido entre dois censos hospitalares É aquele que não retribui com qual­
consecutivos. quer pagamento a assistência médi­
co-hospitalar recebida.
12 . CENSO HOSPITALAR DIARIO
É a contagem, cada 24 horas, do nú­
22 . PACIENTE CONTRIBUINTE OU
mero de leitos ocupados.
PAGANTE
13 . LEITO DIA
É aquele Que retribui com pagamen­
É a unidade representada pela cama
to total ou parcial, direta ou indire­
à disposição de um paciente no hos­
tamente, a assistência médico-hos­
pital.
pitalar recebida .
14 . PACIENTE DIA
É a unidade de mensuração da as­ 23 . PACIENTE DE CONVtNIO, D E
sistência prestada, em um dia. hos­ CONTRATO O U SEGURADO
pitalar, a um paciente internado, de­ :s: o paciente contribuinte, que paga
vendo o dia de alta somente ser com­ indiretamente. de forma total ou
putado quando este ocorrer no dia parcial, a assistência médico-hospi­
da internação. talar recebida .

15 . CUSTO DO PACIENTE DIA 24 . ÓBITO HASPITALAR


É a unidade de gasto hospitalar; re­ É o que se verifica no hospital após
presentando a média dos dispêndios o registro do paciente.
diretos e indiretos por serviço pres­
tado a um paciente, num dia hos­ 25 . ÓBITO HOSPITALAR ESPECíFICO
pitalar. OU INSTITUCIONAL
É o que se verifica após 48 horas de
16 . PACIENTE NOVO
internação de um paciente.
É .aquele que, após ser registrado, e
assistido pela primeira vez em um
26 . ÓBITO FETAL
serviço médico-hospitalar.
É a morte de um prOduto da concep­
17. PACIENTE ANTIGO ção, antes da expulsão, ou de sua
É aquele que, já registrado e assis­ extração completa do corpo matemo,
tido anteriormente, no serviço mé­ independentemente da duração da
dico-hospitalar, volta para novamen­ gravidez. Indica o óbito o fato de,
te receber assistência. depois da separação, o feto não res­

18 . PACIENTE DE RETORNO pirar nem dar nenhum outro sinal


É aquele que, após a primeira con­ de vida, como batimentos do coração,
sulta, ou após alta hospitalar, volta pulsações do cordão umbilical ou
para receber tratamento de conti­ movimentos efetivos dos músculos de
nuação. contração voluntária .

325
Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enf.; DF, 30 : 314-338, 1977.

27 . óBITO NEO-NATAL 38 . PRONTUARIO MÉDICO


É aquele ocorrido em crianças me­ É o conjunto de documentos p&dro­
nores de 28 dias de vida. nizados, destinados ao registro da
assistência prestada ao paciente,
28 . óBITO INFANTIL TARDIO desde a sua matrícula a Sua alta.
É aquele ocorrido em crianças de
mais de 28 dias e de menos de 1 ano v - ESTATíSTICA HOSPITALAR
de idade. MEDIDAS E INDICADORES

29 . ÓBITO INFANTIL 0 1 . TMGH - TAXA DE MORTALIDADE


É aquele ocorrido em crianças me­ GERAL HOSPITALAR
nores de 1 ano. É a relação percentual entre o nú­
mero de óbitos ocorridos em pacien­
30 . óBITO DE CRIANÇA E tes internados durante um determi­
ADOLESCENTE nado período, e o número de pacien­
É aquele ocorrido em paciente de até tes saídos ( altas e óbitos) , no mes­
14 anos. mo período.
A fórmula para o cálculo é :
31 . óBITO DE ADULTO
� o ocorrido em paciente de mais de n.O de óbitos em determinado
14 anos. período x 100

n.O de saídas no mesmo período


32 . óBITO MATERNO
É o ocorrido em conseqüência de
02 . TMI - TAXA DE MORTALIDADE;
complicações da gravidez, do parto
INSTITUCIONAL
ou do puerpério.
É a relação percentual entre o nú­
33 . óBITO OPERATóRIO mero de óbitos ocorridos no hospital,
É o ocorrido durante o ato cirúrgico após 48 horas da admissão, durante
ou em conseqüência deste. determinado período, e o número de
pacientes saídos (altas e óbitos) . no
34 . óBITO TRANSOPERATóRIO mesmo período.
É o ocorrido durante o ato operatório, A fórmula para o cálculo é :
como conseqüência do mesmo.
n.O de óbitos após 48 horas em
35 . óBITO POR ANESTESIA determinado períodO x 100
É o causado por agentes anestésicos n.O de saídas no mesmo períOdO

36 . óBITO PóS-OPERATóRIO 03 . TMAn - TAXA DE MORTALIDADE


É o ocorrido dentro dos dez primei­ POR ANESTESIA
ros dias da operação e em conse­
É a relação percentual entre o nú­
qüência desta .
mero de óbitos por anestesia, ocor­
ridos durante determinado período,
37 . ALTA
no hospital, e o tot&l de anestesias
É o ato médico que configura a ces­
ministradas, no mesmo período.
sação de assistência prestada ao p&­
A fórmula para o cálculo é :
ciente. Compreende :

a) alta de ambulatório; n.o d e óbitos por anestesia, durante


b ) alta hospitalar ; determinado períOdo x 100

c) alta domiciliar. n.O de ane::t8sias no meSr.1Q períOdo

326
Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enf. ; DF, 30 : 314-338, 1977.

04 . TMTo - TAXA DE MORTALIDADE. n.O de óbitos de obstetrícia durante


TRANSOPERAT6RIA determinado período x 100
É a relação percentual entre o nú­
n.O de pacientes de obstetrícia saídos
mero de óbitos transoperatório, ocor­ no mesmo período
ridos durante determinado período
de tempo, e o total de pacientes ope­ 08 . TMFe - TAXA DE MORTALIDADE

rados, no mesmo período. FETAL


É a relação percentual entre o nú­
A fórmula para o cálculo é :
mero de óbitos fetais ocorridos, du­
n.O de óbitos transoperatórios em rante determinado período, no hos­
determinado período x 100 pital, e o número de nascimentos vi­
vos no mesmo período.
n.O de pacientes operados no mesmo
A Fórmula para o cálculo é :
período

n.O d e óbitos fetais, durante


05 . TMO - TAXA DE MORTALIDADE
determinado período x 100
OPERATÓRIA
É a relação percentual entre óbitos n.O de nasci mentos no mesmo
ocorridos durante o ato cirúrgico período
e/ou a ele atribuídos e o total de atos
09 . TMNn - TAXA DE MORTALIDADE
cirúrgicos.
NEONATAL
A fórmula para o cálculo é : É a relação percentual entre o nú­
mero de óbitos em menores de 28
óbitos durante o ato cirúrgico x 100 dias, ocorridos durante determinado
período, no hospital. e o número de
total de atos cirúrgicos
nascidos vivos no mesmo período.
A Fórmula para o cálculo é :
06 . TMPo - TAXA DE MORTALIDADE
PóS-OPERATÓRIA
n.O de óbitos de menores de 28 dias
É a relação percentual entre o nú­ durante determinado período x 100
mero de óbitos pós-operatório, ocor­
n.O de nascidos vivos no mesmo
rIdos durante determinado período
período
de tempo, e o total de pacientes ope­
rados no mesmo período.
10 . TMIt - TAXA DE MORTALIDADE
A Fórmula para o cálculo é : INFANTIL TARDIA
É a relação percentual entre o nú­
n.O de óbitos pós-operatórios em
mero de óbitos em crianças, de 28
determinado período x 100
dias a menos de 1 ano, nascidas no
n.O de pacientes operados no mesmo hospital, durante determinado perío­
período do, e o número de nascidos vivos no
mesmo período.
07 . TMMa - TAXA DE MORTALIDADE
A fórmula para o cálculo é :
MATERNA
É a relação entre o número de óbitos n.O de óbitos e m crianças de 28 dias
maternos por complicação de gravi­ a menos de 1 ano x 100
dez, parto e puerpério, ocorridos du­
n.O de nascidos vivos no mesmo
rante um determinado período, no
períOdo
hospital, e o número de pacientes
de obstetrícia saídos ( altas e óbitos ) . 1 1 . TMI - TAXA DE MORTALIDADE
A Fórmula para o cálculo é : INFANTIL

327
Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enf. ; DF, 30 : 314-338, 1977.

É a relação percentual entre o nú­ 15 . TRTn - TAXA DE REMQÇAQ DE


mero de óbitos em menores de 1 ano, TECIDOS NORMAIS
nascidos no hospital durante deter­ É a relação percentual por exames
minado período e o n.o de nascidos histopatológicos, entre o número de
vivos no mesmo período. tecidos no!"mais, removidos em atas
A fórmula para o cálculo é : Cirúrgicos, durante determinado pe­
n.O de óbitos infantis durante ríodo e o total de remoções de te­
determinado período x 100 cidos, realizado nestas intervenções.
no mesmo período.
n.O de nascidos vivos no mesmo
período
Nota : Sob certos aspectos, os casos
12 . TCe - TAXAS DE CESARIAS
de remoção de tecido normal caem
É a relação percentual entre o nú­
no âmbito da Cirurgia desnecessária.
mero de cesárias, ocorridas durante
Não obstante, casos existem em que
determinado período, no hospital, e
a remoção de tecido normal é acei­
o número de partos no mesmo pe­
tável, casos de prolapso e outros des­
ríodo.
locamentos de útero em mulheres
A fórmula para o cálculo é :
que j á ultrapassaram a idade da
n.O d e cesárias e m determinado procriação, retirada de tecidos nor­
período x 100 mais em hernioplasias, e outros.

n.O de partos no mesmo período A fórmula para o cálculo é :

13 . TBIn - TAXA BRUTA DE n.O d e remoções de tecido normal


INFECÇóES durante determinado períOdo x 100
É' a relação percentual entre o nú­
n.O de remoções de tecidos no
mero de infecções, ocorridas durante mesmo períOdo
determinado período, e o total de al­
tas e óbitos, no mesmo período. 16 . TCD - TAXA DE CIRURGIA
DESNECESSARIA
A fórmula para o cálculo é :
É a relação percentual entre o total
n.O d e infecções ocorridas em
de intervenções cirúrgicas, sem com­
determinado período x 100
provada indicação, e o total de in­
n.O de pacientes saídos (altas e tervenções em �eterminado período.
óbitos) no mesmo período
A fórmula para o cálculo é :
14 . TIHo - TAXA DE INFEcçAO
n.o de intervenções cirúrgicas não
HOSPITALAR
fundamentadas, em determinado
É a relação percentual entre o nú­ períOdo x 100
mero de infecções adquiridas pelo
paciente, durante sua permanência n.O de intervenções Cirúrgicas no
no hospital, em determinado período, mesmo período
e o número de pacien�es saídos (al­
17 . TNe - TAXA DE NECRóPSIAS
tas e óbitos) no mesmo período.
É a relação percentual entre o nú­
A fórmula para o cálculo é :
mero de necrópsias de pacientes fa­
h.O d e infecções atribuíveis ao
lecidos no hospital, durante deter­
hospital em determinado
período x 100 minado período, e o número de óbi­
tos ocorridos no mesmo período.
n.O de saídas (altas e óbitos) no
mesmo período A fórmula para o cálculo é :

328
Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enl.; DF, 30 : 314-338, 1977.

n.O de necrópsias em determinado média dos censos diários em


período x 100 determinado período x 100

n.O de óbitos no mesmo período lotação do hospital no


mesmo período
18 . TENe - TAXA ESPECíFICA DE
NECRÕPSIAS 2 1 . TCo - TAXA DE COMPLICAÇOES
OU INTERCORRÉNCIAS
É a relação percentual entre o nú­
É a relação percentual entre o nú­
mero de necrópsias de pacientes fa­
mero de complicações ou lntercor­
lecidos no hospital, menos os casos
rênclas havidas durante determinado
médico-legais, em determinado pe­
período, e o número de altas e óbitos,
ríodo, e o número de óbitos ocorri­
dos, no mesmo período. no mesmo período.
A fórmula para o cálculo é :
A fórmula para o cálculo é :

n.O de complicações durante


n.O d e necrópsias - ( necrópsias
determinad o período x 100
médico-legais em determinado
periodo) x 100
n.O de saídas neste mesmo período
n.O de óbitos no mesmo período
22 . MPDi - MÉDIA DE PACIENTES-DIA
1 9 . TP - TAXA DE PARECERES É a relação entre o número de pa­
cientes-dia, durante determinado pe­
É a relação percentual entre o nú­
ríodo, e o número de dias no mesmo
mero de pareceres emitidos durante
período.
determinado período e o número de
A fórmula para o cálculo é :
altas e óbitos no mesmo período.

A fórmula para o cálculo é : n.O d e pacientes-dia em determinado


período
n.O de pareceres durante determinado
período x 100 n.O de dias no mesmo período

n.O de saídas ( altas e óbitos) no 23 . MPe - MÉDIA DE PERMANÉNCIA


mesmo período É a relação numérica entre o total
de doentes-dia num determinado pe­
20 . TOH - TAXA DE OCUPAÇAO
ríodo, e o total de doentes saídos
HOSPITALAR
( altas e óbitos ) .

a) relação percentual entre o nú­ Nota : Corresponde ao número médio


mero de pacientes-dia e o número de pacientes-dia, serviços prestados
de leibos-dia, num determinado individualmente a cada paciente,
período. determinado período de tempo.
A fórmula para o cálculo é :
A fórmula para o cálculo é :

n.O d e pacientes-dia, dur:;.nte


R.O de pacientes-dia em determin:;.do
determinado períOdO
período x 100
11.0 de pacientes saídos no
n.O de leitos-dia, no mesmo período mesmo período

b) relação percentual entre a média 24 . IrS - íNDICE DE INTERVALO DE


dos censos diários e a lotação do SUBSTITUIÇAO
hospital. Assinala o tempo médio que um leito
A fórmula para o cálculo é : permanece desocupada entre a saída

329
Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enf.; DF, 30 : 314-338, 1977.

de um paciente e a admissão de 0 1 . AFECÇÃO


de outro. Processo mórbido considerado em
Esta medida relaciona a % de ocupa­ suas manifestações atuais, com abs­
ção com a média de permanênc!a. tração de sua causa primordial .

A fórmula para o cálculo é:


02 . AGENTE ETIOLÓGICO
Fator vivo ou inanimado cuja pre­
% de desocupação x média de
permanência em dias sença ou ausência é indispensável
ao início ou manutenção de um pro­
% de ocupação cesso mórbido.

Exemplo : Hospital com 50 leitos com


03 . AGENTE INFECCIOSO
média de permanência de 12 dias e
Organismo, sobretudo microorganis­
% de ocupação de 80 (portanto, o
mo, mas inclusive helmintos, capaz
% de desocupação é de 20 ) . Apli­
de produzir infecção ou doença in­
cando-se a fórmula anterior obtém­
fecciosa.
se :

04 . ALERGIA
20 x 12
= 3 dias Hipersensibilidade a determinadas
80 substâncias e agente� físicos, à qual
se atribuem muitas doenças, como
25 . IRl/IR2 - íNDICE DE RENOVAÇÃO
como asma, enxaqueca, urticária, etc .
OU DE GIRO DE ROTATIVIDADE

a) É a relaçã o entre o número de 05 . ANTIBIÓTICO


pacientes saídos ( altas e óbitos) Substância produzida por seres vivos
durante determinado período, no ou através de síntese, mantendo se­
hospital, e o número de leitos melhanças estruturais às primeiras,
postos à disposição dos pacientes, c apazes de destruir ou impedir a

no mesmo período. Representa a mUltiplicação de microorganismo.

utilização do leito hospitalar du­


06 . ANTISSEPSIA
rante o período considerado.
Conjunto de meios empregados para
n.O de s2.ídas em determinado impedir a proliferação microbiana.
período
07 . ASSEPSIA
n.O de leitos no mesmo período Processo pelo qual se consegue afas­
tar os germes patogênicos de deter­
b ) indica o número de pacientes que
minado local ou objeto.
podem ocupar Um leito durante
um determinado período .
08 . B . C . G .
A fórmula para o cálculo é : Suspensão de Mycobacterium tuber­
culosis varo bovis ( amostra Moreau)
período determinado
atenuada por repiques sucessivos.
média de permanência + intervalo
de substituiçã o Ot' . COEFICIENTE DE INCIDltNCIA
Exemplo : 365 dias É a razão entre o número de casos
24,3 pacientes
de determinada doença diagnostica­
---- =

12 + 3
dos ou notificados no decurso de um
VI - EPIDEMIOLOGIA E IMUNOLOGIA período de tempo ( numerador ) , e a

- Conceitos unidade de população em que ocor-

330
Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enr.; DF, 30 : 314-338, 1977.

rem (denominador) . Expressa-se, ge­ tadoras de certa condição, numa po­


ralmente, em termos do número de pulação indicada, em determinado
casos por 1.000 ou 1.000.000 habitan­ momento, sem tomar em considera­
tes por ano. Este coeficiente pOde ser ção quando essa doença ou condição
específico para idade, sexo ou outro teve início, e como denominador o
atributo ou subdivisão da população total da população em que elas ocor­
(Ver Coeficiente de Morbidade ) . reram. Por exemplo, o coeficiente de
prevalência da tinha do pé numa
10 . COEFICIENTE DE LETALIDADE classe de meninos em determinado
É a razão, geralmente expressa sob dia poderia ser de 25 a 100; ou coe­
a forma de percentagem, entre o nú­ ficiente de prevalência de uma rea­
mero de pessoas que morreram em ção sorológica positiva no inquérito
conseqüência de uma doença e as que levado a efeito numa popUlação da
apresentaram a referida doença. O qual foram tomadas amostras de
termo se empreg!1, comumente, com sangue poderia ser de 10 por 1 .000
referência a um surto epidêmico es­
positivos.
pecífico de doença em que todos os
casos foram acompanhados durante 14 . COMPLICAÇAO
um período de tempo apropriado, de Manifestações patOlógicas sobrevin­
modo a incluir todos Os óbitos atri­ das no curso ou no decurso de um
buidos à doença e m apreço. O coefi­ estado mórbido e em relação causal
ciente de letalidade é distinto do direta com ele.
coeficiente de mortalidade .

15 . COMUNICANTE OU CONTACTO
1 1 . COEFICIENTE DE MORBIDADE
Qualquer pessoa ou animal que es­
É o coeficiente de incidência que ex­
teve em contacto com pessoal ou
pressa o número de pessoas da po­
animal infectado, ou com ambiente
pulação considerada que adoeceram
contaminado, de modo a ter tido
durante o período de tempo especi­
oportunidade de contrair a infecção.
ficado.

16 . CONTAGIO
1 2 . COEFICIENTE DE MORTALIDADE
Transmissão de doença de um indi­
Coeficiente calculado da mesma ma­
víduo a outro devido a contato ime­
neira que o coeficiente de incidência,
diato ou mediato.
tendo como numerador o número de
óbitos ocorridos na população duran­
17 . CONTAMINAÇAO
te o período indicado ; geralmente 1
Presença de agente infeccioso na su­
ano. O coeficiente geral ou bruto de
perfície do corpo, no vestuário e nas
mortalidade inclui as mortes por to­
roupas de cama, em brinquedos, ins­
das as causas e é expresso como nú­
trumentos ou pensos cirúrgicos, em
mero de óbitos por 1 .000 habitante'
outros obj etos inanimados e em
ao passo que o coeficiente específico
substância como água, leite e ali­
de mortalidade inclui apem:.s os óbi­
mentos.
tos devidos a uma doença, e é geral­
mente referido na base de 100.000
18 . DESINFECÇAO
habitantes.
Destruição de agentes infecciosos si­

13 . COEFICIENTE DE PREVAU:NCIA tuados fora do organismo, mediante


É a razão que tem como numerador a aplicação direta de meios físicos
o número de pessoas doentes ou por- ou químicos.

331
Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enf.; DF, 30 : 314-338, 1977.

19 . DESINFECÇAO CONCORRENTE vegetal ou animal, de um vetor eu


É a que se faz imediatamente após do meio ambiente inanimado.
a expulsão de matérias infecciosas
do corpo do indivíduo infectado, ou 27 . ECOLOGIA
logo depois de terem sido com elas Ciência que estuda as relações entre
contaminados objetos de uso, antes os seres vivos e o meio ambiente em
que qualquer pessoa entre em con­ que vivem.
tacto com tais matérias ou objetos.
28 . ENDEMIA
20 . DESINFEcçAO TERMINAL É a ocorência habitual de uma do­
É a que se faz após o paciente ter ença ou de um agente infecioso em
sido removido por morte ou hospi­
determina área gográfica ; pode sig­
talização, p or ter cessado de consti­
nificar, também, a prevalência usual
tuir-se fonte de infecção ou por ter
de determinada doença nessa área.
sido suspenso o isolamento.

29 . EPIDEMIA
21 . DESINFESTAÇAO
É a ocorrência, numa coletividade ou
Qualquer processo tisico ou químico
por meio do qual são eliminados da região, de casos da mesma doença

superfície corporal ou das suas rou­ ( ou surto epidêmico) em número que


pas ou do seu meio ambiente, me­ ultrapassa nitidamente a incidência
tazoários, especialmente artrópodes e normalmente esperada, e derivados
roedores. de uma fonte comum ou que se pro­
pagou. O número de casos que ca­
22 . DOENÇA racteriza a presença de uma epide­
Alteração ou desvio do estado fisio­ mia varia segundo o agente infec­
lógico em uma ou várias partes do cioso, o tamanho e o tipo da popu­
corpo. Distúrbio da saúde física ou lação exposta, sua experiência pré­
mental. via com a doença ou a ausência de
casos anteriores e o tempo e o lugar
23 . DOENÇA CONTAGIOSA
da ocorrência.
Doença transmitida, de indivíduo a
indivíduo, sem intermediação .
30 . EPIDEMOLOGIA
24 . DOENÇA INFECTO-CONTAGIOSA Ciência que estuda a distribuição das
É preferível substituir esta expressão Qoenças nas comunidades, relacio­
por "doença transmissível". nando-as a múltiplos fatores, con­
cernentes ao agente epidemiológico,
25 . DOENÇA INFECCIOSA ao hospedeiro e ao meio ambiente,
Doença do homem, ou dos animais, indicando também as medidas para
resultante de uma infecção. sua profilaxia.

26 . DOENÇA TRANSMISSíVEL 31 . ESTERILIZAÇAO


Doença causada por um agente in­ É a destruição ou eliminação total
feccioso ou suas toxinas e contraída de todos os m icro organismos na for­
através da transmissão desse agente, ma vegetativa ou esporu�da.
ou seus produtos. do reservatório ao
hospedeiro suscetível, diretamente de 32 . FONTE DE INFEcçAO
uma pessoa ou animal infectado ou, É a pessoa, animal. objeto ou subs­
indiretamente, por meio de um hos­ tância da qual um agente infeccioso
pedeiro intermediário, de natureza passa diretamente a um hospeideiro.

332
Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enr.; DF, 30 : 314-338, 1977.

33 . FUMIGAÇãO 37 . INCIDÉNCIA
Qualquer processo que, mediante o Número de casos novos que vãó apa­
uso de substâncias gasosas, permita recendo em uma comunidade, du­
a destruição de animais, especial­ rante um certo intervalo de tempo,
mente artrópodes e roedores. dando uma idéia dinâmica dó de­
senvolvimento do fenômeno.
34 . HOSPEDEIRO
38 . íNDICE
É o homem ou outro animal vivo,
Relação entre dois fenômenos . Em
inclusive aves e artrópodes, que ofe­
sentido mais estrito, "índice" é o quo­
reça, em condiçÕes naturais, subs­
ciente entre o número de vezes que
tâncias ou aloj amento a um agente
um fenômeno ocorreu e o número
infeccioso.
de vezes que outro fenômeno ocorreu.

35 . IMUNIDADE 39 . INFEcçAO
É a resistência específica de Um hos­ Penetração e desenvolvimento ou
pedeiro contra determinado agente multiplicação de um agente infec­
etiológico, ligado principalmente a cioso no organismo do homem ou de
fatores humorais e teciduais. Atual­ outro animal.
mente, a imunidade compreende
também os mecanismos pelOS quais 40 . INFEcçãO INAPARENTE
o . organismo . não reconhece como Presença de infecção num hospedei­
próprios não só microorganismos, ro sem o aparecimento de sinais ou
como outros agentes ou substâncias, sintomas clínicos. As infecções ina­
inativando-os ou rejeitando-os . parentes só são identificadas por
métodos de laboratório. Sinônimo :

36 . IMUNIZAÇãO Infecção subclínica.

Ato de se tornar imune. Divide-se


em ativa e passiva. Na imunização 41 . INFESTAÇAO

ativa, o próprio hospedeiro adquire Por infestação de pessoas e animais


o estado imunitário pela formação entende-se o alojamento, desenvol­
de anticorpos; ela pode ser natural vimento e reprodução de artrópode
(caso de infecção, acompanhada ou na superfíCie do corpo ou nas ves­
não de sintomas) ou artificial (va­ tes . Objetos e locais infestados são
cinas ) . Em geral ela é de duração os que albergam ou abrigam formas
mais longa que a imunização passi­ animais, especialmente artrópodes e
va. A imunização ainda pode ser la­ roedores.
tente, adquirida por meio de uma in­
fecção não acompanhada de sinto­ 42 . INFLAMAÇãO
mas diagnosticáveis clinicamente, Reação local do organismo a um
como ocorre habitualmente na po­ agente físico, químiCO ou biológiCO,
liomielite. Na imunização passiva, o tendendo a destruí-lo, limitar sua
indivíduo adquire imunidade pela a d­ difusão e, a seguir, reparar e subs­
ministração de anticorpos específi­ tituir os tecidos atingidos.
cos formados no organismo de outro
animal ou pessoa. Pode também ser 43 . INQUÉRITO EPIDEMIOLóGICO
natural (imunização congênita, por Levantamento epidemiOlógico feito
exemplo) ou artifical (soros hiperi­ por meio de coleta ocasional de da­
mtines, soro de convalescentes, ga­ dos, .. quase sempre por amostragem,
maglobulina ) . que forneça dados sobre a prevalên-

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Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enf.; DF, 30 : 314-338, 1977.

cia de casos clínicos ou portadores, determinada doença, transmissível


em uma determms.da comunidade. ou de outra natureza, no homem ou
nos animais. A notificação é feita
44 . INSETIClDA às autoridades sanitárias locais,
Qualquer substância quimica empre­ quando se trata de doenças do ho­
gada na destruição de artrópodes, mem; às autoridades de defesa sa­
sob a forma de pó, liquido, borrifo, ne­ nitária animal ou agrícola, no caso
blina ou aerosoI. As substâncias uti­ de enfermidade dos animais ; e àque­
lizadas têm, geralmente, ação resi­ les e a estas nos casos de doença co­
dual. Emprega-se, em geral, o termo mum ao homem e aos animais. Cada
lurvicida para designar os insetici­ j urisdição estabelece a lista de doen­
das que se destinam, especificamen­ ças cuj a notificação é de seu inte­
te, à destruição de formas imaturas resse.
de artrópodes e imagocida ou adul­ Devem ser igualmente notificados os
ticida para os que visam à destrui­ casos suspeitos de doenças de par­
ção de artrópodes adultos. ticular importânCia para a s aúde pú­
blica, geralmente que requerem in­
45 . LIMPEZA
vestigação epidemiológica ou a apli­
Remoção, à força de esfregar e lavar
cação de medidas de profilaxia es­
com água quente, sabão ou deter­
peciais.
gente adequado, de agentes infec­
Quando um indivíduo se infecta na
ciosos e matéria orgânica de super­
zona de lrlma j urisdição sanitária e
fície que ofereça condições favorá­
a notificação provém de outra, a au­
veis a sua sobrevivência e multipli­
toridade sanitária que a recebe deve
cação.
transmití-la à autoridade da j uris­
dição de onde procede o caso, sobre­
46 . MOLUSCOCIDA
tudo quando se trata de doença que
Substância química. utilizada na des­
exige o exame dos contatos na pes­
truição de caramujos.
quisa da fonte de infecção, ou a ins­
47 . PANDEMIA peção dos abastecimentos de água e
Epidemia de grandes proporções, dos alimentos na procura de veículos.
atingindo grande número de pessoas Além da notificação sistemática de
em uma vasta área geográfica (um determinadas doenças, exige-se a no­
ou mais continentes) . tificação especial de quase todas F.S
epidemias ou surtos de doenças, in­
48 . PASTEURIZAÇAO clusive das que não se acham in­
Desinfecção do leite feita pelo aque­ cluídas na lista das doenças de no­
cimento a 63/65° C . durante 30 mi­ tificação compulsória.
nutos (ou a 73/750 C. durante 15 mi­
nutos) , sendo a temperatura baixa­ 51 . PERíODO DE INCUBAÇAO
da imediatamente depois a 2/50 C. É o intervalo de tempo que decorre
entre a exposição a um agente in­
49 . PATOGENICIDADE feccioso e o aparecimento de sinais
É a capacidade que um agente in­ ou sintomas da doença respectiva.
fecioso tem de proQuzir doença num
hospedeiro suscetiveI. 52 . INDIVíDUO IMUNE
É a pessoa ( ou animal) que possui
50 . NOTIFICAÇAO DE UMA DOENÇA anticorpos protetores específicos ou
É a comunicação oficial, à autori­ imunidade celular, em conseqüênCia
dade competente, da ocorrência de de uma infecção ou imunização an-

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Conceitos e . definições em saúde. Rn. Bras. Enf.; DF, 30 : 314-338, 1977.

terior, ou cuj o organismo se acha 57 . QUARENTENA


predisposto, graças a qualquer des­ Situação ou estado de restrição de
sas circunstâncias, a reagir eficaz­ liberdade de movimento e atitudes
mente mediante a produção de anti, de pessoas, ou animais domésticos,
corpos suficientes para. prevenir a que tenham sido expostos a con,tac­
doença, quando em contato com o to com doença transmissível, por
seu agente infeccioso. A imunidade
prazo determinado por autoridade
é relativa, podendo uma proteção
competente, com o fito de evitar
normalmente considerada eficaz ser
e/ou restringir o contágio a outrem.
superada por uma dose excessiva do
Pode ser completa ou modificada.
agente infeccioso ou por sua. pene­
tração por uma. porta. de entrada
58 . QUARENTENA COMPLETA
inusitada.
É o cerceamento da liberdade de
53 . PESSOA INFECTADA movimento de pessoas ou animais do'"
Pessoa que alberga um agente in­ mésticos sãos, que se tenham expos­
feccioso e tem uma doença mani­ tos ao contágio de uma doença
festa, ou uma infecção inaparente. transmissível, por prazo que não deve
ultrapassar o periodo máximo de in­
54 . PESSOA INFECTANTE
cubação habitual da doença, de ma­
Pessoa infectante é aquela da qual
neira a evitar seu contacto com in­
o agente infeccioso pode ser contraí­
divíduos que não se expuseram a tal
do em condições naturais.
contágio.

55 . PORTADOR
Pessoa (ou animal ) infectada que 59 . QUARENTENA MODIFICADA

alberga agente infeccioso especifico É a. restrição seletiva e parcial da


de uma doença sem apresentar sin­ liberdade de movimento de pessoas
tomas da mesma e que pode cons­ ou animais domésticos, geralment_
tituir fonte de infecção para o ho­ na base de diferenças conhecidas ou
mem. O estado de portador pode presumidas, de suscetibilidade, insti­
ocorrer no individuo que tem uma tuida também quando há perigo de
infecção inaparente (geralmente de­ transmissão da doença. Pode ser
nominado portador são) ou que se aplicada para enfrentar situações es­
acha no periodo de incubação, na peciais. Como por exemplo, cite-se
fase de convalescença, chamados o afastamento de crianças da escola
portador em incubação e portador ou a isenção, para pessoas imunes,
convalescente, respectivamente . Em
das restrições que se impõem a in­
qualquer dos casos, o estado do por­
divÍltuos suscetíveis, tais como proi-
tador pode ser de curta ou longa
bir os contactos de manipular ali­
duração (portador temporário ou
mentos e confinar militares 'nos seus
crônico) .
acampamentos ou quartéis.

56 . PROFILAXIA
60 . QUIMIOPROFILAXIA
Conjunto de medidas propostas para
prevenir ou atenuar as doenças bem É a admissão de uma substância
como suas complicações e conseqüên­ química, inclusive antibiÓtico para
cias. Aplica-se às doenças transmis­ prevenir uma infecção ou sua evolu­
síveis e aos agravos à saúde, em ção para a forma ativa e manifesta
geral. da doença.

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Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enl.; DF, 30 : 314-338, 1977.

6 1 . QUIMIOTERAPIA 67 . RODENTICIDA
É o emprego de substância química Substância química utilizada para
para curar uma doença infecciosa destruição de roedores, geralmente
clinicamente manifesta, ou limitar por ingestão.
sua evolução.
68 . SURTO EPIDÉMICO
62 . RECAíDA Epidemia de proporções reduzidas,
atingindo pequena comunidade hu­
Reaparecimento ou recrudescimento
mana. Muitos autores restringem o
dos sintomas de uma doença, antes
termo para o caso de instituições fe­
de curado inteiramente o doente.
chadas.
No caso da malária, recaída signifi­
ca aparição de sintomas do ataque
69 . SUSCETíVEL
primário.
Pessoa ou animal que não possui real
ou presumivelmente resistênci a con­
63 . RECIDIVA
tra determinado agente patogênico
Reaparecimento do processo mórbido e que, por essa razão, pode contrair
após cura aparente. Reaparecimento a doença, caso ocorra o cantata com
da doença, em regra. de infecção, esse agente .
depois de ter o paciente dela con­
valescido. No caso da malária, reci­ 70 . SUSPEITO
diva significa recaída na infecção Pessoa cuja história clínica e sinto­
ma lá rica entre a 8.a a 24.a semanas, matológica indique estar acometida
posteriormente ao ataque primário. de doença transmissível ou tê-la em
incubação.
64 . REPELENTE
Substância química que se aplica à 71 . TRANSMISSAO DE AGENTES
pele ou à roupa do indivíduo ou a INFECCIOSOS
outros lugares para afugentar artró­ Meios pelos quais o agente infeccioso
podes e evitar seu ataque ou impe­ alcança o hospedeiro humano sus­
dir que outros agentes, tais como lar­ cetível. São os seguintes :
vas de helmintos, penetrem na pele.
71 . 1 TRANSMISSAO DIRETA
Transferência direta e imediata
65 . RESERVATóRIO DE AGENTES
do agente infeccioso (exceto
INFECCIOSOS
quando proveniente de um ar­
Ser humano ou animal, artrópodes, trópode no qual o microorganis­
planta, solo ou matéria inanimada mo passou uma fase essencial
em que um agente infeccioso vive em de multiplicação ou desenvolvi­
condições de dependência p rimor­ mento) a uma porta de entra­
dial e se reproduz de modo a poder da receptiva pela qual se pode
ser transmitido a um hospedeiro sus­ consumar a infecção do homem.
cetível. Isso pode ocorrer quando há
contato físico, como no caso d9
66 . RESIS'rnNCIA beijo ou de relações sexuais
É o sistema de defesa que o orga­ ( contato direto) ; ou pela pro­
nismo interpõe à programação ou j eção direta de gotículas de
multiplicação de agentes infecciosos muco de saliva na conj untiva
que o invadiram ou aos efeitos no­ ou nas mucosas do nariz ou
civos de seus tóxicos. da boca ao se espirrar, tossir,

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Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enf.; DF, 30 : 314-338, 1977,

cuspir, cantar ou falar (geral­ artrópode possa transmitir


mente não é possível a mais de a forma infectante do agen­
1 metro de distância ) ; ou, como te infeccioso ao homem .
no caso das micoses generali­ Depois de injetado, o vetor
zadas, pelo contato de tecido só se torna infectante após
suscetível cOm solo, humo ou um período de incubação
substâncias vegetais em decom­ extrínseca. A transmissão
posição nos quais o agente vi­ pode ,ser feita pela saliva,
va normalmente em forma sa­ durante a picada pela re­
profítica. gurgitação ou deposição na
71 . 2 TRANSMISSAO INDIRETA pele de agentes capazes de
a) mediante veículo de trans­ penetrar subseqüentemente
missão - quando materiais através do ferimento causa­
ou objetos contaminados, do pela picada. ou de uma
sej am brinquedos, lenços, irritação cutânea provocada
peças do vestuário, e roupas pela coçadura ou esfrega­
de cama sujas, instrumentos men to. Esse modo de trans­
cirúrgicos e pensos ( contato missão, através de um hos­
indireto ) , água, alimentos, pedeiro invertebrado infec­
leito, produtos biológicos, tado, deve ser diferenciado
inclusive soro e plasma, ou para fins epidemiológicos,
qualquer substância, serve do simples transporte mecâ­
de meio através do qual um nico por um vetor que atúa

agente infeccioso passa para como veículo. Em ambos os

o hospedeiro suscetível, e é casos, o artrópode é conside­

introduzido por uma porta rado vetar.

de entrada apropriada. Não c) através do ar - dissemina­


importa que o agente tenha ção de aerosóis microbianos
ou não se produzido ou de­ até uma porta de entrada
senvolvido no veículo antes apropriada, geralmente o
de penetrar no organismo trato respiratório. Os aero­
do homem . sóis microbianos são sus­
b) por intermédio de um vetar pensões aéreas de partículas
Mecânica : quando há o sim­ constituídas, em todo ou em
ples transporte mecânico do parte, de microorganismos.
agente infeccioso por insetos Partículas com 1 a 5 micra
que caminham ou voam, por de diâmetro são facilmente
contaminação de suas pata s aspiradas até os pulmões,
ou probóscida ou pela pas­ onde ficam retidas. Podem
sagem do microorganismo permanecer suspensas no ar,
através do seu trat o gas­ por longos períodos de tem­
trintestinal, mesmo sem que po, durante os quais umas
se verifique multiplicação ou mantêm e outras perdem
desenvolvimento dos germes. infecciosidade ou virulência.
Biológica : quando são neces­ As gotículas e outras partí­
sário s a propagação (multi­ culas grandes que logo se
plicação) o desenvolvimen­ depositam não são carreadas
to cíclico ou a combinação pelo ar. Os seguintes aero­
desses processos para que o sóis transmitem-se por via

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Conceitos e definições em saúde. Rev. Bras. Enl.; DF, 30 : 314-338, 1977.

aérea de modo indireto : des, imunoglobulina, inseticidas


Núcleos de gotículas (núcleos e outras substâncias empregadas
infecciosos) : são, geralmen­ em profilaxia;
te, pequenos resíduos de eva­
e) informações sobre níveis de imu­
poração de gotículas expeli­
nidade de certos grupos de popu·
das por um hospedeiro in­
lação;
fectado. Esses núcleos de
gotículas podem ser criados f) outros dados epidemiológicos im­
intencionalmente por meio portantes . O procedimento aplica­
de atomizadores diversos ou se a todos Os níveis dos serviços
acidentalmente, em labora­ de saúde pública, desde o local
tório de microbiologia, em
até o internacional.
matadouros, fábricas de ba­
nha ou sucos, sala de autóp­ 73 . VIRULt:NCIA
sia, etc. Geralmente perma­ Capacidade de um agente etiológico
necem em suspensão n o ar animado de produzir doenças de
por longo tempo . maior ou menor gravidade. Os agen­
Poeira : partículas pequenas, tes de alta virulência produzem do­
de dimensões variáveis, pro­ enças graves de alta letalidade ; os
venientes de pavimentos. pe­
de baixa virulência, doenças be­
ças de vestuário, roupas de
nignas.
cama ou outros objetos con­
taminados, ou do solo (ge­ 74 . ZOONOSES
ralmente esporos de cogu­ Infecção ou doença infecciosa trans­
melos separados do solo se­
missível em condições naturais, en­
co pelo vento ou por agita­
tre os animais vertebrados e o ho­
ção mecânica) .
mem.

72 . VIGILANCIA DE UMA DOENÇA


75 . TUBERCULINA
Distinta da vigilância de pessoas, a
1t qualquer produto do bacilo de
vigilânCia de uma doença consiste
Koch que contenha tubérculo-pro­
no estudo cuidadoso e apurado de
teína. As Siglas PPD e Rt significam
todos os aspectos da ocorrência e
da propagação de uma doença e de tuberculina purificada. A via de

interesse para seu controle efetivo . aplicação reco mendada pela OMS é
Compreende a coleta e a avaliação a intradérmica ( mantoux ) , que per­
sistemática de : mite medida precisa d a quantidade

a) dados de morbidade e mortali­ inj etada/ A tuberculina usada na


dade; rotina é o PPD <Rt 23 ) na dose de
b ) informes especiais sobre investi­ 2UT ( unidades tuberculínicas ) . A
gações de epidemias e de casos solução diluída no Laboratório de
individuais ; referência da CNCT, mantém sua'
c) isolamento e identificação de atividade durante pelo menos seis
agentes infecciosos, pelo labora­ meses, desde que conservada em
tório ; temperatura de 8° a l00C (nunca
d) dados relativos à disponibilida­ no congelador, não devendo também
de e ao uso de vacinas e toxói- ser exposta à luz solar direta.

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