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IMPA L - Instituto Médio Politécnico " A lda Lara"

Ministério da Educação

Instituto Médio Politécnico "Alda Lara"

T.R.E.I - Técnicas de Reparação de


Equipamento Informático

PARTE II
IMPA L - Instituto Médio Politécnico " A lda Lara"

ÍNDICE

CAPÍTULO IV - PROCESSADORES E SUA TECNOLOGIA....................................................... 1


4.1 - Estrutura Básica da CPU...............................................................................................2
4.1.1 - Barramentos de um Processador ...............................................................................3
4.1.2 - Unidades do Processador ........................................................................................3
4.2 - Classificação de Processadores.......................................................................................5
4.3 - Nomeclaturas em Processadores..................................................................................... 9
4.4 - Metodologia de Linha de Montagem ou Pipeline............................................................. 10
4.5 - Evolução Histórica de Processadores.............................................................................11
Instruções SSE2............................................................................................................... 27
CAPÍTULO V - PERIFÉRICOS.............................................................................................28
5.1 - PERIFÉRICOS DE ENTRADA................................................................................... 28
5.1.1 - Teclado .............................................................................................................28
5.1.2 - Mouse ...............................................................................................................29
5.1.3 - Scanner .............................................................................................................30
5.1.4 - Leitor Óptico......................................................................................................31
5.1.5 - Microfone ..........................................................................................................32
5.2 - PERIFÉRICOS DE SAÍDA .........................................................................................33
5.2.1 - Monitor de Vídeo ou Monitor................................................................................33
5.2.1.1 - CRT(Catod Ray Tube ou Tubo de Raios Catódicos) ................................................33
5.2.1.2 - LCD(Liquid Cristal Display ou Display de Cristal Líquido)..................................... 34
5.2.2 - Impressoras........................................................................................................35
5.2.3 - Speakers ou Colunas de Som................................................................................41
5.3 - PERIFÉRICOS DE MISTOS OU ENTRADA&SAÍDA....................................................41
5.3.1 - Disquete ............................................................................................................41
5.3.2 - Placa de Rede ou Adaptador de Rede, ou ainda, NIC ..................................................41
5.3.3 - Modem (Modulador - de (s)modulador)...................................................................42
CAPÍTULO VI - SISTEMA OPERATIVO...............................................................................44
6.1 - Funções de Sistema Operativo..................................................................................... 45
6.2 - Classificação dos Sistemas Operativos...........................................................................46
6.3 - Microsoft Windows................................................................................................... 47
6.3.1 - Lista de todas as Versões windows......................................................................... 48
6.3.2 - Microsoft Windows XP ou Windows eXPerience ......................................................49
6.3.3 - Microsoft Windows Vista..................................................................................... 50
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CAPÍTULO IV - PROCESSADORES E SUA TECNOLOGIA

O Processador ou Unidade Central de Processamento - UCP (em inglês, Central


Processing Unity - CPU) é a responsável pelo processamento e execução dos programas
armazenados na Memória Principal. As funções da UCP são: executar as instruções e
controlar as operações no computador.

A execução de instruções é feita utilizando o ciclo busca-execução e regulado pelo clock


(Velocidade dos ciclos por segundo que regulam o funcionamento do processador.). A
sequência desse ciclo é:

· Buscar (cópia) instrução na memória principal;


· Descodificar a instrução;
· Executar a mesma instrução;
· Buscar a instrução seguinte;
· Descodificar a instrução seguinte;
· Executar a mesma instrução seguinte;
· E assim por diante (milhões de vezes por segundo).

Estas etapas compõem o que se denomina ciclo de instrução. Este ciclo repete-se
indefinidamente até que o sistema seja desligado, ou ocorra algum tipo de erro, ou seja
encontrada uma instrução de parada. As actividades realizadas pela CPU podem ser
divididas em duas grandes categorias funcionais:

· Função Processam ento: Encarrega-se de realizar as actividades relacionadas com


a efectiva execução de uma operação, ou seja, processar. O dispositivo principal
desta área de actividades de um CPU é chamado de UAL - Unidade de
Aritmética e Lógica. Os demais componentes relacionados com a função
processamento são os registradores, que servem para armazenar dados a serem
usados pela UAL. A interligação entre estes componentes é efectuada pelo
barramento interno da CPU.
· Função Controle: Exercida pelos componentes da CPU que se encarregam das
actividades de Busca, Interpretação e Controle da execução das instruções, bem
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como do controle da acção dos demais componentes do sistema de computação.


A área de controlo é projectada para entender:

1. O que fazer.
2. Como fazer.
3. Comandar quem vai fazer no momento adequado.

Os dispositivos básicos que devem fazer parte daquela área funcional são:

1. Unidade de Controlo.
2. Decodificador de Instruções.
3. Registrador de Instruções.
4. Contador de Instrução.
5. "Clock" e os registradores de endereço de memória e de dados da
memória.

4.1 - Estrutura Básica da CPU

Fig. - Estrutura básica de um processador

4.1.1 - Barramentos de um Processador


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Ø Barramento de Dados (Data Bus): Usado quando o processador envia


informações de dentro dele para fora (por exemplo, os dados para uma
impressora, quando se pede a impressão de um documento) e receber
informações de fora para dentro (por exemplo, quando se digita algo no
teclado).
Ø Barramento de Endereços (Adress Bus): Usado quando o processador
trabalha com a memória principal do sistema. Através de um endereço de
memória, o processador localiza os dados que precisa e que estão
armazenados na mesma memória do computador.

Ø Barramento de Controle (Control Bus): Usado para o controlo das


unidades complementares do sistema, como por exemplo, a habilitação e
desabilitação das memórias para leitura ou escrita; a permissão para que
outros periféricos ou co-processador acessem os barramentos de dados e
de endereços e muito mais.

Ø Barramento Interno (Internal Bus): Interliga as unidades internas do


processador.

4.1.2 - Unidades do Processador

Ø ALU - Unidade de Aritmética e Lógica: É a unidade do processador


responsável pela execução de todas a operações matemáticas e lógicas. A
mesma unidade é uma junção de circuitos lógicos e componentes
electrónicos simples, que integrados realizam operações já mencionadas.

Ø UC - Unidade de Controlo: É a unidade mais complexa do processador.


Possui a lógica necessária para realizar as movimentações de dados e
instruções de dentro para fora do processador e vice-versa, através de
sinais de controlo que emite em instantes de tempos programados. Além
disso, cabe a esta unidade controlar também o funcionamento da ALU. A
mesma unidade recebe instruções das unidades de I/O, as converte em
formato compressível pela ALU e controla qual etapa do programa esta a
ser executada.

Ø Registros: Servem de memória auxiliar de ALU, isto é, armazenam


instantaneamente dados a serem usados pela ALU. Para que um dado
possa ser transferido pela ALU, é necessário que ele permaneça mesmo
que um breve instante armazenado em um registrador. Além disso, os
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registradores também armazenam temporariamente os resultados das


operações de aritmética e lógica realizadas pela ALU, de modo que possa
ser usado mais tarde ou ser transferido imediatamente para alguma
memória cache ou memória principal do sistema.

1. RI - Registrador de Instrução: Armazena as instruções a serem


executadas e executadas pelo processador.

2. CI - Contador de Instruções: Armazena o endereço de memória da


próxima instrução a ser executada pelo processador. Logo que a
instrução a ser executada seja encontrada, da memória para o
processador, o sistema providencia a modificação do conteúdo deste
registrador de maneira que o mesmo fique apto para armazenar o
endereço de memória da próxima instrução a ser executada na
sequência.

3. DI - Descodificador de Instruções: Identifica as operações a serem


realizadas, operações relacionadas à instrução de execução. Isto é,
cada instrução age como se fosse uma ordem para que o processador
execute uma determinada operação. Uma vez que estas instruções são
numerosas, é necessário que cada uma delas possua uma determinada
identificação para um desempenho melhor do processador.

Ø Co-Processador Matemático ou FPU (Floating Point Unit - Unidade


de Ponto Flutuante): Todos os processadores antigos, ou seja,
processadores da família x86 (8086,80186,80286,80386,80486, …),
usados em PC, eram basicamente processadores de números inteiros e
nunca de números fraccionários, reais ou mesmo imaginários. Porém,
muitos aplicativos, precisam utilizar números fraccionários, assim como
funções matemáticas complexas, como Seno, Co-seno, Tangente, etc.,
para realizar suas tarefas. Este é o caso dos programas de CAD
(Computer Aid Design), jogos com gráficos tridimensionais e de
processamento de imagens em geral. É possível emular via software estas
funções matemáticas complexas, através da combinação de várias
instruções simples.

A função do Coprocessador Matemático é justamente auxiliar o


processador principal no cálculo destas funções complexas. Como o
Coprocessador possui instruções específicas para executar este tipo de
cálculo, ele é em média de 30 a 50 vezes mais rápido do que o
Processador principal executando o mesmo tipo de cálculo via emulação,
sendo um componente essencial actualmente.

Até ao processador 386, o Coprocessador era apenas um acessório que


podia ser comprado à parte e instalado no soquete apropriado da placa
mãe, sendo que cada modelo de processador possuía um modelo
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equivalente de Coprocessador: O problema nesta estratégia é que como


poucos usuários equipavam seus micros com Coprocessadores
matemáticos, a produção destes chips era baixa, e consequentemente os
preços eram altíssimos, chegando ao ponto de em alguns casos o
Coprocessador custar mais caro que o processador principal. Com o
aumento do número de aplicativos que necessitavam do Coprocessador,
sua incorporação ao processador principal a partir dos 486 foi um passo
natural. Com isso resolveu-se também o problema do custo de produção
dos coprocessadores, baixando o custo do conjunto.

4.2 - Classificação de Processadores

São várias formas de classificação dos processadores, das quais se destacam as seguintes:

· Famí lia

A família diz respeito ao conjunto básico de instruções que o processador


compreende (ou aceita). Cada família de processadores tem um conjunto básico
de funcionamento e um conjunto básico de instruções que executa.

Cada especialização (cada processador dessa família) tem formas específicas de


realização das instruções, durações diferentes para a mesma operação, mais
instruções, etc.. No entanto, o conjunto básico é suportado por todos os
elementos da família.

As famílias de processadores mais conhecidas daquelas utilizadas em


computadores de uso pessoal são:

Ø Intel 80x86 (i8086, i80286, i80386, i80486, Pentium (i80586) )


Ø Motorola 680x0 (M68000, M68010, M68020, M68030, M68040,
M68060)
Ø Motorola/IBM/Apple Power PC
Ø Digital Alpha

Por norma, cada uma destas famílias não é compatível com (leia-se "utilizável
como") outra família, excepção feita à família Power PC que é compatível com a
família Intel x86, a troco de alguma falta de desempenho quando se trata de
utilizar o conjunto de instruções da família i80x86.

· Velocidade de Clock ou Relógio

A velocidade dum processador mede-se em função da velocidade do seu relógio,


que se mede em frequência (Hertz (Hz) ou Mega Hertz (MHz)). A frequência
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corresponde ao número de ciclos por segundo. Na figura seguinte representa-se


duas frequências. Na figura a), o ciclo repete-se 3 vezes em cada segundo, daí
tratar-se duma frequência de 3 Hz. Na figura b), o ciclo repete-se 7 vezes em
cada segundo, daí tratar-se duma frequência de 7 Hz.

Fig. - Representação de duas frequências diferentes

A frequência interna do relógio do processador varia de processador para


processador, sendo comuns velocidades entre 2 MHz ou mais.

Instruções por ciclo

É o número de instruções executadas pelo processador em um ciclo. Por vezes,


erradamente, esta medida é confundida com o número de instruções que o
processador realiza por segundo. Na realidade, cada instrução é realizada num
número específico de ciclos, o que torna impossível definir com exactidão o
número de instruções realizadas num segundo. Existem instruções que são
realizadas num único ciclo de relógio (no limite é o que se deseja), enquanto
outras demoram várias dezenas. A figura seguinte representa esta situação.

Fig. - Instruções diferentes, diferentes durações

Multiplicação da velocidade do processador


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É uma tecnologia que consiste em multiplicar por um factor a frequência


disponibilizada pela placa mãe. Com esta multiplicação, a placa mãe e os
dispositivos ligados à ela trabalham à uma velocidade menor do que a
velocidade do interno do processador. Dessa forma, só o processador vai
trabalhar à sua frequência nominal (100Mhz, 133Mhz, 166Mhz, 200Mhz, 450
mhz, etc.). Os demais periféricos como memória RAM, Placa de vídeo, Disco
duro, Cache L2 etc. continuarão trabalhando na velocidade do barramento, ou
bus, que será sempre menor do que a do processador, proporcionalmente ao
multiplicador. Por exemplo, um Pentium 200 trabalha com velocidade de
barramento de 66 Mhz, e multiplicador de 3x, (66 x 3 = 200) Isso significa que o
processador trabalha à 200 Mhz e se comunica com os demais componentes do
micro à 66 Mhz.

Fig. - Multiplicação da Velocidade do Processador

· Numero de Bits

A classificação baseada no número de bits está relacionada com a capacidade de


manipulação do processador:

Ø Capacidade interna. Um processador diz-se de n bits em função da


capacidade dos seus registos. Por exemplo, a família Intel x86, varia entre 8
e 32 bits.

Ø Capacidade externa. Esta capacidade diz respeito à quantidade de informação


que é recebida pelo processador do exterior. Raramente é menor que a
capacidade interna, tradicionalmente é igual, mas as últimas implementações
duplicam a capacidade externa (2x a capacidade interna).

· CISC/RISC
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CISC (Complex Instruction Set Computer ou Computador com um


Conjunto Complexo de Instr uções): É um processador capaz de executar
centenas de instruções complexas diferentes sendo, assim, extremamente versátil.
Exemplos de processadores CISC são os 386 e os 486 da Intel.

Os processadores baseados na computação de conjunto de instruções complexas


contêm uma micro programação, ou seja, um conjunto de códigos de instruções
que são gravados no processador, permitindo-lhe receber as instruções dos
programas e executá-las, utilizando as instruções contidas na sua micro
programação. Seria como quebrar estas instruções, já em baixo nível, em
diversas instruções mais próximas do hardware (as instruções contidas no
micro código do processador). Como característica marcante esta arquitectura
contém um conjunto grande de instruções, a maioria deles em um elevado grau
de complexidade.

Examinando do ponto de vista um pouco mais prático, a vantagem da


arquitectura CISC é que já temos muitas das instruções guardadas no próprio
processador, o que facilita o trabalho dos programadores de linguagem de máquina ;
disponibilizando, assim, praticamente todas as instruções que serão usadas em
seus programas. Os processadores CISC têm a vantagem de reduzir o tamanho
do código executável por já possuírem muito do código comum em vários
programas, em forma de uma única instrução.

Porém, do ponto de vista da performance, os CISC's têm algumas desvantagens


em relação aos RISC's, entre elas a impossibilidade de se alterar alguma instrução
com posta para se melhorar a performance. O código equivalente às instruções
com postas do CISC pode ser escrito nos RISC's da forma desejada, usando um
conjunto de instruções simples, da maneira que mais se adequar. Sendo assim,
existe uma disputa entre tamanho do código X desempenho.

RISC (Reduced Instruction Set Computer ou Computador com um


Conjunto Reduzido de Instruções): É uma linha de arquitectura de
processadores que favorece um conjunto simples e pequeno de instruções que
levam aproximadamente a mesma quantidade de tempo para serem executadas.
A maioria dos processadores modernos são RISCs, por exemplo DEC Alpha,
SPARC , MIPS, e PowerPC . O tipo de processador mais largamente usado em
desktops, o x86, é mais CISC do que RISC, embora chips mais novos traduzam
instruções x86 baseadas em arquitectura CISC em formas baseadas em
arquitectura RISC mais simples, utilizando prioridade de execução.

Os processadores baseados na computação de conjunto de instruções reduzido


não tem micro programação, as instruções são executadas directamente pelo
hardware. Como característica, esta arquitectura, além de não ter micro código,
tem o conjunto de instruções reduzido, bem como baixo nível de complexidade.

A ideia foi inspirada pela descoberta de que muitas das características incluídas
na arquitectura tradicional de processadores para ganho de desempenho foram
ignoradas pelos programas que foram executados neles. Mas o desempenho do
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processador em relação à memória que ele acessava era crescente. Isto resultou
num número de técnicas para optimização do processo dentro do processador,
enquanto ao mesmo tempo tentando reduzir o número total de acessos à
memória.

Caracterização das arquitecturas RISC:

· Conjunto reduzido e simples de instruções;


· Formatos simples e regulares de instruções;
· Operandos sempre em registros;
· Modos simples de endereçamento à memória;
· Uma operação elementar por ciclo máquina;
· Uso de pipeline.

4.3 - Nomeclaturas em Processadores

Ø Clock: Unidade de sincronização nos processadores, seja, velocidade de ciclos


por segundo (Hz=Hertz) que regulam o funcionamento do processador.

Ø Clock Interno: Indica a frequência na qual o processador trabalha e geralmente


obtido através de um multiplicador do clock externo. Por exemplo, se o clock
externo for de 66 MHz, o multiplicador terá de ser de 3x para fazer com o que
processador funcione a 200 MHz (66 x 3). Portanto, em um Pentium 4 de 2,8
GHz, o "2,8 GHz" indica o clock interno.

Ø Clock externo ou FSB-Front Side Bus: Indica a frequência de trabalho do


barramento de comunicação com a placa-mãe, que um processador suporta.

Ø MIPS: Million Instructions Per Second, ou , Milhões de Instruções Por Segundo.

Ø Nºde bits de barramento: É o número de bits com que as instruções e dados


circulam no sistema, quer interno ou externamente ao processador. Como nos
outros casos, quanto maior for a largura do barramento, maior é informação
transmitida, logo maior é a performance.

4.4 - Metodologia de Linha de Montagem ou Pipeline

Durante o funcionamento do CPU, a realização de seus ciclos de instrução, embora os


mesmos sejam compostos de várias etapas, são realizados basicamente de forma
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seqüencial, isto é, uma etapa se inicia após a conclusão da anterior. CPUs ou


processadores deste tipo de proceder, vêm sendo usadas desde as primeiras gerações de
computadores, e muitos aperfeiçoamentos tecnológicos foram introduzidos para reduzir
o tempo de processamento de uma instrução, entre os quais o aumento tecnológico do
relógio e a tecnologia de semicondutor, com seus sucessivos melhoramentos em
fabricação e miniaturização.
Uma outra metodologia, usada há muito tempo pelas fábricas de automóvel e por
inúmeras outras indústrias, consistia em dividir o processo de fabricação em estágios
independentes, que depois unidas uns aos outros, no tempo previsto. Esta metodologia
denominou-se Linha de Montagem ou Pipeline.
Em computação, a metodologia de construção dos CPU's composta de estágios permitiu
que também nestes sistemas, se adotasse esta técnica. A característica principal do
processo de "pipelining" reside em duas premissas básicas:
1. Divisão do processo (ciclo de uma instrução no CPU) em estágios de realização
independentes, um do outro.
2. Início do processo execução imediatamente antes da conclusão processo anterior.

Fig.1 - Execução de instruções numa estructura Sequencial.

Fig.2 - Execução de instruções numa estructura "Pipelined".

4.5 - Evolução Histórica de Processadores

Processador 4004: Surgiu a 15 de Novembro de 1971 e tinha apenas 4 bits e grande


capacidade para realizar operações aritméticas. Esse processador possuía 2.300
transístores para processar 0,06 milhões de instruções (60.000) por segundo e não tinha
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o tamanho de um selo de carta como os processadores actuais. Para se ter uma ideia, o
ENIAC, primeiro computador construído em 1946 para fins bélicos, ocupava sozinho
1.000 metros quadrados e fazia o mesmo que o 4004. O 4004 foi usado apenas para
cálculos pouco complexo (4 operações), ele era um pouco mais lento que Eniac II mais
tinha a vantagem de possuir a metade do tamanho, esquentar menos e consumir menos
energia.

Processador 8008: Surgiu em 1972. O 8008 foi o primeiro processador de 8 bits, com
capacidade de memória de 16 Kbytes (16.000 bytes), enquanto o 4004 possuía apenas
640 bytes.

Processador 8080: Este processador foi em lançado 1974 e tinha um desempenho seis
vezes maior que o anterior, com um clock de 2MHz, rodava um programa da Microsoft
chamado Basic, possuía apenas led's. Além de 16Kb de memória ROM onde ficava o
sistema, possuía 4Kb de memória RAM, seus controles eram através de
botões, possuía drive de disquete 8" com capacidade de 250 Kb.

Processador 8086: Lançado pela Intel em 1978, o 8086 tinha um desempenho dez
vezes melhor que seu antecessor o 8080. Seus registradores tinham a largura de 16 bits,
o barramento de dados passou de 8 para 16 bits e o barramento de endereços se tornou
maior com 20 bits de largura, permitindo assim que fosse controlado mais de 1 milhão
de bytes de memória. A memória passou a ser tratada de maneira diferente pois esse
processador tratava a mesma como se fosse dividida em até 16 segmentos contendo 64
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kilobytes cada, e não permitia que nenhuma estrutura de dados ultrapassasse a barreira
entre os segmentos.

Processador 8088: O processador 8088 foi lançado em 1979 e é uma espécie de irmão
menor do processador 8086, que havia sido lançado pela Intel a uma ano antes.
Internamente os dois processadores são idênticos, a diferença era que o 8088 usava
periféricos (placas mãe, memórias, HDs, etc.) de 8 bits, enquanto o 8086 usava
periféricos de 16 bits, que apesar de mais avançados eram muito mais caros na época. A
fim de baratear o projecto do primeiro PC a IBM optou por usar o 8088. Na época, o
8088 era considerado um processador bastante avançado: era composto por 29.000
transístores (o Pentium 4 tem 41 milhões), acessava 1 Mega byte de memória (um
simples 386 já acessa 4 GB) e operava a 4.77 MHz.

Processador 80286 ou 286: Sucessor do 8088 nos PC. O mesmo processador trouxe
vários avanços sobre o 8088, era capaz de acessar mais memória (16 MB), já trazia
suporte a multitarefa, memória virtual e protecção de memória. Porém, junto com os
avanços veio um grande defeito. Para acessar os novos recursos era preciso que o
processador entrasse em modo protegido. O problema é que uma vez em modo
protegido o 286 deixava de ser compatível com os programas de modo real, onde ele se
comporta exactamente como um 8088. Assim que ligado, o processador opera como em
Modo Real, e com uma certa instrução passa para o Modo Protegido.

Trabalhando em Modo Protegido, o 286 deixava de ser compatível com os programas


escritos para Modo Real, inclusive com o próprio MSDOS. E ainda, o 286 não possuía
nenhuma instrução que fizesse o processador voltar ao Modo Real, só era possível
fazendo o Reboot. Isso significa que um programa escrito para rodar em Modo
Protegido, não poderiam usar nenhuma das rotinas de acesso do MSDOS, tornando
inacessíveis o Disco Duro, Placa de Vídeo e as Drives.
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No Modo Real, executa-se o MSDOS e os outros aplicativos de modo real mais antigos,
enquanto que no Modo Protegido, executa-se o Windows e os seus programas. O Modo
Protegido traz basicamente quatro recursos:

· Memór ia Virtual: Trabalhando com vários aplicativos ao mesmo tempo ou


sucessivamente (Multitarefa), esgota a memória RAM do sistema caso a
mesma não for de uma quantidade considerável. Para corrigir este problema
o modo protegido traz a Memória Virtual que permite criar um arquivo
temporário no disco duro (normalmente denominado de Swap File ou
Arquivo de Troca). Este arquivo funciona como uma extensão da memória
RAM e permite abrir quantos aplicativos forem necessários, até que o espaço
do disco duro se esgote. O grande inconveniente é que o disco duro é muito
lento em relação à memória RAM e esta em relação ao processador. O
processador acessando dados numa memória virtual, causaria uma grande
lentidão no funcionamento do sistema.

· Multitarefa: Recurso que permite executar mais de uma tarefa de cada vez.
Com o sistema funcionando, todos os aplicativos são carregados na memória
e o processador passa a executar algumas instruções de cada aplicativo por
vez. Como o processador é capaz de executar vários milhões de instruções
por segundo, a troca é feita de maneira transparente ao olho humano, como
se os aplicativos estivessem realmente a ser executados todos ao mesmo
tempo. Enquanto o processador dá atenção para um aplicativo, todos os
demais ficam paralisados esperando a sua vez.

· Pr otecção de Memória: Usando a Multitarefa, vários aplicativos são


carregados na memória RAM ou Memória Virtual. Não havendo nenhum
controle por parte do processador, se for o caso, um determinado aplicativo
poderia expandir sua área de memória e invadir áreas de outros aplicativos e
causando travagens do sistema. A protecção de memória vem eliminar este
inconveniente.

Protecção de Memória é um recurso de protecção de memória, que consiste


no processador isolar a área de memória ocupada por cada aplicativo,
impedindo que um determinado aplicativo ocupe uma ao seu bem prazer.

· Modo Virtual 8086: Modo Virtual 8086 é um recurso que caso o


processador uma vez operando em modo protegido, seja capaz de simular
vários ambientes de modo real, cada um com 1MByte de memória e total
acesso ao hardware da máquina.

Processador 80386 ou 386: Este processador foi lançado em 1985, três anos depois do
surgimento do processador 286.O 386 trabalhava quer internamente tanto externamente
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com palavras de 32 bits e era capaz de acessar a memória usando um barramento de 32


bits, permitindo uma transferência na ordem dos 4GBytes (duas vezes maior em relação
ao 286).
O 386, assim como o 286, operava em Modo Real e em Modo Protegido. A grande
diferença em relação ao processador 286, é que o 386 alternava em o Modo Real e
Protegido livremente e sem perder tempo. Com isto os programas podiam usar o modo
protegido, mas voltar ao modo real sempre que fosse preciso acessar alguma rotina do
DOS.

Versões do 386

Pr ocessador 80386SX ou 386SX: Como o processador 386 era um processador de


32 bits, foi necessário desenvolver também uma nova categoria de chipsets e
circuitos de apoio para trabalhar com o mesmo, o que acabou por encarecer muito os
sistemas baseados no 386 e por afastar tambem os compradores. Para contornar este
inconveniente, a Intel optou lançar uma versão de baixo custo do 386 e denominou-a
como 386SX.
O 386SX funcionava também com palavras de 32 bits, comunicava-se com a
memória RAM e os demais periféricos usando palavras de 16 bits (assim como no
286). Para diferenciar ainda mais os dois processadores, a Intel passou a chamar o
386 original de 386DX.

Processador 80486 ou 486: Em Abril de 1989, a Intel lançou o processador 486 no


mercado e apresentava poucas inovações em relação ao 386. Assim como o 386, o 486
trabalha usando palavras de 32 bits tanto interna quanto externamente e era capaz de
acessar até 4 Gigabytes de memória RAM. A evolução ficou por conta do desempenho,
que saltou brutalmente. Em primeiro lugar o 486 foi o primeiro processador a trazer
cache interno, o cache L1, que era complementado pelo cache L2 incorporado à placa
mãe. O 486 também foi o primeiro processador Intel a trazer coprocessador aritmético
embutido. Somadas com mudanças na arquitectura interna do processador, estas
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melhorias tornaram o 486 praticamente 2 vezes mais rápido do que um 386 do mesmo
clock.

Assim como no 386, o 486 original foi chamado de 486DX. Logo depois foi lançada
uma versão económica, o 486SX, que vinha sem o processador aritmético. Apesar de
barato, o 486SX era bem limitado, pois sem o coprocessador era extremamente lento em
aplicativos gráficos, programas de desenho, jogos e aplicativos científicos.

Foram lançadas versões do 486 à 25 MHz, 33 MHz e 40 MHz, porém, criou-se uma
barreira, pois não haviam na época, placas mãe capazes de trabalhar a mais de 40 MHz.
Para solucionar esse problema, foi criado o recurso de Multiplicação de Clock, no qual
o processador trabalha internamente à uma velocidade maior do que a da placa mãe.
Foram lançados então os processadores 486DX2 (que trabalhavam ao dobro da
frequência da placa mãe) e logo depois os 486DX4 (que trabalhavam ao triplo da
frequência da placa mãe).

Frequência do Frequência da placa mãe


Multiplicador
Processador (barramento)
486DX-2 50 MHz 25 MHz 2x
486DX-2 66 MHz 33 MHz 2x
486DX-2 80 MHz 40 MHz 2x
486DX-4 75 MHz 25 MHz 3x
486DX-4 100 MHz 33 MHz 3x

Processador Pentium: Como o 486, basicamente o Pentium era um processador de 32


bits, capaz de acessar até 4 Gigabytes de memória RAM. O Pentium porém, trazia várias
melhorias sobre o 486, que o tornavam quase duas vezes mais rápido que um 486 do
mesmo clock. Como destaque podemos citar o aumento do cache L1, que passou a ser
de 16 KB (o dobro do encontrado no 486) e um coprocessador aritmético
completamente redesenhado, quase 5 vezes mais rápido do que o encontrado nos
processadores 486, tornando o Pentium ainda mais rápido em aplicativos que demandam
um grande número de cálculos.
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Outro aperfeiçoamento do Pentium, e um dos principais motivos de seu maior


desempenho, foi a adopção de uma arquitectura SuperEscalar. Internamente o
processador Pentium era composto por dois processadores de 32 bits distintos
(chamados de canaleta U e canaleta V), sendo capaz de processar duas instruções por
ciclo de clock (uma em cada processador). Cada um destes processadores possuía
acesso total à RAM e aos demais componentes do computador. Foi incluída também,
uma unidade de controle, com a função de comandar o funcionamento dos dois
processadores e dividir as tarefas entre eles.

Com isto, como o Pentium na verdade era um conjunto de dois processadores de 32 bits
trabalhando em paralelo, era possível acessar a memória usando palavras binárias de 64
bits, o dobro do 486, que a acessava a 32 bits. Este recurso permitia que fossem lidos 8
bytes por ciclo, ao invés de apenas 4, dobrando a velocidade de acesso e diminuindo
bastante o antigo problema de lentidão das memórias. Mas mesmo podendo acessar a
memória a 64 bits e sendo composto internamente por dois processadores de 32 bits, o
Pentium continua sendo um processador de 32 bits. Estes novos recursos servem apenas
para melhorar o desempenho do processador.

Processador AMD 5x86: Este processador foi lançado pela AMD(Advanced Micro
Device - Principal e mais antigo concorrente da Intel) pouco depois do lançamento do
Pentium. Apesar do nome, o 5x86 da AMD era na verdade um processador 486 que
trabalhava a 133 MHz, com a placa mãe funcionando a 33 MHz e usando multiplicador
de 4x, servia apenas como um upgrade de baixo custo.
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Processador Cyrix Cx5x86: A Cyrix lançou um processador que mistura recursos do


486 e do Pentium, oferecendo um desempenho bastante superior a um 486 padrão.
Como o 5x86 da AMD, Cx5x86 é totalmente compatível com as placas mãe para 486,
bastando configurar a placa com multiplicador de 3x e bus de 33 MHz para instalar a
versão de 100 MHz e 3x 40 MHz para utilizar a versão de 120 MHz.

Processador AMD K5: Na época do 386 e 486, a AMD era uma parceira da Intel. A
Intel fornecia os projectos de processadores e a AMD os produzia, vendendo-os com o
seu nome. Um 486 da AMD era idêntico a um 486 da Intel, mudando apenas o nome da
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fabricante e em troca a AMD pagava royalties (uma espécie de tributo) à Intel. Porém, a
partir do Pentium a Intel desfez este acordo, restando à AMD desenvolver seus próprios
projectos de processadores. A primeira tentativa na carreira da fabricante AMD à solo
foi o AMD K5, um projecto superior ao Pentium em alguns quesitos. O problema do
AMD K5 foi seu lançamento atrasado. Quando a AMD finalmente conseguiu lançar no
mercado o K5 PR 133, a Intel já vendia o Pentium 200MHz, tornando a concorrência
quase impossível.

Processador Pentium MMX: O Pentium MMX foi lançado no ano de 97 e era mais
avançado e mais rápido que o Pentium antigo, por dois factores. O primeiro era o facto
de possuir mais cache L1 embutido no processador: o Pentium antigo possuía apenas 16
KB, enquanto o MMX possuía o dobro, 32 KB. Em segundo lugar, o MMX foi o
primeiro processador a trazer as famosas instruções MMX, encontradas em todos os
processadores actuais, mas novidade na época. Apenas como curiosidade, o MMX era
composto por 4.300.000 transístores de 0.35 mícron.

O conjunto MMX era composto por 57 novas instruções que visavam melhorar o
desempenho do processador em aplicações multimídia e processamento de imagens.
Nestas aplicações, algumas rotinas poderiam ser executadas em até 400% mais rápido
com o uso das instruções MMX. O ganho de performance porém não era automático:
era necessário que o software utilizado fizesse uso das novas instruções, caso contrário
não haveria nenhum ganho de performance.

Processador AMD K6: O Processador AMD K6 foi o primeiro processador da AMD a


conseguir conquistar uma fatia considerável do mercado. Em termos de arquitectura era
um projecto bastante interessante, um processador se sexta geração semelhante ao
Pentium Pro da Intel, mas equipado com 64 KB de cache L1 e utilizando o cache L2 da
placa mãe. O ponto fraco do K6 era o coprocessador aritmético, que possui uma
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arquitectura muito mais simples do que os modelos utilizados pela Intel no Pentium
MMX e no Pentium II, sendo por isso bem mais lento. Apesar deste defeito não
atrapalhar o desempenho do K6 em aplicativos de escritório, faz com que seu
desempenho em aplicativos gráficos, como processamento de imagens ou vídeos ou em
jogos com gráficos tridimensionais ficasse bastante prejudicado. Nestes aplicativos, o
K6 chegava a ser 20% mais lento que um Pentium MMX do mesmo clock.

Versões do AMD K6

Pr ocessador AMD K6-2: À exemplo da Intel, que incorporou as instruções


MMX às instruções x86 padrão, a AMD incorporou novas 27 instruções aos seus
processadores K6-2. Estas instruções eram chamadas de "3D-Now!" e tinham o
objectivo de agilizar o processamento de imagens tridimensionais, funcionando
em conjunto com uma placa aceleradora 3D. Como acontecia com o MMX, era
necessário que o software usado fizesse uso do 3D-Now.

Processador Pentium Pro: O processador Pentium Pro foi lançado bem antes do MMX
e do K6-2, sendo praticamente um contemporâneo do processador Pentium. Porém, a
arquitectura usada no Pentium Pro foi usada como base para o Pentium II e o Pentium
III, assim como para o processador Celeron. A partir do Pentium Pro os processadores
Intel passaram a incorporar um núcleo RISC, apesar de continuarem sendo compatíveis
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com os programas antigos. Todos os processadores usados em computadores PC são


compatíveis com o mesmo conjunto de instruções, composto de 187 instruções
diferentes, chamado de conjunto x86. Ainda, o Pentium Pro foi o primeiro processador a
trazer cache L2 integrado, operando à mesma frequência do processador. O mesmo
processador, foi produzido em versões equipadas com 256, 512 ou 1024 KB de cache
L2 e com clock de 166 ou 200 MHz.

Processador Pentium II: A Intel desenvolveu o Pentium II usando como base o


projecto do Pentium Pro. Foram feitas algumas melhorias de um lado, e retirados alguns
recursos (como o suporte a 4 processadores) de outro lado, deixando o processador mais
adequado ao mercado doméstico. Além da cache L1, de 32 KB, o Pentium II trazia
integrados ao processador, nada menos que 512 KB de cache L2, o dobro da quantidade
encontrada na versão mais simples do Pentium Pro. No Pentium II porém, o cache L2
trabalha a apenas metade do clock do processador. Em um Pentium II de 266 MHz por
exemplo, o cache L2 trabalha a 133 MHz.

Factores que levaram a Utiliz ação de CachesL2 lentas em Processadores


Pentium II

A Intel optou por usar estes tipos de caches mais lentas em processadores
Pentium II, para solucionar três problemas que atrapalhavam o desenvolvimento
e a popularização do Pentium Pro:

1. Alto grau de incidência de Defeitos no Cache. O cache Full-Speed do


Pentium Pro era muito difícil de se produzir, devido a tecnologia existente na
época, facto que gerava um índice de defeitos muito grande nestas caches.
Para se testar um determinado cache recém produzido, era necessário anexa-
lo ao respectivo processador, formado um conjunto (processador-cache). Se
a cache apresenta-se um algum defeito, o conjunto todo seria inutilizado e
substituído por um outro conjunto. Este facto resultou em altos custos de
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produção que tornavam os processadores Pentium Pro ainda mais


inacessíveis ao consumidor final. Os caches mais lentos utilizados no
Pentium II, eram de produção mais fáceis resultando num custo baixo dos
mesmos.

2. A dificuldade que a fabricante Intel encontrou para produzir memórias cache


mais rápidas na época do Pentium Pro, devido ao facto de na mesma época a
fabricante ainda não possuir tecnologia suficiente para produzir caches L2
rápidas.

3. O factor Custo. Usando memórias cache um pouco mais lentas nos


processadores Pentium II o custo de produção seria menos, tornando o
processador mais atraente ao uso doméstico.

Processador Pentium II Xeon: O Processador Pentium II Xeon usava basicamente a


mesma arquitectura do Pentium II, ficando a diferença por conta do cache L2, que no
Xeon funcionava na mesma velocidade do processador (como acontecia no Celeron e no
Pentium Pro).

Este processador foi especialmente concebido para equipar servidores, substituindo o


Pentium Pro, pois como nestes ambientes o processamento é muito repetitivo, o cache
mais rápido e em maior quantidade faz uma grande diferença, não fazendo porém muito
sentido sua compra para uso doméstico devido ao seu alto preço. Outro recurso
importante do Xeon é a possibilidade de se usar até 4 processadores na mesma placa
mãe, sem necessidade de nenhum hardware adicional e até 8 caso a placa mãe possua
um circuito especial chamado cluster. Naturalmente, é preciso uma placa mãe especial
para usar mais de um processador.

Processador Celeron: Depois do lançamento do Pentium II, no início de 98, a Intel


abandonou a fabricação do Pentium MMX, passando a vender apenas processadores
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Pentium II que eram muito mais caros. Esta estratégia não deu muito certo, por ser mais
caro, o Pentium II perdeu boa parte do mercado de PCs de baixo custo para o K6-2 e o
Cyrix 6x86, que apesar de terem um desempenho ligeiramente inferior, eram bem mais
baratos. Para solucionar o problema, a Intel resolveu lançar uma versão de baixo custo
do Pentium II, baptizada de Celeron (que significa "velocidade" em Latin). O Celeron
original, nada mais era do que um Pentium II sem da memória Cache L2 integrado ao
processador, facto de causou um fraco desempenho a estes processadores e a sua
desaceitação no mercado.

Processador Pentium III: Vem suceder o processador Pentium II e também é de


fabrico Intel. o Pentium III é o processador com mais variações, isto é, Existem versões
que utilizam barramento de 100 MHz, versões que utilizam barramento de 133 MHz,
versões com 512 KB de cache half-speed (à metade da frequência do processador, como
no Pentium II), com 256 KB de cache full-speed (na mesma frequência do processador,
como no Pentium Pro).

Instr uções SSE

As instruções SEE são compostas por um conjunto de 70 novas instruções,


incorporadas aos processadores Pentium III e Celeron Coppermine da Intel,
que são capazes de melhorar o desempenho do processador, não só em jogos
e aplicativos gráficos, mas também em softwares de descompressão de vídeo,
reconhecimento de fala e aplicativos multimídia em geral. Para que haja
ganho, era necessário que o software fosse optimizado (adaptado) para o
conjunto alternativo de instruções. Basicamente, as instruções SSE diferem
das instruções 3D-now! dos processadores AMD devido à forma como são
executadas.

A vantagem, é que o Pentium III é capaz de processar simultaneamente


instruções normais e instruções SSE, o que resulta em um ganho ainda maior
de performance.
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Processador AMD Athlon: Lançado pela fabricante AMD, também era chamado de K7.
O Athlon é um projecto completamente remodelado. Isto é, o mesmo processador é a
remodelação processador K6-2, seu antecessor, assim como os Pentiums II e III são as
remodelações do Pentium antigo. Do ponto de vista do desempenho, a principal
vantagem do Athlon sobre seu antecessor é o coprocessador aritmético, que foi bastante
aperfeiçoado. Isto é, enquanto o coprocessador aritmético do K6-2 é capaz de processar
apenas uma instrução por ciclo, o coprocessador do Athlon processa até 3 instruções. A
vantagem do Athlon em relação ao Pentium III, é o facto de ser mais barato que um
Pentium III da mesma frequência e estar disponível em clocks maiores.

Versões do Athlon

A primeiras versões do Athlon vinham com 512 KB de cache externo, operando à 1/2,
2/5 ou 1/3 da frequência do processador, dependendo da versão. Estes processadores
foram produzidos apenas no formato slot A (em forma de cartucho), que apesar de
incompatível, é bem parecido com o Slot 1 usado pelos processadores Intel.

Depois de algum tempo, a AMD acabou por seguir os mesmos passos que a Intel, e
incorporando o cache L2 ao próprio núcleo do processador. Nasceu então o Athlon
Thunderbird que é a versão actual.

Pr ocessador AM D Athlon Thunderbird: O novo Athlon traz 256 KB de cache


L2 integrados ao núcleo do processador, operando à mesma frequência deste,
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contra os 512 KB operando à 1/2, 2/5 ou 1/3 da frequência encontrados nos


modelos antigos. Apesar de vir em menor quantidade, o cache do Athlon
Thunderbird oferece um grande ganho de performance, pois opera à mesma
frequência do processador. Num Athlon Thunderbird de 900 MHz, o cache L2
também opera a 900 MH

Mas existe um pequeno problema, o novo Athlon utiliza um novo encaixe,


chamado de "Soquete A", um formato parecido com o soquete 370 usado pelos
processadores Intel. Infelizmente, ao contrário do que se tinha nos processadores
Intel, não existe nenhum adaptador que permita encaixar os novos Athlons, em
formato soquete nas placas mãe Slot A antigas.

Processador AMD Duron: Duron é o nome do processador compatível com x86


fabricado pela AMD. Foi lançado no dia 19 de junho de 2000 como uma alternativa de
baixo custo ao próprio Athlon, assim como a rival Intel o fez com o processador Celeron.

O Duron utiliza a mesma arquitetura do Athlon Thunderbird, a nova versão do Athlon.


Porém, vem com muito menos cache. Enquanto o Athlon Thunderbird vem com 256 KB
de cache L2 full speed, o Duron vem com apenas 64 KB de cache L2, também full
speed. Entretanto, apesar da pouca quantidade de cache L2, o Duron traz um enorme
cache L1 de 128 KB, totalizando 192 KB de cache, mais cache que o Celeron, que tem
32 KB de cache L1 e 128 KB de cache L2, totalizando 160 KB de cache.

Tratando de cache, o Duron traz mais uma vantagem em relação ao Celeron. No Duron,
o cache L2 é exclusivo, isto significa que os dados depositados no cache L1 e no cache
L2 serão diferentes. Nesta forma tem-se então realmente 192 KB de dados depositados
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em ambos os caches. No Celeron, o cache é inclusivo, isto significa que os 32 KB do


cache L1 serão sempre cópias de dados já armazenados no cache L2. Isto significa que
na prática, temos apenas 128 KB de dados armazenados em ambos os caches.

Processador IV: O Pentium IV é a sétima geração de processadores com arquitectura


x86 fabricados pela Intel, é o primeiro CPU totalmente redesenhado desde o Pentium Pro
de 1995. Ao contrário do Pentium II, o Pentium III , e os vários Celerons, herdou muito pouco
do design do Pentium Pro, tendo sido criado do zero desde o início. Uma das
características da micro arquitectura "Netburst"" era seu pipeline longo, desenhado com
a intenção de permitir frequências elevadas. Também foi introduzido a instrução SSE2
com um integrador SIMD(Single Instruction, Multiple Data,ou, fluxo único de
instruções e múltiplo de dados) mais rápido, e cálculo de pontos flutuantes em 64-bit.

Single Instruction, Multiple Data,ou, fluxo único de instruções e múltiplo de dados.


Esse tipo de máquina opera múltiplos conjuntos de dados aplicando uma mesma
instrução simultaneamente a todos eles.

A Intel batizou a nova arquitetura do Pentium 4 de "NetBurst". Esta arquitetura é


composta por 4 componentes: Hyper Pipelined Technology, Rapid Execution Engine,
Execution Tr ace Cache e Bus de 400M Hz.

· Hyper Pipelined Technology: Esta é a característica mais marcante do


Pentium 4. O Pipeline é um recurso que divide o processador em vários
estágios, que trabalham simultaneamente, dividindo o trabalho de processar
as instruções. Apartir do processador 486, todos os processadores utilizam
este recurso.
O Pentium III possui 10 estágios, o Athlon possui 11 estágios, enquanto o
Pentium 4 possui nada menos que 20 estágios, daí o nome "Hyper Pipelined".

O uso de Pipeline permite que o processador possa processar várias


instruções ao mesmo tempo, sendo que cada estágio cuida de uma fração do
processamento. Quanto mais estágios, menor será o processamento
executado em cada um. No caso do Pentium 4 cada estágio do Pipeline
processa apenas metade do processado por um estágio do Pentium III,
fazendo com que teoricamente o resultado final seja o mesmo, já que em
compensação existem o dobro de estágios.

· Rapid Execution Engine: Todo processador actual é dividido em dois


componentes básicos, as unidades de execução de inteiros e as unidades de
ponto flutuante. A parte que processa as instruções envolvendo números
inteiros é responsável pela maior parte das instruções, e pelo desempenho do
processador nos aplicativos do dia a dia enquanto as unidades de ponto
flutuante, que compõe o que chamamos de coprocessador aritmético é
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responsável pelo processamento das instruções envolvendo valores


complexos, usadas por jogos e aplicativos gráficos.

A Rapid Execution Engine do Pentium IV consiste num reforço nas


unidades de inteiros do processador. O Pentium IV possui um total de 5
unidades de processamento de inteiros, duas ALUs, que processam as
instruções mais simples, duas GLUs, encarregadas de ler e gravar dados e
uma terceira ALU, encarregada de decodificar e processar as instruções
complexas, que embora em menor quantidade, são as que tomam mais tempo
do processador.

Este conjunto de 5 unidades de execução de inteiros é semelhando ao do


Pentium III, porém, como diferencial, no Pentium IV tanto as duas ALUs
encarregadas das instruções simples, quanto as duas GLUs encarregadas das
leituras e gravações são duas vezes mais potentes.

· Execution Trace Cache: O uso do cache L1 no Pentium 4 é no mínimo


inovador. Por exemplo, o Pentium III tem 32 KB de cache L1, dividido em 2
blocos de 16 KB cada, para instruções e dados. O Athlon tem 128 KB de
cache L1, também dividido em dois blocos. O Pentium IV por sua vez tem
apenas 8 KB de cache para dados e só. Porém, ele traz duas inovações que
compensam esta aparente deficiência. A primeira é que graças ao tamanho
reduzido, o pequeno cache de dados tem um tempo de latência menor, ou
seja é mais rápido que o cache L1 encontrado no Pentium III e no Athlon. O
cache de instruções por sua vez foi substituído pelo Execution trace Cache,
que ao invés de armazenar instruções, armazena diretamente uOPs, que são
as instruções já decodificadas, prontas para serem processadas. Isto garante
que o cache tenha apenas um ciclo de latência, ou seja o processador não
perde tempo algum ao utilizar um dados armazenado no trace cache, ao
contrário do que acontecia no Pentium III, onde perdia-se pelo menos dois
ciclos em cada leitura.

Apesar dos processadores para computadores PC continuarem a usar o


conjunto x86 de instruções, que é composto por 184 instruções, internamente
eles são capazes de processar apenas instruções simples de soma e atribuição.
Existe então um circuito decodificador, que converte as instruções
complexas usadas pelos programas nas instruções simples entendidas pelo
processador. Uma instrução complexa pode ser quebrada em várias
instruções simples. No Pentium IV, cada instrução simples é chamada de
"uO P". No Athlon cada conjunto de duas instruções ganha o nome de
"macro-ops".

· Bus de 400 MHz: Visando concorrer com o bus EV6 do Athlon, que opera
de 100 a 133 MHz, com duas transferências por ciclo, o que resulta na
prática em freqüências de respectivamente 200 e 266 MHz, o Pentium IV
conta com um bus operando a 100 MHz, mas com 4 transferências por ciclo,
o que equivale a um barramento de 400 MHz. Uma das funções de um
barramento tambem é controla a velocidade de comunicação entre o
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processador e o chipset. Um barramento mais rápido, não significa um ganho


automático de performance, porém, um barramento insuficiente, causará
perda de desempenho, fazendo com que o processador não consiga
comunicar-se com os demais componentes à velocidade máxima.

Instruções SSE2

As "Double Precision Streaming SIMD Extensions" do Pentium IV são 144 novas


instruções de ponto flutuante de dupla precisão. Elas tem basicamente a mesma função
das instruções SSE do Pentium III e do 3D-Now! Do Athlon: melhorar o desempenho
do processador em aplicativos de ponto flutuante. A diferença é que as instruções do
Pentium IV são muito mais poderosas que os conjuntos anteriores, o que garante que o
Pentium IV apresente um desempenho realmente muito bom nos aplicativos otimizados
para as novas instruções. A grande dúvida é que assim como nos conjuntos anteriores, é
necessário que os aplicativos sejam reescritos a fim de utilizar as novas instruções. E
isso, claro, pode demorar um bom tempo, dependendo de como for a vendagem do
processador.

CAPÍTULO V - PERIFÉRICOS

Periférico: É qualquer equipamento acessório que seja ligado ao processador, ou num


sentido mais amplo, o computador.
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Cada periférico tem a sua função definida e executa ao enviar tarefas ao computador, de
acordo com essa função. Entre muitos periféricos existentes podemos citar:

· Teclado: Envia ao computador informações digitadas pelo operador.


· Mouse: Permite o envio de informações pela pressão de botões.
· Impressoras: Recebe informação do computador e imprime essa informação
num papel.
· Placa de som: Recebe informações eléctricas vindas do processador e envia
às colunas
· Controladores de jogos (joystick), colunas, etc.

Existem três tipos de periféricos:

· Periféricos de Entrada: Enviam informação para o computador (teclado,


mouse, scanner)

· Periféricos de Saída: Transmitem informação do computador para o


utilizador (monitor, impressora, colunas de som).

· Periféricos Mistos: São periféricos de mão dupla, ora a informação entra no


computador, ora sai (Disquete, Disco duro, Modem, Placa de rede, e as
Memórias RAM e CACHE e outros).

Muitos destes periféricos dependem de uma placa específica: no caso das colunas, a
placa de som. Outros recursos são adicionados ao computador através de placas próprias:
é o caso da internet, com placas de rede ou modem; TV através de uma placa de captura
de vídeo, etc.

5.1 - PERIFÉRICOS DE ENTRADA

Os periféricos de entrada são:

5.1.1 - Teclado

Serve para permitir entrada de dados ao computador através da digitação dos


mesmos. O teclado é dividido em 3 partes:

1. Teclado Alfanumérico: Semelhante ao de uma máquina de escrever.


2. Teclado Numérico: Semelhante à uma calculadora.
3. Teclado de Controle: Formado por um grupo de teclas, que isoladamente ou
em conjunto com outras teclas, executam comandos ou funções específicas,
como as teclas <Shift>, <Ctrl>, <Alt>, entre outras...
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Fig. - Teclado

5.1.2 - Mouse

Serve para apontar e selecionar qualquer das opções possíveis que aparecem na
tela ou monitor. Existem diversos tipos de mouse, mas o modelo mais comum
tem o formato de um rato, por isso o nome em inglês: "mouse". Como
dispositivo apontador, também encontrar:

1. Trackball: São tipos mouse invertidos, ou seja, ao invés de se rolar o


mouse sobre uma mesa, simplesmente, gira-se a bolinha do mesmo
periférico com a mão movimentando o cursor na tela.

Fig. - Trackball

2. Track Point: É composto de um ponto no meio do teclado (geralmente


em notebooks).
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Fig - Track point

3. Touch pad ou Mouse de Toque: Nestes periféricos ao movimentarmos


o dedo sobre uma pequena placa, movimenta-se o cursor na tela.

Fig - Touch pad

4. Mouses em forma de caneta que tem o mesmo formato de uma caneta


(geralmente encontrado em palm tops).

5.1.3 - Scanner

É um periférico de leitura óptica que permite converter imagens, fotos,


ilustrações e textos em papel, num formato digital que pode ser manipulado em
computador. O scanner pode ser de dois tipos:

1. Scanner de Mão: Parecido com um mouse grande. Nestes periféricos


deve-se passar o mesmo por cima do desenho/texto a ser transferido para
o computador.

2. Scanner de Mesa: Parecidos com uma fotocopiadora. Nestas periféricos


deve-se colocar o papel e abaixar a tampa para que o desenho/texto seja
então transferido para o computador.
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Fig. - Scanner de mesa

3. Scanner de Página: Fisicamente parecidos com aparelhos de fax. Nestes


periféricos o usuário coloca a imagem a ser capturada de um lado e o
dispositivo puxa a imagem, digitalizando e enviando a imagem ao micro.
Os mesmos são cada vez mais comuns no mercado e são baratos e muito
fáceis de serem instalados, além de terem uma óptima resolução.

5.1.4 - Leitor Óptico

É um dispositivo que ao ler uma informação em código de barras, envia o


correspondente para o computador, como se tivesse sido introduzido por teclado.

Fig. - Leitores ópticos de mão e fixo

5.1.5 - Microfone

Periférico totalmente opcional serve para entrada de som no computador.


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Através deste periférico pode-se gravar sons, transmitir a nossa voz pela internet
ou mesmo ditar um texto para o computador, utilizando programas especificos
de reconhecimento de voz.

Fig. - Microfone

5.2 - PERIFÉRICOS DE SAÍDA

Os periféricos de saída são:


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5.2.1 - Monitor de Ví deo ou Monitor

É um periférico de saída do computador que serve de interface visual para o


usuário, na medida em que permite a visualização dos dados e sua interação com
eles. Os monitores são classificados de acordo com a tecnologia de amostragem
de vídeo utilizada na formação da imagem. Actualmente, essas tecnologias são
duas:

5.2.1.1 - CRT(Catod Ray Tube ou Tubo de Raios Catódicos)

É o monitor tradicional, em que a tela é repetidamente atingida por um


feixe de electrons, que actuam no material fosforescente que a reveste,
assim formando as imagens.

Este tipo de monitor tem como principais vantagens:

1. Sua longa vida útil;

2. Baixo custo de fabricação;

3. Grande banda dinâmica de cores e contrastes;

4. Grande versatilidade (uma vez que pode funcionar em diversas


resoluções, sem que ocorram grandes distorções na imagem).

Fig. - Monitor CRT


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As maiores desvantagens deste tipo de monitor são:

1. Suas dimensões (um monitor CRT de 20 polegadas pode ter até


50cm de profundidade e pesar mais de 20kg);

2. O consumo elevado de energia;

3. Seu efeito de cintilação (flicker);

4. A possibilidade de emitir radiação que está fora do espectro


luminoso (raios x), danosa à saúde no caso de longos períodos de
exposição. Este último problema é mais frequentemente constatado
em monitores e televisores antigos e desregulados, já que
actualmente a composição do vidro que reveste a tela dos monitores
detém a emissão dessas radiações.

5.2.1.2 - LCD(Liquid Cristal Display ou Display de Cristal


Líquido)

É um tipo mais moderno de monitor. Nele, a tela é composta por


cristais que são polarizados para gerar as cores.

Têm como vantagens:

1. O baixo consumo de energia;

2. As dimensões reduzidas;

3. A não-emissão de radiações nocivas;

4. A capacidade de formar uma imagem praticamente perfeita, estável,


sem cintilação, que cansa menos a visão - desde que esteja
operando na resolução nativa; e

5. O facto de que o preto que ele cria emite um pouco de luz, o que
confere à imagem um aspecto acinzentado ou azulado, mais
agradável aos olhos em termos estéticos e também de brilho.
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As maiores desvantagens são:

1. O maior custo de fabricação (o que, porém, tenderá a impactar cada


vez menos no custo final do produto, à medida em que o mesmo se
for popularizando);

2. O facto de que, ao trabalhar em uma resolução diferente daquela


para a qual foi projetado, o monitor LCD utiliza vários artifícios de
composição de imagem que acabam degradando a qualidade final
da mesma;

3. Um facto não-divulgado pelos fabricantes: se o cristal liquido da


tela do monitor for danificado e ficar exposto ao ar, pode emitir
alguns compostos tóxicos, tais como o óxido de zinco e o sulfeto de
zinco. Este será um problema quando alguns dos monitores
fabricados hoje em dia chegarem ao fim de sua vida útil (estimada
em 20 anos).

Apesar das desvantagens supra mencionadas, a venda de monitores e


televisores LCD vem crescendo bastante.

Fig. - Monitores LCD

5.2.2 - Impressoras

É um periférico que, quando conectado a um computador ou a uma


rede de computadores, tem a função de imprimir textos, gráficos ou qualquer outro
resultado de uma aplicação.
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Herdando a tecnologia das máquinas-de-escrever , as impressoras sofreram drásticas


mutações ao longo dos tempos. Também com o evoluir da computação gráfica (área
da computação destinada à geração de imagens em geral - em forma de
representação de dados e inform ação, ou em form a de recriação do mundo real),
as impressoras foram-se especializando a cada uma das vertentes.

Assim, encontram-se impressoras optimizadas para desenho vectorial (desenho


baseia em vectores matemáticos) e para raster (descrição da cor de cada pixels), e
outras optimizadas para texto. A tecnologia de impressão foi incluída em vários
sistemas de comunicação, como o fax (tecnologia das telecomunicações usada para
a transferência rem ota de documentos através da rede telefónica).

5.2.2.1 - Classificação das Impressoras

As impressoras são tipicamente classificadas quanto à:

Ø Escala Cromática: em cores ou em preto-e-branco;

Ø Páginas por minuto: medida de velocidade;

Ø Tipo.

5.2.2.2 - Tipos de Impressoras

5.2.2.2.1 - Impressoras de Impacto

Baseiam-se no princípio da decalcação, ou seja, ao colidir uma agulha ou


roda de caracteres contra uma fita de tinta dá-se a produção da impressão
no papel. As impressoras de impacto podem ser de dois tipos:

5.2.2.2.1.1 - Impressora de Margarida

São impressoras de texto de grande qualidade, preteridas em função das


impressoras matriciais que são mais abrangentes (texto e gráficos),
embora não consigam tanta qualidade. Eram muito utilizadas na
década de 1980, embora nunca tenham sido tão populares como as
matriciais.

Este tipo de mecanismo era muito utilizado nas máquinas de escrever


tradicionais, onde uma esfera com vários caracteres (a margarida)
girava ate posicionar o carácter pretendido em frente de um pequeno
martelo. O martelo, ao atingir o carácter que se encontrava a sua
frente, fazia-o embater na fita impregnada em tinta e em seguida no
papel. O número de caracteres impressos reduziam-se ao número de
caracteres existentes na margarida.

5.2.2.2.1.2 - Impressoras Matriciais ou Impressora de Agulhas


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É um tipo de impressora de impacto, cuja cabeça é composta por uma ou


mais linhas verticais de agulhas, que ao colidirem com uma fita
impregnada com tinta (semelhante a papel químico), imprimem um
ponto por agulha. Assim, o deslocamento horizontal da cabeça
impressora combinado com o accionamento de uma ou mais agulhas
produz caracteres configurados como uma matriz de pontos.

Fig. - Impressora matricial

5.2.2.2.2 - Impressoras de Jacto de Tinta

Têm processo semelhante ao das matriciais, pois também possuem


cabeça de impressão que percorre toda a extensão da página, só que esta
cabeça de impressão possui pequenos orifícios, através dos quais a tinta é
lançada sobre o papel.

Fig. - Impressora de jacto de tinta

As impressoras jacto de tinta pode ser de 2 tipos:

5.2.2.2.2.1 - Bubble Jet, ou Jacto de Bolha


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As quais possuem resistores que aquecem a tinta formando bolhas


que se expandem empurrando a tinta pelos orifícios (é o tipo mais
utilizado pelos fabricantes, como a Hewlett-Packard, Lexmark , Xerox e
Cannon);

5.2.2.2.2.2 - Piezo-elétrica

Sistema utilizado pela Epson, emprega um cristal piezo-elétrico que


muda de forma com a electricidade. Assim, o cristal é entortado,
gerando pressão suficiente para expelir uma gotícula de tinta, muito
pequena, alcançando resoluções muito altas, com gradações de cores
quase imperceptíveis. Estas impressoras têm óptima resolução, mas
tem a desvantagem de entupir com facilidade os seus cartuchos caso
não seja usada diariamente.

5.2.2.2.3 - Impressoras a Laser

São um tipo de impressoras que produzem resultados de grande qualidade


para quem quer desenho gráfico ou texto. Esta impressora utiliza o raio
laser para a impressão. Envia a informação para um tambor, através de
raios laser

O modo de funcionamento é muito semelhante ao das fotocopiadoras . As


impressoras a laser podem imprimir em cores ou preto e branco.

O funcionamento das impressoras a laser baseia-se na criação de um


tambor fotossensível, que por meio de um feixe de raio laser cria uma
imagem electrostática de uma página completa, que será impressa. Em
seguida, é aplicada no tambor, citado acima, um pó ultra fino chamado
de TONER, que adere apenas às zonas sensibilizadas. Quando o tambor
passa sobre a folha de papel, o pó é transferido para sua superfície,
formando as letras e imagens da página, que passa por um aquecedor
chamado de FUSOR, o qual queima o Toner fixando-o na página.
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Fig. - Impressora a Laser

As impressoras a laser são o topo de gama na área da impressão e seus


preços variam enormemente, dependendo do modelo. São o método de
impressão preferencial em tipografia s e funcionam de modo semelhante ao
das fotocopiadoras.

5.2.2.2.4 - Impressoras Térmicas ou Impressoras térmicas Directa

Produzem imagem impressa aquecendo selectivamente papel térmico (é um


papel impregnado com um a substância química que muda de cor quando
exposto ao calor), quando a cabeça de impress ão térmica passa sobre o papel.
O revestimento torna-se escuro nos locais onde é aquecido, produzindo
uma imagem. Impressoras de transferência térmica bicolores são capazes
de imprimir em preto e numa cor adicional, aplicando calor em duas
temperaturas diferentes.

Fig. - Impressora térmica

Embora sejam mais rápidas, mais económicas e mais silenciosas do que


outros modelos de impressoras, as impressoras térmicas praticamente só
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são utilizadas hoje em dia em aparelhos de fax e máquinas que imprimem


notas fiscais de estabelecimentos comerciais e extractos bancários. O
grande problema com este método de impressão é que o papel térmico
utilizado desbota com o tempo, obrigando o utilizador a fazer uma
fotocópia do mesmo.

5.2.2.2.5 - Impressoras de Fusão Térmica ou Dye Dublimation

Possuem uma qualidade profissional nas cópias efectuadas, mas o seu


custo é muito maior do que o das impressoras jacto de tinta. Nestas
impressoras, a tinta está num rolo de transferência, ou seja, um filme de
plástico que contém painéis consecutivos de corantes (dye), nas cores
secundárias: ciano, magenta, amarelo e preto. Este rolo passa junto à
cabeça térmica que contém milhares de elementos de aquecimento, que
aquecem os corantes o suficiente para que evaporem, e então eles se
espalham pela superfície do papel, que também deve ser um pape
especial, próprio para absorver os vapores dos corantes.

5.2.2.2.6 - Plotter

É uma impressora destinada a imprimir desenhos em grandes dimensões,


com elevada qualidade e rigor, como por exemplo plantas arquitectónicas,
mapas cartográficos, projectos de engenharia e grafismo.

Fig. - Plotter

Primeiramente destinada a impressão de desenhos vectoriais, actualmente


encontram-se em avançado estado de evolução, permitindo impressão de
imagens em grande formato com qualidade fotográfica, chegando a 2400
dpi (dots per inch ou ppp - pontos por polegada) de resolução.

Conhecidas como plotters de impressão, dão saída como as impressoras


desktop convencionais, utilizando programas específicos que aceitam
arquivos convencionais de imagem como TIF, JPG, DWG, EPS e outros.
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Essas impressoras podem usar diversos suportes como papel comum,


fotográfico, Pelicula, Vegetal, auto-adesivos, lonas e tecidos especiais.

Uma outra variação é a plotter de recorte, na qual uma lâmina recorta


adesivos de acordo com o que foi desenhado previamente no computador,
através de um programa vectorial. O material assim produzido é utilizado
por exemplo na personalização de frotas de veículos e ambientes
comerciais, como vitrines, confecção de banners, luminosos, placas, faixas,
entre outros.

5.2.3 - Speakers ou Colunas de Som

Servem para transmitir sons provenientes do computador, sejam músicas ou sons


de voz.

5.3 - PERIFÉRICOS DE MISTOS OU ENTRADA&SAÍDA

Os periféricos mistos são:

5.3.1 - Disquete

É um disco removível de armazenamento fixo de dados. O termo equivalente em


inglês é floppy-disk, significando disco flexível.

As disquetes possuem a mesma estrutura de um disco rígido, tendo como


diferenças o facto das disquetes podem ser removíveis e o facto dos disquetes
serem compostos de um único disco magnético.
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Fig. - Disquete

5.3.2 - Placa de Rede ou Adaptador de Rede, ou ainda, NIC

É um dispositivo de hardware responsável pela comunicação entre os


computadores em uma rede.

A placa de rede é o hardware que permite aos computadores conversarem entre


sí através da rede. Sua função é controlar todo o envio e recebimento de dados
através da rede. Cada arquitectura de rede exige um tipo específico de placa de
rede; sendo as arquitecturas mais comuns a rede em anel Token Ring e a tipo
Ethernet.

Fig. - Placa de rede com conector BNC e Par trançado

5.3.3 - Modem (Modulador - de (s)modulador)

É um dispositivo electrónico que modula um sinal digital em uma onda analógica,


pronta a ser transmitida pela linha telefónica , e que demodula o sinal analógico e o
reconverte para o formato digital original. Utilizado para conexão à Internet, BBS
(bulletin board system é um sistema informático, um software, que permite a
ligação ou conexão via telefone a um sistema através do seu com putador e
interagir com ele, tal com o hoje se faz com a internet), ou a outro computador.

O processo de conversão de sinais binários para analógicos é chamado de


modulação/conversão digital-analógico. Quando o sinal é recebido, um outro
modem reverte o processo (chamado demodulação). Ambos os modems devem
estar trabalhando de acordo com os mesmos padrões, que especificam, entre
outras coisas, a velocidade de transmissão (bps, baud, nível e algoritmo de
compressão de dados, pr otocolo, etc).
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5.3.3.1 - Tipos de Modems

São os tipos:

5.3.3.1.1 - Modems para Acesso Discado

São modems que geralmente são instalados internamente no computador


em slots PCI ou ligados em uma porta serial .

5.3.3.1.2 - Modems de Banda Larga

São modem que podem ser USB, Wi-Fi ou Ethernet. Os modems ADSL
(A sym metric Digital Subscriber L ine) diferem dos modems para acesso
discado porque não precisam converter o sinal de digital para analógico e
de análogico para digital porque o sinal é transmitido sempre em digital.

Fig. - Modem ADSL


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CAPÍTULO VI - SISTEMA OPERATIVO

Sistema Operativo: Pode ser visto como um programa de grande complexidade que é
responsável por todo o funcionamento de um computador, desde o software a todo
hardware instalado no computador. Todos os processos de um computador estão por de
trás de uma programação complexa que comanda todas a funções que um utilizador
impõe à máquina. Existem vários sistemas operativos; entre eles, os mais utilizados no
dia a dia, normalmente utilizados em computadores domésticos, são o:

· Windows;

· Linux;

· Mac OS X.

Fig. - Relação usuário - sistema operativo - hardware

Um computador com o sistema operativo instalado poderá não dar acesso a todo o seu
conteúdo dependendo do utilizador. Com um sistema operativo, podemos estabelecer
permissões a vários utilizadores que trabalham com este. Existem dois tipos de contas
que podem ser criadas num sistema operativo,

· Contas de Administrador: É uma conta que oferece todo o acesso à máquina,


desde a gestão de pastas, ficheiros e software de trabalho ou entretenimento ao
controlo de todo o seu Hardware instalado.
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· Contas Limitadas: É uma conta que não tem permissões para aceder a algumas
pastas ou instalar software que seja instalado na raiz do sistema ou então que
tenha ligação com algum Hardware que altere o seu funcionamento normal ou
personalizado pelo Administrador. Para que este tipo de conta possa ter acesso a
outros conteúdos do disco ou de software, o administrador poderá personalizar a
conta oferecendo permissões a algumas funções do sistema como também
poderá retirar acessos a certas áreas do sistema.

6.1 - Funções de Sistema Operativo

Um sistema operacional possui as seguintes funções:

1. Gerenciamento de Pr ocessos: O sistema operativo multitarefa é preparado para


dar ao usuário a ilusão que o número de processos em execução simultânea no
computador é maior que o número de processadores instalados. Mas na verdade,
cada processo recebe uma fatia do tempo e a alternância entre vários processos é
tão rápida que o usuário pensa que sua execução é simultânea. São utilizados
algoritmos para determinar qual processo será executado em determinado
momento e por quanto tempo.

2. Gerenciamento de M emória: O sistema operativo tem acesso completo à


memória do sistema e deve permitir que os processos dos usuários tenham
acesso seguro à memória quando os requisitam.Vários sistemas operativos usam
memória virtual, que possui 3 funções básicas:

Ø A ssegurar que cada processo tenha seu próprio espaço de endereçam ento,
com eçando em zero, para evitar ou resolver o problema de realocação;

Ø Prover proteção da memória para im pedir que um processo utilize um


endereço de m emória que não lhe pertença;

Ø Possibilitar que um a aplicação utiliz e mais m emória do que a fisicamente


existente.

3. Sistemas de Arquivos: É a estrutura que permite o gerenciamento de arquivos -


criação, destruição, leitura, gravação, controle de acesso, etc.

4. Entrada e Saída de Dados.


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6.2 - Classificação dos Sistemas Operativos

Quanto a sua arquitectura, os sistemas operativos podem classificar-se em:

· Kernel Monolítico ou Monobloco


O kernel consiste em um único processo executando numa memória
protegida (espaço do kernel) executando as principais funções. Ex.:
Windows, Linux, FreeBSD.

Fig. - Diagrama de interação de um kernel monolítico ou monobloco.

· Microkernel ou Modelo Cliente-servidor


Caracteristicas de sistemas cujas funcionalidades do mesmo saíram do kernel
e foram para servidores, que se comunicam com um núcleo mínimo, usando
o mínimo possível o "espaço do sistema" (nesse local o programa tem acesso
a todas as instruções e a todo o hardware) e deixando o máximo de recursos
rodando no "espaço do usuário" (no espaço do usuário, o software sofre
algumas restrições, não podendo acessar alguns hardwares, nem tem acesso a
todas as instruções).. Ex.: GNU Hurd, Mach.
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Fig. - Diagrama de interação de um micro-kernel.

· Sistema em Camadas
As funções do kernel executam-se em camadas distintas, de acordo com seu
nível de privilégio. Ex.: Multics

· Monitor de Máquinas Virtuais


Fornece uma abstração do hardware para vários sistemas operativos. Ex.:
VM/370, VMware, Xen.

Quanto a capacidade de processamento, os sistemas operativos podem classificar-se em:

· Monotarefa
Permitem a realização de apenas uma tarefa de cada vez. Ex.: MS-DOS.

· Multitarefa
Além do próprio sistema operativo, vários processos de utilizador (tarefas)
são carregados para memória, sendo que um pode estar a ocupar o
processador e outros ficam enfileirados, aguardando a sua vez. O
compartilhamento de tempo no processador é distribuído de modo que o
usuário tenha a impressão que vários processos estão a ser executados
simultaneamente. Ex: Windows, Linux, FreeBSD e o Mac OS X.

· Multiprocessamento ou Multiprogramação
É a capacidade de um sistema operativo executar simultaneamente dois ou
mais processos. Pressupõe a existência de dois ou mais processadores. Difere
da multitarefa, pois esta simula a simultaneidade, utilizando-se de vários
recursos, sendo o principal o compartilhamento de tempo de uso do
processador entre vários processos.
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6.3 - Microsoft Windows

É uma popular família de sistemas operativos criados pela Microsoft, empresa fundada
por Bill Gates e Paul Allen. O Windows é um produto comercial, com preços diferenciados
para cada uma de suas versões, embora haja uma enorme quantidade de cópias ilegais
instaladas, ele é o sistema operativo mais usado do mundo.

Apesar do sistema ser conhecido pelas suas falhas críticas na segurança e como plataforma
de vírus de computador e programas-espiões (spywares), o impacto deste sistema no mundo
actual é simplesmente incalculável devido ao enorme número de cópias instaladas.
Conhecimentos mínimos desse sistema, do seu funcionamento, da sua história e do seu
contexto são, na visão de muitos, indispensáveis, mesmo para os leigos em informática.

O windows (janelas) tem sua interface é baseada num padrão de janelas que exibem
informações e recebem respostas dos utilizadores através de um teclado ou de cliques do
mouse.

6.3.1 - Lista de todas as Versões windows

· Windows (16 bits)

o Windows 1.x

o Windows 2.x

o Windows 3.x

· Windows (16 bits/32 bits)

o Windows 95

o Windows 98

o Windows 98 SE

o Windows ME

· Windows (32 bits)

o Windows NT

§ Windows NT 3.1
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§ Windows NT 3.5

§ Windows NT 4

§ Windows 2000

§ Windows Server 2003

· Windows (32/64 bits)

o Windows XP

§ Windows Home Edition

§ Windows Professional Edition

§ Windows Tablet PC Edition

§ Windows Media Center Edition

§ Windows Embedded Edition

§ Windows Starter Edition

§ Windows 64-bit Edition

o Windows Vista

o Windows Server 2008

o Windows Seven

· Windows CE

o Windows Mobile

· WinPE

6.3.2 - Microsoft Windows XP ou Windows eXPerience

O Microsoft Windows XP (oficialmente, Windows 5.1) é um sistema operativo


produzido pela Microsoft para uso em todos os tipos de computadores, incluindo
computadores residenciais e de escritórios, notebooks e etc.
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Fig. - Windows XP logo

O Windows XP une a facilidade de uso do Windows ME com a estabilidade do


Windows 2000, e é o primeiro sistema operativo para consumidores construído em
uma arquitectura e kernel totalmente novos.

O mesmo S.O tem melhor estabilidade e eficiência, comparado às outras versões


do Windows. Uma diferença significante foi a da interface gráfica ter mudado do
padrão cinza para um azul fosco. Esta é a primeira versão do Windows a usar um
programa de validação de produto para combater a pirataria de software na qual
foram barradas muitas actualizações a Windows não-originais. O Windows XP
foi muito criticado por usuários devido a sua enorme lista de vulnerabilidades de
segurança, as várias falhas do navegador Internet Explorer e do Windows Media Player,
mas também foi muito elogiado por ser um dos sistemas mais bonitos e estáveis.
Para se rodar as versões mais usadas do windows xp (Home e Professional
Edition), são requeridas o que se segue abaixo:

6.3.3 - Microsoft Windows Vista

O Microsoft Windows Vista (oficialmente, Microsoft Windows 6.0) é uma das


versões mais recentes do sistema Windows, da Microsoft.
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Fig. - Windows Vista logo

De acordo com a Microsoft, o Windows Vista tem centenas de novas funções,


como:

· Nova interface gráfica do usuário;

· Funções de busca aprimoradas;

· Novas ferramentas de criação multimídia como o Windows DVD Maker ;

· Completamente renovadas aplicações para redes de comunicação, áudio,


impressão e subsistema de exibição.

O Windows Vista também tem como alvo aumentar o nível de comunicação


entre máquinas em uma rede doméstica usando a tecnologia peer-t o-peer,
facilitando o compartilhamento de arquivos e mídia digital entre c omputadores e
dispositivos. Para os desenvolvedores, o Vista introduz a versão 3.0 do Microsoft
.NET Framework, o qual tem como alvo tornar significantemente mais fácil para
desenvolvedores escrever aplicativos de alta qualidade do que com a tradicional
Windows API.

Quanto aos requisitos para se rodar o windows vista, de acordo com a Microsoft,
computadores que podem executar Windows Vista eram classificados com
"Vista Capable" e "Vista Pr emium Ready".

Um Vista Capable ou PC equivalente precisa ter no mínimo um processador de


800 MHz, 512 MB de RAM e uma placa gráfica de classe DirectX 9, e não será
capaz de suportar os gráficos "high end" do Vista, incluindo a interface do
usuário Aero.

Um computador Vista Premium Ready terá vantagem da função "high end" do


Vista mas precisará no mínimo um processador de 1 GHz, 1 GB de memória
RAM, e uma placa gráfica Aero-compatível com no mínimo 128 de memória
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gráfica e suportando o novo Windows Display Driver Model.

A companhia também oferece uma beta do Windows Vista Upgrade Advisor


através do seu site Web para determinar a capacidade de um PC para executar o
Vista em seus vários modos. O utilitário é somente executável no Windows XP.
Mas percebe-se que a maioria dos PC's actuais atendem as necessidades do novo
Windows. Actualmente, chama-se Designed For Windows Vista (Versão).
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