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Aula 12

Direito Financeiro p/ Procurador da Fazenda Nacional (PGFN) - 2015 (com videoaulas)

Professor: Sérgio Mendes

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Direito Financeiro p/ PGFN
Procurador da Fazenda Nacional
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Sérgio Mendes Aula 12

AULA 12: Lei de Responsabilidade Fiscal - Parte IV


APRESENTAÇÃO DO TEMA
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DO TEMA ........................................................................ 1
1. RECEITA CORRENTE LÍQUIDA ............................................................... 2
2. DESPESAS COM PESSOAL .................................................................... 7
2.1 Considerações Iniciais ........................................................................ 7
2.2 Limites ............................................................................................10
2.3 Controle ..........................................................................................19
2.4 Exceções aos Prazos para Redução das Despesas com Pessoal ...............27
2.5 Despesas com a Seguridade Social .....................................................27
MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF ..............................30
MEMENTO XII ........................................................................................41
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ......................................45
GABARITO.............................................................................................55

Olá amigos! Como é bom estar aqui!

O assunto desta aula é o mais cobrado por todas as Bancas! Por isso dediquei
uma aula inteira apenas ao tema “Despesas com Pessoal”.

E vamos prosseguir no estudo da Lei de Responsabilidade Fiscal!

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1. RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

Um conceito importante da LRF é o de Receita Corrente Liquida (RCL),


utilizado como referência na despesa pública, como no cálculo do limite para as
despesas de pessoal, dívida pública, operações de crédito e concessão de
garantia.

A RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições,


patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e
outras receitas também correntes, deduzidos:
 Na União: os valores transferidos aos estados e municípios por
determinação constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na
alínea “a” do inciso I e no inciso II do art. 195 (relacionadas à
seguridade social) e no art. 239 da CF/1988 (PIS, PASEP).
 Nos estados: as parcelas entregues aos Municípios por determinação
constitucional.
 Na União, nos estados e nos municípios: a contribuição dos
servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência
social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no §
9º do art. 201 da CF/1988 (compensação entre os diversos sistemas
previdenciários).
 No DF, no Amapá e em Roraima: recursos transferidos pela União
decorrentes da competência da própria União para organizar e manter o
Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios
e a Defensoria Pública dos Territórios; e organizar e manter a polícia
civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do DF, bem como
prestar assistência financeira ao DF para a execução de serviços
públicos, por meio de fundo próprio.

Repare que o conceito de Receita Corrente Líquida visa separar as receitas


disponíveis a cada um dos entes daquelas que eles não têm autonomia para
gerenciar. De nada adiantaria fazer cálculos e determinar percentuais em cima
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de receitas brutas, que na verdade não estão totalmente disponíveis aos entes.
Assim, ao determinar o limite de despesas com pessoal em relação à RCL
(veremos nos próximos tópicos), a LRF estabelece um limite percentual sobre
as receitas efetivamente disponíveis para o pagamento de pessoal.

A RCL será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência


e nos 11 anteriores, excluídas as duplicidades. Assim, a apuração da RCL é
feita durante o período de um ano, não necessariamente coincidente com o
ano civil.

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Por exemplo, se formos calcular a RCL do mês de julho de 2013, para


divulgação em agosto, devemos somar a RCL do nosso mês de referência
(julho/2013) e nos 11 anteriores (junho/2013 a agosto/2012).

R$ Milhão
Mês RCL Mensal
Julho/13 550
junho 590
maio 600
abril 650
março 550
fevereiro 480
janeiro 520
dezembro 560
novembro 540
outubro 520
setembro 510
Agosto/12 500
Total 6570

Assim, a RCL apurada no mês de julho de 2013 será de R$ 6.570.000.000,00.

1) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


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Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) As receitas


industriais e de serviços estão englobadas na soma das receitas
correntes.

A RCL será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência


e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades. A RCL corresponde ao
somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também
correntes, com as deduções estabelecidas na própria LRF.
Resposta: Certa

2) (CESPE - Analista Administrativo – Contador - ANP – 2013) A


receita corrente líquida engloba todas as receitas correntes lançadas
no mês de referência e nos onze meses anteriores.

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A RCL será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência


e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades. A RCL corresponde ao
somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também
correntes, com as deduções estabelecidas na própria LRF.
Resposta: Errada

3) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) Na União,
os valores transferidos aos estados e municípios por determinação
constitucional ou legal devem ser deduzidos do cálculo da RCL.

Na União, devem ser deduzidos da RCL os valores transferidos aos estados e


municípios por determinação constitucional ou legal, e as contribuições
mencionadas na alínea “a” do inciso I e no inciso II do art. 195 (relacionadas à
seguridade social) e no art. 239 da CF/1988 (PIS, PASEP).
Resposta: Certa

4) (CESPE – Técnico Legislativo – ALES – 2011) A receita corrente


líquida deve ser apurada levando-se em conta apenas o exercício
financeiro a que se refere a lei orçamentária vigente.

A RCL será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em


referência e nos 11 anteriores, excluídas as duplicidades. Assim, a
apuração da RCL é feita durante o período de um ano, não necessariamente
coincidente com o ano civil.
Resposta: Errada

5) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) Sob a óptica da LRF, para a


apuração da receita corrente líquida, serão englobados os valores
referentes a receitas tributárias e de contribuições, incluídas aquelas
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advindas da contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema


de previdência e assistência social.

A RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições,


patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e
outras receitas também correntes, deduzidos, entre outros, a contribuição
dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência
social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9.º do
art. 201 da CF/1988 (compensação entre os diversos sistemas
previdenciários).
Resposta: Errada

6) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Segundo a LRF, a


receita corrente líquida corresponde ao somatório das receitas

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tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias,


de serviços, transferências correntes e outras receitas também
correntes, com as deduções estabelecidas na própria LRF.

A RCL será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência


e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades. A RCL corresponde ao
somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também
correntes, com as deduções estabelecidas na própria LRF.
Resposta: Certa

7) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRE/MT – 2010) no


cômputo da receita corrente líquida, não devem ser considerados os
recursos obtidos por meio da exploração de atividades industriais.

A RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições,


patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes
e outras receitas também correntes, com as deduções estabelecidas na própria
LRF.
Resposta: Errada

8) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados –


2014) Os valores transferidos por determinação constitucional ou legal
não devem ser deduzidos para o cálculo da receita corrente líquida.

Na União, devem ser deduzidos da RCL os valores transferidos aos estados e


municípios por determinação constitucional ou legal, e as contribuições
mencionadas na alínea “a” do inciso I e no inciso II do art. 195 (relacionadas à
seguridade social) e no art. 239 da CF/1988 (PIS, PASEP).
Resposta: Errada

9) (CESPE – Auditor de Controle Externo – Direito - TCE/RO – 2013)


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De acordo com a LRF, o conceito de receita corrente líquida não


engloba venda de imóveis.

A Receita Corrente Líquida - RCL corresponde ao somatório das receitas


tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de
serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, com as
deduções estabelecidas na própria LRF.

Logo, se o termo é “Receita Corrente Líquida”, as despesas de capital, como a


venda de imóveis, sequer são mencionadas. O que a LRF prevê como dedução
da RCL são algumas receitas também correntes que não entram no cálculo.
Resposta: Certa

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10) (CESPE – Administrador – Polícia Federal – 2014) O montante de


receita corrente líquida calculado em determinado período pode não
incluir todas as receitas correntes previstas para o exercício financeiro
que estiver em curso.

A RCL será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência


e nos 11 anteriores, excluídas as duplicidades. Assim, a apuração da RCL é
feita durante o período de um ano, não necessariamente coincidente com o
ano civil. Somente se o mês de referência for dezembro é que haverá tal
coincidência.
Resposta: Certa

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2. DESPESAS COM PESSOAL

2.1 Considerações Iniciais

O propósito da LRF é a ação planejada e transparente, tendo o objetivo de


prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas
públicas. Os meios utilizados para se atingir este objetivo são o cumprimento
de metas de receitas e despesas e obediência a limites e condições para a
dívida pública e gastos com pessoal. Assim, a finalidade da LRF é disciplinar a
gestão dos recursos públicos, atribuindo maior responsabilidade aos
administradores públicos.

O termo fiscal congrega todas as ações que se relacionam com a arrecadação e


a aplicação dos recursos públicos. Neste caminho, as despesas com pessoal
são as que mais despertam a atenção da população e dos gestores públicos,
em razão de serem as mais representativas em quase todos os entes, entre os
gastos realizados. A preocupação gerada diante do excesso de despesas com
pessoal é objeto de maior detalhamento por meio da LRF. As despesas com
pessoal são sempre despesas correntes.

O somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos,


os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos,
cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros
de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como
Para os efeitos da vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios,
proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive
LRF, entende-se
adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais
como despesa de qualquer natureza, bem como encargos sociais e
total com pessoal: contribuições recolhidas pelo ente às entidades de
previdência.

As despesas consideradas como indenizatórias não são consideradas espécies


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remuneratórias, logo não entram no cálculo do percentual de despesas com


pessoal. Exemplo: auxílio-alimentação, assistência pré-escolar, auxílio-
transporte, ajuda de custo para o militar removido para outra cidade etc.

São também despesas com pessoal os valores dos


contratos de terceirização de mão de obra que se referem
à substituição de servidores e empregados públicos. Serão
contabilizados como “outras despesas de pessoal”.

Por exemplo, a contratação de um professor temporário para uma vaga de


professor efetivo em uma escola é despesa com pessoal para efeitos da LRF, já
que se refere à substituição de uma atribuição de um servidor efetivo. No
entanto, a contratação de pessoal para a segurança dessa mesma escola não é

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considerada despesa com pessoal, já que em geral não se trata de substituição


de servidores ou empregados públicos. É uma atividade importante, porém
acessória, instrumental ou complementar às atribuições legais da escola, não
sendo inerente a categorias funcionais abrangidas pelo quadro de pessoal.

11) (CESPE – AUFC – TCU – 2011) Os parâmetros para os poderes e


órgãos destinados a orientar a fixação dos montantes relativos a
despesas com pessoal devem incluir os serviços de terceiros.

São despesas com pessoal os valores dos contratos de terceirização de mão de


obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos.
A expressão "serviços de terceiros" é bem abrangente, incluindo substituições
e outros serviços. Logo, é incorreto afirmar que os serviços de terceiros
entram nos parâmetros para orientar a fixação dos montantes relativos a
despesas com pessoal.
Resposta: Errada

12) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Os valores gastos


com serviços prestados por empresas contratadas para a terceirização
de mão de obra e que se refiram à substituição de servidores e
empregados públicos devem ser contabilizados como despesas de
capital.

São também despesas com pessoal os valores dos contratos de terceirização


de mão de obra que se referem à substituição de servidores e empregados
públicos. Serão contabilizados como “Outras Despesas de Pessoal”. Logo, são
despesas correntes.
Resposta: Errada
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13) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As despesas


relativas às pensões, por não constituírem gastos com servidores
inativos, não fazem parte da limitação de despesas de pessoal prevista
na LRF.

Segundo o art. 18 da LRF, para os efeitos dessa Lei Complementar, entende-se


como despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação
com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos,
cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com
quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas
e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões,
inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de
qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo
ente às entidades de previdência.

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Logo, as despesas relativas às pensões também fazem parte da limitação de


despesas de pessoal prevista na LRF.
Resposta: Errada

14) (CESPE - TFCE - TCU - 2009) Se o aumento acentuado e inesperado


do número de matrículas na rede pública de ensino obrigar a
administração a efetuar a contratação de novos professores mediante
terceirização, as despesas daí decorrentes terão de ser enquadradas
entre as despesas de pessoal e computadas para efeito de cálculo do
respectivo limite.

Caso determinado órgão público mantenha contrato de terceirização de mão-


de-obra para uma atividade que consta das atribuições dos cargos do quadro
de pessoal do órgão em questão, como é o caso de professores da rede
pública, as despesas do contrato de terceirização devem ser contabilizadas
como outras despesas de pessoal.
Resposta: Certa

15) (CESPE – Analista Judiciário – Administração e Contábeis – TJ/CE


– 2014) A Lei de Responsabilidade Fiscal instituiu limites para a
despesa total com pessoal e encargos sociais baseados em percentuais
da receita corrente líquida. Um tipo de gasto que deve ser incluído no
montante total de despesa de pessoal são os contratos de
terceirização de mão de obra em substituição a servidores e
empregados.

São também despesas com pessoal os valores dos contratos de terceirização


de mão de obra que se referem à substituição de servidores e empregados
públicos. Serão contabilizados como “Outras Despesas de Pessoal”.
Resposta: Certa
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2.2 Limites

Uma novidade da LRF, em relação às leis anteriores de limites para despesas


com pessoal, é que os poderes e as três esferas de governo estão envolvidos
nos limites. A limitação visa permitir ao gestor público que atenda as
demandas da população como, por exemplo, saúde e educação, e não
comprometa quase toda sua receita com pagamento de despesas com pessoal.

O conceito de RCL, que vimos no tópico anterior, é importante porque,


segundo o art. 19, a despesa total com pessoal será apurada somando-se a
realizada no mês em referência com as dos 11 imediatamente anteriores,
adotando-se o regime de competência. Para os fins do disposto no caput do
art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de
apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da
receita corrente líquida, a seguir discriminados:
I – União: 50%.
II – Estados: 60%.
III – Municípios: 60%

LIMITES DAS DESPESAS COM PESSOAL EM RELAÇÃO À RCL

UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIOS

50% 60% 60%

As disposições da LRF obrigam a União, os estados, o Distrito Federal e os


municípios. Nas referências a estados entende-se considerado o Distrito
Federal. Logo, o Distrito Federal deve observar o limite estabelecido na LRF
para a esfera estadual. 22528601034

No regime de competência, as receitas e despesas são contabilizadas no


momento em que são comprometidas (fato gerador da despesa),
independentemente do momento que as receitas entram ou as despesas saem
do caixa. Por exemplo, no regime de competência, adotado para apuração das
despesas com pessoal, o décimo terceiro salário devido aos servidores públicos
deve entrar no cômputo do total de despesas de pessoal do exercício a que se
refira (fato gerador da despesa), ainda que o pagamento seja efetuado, por
exemplo, somente no mês de janeiro.

Na despesa total com pessoal, para fins de verificação dos limites definidos na
LRF, consoante o § 1º também do art. 19, não será(ão) computada(s) a(s)
despesa(s):
 Com indenização por demissão de servidores ou empregados.
 Relativas a incentivos à demissão voluntária.
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 Com convocação extraordinária do Congresso Nacional (a Emenda


Constitucional 50/2006 vedou o pagamento de parcela indenizatória em
razão de convocação do Congresso Nacional).
 Decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ao
da apuração da despesa total com pessoal somando-se a realizada no
mês em referência com as dos 11 imediatamente anteriores, adotando-
se o regime de competência. As despesas com pessoal decorrentes de
sentenças judiciais do período atual serão incluídas no limite do
respectivo Poder ou órgão.
 com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima,
custeadas com recursos transferidos pela União na forma dos incisos
XIII1 e XIV2 do art. 21 da Constituição e do art. 313 da Emenda
Constitucional nº 19. Nesses casos, as despesas desses entes não são
pagas com suas próprias receitas e sim da União, logo, não são somadas
aos seus limites de 60%.
 Com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas
por recursos provenientes:
– da arrecadação de contribuições dos segurados;
– da compensação financeira de que trata o § 9º do art. 201 da
Constituição4;
– das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a
tal finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem
como seu superávit financeiro.

Segundo o art. 20 da LRF, a repartição dos limites globais do art. 19 – União


(50%), estados (60%), municípios (60%) – não poderá exceder os seguintes
percentuais:

1
Art. 21, XIII, da CF/1988 - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do
Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios.
2
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Art. 21, XIV, da CF/1988 - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito
Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio.
3
Art. 31 da EC 19 - Os servidores públicos federais da administração direta e indireta, os
servidores municipais e os integrantes da carreira policial militar dos ex-Territórios Federais do
Amapá e de Roraima, que comprovadamente encontravam-se no exercício regular de suas
funções prestando serviços àqueles ex-Territórios na data em que foram transformados em
Estados; os policiais militares que tenham sido admitidos por força de lei federal, custeados
pela União; e, ainda, os servidores civis nesses Estados com vínculo funcional já reconhecido
pela União, constituirão quadro em extinção da administração federal, assegurados os direitos
e vantagens inerentes aos seus servidores, vedado o pagamento, a qualquer título, de
diferenças remuneratórias.
4
Art. 201, § 9º, da CF/1988 - Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem
recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e
urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão
financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei.
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I – na esfera federal:
a) 2,5% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União.
b) 6% para o Judiciário.
c) 40,9% para o Executivo, destacando-se 3% para as despesas com pessoal
decorrentes do que dispõem os incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e
o art. 31 da Emenda Constitucional nº 19 (acabei de citá-los nos itens 1 a 3 do
rodapé), repartidos de forma proporcional à média das despesas relativas a
cada uma destas competências, em percentual da RCL, verificadas nos três
exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação da LRF.
d) 0,6% para o Ministério Público da União.

II – na esfera estadual:
a) 3% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado.
b) 6% para o Judiciário.
c) 49% para o Executivo.
d) 2% para o Ministério Público dos Estados.

Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios, o percentual


definido para o Legislativo será de 3,4% e do Executivo será de 48,6%, o que
corresponde, respectivamente, a acréscimo e redução de 0,4%.

III – na esfera municipal:


a) 6% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, quando
houver.
b) 54% para o Executivo.

Observação: Tribunal de Contas dos Municípios é diferente de Tribunal de


Contas do Município.
Há apenas dois Tribunais de Contas do Município, pois há vedação
constitucional para a instituição de Cortes de Contas municipais, ressalvados
os Tribunais de Contas do Município de São Paulo e o do Rio de Janeiro,
criados antes da CF/1988. Tais Tribunais têm competência para processar e
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julgar contas exclusivamente do município onde foi criado e não dos outros
municípios do Estado.
Porém, não há impedimento para que o Estado institua Tribunais de Contas
dos Municípios, para apreciar e julgar exclusivamente as contas dos
municípios integrantes de seu território. Mas há apenas quatro Tribunais de
Contas dos Municípios (Bahia, Ceará, Pará e Goiás). Os municípios dos outros
estados que não possuem Tribunais de Contas dos Municípios estão sob a
jurisdição dos Tribunais de Contas Estaduais.

Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, o limite será repartido


entre seus ramos proporcionalmente à média das despesas com pessoal, em
percentual da RCL, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente
anteriores ao da publicação da LRF (1997 a 1999). Por exemplo, o Poder
Judiciário do estado X teve como médias nesses três anos as despesas

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divididas por três órgãos de tamanho diferentes, A, B e C, na proporção,


respectivamente, de 20%, 30% e 50% do gasto com pessoal desse Judiciário
Estadual. Como a partir da LRF o limite é de 6% da RCL para o Judiciário desse
Estado, o rateio do limite será da seguinte forma em relação à RCL: 1,2% para
o órgão A; 1,8% para o órgão B e 3% para o órgão C.

Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os


créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública,
ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos. Para tais
fins, a entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa total com
pessoal por Poder e órgão será a resultante da aplicação dos percentuais
definidos no art. 20 da LRF.

Alguns autores acenam com a possibilidade de a LDO estabelecer critérios


diferentes da LRF. Mas essa faculdade que estava no § 6º do art. 20 da LRF foi
vetada:

Vetado: § 6º do art. 20: “Somente será aplicada a repartição dos limites


estabelecidos no caput caso a lei de diretrizes orçamentárias não disponha de
forma diferente.”

Razões do veto: “A possibilidade de que o limite de despesas de pessoal dos


Poderes e órgãos possam ser alterados na Lei de Diretrizes Orçamentárias
poderá resultar em demandas ou incentivo especialmente no âmbito dos
Estados e Municípios para que os gastos com pessoal e encargos sociais de
determinado Poder ou órgão sejam ampliados em detrimento de outros, visto
que o limite global do ente da Federação é fixado na Lei Complementar. Desse
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modo, afigura-se prejudicado o objetivo da lei complementar em estabelecer


limites efetivos de gastos de pessoal aos Três Poderes. Na linha desse
entendimento, o dispositivo contraria o interesse público, motivo pelo qual
sugere-se a oposição de veto.”

Assim, a LDO não pode dispor de forma diferente da LRF.

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LIMITES POR ESFERA

FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL

Legislativo (TCU): 2,5% Legislativo (TCE): 3%


Legislativo (TCM): 6%
Judiciário: 6% Judiciário: 6%

Executivo: 40,9% Executivo: 49%


Executivo: 54%
MPU: 0,6% MPE: 2%

Nos estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios, o


percentual do Legislativo será de 3,4% e do Executivo será de 48,6%.

16) (CESPE – Analista Administrativo – Administrativa - ANTT – 2013)


Eventuais indenizações por demissão de servidor ou incentivos
relativos à demissão voluntária devem ser computados, para efeitos da
LRF, no cálculo dos limites com gastos de pessoal.

As indenizações por demissão de servidor ou os incentivos relativos à demissão


voluntária não devem ser computados, para efeitos da LRF, no cálculo dos
limites com gastos de pessoal.
Resposta: Errada

17) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – CNJ - 2013)


Considere que uma prefeitura tenha iniciado programa de demissão
voluntária para não ultrapassar os limites com gastos com pessoal
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definidos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Nessa situação, os


gastos com o programa deverão compor a base de cálculo da despesa
total com pessoal, o que diminui a eficácia da iniciativa para resolver o
problema, uma vez que serão afetados os limites de gastos impostos
pela LRF.

Na verificação da despesa total com pessoal da União, não serão computadas,


entre outras, as despesas relativas à demissão voluntária.
Resposta: Errada

18) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRT/10 – Prova


cancelada - 2013) É estabelecido pela LRF que na esfera estadual, o
limite para despesa com pessoal do Poder Judiciário será de 3% sobre
a receita corrente arrecadada no período determinado para o controle.

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Na esfera estadual, o limite para despesa com pessoal do Poder Judiciário será
de 6% sobre a receita corrente líquida arrecadada no período determinado
para o controle (art. 20, II, b, da LRF).
Resposta: Errada

19) (CESPE - Analista em Ciência e Tecnologia– Contabilidade – CAPES


- 2012) A LRF determina que as despesas relativas aos incentivos à
demissão voluntária sejam computadas no cálculo do limite da
despesa total com pessoal da União, dos estados e dos municípios.

Na verificação da despesa total com pessoal da União, não serão computadas,


entre outras, as despesas relativas à demissão voluntária.
Resposta: Errada

20) (CESPE – Especialista – FNDE – 2012) A apuração da despesa total


com pessoal deve ser realizada mediante o regime de caixa.

A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em


referência com as dos 11 imediatamente anteriores, adotando-se o regime de
competência.
Resposta: Errada

21) (CESPE – Administrador - TJ/RR – 2012) Na programação e


execução orçamentária e financeira de gastos orçamentários com
pessoal, o Poder Judiciário estadual deverá respeitar o teto máximo de
6% da receita corrente líquida do orçamento do Estado.

Segundo o art. 20 da LRF, a repartição dos limites globais do art. 19 – União


(50%), estados (60%), municípios (60%) – não poderá exceder os seguintes
percentuais:
(...)
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II – na esfera estadual:
a) 3% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado.
b) 6% para o Judiciário.
c) 49% para o Executivo.
d) 2% para o Ministério Público dos Estados.
Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios, o percentual
definido para o Legislativo será de 3,4% e do Executivo será de 48,6%, o que
corresponde, respectivamente, a acréscimo e redução de 0,4%.

Resposta: Certa

22) (CESPE – Técnico – FNDE – 2012) A despesa total com pessoal dos
Executivos municipais limita-se a metade da receita corrente liquida.

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Segundo o art. 20 da LRF, a repartição dos limites globais do art. 19 – União


(50%), estados (60%), municípios (60%) – não poderá exceder os seguintes
percentuais:
(...)
III – na esfera municipal:
a) 6% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, quando
houver.
b) 54% para o Executivo.
Resposta: Errada

23) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012)


Conforme a LRF, a despesa total com pessoal, em cada período de
apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder 50% e
60% da receita corrente líquida, respectivamente, para a União e para
os estados e municípios. Na verificação do atendimento desses limites,
não se computam as despesas com inativos, ainda que por intermédio
de fundo específico, custeadas por recursos provenientes da
arrecadação de contribuições dos segurados.

A despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da


Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a
seguir discriminados:
I – União: 50%.
II – Estados: 60%.
III – Municípios: 60%

Na despesa total com pessoal, para fins de verificação dos limites definidos na
LRF, consoante o § 1º também do art. 19, não será(ão) computada(s) a(s)
despesa(s), entre outras, com inativos, ainda que por intermédio de fundo
específico, custeadas por recursos provenientes da arrecadação de
contribuições dos segurados; da compensação financeira entre os diversos
regimes de previdência social para efeito de aposentadoria, assegurada a
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contagem recíproca do tempo de contribuição na Administração Pública e na


atividade privada, rural e urbana, segundo critérios estabelecidos em lei; das
demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal finalidade,
inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem como seu
superávit financeiro.

Resposta: Certa

24) (CESPE – TFCE – TCU – 2012) A apuração de gastos com pessoal


será feita com base em um período de 12 meses. Assim, as
demonstrações de limites com despesas de pessoal do primeiro e do
segundo quadrimestres somarão despesas com pessoal relativas a dois
exercícios financeiros.

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Primeiro, temos que saber que o exercício financeiro inicia em 1º de janeiro e


termina em 31 de dezembro.

Segundo, devemos saber que a despesa total com pessoal será apurada
somando-se a realizada no mês em referência com as dos 11 imediatamente
anteriores, adotando-se o regime de competência.

Assim, as demonstrações de limites com despesas de pessoal do primeiro e do


segundo quadrimestres somarão despesas com pessoal relativas a dois
exercícios financeiros, ou seja, do exercício em curso e do exercício anterior.
Por exemplo, se queremos verificar os limites no segundo quadrimestre de
2012, consideraremos de 1º de setembro de 2011 a 31 de agosto de 2012.
São dois exercícios financeiros: 2011 e 2012.
Resposta: Certa

25) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) Para efeito da


apuração do limite máximo previsto pela LRF, o décimo terceiro salário
devido aos servidores públicos deve entrar no cômputo do total de
despesas de pessoal do exercício a que se refira, ainda que o
pagamento seja efetuado, por exemplo, somente no mês de fevereiro.

No regime de competência, as receitas e despesas são contabilizadas no


momento em que são comprometidas (fato gerador da despesa),
independentemente do momento que as receitas entram ou as despesas saem
do caixa. Por exemplo, no regime de competência, adotado para apuração das
despesas com pessoal, o décimo terceiro salário devido aos servidores públicos
deve entrar no cômputo do total de despesas de pessoal do exercício a que se
refira (fato gerador da despesa), ainda que o pagamento seja efetuado, por
exemplo, somente no mês de janeiro.
Resposta: Certa

26) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) Os gastos com pessoal da


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administração pública dizem respeito ao próprio estado moderno. Sem


eles inexiste gestão pública, e sua magnitude e complexidade exigem
do legislador permanente atenção e prevenção, tal sua histórica
dificuldade de controle. Para tanto, a CF e a LRF fixam o limite legal de
comprometimento às despesas com pessoal inativo equivalente ao
pessoal ativo.

A preocupação gerada diante do excesso de despesas com pessoal é objeto de


maior detalhamento por meio da LRF, inclusive com a fixação de limites.
Entretanto, não há dispositivo que fixa o limite legal de comprometimento às
despesas com pessoal inativo equivalente ao pessoal ativo.
Resposta: Errada

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27) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) A despesa total com pessoal,


para os efeitos da LRF, será apurada somando-se a despesa realizada
no mês em referência com as despesas dos doze meses imediatamente
anteriores, adotando-se o regime de caixa.

Segundo o art. 19 da LRF, a despesa total com pessoal será apurada somando-
se a realizada no mês em referência com as dos 11 imediatamente anteriores,
adotando-se o regime de competência.
Resposta: Errada

28) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) Considerando-se que, em


determinado município brasileiro, a despesa pública com pessoal
corresponda a 55% da receita corrente líquida, é correto afirmar que
essa despesa ultrapassa o limite previsto na LRF.

No âmbito do município, o limite da despesa pública com pessoal corresponde


a 60% da receita corrente líquida. Logo, se a despesa for inferior a tal
percentual, a despesa ainda não ultrapassou o limite.
Resposta: Errada

29) (CESPE – Técnico Judiciário - Administrativa – TRT/17 – 2013) Na


União, nos estados, no Distrito Federal e nos municípios, a Lei de
Diretrizes Orçamentárias estabelece parâmetros com vistas à fixação,
no projeto de Lei Orçamentária, dos montantes relativos a despesas
com pessoal e a outras despesas correntes.

É a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece parâmetros para as


despesas com pessoal.
A faculdade de a LDO estabelecer critérios diferentes da LRF, que estava no §
6º do art. 20 da LRF, foi vetada.
Assim, a LDO não pode dispor de forma diferente da LRF.
Resposta: Errada
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30) (CESPE – Administrador – Polícia Federal – 2014) As despesas


decorrentes do programa de incentivo à demissão voluntária de
determinado órgão público estão excluídas do limite de despesas de
pessoal do referido órgão.

Os incentivos relativos à demissão voluntária não devem ser computados, para


efeitos da LRF, no cálculo dos limites com gastos de pessoal.
Resposta: Certa

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2.3 Controle

Conforme o art. 21 da LRF, é nulo de pleno direito o ato que provoque


aumento da despesa com pessoal e não atenda:
 As exigências para a criação das despesas obrigatórias de caráter
continuado (art. 17). São elas: atos que criarem as despesas ou as
aumentarem deverão ser instruídos com estimativas do impacto
orçamentário-financeiro, no exercício que deva entrar em vigor e nos
dois subsequentes; demonstração da origem dos recursos para seu
custeio; comprovação de que a criação ou o aumento da despesa não
afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo de metas
fiscais da LDO; compensação dos seus efeitos financeiros, nos períodos
seguintes, pelo aumento permanente de receita ou pela redução
permanente de despesa.
 As exigências de acompanhamento, para a criação, expansão ou
aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da
despesa (art. 16): estimativa do impacto orçamentário-financeiro no
exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes, e
declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação
orçamentária e financeira com a LOA e compatibilidade com o PPA e com
a LDO.
 As exigências do § 1º do art. 169 da CF/1988 (veremos ainda neste
tópico).
 O percentual de reserva dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência e os critérios de sua admissão definidos em lei.
 O limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal
inativo.

Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com
pessoal expedido nos 180 dias anteriores ao final do mandato do titular do
respectivo Poder ou órgão. É comum associar este prazo ao final dos mandatos
de quatro anos dos Chefes do Executivo, porém é interessante observar que a
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norma também alcança o mandato dos Presidentes de casas legislativas, o qual


é de dois anos. Logo, um Presidente de uma Câmara Municipal, por exemplo,
não poderá aumentar a despesa com pessoal nos 180 dias anteriores ao final do
seu mandato de dois anos.

É nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento


da despesa com pessoal expedido nos 180 dias
anteriores ao final do mandato do titular do
respectivo Poder ou órgão.

Ainda, consoante o inciso XIII do art. 37 da CF/1988, é vedada a vinculação ou


equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público. Logo, é nulo o ato aumentativo da

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despesa com pessoal que promova a vinculação ou equiparação de quaisquer


espécies remuneratórias.

Ressalta-se que a CF/1988 veda a transferência voluntária de recursos e a


concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos
Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento
de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios.

Consoante o art. 22 da LRF, a verificação do cumprimento dos limites


estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada ao final de cada quadrimestre.

Limite de alerta: compete aos Tribunais de Contas verificar os cálculos dos


limites da despesa total com pessoal de cada Poder e órgão e alertá-los quando
constatarem que o montante da despesa total com pessoal ultrapassar 90% do
limite.

Limite prudencial: se a despesa total com pessoal exceder a 95% do limite,


são vedados ao Poder ou órgão que houver incorrido no excesso:
 Concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de
remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial
ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão geral anual,
sempre na mesma data e sem distinção de índices.
 Criação de cargo, emprego ou função.
 Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa.
 Provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a
qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou
falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança.
 Contratação de hora extra, salvo no caso das situações previstas na lei
de diretrizes orçamentárias e no caso de convocação extraordinária do
Congresso Nacional (relembro que a Emenda Constitucional 50/2006
vedou o pagamento de parcela indenizatória em razão de convocação do
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Congresso Nacional).

O limite de alerta ocorre quando os Tribunais de Contas constatam que o


montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% do limite, não
havendo nenhuma sanção ou vedação, apenas um alerta. Já o limite
prudencial ocorre quando a despesa total com pessoal excede a 95% do
limite, incorrendo em diversas vedações para o Poder ou órgão que ultrapassar
tal percentual.

Limite ultrapassado (caput do art. 23 da LRF): se a despesa total com


pessoal, do Poder ou órgão, ultrapassar os limites definidos no art. 20, sem

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prejuízo das medidas previstas no art. 22 citadas acima, o percentual


excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo
menos um terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências
previstas nos §§ 3º e 4º do art. 169 da CF/1988.

Assim, a CF/1988 também trata do assunto despesas com pessoal. Segundo o


art. 169, a despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios não poderá exceder os limites estabelecidos
em lei complementar, que é exatamente o que estudamos na LRF, por isso
começamos o estudo da Lei antes da CF/1988.

De acordo com o § 1º do art. 169 da CF/1988, a concessão de qualquer


vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e
funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou
contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da
Administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, só poderão ser feitas se houver:
 Prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de
despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes.
 Autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as
empresas públicas e as sociedades de economia mista.

Continuando, para o cumprimento dos limites estabelecidos com base no que


estudamos na LRF, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios
adotarão as seguintes providências (são os §§ 3º e 4º do art. 169 da
CF/1988):
 Redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e
funções de confiança.
 Exoneração dos servidores não estáveis.
 Exoneração de servidor estável, desde que ato normativo motivado de
cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou
unidade administrativa objeto da redução de pessoal. O servidor que
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perder o cargo fará jus a indenização correspondente a um mês de


remuneração por ano de serviço e o cargo objeto da redução será
considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com
atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.

É possível a exoneração de servidores estáveis!

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Vale ressaltar que, de acordo com o art. 37, XV, da CF/1988, a regra é que o
subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são
irredutíveis, com algumas ressalvas constitucionais, nas quais não se inclui a
redução consensual dos respectivos vencimentos.

Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o


excesso, o ente não poderá (§ 3º do art. 23 da LRF):
 Receber transferências voluntárias, ressalvadas as destinadas à saúde, à
educação e à assistência social.
 Obter garantia, direta ou indireta, de outro ente.
 Contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao
refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das
despesas com pessoal.

31) (CESPE – Analista Administrativo – Direito - ANTT – 2013) É nulo


de pleno direito o ato que resulte em aumento de despesa com pessoal
expedido nos cento e oitenta dias imediatamente anteriores ao do final
do mandato do titular de órgão do Poder Executivo.

Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com
pessoal expedido nos 180 dias anteriores ao final do mandato do titular do
respectivo Poder ou órgão (art. 21, parágrafo único, da LRF).
Resposta: Certa

32) (CESPE – Analista Administrativo – Direito - ANTT – 2013) O não


recebimento de transferências voluntárias é penalidade a que está
sujeito o órgão ou poder que, tendo excedido o limite de gasto com
pessoal, não reduza o percentual excedente do limite de despesa com
pessoal. 22528601034

Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o


excesso, o ente não poderá, dentre outras restrições, receber transferências
voluntárias, ressalvadas as destinadas à saúde, à educação e à assistência
social.
Resposta: Certa

33) (CESPE – Analista Administrativo – Contábeis - ANTT – 2013) O


servidor estável que perder o cargo em razão do cumprimento dos
limites de despesa com pessoal da União fará jus à indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.

Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base na LRF, a União, os


estados, o Distrito Federal e os municípios adotarão as seguintes providências

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(são os §§ 3º e 4º do art. 169 da CF/1988):


_ Redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e
funções de confiança.
_ Exoneração dos servidores não estáveis.
_ Exoneração de servidor estável, desde que ato normativo motivado de cada
um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade
administrativa objeto da redução de pessoal. O servidor que perder o cargo fará
jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço
e o cargo objeto da redução será considerado extinto, vedada a criação de
cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo
de quatro anos.

Resposta: Certa

34) (CESPE – Contador - TJ/RR – 2012) Será considerado nulo o ato


que provocar aumento da despesa com pessoal e não atender ao limite
legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo.

É nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da despesa com pessoal e
não atenda, entre outros, o limite legal de comprometimento aplicado às
despesas com pessoal inativo (art. 21, II, da LRF).
Resposta: Certa

35) (CESPE – Especialista – FNDE – 2012) De acordo com


determinação constitucional, a despesa da União, dos estados, dos
municípios e do Distrito Federal com pessoal ativo e inativo não pode
ultrapassar limite fixado em lei complementar, encontrando-se, entre
as providencias autorizadas para o controle da despesa que
eventualmente extrapolar esse limite, a redução de despesas com
cargos em comissão e funções de confiança e a exoneração de
servidores não estáveis, vedada a exoneração daqueles que já tiverem
alcançado a estabilidade. 22528601034

Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base na LRF, a União, os


estados, o Distrito Federal e os municípios adotarão as seguintes providências
(são os §§ 3º e 4º do art. 169 da CF/1988):
_ Redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e
funções de confiança.
_ Exoneração dos servidores não estáveis.
_ Exoneração de servidor estável, desde que ato normativo motivado de
cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade
administrativa objeto da redução de pessoal. O servidor que perder o cargo fará
jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço
e o cargo objeto da redução será considerado extinto, vedada a criação de
cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo
de quatro anos.

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Logo, é possível a exoneração de servidores estáveis.


Resposta: Errada

36) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) Se, com o


objetivo de aumentar a despesa de pessoal, determinado prefeito
municipal assinar um decreto no mês de junho do ano de conclusão de
seu mandato, tal ato deve ser considerado regular, de acordo com o
que dispõe a LRF.

É nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal
expedido nos 180 dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo
Poder ou órgão (art. 21, parágrafo único, da LRF). O ato editado no mês de
junho é regular, pois está fora do período mencionado.
Resposta: Certa

37) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) Os gastos com pessoal da


administração pública dizem respeito ao próprio estado moderno. Sem
eles inexiste gestão pública, e sua magnitude e complexidade exigem
do legislador permanente atenção e prevenção, tal sua histórica
dificuldade de controle. Para tanto, a CF e a LRF estabelecem limite
prudencial para despesa total com pessoal em 95% do limite total
fixado na LRF, obrigando o tribunal de contas a suspender aumentos
com pessoal dos poderes ou órgãos correspondentes quando esse
limite for ultrapassado.

Os Tribunais de Contas atuam no limite de alerta. Têm como competência


verificar os cálculos dos limites da despesa total com pessoal de cada Poder e
órgão e alertá-los quando constatarem que o montante da despesa total com
pessoal ultrapassar 90% do limite.
Não há determinação para que os Tribunais de Contas suspendam aumentos
no limite prudencial. Na verdade, se a despesa com pessoal ultrapassar 95% do
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limite já há uma vedação direta ao Poder ou órgão para concessão de


vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título,
salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual,
ressalvada a revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de
índices.
Resposta: Errada

38) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011)


Considera-se nulo o ato de prefeito que reajustar o vencimento dos
servidores municipais em 25%, resultando em aumento de despesa
com pessoal, no penúltimo mês de seu mandato.

É nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal
expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do

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respectivo Poder ou órgão. Logo, é nulo o ato de prefeito que reajustar o


vencimento dos servidores municipais, resultando em aumento de despesa
com pessoal, no penúltimo mês de seu mandato.
Resposta: Certa

39) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) No Distrito Federal


(DF), o controle para a verificação do cumprimento do limite da
despesa total com pessoal deve ser realizado ao final de cada
quadrimestre.

Em todos os entes a verificação do cumprimento dos limites estabelecidos será


realizada ao final de cada quadrimestre.
Resposta: Certa

40) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Embora a


admissão ou a contratação de pessoal a qualquer título possa ser
proibida antes que o órgão público atinja o limite de despesas de
pessoal, a exoneração de servidores não estáveis por excesso de
despesa somente é possível depois que esse limite for ultrapassado.

A admissão ou a contratação de pessoal a qualquer título pode ser proibida


antes que o órgão público atinja o limite de despesas de pessoal, ainda no
limite prudencial. Já a exoneração de servidores não estáveis por excesso de
despesa somente é possível depois que esse limite for ultrapassado.
Resposta: Certa

41) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2010) Caso a despesa total


com pessoal exceda a 95% do limite imposto na LRF, é vedado ao
poder público o provimento de cargo público, com exceção da
reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidor
público.
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Caso a despesa total com pessoal exceda o limite prudencial de 95%, é vedado
ao poder público o provimento de cargo público, com exceção da reposição
decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidor público apenas das
áreas de educação, saúde e segurança.
Resposta: Errada

42) (CESPE - Administrador - Ministério da Previdência Social - 2010)


Combinando-se as disposições constitucionais com as da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF), constata-se que mesmo os servidores
estáveis podem perder seus cargos, na hipótese de as despesas de
pessoal ultrapassarem determinados limites, o que, entretanto,
poderia ser evitado no caso de redução consensual dos respectivos
vencimentos.

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Combinando-se as disposições constitucionais com as da LRF, constata-se que


mesmo os servidores estáveis podem perder seus cargos, na hipótese de as
despesas de pessoal ultrapassarem determinados limites (limite ultrapassado).
No entanto, segundo a CF/1988, o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de
cargos e empregos públicos são irredutíveis. Não poderá haver redução dos
respectivos vencimentos, mesmo que vise evitar a exoneração.
Resposta: Errada

43) (CESPE – Advogado da União – 2009) A contratação de hora extra


é vedada, por qualquer motivo, quando a despesa total com pessoal
exceder a 95% do limite do órgão ou poder.

Se a despesa total com pessoal exceder a 95% do limite (denominado de


limite prudencial), é vedado ao Poder ou órgão que houver incorrido no
excesso, entre outros, a contratação de hora extra, salvo no caso das
situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias.
Logo, a contratação de hora extra é vedada, mas há exceção, quando a
despesa total com pessoal exceder a 95% do limite do órgão ou poder.
Resposta: Errada

44) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados –


2014) As despesas de indenização por demissão de empregados não
são computadas no limite de despesa total com pessoal definido em
lei.

Na verificação da despesa total com pessoal da União, não serão computadas,


entre outras, as despesas com indenização por demissão de servidores ou
empregados.
Resposta: Certa

45) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo - SUFRAMA – 2014) É


nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com
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pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do


mandato do titular do respectivo poder ou órgão.

Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com
pessoal expedido nos 180 dias anteriores ao final do mandato do titular do
respectivo Poder ou órgão (art. 21, parágrafo único, da LRF).
Resposta: Certa

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2.4 Exceções aos Prazos para Redução das Despesas com Pessoal

Estas são as exceções aos prazos do art. 23 da LRF para a redução das
despesas com pessoal:

Aplicação imediata: as restrições são aplicadas imediatamente se a despesa


total com pessoal exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do
mandato dos titulares de Poder ou órgão.

Suspensão: na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso


Nacional, no caso da União, ou pelas Assembleias Legislativas, na hipótese dos
estados e municípios; e em caso de estado de defesa ou de sítio decretado na
forma da constituição, enquanto perdurar a situação, serão suspensas a
contagem dos prazos e as disposições estabelecidas no artigo.

Duplicação: já em caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto


Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por período igual ou superior
a quatro trimestres, os prazos do artigo serão duplicados. Entende-se por
baixo crescimento a taxa de variação real acumulada do PIB inferior a 1%, no
período correspondente aos quatro últimos trimestres.

2.5 Despesas com a Seguridade Social

De acordo com o art. 24 da LRF, nenhum benefício ou serviço relativo à


Seguridade Social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a indicação
da fonte de custeio total, atendidas ainda as exigências do art. 17, o qual trata
das despesas obrigatórias de caráter continuado.

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Nenhum benefício ou serviço relativo à Seguridade Social poderá ser criado,


majorado ou estendido sem a indicação da fonte de custeio total.

A Seguridade Social compreende o benefício ou serviço de saúde, previdência e


assistência social, inclusive os destinados aos servidores públicos e militares,
ativos e inativos, e aos pensionistas.

No entanto, é dispensada da compensação por aumento permanente de receita


ou pela redução permanente de outras despesas se o aumento de despesa
decorrer de:
I – concessão de benefício a quem satisfaça as condições de habilitação
prevista na legislação pertinente;
II – expansão quantitativa do atendimento e dos serviços prestados;

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III – reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de preservar o seu


valor real.

É dispensado da compensação referida no art. 17 (dentre


outros, o aumento permanente de receita e a redução
permanente de despesa) o aumento de despesa decorrente
de reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de
preservar o seu valor real (art. 24, § 1º, III, da LRF).

46) (CESPE – TFCE – TCU – 2012) O reajustamento do valor de


benefício da seguridade social, a fim de preservar o seu valor real,
deve apresentar a origem dos recursos para o seu custeio e os seus
efeitos financeiros nos períodos seguintes, que devem ser
compensados pelo aumento permanente de receita e pela redução
permanente de despesa da previdência.

É dispensado da compensação referida no art. 17 (dentre outros, o aumento


permanente de receita e a redução permanente de despesa) o aumento de
despesa decorrente de reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim
de preservar o seu valor real (art. 24, § 1º, III, da LRF).
Resposta: Errada

47) (CESPE – Especialista – FNDE – 2012) Por constituírem despesa de


natureza social, os benefícios relativos a seguridade social podem ser
criados sem a identificação da respectiva fonte de custeio.

De acordo com o art. 24 da LRF, nenhum benefício ou serviço relativo à


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Seguridade Social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a indicação


da fonte de custeio total, atendidas ainda as exigências do art. 17, o qual
trata das despesas obrigatórias de caráter continuado.
Resposta: Errada

48) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012) É


dispensada a compensação para o aumento de despesa, conforme a Lei
de Responsabilidade Fiscal, se o reajuste do valor do benefício da
seguridade social destinar-se a preservar seu valor real.

É dispensado da compensação referida no art. 17 (dentre outros, o aumento


permanente de receita e a redução permanente de despesa) o aumento de
despesa decorrente de reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim
de preservar o seu valor real (art. 24, § 1º, III, da LRF).

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Resposta: Certa

49) (CESPE – Analista – Administração - FINEP - 2009) Com exceção


das prestações destinadas aos idosos, nenhum benefício ou serviço
relativo à seguridade social pode ser criado, majorado ou estendido
sem a indicação da fonte de custeio total.

De acordo com o art. 24 da LRF, nenhum benefício ou serviço relativo à


Seguridade Social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a indicação
da fonte de custeio total. Não há exceção das prestações destinadas aos
idosos.
Resposta: Errada

50) (CESPE – Contador – FUB – 2009) A Lei de Responsabilidade Fiscal


(LRF) considera como baixo crescimento a variação real acumulada do
PIB abaixo de 1% em dois trimestres consecutivos ou em quatro
alternados no intervalo de dois anos.

Entende-se por baixo crescimento a taxa de variação real acumulada do PIB


inferior a 1%, no período correspondente aos quatro últimos trimestres.
Resposta: Errada

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MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF

51) (ESAF – Analista de Finanças e Controle - STN – 2013) Segundo a


Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), indique a opção que não é
pertinente.
a) Na elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias, foi introduzido o
Anexo de Metas Fiscais, para três anos, contendo metas para receita,
despesa, resultado primário e nominal e dívida pública.
b) Nenhum governante poderá criar uma nova despesa continuada –
por prazo superior a dois anos – sem indicar sua fonte de receita ou a
redução de outra despesa.
c) A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com
duração superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no
plano plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão.
d) A instituição, previsão e a efetiva arrecadação de todos os tributos
são requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal.
e) A despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em
cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita
de transferência voluntária.

Questão que mistura diversos temas da LRF.

a) Correta. Na elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias, foi introduzido o


Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e
primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e
para os dois seguintes.

b) Correta. São exigências para criação ou aumento das despesas obrigatórias


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de caráter continuado, entre outros, a compensação dos seus efeitos


financeiros, nos períodos seguintes, pelo aumento permanente de receita ou
pela redução permanente de despesa.

c) Correta. A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com


duração superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano
plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão.

d) Correta. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão


fiscal a instituição, a previsão e a efetiva arrecadação de todos os tributos da
competência constitucional do ente da Federação.

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e) É a incorreta. A despesa total com pessoal, em cada período de apuração e


em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita
corrente líquida.

Resposta: Letra E

52) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com


base na Lei Complementar n. 101/2000, a receita corrente líquida
compreende o somatório de todas as naturezas de receitas correntes,
deduzida(s):
a) as transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios destinadas
ao custeio do Sistema Único de Saúde.
b) as parcelas entregues por Municípios aos Estados e Distrito Federal
por determinação constitucional.
c) a contribuição dos trabalhadores e empregadores para o custeio do
regime geral da previdência social.
d) as receitas correntes próprias arrecadadas pelas autarquias e
fundações públicas.
e) as contribuições dos entes públicos para os fundos de pensão das
empresas estatais.

A receita corrente líquida compreende o somatório de todas as naturezas de


receitas correntes, deduzidas, entre outros, na União, nos Estados e nos
Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de
previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação
financeira citada no § 9º do art. 201 da Constituição (compensação entre os
diversos sistemas previdenciários).
Resposta: Letra C

53) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Para os


efeitos da Lei Complementar n.101/2000, considera-se despesa com
pessoal: 22528601034

a) as reparações econômicas a anistiados políticos não membros da


administração pública.
b) o auxílio-alimentação dos servidores.
c) a terceirização de atividades não previstas nos planos de carreira
dos servidores.
d) as aposentadorias e pensões relativas a ex-chefes de poder
executivo.
e) as aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da
previdência social.

a) Errada. As reparações econômicas a anistiados políticos não membros da


administração pública são despesas consideradas como indenizatórias, logo
não são consideradas despesas com pessoal.

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b) Errada. O auxílio-alimentação dos servidores é também despesa


indenizatória.

c) Errada. A terceirização de atividades não previstas nos planos de carreira


dos servidores não é considerada despesa com pessoal. Os valores dos
contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de
servidores e empregados públicos é que serão contabilizados como despesas
com pessoal.

d) Correta. As aposentadorias e pensões relativas a mandatos eletivos são


despesas com pessoal.

e) Errada. As aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da


previdência social não são computadas em despesas com pessoal.

Resposta: Letra D

54) (ESAF – AFC/STN - 2008) Nos termos da lei de responsabilidade


fiscal, e para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição,
a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada
ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita
líquida, a seguir discriminados:
a) União (40%), Estados (40%), Municípios (40%).
b) União (50%), Estados (50%), Municípios (50%).
c) União (60%), Estados (60%), Municípios (60%).
d) União (50%), Estados (40%), Municípios (30%).
e) União (50%), Estados (60%), Municípios (60%).

Segundo a LRF:
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a
despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da
Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a
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seguir discriminados:
I - União: 50% (cinquenta por cento);
II - Estados: 60% (sessenta por cento);
III - Municípios: 60% (sessenta por cento).
Resposta: Letra E

55) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com


base na Lei de Responsabilidade Fiscal, não é correto afirmar acerca
da apuração dos limites com pessoal:
a) não serão computados no limite de pessoal da União os valores
transferidos ao Distrito Federal e aos Estados do Amapá e Roraima.
b) as despesas com pessoal da administração direta decorrentes de
sentenças judiciais serão incluídas no limite do respectivo órgão ou
entidade.

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c) não serão computadas as despesas com pessoal decorrentes da


convocação extraordinária do Congresso Nacional.
d) serão computadas as despesas com pessoal decorrentes de decisão
judicial da competência do mesmo período de apuração do limite.
e) não serão computadas as despesas com pessoal inativo custeadas
por meio de fundo específico decorrentes da contribuição dos
servidores inativos.

a) É a incorreta. Não será computada a despesa com pessoal, do Distrito


Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, custeadas com recursos
transferidos pela União na forma dos incisos XIII5 e XIV6 do art. 21 da
Constituição. Ou seja, não é qualquer transferência da União a esses entes.

b) d) Corretas. Não serão computadas as despesas decorrentes de decisão


judicial e da competência de período anterior ao da apuração da despesa total
com pessoal somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze
imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência. Serão
computadas as despesas com pessoal decorrentes de decisão judicial da
competência do mesmo período de apuração do limite. As despesas com
pessoal decorrentes de sentenças judiciais serão incluídas no limite do
respectivo Poder ou órgão.

c) Correta. Não serão computadas as despesas com pessoal derivadas da


convocação extraordinária do Congresso Nacional (a Emenda Constitucional
50/2006 vedou o pagamento de parcela indenizatória em razão de convocação
do Congresso Nacional).

e) Correta. Não serão computadas as despesas com inativos, ainda que por
intermédio de fundo específico, custeadas por recursos provenientes da
arrecadação de contribuições dos segurados; da compensação financeira entre
os diversos regimes de previdência social para efeito de aposentadoria,
assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração
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pública e na atividade privada, rural e urbana, segundo critérios estabelecidos


em lei, e das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a
tal finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem
como seu superávit financeiro.

Resposta: Letra A

5
Art. 21, XIII, da CF/1988 - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do
Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios.
6
Art. 21, XIV, da CF/1988 - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito
Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio.
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56) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Acerca


da repartição dos limites globais da despesa com pessoal
estabelecidos na Lei Complementar n. 101/2000, é correto afirmar
que:
a) a despesa com pessoal dos Tribunais de Contas será inclusa nos
limites do respectivo Poder Judiciário.
b) na esfera municipal, o limite para o Ministério Público está incluído
no do respectivo Poder Executivo.
c) na União, inclui-se no limite do Poder Executivo as despesas com
pessoal do Tribunal de Justiça e do Ministério Público do Distrito
Federal e Territórios.
d) no ministério público de cada esfera, o limite será repartido entre
seus ramos proporcionalmente à média das despesas com pessoal, em
percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios
financeiros imediatamente anteriores ao da publicação da LRF.
e) a entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa total
com pessoal do Poder Executivo será a resultante da aplicação dos
limites com pessoal.

a) Errada. A despesa com pessoal dos Tribunais de Contas será inclusa nos
limites do respectivo Poder Legislativo.

b) Errada. Não há Ministério Público na esfera municipal.

c) Correta. Dos 40,9% para o Executivo da União, destaca-se 3% para as


despesas com pessoal decorrentes da competência da União para organizar e
manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; e organizar e manter a
polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do DF, bem como
prestar assistência financeira ao DF para a execução de serviços públicos, por
meio de fundo próprio.
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d) Errada. Nos Poderes legislativo e Judiciário de cada esfera, o limite será


repartido entre seus ramos proporcionalmente à média das despesas com
pessoal, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três
exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação da LRF.

e) Errada. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias,


compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos
dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da
Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em
duodécimos. Para tais fins, a entrega dos recursos financeiros correspondentes
à despesa total com pessoal por Poder e órgão será a resultante da aplicação
dos percentuais definidos na LRF.

Resposta: Letra C

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57) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) Os limites da despesa total


com pessoal não poderá exceder os percentuais da receita corrente
líquida discriminados na LRF. Esses percentuais:
a) não englobam as despesas com inativos custeadas com recursos
provenientes da arrecadação de contribuição dos segurados.
b) são fixados de forma supletiva em relação à lei de diretrizes
orçamentárias.
c) são fixados de forma taxativa e sujeitam o infrator às
consequências da lei, entre as quais a impossibilidade de contratar, em
qualquer hipótese, operações de crédito.
d) são repartidos em limites específicos por Poder e órgão nas esferas
federal, estadual e municipal, podendo essa distribuição interna ser
alterada pela lei de diretrizes orçamentárias, observado o limite global
de cada ente.
e) são discriminados de forma igualitária para a União, Estados e
Municípios.

a) Correta. Na despesa total de pessoal, para fins de verificação dos limites


definidos na LRF, consoante o § 1º também do art. 19, não será
computada a despesa com inativos, ainda que por intermédio de fundo
específico, custeadas por recursos provenientes:
 da arrecadação de contribuições dos segurados;
 da compensação financeira entre os diversos regimes de previdência
social para efeito de aposentadoria, assegurada a contagem recíproca do
tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada,
rural e urbana, segundo critérios estabelecidos em lei;
 das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal
finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos,
bem como seu superávit financeiro.

b) d) Erradas. Não cabe à LDO alterar ou flexibilizar os limites da despesa total


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com pessoal. Alguns autores acenam com a possibilidade de a LDO estabelecer


critérios diferentes, porém essa faculdade que estava no § 6º do art. 20 da
LRF foi vetada.

c) Errada. Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto


perdurar o excesso, o ente não poderá:
 Receber transferências voluntárias;
 Obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;
 Contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao
refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das
despesas com pessoal.

e) Errada. Os limites não são iguais: União: 50%; Estados e Municípios: 60%.

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Resposta: Letra A

58) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) Integram a receita corrente


líquida, exceto:
a) os tributos.
b) as receitas patrimoniais.
c) as transferências correntes.
d) os valores recebidos em decorrência do FUNDEB.
e) as contribuições para a seguridade social incidentes sobre a folha
de salários.

O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de


Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB é um fundo de natureza
contábil que substituiu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF, que só previa recursos
para o ensino fundamental. O FUNDEB é composto por percentuais de
diferentes receitas correntes.
A RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e
outras receitas também correntes, deduzidos, entre outros, na União, nos
Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu
sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da
compensação financeira citada no § 9o do art. 201 da Constituição.
Logo, as contribuições para a seguridade social incidentes sobre a folha de
salários não integram a RCL.
Resposta: Letra E

59) (ESAF - Analista de Finanças e Controle - CGU – 2002) Com base


nos seguintes dados, todos hipoteticamente registrados pela União,
assinale a opção que indica o valor correto da receita corrente líquida,
de acordo com o disposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal:
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a) $ 110
b) $ 115
c) $ 120
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d) $ 125
e) $ 130

Para o cálculo da RCL devemos somar as receitas correntes. Feito isso,


devemos deduzir as despesas com transferências obrigatórias. Vejamos na
questão.

Receitas correntes: Tributária, Patrimonial e de Serviços. Soma ($ 160).


Transferências obrigatórias: ao Estado e ao DF: ($ 45).
Assim 160 - 45 = 115.

Repare que foram colocadas na questão receitas de capital e transferências


voluntárias, com o intuito de confundir o candidato.
Resposta: Letra B

60) (ESAF - Analista de Finanças e Controle – CGU – 2004) São


deduzidos do somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências
correntes e outras receitas correntes, para a composição da chamada
"Receita Corrente Líquida da União", exceto:
a) as transferências para o Fundo de Participação dos Estados.
b) as transferências para o Fundo de Participação dos Municípios.
c) as receitas provenientes da compensação financeira entre os
diversos regimes de previdência social, para contagem recíproca do
tempo de contribuição, para efeito de aposentadoria.
d) as contribuições de servidores para o custeio do seu sistema de
previdência e assistência social.
e) os valores transferidos, voluntariamente, aos Estados, para
implementação de PDV (Programa de Demissão Voluntária).

a) b) c) d) Corretas. A RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias,


de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços,
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transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:


 Na União: os valores transferidos aos estados (como para o Fundo de
Participação dos Estados) e municípios (como para o Fundo de
Participação dos Municípios) por determinação constitucional ou legal, e
as contribuições mencionadas na alínea “a” do inciso I e no inciso II do
art. 195 (relacionadas à seguridade social) e no art. 239 da CF/1988
(PIS, PASEP).
 Nos estados: as parcelas entregues aos Municípios por determinação
constitucional.
 Na União, nos estados e nos municípios: a contribuição dos servidores
para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as
receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9º do art.
201 da CF/1988 (compensação entre os diversos sistemas
previdenciários).

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 No DF, no Amapá e em Roraima: recursos transferidos pela União


decorrentes da competência da própria União para organizar e manter o
Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do DF e dos
Territórios; e organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo
de bombeiros militar do DF, bem como prestar assistência financeira ao
DF para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio.

e) É a incorreta. Não há previsão de dedução dos valores transferidos,


voluntariamente, aos Estados, para implementação de PDV (Programa de
Demissão Voluntária).

Resposta: Letra E

61) (ESAF – Procurador – BACEN – 2001) A Lei Complementar no


101/2000 estabeleceu rígidos critérios para as despesas de pessoal
pela Administração Pública. Por seus comandos, caso a despesa com
pessoal exceda a 95% do limite por ela fixado, somente será
permitido:
a) provimento de cargo público decorrente de reposição por motivo de
aposentadoria em áreas sociais e administrativas do serviço público.
b) alteração de estrutura de carreira, com aumento de despesa.
c) concessão da revisão geral anual da remuneração prevista pela
norma constitucional.
d) contratação de hora extra, em qualquer setor que comprovar a sua
necessidade.
e) criação de empregos regidos pela legislação trabalhista para o setor
de educação e saúde.

Limite prudencial: se a despesa total com pessoal exceder a 95% do limite,


são vedados ao Poder ou órgão que houver incorrido no excesso:
 Concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de
remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial
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ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão geral


anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.
 Criação de cargo, emprego ou função.
 Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa.
 Provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a
qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou
falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança.
 Contratação de hora extra, salvo no caso das situações previstas na lei
de diretrizes orçamentárias e no caso de convocação extraordinária do
Congresso Nacional (relembro que a Emenda Constitucional 50/2006
vedou o pagamento de parcela indenizatória em razão de convocação do
Congresso Nacional).

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Logo, na alternativa “C”, é permitida a concessão da revisão geral anual da


remuneração prevista pela norma constitucional. As demais alternativas
apresenta vedações impostas pela LRF quando se atinge o limite prudencial.
Resposta: Letra C

62) (ESAF - Analista de Finanças e Controle – CGU – 2008) A Lei de


Responsabilidade Fiscal - LRF instituiu mecanismos mais rigorosos
para a administração das finanças nas três esferas de governo e
funciona como um código de conduta para os administradores
públicos, que devem obedecer às normas e limites estabelecidos na lei.
Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, assinale a opção
incorreta.
a) A LRF estabelece limites para gastos com pessoal, sendo que na
União esse limite chega a 50% do total das Receitas Correntes.
b) São princípios gerais da LRF o Planejamento, a Transparência e a
Responsabilização.
c) Estão sujeitos às disposições da LRF todos os entes da federação
inclusive suas empresas estatais dependentes na forma definida na
Lei.
d) São exemplos de instrumentos de transparência da gestão fiscal,
segundo a LRF: os planos, orçamentos e leis de diretrizes
orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio;
o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de
Gestão Fiscal.
e) A LRF proíbe a realização de operação de crédito entre entes da
Federação, inclusive por intermédio de fundo, ainda que sob a forma
de novação de dívida contraída anteriormente.

Esta questão aborda diversos assuntos da LRF. Vamos estudá-la em "Despesas


com Pessoal" porque é o tema que a responde:

a) É a incorreta. A LRF estabelece limites para gastos com pessoal, sendo que
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na União esse limite chega a 50% do total da Receita Corrente Líquida (e não
de todas as receitas correntes).

b) Correta. A LRF tem como base alguns princípios, os quais nortearam sua
concepção e são essenciais para sua aplicação até os dias de hoje. Esses
pilares, dos quais depende o alcance de seus objetivos, são o planejamento, a
transparência, o controle e a responsabilização.

c) Correta. As disposições da LRF obrigam a União, os Estados, o Distrito


Federal e os Municípios. Nas referências à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios, estão compreendidos o Poder Executivo, o Poder
Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o
Ministério Público; bem como as respectivas administrações diretas, fundos,
autarquias, fundações e empresas estatais dependentes.

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d) Correta. Segundo o art. 48 da LRF, são instrumentos de transparência da


gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios
eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes
orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o
Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal;
e as versões simplificadas desses documentos.

e) Correta. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da


Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou
empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da
administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou
postergação de dívida contraída anteriormente (art. 35, caput, da LRF).

Resposta: Letra A

E aqui terminamos a aula 12.

Na próxima aula finalizaremos o estudo da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Forte abraço!

Sérgio Mendes

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MEMENTO XII

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

Será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze


anteriores, excluídas as duplicidades.

A RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais,


industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas
também correntes, deduzidos:

Na União: os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação


constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no
inciso II do art. 195 (relacionadas à seguridade social) e no art. 239 da CF/1988 (PIS,
PASEP);

Nos Estados: as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;

Na União, nos Estados e nos Municípios: a contribuição dos servidores para o


custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da
compensação financeira citada no § 9.o do art. 201 da CF/1988;

DF, Amapá e Roraima: recursos transferidos pela União decorrentes da competência


da própria União para organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do
Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; e organizar e
manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do DF, bem como
prestar assistência financeira ao DF para a execução de serviços públicos, por meio de
fundo próprio.

DESPESAS COM PESSOAL

É o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os


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pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis,


militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como
vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria,
reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens
pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas
pelo ente às entidades de previdência.

LIMITES DAS DESPESAS COM PESSOAL EM RELAÇÃO À RCL

UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIOS

50% 60% 60%

LIMITES GLOBAIS POR ESFERAS

FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL

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Legislativo (TCU): 2,5% Legislativo (TCE): 3%


Legislativo (TCM): 6%
Judiciário: 6% Judiciário: 6%

Executivo: 40,9% Executivo: 49%


Executivo: 54%
MPU: 0,6% MPE: 2%

Nos Estados em que há TC dos Municípios, os limites serão Legislativo: 3,4% e


Executivo: 48,6%.

A verificação do cumprimento dos limites será ao final de cada quadrimestre. Se a


despesa total com pessoal exceder a 95% do limite, são vedados ao Poder ou órgão
que incorrer no excesso:

Concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer


título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual,
ressalvada a revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

Criação de cargo, emprego ou função;

Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;

Provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título,


ressalvada a reposição de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de
educação, saúde e segurança;

Contratação de hora extra, salvo no caso das situações previstas na LDOs e no caso de
convocação extraordinária do Congresso Nacional (a EC 50/2006 vedou o pagamento de
parcela indenizatória em razão de convocação do Congresso Nacional).

A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos,


empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou
contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração
direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só
poderão ser feitas se houver:
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Prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal


e aos acréscimos dela decorrentes;

Autorização específica na LDO, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de


economia mista.

Para cumprimento dos limites a União, Estados, DF e Municípios adotarão as


providências:

Redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de
confiança.

Exoneração dos servidores não estáveis.

Exoneração de servidor estável, desde que ato normativo motivado de cada um dos

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Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da


redução de pessoal. O servidor que perder o cargo fará jus a indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço e o cargo objeto da
redução será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com
atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.

SEGURIDADE SOCIAL

A Seguridade Social compreende o benefício ou serviço de saúde, previdência e


assistência social, inclusive os destinados aos servidores públicos e militares, ativos e
inativos, e aos pensionistas.

Nenhum benefício ou serviço relativo à seguridade social poderá ser criado, majorado ou
estendido sem a indicação da fonte de custeio total, atendidas ainda as exigências do
art. 17 da LRF, o qual trata das despesas obrigatórias de caráter continuado.

No entanto, é dispensada da compensação por aumento permanente de receita ou pela


redução permanente de outras despesas se o aumento de despesa decorrer de:

Concessão de benefício a quem satisfaça as condições de habilitação prevista na


legislação pertinente;

Expansão quantitativa do atendimento e dos serviços prestados;

Reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de preservar o seu valor real.

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Complemento do aluno

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Propriedade


Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) As receitas industriais e de
serviços estão englobadas na soma das receitas correntes.

2) (CESPE - Analista Administrativo – Contador - ANP – 2013) A receita


corrente líquida engloba todas as receitas correntes lançadas no mês de
referência e nos onze meses anteriores.

3) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Propriedade


Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) Na União, os valores transferidos
aos estados e municípios por determinação constitucional ou legal devem ser
deduzidos do cálculo da RCL.

4) (CESPE – Técnico Legislativo – ALES – 2011) A receita corrente líquida deve


ser apurada levando-se em conta apenas o exercício financeiro a que se refere
a lei orçamentária vigente.

5) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) Sob a óptica da LRF, para a apuração


da receita corrente líquida, serão englobados os valores referentes a receitas
tributárias e de contribuições, incluídas aquelas advindas da contribuição dos
servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social.

6) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Segundo a LRF, a receita


corrente líquida corresponde ao somatório das receitas tributárias, de
contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços,
transferências correntes e outras receitas também correntes, com as deduções
estabelecidas na própria LRF.

7) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRE/MT – 2010) no cômputo


da receita corrente líquida, não devem ser considerados os recursos obtidos
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por meio da exploração de atividades industriais.

8) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados – 2014) Os


valores transferidos por determinação constitucional ou legal não devem ser
deduzidos para o cálculo da receita corrente líquida.

9) (CESPE – Auditor de Controle Externo – Direito - TCE/RO – 2013) De acordo


com a LRF, o conceito de receita corrente líquida não engloba venda de
imóveis.

10) (CESPE – Administrador – Polícia Federal – 2014) O montante de receita


corrente líquida calculado em determinado período pode não incluir todas as
receitas correntes previstas para o exercício financeiro que estiver em curso.

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11) (CESPE – AUFC – TCU – 2011) Os parâmetros para os poderes e órgãos


destinados a orientar a fixação dos montantes relativos a despesas com
pessoal devem incluir os serviços de terceiros.

12) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Os valores gastos com


serviços prestados por empresas contratadas para a terceirização de mão de
obra e que se refiram à substituição de servidores e empregados públicos
devem ser contabilizados como despesas de capital.

13) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As despesas relativas às


pensões, por não constituírem gastos com servidores inativos, não fazem parte
da limitação de despesas de pessoal prevista na LRF.

14) (CESPE - TFCE - TCU - 2009) Se o aumento acentuado e inesperado do


número de matrículas na rede pública de ensino obrigar a administração a
efetuar a contratação de novos professores mediante terceirização, as
despesas daí decorrentes terão de ser enquadradas entre as despesas de
pessoal e computadas para efeito de cálculo do respectivo limite.

15) (CESPE – Analista Judiciário – Administração e Contábeis – TJ/CE – 2014)


A Lei de Responsabilidade Fiscal instituiu limites para a despesa total com
pessoal e encargos sociais baseados em percentuais da receita corrente
líquida. Um tipo de gasto que deve ser incluído no montante total de despesa
de pessoal são os contratos de terceirização de mão de obra em substituição a
servidores e empregados.

16) (CESPE – Analista Administrativo – Administrativa - ANTT – 2013)


Eventuais indenizações por demissão de servidor ou incentivos relativos à
demissão voluntária devem ser computados, para efeitos da LRF, no cálculo
dos limites com gastos de pessoal.

17) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – CNJ - 2013) Considere que


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uma prefeitura tenha iniciado programa de demissão voluntária para não


ultrapassar os limites com gastos com pessoal definidos na Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF). Nessa situação, os gastos com o programa
deverão compor a base de cálculo da despesa total com pessoal, o que diminui
a eficácia da iniciativa para resolver o problema, uma vez que serão afetados
os limites de gastos impostos pela LRF.

18) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRT/10 – Prova cancelada -


2013) É estabelecido pela LRF que na esfera estadual, o limite para despesa
com pessoal do Poder Judiciário será de 3% sobre a receita corrente
arrecadada no período determinado para o controle.

19) (CESPE - Analista em Ciência e Tecnologia– Contabilidade – CAPES - 2012)


A LRF determina que as despesas relativas aos incentivos à demissão

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voluntária sejam computadas no cálculo do limite da despesa total com pessoal


da União, dos estados e dos municípios.

20) (CESPE – Especialista – FNDE – 2012) A apuração da despesa total com


pessoal deve ser realizada mediante o regime de caixa.

21) (CESPE – Administrador - TJ/RR – 2012) Na programação e execução


orçamentária e financeira de gastos orçamentários com pessoal, o Poder
Judiciário estadual deverá respeitar o teto máximo de 6% da receita corrente
líquida do orçamento do Estado.

22) (CESPE – Técnico – FNDE – 2012) A despesa total com pessoal dos
Executivos municipais limita-se a metade da receita corrente liquida.

23) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012) Conforme a


LRF, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada
ente da Federação, não poderá exceder 50% e 60% da receita corrente
líquida, respectivamente, para a União e para os estados e municípios. Na
verificação do atendimento desses limites, não se computam as despesas com
inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas por recursos
provenientes da arrecadação de contribuições dos segurados.

24) (CESPE – TFCE – TCU – 2012) A apuração de gastos com pessoal será
feita com base em um período de 12 meses. Assim, as demonstrações de
limites com despesas de pessoal do primeiro e do segundo quadrimestres
somarão despesas com pessoal relativas a dois exercícios financeiros.

25) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) Para efeito da apuração


do limite máximo previsto pela LRF, o décimo terceiro salário devido aos
servidores públicos deve entrar no cômputo do total de despesas de pessoal do
exercício a que se refira, ainda que o pagamento seja efetuado, por exemplo,
somente no mês de fevereiro. 22528601034

26) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) Os gastos com pessoal da


administração pública dizem respeito ao próprio estado moderno. Sem eles
inexiste gestão pública, e sua magnitude e complexidade exigem do legislador
permanente atenção e prevenção, tal sua histórica dificuldade de controle.
Para tanto, a CF e a LRF fixam o limite legal de comprometimento às despesas
com pessoal inativo equivalente ao pessoal ativo.

27) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) A despesa total com pessoal, para os
efeitos da LRF, será apurada somando-se a despesa realizada no mês em
referência com as despesas dos doze meses imediatamente anteriores,
adotando-se o regime de caixa.

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28) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) Considerando-se que, em


determinado município brasileiro, a despesa pública com pessoal corresponda
a 55% da receita corrente líquida, é correto afirmar que essa despesa
ultrapassa o limite previsto na LRF.

29) (CESPE – Técnico Judiciário - Administrativa – TRT/17 – 2013) Na União,


nos estados, no Distrito Federal e nos municípios, a Lei de Diretrizes
Orçamentárias estabelece parâmetros com vistas à fixação, no projeto de Lei
Orçamentária, dos montantes relativos a despesas com pessoal e a outras
despesas correntes.

30) (CESPE – Administrador – Polícia Federal – 2014) As despesas decorrentes


do programa de incentivo à demissão voluntária de determinado órgão público
estão excluídas do limite de despesas de pessoal do referido órgão.

31) (CESPE – Analista Administrativo – Direito - ANTT – 2013) É nulo de pleno


direito o ato que resulte em aumento de despesa com pessoal expedido nos
cento e oitenta dias imediatamente anteriores ao do final do mandato do titular
de órgão do Poder Executivo.

32) (CESPE – Analista Administrativo – Direito - ANTT – 2013) O não


recebimento de transferências voluntárias é penalidade a que está sujeito o
órgão ou poder que, tendo excedido o limite de gasto com pessoal, não reduza
o percentual excedente do limite de despesa com pessoal.

33) (CESPE – Analista Administrativo – Contábeis - ANTT – 2013) O servidor


estável que perder o cargo em razão do cumprimento dos limites de despesa
com pessoal da União fará jus à indenização correspondente a um mês de
remuneração por ano de serviço.

34) (CESPE – Contador - TJ/RR – 2012) Será considerado nulo o ato que
provocar aumento da despesa com pessoal e não atender ao limite legal de
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comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo.

35) (CESPE – Especialista – FNDE – 2012) De acordo com determinação


constitucional, a despesa da União, dos estados, dos municípios e do Distrito
Federal com pessoal ativo e inativo não pode ultrapassar limite fixado em lei
complementar, encontrando-se, entre as providencias autorizadas para o
controle da despesa que eventualmente extrapolar esse limite, a redução de
despesas com cargos em comissão e funções de confiança e a exoneração de
servidores não estáveis, vedada a exoneração daqueles que já tiverem
alcançado a estabilidade.

36) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) Se, com o objetivo de


aumentar a despesa de pessoal, determinado prefeito municipal assinar um

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decreto no mês de junho do ano de conclusão de seu mandato, tal ato deve
ser considerado regular, de acordo com o que dispõe a LRF.

37) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) Os gastos com pessoal da


administração pública dizem respeito ao próprio estado moderno. Sem eles
inexiste gestão pública, e sua magnitude e complexidade exigem do legislador
permanente atenção e prevenção, tal sua histórica dificuldade de controle.
Para tanto, a CF e a LRF estabelecem limite prudencial para despesa total com
pessoal em 95% do limite total fixado na LRF, obrigando o tribunal de contas a
suspender aumentos com pessoal dos poderes ou órgãos correspondentes
quando esse limite for ultrapassado.

38) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011) Considera-se


nulo o ato de prefeito que reajustar o vencimento dos servidores municipais
em 25%, resultando em aumento de despesa com pessoal, no penúltimo mês
de seu mandato.

39) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) No Distrito Federal (DF), o


controle para a verificação do cumprimento do limite da despesa total com
pessoal deve ser realizado ao final de cada quadrimestre.

40) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Embora a admissão


ou a contratação de pessoal a qualquer título possa ser proibida antes que o
órgão público atinja o limite de despesas de pessoal, a exoneração de
servidores não estáveis por excesso de despesa somente é possível depois que
esse limite for ultrapassado.

41) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2010) Caso a despesa total com
pessoal exceda a 95% do limite imposto na LRF, é vedado ao poder público o
provimento de cargo público, com exceção da reposição decorrente de
aposentadoria ou falecimento de servidor público.
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42) (CESPE - Administrador - Ministério da Previdência Social - 2010)


Combinando-se as disposições constitucionais com as da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF), constata-se que mesmo os servidores estáveis
podem perder seus cargos, na hipótese de as despesas de pessoal
ultrapassarem determinados limites, o que, entretanto, poderia ser evitado no
caso de redução consensual dos respectivos vencimentos.

43) (CESPE – Advogado da União – 2009) A contratação de hora extra é


vedada, por qualquer motivo, quando a despesa total com pessoal exceder a
95% do limite do órgão ou poder.

44) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados – 2014) As


despesas de indenização por demissão de empregados não são computadas no
limite de despesa total com pessoal definido em lei.

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45) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo - SUFRAMA – 2014) É nulo de


pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido
nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo
poder ou órgão.

46) (CESPE – TFCE – TCU – 2012) O reajustamento do valor de benefício da


seguridade social, a fim de preservar o seu valor real, deve apresentar a
origem dos recursos para o seu custeio e os seus efeitos financeiros nos
períodos seguintes, que devem ser compensados pelo aumento permanente de
receita e pela redução permanente de despesa da previdência.

47) (CESPE – Especialista – FNDE – 2012) Por constituírem despesa de


natureza social, os benefícios relativos a seguridade social podem ser criados
sem a identificação da respectiva fonte de custeio.

48) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012) É


dispensada a compensação para o aumento de despesa, conforme a Lei de
Responsabilidade Fiscal, se o reajuste do valor do benefício da seguridade
social destinar-se a preservar seu valor real.

49) (CESPE – Analista – Administração - FINEP - 2009) Com exceção das


prestações destinadas aos idosos, nenhum benefício ou serviço relativo à
seguridade social pode ser criado, majorado ou estendido sem a indicação da
fonte de custeio total.

50) (CESPE – Contador – FUB – 2009) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)


considera como baixo crescimento a variação real acumulada do PIB abaixo de
1% em dois trimestres consecutivos ou em quatro alternados no intervalo de
dois anos.

51) (ESAF – Analista de Finanças e Controle - STN – 2013) Segundo a Lei de


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Responsabilidade Fiscal (LRF), indique a opção que não é pertinente.


a) Na elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias, foi introduzido o Anexo
de Metas Fiscais, para três anos, contendo metas para receita, despesa,
resultado primário e nominal e dívida pública.
b) Nenhum governante poderá criar uma nova despesa continuada – por prazo
superior a dois anos – sem indicar sua fonte de receita ou a redução de outra
despesa.
c) A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração
superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual
ou em lei que autorize a sua inclusão.
d) A instituição, previsão e a efetiva arrecadação de todos os tributos são
requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal.

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e) A despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente


da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita de transferência
voluntária.

52) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com base na Lei


Complementar n. 101/2000, a receita corrente líquida compreende o somatório
de todas as naturezas de receitas correntes, deduzida(s):
a) as transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios destinadas ao
custeio do Sistema Único de Saúde.
b) as parcelas entregues por Municípios aos Estados e Distrito Federal por
determinação constitucional.
c) a contribuição dos trabalhadores e empregadores para o custeio do regime
geral da previdência social.
d) as receitas correntes próprias arrecadadas pelas autarquias e fundações
públicas.
e) as contribuições dos entes públicos para os fundos de pensão das empresas
estatais.

53) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Para os efeitos


da Lei Complementar n.101/2000, considera-se despesa com pessoal:
a) as reparações econômicas a anistiados políticos não membros da
administração pública.
b) o auxílio-alimentação dos servidores.
c) a terceirização de atividades não previstas nos planos de carreira dos
servidores.
d) as aposentadorias e pensões relativas a ex-chefes de poder executivo.
e) as aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da previdência social.

54) (ESAF – AFC/STN - 2008) Nos termos da lei de responsabilidade fiscal, e


para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total
com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não
poderá exceder os percentuais da receita líquida, a seguir discriminados:
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a) União (40%), Estados (40%), Municípios (40%).


b) União (50%), Estados (50%), Municípios (50%).
c) União (60%), Estados (60%), Municípios (60%).
d) União (50%), Estados (40%), Municípios (30%).
e) União (50%), Estados (60%), Municípios (60%).

55) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com base na Lei


de Responsabilidade Fiscal, não é correto afirmar acerca da apuração dos
limites com pessoal:
a) não serão computados no limite de pessoal da União os valores transferidos
ao Distrito Federal e aos Estados do Amapá e Roraima.
b) as despesas com pessoal da administração direta decorrentes de sentenças
judiciais serão incluídas no limite do respectivo órgão ou entidade.

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c) não serão computadas as despesas com pessoal decorrentes da convocação


extraordinária do Congresso Nacional.
d) serão computadas as despesas com pessoal decorrentes de decisão judicial
da competência do mesmo período de apuração do limite.
e) não serão computadas as despesas com pessoal inativo custeadas por meio
de fundo específico decorrentes da contribuição dos servidores inativos.

56) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Acerca da


repartição dos limites globais da despesa com pessoal estabelecidos na Lei
Complementar n. 101/2000, é correto afirmar que:
a) a despesa com pessoal dos Tribunais de Contas será inclusa nos limites do
respectivo Poder Judiciário.
b) na esfera municipal, o limite para o Ministério Público está incluído no do
respectivo Poder Executivo.
c) na União, inclui-se no limite do Poder Executivo as despesas com pessoal do
Tribunal de Justiça e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
d) no ministério público de cada esfera, o limite será repartido entre seus
ramos proporcionalmente à média das despesas com pessoal, em percentual
da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros
imediatamente anteriores ao da publicação da LRF.
e) a entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa total com
pessoal do Poder Executivo será a resultante da aplicação dos limites com
pessoal.

57) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) Os limites da despesa total com


pessoal não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida
discriminados na LRF. Esses percentuais:
a) não englobam as despesas com inativos custeadas com recursos
provenientes da arrecadação de contribuição dos segurados.
b) são fixados de forma supletiva em relação à lei de diretrizes orçamentárias.
c) são fixados de forma taxativa e sujeitam o infrator às consequências da lei,
entre as quais a impossibilidade de contratar, em qualquer hipótese, operações
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de crédito.
d) são repartidos em limites específicos por Poder e órgão nas esferas federal,
estadual e municipal, podendo essa distribuição interna ser alterada pela lei de
diretrizes orçamentárias, observado o limite global de cada ente.
e) são discriminados de forma igualitária para a União, Estados e Municípios.

58) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) Integram a receita corrente líquida,


exceto:
a) os tributos.
b) as receitas patrimoniais.
c) as transferências correntes.
d) os valores recebidos em decorrência do FUNDEB.
e) as contribuições para a seguridade social incidentes sobre a folha de
salários.

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59) (ESAF - Analista de Finanças e Controle - CGU – 2002) Com base nos
seguintes dados, todos hipoteticamente registrados pela União, assinale a
opção que indica o valor correto da receita corrente líquida, de acordo com o
disposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal:

a) $ 110
b) $ 115
c) $ 120
d) $ 125
e) $ 130

60) (ESAF - Analista de Finanças e Controle – CGU – 2004) São deduzidos do


somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas
correntes, para a composição da chamada "Receita Corrente Líquida da União",
exceto:
a) as transferências para o Fundo de Participação dos Estados.
b) as transferências para o Fundo de Participação dos Municípios.
c) as receitas provenientes da compensação financeira entre os diversos
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regimes de previdência social, para contagem recíproca do tempo de


contribuição, para efeito de aposentadoria.
d) as contribuições de servidores para o custeio do seu sistema de previdência
e assistência social.
e) os valores transferidos, voluntariamente, aos Estados, para implementação
de PDV (Programa de Demissão Voluntária).

61) (ESAF – Procurador – BACEN – 2001) A Lei Complementar no 101/2000


estabeleceu rígidos critérios para as despesas de pessoal pela Administração
Pública. Por seus comandos, caso a despesa com pessoal exceda a 95% do
limite por ela fixado, somente será permitido:
a) provimento de cargo público decorrente de reposição por motivo de
aposentadoria em áreas sociais e administrativas do serviço público.
b) alteração de estrutura de carreira, com aumento de despesa.

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c) concessão da revisão geral anual da remuneração prevista pela norma


constitucional.
d) contratação de hora extra, em qualquer setor que comprovar a sua
necessidade.
e) criação de empregos regidos pela legislação trabalhista para o setor de
educação e saúde.

62) (ESAF - Analista de Finanças e Controle – CGU – 2008) A Lei de


Responsabilidade Fiscal - LRF instituiu mecanismos mais rigorosos para a
administração das finanças nas três esferas de governo e funciona como um
código de conduta para os administradores públicos, que devem obedecer às
normas e limites estabelecidos na lei. Com base na Lei de Responsabilidade
Fiscal, assinale a opção incorreta.
a) A LRF estabelece limites para gastos com pessoal, sendo que na União esse
limite chega a 50% do total das Receitas Correntes.
b) São princípios gerais da LRF o Planejamento, a Transparência e a
Responsabilização.
c) Estão sujeitos às disposições da LRF todos os entes da federação inclusive
suas empresas estatais dependentes na forma definida na Lei.
d) São exemplos de instrumentos de transparência da gestão fiscal, segundo a
LRF: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações
de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução
Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal.
e) A LRF proíbe a realização de operação de crédito entre entes da Federação,
inclusive por intermédio de fundo, ainda que sob a forma de novação de dívida
contraída anteriormente.

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GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C E C E E C E E C C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E E E C C E E E E E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C E C C C E E E E C
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
C C C C E C E C C C
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
E E E C C E E C E E
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
E C D E A C A E B E
61 62
C A

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