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Diamante

Existe incontáveis coisas misteriosas, algumas duvidosas e muitas delas lindas no sentido de
ser: Explendorosas!
Encontrado em duas formas distintas e a mais comum de se encontrar é de fato a mais curiosa,
pode-se dizer tortuosa de maneira literal, pois haja força pra se conseguir, haja determinação
para tal feito, dentre muitas perspectivas e formas de enxergar as coisas, a partir daqui,
considere o fato de que apresentarei a você o Diamante!

Num garimpo qualquer, num canto isolado do mundo, um homem de meia idade, rosto
marcado pelo tempo, sinais de esforço contínuo e diário, superação das dores e muita força de
vontade balança incansavelmente sua peneira num rio, muito se fez, pouco se conseguiu (era
esse sentimento que refletia em seus olhos) e após incontáveis horas, dias e até anos, eis que
a tal esperada hora surgiu, um leve brilho ocasionado pela refração da luz solar sutilmente toca
a superfície de algo parecido com carvão, (embora não tenha com ele nenhuma relação) pois
sim! O mineral em questão é ligeiramente negro quando bruto, ação total dos elementos
naturais em reação com o carbono, ele permanece na superfície terrestre em local lamacento,
sujo, e seguro, deixando pouco do seu real explendor, digamos sem dúvida seu real "valor"
escondido: pensemos nessa pedra como nossa vida, corpo: a parte bruta, e alma: a parte
brilhante dessa pedra que é apenas isso de fato. porém pra esse pobre (de maneira quase
literal da palavra) garimpeiro é algo que o faz abrir um largo sorriso, tudo o que ele imagina
nessa hora é que "valeu a pena!" seu coração pulsa de maneira arruacenta no peito que por
vezes falta saltar-lhe pela boca dada a alegria da emoção vivida, e eis aqui a 1° aparição de
uns dos minerais mais desejados do mundo! E nessa forma de aparecer ele mostra a alegria a
alguém que por muito o buscou e o encontrou, porém essa alegria é furtada rápida e
habilmente por um outro homem, esse que por sua vez detém "poder" e influência, que a preço
do suor e esforço alheio faz fortuna.
Esse homem compra a pedra da forma como a encontra, bruta! O garimpeiro que muito longe
de enriquecer, volta para sua família contente, garantiu o sustento de sua prole, desconsidera
por ignorância o valor conquistado, pois pra ele reafirmar com sua companheira e seus filhos o
compromisso firmado de trazer provisões, mas não poderá jamais deixar de seguir outro ciclo
de luta constante para conseguir outra dessas pedras, sem dúvida o sorriso que essa pedra lhe
deu não é maior do que o sorriso do comprador inicial... Este por sua vez paga para mais
algum indivíduo sofrido, trabalhador e que nem de longe ganhará o que o comprador ganha ao
fim de uma negociação. Quem mais sorri em quase todos os processos de valorização dessa
pedra é essa pessoa o negociante, acredite esse sabe o "valor" das coisas... Tanto que mais
uma vez é capaz de extrapolar os limites dos escrúpulos humanos achando que tudo pode ser
comprado! E compra os serviços de mais alguém.

Esse sujeito é o lapidador ou lapidário. seja menos forçoso ou não, seu trabalho é de um
especialista, alguém que utiliza de força mecânica, centrífuga e dinâmica, para que l a dita
pedra agora mesmo que ainda bruta esteja em suas mãos, mãos essas de alguém que a fará
"sofrer" uma abrasão nunca antes sofrida, ainda na analogia entre a pedra bruta como nosso
corpo e alma, pensemos agora que seria algo como separar o corpo da alma, embora no nosso
caso não seja isso que ocorra.
O que nos ocorre ao estar nas mãos de um especialista é que esse sofrimento por abrasão são
as coisas que nos tornam mais fortes e "brilhantes", é aquilo que nos expõe como valorosos, o
corpo que é tão frágil quanto a crosta negra desse mineral, vira apenas pó!
Um diamante que saiu da lama e chegou às mãos do lapidário até então passou por 3 mãos
diferentes e a cada passagem de mão, o valor é elevado, essas mãos são as pontes que levam
essa pedra a seu destino final, não seria exagero dizer que muitos sofrem (não apenas a
pedra) para que ela exiba seu potencial máximo.
Algum tempo após o processo de ser encontrada, lapidada, vendida e encravada em uma
aliança, milhares de quilômetros distante do ponto de "resgate" numa situação aparentemente
comum, vemos alguém pedindo em casamento a pessoa amada, a essa altura os valores são
superlativos, superestimados e acredita-se que o valor do objeto (nessa ocasião o diamante
reaparece) equivale proporcionalmente ao valor do sentimento, ora! Não deveria sentimentos,
que são absolutamente abstratos e intangíveis serem escalonados com base em objetos que
não transmitem de forma condizente tampouco coerente seu próprio valor, afinal o que torna
um diamante tão mais valioso que uma árvore? Seria constituição química? Ou talvez pelo
brilho gerado se comparar uma coisa a outra?! Onde mora o sentido em aplicar valor nos
objetos? Se afinal chegamos a ponto de precificar até sentimentos, vidas...
Convencional e racionalmente antes de TER se faz necessário SER e objetos são oq que são
por construção natural, o valor a se ter deveria estar baseado também e não somente pela
constituição da peça ou objeto em si, afinal se todos somos feitos de átomos poderíamos
afirmar que somos basicamente a mesma coisa e todos e tudo teria o mesmo valor (seria isso o
correto) erra-se ao criar valor onde não se deve, amor não tem preço, não será um diamante
que fará alguém lhe amar mais ou menos, não esqueça que o garimpeiro tem o diamante nas
mãos e não o detém, se sua família por ventura vive em condições precárias deveria alí faltar o
amor que sobraria em quem detém tal diamante em forma final e muitas vezes isso não
ocorre...

Sentimentos teem valor inestimável, nada vale o preço que se paga com sossego!

A beleza poderia ser eterna como um diamante, mas assim como não se precifica sentimentos,
não precifique a beleza, pois estaria fazendo o mesmo que fazem com os diamantes.
Seja um ser humano bom, consciente e solidário e verá que o TER acontece!
Se analisar de forma literal e originária a palavra PRECIOSO encontraremos a origem em
latim;pretiōsus,a,um ou seja, que custa caro, muito vale, custoso indispenscioso...
Muitas e muitas vezes os aspectos das coisas que realmente tem valor é perdido, invertido e
distorcido.

E muitas e muitas vezes o não se consegue comprar, que é abstrato, alheio e intangível ao
valor monetário é o que mais tem valor sentimental, quanto vale uma vida se todos são iguais?!
É inestimável, incomparável... O mesmo vale para os momentos, os sentimentos, esses são os
mais valiosos, são os que encruatam a alma de beleza e leveza!

Se o brilho o brio pessoal e o "valor" for comparado ao do diamante pense: ele é apenas um
mineral precioso, quão precioso sua alma é visto que Deus lhe deu o poder de ser à imagem e
semelhança do próprio?! Quanta luz, brilho ou resplendor você acha que tem?! Qual seu valor,
sendo avaliado por seus sofrimentos como os do diamante, dito que ele é levado ao extremo
até brilhar?! E visto que seu real valor é extremamente superior, sua origem é divina,
orgulhe-se dela, sinta ela e viva ela!

😉
Seja feliz!
🙏🏾
Autor: Leonardo Bruno.

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