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Disco Rígido (HD)

Quando falamos de armazenamento de dados em computadores, o disco rígido


é o nome relacionado a isso. O disco rígido é um dispositivo de armazenamento
de dados permanentes. Trata-se de uma memória que mantém as informações
quando o computador é desligado.
Ele também é conhecido com outras denominações: Hard Disk, disco duro,
memória de massa, memória secundária, são os nomes mais comuns. Mas, o
nome mais curioso é sem dúvida Winchester, por causa da sua capacidade inicial,
que era de 30 megabytes de cada lado. Então a HD ficou conhecida como 3030.
Coincidentemente, os rifles Winchester tinham calibre 30/30, e o termo passou
então a ser usado para designar HD’s de qualquer espécie.
Todas essas designações estão ligadas à sua própria composição, feita em
material duro, que são discos magnéticos conhecidos como Platters (pratos).
Esses, por sua vez, são formados por duas camadas de material intensamente
resistente que servem para assegurar uma boa qualidade de gravação e leitura de
dados.
• Como surgiu o Disco Rígido?
O que conhecemos atualmente como disco rígido é fruto de um aparelho que
passou por diversos processos de evolução, ou seja, não é completamente novo.
O primeiro dispositivo desta espécie que se tem notícia é de 1956, o IBM 305
Ramac. Ele possibilitava um armazenamento de até 5MB, seu tamanho era
relativamente grande, 14 x 18 polegadas (equivalente a 35,56 x 45,72 cm) e o
preço ficava em torno de 30 mil dólares, o que o tornava bastante inacessível.
Porém, com o passar dos anos aconteceram algumas inversões bem
interessantes, a capacidade do disco rígido aumentou, ao passo que seu tamanho
diminuiu, os preços também foram afetados e os HD’s ficaram mais baratos.

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• Como funciona um HD?
Considerando que um HD possui o braço, eixo, disco (também chamado de
prato), cabeça de leitura e gravação e ainda o atuador, o seu funcionamento se dá
através da movimentação desses itens descritos.

Os pratos de um HD são onde os discos são armazenados, no geral, são de


alumínio recoberto por um material magnético e por mais uma camada de material
protetor. Assim, quanto mais for trabalhado o material magnético, maior será a sua
capacidade de armazenamento do disco.
Esses discos ficam posicionados sob o eixo, que é responsável por fazê-los
girar. Nos HD’s também possui um dispositivo chamado de cabeça, ou cabeçote,
de leitura e gravação. O seu tamanho é bastante pequeno, nele contém uma
bobina que usa impulsos magnéticos para que as moléculas possam se
movimentar sobre o disco e assim gravar os dados. Nos modelos de HD’s mais
modernos, a cabeça de gravação conta com dois componentes, um responsável
pela gravação e outro direcionado à leitura.
Para seu correto funcionamento é necessário que o disco rígido seja
completamente plano, evitando qualquer mínima variação. Isso porque a
velocidade dos discos é muito grande e é preciso evitar que haja alguma
interferência com a cabeça de leitura, que fica muito próxima ao disco.
O atuador presente na estrutura do HD é responsável por mover o braço acima
da superfície dos pratos e com isso permitir que as cabeças façam o seu trabalho.

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Para que a movimentação saia de forma correta, o atuador conta em seu interior
uma bobina que é “induzida” por ímãs.
A parte responsável por todo o armazenamento de dados são os discos
magnéticos, na qual são formadas por duas partes, a primeira delas é chamada
de substrato. Porém, o HD não armazena os dados em um disco metálico, na
qual tem finalidade de proporcionar um instrumento gravável, deste modo estes
discos são recobertos por camadas de substâncias magnéticas, dando origem ao
nome de “discos magnéticos”.
Apesar dos discos magnéticos serem considerados extremamente frágeis, eles
são bastante resistentes. Eles são montados em eixo que os faz sofrer rotação em
alta velocidade.
O responsável pela leitura e também gravação de dados sobre o disco
magnético é chamado de “cabeça de leitura”. A cabeça de leitura posiciona um
leitor (uma espécie de “agulha”) sobre os discos magnéticos para ler ou gravar
dados. Esses dados são lidos e gravados sem que a agulha encoste no disco. Isso
só acontece porque o HD é hermeticamente fechado e em consequência à alta
velocidade em que o disco é submetido, a cabeça de leitura acaba sendo jogada
para cima.
O atuador é uma peça que movimenta a cabeça de leitura em torno do disco
e ele funciona por atração/repulsão magnética.
• Interfaces
A conexão é feita pelas Interfaces, que por sua vez transmitem os dados de
forma segura. As conexões mais usadas são:
Padrão IDE
Esse é um dos tipos de HD que existem desde a década de 1980. Ele foi por
muito tempo bastante comum de se ver em computadores tradicionais e, com o
tempo, foi passando por transformações.
Como inicialmente houve problemas de compatibilidade entre os fabricantes,
por volta de 1990, com as devidas correções, foi criado o ATA, porém, como o
nome IDE já estava mais conhecido, ele permaneceu, embora algumas vezes
fosse chamado de IDE/ATA.
Com as atualizações, ele alcançou uma oitava versão que permitia
transferências de até 133 MB/s e sua capacidade chegou a 500 GB. Quem
precisasse de mais do que isso teria que instalar mais um HD na máquina, visto

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que já havia se tornado comum placas mãe
que suportavam mais de uma conexão
desse tipo.
Hoje em dia, o formato caiu em desuso
em detrimento de versões que permitem
maior capacidade de armazenamento e
taxas de transferências superiores.
Somente é recomendado usar esse tipo de
HD quando anexado a um processador de
baixa velocidade para
lidar com tarefas bem
mais leves.

Padrão SATA
Foi o sucessor do IDE. Os discos rígidos que utilizam o padrão SATA
transferem os dados em série e não em paralelo como o IDE/ATA.
Os cabos possuem apenas sete pinos, sendo um par para transmissão e outro
para recepção de dados e três fios terra. Por eles serem mais finos, permitem
inclusive uma melhor ventilação no gabinete. Um cabo SATA pode ter até um
metro de comprimento e cada porta SATA suporta um único dispositivo.
Ele trouxe novas funcionalidades aos HDs que até então não eram possíveis,
como um gerenciamento de energia mais eficiente e a possibilidade de ser
conectado já enquanto o sistema operacional estivesse em funcionamento.
Passando por atualizações de versão, chegamos ao SATA III em meados de
2009. Com uma taxa de transferência de até 600 MB/s, seus HDs têm capacidades
entre 500 GB pra mais de 3TB.

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• Diferenças entre IDE e SATA’s
Para uma melhor visualização, organizamos uma tabela com a quantidade de
pinos e a velocidade da taxa de transferência da dados destes padrões:
Quantidade Velocidade de Frequência
Padrão
de Pinos Transferência (em MB/s) (em Gb/s)
IDE/ATA 40 133
SATA I 07 150 1.5
SATA II 07 300 3.0
SATA III 07 600 6.0
Todas as versões posteriores ao SATA I são retro compatíveis com seus
antecessores.
• Tamanho físico ideal do HD
Os discos rígidos têm dimensões específicas para determinados tipos de
dispositivos. O mundo informatizado em que vivemos se distingue entre o desktop
(computador de mesa) e o portátil (laptop), sendo assim, HDs’ para PCs são
maiores que os de notebooks.
Parece óbvio, mas esse detalhe é muito importante para quem não está bem
inteirado sobre o assunto e pretende comprar um HD, seja para uso pessoal, seja
para uso corporativo.
Um HD comum para desktop tem, por padrão, 3,5 polegadas; enquanto
modelos de disco rígido de um notebook são de 2,5 polegadas.
• SSD
A unidade de estado sólido (SSD) é um dispositivo de armazenamento não-
volátil. Ou seja, depois dos dados serem salvos, caso você tire desligue o aparelho,
eles não serão apagados. Isso ocorre porque as informações são conservadas.
Logo, não há risco de perdas.
São construídos por um circuito integrado semicondutor e utilizam tecnologia
de memória flash. O SSD é conhecido pelo seu “início imediato“. Ele consegue
fazer um sistema iniciar quase que imediatamente. Seu acesso randômico gira em
cerda de 0.1 e 0.3 ms. Isso se dá por conta da memória sólida. Sua latência de
leitura (tempo para encontrar uma informação) é baixa, visto que consegue
acessar diretamente qualquer informação da memória. Além disso, sua taxa de
leitura e escrita é por volta de 500 Mb/s, 5 vezes mais rápido que o HDD.

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Como o dispositivo não tem partes móveis, acaba não gastando muita energia.
Assim, ele aumenta a vida útil do seu computador. Pelo mesmo motivo, o SSD não
produz ruídos em seu funcionamento. Assim, além de não fazer barulho, ele
consome menos luz e não esquenta.
Ela não requer Desfragmentação. Desfragmentar significa reorganizar
arquivos e, assim, otimizar o armazenamento. Acontece que o próprio SSD já faz
isso, pois suas informações são salvas eletronicamente. Significa que todos os
dados estão disponíveis instantaneamente dentro do dispositivo. Além disso,
desfragmentar um SSD faz com que ele gaste ciclos de escrita (que são limitados),
o que é prejudicial.

• Comparativo entre HD e SSD


O HD convencional
Composto por discos móveis para armazenar os seus dados.
VANTAGENS
• Menor preço – Por ser uma tecnologia mais antiga e já estar presente em
nossos primeiros computadores, os HDs convencionais são mais baratos,
mesmo oferecendo um espaço de armazenamento maior;
• Maior capacidade de armazenamento – Os HD’s são facilmente
encontrados com tamanhos superiores a 1TB, trazendo inúmeras opções
de espaço para o seu armazenamento de arquivos.
DESVANTAGENS
• Tempo de leitura e escrita menor – Devido a ter um funcionamento
mecânico, o tempo que ele leva para acessar ou modificar um dado é bem
maior em comparação ao SSD. A sua velocidade de leitura e gravação de
dados pode variar entre 50 à 120 MB/s;

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• Ruído – Graças ao processo de leitura de discos ser feito por cabeçotes, é
possível escutar o barulho de um HD tendo alguma informação sendo
acessada;
• Frágil – Por possuir discos móveis e que são acessados por um cabeçote,
se você fizer um movimento brusco durante esta ação, o HD pode ser
facilmente danificado tendo os seus dados corrompidos. Além disto, ele é
suscetível a perder dados em casos de interferências magnéticas.
O SSD
As tecnologias que compõe o SSD começaram a surgir na década de 70, mas
apenas no fim dos anos 2000 é que o SSD começou a aparecer da forma que nós
conhecemos hoje. Para a sua conexão, ele utiliza cabos SATA ou conectores PCIe
que variam de acordo com seu fabricante. Diferente do que ocorre no HD
convencional, o SSD utiliza memórias Flash para fazer o armazenamento de seus
dados, e só vem no tamanho de 2,5 polegadas podendo ser instalado em
computadores e notebooks.
VANTAGENS
• Velocidade – O SSD alcança velocidades entre 200MB/s à 500MB/s, que
garantem mais velocidade para iniciar um sistema operacional ou abrir
programas e arquivos em comparação ao HD convencional;
• Não faz barulho – Como o seu funcionamento não envolve nada mecânico,
apenas o acesso as memórias Flash, não é possível escutar nenhum som
vindo dele;
• Mais resistente – Por não possuir discos móveis como o HD, o SSD
dificilmente sofrerá algum dano ou perda por conta de ser movimentado.
Além disto, ele não sofre possíveis perdas ou corrupção de arquivos por
interferências magnéticas;
• Baixo consumo de energia – O SSD chega a gastar duas vezes menos
energia que um HD convencional.
DESVANTAGENS
• Preço caro – Mesmo sendo vendido com espaços de armazenamento
menor do que um HD convencional, o SSD ainda sai mais caro;
• Pouco espaço de armazenamento – A maioria dos SSD’s vendidos possuem
entre 120 à 240 GB de espaço. Apesar de já existirem opções com alguns
terabytes de espaço, o seu preço tende a ser inacessível para muitas
pessoas.

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• Vida útil menor – Apesar de eles serem mais resistentes fisicamente, cada
gravação feita no SSD gasta a sua cédula tirando um pouco de sua
capacidade de segurar cargas elétricas;
SSD dura pouco?
Em um teste feito pelo site TechReport, foi concluído que os SSDs aguentam
cerca de 700TB de informação antes de começarem a apresentar defeitos, e ainda
tiveram dois dispositivos que passaram a marca de 1 petabyte. A média para o uso
comum de um SSD gira em torno de 20TB por ano, sendo assim, isso quer dizer
que o seu SSD funcionará por um bom tempo até ser necessária a sua troca.
• CUIDADOS
Evite que seu HD sofra um impacto forte. Assim, é necessário manusear o seu
computador com muito cuidado, evitando que ele bata com força em alguma
superfície. Ao transportar o seu aparelho, deixe ele sempre protegido e em lugar
fixo, de preferência em uma superfície acolchoada;
Nunca deixe o seu computador perto de imãs ou mesmo outros dispositivos
magnéticos. O HD possui uma carcaça de proteção, para tanto, sempre existe o
risco de o magnetismo acarretar em uma perda de dados, então, melhor evitar;
Tenha cuidado com a temperatura de seu HD. O calor é um grande inimigo
deste dispositivo. Leia o manual do seu aparelho e descubra a temperatura
máxima que ele suporta;
Evite poeira. O HD não gosta de sujeira, então, deixe o seu computador sempre
protegido do pó. Use capas protetoras quando não estiver manuseando a sua
máquina.
• Capacidade Indicada na etiqueta x exibida no sistema
Os fabricantes de HD comercializam os discos em termos de capacidade
decimal (base 10). Em notação decimal, um megabyte (MB) é igual a 1.000.000
de bytes, um gigabyte (GB) é igual a 1.000.000.000 de bytes e um terabyte (TB) é
igual a 1.000.000.000.000 de bytes.
Programas como FDISK, BIOS do sistema, Windows e versões mais antigas
do macOS usam o sistema de numeração binário (base 2). No sistema de
numeração binário, um megabyte é igual a 1.048.576 de bytes, um gigabyte é igual
a 1.073.741.824 de bytes e um terabyte é igual a 1.099.511.627.776 de bytes.

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Basicamente, decimal e binário se traduzem na mesma quantidade de
capacidade de armazenamento.
Grandezas da Informática
Unidade Símbolo Valor Equivalente
Bit b*
Byte B* 8 bits
Kilobyte KB 1024 B
Megabyte MB 1024 KB
Gigabyte GB 1024 MB
Terabyte TB 1024 GB
Petabyte PB 1024 TB
Exabyte EB 1024 PB
Zettabyte ZB 1024 EB
Yottabyte YB 1024 ZB

Na tabela abaixo há exemplos de números aproximados que um HD pode


indicar:
Capacidade do produto
Saída do Windows (binária)
(decimal)
Sistema
Compra
1 GB 0,93 GB
4 GB 3,72 GB
8 GB 7,41 GB
30 GB 27,94 GB
50 GB 46,56 GB
500 GB 465 GB
1 TB (1.000 GB) 931 GB
2 TB (2.000 GB) 1.862 GB

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Anotações:

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