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INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO

AGRO-PECUÁRIA
CONTROLE DE PRAGAS, DOENÇAS E INFESTANTES NAS CULTURAS

Conceitos Gerais

Eng. Dércio Romão (MSc.)


Protecção de plantas
• Fitossanidade = Sanidade vegetal = Protecção de plantas

• Conjunto de actividades de prevenção e combate aos organismos que afectam a quantidade e a


qualidade da produção e da conservação dos produtos agrícolas

• Incluem:
• Método Preventivo
• Método Cultural
• Método Genético
• Método Biológico
• Método Químico
• Maneio Integrado
Maneio e Controlo das Pragas, Doenças e Infestantes
• Controle de Pragas, Doenças e Infestantes
• Refere-se à redução ou eliminação das PDI por meio de medidas preventivas, culturais, físicas,
biológicas ou químicas
• Tem o objetivo de é manter as populações desses organismos abaixo do nível em que causariam
danos económicos significativos

• Maneio de Pragas, Doenças e Infestantes


• Mais amplo pois envolve a compreensão das interações entre as plantas, os organismos que as
afectam e o ambiente
• Tem o objetivo de manter as populações das PDI de forma sustentável, minimizando os danos à
produção agrícola e reduzindo os impactos ambientais e na saúde humana
• Envolve a escolha de práticas agrícolas adequadas, como rotação de culturas, uso de
variedades resistentes, monitoramento e controle integrado, entre outras medidas
Fitossanidade
• Pest
• Todo organismo vivo que causa dano ou provoca doenças ao homem ou sua possessão
• Algo não desejado
• Inclui todos os agentes bióticos (insectos, aranhas, nemátodes, infestantes, bactérias, fungos,
vírus, plantas parasíticas e vertebrados) que afectam a produção

• Praga
• Organismo vivo que causa dano económico ao Homem
• Doença
• Mal funcional das células e tecidos resultantes da constante irritação do agente patogénico ou
um factor ambiental e que conduz ao desenvolvimento de sintomas
• Infestante
• Toda a planta que cresce onde não é desejada
Sanidade Vegetal

Ambiente Doença Pragas

Histórico da cultura
(e do local de
Sanidade Nutrição
produção) Vegetal

Condições edáficas Infestantes Pesticidas


INSTITUTO SUPERIOR DOM BOSCO
AGRO-PECUÁRIA
CONTROLE DE PRAGAS, DOENÇAS E INFESTANTES NAS CULTURAS

Biologia e Ecologia Das Pragas, Doenças e Infestantes

Eng. Dércio Romão (MSc.)


Pragas agrícolas
Conceito de praga
• Praga – (pest)
• Todo organismo vivo que causa dano (económico) ou provoca
doenças ao homem ou sua possessão (algo não desejado)
• Entram em conflito com homem
• Em agricultura praga é qualquer organismo vivo que causa dano
económico (redução quantidade/qualidade do rendimento)

• Porquê alguns organismos se convertem em pragas?


• Introdução/invasão em novas áreas
• Manipulação do ambiente pelo homem
Identificação e Classificação de Pragas Agrícolas
• De acordo com a sua classificação sistemática
• Ordens
• Famílias

• De acordo com o tipo de dano que causam às culturas e nicho que ocupam
• Mastigadores
• Raspadores/sugadores
• Sugadores
Mastigadores
• Processam o seu alimento mastigando ou triturando-o
• Insectos das ordens Coleoptera, Orthoptera, Lepidoptera (na fase larval) e Diptera (na fase larval)
• As suas peças bucais possuem mandíbulas (peças bucais formadas por dentes e enrugados)
• As peças permitem cortar, mastigar ou triturar alimento sólido
• Sintomas típicos deste hábito alimentar são: o recorte, roeduras, furos nas partes afectadas das
plantas
• Podem ser classificados como:
• Insectos do solo
• Brocas dos caules
• Defoliadores
• Destruidores de flores
• Perfuradores e destruidores de sementes
Insectos mineiros e brocas
• Este grupo é constituído de insectos mastigadores e endofitófagos (alimentam-se e vivem nos
tecidos internos da planta)
• Este comportamento é restrito à fase larval dos insectos pertencentes às ordem Lepidoptera,
Hymenoptera, Diptera e Coleoptera
• As folhas, caules/colmos, raízes e frutos servem de alimento e abrigo para os insectos mineiros
(chamadas lagartas ou larvas mineiras) e brocas
• As larvas mineiras, alimentam-se na lâmina foliar sem quebrar as superfícies inferior ou superior da
cutícula da folha
• A larva, ao se movimentar pela lâmina foliar, produz uma via por onde passa com característica de
uma mina
• A mina observa-se depois da superfície externa da folha secar devido a destruição das células da
epiderme
• As brocas alimentam-se cavando galerias no interior do caule/colmo, ramo e fruto
Formadores de galhas
• Os insectos formadores de galhas também se desenvolvem no interior dos tecidos das plantas
• Na parte atacada os tecidos vegetais formam tumor (galha), no qual o insecto ganha nutrientes e
protecção contra os seus inimigos
• A formação da galha começa depois da fêmea adulta injectar os ovos ou a larva penetrar na planta
• Como reacção da planta e formando uma galha (estrutura em forma de tumor)
• Os insectos deste grupo são mastigadores que penetram no interior dos caules ou ramos folhas ou
frutos das plantas alimentando-se de partes sólidas das mesmas
• Fazem parte deste grupo as larvas de algumas famílias das ordens Lepidoptera e Diptera
Picador-sugador
• Uma das alternativas dos insectos se alimentarem das plantas é sugando o conteúdo líquido (seiva)
• Deixam intacta a parte indigestível (celulose e legnina)
• O aparelho bucal possui estiletes que funcionam como bombas aspiradoras do alimento e é uma
estrutura adaptada para ingerir alimento líquido
• Esta alternativa é usada pelos insectos das ordens Thysanoptera, Diptera (alguns) e Acarina
• Os insectos que usam este hábito alimentar, provocam sintomas típicos que se manifestam pela
murcha dos órgãos atacados
Metamorfose incompleta (hemimetabolia)
• Possui 3 principais estágios
• Ovo
• Ninfa
• Adulto
• A ninfa é similar ao adulto, mas sem asas e genitália externa.
• A coloração das ninfas pode ser ligeiramente diferente
• Ninfas e adultos alimentam-se da mesma forma e podem ser encontradas num mesmo habitat
Metamorfose completa (holometabolia)
• Ocorre nos insectos mais desenvolvidos ou evoluídos
• Fases:
• Ovo
• Larva
• Pupa
• Adulto
• As larvas são completamente diferentes dos adultos
• Jovens com estruturas especializadas para alimentação (algumas excepções)
• Adultos com estruturas especializadas para reprodução e dispersão
Diapausa e Quiescência
• Para escape as condições ambientais adversas.

• Diapausa
• Dormência prolongada regulada por hormonas
• Pode ocorrer em qualquer fase de desenvolvimento
• Pode ser obrigatória ou facultativa

• Quiescência
• Desenvolvimento ou actividade suspensa temporariamente quando existem condições
desfavoráveis
Polimorfia
• Presença de mais do que uma forma no mesmo organismo

• Exemplo: gafanhotos migratórios (locusts) gafanhoto vermelho


• Fase solitária
– Cores menos acentuadas
– Mais pequenos
– Menos vorazes
• Fase gregária
– Cores muito vivas
– Maiores, mais activos
– Mais vorazes
Migrações
• Movimento persistente e direccionado accionado pelo próprio organismo ou através de um
embarque activo num meio em movimento (ar ou água)
• Importante para prever o início da infestação num campo
• Pragas migratórias importantes em Moçambique:
• Gafanhoto vermelho (Nomadacris septemfasciata)
• Lagarta invasora (Spodoptera exempta)
• Pardal de bico vermelho (Quelea quelea)
Ciclo sazonal
• Os ciclos sazonais podem ser agrupados em função do número de gerações que ocorrem num ano
(Voltinidade)
• Geração: indivíduos provenientes da mesma população de parentes
• Univoltismo – uma geração por ano (Gafanhoto elegante)
• Multivoltismo – mais do que 1 geração por ano (Mosca da fruta)

• Número de gerações por unidade de tempo tende a ser inversamente proporcional ao tamanho da
população
• Em ambientes secos ou com deficiência de nutrientes insectos demoram mais tempo a desenvolver
• O desenvolvimento do insecto é influenciado grandemente pela temperatura
Relações praga - planta
• A interacção entre a praga e a planta consiste basicamente em 3 aspectos principais:
• Alimento
• Abrigo
• Transporte

• As plantas providenciam alimento e abrigo para as pragas

• A praga tem que:


• Encontrar o habitat: luz, vento e outras características benéficas
• Encontrar a planta: cor, tamanho, forma da planta
• Aceitar a planta como hospedeiro: compostos químicos superfície da folha
• Aimentar-se da planta: nutrientes toxinas

• Por sua vez, as pragas contribuem para o transporte, disseminação e evolução da planta
Defesa das Plantas ao ataque das Pragas
• Características morfológicas
• Pubescência
• Cor e forma das folhas

• Características fisiológicas
• Metabólitos secundários
– Aleloquímicos: substâncias produzidas e armazenadas na planta, não sendo importantes
para o seu crescimento, sendo ocasionalmente usadas para a defesa da planta contra os
herbívoros (podendo ter acção aguda ou crónica). Contribuem para:
» Redução da quantidade do alimento consumido
» Redução da digestibilidade do alimento disponível
» Repulsão dos insectos
» Toxicidade
Adaptação das Pragas face a defesa das Plantas
• Detoxificação
• Compostos que degradam toxinas através da acção de enzimas oxidativos associados ao
intestino médio

• Sequestração
• Deposição de substâncias secundárias em tecidos ou glândulas especializadas no corpo do
animal, que são posteriormente usados para defesa

• Alimentação selectiva
• Escolhe e evita certas plantas ou partes de plantas ricas em substâncias tóxicas
Doenças agrícolas
Fitopatologia
• Palavra de origem grega
• phyton = planta
• pathos = doença
• logos =estudo

• Ciência que estuda:


• Os organismos e as condições ambientais que causam doenças em plantas
• Os mecanismos pelos quais esses factores produzem doenças em plantas;
• A interação entre agentes causando doenças e a planta doente;
• Os métodos de prevenção ou controlo de doenças, visando diminuir os danos causadas por
estas

• Ciência que estuda as doenças de plantas, abrangendo todos os seus aspectos, desde a diagnose,
sintomatologia, etiologia, epidemiologia, até o seu controlo
Doença
• Doença é o mal funcionamento de células e tecidos do hospedeiro que resulta da sua
contínua irritação por um agente patogênico ou factor ambiental e que conduz ao
desenvolvimento de sintomas. Doença é uma condição envolvendo mudanças anormais na forma,
fisiologia, integridade ou comportamento da planta. Tais mudanças podem resultar em dano parcial
ou morte da planta ou de suas partes (Agrios, 1988)
Causas da Doença na planta
• Agentes de natureza infecciosa (fungos, bactérias, fitoplasmas, vírus e viróides,nematóides,
protozoários e plantas parasitas superiores)
• Debilitam e/ou enfraquecem o hospedeiro por absorção contínua de nutrientes da célula
hospedeira para seu uso
• Destroem ou causam distúrbios no metabolismo da célula hospedeira através de toxinas,
enzimas ou substâncias reguladoras de crescimento por eles secretados
• Bloqueam o transporte de alimentos, nutrientes minerais e água através de tecidos condutores
• Consomem o conteúdo da célula dos hospedeiro mediante contacto

• Causas de natureza não infecciosa


• Condições desfavoráveis do ambiente (temperatura excessivamente baixa ou alta, deficiência ou
excesso de humidade, deficiência ou excesso de luz, deficiência de oxigênio, poluição do ar)
• Deficiências e/ou desequilíbrios nutricionais
• Efeito de factores químicos
Causas da Doença na planta
Causas da Doença na planta

Fungo verdadeiro Bacteria Nemátodes Vírus


Reino
Fungi Procaryota Animalia Virus

Estrutura básica Celular Celular Celular Acelular

Parede celular Sim Sim Sim -

Núcleo Sim Não Sim -


Fissão binária,
Reprodução Esporos/micélio Ovos Replicação
brotação

Ciclo de vida 2 dias-varios anos 20-50 minutos 2-4 semanas

Requisitos de
Humidade Movimento Movimento -
água
Triângulo da Doença

Doença
Classificação da Doença
• Agrupadas de acordo com:
• A cultura afectada
• Parte da planta atacada
• Sintomas produzidos
• Agente causal

• Classificação de McNew
Classificação de George L. McNew – 1960
• Os processos fisiológicos vitais de uma planta, em ordem cronológica, podem ser resumidos nos
seguintes:
• Acúmulo de nutrientes em órgãos de armazenamento para o desenvolvimento de tecidos
embrionários
• Desenvolvimento de tecidos jovens às custas dos nutrientes armazenados
• Absorção de água e elementos minerais a partir de um substrato
• Transporte de água e elementos minerais através do sistema vascular
• Fotossíntese
• Utilização, pela planta, das substâncias elaboradas através da fotossíntese
• As doenças afectam esses processos fisiológicos
Classificação de McNew
• Grupo I: Doenças que destroem os órgãos de armazenamento
• Grupo II: Doenças que causam danos em plântulas
• Grupo III: Doenças que danificam as raízes
• Grupo IV: Doenças que atacam o sistema vascular
• Grupo V: Doenças que interferem com a fotossíntese
• Grupo VI: Doenças que alteram o aproveitamento das substâncias fotossintetizadas
Ciclo das relações patógeno-hospedeiro
Ciclo das relações patógeno-hospedeiro
• Ciclo primário
• Tem início a partir de estruturas de sobrevivência do microorganismo ou a partir da fase
saprofítica no solo
– Pequeno número de plantas infectadas
– Pequeno número de lesões por planta
– Baixo índice de infecção

• Ciclo secundário
• Sucede ao ciclo primário e se desenvolve a partir do inóculo nele produzido, sem a interposição
de uma fase de repouso ou dormência entre eles
– Grande número de plantas infectadas
– Grande número de lesões por planta
– Alto índice de infestação
Infestantes agrícolas
Definição
• Plantas crescendo onde não são desejadas (plantas indesejáveis)
• Plantas que causam mais danos que benefícios
• Plantas que causam danos às plantas de interesse
• Plantas fora de lugar
• Plantas que ocupam espaço destinado a outras actividades
• Plantas que dominam todas as artes de sobrevivência, excepto a de crescer em linhas
• Plantas cujas virtudes ainda não são conhecidas
• Plantas adaptadas na colonização de áreas perturbadas, mas potencialmente produtivas, e na
manutenção da sua abundância em condições de repetidas perturbações
• Plantas que crescem onde não são desejadas e que interferem com os interesses ou bem-estar do
homem, sendo um problema sanitário crónico, que quando presentes em agroecossistemas
competem com as culturas económicas afectando a produtividade ou a qualidade do produto
Efeitos adversos
• Saúde
• Alergias, envenenamento
• Hospedam vectores de doenças

• Estética
• Tornam certas áreas disformes
• Impedem a recreação
• Reduzem o valor da terra

• Gado
• Venenosas
• Alteração do leite e da carne
• Danificam a pele dos animais
Efeitos adversos
• Transporte
• Emergem no asfalto, provocam/aumentam rachas no pavimento, impedem a navegação

• Ambiente (espécies invasoras)


• Causam a emigração e/ou extinção de espécies nativas

• Aumentam o perigo de queimadas


• À volta de armazéns com material inflamável, reservatórios de combustível, transformadores de
electricidade

• Obstrõem linhas de transporte de energia


• Limitam o acesso para reparações
• Causam cortes de energia
Efeitos adversos
• Competição e alelopatia
• Reduzem o rendimento das culturas, qualidade e aumentam os custos de produção
• Limitam a escolha de culturas de rotação
• Atrasam a colheita

• Hospedeiras alternativas de pragas e doenças

• Interferem com a colheita


• Mecânica e manual
• Aumentam os custos de transporte e de selecção/limpeza de produtos colhidos
Prejuízos directos
• Reduzem a produção das culturas interferindo no seu desenvolvimento

• Depreciam a qualidade do produto

• Envenenam os alimentos

• Provocam morte/abortos dos animais

• Elevam os custos de produção

• Interferem com a colheita

• Aumentam os custos de irrigação

• Aumentam as perdas de água


Prejuízos indirectos
• Reduzem a área apta para o cultivo

• Servem de hospedeiros alternativos para pragas e doenças

• Apresentam maior risco de queimadas

• Reduzem o valor económico dos rios, lagos e lagoas


Prejuízos não agrícolas
• Diminuem a visibilidade ao longo das estradas

• Depreciam o valor real da terra

• Causam doenças aos homens

• Interferem com as recreações terrestres e aquáticas

• Contribuem no baixo nível de escolaridade


Efeitos benéficos
• Utilização medicinal
• Utilização aromática
• Uso alimentar
• Fonte de pastos e forragens
• Reciclam os nutrientes
• Enriquecem a matéria orgânica
• Revestem o solo
• Fonte de material genética para melhoramento
• Fonte de pesticida
• Ornamentação
• Hospedeiro para insectos
Principais características
• Plasticidade
• Escape
• Capacidade competitiva
• Germinação e desenvolvimento fácil e uniforme
• Capacidade de reprodução
• Várias formas e elevado número de descendentes
• Características particulares das sementes
• Germinação longevíqua e vigor
• Sistema radicular particular
• Uso hídrico e nutricional eficiente
• Órgão de reserva e reprodutivo
Consequências e Recursos da Competição
• Consequências

• Alteração/baixa germinação
Luz
• Morte de algumas plantas

• Diminuição da produção

• Recursos

• Água

• Luz Água Nutrientes


• Nutrientes
Vias e Factores da Competição
• Vias
• Competição directa: nutrientes, pela água, pela luz e pelo espaço físico
• Competição indirecta: libertação de exudação e/ou produção de substâncias alelopáticas

• Factores
• Vigor • Reacção do solo
• Densidade de sementeira • Data de sementeira
• Habilidade competitiva • Taxa de sementeira
• Variedade • Rotação
• Preparo do solo • Época de sementeira,
• Relação solo-água • Factores ambientais
• Fertilidade do solo • Factores bióticos
Cultura – Infestante
• Escolha ou uso de um tipo de semente que germine rapidamente

• Escolha de culturas que não exijam altos níveis de adubação

• Escolha de culturas que não sejam facilmente sombreadas pelas infestantes


Ciclo de vida
• Anuais

• Bienais

• Vivazes ou perenes ou polienais (lenhosas, trepadeiras, epífitas)


Habitat
• Terrestres

• Aquáticas

• Outros classificam como:

• Agrícola

• Pastagens

• Florestas

• Aquáticas

• Ambientais

• Parasitas
Morfologia
• Plantas que produzem semente (espermatófitas) compreendem duas classes:

• Angiospérmicas: plantas com a semente produzida num ovário maduro (fruto)

– Monocotiledóneas: infestantes de folha estreita

– Dicotiledóneas: infestantes de folha larga

• Gimnospérmicas: plantas cuja semente não é produzida num ovário (coníferas)


Hábito de crescimento
• Autotróficas: as que são capazes de transformar substâncias inorgânicas nas suas próprias
substâncias orgânicas, isto é, as que realizam a fotossíntese.

• Parasitas: as que vivem às expensas de outras, podendo ser agrupadas em:

• Obrigatórias: as que todo o seu material orgânico depende da actividade sintética dos
organismos autotróficos (hospedeiros) ou, as que não realizam a fotossíntese

• Hemiparasitas: as que produzem as suas próprias substâncias orgânicas mas dependem das
plantas hospedeiras no que diz respeito ao fornecimento de água e substâncias minerais.
Fisiologia
• C3: primeiro produto estável da fotossíntese (ácido fosfoglicérico) tem 3 átomos de carbono

• C4: primeiro produto da fotossíntese (oxaloacetato) tem 4 átomos de carbono (mais eficientes)

• CAM: plantas típicas das zonas áridas e semi-áridas e áreas salinas


Ecologia das infestantes
• Fisiografia (descrição dos produtos da natureza)
• Factores edáficos (pH, fertilidade, textura, estrutura, matéria orgância, dióxido de carbono,
oxigénio, drenagem)
• Topografia (altitude, declive, exposição ao sol)
• Clima
• Luz (intensidade, qualidade e o comprimento do dia)
• Temperatura (extremas, amplitude, média)
• Água (quantidade, percolação, escoamento, evaporação)
• Vento (velocidade e duração)
• Atmosfera (dióxido de carbono, oxigénio, humidade e substâncias tóxicas)
• Factores bióticos
• Plantas (competição, doenças, toxinas, estimulantes, parasitismo, flora do solo)
• Animais (insectos, fauna do solo, homem, herbívoros)
Método de propagação das infestantes – Reprodução
• Reprodução assexuada
• Produção de uma nova planta a partir de estruturas vegetativas:
– Rizoma
– Estolho
– Tubérculo
– Bolbo
• Reprodução sexual
– Requer a polinização da flor que leva à produção da semente
– Descentes são geneticamente diferentes dos progenitores
– Garantem meio de sobrevivência em períodos desfavoráveis
– Garantem a disseminação das espécies
– Sementes grandes: mais competitivas mas precisam de mais energia
– Sementes pequenas: na maioria as parasitas
– Produção em grande número, alta longevidade e com pouco peso
Método de propagação das infestantes – Germinação
• Germinação

• Emergência e desenvolvimento, a partir do embrião da semente, de estruturas essenciais


capazes de produzir uma planta normal em condições favoráveis

• Depende de várias condições internas e externas (água, oxigénio, temperatura, luz, estímulo
químico produzido pelo hospedeiro).
Método de propagação das infestantes – Dormência
• Dormência:

• Condição na qual a semente não germina até encontrar condições ambientais e fisiológicas

• É um mecanismo de sobrevivência que depende da temperatura, teor de humidade da semente,


oxigénio, luz e conjunto de condições micro e macroclimáticas onde a espécie se desenvolveu

– Dormência primária: controlada geneticamente, quando a semente abandona a planta mãe


após a maturação

– Dormência secundária: provocada por acção do ambiente em sementes sem dormência ou


que perderam a dormência primária. Pode ser forçada (semente impedida de germinar pelas
condições ambientais) ou induzida (surge em consequência de condições ambientais
externas, quando se submete uma semente sem dormência)
Método de disseminação das infestantes – Dispersão
• Dispersão natural

• Vento (anemocoria)

• Água (hidrocoria)

• Animais (zoocoria)

– Epizoocoria ou epizóica: semente fica no pêlo do animal

– Endozocooria ou endozóica: semente é ingerida e transportada detro do corpo do animal

• Deiscência forçada (autocoria)

• Dispersão artificial: actividade do homem (antropocoria)

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