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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 17100-1
Primeira edição
14.06.2023

Gerenciamento de resíduos
Parte 1: Requisitos gerais
Waste management
Part 1: General requirements
Exemplar para uso exclusivo - NORTE ENERGIA S.A. - 12.300.288/0001-07

ICS 13.030.10 ISBN 978-85-07-09490-6

Número de referência
ABNT NBR 17100-1:2023
31 páginas

© ABNT 2023
Impresso por: Benedito Marcio Pinto Cabral (ADM.)
ABNT NBR 17100-1:2023
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Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................v
Introdução...........................................................................................................................................vii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................2
3 Termos e definições............................................................................................................3
4 Etapas do gerenciamento de resíduos...........................................................................10
5 Princípios gerais do gerenciamento de resíduos..........................................................10
6 Prevenção e não geração ................................................................................................ 11
7 Requisitos aplicáveis ao gerador ...................................................................................12
8 Requisitos para o transporte de resíduos......................................................................12
9 Requisitos aplicáveis à armazenagem............................................................................13
10 Requisitos aplicáveis a unidade de preparo e unidades de tratamento......................14
11 Destinação de resíduos ...................................................................................................14
12 Disposição de resíduos....................................................................................................15
13 Certificados de destinação ou disposição de resíduos................................................15
14 Requisitos aplicáveis à documentação de rastreabilidade...........................................16
15 Status de não resíduo.......................................................................................................17
16 Subprodutos......................................................................................................................17
17 Pontos de entrega voluntária (PEV), ecopontos e ecocentros.....................................17
18 Relatórios e inventários de gerenciamento de resíduos...............................................18
Anexo A (normativo) Relação de tecnologias de acondicionamento para o transporte,
armazenagem, preparo, destinação ou disposição de resíduos..................................20
A.1 Tecnologias de acondicionamento de resíduos............................................................20
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A.2 Tecnologias de armazenagem de resíduos....................................................................21


A.3 Tecnologias de preparo/tratamento de resíduos para posterior destinação..............21
A.4 Tecnologias de destinação...............................................................................................22
A.5 Tecnologias de disposição ..............................................................................................22
Anexo B (informativo) Relação entre os códigos desta Parte da ABNT NBR 17100-1
e os “códigos para armazenamento, tratamento, reutilização, reciclagem
e disposição final” do Anexo III da Resolução CONAMA 313/2002..............................23
B.1 Armazenamento................................................................................................................23
B.2 Tratamento (de acordo com a Resolução CONAMA 313/2002).....................................25
B.3 Reutilização/reciclagem/recuperação (de acordo com a Resolução CONAMA
313/2002)............................................................................................................................26
B.4 Disposição (de acordo com a Resolução CONAMA 313/2002).....................................26
Anexo C (informativo)
Relação entre os códigos desta Parte da ABNT NBR 17100-1 e a “lista de operações
de destinação” do Anexo II da Instrução Normativa IBAMA 01/2013 (CNORP)..........28
C.1 Operações de tratamento e disposição .........................................................................28
C.2 Operações de reciclagem.................................................................................................29
Bibliografia..........................................................................................................................................31

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Figuras
Figura 1 – Indicação das operações de gerenciamento dos resíduos...........................................2

Tabelas
Tabela 1 – Informações do certificado de destinação/disposição final de resíduos...................16
Tabela 2 – Informações dos relatórios e inventários de gerenciamento de resíduos.................18
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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 17100-1 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Gestão de Resíduos Sólidos
e Logística Reversa (CEE-246). O 1º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 10,
de 07.10.2022 a 07.11.2022. O 2º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 12,
de 16.12.2022 a 30.01.2023.

A ABNT NBR 17100, sob o título geral “Gerenciamento de resíduos”, tem previsão de conter
as seguintes partes:
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— Parte 1: Requisitos gerais;

— Parte 2: Rastreabilidade;

— Parte 3: Enquadramento no status de não resíduo;

— Parte 4: Requisitos para classificação como subproduto;

— Parte 5: Pontos de entrega voluntária, ecopontos e ecocentros;

— Parte 6: Resíduos da construção civil;

— Parte 7: Resíduos de eventos.

Esta Parte da ABNT NBR 17100 estabelece os requisitos aplicáveis para gerenciamento de resíduos,
não substituindo as normas e regulamentos vigentes que tratam de resíduos específicos, os quais
devem ser considerados conjuntamente com esta Norma, no que couber.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 17100-1 é o seguinte:

Scope
This Part of ABNT NBR 17100 specifies general requirements applicable along the complete waste
management cycle – from the waste origin, including its handling and all intermediaries steps, till the

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final disposal – in order to maximize the resource recovery and to guarantee the protection of the
environment and public health.
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Introdução

O conjunto de normas ABNT sobre resíduos tem como princípio básico promover a conservação dos
recursos naturais e a proteção da saúde humana e do meio ambiente.

A solução adequada para o gerenciamento dos resíduos encontra-se alinhada com a crescente
preocupação da sociedade com as questões ambientais e o desenvolvimento sustentável.

Neste cenário, fez-se relevante o estabelecimento de uma norma que defina os princípios gerais
e requisitos aplicáveis à cadeia de gerenciamento dos resíduos.

Esta Norma tem como objetivos:

● maximizar a valorização dos recursos presentes nos resíduos e evitar danos ou riscos à saúde
pública e ao meio ambiente durante as etapas do gerenciamento dos resíduos;

● harmonizar as informações e comunicações entre as partes interessadas envolvendo


o gerenciamento de resíduos por meio de terminologia apropriada.

Esta Parte da ABNT NBR 17100 estabelece definições claras e abrangentes, bem como requisitos
aplicáveis ao gerador e aos demais operadores envolvidos na cadeia de gerenciamento de resíduos,
de maneira a contribuir para uma padronização da terminologia e tratativas empregadas para
o correto gerenciamento dos resíduos, alinhada aos princípios da proteção ao meio ambiente
e da saúde pública, bem como de sustentabilidade.

O Anexo A relaciona as tecnologias de acondicionamento, armazenamento, preparo/tratamento,


destinação e disposição de resíduos, e os Anexos B e C relacionam os itens do Anexo A com
os códigos e terminologias usados nos regulamentos vigentes.
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Gerenciamento de resíduos
Parte 1: Requisitos gerais

1 Escopo
1.1 Esta Parte da ABNT NBR 17100 estabelece os requisitos gerais aplicáveis às etapas
de gerenciamento de resíduos (ver a Seção 4), desde a origem do resíduo até sua destinação (3.8),
incluindo a movimentação e operações intermediárias, se houverem.

1.2 A Figura 1 apresenta a abrangência do escopo desta Norma. As operações/atividades descritas


na Figura 1 podem ou não ocorrer dentro da mesma organização.

1.3 Esta Parte da ABNT NBR 17100 se aplica a todos os tipos de resíduos, independentemente
de sua origem e periculosidade, excetuando-se os seguintes:

a) solos provenientes de obras de terraplanagem movimentados no próprio local da obra e aplicados


em sua condição natural;

b) estéril (3.13) e rejeito (3.31) de mineração movimentados e depositados na própria mineração;

c) rejeitos radioativos;

d) etapa de descarte de resíduos não perigosos gerados por pessoa física na condição de consumidor
final e sem relação com atividade econômica ou produtiva;

e) material, substância, objeto ou bem, quando estes passarem a se enquadrar no “status de não
resíduo” (ver Seção 15) ou como subproduto (ver Seção 16).
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1.4 Esta Parte da ABNT NBR 17100 se aplica aos geradores dos resíduos e demais operadores
envolvidos na cadeia de gerenciamento de resíduos, desde sua geração até a sua destinação
ou disposição final.

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Legenda
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Limites do escopo Alteração das características Conversão em energia

Atividades produtivas Reúso Eliminação

Transporte Transformação para novo uso Disposição em aterro

Aguardando destinação

Figura 1 – Indicação das operações de gerenciamento dos resíduos

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 7500, Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento
de produtos

ABNT NBR 10004, Resíduos sólidos – Classificação

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ABNT NBR 11174, Armazenamento de resíduos classes II – não inertes e III – inertes – Procedimento
ABNT NBR 12235, Armazenamento de resíduos sólidos perigosos – Procedimento
ABNT NBR 13221, Transporte terrestre de produtos perigosos – Resíduos
ABNT NBR 13853-1, Recipientes para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes –
Requisitos e métodos de ensaio
ABNT NBR 15112, Resíduos da construção civil e resíduos volumosos – Áreas de transbordo e triagem
– Diretrizes para projeto, implantação e operação
ABNT NBR 15113, Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes – Aterros – Diretrizes para
projeto, implantação e operação
ABNT NBR 16725, Resíduo químico – Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente – Ficha
com dados de segurança de resíduos químicos (FDSR) e rotulagem

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
acondicionamento
operação de envolver, conter ou embalar os resíduos de forma a facilitar operações seguras
de manuseio, movimentação, armazenagem e transporte
NOTA As tecnologias de acondicionamento dos resíduos encontram-se descritas no Anexo A.1.

3.2
armazenador
armazenador temporário
operador de resíduos que desenvolve a atividade de armazenagem de resíduos, sem que ocorra
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qualquer tipo de preparo ou tratamento dos resíduos


3.3
armazenagem
armazenagem temporária
operação de gerenciamento de resíduos que inclui as atividades de recepção, descarga, arrumação,
guarda, conservação e consolidação de cargas (inclusive prensagem e enfardamento) para as etapas
posteriores do gerenciamento de resíduos
NOTA 1 A armazenagem inclui as estações de transbordo de resíduos e os aterros de reservação
de material para usos futuros de resíduos da construção de classe A (ver a ABNT NBR 15112).

NOTA 2 Não se considera armazenagem temporária qualquer tipo de operação que inclua o preparo
ou tratamento dos resíduos, ou sua disposição em aterros.

NOTA 3 As tecnologias de armazenagem dos resíduos são descritas no Anexo A.2.

3.4
armazenagem primária
guarda temporária do resíduo realizada pelo gerador ou nos pontos de entrega voluntária (PEV),
ecopontos e ecocentros (3.25) até o envio para as etapas posteriores de gerenciamento dos resíduos
NOTA A armazenagem primária inclui a segregação na origem, arrumação, guarda, conservação
e consolidação de cargas.

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3.5
cadeia de valor
cadeia de valor da atividade produtiva
conjunto de atividades de uma organização que convertem entradas em saídas, agregando valor
NOTA 1 A cadeia de valor inclui as entidades com as quais a organização mantém relação comercial direta
ou indireta e que:

a) forneçam produtos ou serviços que contribuam para os produtos ou serviços próprios; ou

b) recebam produtos ou serviços da empresa.

NOTA 2 Ver referência bibliográfica [14].

3.6
certificado de destinação ou disposição de resíduos
documento emitido pelo destinador que atesta a destinação ambientalmente adequada de determinado
resíduo, a ser fornecido para o gerador do resíduo

3.7
descarte
ato, realizado pelo gerador, de designar, pôr à parte ou de desvencilhar-se, via destinação
ambientalmente adequada, de um material, substância, bem ou objeto considerado sem propósito
de uso para suas atividades produtivas ou consumo

3.8
destinação de resíduos
destinação ambientalmente adequada
destinação final
operações realizadas a partir do descarte (3.7) dos resíduos que incluem a reutilização (3.44),
a reciclagem (3.27), a compostagem, a recuperação, a eliminação (3.12) e o aproveitamento energético
(3.28) ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes, entre elas a disposição (3.10)
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NOTA As tecnologias de destinação dos resíduos são descritas no Anexo A.4 e de disposição no Anexo A.5.

3.9
destinador de resíduos
operador de resíduos que desenvolve a atividade de destinação de resíduos

3.10
disposição de resíduos
disposição ambientalmente adequada
disposição final
distribuição ordenada de resíduos em aterros, observando critérios técnicos de construção e normas
operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar
os impactos ambientais adversos
NOTA 1 As tecnologias de disposição dos resíduos são descritas no Anexo A.5.

NOTA 2 Os resíduos dispostos em aterros podem vir a ser objeto de destinação futura por meio
da intervenção no aterro para recuperação dos materiais.

3.11
documento de rastreio de resíduos
documentação de rastreabilidade
mecanismo de identificação de uma carga de resíduos contendo o conjunto de informações
de identificação do resíduo, seu gerador, quantidades e registro dos operadores envolvidos

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em seu transporte, armazenamento temporário, preparo e destinação final, desde sua origem até
sua destinação

NOTA A documentação de rastreabilidade pode ser física ou digital.

3.12
eliminação de resíduos
operação de destinação onde o resíduo é destruído termicamente com o auxílio de uma outra fonte
de energia térmica

NOTA A eliminação difere da recuperação energética pelo fato da queima do resíduo não proporcionar
o uso da energia gerada para fins industriais ou de geração de eletricidade.

3.13
estéril de mineração
material in natura resultante das operações de lavra descartado diretamente na operação de lavra,
antes do beneficiamento.

NOTA Ver a referência bibliográfica [15].

3.14
geração de resíduos
ato, realizado pelo gerador, de designar para descarte (3.7) um material, substância, bem ou objeto
sem propósito de uso para sua atividade produtiva ou consumo

3.15
gerador de resíduos
aquele que deu origem ao resíduo

3.16
gerenciamento de resíduos
conjunto de operações realizadas para a destinação de resíduos visando promover a conservação
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dos recursos naturais e proteger a saúde humana e o meio ambiente

3.17
hierarquia no gerenciamento de resíduos
hierarquia na gestão de resíduos
ordem de prioridade nas atividades de gerenciamento de resíduos sólidos, visando promover o melhor
aproveitamento dos recursos presentes nos mesmos: não geração, redução (3.29), reutilização (3.44),
reciclagem (3.27), recuperação energética (3.28), eliminação (3.12) e disposição ambientalmente
adequada (3.10)

NOTA Reparo, restauração e remanufatura são formas de reutilização.

3.18
identificação
identificação do resíduo
conjunto de informações que permite o reconhecimento da origem do resíduo, suas propriedades
e periculosidade, de maneira a fornecer as informações necessárias para o gerenciamento (3.16)

3.19
instalação de armazenagem de resíduos sólidos
instalação onde é realizada a guarda temporária, conservação e consolidação de cargas de resíduos
atendendo a critérios técnicos e de segregação (3.44) de acordo com suas características, sem
nenhuma forma de preparo (3.26) ou tratamento (3.51)

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3.20
item retornável
material, objeto ou bem que, após o uso, possui previsão de retorno ao fornecedor para sua reutilização (3.44)

3.21
lista geral de resíduos sólidos
relação de resíduos estruturada em capítulos, subcapítulos e códigos, que estabelece uma classificação
geral dos resíduos com base nos seus processos de origem e naturezas

3.22
logística reversa
conjunto de ações, procedimentos e meios de destinação de resíduos desenvolvidos com a finalidade
de viabilizar a reinserção nas cadeias produtivas de determinados materiais, substâncias, objetos
ou bens

NOTA São exemplos de sistemas de logística reversa implementados no país: embalagens, resíduos
eletroeletrônicos, pilhas, baterias e lâmpadas.

3.23
manufatura reversa
operação de desmontagem ou desmantelamento de bens ou equipamentos com a finalidade
de promover o adequado gerenciamento das partes, componentes, substâncias e resíduos
provenientes desta operação

3.24
operador de resíduos
gerenciador de resíduos
pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que desenvolve uma ou mais operações
de gerenciamento de resíduos

3.25
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pontos de entrega voluntária (PEV)


ecopontos
ecocentros
ilhas ecológicas
unidade de recebimento de embalagem
estrutura fixa ou itinerante instalada em local adequado para a entrega voluntária, ou por catadores,
de resíduos específicos disponíveis para pessoa física / consumidor final, incluídos os pertencentes
aos sistemas de logística reversa, onde são feitos o acondicionamento (3.1) e a armazenagem
temporária (3.3) dos resíduos coletados com a finalidade de consolidar cargas de resíduos e viabilizar
sua destinação (3.8)

NOTA O termo mais apropriado é definido de acordo com o porte da instalação, nos termos definidos
em norma específica.

3.26
preparo
preparo de resíduos
operação de gerenciamento de resíduos na qual se realiza a alteração das propriedades físicas,
físico-químicas ou biológicas dos resíduos sólidos, com vistas a permitir o emprego de determinada
tecnologia de destinação final

NOTA A prensagem e o enfardamento de resíduos para otimização do transporte não são considerados
preparo de resíduos.

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3.27
reciclagem
processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades
físicas, físico-químicas ou biológicas para sua utilização como insumo, matéria-prima ou substância
em um processo produtivo equivalente ao que deu origem ao resíduo, ou de outra natureza

NOTA Não inclui a recuperação energética (3.28) e o uso de resíduos em enchimentos.

3.28
recuperação energética
aproveitamento energético
processo de utilização da energia térmica gerada a partir da oxidação térmica de resíduos destinados
aos processos de combustão, gaseificação e/ou pirólise, que fundamentalmente utiliza energia térmica
para fins industriais ou de geração de eletricidade, executado sob condições controladas e com
o devido controle e monitoramento ambiental

3.29
redução
redução na fonte
processo ou operação que reduz ou evita a geração de resíduos na origem

NOTA A redução na fonte inclui ações como modificações no processo ou equipamentos, substituição
de matérias-primas e insumos, mudança de tecnologia ou nos procedimentos de gerenciamento e aumento
da eficiência de equipamentos e/ou processos.

3.30
redução da periculosidade
processo ou operação que visa reduzir ou evitar propriedades em um resíduo que lhe atribuam
potencial de risco ao meio ambiente ou à saúde pública

3.31
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rejeito de mineração
material resultante das operações de lavra descartado durante e/ou após o processo de beneficiamento

NOTA Ver a referência bibliográfica [15].

3.32
resíduos agrossilvopastoris
resíduos gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos
utilizados nessas atividades

NOTA Ver a referência bibliográfica [6].

3.33
resíduos da construção civil
resíduos provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil,
e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos

EXEMPLOS Tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas,
madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações,
fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha.

[ABNT NBR 15112:2004, 3.1]

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3.34
resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviço
resíduos gerados por estabelecimentos comerciais e atividades prestadoras de serviço (pessoa
jurídica), excluindo-se os RSU, resíduos dos serviços públicos de saneamento básico, RSS e resíduos
de serviços de transportes
NOTA Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviço podem ser equiparados
a RSU conforme regulamentação específica.

3.35
resíduos industriais
resíduos gerados pelos processos produtivos e instalações industriais

3.36
resíduos de mineração
resíduos gerados nas atividades de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios
NOTA Ver a referência bibliográfica [6].

3.37
resíduos domiciliares
resíduos originários de atividades domésticas em residências urbanas

3.38
resíduos dos serviços públicos de saneamento básico
resíduos gerados nas atividades dos serviços públicos de saneamento básico: sistema de abastecimento
de água potável; esgotamento sanitário; drenagem e manejo de águas pluviais urbanas
NOTA Os resíduos dos serviços públicos de saneamento básico não incluem os RSU.

3.39
resíduos de serviços de saúde
RSS
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resíduos resultantes de atividades exercidas nos serviços de atendimento à saúde humana ou animal
que, por suas características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não
tratamento prévio à sua destinação ou disposição
NOTA 1 Ver a referência bibliográfica [8].

NOTA 2 Não inclui os resíduos provenientes da indústria farmacêutica, medicamentos descartados


e os RSS que tenham sido descaracterizados em razão de tratamento que altere suas propriedades físicas,
físico-químicas, químicas ou biológicas.

3.40
resíduos de serviços de transportes
resíduos gerados ou originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários
e passagens de fronteira
NOTA Ver a referência bibliográfica [6].

3.41
resíduos sólidos urbanos
RSU
resíduos domiciliares (3.27) e resíduos originários dos serviços públicos de limpeza urbana
NOTA 1 São considerados RSU os resíduos provenientes de serviços de limpeza urbana, como: serviços
de varrição, capina, roçada, poda e atividades correlatas em vias e logradouros públicos; asseio de túneis,

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escadarias, monumentos, abrigos e sanitários públicos; raspagem e remoção de terra, areia e quaisquer
materiais depositados pelas águas pluviais em logradouros públicos; desobstrução e limpeza de bueiros,
bocas de lobo e correlatos; limpeza de logradouros públicos onde se realizem feiras públicas e outros eventos
de acesso aberto ao público; e outros eventuais serviços de limpeza urbana.

NOTA 2 Ver as referências bibliográficas [6], [12] e [13].

3.42
resíduos sólidos
material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade,
a cuja destinação se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido
ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem
inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso
soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível

NOTA Ver a referência bibliográfica [6].

3.43
responsável técnico
profissional devidamente habilitado, que responde como responsável por uma ou mais operações
de gerenciamento dos resíduos realizada por pessoas físicas ou jurídicas

3.44
reutilização
reúso
operação de destinação de resíduos na qual ocorre o aproveitamento do resíduo diretamente
em um novo processo produtivo ou como produto, insumo ou matéria-prima, sem nenhuma atividade
prévia de preparo (3.26)

3.45
segregação
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operação de separação dos resíduos na origem, de acordo com suas características, realizada para
possibilitar o correto acondicionamento (3.1) e evitar contaminação cruzada

3.46
triagem
classificação
operação de gerenciamento de resíduos na qual ocorre a seleção e divisão de uma carga de resíduo
realizada com base em uma ou mais de suas propriedades

NOTA Inclui triagem / classificação manual ou mecanizada.

3.47
transportador
operador que realiza as atividades de transporte dos resíduos sólidos ao longo das etapas
do gerenciamento de resíduos

3.48
transbordo de resíduos
operação de transferência de carga realizada com a finalidade de otimizar a logística de transporte
do resíduo

NOTA O transbordo não envolve nenhuma operação unitária considerada como preparo (3.26)
ou tratamento (3.51) dos resíduos, mas pode envolver o novo acondicionamento (3.1) do resíduo.

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3.49
transporte de resíduos
operação de gerenciamento de resíduos que inclui a coleta e movimentação de resíduos sólidos

3.50
transporte primário de resíduos
movimentação de resíduos executada por consumidor pessoa física ou pelo gerador até um ponto
de coleta, para viabilizar o seu descarte (3.7)

3.51
tratamento de resíduos
operação de gerenciamento de resíduos na qual se realiza a alteração das propriedades físicas,
físico-químicas ou biológicas dos resíduos sólidos com vistas à redução dos riscos à saúde pública
e ao meio ambiente.

NOTA Termo também utilizado para os processos destinação dos resíduos por tecnologia de eliminação.

3.52
valorização
termo usado para qualquer operação de destinação de resíduos cujo resultado principal seja
a transformação dos resíduos de modo a servirem a um fim útil, substituindo outros materiais como
matérias-primas ou insumos em processos produtivos

NOTA As operações de destinação consideradas como valorização possuem códigos “RU”, “RC” e “RE”
no Anexo A.4.

4 Etapas do gerenciamento de resíduos


4.1 Os requisitos do gerenciamento de resíduos devem ser aplicados no conjunto de atividades
realizadas nas seguintes etapas:
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a) prevenção e não geração: as atividades de seleção de materiais adequados para o uso; o design
adequado de produtos – incluindo bens e equipamentos; a gestão dos processos e atividades
voltadas para evitar ou reduzir a geração de resíduos, ou minimizar os riscos à saúde pública
e ao meio ambiente;

b) a partir da geração: a caracterização do resíduo; a segregação (3.45) na origem; o acondicionamento


(3.1); a armazenagem temporária (3.3) e o planejamento para a destinação (3.8);

c) operações intermediárias: o transporte de resíduos (3.49); a armazenagem temporária (3.3),


incluindo o transbordo (3.48); a manufatura reversa (3.23); o preparo (3.26) ou tratamento (3.51)
dos resíduos para posterior destinação (3.8);

d) operações de destinação dos resíduos (3.8): a reutilização (3.44), a reciclagem (3.27),


a recuperação energética (3.28), a eliminação (3.12) ou a disposição (3.10) do resíduo.

4.2 A descrição das tecnologias de acondicionamento para o transporte, armazenagem, preparo


(3.26) / tratamento (3.51), destinação (3.8) e disposição (3.10) dos resíduos é apresentada no Anexo A.

5 Princípios gerais do gerenciamento de resíduos


5.1 Admitem-se como resíduos somente aqueles gerados a partir do descarte de materiais, substâncias,
objetos ou bens utilizados nas atividades antropogênicas de produção ou consumo.

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5.2 Um material, substância, objeto ou bem deve passar a ser considerado como resíduo (3.42)
a partir do momento que ocorrer seu descarte (3.7).

5.3 Entende-se por resíduo o material, substância, objeto ou bem que:

a) foi gerado inevitavelmente ou não intencionalmente em um processo ou atividade, e que não


possui propósito de uso junto ao gerador uma vez que na condição/estado em que se encontra
não é possível seu uso no processo/atividade que lhe deu origem;

b) possuía um propósito finito, tendo se tornado sem utilidade após preencher o propósito inicial
(por exemplo, embalagens, toners de impressoras vazios não retornáveis);

c) possui uma performance não aceitável devido a uma falha na sua estrutura ou estado, ou ainda
em decorrência do mau uso;

d) não possui mais finalidade de emprego ou uso pelo gerador, ainda que possa manter a performance
a qual se propõe.

5.4 Equipamento, componente, objeto, peça ou bem obsoleto sujeito à simples revenda para sua
utilização para o mesmo fim para o qual foi concebido não são considerados resíduos, para a finalidade
de gerenciamento de resíduos prevista nesta Parte da ABNT NBR 17100.

5.5 O material, substância, objeto ou bem classificado como “subproduto” (ver a Seção 16) ou que
se enquadre nos requisitos de “status de não resíduo” (ver a Seção 15) não pode ser objeto dos
requisitos do gerenciamento de resíduos.

5.6 Os resíduos devem ser devidamente identificados durante todas as etapas e operações
do gerenciamento de resíduos, de forma a evitar danos ou riscos à saúde pública e ao meio ambiente.

5.7 A identificação dos resíduos químicos perigosos deve atender aos requisitos da ABNT NBR 16725
e contemplar as informações primárias para o manuseio, armazenamento, transporte e emergência.
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6 Prevenção e não geração


6.1 O potencial gerador de resíduo deve planejar sua atividade ou processo produtivo de modo
a contemplar as medidas necessárias para:

a) evitar ou minimizar a quantidade de resíduos gerados;

b) reduzir o potencial de impacto adverso no ambiente e na saúde pública resultantes dos resíduos
gerados;

c) eliminar ou minimizar o teor de substâncias nocivas presentes nos resíduos;

d) maximizar o potencial de valorização dos recursos provenientes dos resíduos gerados, de acordo
com a hierarquia no gerenciamento de resíduos (3.17).

6.2 As seguintes atividades devem incluir aspectos que contribuam para os requisitos descritos em 6.1:

a) o projeto de concepção e desenvolvimento de produtos e serviços;

b) o processo de seleção e a tomada de decisão sobre insumos e matérias-primas usados


na atividade produtiva;

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c) a seleção e emprego de tecnologias empregadas nos processos de produção utilizados


na atividade produtiva;

d) os procedimentos operacionais e de manutenção da atividade produtiva.

6.3 As medidas de prevenção / não geração devem ser consideradas em toda a cadeia de valor
da atividade produtiva (3.5).

7 Requisitos aplicáveis ao gerador


7.1 O gerador (3.15) deve possuir uma caracterização adequada dos seus resíduos com base
nas características dos materiais utilizados nos processos/atividades que lhe deram origem. Caso
necessário, para o adequado gerenciamento (3.16) e destinação (3.8), convém que estas informações
sejam complementadas com as devidas análises laboratoriais.

7.2 O gerador (3.15) deve incluir na caracterização do resíduo a classificação do resíduo quanto
à periculosidade, conforme a ABNT NBR 10004.

7.3 O gerador (3.15) deve adotar mecanismos de gerenciamento dos resíduos de maneira
a assegurar a correta segregação (3.45) dos resíduos na sua origem, seu acondicionamento (3.1)
e armazenagem (3.3) ambientalmente adequados.

7.4 O gerador (3.15) deve buscar destinar seus resíduos de acordo com priorização estabelecida
na hierarquia no gerenciamento de resíduos (3.17) sempre que técnica e economicamente viável.

7.5 O gerador (3.15) deve evitar misturas de resíduos que possam comprometer a aplicação
da hierarquia no gerenciamento de resíduos ou mascarar características de periculosidade.

7.6 O gerador (3.15) deve assegurar a identificação e rastreabilidade dos seus resíduos de acordo
com as informações constantes na respectiva documentação de rastreabilidade (3.11).
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7.7 O gerador (3.15) deve se certificar de que todos os operadores envolvidos com a destinação do(s)
seu(s) resíduo(s), desde a coleta na origem até a destinação, encontram-se devidamente habilitados
para executar as operações de gerenciamento dos resíduos a que se propõem.

7.8 O gerador (3.15) deve emitir a documentação de rastreabilidade (3.11) para cada carga
de resíduos enviada para os demais operadores da cadeia de resíduos.

7.9 Nos casos de resíduos sujeitos à logística reversa (3.22), o gerador (3.15) ou seu grupo econômico
devem cumprir com os mecanismos e procedimentos previstos no sistema de logística reversa vigente.

7.10 As embalagens utilizadas para o acondicionamento (3.1) de resíduos devem possuir


características apropriadas de estanqueidade, resistência à pressão, rigidez, capacidade
de empilhamento, tombamento, rasgamento, içamento e aprumo, de forma a evitar danos ou riscos
à saúde pública e ao meio ambiente.

8 Requisitos para o transporte de resíduos


8.1 O transportador (3.47) deve se certificar de que a carga de resíduos está adequadamente
acondicionada para se realizar o transporte, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública
e ao meio ambiente.

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8.2 Para o transporte terrestre de resíduos classificados como perigosos, o transportador (3.47)
deve realizar a identificação do veículo/equipamento de transporte conforme a ABNT NBR 7500.

8.3 No caso de transporte de resíduos classificados como perigosos, o transportador (3.47) deve
cumprir a ABNT NBR 13221.

8.4 O transportador (3.46) deve estar de posse de uma via física ou digital do documento de rastreio (3.11)
durante toda a movimentação do resíduo.

8.5 No caso em que sejam coletados resíduos de diferentes geradores na mesma rota de viagem,
o transportador (3.46) deve estar de posse de uma via física ou digital de todos os documentos
de rastreio (3.11), emitidos por cada gerador, que correspondem a todos os resíduos que compõem a sua carga.

8.6 Ao realizar a entrega da carga de resíduos, o receptor dos resíduos deve atestar por meio
do documento de rastreio (3.11) que recebeu a carga do transportador nos termos descritos
na documentação.

8.7 Os requisitos em 8.1 a 8.6 não se aplicam ao transporte primário de resíduos, realizado pelo
consumidor/pessoa física para o descarte (3.7) dos resíduos em um local apropriado para a recepção,
acondicionamento (3.1) e armazenagem primária (3.4) destes resíduos para posterior destinação (3.8).

9 Requisitos aplicáveis à armazenagem


9.1 A lista de tecnologias consideradas para a armazenagem temporária (3.3) dos resíduos
é apresentada no Anexo A.2.

9.2 A instalação de armazenagem de resíduos (3.19) deve ser projetada, construída, equipada
e operada de modo ambientalmente adequado para os tipos de resíduos que planeja receber, a fim
de evitar danos ou riscos à saúde pública e ao meio ambiente.
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9.3 As condições da instalação de armazenagem (3.19) devem atender às condições e requisitos


estabelecidos na ABNT NBR 11174, para resíduos não perigosos, e ABNT NBR 12235, para resíduos
perigosos.

9.4 A instalação de armazenagem (3.19) deve possuir mecanismos de gerenciamento dos resíduos
de maneira a assegurar a integralidade das características físico-químicas e quantidades dos resíduos
durante o período de armazenamento sob sua responsabilidade.

9.5 A instalação de armazenagem (3.19) deve manter registros da movimentação de entrada / saída
e estoques dos resíduos, de forma a manter a cadeia de rastreabilidade dos resíduos e o conhecimento
dos resíduos presentes na planta.

9.6 No caso de operações de armazenagem envolvendo o preparo (3.26) ou tratamento (3.51) dos
resíduos, aplicam-se também os requisitos descritos na Seção 10.

9.7 A armazenagem primária (3.4) está sujeita aos mesmos requisitos.

9.8 As áreas de transbordo e triagem para resíduos da construção civil (3.33) e resíduos volumosos
devem atender aos requisitos da ABNT NBR 15112.

9.9 Os aterros para resíduos da construção civil (3.33) e resíduos inertes devem atender aos
requisitos da ABNT NBR 15113.

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10 Requisitos aplicáveis a unidade de preparo e unidades de tratamento


10.1 A lista de tecnologias consideradas como preparo (3.26) ou tratamento (3.51) dos resíduos
é apresentada no Anexo A.3.

10.2 É considerada uma unidade de preparo de resíduos a instalação na qual se realizam operações
envolvendo uma ou mais das tecnologias descritas no Anexo A.3 com a finalidade de facilitar/viabilizar
a destinação dos resíduos por meio de tecnologias de reciclagem, recuperação energética e eliminação
(códigos RC, RE e EL do Anexo A.4).

10.3 É considerada uma unidade de tratamento de resíduos a instalação na qual se realizam


operações envolvendo uma ou mais das tecnologias descritas no Anexo A.3 com vistas à redução dos
riscos à saúde pública e ao meio ambiente a fim de facilitar / viabilizar a destinação dos resíduos por
meio de tecnologias de disposição final (ver o Anexo A.5).

10.4 A unidade de preparo ou tratamento de resíduos deve ser projetada, construída, equipada
e operada de modo ambientalmente adequado para os tipos de resíduos que planeja receber,
a fim de evitar danos ou riscos à saúde pública e ao meio ambiente.

10.5 A unidade de preparo ou tratamento deve manter registros das operações realizadas com
os resíduos, bem como movimentação de entrada / saída e estoques, de forma a manter a cadeia
de rastreabilidade dos resíduos e o conhecimento dos resíduos presentes na planta.

10.6 Quando a unidade de preparo ou tratamento realizar operações que resultem alteração
nas massas dos resíduos (por exemplo secagem ou incorporação de agente neutralizante), tais
informações devem ser devidamente documentadas e constar nos documentos de rastreio (3.11),
de forma a manter a rastreabilidade dos resíduos e quantidades manuseadas e destinadas.

11 Destinação de resíduos
11.1 A lista de tecnologias consideradas como destinação dos resíduos é apresentada no Anexo A.4.
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11.2 A destinação que envie resíduo para uso como insumo ou matéria-prima deve prever requisitos
e especificações de avaliação do material que assegurem a proteção ao meio ambiente e à saúde pública.

11.3 A instalação de destinação de resíduos deve ser projetada, construída, equipada e operada
de modo ambientalmente adequado para os tipos de resíduos que planeja receber, de modo a evitar
danos ou riscos à saúde pública e ao meio ambiente.

11.4 A instalação de destinação de resíduos deve manter registros das operações realizadas com
os resíduos, bem como movimentação de entrada e saída e estoques, de forma a manter
a rastreabilidade e o conhecimento dos resíduos destinados e presentes na planta.

11.5 Uma vez consumada a destinação dos resíduos recebidos na instalação de destinação
de resíduos, o destinador (3.9) deve emitir para o gerador (3.15), com base na documentação
de rastreabilidade (3.11), os respectivos certificados de destinação/disposição de resíduos (3.6)
conforme a Seção 13.

11.6 No caso eventual de carga de resíduos enviada para a instalação de destinação e recusada,
o operador da instalação deve gerar a documentação de identificação da carga pertinente de forma
a manter a rastreabilidade dos resíduos.

11.7 Resíduos formados nas instalações de destinação de resíduos, tais como lodos de águas
residuais/efluentes, impurezas não aproveitadas e cinzas, dentre outros, são considerados como

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resíduos que tem como origem a instalação de destinação de resíduos, devendo, portanto, ser objeto
de novo ciclo de gerenciamento de resíduos.

12 Disposição de resíduos
12.1 A lista de tecnologias consideradas como disposição é apresentada no Anexo A.5.

12.2 A instalação de disposição de resíduos deve ser projetada, construída, equipada e operada
de forma ambientalmente adequada para os tipos de resíduos que planeja receber, de modo a evitar
danos ou riscos à saúde pública e ao meio ambiente.

12.3 Uma vez consumada a disposição dos resíduos recebidos na instalação de disposição
de resíduos, o operador deve emitir para o gerador, com base na documentação de rastreabilidade
(3.11), os respectivos certificados de disposição de resíduo, conforme a Seção 13.

12.4 A instalação de disposição de resíduos deve manter os registros de cada um dos resíduos
a ela enviados e a respectiva numeração/codificação dos documentação de rastreabilidade (3.11)
dos resíduos de maneira a identificar a data da entrada na instalação e a data da consumação
da disposição.

12.5 No caso eventual de carga de resíduos enviada para a instalação de disposição de resíduos
e recusada, o operador da instalação deve registrar a devolução na documentação de rastreio,
de modo a manter a rastreabilidade dos resíduos desde sua origem.

12.6 Resíduos formados nas operações de disposição, tal como o chorume, são considerados como
resíduos que tem como origem a instalação de disposição de resíduos, devendo, portanto, ser objeto
de novo ciclo de gerenciamento de resíduos.

13 Certificados de destinação ou disposição de resíduos


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13.1 O destinador (3.9) deve emitir para o gerador (3.15) o respectivo certificado de destinação/disposição
dos resíduos (3.6) que foram por ele destinados.

13.2 Convém que as informações indicadas na Tabela 1 constem do certificado de destinação/disposição


dos resíduos (3.6), ou que estas possam ser relacionadas ao certificado por meio da documentação
de rastreabilidade.

13.3 O certificado de destinação/disposição dos resíduos (3.6) deve ser emitido somente após consumada
a destinação do resíduo.

13.4 As quantidades indicadas nos certificados de destinação/disposição (3.6) devem ser compatíveis
com a capacidade da instalação de destinação ou disposição.

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Tabela 1 – Informações do certificado de destinação/disposição de resíduos


Informações do certificado de destinação/disposição de resíduos
1 Dados do gerador
1.1 Razão social
1.2 CNPJ
1.3 Endereço do local de origem do resíduo
2 Dados do(s) resíduo(s)
2.1 Relação dos números/códigos dos documentos que conferem rastreabilidade do resíduo
à sua origem
2.2 Código do resíduo conforme a Lista Geral de Resíduos Sólidos a
2.3 Descrição do resíduo conforme a Lista Geral de Resíduos Sólidos a
2.4 Classificação do resíduo conforme a ABNT NBR 10004
2.5 Quantidade destinada do resíduo b (expressas em massa, em toneladas ou quilogramas,
ou volume, em litros ou metros cúbicos)
3 Dados do destinador
3.1 Razão social
3.2 CNPJ
3.3 Endereço do local de destinação do resíduo
3.4 Tecnologia empregada na destinação final do resíduo c
3.5 Número da licença ambiental/documento de autorização de funcionamento do destinador
3.6 Identificação e assinatura do Responsável Técnico pelo Certificado de Destinação
a Ver a referência bibliográfica [8].
b O certificado deve indicar a massa de cada resíduo, relacionando-a ao respectivo número ou código
do documento de rastreabilidade.
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c Conforme a lista do Anexo A.

14 Requisitos aplicáveis à documentação de rastreabilidade


14.1 A documentação de rastreabilidade (3.11) deve acompanhar todas as etapas do gerenciamento
de resíduos, a partir do descarte (3.7) realizado pelo gerador até a destinação final (3.8).

14.2 A documentação de rastreabilidade (3.11) deve assegurar a identificação do resíduo a qualquer


tempo, indicando também todas as operações e operadores que estiveram envolvidos nas etapas
de seu gerenciamento (3.16).

14.3 As etapas e operações do gerenciamento de resíduos devem ser acompanhadas da documentação


de rastreabilidade (3.11) de maneira a atender às especificações e requisitos estabelecidos
em regulamentação ou em norma técnica específica sobre o tema.

14.4 Podem fazer parte da documentação de rastreabilidade documentos como romaneios, manifestos
de transporte, notas fiscais, recibos ou declarações de recebimento de carga de resíduos e certificado
de crédito de reciclagem.

14.5 Os responsáveis pelas etapas de gerenciamento devem verificar a documentação de rastreabilidade


emitida por seus contrapartes e, havendo divergências, contatá-los para averiguação e retificação.

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15 Status de não resíduo


15.1 Atribui-se o “status de não resíduo” a um resíduo que tenha sido submetido a uma operação
de valorização (3.52) que o converta em um produto para consumo, insumo ou matéria-prima.

15.2 A operação de valorização (3.52) na qual um resíduo é utilizado para a produção de um produto,
insumo ou matéria-prima (ver 15.1) deve atender a requisitos e especificações definidas e atestadas
ou pelo órgão regulador competente, ou por normas técnicas. Na ausência destes, tais requisitos
devem ser definidos e justificados pelos responsáveis técnicos participantes da cadeia de valor (3.5)
envolvida na produção e uso do resíduo, de forma a assegurar a proteção ao meio ambiente e à saúde
pública, com a devida anuência da autoridade competente.

15.3 O preparo (3.26) ou tratamento (3.51) de um resíduo não o converte em “não resíduo”, sendo
apenas uma etapa intermediária até sua destinação (3.8).

15.4 O processo que converta resíduo em material, substância, objeto ou bem a ser encaminhado para
uma operação que se enquadre nas tecnologias de destinação listadas no Anexo A.4 deve ser
considerado como uma etapa intermediária, sem que o resíduo se enquadre no “status de não
resíduo”. Este requisito não se aplica às tecnologias de reúso códigos RU-01 e RU-02 do Anexo A.4.

15.5 Consideram-se encerradas as etapas do gerenciamento do resíduo quando o mesmo atinge


o “status de não resíduo”.

15.6 A operação de valorização (3.52) na qual o resíduo vier a atender aos critérios do “status
de não resíduo” deve ser a responsável pela emissão do certificado de destinação do resíduo (3.6);
todas as operações predecessoras devem ser tratadas como etapas intermediárias.

16 Subprodutos
16.1 Um material, substância, objeto ou bem pode ser considerado um subproduto quando for
originado a partir de um processo de produção estabelecido dentro da área de operação de seu
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gerador e for comumente empregado como produto, insumo ou matéria-prima.

16.2 Os subprodutos devem atender aos requisitos e especificações definidas e atestadas ou pelo
órgão regulador competente, ou por normas técnicas. Na ausência destes, tais requisitos devem
ser estabelecidos e justificados pelos responsáveis técnicos participantes da cadeia de valor (3.5)
envolvida na produção e uso do subproduto, de forma a assegurar a proteção ao meio ambiente
e à saúde pública, com a devida anuência da autoridade competente.

17 Pontos de entrega voluntária (PEV), ecopontos e ecocentros


17.1 Os Pontos de Entrega Voluntária (PEV), ecopontos e ecocentros (3.25) devem ser projetados,
construídos, equipados e operados de modo ambientalmente adequado, a fim de evitar danos ou riscos
à saúde pública e ao meio ambiente.

17.2 Os PEV, ecopontos e ecocentros (3.25) devem possuir mecanismos de gerenciamento dos
resíduos (3.16) de maneira a assegurar:

a) Condições adequadas de armazenagem primária (3.4), de modo a evitar danos ou riscos à saúde
pública e ao meio ambiente;

b) a disponibilidade de informação documentada que registre a movimentação de entrada e saída


dos resíduos, estoques e demais operações realizadas na unidade.

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17.3 Os PEV, ecopontos e ecocentros (3.25) devem emitir o documento de rastreabilidade (3.11)
da movimentação de resíduos para cada carga de resíduos enviada para os operadores subsequentes
na cadeia de resíduos, dando início ao processo de rastreabilidade dos resíduos, e exercendo o papel
normalmente realizado pelo gerador.
17.4 No caso de PEV, ecopontos e ecocentros (3.25) instalados em estabelecimento/propriedade
de terceiros, devem ser claramente definidas as responsabilidades das partes envolvidas pelo
cumprimento dos requisitos estabelecidos nesta Parte da ABNT NBR 17100.
17.5 Os PEV, ecopontos e ecocentros (3.25) devem atender aos requisitos estabelecidos em norma
específica sobre o tema.

18 Relatórios e inventários de gerenciamento de resíduos


18.1 Os operadores que atuam na cadeia do gerenciamento de resíduos descrita na Figura 1 devem
periodicamente consolidar suas informações sobre geração/movimentação/armazenagem/preparo/destinação
ou disposição ambientalmente adequada dos resíduos no formato de relatórios ou inventários,
referentes a um período determinado (por exemplo, ano, mês, semestre, período específico etc.).
18.2 Convém que os relatórios e inventários consolidem as informações relacionadas na Tabela 2 que
se aplicarem especificamente ao gerenciamento de resíduos (3.16) de cada organização.
18.3 Os relatórios/inventários de gerenciamento de resíduos podem ser elaborados utilizando-se dos
registros e fontes de informação que possuem, sejam físicas ou digitais.

Tabela 2 – Informações dos relatórios e inventários de gerenciamento de resíduos (continua)


Relatórios e inventários de gerenciamento de resíduos
(informações referentes ao período coberto pelo relatório)
1 Geradores, inclusive PEV, ecopontos e ecocentros
1.1 Documentação de rastreabilidade dos resíduos, desde a origem até o destino final
Exemplar para uso exclusivo - NORTE ENERGIA S.A. - 12.300.288/0001-07

1.1 Relação dos resíduos gerados ou destinados


1.2 Código do resíduo conforme lista geral de resíduos sólidos a, d
1.3 Descrição do resíduo conforme lista geral de resíduos sólidos a, d
Quantidade destinada de cada resíduo c, d (expressas em massa, em toneladas ou quilogramas,
1.4
ou volume, em litros ou metros cúbicos)
1.5 Tecnologia de destinação final do(s) resíduo(s) ou disposição b, d
1.6 Número da autorização ambiental para destinação, se pertinente d
1.7 Identificação do destinador (razão social, CNPJ e endereço) d
1.8 Número da licença ambiental do Destinador d
1.9 Número/código dos certificados de destinação dos resíduos/disposição d
1.10 Identificação e assinatura do responsável técnico pelo relatório
2 Transportadores
2.1 Relação dos transportes realizados, com indicação dos documentos de rastreio de referência
2.2 Placa(s) do veículo (cavalo e carroceria) d
2.3 Datas dos transportes d
2.4 Número da autorização ambiental de transporte, se pertinente d
2.5 Identificação e assinatura do responsável técnico pelo relatório

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Tabela 2 (conclusão)
Relatórios e inventários de gerenciamento de resíduos
(informações referentes ao período coberto pelo relatório)
3 Armazenadores
3.1 Relação dos documentos de rastreio emitidos
Relação das movimentações de entrada e saída de resíduos no período (expressas em massa,
3.2
em toneladas ou quilogramas, ou volume, em litros ou metros cúbicos)
Estoques de resíduos na data do relatório/inventário (expressas em massa, em toneladas ou
3.3
quilogramas, ou volume, em litros ou metros cúbicos)
3.4 Código dos resíduos movimentados ou estocados, conforme lista geral de resíduos sólidos a, d
3.5 Descrição dos resíduos movimentados ou estocados, conforme lista geral de resíduos sólidos a, d
Identificação do destinador conforme documentação de rastreabilidade (razão social, CNPJ
3.6
e endereço) d
3.7 Identificação e assinatura do responsável técnico pelo relatório
4 Operadores de preparação/tratamento
4.1 Relação dos documentos de rastreio emitidos para as cargas de resíduos
Relação das movimentações de entrada e saída de resíduos no período c, d (expressas em massa,
4.2
em toneladas ou quilogramas, ou volume, em litros ou metros cúbicos)
Estoques de resíduos na data do relatório/inventário c, d (expressas em massa, em toneladas ou
4.3
quilogramas, ou volume, em litros ou metros cúbicos)
4.4 Código dos resíduos movimentados ou estocados, conforme lista geral de resíduos sólidos a, d
4.5 Descrição dos resíduos movimentados ou estocados, conforme lista geral de resíduos sólidos a, d
4.6 Tecnologia(s) de preparo aplicada(s) a cada resíduo b, d
Porcentagem de alteração da massa do resíduo com o tratamento, se ocorrido (indicar se houve
4.7
ganho ou perda) d
Exemplar para uso exclusivo - NORTE ENERGIA S.A. - 12.300.288/0001-07

4.8 Identificação do destinador conforme documentação de rastreio (razão social, CNPJ e endereço) d
4.9 Identificação e assinatura do responsável técnico pelo relatório
5 Destinadores
5.1 Relação dos documentos de rastreio das cargas de resíduos recebidas
Estoques de resíduos na data do relatório/inventário d (expressas em massa, em toneladas
5.2
ou quilogramas, ou volume, em litros ou metros cúbicos)
5.3 Código dos resíduos destinados ou estocados, conforme lista geral de resíduos sólidos a, d
5.4 Descrição dos resíduos destinados ou estocados, conforme lista geral de resíduos sólidos a, d
5.5 Tecnologia(s) de destinação final do(s) resíduo(s) ou disposição b, d
5.6 Número da autorização ambiental para destinação, se pertinente d
5.7 Número do certificado de destinação/disposição d
5.8 Identificação e assinatura do responsável técnico pelo relatório
a Ver a referência bibliográfica [8].
b Conforme lista do Anexo A.
c Indicar a massa ou volume de cada resíduo, relacionando-a ao respectivo número ou código do documento de rastreio.
d Informação deve estar vinculada ao respectivo número ou código do documento de rastreio.

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Anexo A
(normativo)

Relação de tecnologias de acondicionamento para o transporte,


armazenagem, preparo, destinação ou disposição de resíduos

A.1 Tecnologias de acondicionamento de resíduos


NOTA Terminologia conforme a ABNT NBR 9198.

Tecnologias de acondicionamento de resíduos


Código Tecnologia Código Tecnologia
AC01 A granel AC19 Contêiner
AC02 Caçamba fechada AC20 Saco plástico de uma camada
AC03 Caçamba aberta AC21 Saco plástico multicamadas
Tambor metálico com capacidade de 20 L AC22 Saco de tecidos
AC04
a 199 L, com tampa, não removível AC23 Gaiola metálica
Tambor metálico com capacidade de 20 L
AC05 AC24 Enfardado
a 199 L, com tampa, removível
Tambor plástico com capacidade de 20 L AC25 Cilindro
AC06
a 199 L, com tampa, não removível AC26 Caixa plástica
Tambor plástico com capacidade de 20 L AC27 Caixa de madeira
AC07
a 199 L, com tampa, removível AC28 Sobre paletes, sem embalagem
Exemplar para uso exclusivo - NORTE ENERGIA S.A. - 12.300.288/0001-07

Bombona plástica [IBC, Intermediate


AC29
Tambor metálico 200 L com tampa, Bulk Container]
AC08
fechado Bombona plástica com gaiola externa
AC30
[IBC Composto]
AC09 Tambor metálico 200 L, aberto Contentor móvel de plástico até 360 L
AC31
AC10 Tambor plástico 200 L com tampa, fechado (ABNT NBR 15911-2:2010)
AC11 Tambor plástico 200 L, aberto Contentor móvel de plástico de 660 L
Tambor metálico 201 L a 450 L com tampa, AC32 a 1.000 L
AC12
fechado (ABNT NBR 15911-3:2010)
AC13 Tambor metálico 201 L a 450 L, aberto Contentor móvel de plástico
Tambor plástico 201 L a 450 L com tampa, AC33 (ABNT NBR 15911-1:2010
AC14
fechado Versão Corrigida:2011)
AC15 Tambor plástico 201 L a 450 L, aberto Recipientes para RSS perfurantes
Tambor de fibra (madeira laminada, papel AC34 ou cortantes
AC16 (ABNT NBR 13853-1:2018)
ou papelão) com tampa, fechado
Tambor de fibra (madeira laminada, papel Tecnologia de acondicionamento não
AC17 AC35
ou papelão) aberto contemplada nos outros códigos (especificar)
AC18 Tanque portátil

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A.2 Tecnologias de armazenagem de resíduos


Tecnologias de armazenagem de resíduos
Tipo de piso/superfície da área de armazenagem Existência de sistema de contenção
Código Tecnologia Código Tecnologia
Construída/pavimentada com Dique ou bacia de contenção dimensionado
S01 D01
impermeabilização para contenção de vazamento
Construída / pavimentada sem D02 Dique ou bacia de contenção parcial
S02
impermeabilização D03 Sem dique de contenção
S03 Solo com Ka < 1,0 × 10-7 cm/s Existência de cobertura
S04 Solo com Ka > 1,0 × 10-7 cm/s Código Tecnologia
S05 Em lagoa, sem impermeabilização C01 Área coberta
Em lagoa, com revestimento C02 Área descoberta
S06
impermeabilizante Atendimento a normas
S07 Em lagoa, em solo com Ka < 1,0 × 10-7 cm/s N01 Conforme ABNT NBR 12235
a Coeficiente de permeabilidade determinado conforme N02 Conforme ABNT NBR 11174
a ABNT NBR 14545 N03 Conforme ABNT NBR 15112
N04 Conforme ABNT NBR 15113
N05 Outras normas (especificar)

A.3 Tecnologias de preparo/tratamento de resíduos para posterior destinação


Tecnologias de preparo/tratamento de resíduos para posterior destinação
Código Tecnologia Código Tecnologia
Encapsulamento/fixação química / Cominuição, trituração, moagem ou outro
TP01 TP10
Exemplar para uso exclusivo - NORTE ENERGIA S.A. - 12.300.288/0001-07

solidificação/vitrificação processo mecânico de redução de tamanho


TP02 Oxidação química TP11 Secagem
TP03 Oxidação de cianetos TP12 Filtragem
TP04 Neutralização/inertização TP13 Triagem/classificação
TP05 Detoxificação TP14 Mistura controlada/formação de blend
TP06 Precipitação TP15 Confinamento
TP07 Adsorção TP16 Tratamento biológico
TP08 Desmanche termoquímico TP17 Tratamento térmico
TP09 Autoclavagem Tecnologia de preparo não contemplada nos
TP18
outros códigos (especificar)

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A.4 Tecnologias de destinação


Tecnologias de destinação de resíduos
Código Tecnologia Código Tecnologia
Reutilização como insumo ou matéria-prima, RC14 Reciclagem de papéis
RU01
exceto para fins energéticos a RC15 Reciclagem de plásticos
RU02 Reutilização direta como produto a RC16 Reciclagem de metais
Recondicionamento ou remanufatura Reciclagem de outros materiais ou
RC17
RU03 (peças, componentes, etc.) para componentes orgânicos
reutilização Reciclagem de outros materiais ou
RC18
RU04 Reutilização para nutrição animal componentes inorgânicos
RC01 Regeneração de ácidos ou bases RE01 Coprocessamento em fornos de cimento
Regeneração de resinas trocadoras RE02 Recuperação energética em caldeiras
RC02
aniônicas/catiônicas Recuperação energética em fornos
RE03
RC03 Regeneração de carvão ativado industriais
RC04 Regeneração/recuperação de catalisadores Recuperação energética em plantas de
RE04
geração de energia
Regeneração/recuperação de
RC05 componentes usados na redução da RE05 Conversão via pirólise
poluição RE06 Conversão em gasogênio/metano
Reaproveitamento / regeneração de EL01 Incinerador hospitalar/de RSS
RC06
solventes EL02 Incineração (sem aproveitamento energético)
RC07 Rerrefino de óleo lubrificante usado EL03 Plasma térmico
Rerrefino de componentes a base de Queima a céu aberto devidamente
RC08 EL04
petróleo previamente utilizados autorizada b
Regeneração/descontaminação de óleos Tecnologia de destinação ambientalmente
RC09
isolantes DE01 adequada não contemplada nos outros
Exemplar para uso exclusivo - NORTE ENERGIA S.A. - 12.300.288/0001-07

Fertirrigação/aplicação em solo agrícola / códigos (especificar)


RC10
rochagem Tecnologia de eliminação ambientalmente
RC11 Compostagem/vermicompostagem EL05 adequada não contemplada nos outros
RC12 Recuperação por eletrólise códigos (especificar)

RC13 Landfarming b Condições excepcionais, como emergência sanitária


a Não se aplica a material, substância, objeto ou bem
reutilizado internamente no próprio processo em que
teve origem, portanto, sem configurar descarte e
geração de resíduo.

A.5 Tecnologias de disposição


Tecnologias de disposição
Código Tecnologia Código Tecnologia
DI01 Aterro sanitário (para RSU) DI03 Aterro industrial para resíduos não perigosos
Tecnologia de disposição final não
DI02 Aterro industrial para resíduos perigosos DI04
contemplada nos outros códigos (especificar)

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Anexo B
(informativo)

Relação entre os códigos desta Parte da ABNT NBR 17100-1


e os “códigos para armazenamento, tratamento, reutilização, reciclagem
e disposição final” do Anexo III da Resolução CONAMA 313/2002

B.1 Armazenamento
Tecnologia – Res. CONAMA Res. CONAMA
ABNT NBR 17100-1
313/2002 313/2002
Acondicionamento: tambor (AC04 a AC17)
Superfície: impermeável (S01)
Tambor em piso impermeável, área
Z01 S01 Sistema de contenção: -
coberta
Cobertura: coberta (C01)
Norma: -
Acondicionamento: tambor (AC04 a AC17)
Superfície: impermeável (S01)
Tambor em piso impermeável, área
Z11 S11 Sistema de contenção: -
descoberta
Cobertura: descoberta (C02)
Norma: -
Acondicionamento: tambor (AC04 a AC17)
Superfície: solo (S03 a S04)
Tambor em solo, área coberta Z21 S21 Sistema de contenção: -
Cobertura: coberta (C01)
Norma: -
Exemplar para uso exclusivo - NORTE ENERGIA S.A. - 12.300.288/0001-07

Acondicionamento: tambor (AC04 a AC17)


Superfície: solo (S03 a S04)
Tambor em solo, área descoberta Z31 S31 Sistema de contenção: -
Cobertura: descoberta (C02)
Norma: -
Acondicionamento: granel (AC01)
Superfície: impermeável (S01)
A granel em piso impermeável, área
Z02 S02 Sistema de contenção: -
coberta
Cobertura: coberta (C01)
Norma: -
Acondicionamento: granel (AC01)
Superfície: impermeável (S01)
A granel em piso impermeável, área
Z12 S12 Sistema de contenção: -
descoberta
Cobertura: descoberta (C02)
Norma: -
Acondicionamento: granel (AC01)
Superfície: solo (S03 a S04)
A granel em solo, área coberta Z22 S22 Sistema de contenção: -
Cobertura: coberta (C01)
Norma: -

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Tecnologia – Res. CONAMA Res. CONAMA


ABNT NBR 17100-1
313/2002 313/2002
Acondicionamento: granel (AC01)
Superfície: solo (S03 a S04)
A granel em solo, área descoberta Z32 S32 Sistema de contenção: -
Cobertura: descoberta (C02)
Norma: -
Acondicionamento: caçamba fechada (AC02)
Superfície: -
Caçamba com cobertura Z03 S03 Sistema de contenção: -
Cobertura: -
Norma: -
Acondicionamento: caçamba aberta (AC03)
Superfície: -
Caçamba sem cobertura Z13 S13 Sistema de contenção: -
Cobertura: -
Norma: -
Acondicionamento: tanque (AC18)
Superfície: -
Sistema de contenção: com contenção (D01 ou
Tanque com bacia de contenção Z04 S04
D02)
Cobertura: -
Norma: -
Acondicionamento: tanque (AC18)
Superfície: -
Tanque sem bacia de contenção Z14 S14 Sistema de contenção: sem contenção (D03)
Cobertura: -
Norma: -
Acondicionamento: bombona (AC29 ou AC30)
Superfície: impermeável (S01)
Bombona em piso impermeável, área
Exemplar para uso exclusivo - NORTE ENERGIA S.A. - 12.300.288/0001-07

Z05 S05 Sistema de contenção: -


coberta
Cobertura: coberta (C01)
Norma: -
Acondicionamento: bombona (AC29 ou AC30)
Superfície: impermeável (S01)
Bombona em piso impermeável, área
Z15 S15 Sistema de contenção: -
descoberta
Cobertura: descoberta (C02)
Norma: -
Acondicionamento: bombona (AC29 ou AC30)
Superfície: solo (S03 a S04)
Bombona em solo, área coberta Z25 S25 Sistema de contenção: -
Cobertura: coberta (C01)
Norma: -
Acondicionamento: bombona (AC29 ou AC30)
Superfície: solo (S03 a S04)
Bombona em solo, área descoberta Z35 S35 Sistema de contenção: -
Cobertura: descoberta (C02)
Norma: -

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ABNT NBR 17100-1:2023

Tecnologia – Res. CONAMA Res. CONAMA


ABNT NBR 17100-1
313/2002 313/2002
Acondicionamento: granel (AC01)
Superfície: lagoa impermeabilizada (S06)
Lagoa com impermeabilização Z09 S09 Sistema de contenção: -
Cobertura: -
Norma: -
Acondicionamento: granel (AC01)
Superfície: lagoa sem impermeabilização (S05)
Lagoa sem impermeabilização Z19 S19 Sistema de contenção: -
Cobertura: -
Norma: -
Outros sistemas (especificar) S08 -

B.2 Tratamento (de acordo com a Resolução CONAMA 313/2002)


Tecnologia - Res. CONAMA Res. CONAMA
ABNT NBR 17100-1
313/2002 313/2002
EL01 (incinerador hospitalar/de RSS) ou EL02
Incinerador T01
(incineração sem aproveitamento energético)
EL01 (incinerador hospitalar / de RSS) ou EL02
Incinerador de câmara T02
(incineração sem aproveitamento energético)
EL04 (queima a céu aberto devidamente
Queima a céu aberto T05
autorizada)a
DE01 (tecnologia de destinação
Detonação T06 ambientalmente adequada não contemplada
nos outros códigos (especificar)
Oxidação de cianetos T07 TP03 (oxidação de cianetos)
Exemplar para uso exclusivo - NORTE ENERGIA S.A. - 12.300.288/0001-07

Encapsulamento/fixação química ou TP01 (encapsulamento/fixação química/


T08
solidificação solidificação/vitrificação)
Oxidação química T09 TP02 (oxidação química)
Precipitação T10 TP06 (precipitação)
Detoxificação T11 TP05 (detoxificação)
Neutralização T12 TP04 (neutralização / inertização)
Adsorção T13 TP07 (adsorção)
Tratamento biológico T15 TP16 (tratamento biológico)
Compostagem T16 RC11 (compostagem/vermicompostagem)
Secagem T17 TP11 (secagem)
Landfarming T18 RC13 (landfarming)
Plasma térmico T19 EL03 (plasma térmico)
DE01 (tecnologia de destinação
Outros tratamentos (especificar) T34 ambientalmente adequada não contemplada
nos outros códigos (especificar)
a Condições excepcionais, como emergência sanitária.

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B.3 Reutilização/reciclagem/recuperação (de acordo com a Resolução


CONAMA 313/2002)
Tecnologia - Res. CONAMA Res. CONAMA
ABNT NBR 17100-1
313/2002 313/2002
RU01 (reutilização como insumo
Utilização em forno industrial (exceto ou matéria-prima, exceto para fins energéticos
R01
em fornos de cimento) ou RE03 (recuperação energética
em fornos industriais)
Utilização em caldeira R02 RE02 (recuperação energética em caldeiras)
Coprocessamento em fornos de
R03 RE01 (coprocessamento em fornos de cimento)
cimento
Formulação de “blend” de resíduos R04 TP14 (mistura controlada / formação de blend)
Utilização em formulação de RU01 (reutilização como insumo
R05
micronutrientes ou matéria-prima, exceto para fins energéticos)
RC10 (fertirrigação/aplicação em solo
Incorporação em solo agrícola R06
agrícola/rochagem)
RC10 (fertirrigação/aplicação em solo
Fertirrigação R07
agrícola/rochagem)
Ração animal R08 RU04 (reutilização para nutrição animal)
RC06 (reaproveitamento/regeneração
Reprocessamento de solventes R09
de solventes)
Rerrefino de óleo R10 RC07 (rerrefino de óleo lubrificante usado)
RC17 (Reciclagem de outros materiais
Reprocessamento de óleo R11
ou componentes orgânicos)
Utilizar código da atividade intermediária
Sucateiros intermediários R12
de armazenagem
Exemplar para uso exclusivo - NORTE ENERGIA S.A. - 12.300.288/0001-07

Reutilização/reciclagem / recuperação RU01 (reutilização como insumo


R13
internas ou matéria-prima, exceto para fins energéticos)
DE01 [tecnologia de destinação
Outras formas de reutilização /
R99 ambientalmente adequada não contemplada
reciclagem / recuperação (especificar)
nos outros códigos (especificar)]

B.4 Disposição (de acordo com a Resolução CONAMA 313/2002)


Tecnologia - Res. CONAMA Res. CONAMA
ABNT NBR 17100-1
313/2002 313/2002
DI04 (Tecnologia de disposição não contemplada
Infiltração no solo B01
nos outros códigos (especificar))
Aterro municipal B02 DI01 (aterro sanitário para RSU)
DI02 (aterro industrial para resíduos perigosos)
Aterro industrial próprio B03 / B04 ou DI03 (aterro industrial para resíduos não
perigosos)
DI02 (aterro industrial para resíduos perigosos)
Aterro Industrial Terceiros B03 / B04 ou DI03 (aterro industrial para resíduos não
perigosos)

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Tecnologia - Res. CONAMA Res. CONAMA


ABNT NBR 17100-1
313/2002 313/2002
não é considerada destinação ambientalmente
Lixão Municipal -
adequada por esta Parte da ABNT NBR 17100-1
não é considerada destinação ambientalmente
Lixão Particular -
adequada por esta Parte da ABNT NBR 17100-1
Rede de Esgoto B20 -
DI04 (Tecnologia de disposição não contemplada
Outras (especificar) B30
nos outros códigos (especificar))
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Anexo C
(informativo)

Relação entre os códigos desta Parte da ABNT NBR 17100-1 e a “lista


de operações de destinação” do Anexo II da Instrução Normativa IBAMA
01/2013 (CNORP)

C.1 Operações de tratamento e disposição


Tecnologia - Instrução Normativa Cód. IN IBAMA
ABNT NBR 17100-1
IBAMA 01/2013 01/2013
Distribuição ordenada no solo,
em profundidade ou à superfície
(por exemplo, aterro sanitário
D1 DI01 (aterro sanitário para RSU)
para resíduos sólidos urbanos ou
resíduos dos serviços públicos de
saneamento básico etc.)
Tratamento em solo (por exemplo,
landfarming, biodegradação de
D2 RC13 (landfarming)
resíduos líquidos ou lamacentos no
solo etc.)
Injeção profunda (por exemplo,
injeção de resíduos bombeáveis DI04 (Tecnologia de disposição final não
D3
em poços, formações salinas ou contemplada nos outros códigos - especificar)
depósitos de ocorrência natural, etc.)
Confinamento superficial (por
Exemplar para uso exclusivo - NORTE ENERGIA S.A. - 12.300.288/0001-07

exemplo, lagoas de tratamento ou


depuração, bacias de decantação
TP01 (encapsulamento) ou AC01+(S05, S06 ou
de resíduos industriais ou de D4
S07) (armazenamento em lagoas)
mineração, depósito de resíduos
líquidos ou lamacentos em covas,
tanques ou lagoas etc.)
Aterramentos especialmente
projetados (por exemplo, aterros
DI02 (aterro industrial para resíduos perigosos)
sanitários industriais, ou em
D5 ou DI03 (aterro industrial para resíduos
compartimentos separados,
não perigosos)
revestidos, tampados e isolados uns
dos outros e do meio ambiente etc.)
Lançamento em corpos de água,
com exceção dos mares e dos D6a -
oceanos
Lançamento em mares e/ou
DI04 (Tecnologia de disposição final não
oceanos, inclusive inserções nos D7a
contemplada nos outros códigos - especificar)
leitos dos mares

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ABNT NBR 17100-1:2023

Tecnologia - Instrução Normativa Cód. IN IBAMA


ABNT NBR 17100-1
IBAMA 01/2013 01/2013
Tratamento biológico não
especificado em outra parte desta
lista que produzam compostos
ou misturas finais que sejam D8 TP16 (tratamento biológico)
eliminadas por meio de quaisquer
das operações de tratamento e de
disposição
Tratamento físico-químico não
especificado em qualquer outra parte
desta lista que produzam compostos
TP01 (encapsulamento/fixação química/
ou misturas finais rejeitadas por meio
solidificação/vitrificação); TP11 (secagem);
de qualquer uma das operações
TP04 (neutralização); TP06 (precipitação); TP03
de tratamento e de destinação (por D9
(oxidação de cianetos) ou TP18 (tecnologia
exemplo, evaporação, secagem,
de preparo/ tratamento não contemplada nos
calcinação, neutralização,
outros códigos)
precipitação, oxidação de cianetos,
encapsulamento, fixação química,
solidificação ou vitrificação etc.)
Incineração sobre o solo (por
EL01 (incinerador hospitalar/de RSS); EL02
exemplo, tratamentos térmicos, sem
D10 [incineração (sem aproveitamento energético)]
reaproveitamento energético, plasma
ou EL03 (plasma térmico)
térmico etc.)
Incineração no mar D11 -
Armazenamento permanente (por
exemplo, obras de engenharia Qualquer das combinações dos itens A.1 e A.2
D12
permanentes ou armazenamento de do Anexo A desta norma
contêineres em uma mina, etc.)
a Tecnologias de disposição proibidas, de acordo com o Anexo II da IN IBAMA 01/2013.
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C.2 Operações de reciclagem


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ABNT NBR 17100-1
IBAMA 01/2013 01/2013
Utilização como combustível RE01 (coprocessamento em fornos de cimento);
(mas não incineração direta) ou RE02 (recuperação energética em caldeiras);
outros meios de gerar energia (por R1 RE03 (recuperação energética em fornos
exemplo, coprocessamento em industriais) ou RE04 (recuperação energética
fornos de cimento etc.) em plantas de geração de energia)
Reaproveitamento/regeneração de RC06 (reaproveitamento/regeneração
R2
solventes de solventes)
Reciclagem/reaproveitamento de
substâncias orgânicas que não
sejam usadas como solventes RC11 (compostagem/vermicompostagem);
(por exemplo, processos de RE05 (conversão via pirólise); RE06 (conversão
R3
compostagem, de digestão em gasogênio / metano) ou RC17 (reciclagem
anaeróbia, biogasificação ou de outros materiais ou componentes orgânicos)
metanização, desvulcanização da
borracha etc.)

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Tecnologia - Instrução Normativa Cód. IN IBAMA


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IBAMA 01/2013 01/2013
Reciclagem/reaproveitamento de
R4 RC16 (reciclagem de metais)
metais e compostos metálicos
Reciclagem/reaproveitamento de RC18 (reciclagem de outros materiais
R5
outros materiais inorgânicos ou componentes inorgânicos)
Regeneração de ácidos ou bases R6 RC01 (regeneração de ácidos ou bases)
Recuperação de componentes RC05 (regeneração/recuperação de
R7
usados na redução da poluição componentes usados na redução da poluição)
Recuperação de componentes de RC04 (regeneração/recuperação
R8
catalisadores de catalisadores)
Rerrefinamento de petróleo usado
RC08 (rerrefino de componentes à base
ou outras reutilizações de petróleo R9
de petróleo previamente utilizados)
previamente usado
Tratamento de solo que produza
benefícios para a agricultura ou RC10 (fertirrigação/aplicação em
R10
melhoras ambientais (por exemplo, solo agrícola/rochagem) ou RC13 (landfarming)
fertirrigação etc.)
Utilização de materiais residuais
obtidos a partir de qualquer das
R11 -
operações relacionadas
de R1 a R10
Intercâmbio de resíduos para
submetê-los a qualquer das
operações relacionadas de
Qualquer dos códigos de tratamento (Anexo A,
R1 a R11 (por exemplo, pré- R12
item A.3)
processamento de resíduos com
vista a submetê-los a uma das
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operações de reciclagem)
Acumulação de material que se
pretenda submeter a qualquer
das operações de reciclagem Quaisquer códigos da atividade intermediária de
R13
(por exemplo, armazenamento armazenagem (Anexo A, itens A.1 e A.2)
temporário de resíduos destinados a
uma das operações de reciclagem)

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ABNT NBR 17100-1:2023

Bibliografia

[1]  ABNT NBR 9198, Embalagem e acondicionamento – Terminologia

[2]  ABNT NBR 12807, Resíduos dos serviços de saúde – Terminologia

[3]  ABNT NBR 16849, Resíduos sólidos urbanos para fins energéticos – Requisitos

[4]  ABNT NBR 17021, Resíduos sólidos perigosos para fins energéticos – Requisitos

[5]  ABNT NBR ISO 20121, Sistemas de gestão para sustentabilidade de eventos – Requisitos com
orientações de uso

[6]  Lei 12.305/2010, Política Nacional de Resíduos Sólidos

[7]  Lei 11.445/2007 e suas alterações, diretrizes nacionais para o saneamento básico e para
a política federal de saneamento básico

[8]  Instrução Normativa IBAMA nº 13, de 18 de dezembro de 2012 (Lista Brasileira de Resíduos Sólidos)

[9]  Resolução CONAMA nº 358, de 29 de Abril de 2005

[10]  Resolução CONAMA nº 313, de 29 de Outubro de 2002

[11]  Instrução Normativa IBAMA nº 1, de 25 de Janeiro de 2013

[12]  Lei 14.026, de 15 de Julho de 2020


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[13]  Decreto 7.217, de 21 de Junho de 2010

[14]  United Nations, 2012. The Corporate Responsibility to Respect Human Rights: an Interpretive Guide

[15]  Resolução ANM 85, de 2 de dezembro de 2021

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