Você está na página 1de 1

VIVENDO AS MARGENS

Patrícia Rodrigues Costa

A cidade de Belo Horizonte faz parte da bacia do Rio das Velhas, nela tem duas sub – bacias
que abastecem a cidade, sendo o Ribeirão Arrudas e a do Ribeirão Onça. Essa segunda é um
curso de água que percorre também a cidade de Contagem, numa extensão total de 36,8 KM e
numa área de 212 KM². Na bacia do Ribeirão Onça vive entorno de 1.000.000 de pessoas e a
sua ocupação irregular teve início no ano de 1960 no Parque Industrial em Contagem, tal fato
contribuiu para a degradação dos seus afluentes. A bacia do Ribeirão Onça desagua na bacia do
Rio das Velhas e hoje é o maior poluidor do Rio das Velhas.

O foco desse trabalho corresponde ao trecho do Ribeirão Onça onde estão localizados os
bairros Ribeiro de Abreu, Novo Aarão Reis e Ouro Minas, na cidade de Belo Horizonte. Essa
área vem sendo ocupada há décadas de forma desordenada por uma população de baixa renda
e devido à proximidade com o rio, durante o período chuvoso sofrem com constantes
inundações. Atualmente o trecho é objeto de intervenção do empreendimento PAC 03 Bacias
que visa remover as famílias de área de risco, o empreendimento contempla ainda atividades de
educação ambiental e patrimonial, geração de trabalho e renda com a comunidade. Devido à
atuação do poder público, a área está em processo de transformação, pois têm ocorrido
mudanças das famílias desse local, demolições dos imóveis desocupados, processos de
recuperação da mata ciliar, além de novas formas de ocupação coletiva desses espaços pelos
moradores.

O intuito desse trabalho é mostrar a vida das pessoas que moram as margens do Ribeirão Onça
e ações realizadas na área pela própria comunidade, como também pelo poder público. Apesar
de poluído, o Ribeirão Onça é um lugar de beleza extraordinária, contudo, devido ao lixo, as
construções precárias e o sofrimento de uma população com a falta de saneamento básico, com
a falta de emprego e com a fome, essa beleza fica perdida em meio ao caos. O objetivo do
projeto é mostrar que a natureza persiste ao meio urbano e ao crescimento desordenado da
cidade, além do cotidiano de uma população que vive as margens do ribeirão e as margens da
sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

https://manuelzaovaiaescola.files.wordpress.com/2013/02/cartilha-onc3a7a.pdf

http://aspta.org.br/wp-content/uploads/2012/10/artigo-3.pdf

Você também pode gostar