Você está na página 1de 6

GERÊNCIA DE FOMENTO À AGROECOLOGIA, AGRICULTURA FAMILIAR E URBANA

Regimento Interno Unidade Produtiva

Unidade Produtiva:
Endereço:
Agricultor de referência: Contato:

 Artigo 1 – Introdução:

Unidades Produtivas Agroecológicas são espaços de cultivo que tem o objetivo de promover a
produção de alimentos saudáveis, a geração de renda e o desenvolvimento local sustentável,
contribuindo para a segurança alimentar e nutricional da população e para potencializar a
coletividade nas comunidades.

O presente regimento estabelece os acordos de participação/utilização das Unidades


Produtivas coletivas e comunitárias e de território de tradição. A Subsecretaria de Segurança
Alimentar e Nutricional – SUSAN, por meio da Gerência de Fomento à Agricultura Familiar e
Urbana – GEFAU, incentiva a implantação e manutenção de unidades produtivas
agroecológicas de agricultura urbana, fornecendo capacitação técnica e insumos.

Para implantação das unidades produtivas agroecológicas é importante compreender que


agroecologia tem como base a sistematização e consolidação de saberes e práticas tradicionais
e/ou científicas, visando à promoção da agricultura ambientalmente sustentável, com ações
que contribuem para uma produção que não prejudique o meio ambiente e/ou que consiga
recuperá-lo de certa forma, economicamente eficiente e socialmente justa.

 Artigo 2 – Atribuições da GEFAU:


 Reuniões para esclarecimento do serviço de fomento aos sistemas agroecológicos pela
SUSAN;
 Planejamento das ações de fomento;
 Oferta de oficinas e orientação técnica para o preparo da área e plantios;
 Possível fornecimento de materiais para o cercamento, conforme a necessidade e
disponibilidade;
 Possível fornecimento de ferramentas, conforme a necessidade e disponibilidade,
porém as operações de limpeza, nivelamento, revolvimento, e preparo do solo e
implantação do sistema produtivo (horta, agrofloresta, entre outros) são de
responsabilidade do coletivo;
 Possível fornecimento de sementes, mudas e adubo orgânico, conforme a necessidade
e disponibilidade;
 Preparação da área e plantios se dá através de mutirões comunitários acompanhados
e conduzidos pela equipe técnica da GEFAU e se caracterizam também como
atividades de formação;
 Artigo 3 – Atribuições do Coletivo:
 Utilizar e zelar pelas boas condições de salubridade e segurança da unidade produtiva;
 Manter boas condições de higiene e salubridade dos equipamentos de uso comum;
 Utilizar racionalmente os recursos oferecidos, incluindo a água;
 Respeitar as recomendações e indicações prestadas pelos técnicos da GEFAU;
 Informar ao técnico da GEFAU de eventuais irregularidades que impliquem o não
cumprimento dos direitos e responsabilidades dos agricultores;
 Usar o espaço de forma organizada e sensata, respeitando as regras e condutas para
uma saudável convivência coletiva;
 Tornar o espaço produtivo dentro dos princípios agroecológicos;
 O(a) responsável por um canteiro terá a autonomia de plantar o que desejar, desde
que seja de porte, quando adulto, adequado para o espaço destinado.
 Deverá colher sua hortaliça/ verdura no prazo correto, evitando que ela estrague no
canteiro;
 Cada canteiro receberá uma placa de identificação visível;
 Será de responsabilidade do agricultor suprir com mudas, sementes e implementos
manuais, como também com a adubação que se fizer necessária, para prosperar a
cultura da sua área;
 Cada responsável irá, à princípio, colher produtos somente do seu canteiro, salvo
houver acordo entre responsáveis interessados;
 Se após um período de 30 (trinta) dias da concessão, um canteiro não receber o devido
cuidado pelo(a) responsável, este(a) será avisado(a) para prestar o zelo necessário
para continuar com o usufruto da área;
 A entrada na Horta Comunitária é de responsabilidade de cada agricultor que possuirá
sua chave; Cópia da chave também de sua inteira responsabilidade;
 Após preenchimento de todas as vagas, havendo mais interessados, estes ficarão em
um fila de espera;
 O responsável do canteiro deverá manter os corredores sempre limpos e sem mato;
 Comparecer a pelo menos uma reunião ao mês caso tenha mais encontros ao longo
desse período;
 Estar disponível para os mutirões necessários para manter o ambiente bem produtivo
e organizado;
 Contribuir com um fundo de arrecadação para manutenção da horta, valor estipulado
pelo coletivo;
 Em caso de substituição de um equipamento será feito um rateio com todos os
agricultores;
 Menor de idade para acessar a horta somente acompanhada de um adulto
responsável pelo mesmo;

 Artigo 4 – Principais ações que não são permitidas na UP:


 Praticar atos contrários às ordens públicas e aos interesses dos agricultores;
 Cultivar toda e qualquer cultura ilícita;
 Criar animais doméstico;
 Desviar recursos doados à horta para outros espaços ou outras atividades;
 Usar de insumos que não são permitidos na produção orgânica e agroecológica;
 Comunicar de maneira violenta e desrespeitosa aos técnicos da GEFAU e aos
agricultores;
 Realizar comércio de culturas vegetais oriundas de espaços exteriores à unidade
produtiva agroecológica que impossibilite o rastreamento e a confirmação da
procedência;
 Usar Agrotóxicos, “remédio, defensivo agrícola…”, no combate de pragas e doenças ou
herbicidas para o controle do mato;
 Usar adubos sintéticos (NPK), estas substâncias em seu processamento geram
poluentes e também seu uso acidifica o solo;
 Desviar os itens doados pela Prefeitura de Belo Horizonte como: ferramentas, adubos
orgânicos, mudas, etc. (que são de uso exclusivo na UP);
 Pernoitar na UP;

 Artigo 5 – Objetivo:
 Pretende-se com a implantação de Unidades Produtivas de Agroecologia, Agricultura
Urbana e Familiar:
 Produzir de forma agroecológica, harmoniosa e sustentável com a utilização de
práticas adequadas e conscientes de cultivo, conservando e recuperando recursos
naturais, melhorando a biodiversidade do solo nos sistemas de produção;
 Produzir de forma coletiva e individual segundo os princípios da produção
agroecológica;
 Proporcionar aos agricultores, bem como à comunidade local e adjacências, o acesso e
consumo a alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos, promovendo a segurança
alimentar e nutricional;
 Promover a inclusão social, a ocupação de mão de obra Produtiva e/ou terapêutica,
proporcionando um modo de geração de renda às pessoas envolvidas e, ao mesmo
tempo, um espaço de convivência e terapia aos que assim necessitarem obedecidos os
critérios contidos neste regimento;
 Contribuir para a melhoria da qualidade de vida da comunidade local através da
proteção ambiental e preservação da área verde e sua progressiva diversificação como
fundamento para constituição de um espaço sustentável do ponto de vista ambiental e
social;
 Promover a integração e a união entre os participantes da horta, cultivando, além dos
produtos agrícolas, valores como respeito, disciplina, solidariedade dentre outros;
 Implantar um espaço de trabalho e convivência que viabilize a disseminação de
práticas pedagógicas, intercâmbio de conhecimentos e saberes dentro da temática da
agroecologia e educação ambiental;
 Fortalecer a união dos participantes por meio do desenvolvimento das capacidades
empreendedoras;
 Buscar de forma incessante a melhoria da qualidade da produção e dos recursos
naturais;

 Artigo 6 – Utilização da área destinada para horta comunitária:


 O terreno onde a horta comunitária será implantada é de propriedade da Prefeitura
Municipal de Belo Horizonte e sua utilização será para fins de exploração agrícola
podendo ser requerida de acordo com o interesse do município a qualquer momento;
 As atividades relacionadas à criação de animais deverão ser encaminhadas por meio
de projeto detalhado e simplificado à Prefeitura Municipal de Belo Horizonte para
análise;
 Os espaços selecionados serão destinados para a produção familiar sendo estas
previamente cadastradas;
 Não será permitida a realização de qualquer tipo de construção para benefício próprio
e/ou individual na área da horta;
 O espaço explorado destinado à horta comunitária terá como sua principal finalidade a
produção agropecuária e seu excedente poderá ser comercializado;
 É proibida a construção de estruturas que se configurem moradias, as estruturas de
apoio não podem conter paredes laterais, sejam elas de alvenaria, tapumes ou
qualquer outro material que sirva de proteção lateral.
 As estruturas de apoio com paredes laterais somente serão permitidas se realizadas
pela prefeitura de Belo Horizonte ou previamente autorizadas pelo município.

 Artigo 7 – Da participação na Horta Comunitária:


 A participação de novos agricultores na horta comunitária acontecerá quando o
agricultor interessado realizar contato com o Grupo Gestor da UP manifestando seu
desejo/objetivo e realizar uma inscrição; todo o coletivo da UP deverá estar de acordo
e explicar sobre as normas e regras de utilização do espaço e convivência; após
autorização do Grupo, o agricultor interessado deverá ser encaminhado a GEFAU
(Gerência de Fomento à Agroecologia, Agricultura Familiar e Agricultura Urbana) para
orientações gerais e preenchimento do cadastro;
 Em caso de não haver área disponível para cultivo no momento da inscrição, o
agricultor interessado será incluído em uma lista de espera e respeitará a ordem de
acordo com a data de inclusão da solicitação;

 Artigo 8 – Da Produção:
 Valores para venda de produtos dentro da horta somente com preço único para todos,
a ser definido em comum acordo;

 Artigo 9 - Da Comercialização por intermédio da SUSAN:


 Para a comercialização de produtos em feiras, lojas, dentre outros, na impossibilidade
de uma comercialização conjunta, será então permitida a participação individual ao
referido sistema, conforme edital da SUSAN para a Feira de Agricultura Urbana;

 Artigo 10 - Da Gestão, composição do grupo gestor, funcionamento e expediente da


Horta Comunitária:
 A Unidade Produtiva deverá ser gerida a pôr um Grupo Gestor, composto por 03 e/ou
04 agricultores participantes da horta comunitária e através de votação do coletivo;
 Poderão participar da composição do Grupo Gestor, maiores de 18 anos;
 O Grupo Gestor poderá buscar outras formas de captação de recurso, sejam estes
através de campanhas comunitárias, bazares, leilões, parcerias, dentre outras
aprovadas pelo grupo;
 O Grupo Gestor ficará responsável pela guarda dos documentos de registro como atas,
prestações de contas, equipamentos coletivos;

 Artigo 11 – Dos Direitos:


 É direito do agricultor interessado em participar da horta comunitária realizar o
cadastro na lista de espera com o Grupo Gestor;
 É direito dos agricultores da horta comunitária contar com a ajuda de membros da sua
unidade familiar no manejo diário da produção e comercialização, desde que estes
respeitem os demais sistemas produtivos e agricultores participantes do projeto;
 É direito de todos os agricultores membros da horta comunitária fazer uso do direito
de voz e voto quanto às decisões a serem tomadas nas reuniões;
 É direito de todos os agricultores membros da horta comunitária candidatar-se para
composição do Grupo Gestor, respeitando a temporalidade do mandato;
 Os participantes poderão contratar ajudantes para o manejo da produção e
comercialização em casos justificados e de caráter provisório, previamente acordado e
referendado pelo Grupo Gestor;

 Artigo 12 – Dos Deveres:

CABE AOS AGRICULTORES PARTICIPANTES DA HORTA COMUNITÁRIA:

 Respeitar este regulamento e demais decisões advindas do Grupo Gestor, da GEFAU e


SUSAN;
 Tratar com urbanidade e respeito os membros participantes da horta comunitária
assim como os demais visitantes e colaboradores;
 Respeitar a área limite destinada à sua unidade de produção individual;
 Fazer uso de práticas agroecológicas no processo produtivo, sem uso de agrotóxicos,
fertilizantes sintéticos e demais produtos que prejudiquem a flora e fauna locais;
 Fazer o uso racional de água para irrigação;
 Participar das reuniões convocadas pelo Grupo Gestor e GEFAU;
 Respeitar as ações coletivas de produção e comercialização previamente estabelecidas
e referendadas pelo Grupo Gestor;
 Usar de forma consciente os insumos disponibilizados à horta comunitária;
 Comunicar formalmente a sua desistência junto ao Grupo Gestor da horta comunitária
mesmo estando somente cadastrado da lista de espera;
 Os agricultores deverão manter as áreas de manipulação de produtos e
armazenamento de insumos sempre limpas;
 Os agricultores não deverão deixar lixos e materiais espalhados no espaço da horta;
 Os agricultores deverão manter o cuidado e a conservação de ferramentas;

 Artigo 13 - Das Receitas e Despesas:


 Contribuir com um fundo de arrecadação para manutenção da horta, valor definido
pelo coletivo;

 Artigo 14 – Das Penalidades:


 Após 30 (trinta) dias do aviso o(a) responsável não tomar as devidas providências, ou
se este(a) se manifestar que não quer continuar com o seu canteiro, o mesmo será
declarado vago e à disposição do(a) próximo(a) interessado(a);

 Artigo 15 – Disposições Finais:


 Entende-se como unidade coletiva de produção aquele espaço disponibilizado para a
exploração conjunta com os participantes da horta comunitária;
 Entende-se por ações coletiva todas aquelas atividades que contam com a participação
de todos os membros que compõem a horta comunitária;

Este regulamento entrará em vigor a partir da data de sua aprovação e deverá ser assinado por
todos.

Belo Horizonte MG, _____de _______________de 2022.

Agricultores:

1-
2-
3-
4-
5-
6-
7-
8-
9-
10-
11-
12-
13-
14-
15-

Você também pode gostar