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Carla Machado, Miguel Goncalves, Leandro Almeida & Mario R. Simées, Eds. INSTRUMENTOS E CONTEXTOS DE AVALIAGAO PSICOLOGICA vou.i Este volume inclui textos relativos a catorze instrumentos de avalia- ao, abrangendo éreas diversificadas do funcionamento psicoldgico que ao desde a esfera cognitiva (Figura Complexa de Rey, Teste de Afasia de Aachen, Bateria de Provas de Raciocinio) até ao dominio emocional (Undice de Satisfagao com a Vida, Questionério de Competéncia Emocio- nal), social (Entrevista para avaliagac do apoio social em crianas e jovens) ecomportamental (Escalas de Comportamento para a Idade Pré-escolar). Relativamente aos dominios de aplicagao da Psicologia, encontramos tex- tos sobre instrumentos relevantes na drea clinica (Inventério para avaliar a vineulagao nas relagdes intimas durante a idade adulta, Questionério do Comportamento Alimentar da Crianca, Inventério de Evitamento de Young-Rygh), educacional (Questiondrio de Satisfagao Académsico, Inven- tario de Auto-Regulacao da Aprendizagem), organizacional (Escala de Compromisso Organizacional) e da justica (Inventirio de Conflitos nas Relagoes de Namoro entre Adolescentes). Deve acrescentar-se que as 14 provas aqui apresentadas explicitam um investimento nacional relevante na investigacao sobre os métodos de suporte 4 avaliagao psicol6gica. A ALMEDINA série INSTRUMENTOS DE AVALIACKO INVENTARIO DE EVITAMENTO DE YOUNG-RYGH (YRAD! ‘Canouina Dat’ AnroMta DA MorTA, ‘Dante Ruo e Jost Pavro Govern 1. Indieagées 1.1, Dimensoes avaliadas Este inventério permite avaliar a intensidade com que individuos utiliza estratégias de evitamento de natureza comportamental, cognitiva ‘e emocional.. 1.2. Populagdes alvo 0 instrumento pode ser uilizado com adultos da populagio geral & com doentes do foro psiquidtrico. 2. Historia Inventério de Evitamento de Young-Rygh (Young-Rygh Avoidance Inventory ~ YRAI, Young & Rygh, 1994; versdo portuguesa revista de 1 ste estudo foi desenvotvido no ambito do projecto “Estruturas Cognitvas [Nacleares, Psicopatologia Sintomtica e Perturbasdes da Personalidade” (POCUPSU (609542004), financiedo pela Fundagio para a Ciéncia e Tecnologia, 200 Insorumentos ¢ Contexios de Avaliagdo Pscoligica Pinto Gouveia, Fonseca, & Salvador, 2003), foi desenvolvido a parti da constatago de que existem diversos tipos de processos de evitamento associados & psicopatologia. 0 YRAI foi inicialmente desenvolvido com ‘um conjunto de outros instruments (Questiondtio de Esquemas de Young ~ YSQ-S3, Young, 2005, adaptado por Pinto Gouveia, Rijo, & Salvador, 2006; Inventério de Compensacio, YCI ~ Young Rygh, 1995, adaptado por Pinto Gouveia, Fonseca, & Salvador, 1996; e o Questionério de Esti- los Parentais, Young, 1995, adaptado por Salvador, Rijo, & Pinto Gouveia, 1995), todos eles destinados a avaliar os principais construtos do modelo a Terapia Focaéa nos Esquemas (Young, 1990, 1999; Young & Linde- ‘mann, 1992; Young, Klosko, & Weishar, 2003). ‘Trata-se de um inventério de auto-resposta constituido por 40 itens, destinado a avaliar vérias estratégias de evitamento de Esquemas Precoces ‘Mal-Adaptativos (EPM). Os 40 itens que constituem a escala sio endos- sados muma escala de 1 a 6,em que I corresponde ao que menos se ajusta ‘a9 caso do respondente (“Completamente falso, isto €, ndo tem nada a ver ‘com 0 que acontece comigo”) e 6 coresponde ao maior grat de ajusta- ‘mento da afirmagio ao caso do respondente ("Descreve-me perfeitamente, {sto 6, tem tudo ¢ ver com o que acontece comigo”). A cotagio do inven trio 6 directa para todos os itens, sendo que pontuagdes mais altas indi ‘eam maior evitamento esquemético (Young, Klosko, & Weishar, 2003). Segundo Young (2007), a escala mede 14 tipos diferentes de evita- ‘mento, denominados Isolamento social, Sintomas psicossomdticos, Nega- gio de memérias, Negacdo da infelicidade, Distracedo pela actividade, Nao pensar em coisas perturbadoras propositadamente, Supressdo da raiva, Racionalidade Excessiva e Controlo, Abuso de Substincias, Auto-apaziguamento (comer, comprar, etc.), Bloqueio passivo de emogdes perturbadoras, Evitamento de situagdes perturbadoras, Evitamento através do sonofalta de energia, DistraceQo passiva (fantasia, sonhar acordado, ver muita TV). 3. Fundamentagio tebrica O evitamento é uma estratégia de coping mal adaptativa reconhecia por clinicos e investigadores de diversas orientagdes tedricas, desde a psi- candlise de Freud em que um dos objectivos fundamentais da intervengl0 seria trazer consciéncia 0 material doloroso que foi reprimido, até as Inventirio de Evitamento de Young-Rygh (YRAD) 201 abordagens mais recentes, tais como a Terapia Racional-Emotiva © a ‘Terapia da Aceitagdo Emocional, que preconizam a aceitagao das emoges, ‘como principal objectivo para o bem-estar psicol6gico do individuo. De acordo com Cloitre (1992), alguns individuos so mais propensos a evitar informagio, de modo a diminuir a percepeo da ameaga sentida, sempre que @ mesma ultrapassa um determinado limiar de importincia ou relevincia. Consoante 0 contexto ¢ a perspectiva temporal, é possfvel que 6 evitamento seja uma estratégiaeficaz e até adaptativa para gerar bem- estar psicol6gico ou para o funcionamento do individuo, particularmente em situagdes menos intensas, quotidianas e de curto prazo, tais como evi- tar demonstra sinais de ansiedade durante uma entrevista de trabalho ou evitar demonstra sinais de aborrecimento perante uma pessoa querida.. No centanto, em situag6es menos adequadas, o evitamento como estratégia de coping pode tomar contomos psicopatolégicos. © evitamento pode apresentar-se de diversos modos (emocional, cognitivo ou sob a forma de comportamentos, sintomas fisiol6gicos, etc), bbem como ser dirigido aos mais diversos estimulos ou fontes de estimulos. ‘Assim, 0 conceito de evitamento inclui qualquer forma de escape ou eva- so que tenha por objectivo alterar a forma ou a frequeéncia dos eventos © os contextos considerados ameagadores ou indesejados pelo sujeito. Em diversos estudos envolvendo populagées clinicas e nao clinicas, ‘© evitamento apresenta correlagdes fortes com medidas de psicopatologia, ‘eral e especifica, existindo também evidéncia de que 0 evitamento expe Fiencial? é um factor de vulnerabilidade para as perturbagies de ansiedade ‘eno apenas uma consequéncia das mesmas (Hayes & Feldman, 2004, Kashdan, Bartios, Forsyth, & Steger, 2006). Numa revisio da literatura acerca das perturbag6es clinicas, Hayes © colaboradores (1996) salientam que o evitamento € um factor importante 4uet na etiologia, quer na manutengao de padrdes patol6gicos em diversas perturbages. De facto, as consequéncias negativas do evitamento na intensificagio e manutenglo das perturbagdes ansiosas foram largamente estudadas ¢ deseritas do ponto de vista cognitivo-comportamental 2 Segundo Hayes, Wilson, Gifford, Folletee Stohsahl (1996), 0 evtamento expe- rensil ocore quando uma pessoa ¢ relutante a permanecer em contacto com determin das experiéncas privadas (ie, sensagBes corporas, emogtes, pensamentos, memérias, predisposes comportamentais)estando presente nas mais diversas formas de psicope tologia. 202 Lnstramentos€ Contextos de Avaliagto Psicoldgica A experiéncia clinica mostra facilmente que o recurso a diversas astraté- sins de evitamento impede a infirmagio de crengas disfuncionais, contri. buindo para manutencao € agravamento da psicopatologia (cf. Beck, Emery, & Greenberg, 1985; Hayes er al, 1996; Kashdan et al, 2006). ‘Um dos modelos mais integradores que surgiu como um desenvolvi- ‘mento da terapia cognitiva cléssica é a Terapia Focada nos Esquemas CTFE), proposta por Young e outros a partir de 1990 (Young, 1990; Young & Lindemann, 1992; Young, Klosko, & Weishar, 2003). Integrando cons- trutos provenientes de outras abordagens, Young define quatro construtos fundamentais: Esquemas Precoces Mal Adaptativos, Processos de Evita- ‘mento, Processos de Manutencao e Processos de Compensagdo dos esque- mas. Os Esquemas Precoces Mal Adaprativos (EPM) correspondem nogdo de esqvema ou crenga nuclear e sio caracterizados por terem a sua origem na infincia, resultarem de experiencias disfuncionais com pais, familiares © pares, gerarem padres nocivos de comportamento, mante- rem-se inalterados ao longo da vida e estarem associados a elevados niveis de afecto disruptivo quando slo activados, sendo que os EPM sao activa. dos por um vasto leque de situagdes relacionadas com 0 contetido dos mesmos (Young, 1990). Estes esquemas so habitualmente crengas incondicionais acerca do ‘eu e do eu em relagio com os outros, que interferem de modo signiticativo na vida do incividuo, na medida em que o impedem de satisfazer necessi- dades mucleares,tais como a necessidade de autonomia, de integrago ¢ validagao social, de auto-expressio, etc. (Young, 1990; Young & Linde- ‘mann, 1992; Young, Klosko, & Weishar, 2003). Porque centrais ao sentido do eu, 0s EPM sio confortéveis e familiares para o individuo e, por isso ‘mesmo, a perspectiva da mudanga esquemtica torna-se ameagadara para @ organizacio cognitiva nuclear do sujeito. Neste sentido, 08 processos ‘esqueméticos anteriormente referidos permitem a auto-perpetuacio dos EPM, contribuindo para a manutengao da coeréncia cognitiva do sujeito. Na medida em que dificultam a mudanga esquemética, contribuem tam- ‘bém para a manutengio e/ou agravamento da psicopatologia associada 403 esquemas. Os Processos de Manutencdo do Esquema sio responsaveis nio 6 pela manutengdo dos esquemas, mas também pelo seu reforgo. Corres: pondem as distorgdes cognitivas descritas por Beck, Rush, Shaw e Emery (1979) ¢ incluem também padrées de comportamento mal adaptativo, ‘como por exemplo, a escolha disfuncional de parceito. Inventiria de Evitamento de Young-Rygh (YRAD) 0s Processos de Compensagdo do Esquema sio habitualmente defi- nidos como a adopeao de um estilo cognitivo e/ou comportamental oposto 20 que seria de prever a partir do conhecimento dos EPM primétios do sujeito. Por vezes, a compensagio do esquema ocorre através do desen- volvimento de um esquema compensat6rio (por exemplo, EPM de gran- diosidade como compensago de um EPM primério de defeito). A com- pensacio do esquema pode ser vista como uma tentativa parcialmente bem sucedida para lidar com o EPM primério. No entanto, toma-se disfuncio- nal porque nio deixa ¢ doente preparado para lidar com situagdes em que ‘a compensagiio falha e 0 EPM primério € activado. Os Processos de Evitamento do Esquema impedem que 0 individuo cexperimente emogées intensas e desagradéveis,tais como ira, ansiedade, tristeza e culpa, decorrentes da activagio de seus EPM. Em consequéncia, sexo Masato 9 3m oe Fesinizo en 2 atte Cth Solio 6% 0m Condo O99 Diora i a rn vive 2 me 1k Unio Fat 32m Se Nivel Soccer ‘ae sam oa Maso 0 BEKO ao ee ee re er) Ssudane 38% 7506 Como pode ver-se no Quadro 1, a média das idades do grupo de doentes é superior & média das idades do grupo da populagio geral. Exis- tem também ligeiras diferencas no que diz respeito aos anos de escolari- dade, sendo que amostra da populacdo geral apresenta maior niimero de anos de escolaridade, o que estard relacionado com uma maior prevalén- Gia de estudantes existente neste grupo (que explica as diferengas encon- tradas na distribuigao por nivel socioeconémico, em que os estudantes foram classificados como uma categoria & parte). A mesma explicagio parece responder pelas diferengas encontradas na distribuigao por Estado Civil. Os grupos so equivalentes na distribuiglo por sexo. ‘Arecolha da informagao junto dos sujeitos respeitou a ética e a deon- tologia inerentes & investigagao, Para além do YRAI, foram utilizadas utras 4 escalas no estudo: EADS-21 ~ Escala de Ansiedade, Depressiio € Stress (Lovibond & Lovibond, 1995; versio portuguesa de Pais-Ribeiro, ‘Honrado, & Leal, 2004); ¥SQ-S3 ~ Questiondrio de Esquemas de Young (Young, 2005, traduzido e adaptado por Pinto Gouveia, Rijo, & Salvador, 2006); DERS ~ Difficulties in Emotion Regulation Scale (Gratz & Roemer, Inventria de Evitamento de Young-Rygh (YRAD, 209 2004a; versio portuguesa de Pinto-Gouveia & Veloso, 2007) e BSI— Brief ‘Symptom Inventory (L. Derogatis, 1982; versio portuguesa de Canavarro, 1996, 2007). 53. Resultados no dmbito da validade a, Estrutura Factorial do YRAI As andlises factoriais realizadas para explorar a estrutura ortogonal ow obliqua da escala revelaram uma baixa correlagao entre os itens que saturaram num determinado factor e os restantes factores, 0 que indica que ‘a escala possui uma estrutura ortogonal, ou seja, com factores pouco cor- relacionados entre si. Deste modo, a rotacao Varimax foi escolhida, com 0 objectivo de maximizar a dispersio das saturagdes entre os factores e pro- curando que os resultados constituissem agrupamentos mais interpretiveis (Field, 2005). 0 reduzido niémero de iteragbes necessérias para 0 célculo da solugdo rodada revela também a adequacao dos dados para este modelo fem ambas as amostras (Pestana & Gageiro, 2003). Procedeu-se & extrac- ‘do de factores segundo 0 critério dos eigenvalues superiores a 1. Através a leitura dos itens agrupados nos diferentes factores, atribuiram-se desig- nages para os mesmos, de acordo com o tema comum subjacznte e pro- ‘curando ainda atender & distribuicao teérica dos itens proposta por Young, (2007), Solugdo factorial obtida na amostra geral. Uma primeira solugio factorial apresentou 12 factores, que explicavam 61.70% da varincia total €,com 0 objectivo de identificar 0 némero de factores necessérios para se explicar a maior parte da variincia sem se perder a interpretabilidade, pro- cedeu-se & andlise da matriz de correlagdes. Nesta solugdo, um nimero considerdvel de itens apresentou saturagoes elevadas em mais do que um factor, No sendo possivel recorrer aos coeficientes alfa para auxiliar a tomada de deciséo para a eliminagio destesitens (ver rubrica $4), e tendo «em conta 0s valores de ritem-total, foi decidido um critério duplo para cli- Iminagdo de itens:itens cujas saturagSes fossem inferiores a 0 e, entre estes, aqueles cujas diferengas entre a saturago noutros factores no fae- tor principal fossersinferiores a .10. Deste modo, eliminaram-se os itens 3 (Sinto-me feliz a maior parte do tempo), 12 (Tenho muitas vezes dores de cabeca), 35 (A maior parte do tempo, procuro viver a minka vida sem 210 Insirumentos ¢ Contextos de Avatago Psicoldgica grandes emogdes) © 37 (Tento ndo me meter em siwagdes dificeis ou que ‘me fazem sentir desconfortével). Realizou-se entéo uma nova andlise fac- torial que revelou uma estrutura também constitufda por 12 factores e que explica 64.185% da variinia total da escala (a adequabilidade de amostra boa, KMO > 0.7, ¢ a probabilidade da matriz R ser uma matriz de iden- tidade é muito baixa, p < 0.001). O Quadro 2 apresenta os factores empi- ricos resultantes dessa andlise factorial, os coeficientes alfa de cada factor eas saturagdes dos itens, Quadro 2. Factores empiricos da amostra da populagéo geral, respoctvas consisténcias intemas e saturages dos itens (n = 251) Sama conde = 40 1 Shue cnc 15 ote de dover ee 14 No eto tener como rr pesos dink ade 38 Si-me tte dene qundo as cous no ect tem '36—Mtas es compo cola gue ao pci, pr fran, 22 poses es darmo bse rnc o in 3 Distraceo pea ntvae (07) 24" Pos sa ere cea para lo me eset). aa 28 Shtome mebor se me muntercondutementeseapadns), sem ter muito 72} tenpo para pes. = Sntre melhor qua mode um ao pao oat; no goto de ext muto 72 ‘emp parce). ‘FA logoio de memirins ds infincia (= 88) 21 Niome lento de rnd con cere ihn 261 '8-Niosino gnc os quando record minha nse ae 533--Mestoqhado a stuoto pases jalifiaremoytes eh mums vezesnosino—0 "7 Temoopmsar nara de mens dlase do mess. as 5 Raclnalade exon ctrl (e= $4) 5—"Valorzo ma 5 aes o i as emogbes(qiome mis pel cabepa que plo 140 conto) 7 Ace quae dove war a ahs par coolers ene ne 19 Amin Mlbstaqundo niga cos core mal ¢pobno mas aidamene pra ts ds cosas segue ee wm Inventro de Evtamento de Young-Rygh (YRAD) ai PY-Abe de sbtncian e= 61) Yao seo! prs me cain a3 5 Uae og pr meet lor 12 49 Fumo quando eso bared (0). si |FR— No peta om aunts pertrhedoesntencionimente(@ 6) Mano pear om cin ghee por 700 3 As pause qu pro unt err cm a ote deine da aia (por 378 ‘ur plas et ao pra em elas gurne Jsagra) 32 Tere enna sn par obs aspvt 6 saponin sie F9—Auto-apaiquamento a= 30) “snd eo bec) como parame er mor. 70 ‘Ba hssoe mar pre do tmp asohar corded) oss 10 Sapessto duran (a= 32) Need qs no evo Sit sangide(e mesmo com esos de quem ao on. rss "Nilo como stip Tate eos ange an 4 Ranmeme me sn rte oa m2 11 —Bloguco de emosbes pertarbadors (a= 48) {Naame preacop com ou os oats psu de mim. on 39. Quando a pases ne shanna cue, oe prt mu 85 [6 Vejo mata TV gundo et sonata) os 10 Sade plas pests (px indies, dss, site, ss Soluedo factorial obtida na amostra clinica, Esta amostra & const tuida por 126 sujeitos, niimero inferior ao critério de amostra ideal que, para este estudo, seria uma amostra de 200 individuos, ou seja, 5 sujeitos para cada varidvel. O teste para adequabilidade da amostra revela que a mostra se encontra préxima do limiar da razoabilidade para a realizeg0 da andlise (KMO = 584, préximo de .60), obrigando a que os resultados obtidos sejam encarados com alguma cautela (Field, 2005; Pestana & Gageiro, 2003). O teste de esfericidade de Bartlet revela que existem cor- relagbes significativas entre os itens, ou seja, 0s dadios slo factorizéveis (2 = 1681 495; p < 000), pelo que se decidiu prosseguir com as andliss. ‘Uma primeira solugdo factorial permitiu extrair 14 factores. Uma vez {que os dois tiltimos factores explicavam uma percentagem muito baixa da vvariincia (2.79% e 2.52%), procurou-se restringir a extracgio a 12 facto- res, de modo que se identificasse um mimero parcimonioso que explicasse 1 mixima varincia ¢ facilitasse a interpretagio dos dados. Nesta solugio, apenas o item 35 (A maior parte do tempo, procuro viver a minha vida sem grandes emogdes) se manteve isolado num factor 22 Insirumentos¢ Contextos de Avalagto Psicoligica inespecffico, provavelmente devido a sua formulagao bastante geral e, por isso, foi eliminado da andlise. A solugo factorial final para esta amostra, ficou entdo constituida por 12 factores, que explicam 65.04% da variain- cia total. © Quadro 3 apresenta os factores empiticos resultantes dessa andlise factorial, os coeficientes alfa de cada factor e as saturagbes dos itens. Quadro 3. Factores empiricos da amostra da populagao clinica, respectivas consisténcias interas e saturagies dos itens (7 NE a AE PSPS ‘I= lime al 13 —Isolome quando ston ano). 8 20- Atom ds poou undo me sno magna). 18 F2- Simons pscesmisces 15. Sofa rer monies m 10- Sate poems astute (eines, le cle) a0 1 Sine naps). ‘si0 3 Sitome semen doe quando oi nose oe Se, ‘ao 15 Rloac de meméras nf os grande os quando rear amin inti. a 34 Souum paso com sae por au pi Ne bon one 29 Tema facia mine on 21=No me emi oe pede cosa acer de mish ise “a 4 — Nga ened 2Sino-ae fearon pre doen, 716 10 Noleno at energ cre mais das psa de minha tes | Ten opens em cos que me pera 7 5 Diarace pea actiade 24—Prouo estar seme opal) pura toe sete bora) at Sintec mnrSntnments Saga) om erm amp ost paps 23 io me meta quando an eu do procs; no gto estar muito ns tempo panda. 6 to pensar om clas pertrbdersinencinaimente 31s uss ds que proyo un aves om acne eto ri (oe ‘xs plas tent opens en cis qu me despre). 52 Tesh endo opensar sore a iti perso eens, oo 271 Teeto a pease e meni arom pals a Inventdri de Evitamento de Young Rygh (YRAL) 20 |F7~Supreto arava 18 -N contigo eit oemerte com ing, 9 6 Ace ur no devo fe saga) peso cm pssons equ ngs 56 19-4 minha iowa und slams cole coemal ino mas pai am P8- Raconaldade excess ¢contle Vuranmas asretes do oo emogtes(guosme mas pea cabs peo oo caso) {9 Nioie prosepo com gu ots pensam dei. a 22 Pago estou Go tate rae ss 9 Abuse desu 2 ate hol pare ei n6 9 Pao qed eu sboecio (0 ae 1) Use dope are set wer = Te-Vejomuta TV quando eu sah) ar 10 Antespacigusment 26 Quan eno sbi) como far me str melo. 204 5 Mal veae compro cia ur pei, uae Ssinn. om F11~ Blogads de emo perarbatores 15--Ouundo ss penaseshandesam ou mee, oe peso mk. 35 33 Mesmo qn sit prce oir ees atest vezes oi {712 ote de sages pears 57 Tes mo ment nites fens ou me fem set deseo we 25 “Pao amar pre do enpoa suo corde). 6 {Aerie gu deve war a abea pra covm mogtes. 56 No Quadro 4 siio apresentadas as solugdes factoriais obtidas na mostra da populagao geral e na amostra da populego doente, podendo ser comparadas com os factores te6ricos e respectivos itens propostos por ‘Young (2007). Os itens em concordancia com 0 modelo teérico proposto pelos autores do inventtio esto destacados a itélico. Como pode obser- vvar-se, existe uma sobreposigio considerivel entre os factores empiricos extrafdos em ambas amostras, bem como entre aque'es e os factores te6ri- cos propostos. Salienta-se o facto de alguns itens se repetirem em diferen- tes dimensdes na solugio teérica proposta pelo autor, como € 0 caso dos itens 9, 13 e 40. 28 _Insiramentos¢ Contetos de Avaliagdo Psicolégica Quadro 4. Comparacdo entre factores hipotéticos (Young, 2007) € factores empiricos das amostras portuguesas Factr acters empl Telanens sia I= leat soi 13-20-30 13-20-30 Sinton pinescaticm —_F2-Sinona posomoo Woe i2ais-38 Weiss )s-2-36-38 ‘Neen de mend Napa de mena da Inti a-21-27 -21-27-9) Negsodanfticide ——_F-Negano lead er Disregopela actividad Se No pes em ss petits open Sues dave scone Cxcanivae FS-Ravionagadecxseteine ‘Canto cena ‘S217 19-38-40 1-19 ‘Av de Stas 1 Abo de Sols 27-3 3299 Auoapsipaments (Comer, F9~Auo-apuiguaments ‘oor ee) 92616 28-26 logue pasiv de emoydes Fl Blog de emosde eras penal T3380 16-39-40 12 Problems sine 0 momo: 3-12-3837 Factores de 2° ordem Factores empires ota) Negus de erie ining 9-21-2924 4 Negao da chade Realizaram-se andlisesfactoriais de 2* ordem nas duas amostras, no sentido de testar a assumpyio te6rica que propde existirem trés grandes ddimensdes de evitamento subjacentes as diversas estratégias: evitamento comportamental, cognitive e emocional. Factores de 2° ordem da solugdo factorial da amostra geral. Da and- lise factorial realizada com os 12 factores obtidos a partir dos dados da amostra da populagdo geral, foi possivel extrair 3 factores de segunda Inventéro de Evitamento de Young-Rygh (YRAD) as cordem (ver Quadro 5), que podem ser designados como Evitamento Com- portamental/Somético, Evitamento Cognitivo e Evitamento Emocional, cem fungo da natureza dos itens ¢ dos factores de I* ordem que 0s ccompiem. Esta solugio factorial de 2* ordem explica 47.665 % da varign- cia total. ‘Quadro 5. Factores de 2* ordem da solugao empirica ‘obtida na amostra goral (n = 231) Factores Baturagies Eviiamnento Comportameatal/Somatico 2 Sintomas psicossométicos 74 FTAbuso de substincias (588 9 Auto-apaziguamento sn FI Isolamento social 3I7 F12 Problemes gustointestinais S14 Evitamento Cognitive F10 Supressio da raiva Te FS Racionalidade excessivae contolo 610 F8 Nio pensar em coisas perturbadorasintencionalmente 519 3 Distracedo pela actividade as Evitnmento Eonocional FIT Bloqueio de emoqies perturbadoras 79 6 Negasdo da infeicidade -6i F4 Negagdo de meméris da inflncia 61 No primsiro componente, estratégias comportamentais de evita- mento ¢ sintomas psicossométicos, agrupam-se 0s factores relacionados com comportamentos ou sintomas apresentados quando um sujeito pro- cura proteger-se da activacio dos seus EPM mucleares, sendo consequén- cias comuns o isolamento social ¢ agorafobia, bem como sintomas de tipo psicossomitice. No segundo componente, estratégias cognitivas de evitamento, cencontram-se Factores relacionados com evitamento através do bloqueio de pensamentos ¢ imagens que possam activar determinado esquema ou factores relacionados com a necessidade de distracco para evitar que um cesquema seja activado. 216 Instrumentos ¢ Contextos de Avaliagto Pscoldgica No terceiro componente estratégias de evitamento emocional, estio, presentes os factores que constituem estratégias de evitamento emocio- nais, tas como 9 bloqueio ou supressio de afecto ou de memérias cuja carga emocional seja desagradével Factores de 2* ordem da soluedo factorial da amostra clinica. A solugio obtida, explicando 55.54% da varidncia total, € apresentada no Quadro 6. ‘Quadro 6. Factores de 2° ordem para a soluggo empirica ‘obtida na amostra clinica (n = 126) Factores ‘Saturagoes_ Evitameato Comportamental/Somatico 'F2Sinomas Psicossométicas a7 FI Isolamento Social 73 F 12 Bvitamento de stuades perurbadoras 68 Evitamento Enocional/Cognitive Fé Negaeto dainfelicidade ae 7 Supessto da riva 27 F6Ndo pensar em coises perturadoras ntencionalmente __S41 Tvitamento por Consumos/Bloqueto cognitivo-emocional 9 Abuso de substinias oe 3 Bloqueio de meméris da iflncia 385 F10 Auo-apaziguamento 362 11 Bloqueio de emogées perturbadoras 522. Controloe Distracgt0 "FS Raconalidade excouva e control cir 5 Disracgo pla sctvidade 652 Procurando interpretar os componentes resultantes da anélise de segunda ordem, 0 factor 1 pode ser designado como evitamento compor- tamental/somatico, na medida em que agrupa factores de primeira ordem que traduzem evitamento comportamental e sintomas psicossométicos. 0 factor 2 € designado por evitamento emocional/cognitivo, uma vez que agrupa factores cujos itens traduzem sobretudo estratégias de bloqueio cemocional e apenas o factor “Nao pensar em coisas perturbadoras inten- cionalmente” inclu itens que traduzem evitamento cognitivo. O factor 3 Inventiro de Evitamento de Young:-Rygh (YRAD} 207 inclui um misto de factores de primeira ordem que parecem traduzir 0 evi- tamento por recurso ao consumo de substincias, a0 uso da comida e da aquisigo de bens materiais para regulegio emocional, bem como o blo queio de emogies e memérias perturbadoras. Sendo assim, os autores decidiram designé-Io como evitamento por consumos/bloqueio cognitivo- -emocional, Finalmente, 0 factor 4 parece traduzir o evitamento por recurso a0 controlo excessivo ¢ a distracgdo por sobreocupacao, pelo que foi designado como controlo e distraccio. », Validade convergente A validade convergente foi estabelecida com 0s totais ¢ factores ou «dimensGes das seguintes escalas e questionérios: do BST, DERS, EADS- 21 e YSQ-S3. Na amostra da populagéo geral (n = 187), 0s valores das correlagées encontradas entre o total do YRAI e as pontuacdes globais ou dimensGes das escalas sio moderadas, embora no sentido previsto da variaglo, sugerindo que maior pontuag20 no YRAI esté associada a maior prevaléncia de EPM (527, p < 0.01 para o total do YSQ-S3), maiores niveis de psicopatologia geral (331, p < 0.01 no BSI-IGS) ¢ maiores niveis de depressio, ansiedade € stress (respectivamente: 296; 233 € 222, p < 0.01), bem como maiores dificuldades de regulacao emocional (352, p < 0.01 para o total da DERS). Na amostra clinica (n = 88) foram encontrados resultados semelhantes, sendo que a associago mais forte ‘corre entre 0 total do YRAL e 0 total do YSQ-S3 (.477, p < 0.01). Acor- relago com o total da DERS foi de 391 (p < 0.01), com 0 BSIIGS de 331 (p < 001) € as correlagées encontradas com as dimensoes de depressio, ansiedade e stress foram, respectivamente: 280; 277 € 312 (p <000). No que diz respeito a factores e dimensdes especificas das escalas utilizadas, ¢ ainda para a amostra clinica, os factores empiticos do YRAI Fi — Isolamento Social e F2 ~ Sintomas Psicossométicos tendem a apre- sentar associagées mais fortes com dimensGes especificas de psicopatolo- gia, bem como com os factores da esvala de dificuldades na regulacao emocional. © Factor 1 ~ Isolamento Social, apresenta uma correlagdo de 470 (p < 0.01), com a subescala de Depressio do BSI. A maior associa- ‘so encontrada foi, como seria de esperar, entre o Factor 2, Sintomas Psi- cossométicos, ¢ a dimensto Somatizagao do BSI (r = 582, p < 001), temética comum a ambos inventérios. O Factor 2 também apresenta cor- 218 relagdes moderadas com as dimensdes do BSI: Obsessio-compulsio (r=490, p < 0.01), Ansiedade (r = 486, p < 0.01) Depressao (r = 430, P< 001). O Factor 1 - Isolamento Social, apresenta correlagdes signifi. cativas que variam entre 350 e .500 (p <0.01) com todas as dimensGes da DERS, a excepeio da dimensao “Falta de consciéncia das emogdes”, com 4 qual nfo existe uma correlagdo significativa . Validade discriminante Realizaram-se testes 1 comparando as duas amostras (geral e de doentes), de modo a avaliar @ capacidade do YRAI (total e factores) para Abe destudacins 18839 Ogso4n 20298 09121 “Ls 6) IG Aateapeigeamente 22sse ones 24603 129953 “hs De Lomi 096isi 19563 Lasts 307789 sts? 099640 39012 oweTS 3218 ont Tiia0—_ Ton —Tanas Tens 4393 00 * or ste Spor wad aa ours da uli Toler alld aes ‘se dotes, 5.4, Resultados no dmbito da preciso a. Consisténcia interna Amostra geral. O teste da fiabilidade da escala completa para a amostra geral revelou uma boa consisténcia interna (a estandardizado do total da escala = .787), variando os alfas da escala quando é retirado cada tum dos itens entre .77 e .79. No que se refere & correlagio item-total, ape nas os itens 10 e 39 apresentam valores de r item-total préximos de 20. No entanto, o alfa total da escala nao sofreu um incremento suficiente- ‘mente considerdvel que justificasse a remogiio destes itens antes de se pro- cceder as andlises factoriais (Pestana & Gageiro, 2003). 220 Instramentos e Contextos de Avaliago Psicolégica Amostra clinica. Q teste da fiabilidade da escala completa (40 itens) 1na amostra de doentes revelou uma boa consisténeia interna (ct estandar- dizado = .741), € coeficientes alfa de Cronbach da escala variando entre Te .75 quando cada um dos itens é retirado. Uma ver. que todos os itens apresentaram uma correlagdo item-total superior a .20, todos os 40 itens {que compdem a escala foram manti », Estabilidade temporal Foi realizado um estudo teste-eteste do YRAI, numa amostra de 30 sujeitos da populagio geral, com um intervalo médio de I semana entre 0 preenchimento dos questionarios, que na sua globalidade revelou uma boa estabilidade temporal. A totalidade da escala revelou uma estabilidade temporal satisfatsria (r= .64, p < 0.01) e 08 r teste-eteste dos Factores cempiticos variam entre 46 para F4 — Negacio de memérias da infincia © 8 para F6 ~ Negacio da Infelicidade, (s factores de segunda ordem (cf. 54) apresentam uma boa estabili dade temporal para um intervalo de 1 semana: o coeficiente teste-reteste do factor Evitamento comportamental/somético é de r = 848 (p < 001), 4o factor Evitamento emocional é de r =.755 (p < 0.01) e o factor Evita mento cognitvo apresenta um r= 546 (p < 0.02). Os pares de itens analisados apresentaram correlagées que vio desde r= 38 (P <0.05) ar = 98 (p < 0.01), sendo que 4 itens nio apresentam correlagdes estatisticamente significativas no intervalo de 1 semana: 4,19, 222, 55. Procedimentos de aplicagdo e cotagiio inventirio, sendo de auto-resposta e preenchimento breve, poder ser entregue para ser preenchido durante a consulta ou para ser preenchido Os itens so cotados de 1 a 6, sempre na ordem directa. A pontuagio global da escala (ou seja, a soma da pontuacio atribuida pelo respondente a cada item) indica a frequéncia com que 0 doente utiliza estratégias de cevitamento de esquemas no dia-a-dia, A pontuagio minima possivel é de 40 pontos © a maxima de 240 pontos. Existe ainda a possibilidade de se analisar as subescalas que se acre- dita reflectirem as diferentes dimensoes do evitamento, a partir da soma das pontuagdes dos itens que as constituem. Inventirio de Bvitamanto de Young:Rygh (YRAI) 21 Neste estudo, so apresentadas duas estruturas factoriais, comres- pondentes & amostra da popalagdo geral e & amostra clinica. Devido mostra da populagio geral ter correspondido aos diversos critérios amos- trais estatisticos para obtengo de resultados mais fiveis, a utilizacio dos agrupamentos de itens obiidos a partir da mesma seria a mais indicada para a obteng&o dos totais das subescalas. Para além das dimensdes apresentados neste estudo, que se encontram resumidas no quadro 4, ‘mais informagdes acerca de procedimentos de cotagio do YRAI e da estrutura teoricamente proposta podem ser obtida a partir dos links: http://www.schematherapy.com/id49.htm e http://www.schemathe- rapy.com/id113.htm 6. Interpretago dos resultados Esta escala pretende auxiliar 0 técnico a identificar os mecanismos, de coping ¢ 0 funcionamento do paciente em questio, de modo a melhor estruturar e conduzir © processo terapéutico, mais do que situé-lo e classi- ficé-lo relativamente a um determinado grupo populacional. Sendo assim, quanto maior a pontuacio global da escala ou da subescala relativamente pontuagio total possivel, maior serd a presenga de processos de evita- ‘mento esquematico. A comperagio das médias obtidas por cada individuo nas dimensdes ou factores de escala informa o clinico acerca de quais as. estratégias de evitamento de esquema mais tipicamente utilizadas pelo doente, permitindo assim direccionar a intervengio terapéutica para a redugdo dessas mesmas estratégias. ‘Para cotayio e interpretagao informal, deverdo ser tidos em conta 0s itens respondidos com 5 ou 6, uma vez que estes valores de resposta repre- sentam os evitamentos mais recorrentes do doente (que, pela frequéncia de uso, se tomam eles mesmos patolégicos). Cada um dos itens com a cota- 40 mais elevada poderd ser discutido com 0 doente em sessio, de modo ‘aque este ganhe consciéncia das suas estratégias de evitamento mais fre- quentes, dos danos que as mesmas causam e colabore no sentido de as diminuir ou eliminar, Este trabalho terapéutico faclitart entio 0 acesso ‘aos esquemas precoces mal adaplativos que estavam a ser evitados (Young, 2007).

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