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MEDICINA VETERINÁRIA

Andressa Santana de Faria Gabriel RA: 1721528-6

Altas de Sedimentos Urinários

SÃO PAULO
2019
Cilíndricos
São constituídos primariamente de mucoproteína e proteína que aderem -se ou não a
outras estruturas; normal quando ausentes. Representam moldes dos túbulos onde
são formados, como nos ductos coletores, túbulos contorcidos e alça de Henle. A
formação dos cilindros dá-se na porção renal tubular, onde a urina atinge
concentração máxima e acidez, o que favorece a precipitação de proteínas e muco
proteínas. Qualquer lesão tubular presente no momento da formação dos cilindros
pode refletir na composição dos mesmos. Deste modo os cilindros são classificados
conforme o material que contém. IMPORTANTE: os cilindros não se formam em baixa
densidade ou em pH alcalino.

Hialino: Composto de mucoproteínas e proteínas. Geralmente associados à


proteinúria, processos transitórios como febre e congestão, doença renal.
Hemático: composto de muco e hemácias. Normalmente aparecem em pequeno
número, de 1 a 5 por campo. Podem aparecer na urina macroscopicamente, quando o
processo atingiu grandes proporções ou gravidade, como em: Hemorragia glomerular
e tubular, glomerulonefrite aguda, nefropatia crônica em fase evolutiva.
Leucocitário: Constituído de muco e leucócitos. São chamados de leucócitos os
glóbulos brancos que conservam a morfologia intacta, identificável, visualizando o
núcleo com as segmentações características. Para piócitos, reservam- se aos
elementos degenerados, comuns nos processos infecciosos purulentos. Considera-se
normal observar- se de 3 a 5 leucócitos por campo examinado, o aumento do número
de leucócitos indica um processo inflamatório dentro do trato genito-urinário em
condições como: Associados à inflamação renal, Pielonefrites e abscessos renais.
Epiteliais: Composto de muco e restos celulares. Semelhante a presença de células
isoladas, inflamações renais. A urina em estado normal apresenta poucas células
epiteliais, mas podem estar aumentadas devido á cateterização ou a irritação local de
onde se originam-se.
Granuloso: constituído de muco e outras estruturas. Degeneração tubular, necrose de
células tubulares.
Céreo: Cilindros angulares. Devido á grande permanência tubular, fase final da
degeneração tubular, lesão tubular crônica
Cristais
São produtos finais da alimentação do animal e dependem para sua formação do pH
urinário. A grande quantidade pode indicar urolitíase, embora possa haver cálculos
sem cristalúria e vice-versa. Exemplos de cristalúria em pH alcalino e ácido no quadro.

Cristais encontrados com pH alcalino:

Fosfato triplo: Podem ocorrer nos seguintes estados patológicos: pielite crônica,
cistite crônica, hipertrofia de próstata e retenção vesical. Aparecem também em urinas
normais.
Fosfato amorfo: Os sais de fosfato com frequência estão presentes na urina de forma
cristalina, como substâncias amorfas, isto é, sem forma defina. Não têm significado
clínico.

Carbonato de cálcio: Não têm significado clínico e são normais em urina de equinos.
Urato ou Biurato de amônio: Ou urato de amônio, podem aparecer em urinas
alcalinas, ácidas ou neutras. São corpos esféricos castanho amarelados, com
espículas longas e irregulares. São patogênicos se aparecem em urina recém emitida,
como ocorre em doenças hepáticas.São solúveis aquecendo a urina ou acrescentando
o ácido acético e, se ficar em repouso, formam cristais de ácido úrico. A precipitação
de solutos depende do pH urinário e da solubilidade e concentração do cristaloide.
Cristais encontrados em pH Ácido:

Urato amorfo: Numerosos na urina fortemente ácida. Como o ácido úrico só se


apresenta como componentes normais nos carnívoros. Aparecem como sais de urato
(sódio, potássio, magnésio e cálcio).
Oxalato de cálcio: Se grande quantidade de cristais de oxalato de cálcio estiver
presente em urina recém emitida, deve-se suspeitar de processo patológico como
intoxicação pelo etileno glicol, diabetes mellitus, doença hepática ou enfermidade renal
crônicas graves. A ingestão de grande quantidade de vitamina C pode promover o
aparecimento desses cristais na urina, pois o ácido oxálico é um derivado da
degradação do ácido ascórbico e produz a precipitação de íons de cálcio. Essa
precipitação pode dar lugar também a uma diminuição no nível de cálcio sério.
Ácido úrico

Cistitina(raro): A presença desses cristais tem sempre significado clínico, como na


cistinose, cistinúria congênita, insuficiente reabsorção renal ou em hepatopatias
tóxicas.
Leucina: Tem significado patológico importante como em enfermidades hepáticas em
fase terminal, como a cirrose, hepatite viral e atrofia amarela aguda do fígado. Nas
doenças hepáticas, estão normalmente associados a cristais de tirosina.

Tirosina: Aparecem em enfermidades hepáticas graves ou em tirosinose.


Colesterol: Seu aparecimento indica uma excessiva destruição tissular e em quadros
nefróticos, como também na quilúria, está em consequência da obstrução a nível
torácico ou abdominal da drenagem linfática, ou por ruptura de vasos linfáticos no
interior da pélvis renal ou no trato urinário. Situações de neoplasias.
Sulfas ou outros medicamentos: As novas sulfas são muito solúveis em meio ácido;
por isso, atualmente não se observam mais estes cristais na urina. A maioria, quando
ocorre tem aparência de agulhas em grupos, unida de forma concêntrica, de cor clara
ou castanha. Os contrastes radiográficos podem cristalizar em urinas ácidas, também
em forma de agulhas. A ampicilina pode precipitar em urina ácida, formando agulhas
largas ou finas e incolores. A bilirrubina, quando presente, tem forma de agulhas
amarelas ou castanho – avermelhado.

Outros achados:

Espermatozóides: Normal no cão. Em outras espécies, como no bovino, pode indicar


distúrbio reprodutivo.
Muco: São filamentos mucóides, normal quando em quantidade discreta. Aumentam
em processos inflamatórios.

Fungos ou leveduras: contaminantes ou infecção fúngica.


Ovos e parasitas: Stephanurus sp (suínos), Dioctophyme renale (cães), Capillaria spp
(cães e gatos).

Stephanurus sp

Dioctophyme renale

Capillaria spp
Hemácias
A hematúria tem mais relação com distúrbios de origem renal ou urogenital, e o
sangramento seria resultante de traumatismo ou irritação dos órgãos desse sistema.
Entre algumas causas de hematúria estão os cálculos renais, as doenças
glomerulares, tumores, traumatismos, pielonefrites, e exposição a produtos tóxicos
Leucócitos
A presença de leucócitos indica uma possível infecção do trato urinário (cistite,
pielonefrite)
Células epiteliais escamosas: são grandes, bordos angulosos e irregulares, núcleos
pequenos. Originam do epitélio vaginal, mucosa prepucial e uretra distal. Mais
encontradas.
Células epiteliais de transição: são menores que as epiteliais escamosas. Tem a
forma oval, de fuso, de raquete ou de pêra e núcleo central. Originam-se da uretra
proximal, bexiga, ureteres, bacinetes e pelve renal. Podem apresentar agrupadas em
amostras colhidas através de cateterismo.
Processo inflamatório.
Células epiteliais tubulares
• Maior importância clínica
• necrose tubular
• Pielonefrite/ glomerulonefrite
• Pequenas
• Núcleo grande e centralizado
Laminas observadas em aula pratica

Cilindro hialino

Células epitelial escamosas


Células epitelial escamosas

Células epitelial escamosas

Células epitelial escamosas


Células epitelial escamosas

Células epitelial escamosas

Células epitelial escamosas

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