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a).

Sabendo que o trecho de tubulação em PVC de alimentação do sistema de


irrigação do jardim possui 67 mm de diâmetro interno (75 mm de diâmetro externo) e
deverá ser dimensionado para uma velocidade máxima de escoamento de 3,0 m/s,
calcule a vazão conduzida pelo trecho em questão.
b). Considerando que o trecho em questão apresenta comprimento de 27 m e ainda
possui 2 registros de gaveta abertos, 1 curva de 45° e 2 curvas de 90° como
acessórios, calcular a perda de carga unitária e a perda de carga total. Utilizar a
equação de Hazen-Williams; as tabelas de comprimentos equivalentes e coeficientes
C estão disponíveis no livro da disciplina.

Tarefa 2

Para calcular a vazão do trecho de tubulação em PVC de alimentação do sistema de irrigação


levamos em consideração os seguintes dados:

D (diâmetro interno) = 67 mm ou 0,067 m

V (velocidade máxima) = 3,0 m/s


𝐷²
A (área da tubulação) => 𝐴 = 𝜋 × => 𝐴 = 𝜋𝑟 2
4

Q (vazão) => 𝑄 = 𝑉 × 𝐴

Logo, realizamos o seguinte cálculo:

0,0672
𝐴=𝜋× → 𝐴 = 0,0003525 𝑚²
4
𝑄 = 3 × 0,003525 → 𝑄 = 0,010 𝑚3 ⁄𝑠
Como a vazão é dada em litros por segundo (L/S), e sabendo que 1 m³ é igual a 1000 L, temos:

𝑄 = 0,010 × 10000 → 𝑄 = 10 𝐿⁄𝑠


A vazão conduzida pelo trecho será de 10 L/s

Considerando que esse trecho em PVC tem diâmetro externo igual a 75 mm e apresenta 27 m
de comprimento, 2 registros de gaveta abertos, 1 curva de 45° e 2 curvas de 90°. Devemos
adotar os dados das tabelas de comprimentos equivalentes e coeficientes C, e a equação de
Hazen- Williams para descobrir a perda de carga do mesmo.
Tabela de comprimentos equivalentes dos acessórios mais utilizados

Acessório hidráulico
Diâmetro Cotovelo Cotovelo Curva Curva Entrada Saída de Válvula Válvula Registro Registro
externo 90° 45° 90° 45° normal cana- pé com retenção globo gaveta
mm - ref. -lização crivo leve aberto aberto

25 - ¾” 1,2 0,5 0,5 0,3 0,4 0,9 9,5 2,7 11,4 0,2
32 – 1” 1,5 0,7 0,6 0,4 0,5 1,3 13,3 3,8 15 0,3
40 - 1
2,0 1,0 0,7 0,5 0,6 1,4 15,5 4,9 22 0,4
¼”
50 - 1
3,2 1,3 1,2 0,6 1,0 3,2 18,3 6,8 35,8 0,7
½”
60 – 2” 3,4 1,5 1,3 0,7 1,5 3,3 23,7 7,1 37,9 0,8
75 - 2
3,7 1,7 1,4 0,8 1,6 3,5 25 8,2 38 0,9
½”
85 – 3” 3,9 1,8 1,5 0,9 2,0 3,7 26,8 9,3 40 0,9
110 – 4” 4,3 1,9 1,6 1,0 2,2 3,9 28,6 10,4 42,3 1,0
140 – 5” 4,9 2,4 1,9 1,1 2,5 4,9 37,4 12,5 50,9 1,1
160 – 6” 5,4 2,6 2,1 1,2 2,8 5,5 43,4 13,9 56,7 1,2
Fonte: Adaptada de ABNT (1998 apud PORTO, 2006).

Tabela de coeficientes C dos tubos mais utilizados

Coeficiente Coeficiente
Tubo Tubo
C C
Aço corrugado (chapa ondulada) 60 Cobre 130
Aço com junta lock-bar, tubo Concreto, com
130 130
novo acabamento
Aço com junta lock-bar, em uso Concreto,
90 120
acabamento comum
Aço galvanizado 125 Ferro fundido, novo 130
Aço rebitado, tubo novo 110 Ferro fundido, usado 90
Aço rebitado, em uso Ferro fundido, após
85 100
15-20 anos de uso
Aço soldado, tubo novo Ferro fundido
130 130
revestido de cimento
Aço soldado, em uso 90 Madeira em aduelas 120
Aço soldado com revestimento Tubo extrudado,
130 150
especial P.V.C
Fonte: Adaptada de Azevedo Netto e Alvarez (1973).

Equação de Hazen-Williams:

𝑄1,85
𝐽 = 10,65 ×
𝐶 1,85 𝑥𝐷 4,87
Temos os seguintes dados:

L (comprimento) = 27 m

Ltotal (comprimento + comprimentos equivalentes) => 27 + (2𝑥0,9) + 0,8 + (2𝑥1,4) = 32,4

C (coeficiente de rugosidade) = 150

D (diâmetro externo) = 75 mm ou 0,075 m

Q (vazão) = 0,010 m³/s

J = perda de carga unitária

∆H = perda de carga total

0,0101,85
𝐽 = 10,65 ×
1501,85 𝑥0,0754,87
𝐽 = 0,06026 𝑚⁄𝑚

E sabemos também que a perda de carga total é a multiplicação da perda de carga unitária
com o comprimento total

∆𝐻 = 𝐽𝑥𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
∆𝐻 = 0,6026𝑥32,4

∆𝐻 = 1,95 𝑚
A perda de carga unitária do trecho é de 0,06026 m/m e a perda de carga total é de 1,95 m

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