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SUMÁRIO

Lei Complementar nº 10.098/94 .............................................................................................................007


Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul ...................................071
139
Plano de carreira dos funcionários da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul ..............
ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS

LEI COMPLEMENTAR Nº 10.098/94

Dispõe sobre o estatuto e o regime jurídico único dos servidores públicos civis do Estado do Rio Grande do Sul.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

FAÇO SABER, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a Assembleia
Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:

Título I
Das Disposições Preliminares

Art. 1º - Esta Lei dispõe sobre o estatuto e o regime jurídico dos servidores públicos civis do Estado do Rio Grande
do Sul, excetuadas as categorias que, por disposição constitucional, devam reger-se por estatuto próprio.

Art. 2º - Para os efeitos desta lei, servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo público.

Art. 3º - Cargo Público é o criado por lei, em número certo, com denominação própria, consistindo em conjunto de
atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor, mediante retribuição pecuniária paga pelos cofres
públicos.

Art. 4º - Os cargos públicos estaduais, acessíveis a todos os brasileiros que preencham os requisitos legais para a
investidura e aos estrangeiros na forma de Lei Complementar, são de provimento efetivo e em comissão.
§ 1º - Os cargos em comissão, de livre nomeação e exoneração, não serão organizados em carreira.
§ 2º - Os cargos em comissão, preferencialmente, e as funções gratificadas, com atribuições definidas de chefia,
assistência e assessoramento, serão exercidos por servidores do quadro permanente, ocupantes de cargos técnicos
ou profissionais, nos casos e condições previstos em lei.

Art. 5º - Os cargos de provimento efetivo serão organizados em carreira, com promoções de grau a grau, mediante
aplicação de critérios alternados de merecimento e antiguidade.
Parágrafo único - Poderão ser criados cargos isolados quando o número não comportar a organização em carreira.

Art. 6º - A investidura em cargo público de provimento efetivo dependerá de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos.
Parágrafo único - A investidura de que trata este artigo ocorrerá com a posse.

Art. 7º - São requisitos para ingresso no serviço público:

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I - possuir a nacionalidade brasileira;
II - estar quite com as obrigações militares e eleitorais;
III - ter idade mínima de dezoito anos;
IV - possuir aptidão física e mental;
V - estar em gozo dos direitos políticos;
VI - ter atendido às condições prescritas para o cargo.
§ 1º - De acordo com as atribuições peculiares do cargo, poderão ser exigidos outros requisitos a serem
estabelecidos em lei.
§ 2º - A comprovação de preenchimento dos requisitos mencionados no "caput" dar-se-á por ocasião da posse.
§ 3º - Para efeitos do disposto no inciso IV do caput deste artigo será permitido o ingresso no serviço público
estadual de candidatos portadores das doenças referidas no § 1º, do artigo 158 desta Lei, desde que:
I - apresentem capacidade para o exercício da função pública para a qual foram selecionados, no momento da
avaliação médico-pericial;
II - comprovem, por ocasião da avaliação para ingresso e no curso do estágio probatório, acompanhamento clínico
e adesão ao tratamento apropriado nos padrões de indicação científica aprovados pelas autoridades de saúde.

Art. 8º - A posse em cargo público efetivo dependerá de prévia inspeção médica que ateste a aptidão física e mental
para o exercício do cargo, observados os requisitos definidos em regulamento.
§ 1º - Poderão ser exigidos exames suplementares de acordo com a natureza de cada cargo, nos termos da lei.
§ 2º - Os candidatos julgados temporariamente inaptos poderão requerer nova inspeção médica, no prazo de 30
(trinta) dias, a contar da data que dela tiverem ciência.
§ 3º - O servidor ocupante de cargo efetivo da Administração Pública Estadual, ao tomar posse em novo cargo, sem
interrupção de exercício, será submetido à avaliação médica pericial, sendo dispensada a apresentação de exames
complementares, desde que não tenha alteração de riscos relacionados ao ambiente de trabalho e a nova posse
ocorra no prazo máximo de 2 (dois) anos.
§ 4º - O ingresso no serviço público estadual decorrente de contratação emergencial ou em cargo em comissão
dependerá de aptidão física e mental verificada mediante procedimento simplificado conforme regulamento.

Art. 9º - Integrará a inspeção médica de que trata o artigo anterior, o exame psicológico, que terá caráter
informativo.

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Título II
Do Provimento, Promoção, Vacância, Remoção e Redistribuição
Capítulo I
Do Provimento

Art. 10 - São formas de provimento de cargo público:


I - nomeação;
II - readaptação;
III - reintegração;
IV - reversão;
V - aproveitamento;
VI - recondução.

Capítulo II
Do Recrutamento e Seleção
Seção I
Disposições Gerais

Art. 11 - O recrutamento é geral e destina-se a selecionar candidatos através de concurso público para
preenchimento de vagas existentes no quadro de lotação de cargos dos órgãos integrantes da estrutura
organizacional do Estado.

Seção II
Do Concurso Público

Art. 12 - O concurso público tem como objetivo selecionar candidatos à nomeação em cargos de provimento
efetivo, podendo ser de provas ou de provas e títulos, na forma do regulamento.
§ 1º - As condições para realização do concurso serão fixadas em edital, que será publicado no Diário Oficial do
Estado e em jornal de grande circulação.
§ 2º - Não ficarão sujeitos a limite de idade os ocupantes de cargos públicos estaduais de provimento efetivo.
§ 3º - As provas deverão aferir, com caráter eliminatório, os conhecimentos específicos para o exercício do cargo.
§ 4º - Serão considerados como títulos somente os cursos ou atividades desempenhadas pelos candidatos, se
tiverem relação direta com as atribuições do cargo pleiteado, sendo que os pontos a eles correspondentes não
poderão somar mais de vinte e cinco por cento do total dos pontos do concurso.
§ 5º - Os componentes da banca examinadora deverão ter qualificação, no mínimo, igual à exigida dos candidatos,
e sua composição deverá ser publicada no Diário Oficial do Estado.

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Art. 13 - O desempate entre candidatos aprovados no concurso em igualdade de condições, obedecerá aos
seguintes critérios:
I - maior nota nas provas de caráter eliminatório, considerando o peso respectivo;
II - maior nota nas provas de caráter classificatório, se houver, prevalecendo a que tiver maior peso;
III - sorteio público, que será divulgado através de edital publicado na imprensa, com antecedência mínima de 3
(três) dias úteis da sua realização.

Art. 14 - O prazo de validade do concurso será de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado, uma única vez, por
igual período, no interesse da Administração.
Parágrafo único - Enquanto houver candidatos aprovados em concurso público com prazo de validade não
expirado, em condições de serem nomeados, não será aberto novo concurso para o mesmo cargo.

Art. 15 - Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de concorrer nos concursos públicos para
provimento de cargos, cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras.
Parágrafo único - A lei reservará percentual de cargos e definirá critérios de admissão das pessoas nas condições
deste artigo.

Capítulo III
Da Nomeação

Art. 16 - A nomeação far-se-á:


I - em caráter efetivo, quando se tratar de candidato aprovado em concurso público para provimento de cargo
efetivo de carreira ou isolado;
II - em comissão, quando se tratar de cargo de confiança de livre exoneração.
Parágrafo único - A nomeação em caráter efetivo obedecerá rigorosamente à ordem de classificação dos
aprovados, ressalvada a hipótese de opção do candidato por última chamada.

Capítulo IV
Da Lotação

Art. 17 - Lotação é a força de trabalho qualitativa e quantitativa de cargos nos órgãos em que, efetivamente, devam
ter exercício os servidores, observados os limites fixados para cada repartição ou unidade de trabalho.
§ 1º - A indicação do órgão, sempre que possível, observará a relação entre as atribuições do cargo, as atividades
específicas da repartição e as características individuais apresentadas pelo servidor.
§ 2º - Tanto a lotação como a relotação poderão ser efetivadas a pedido ou "ex officio", atendendo ao interesse da
Administração.
§ 3º - Nos casos de nomeação para cargos em comissão ou designação para funções gratificadas, a lotação será
compreendida no próprio ato.

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Capítulo V
Da Posse

Art. 18 - Posse é a aceitação expressa do cargo, formalizado com a assinatura do termo no prazo de 15 (quinze)
dias, a contar da nomeação, prorrogável por igual período a pedido do interessado.
§ 1º - Quando se tratar de servidor legalmente afastado do exercício do cargo, o prazo para a posse começará a
fluir a partir do término do afastamento.
§ 2º - A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
§ 3º - No ato da posse, o servidor deverá apresentar declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego
ou função pública.

Art. 19 - A autoridade a quem couber a posse verificará, sob pena de responsabilidade, se foram cumpridas as
formalidades legais prescritas para o provimento do cargo.

Art. 20 - Se a posse não se der no prazo referido no artigo 18, será tornada sem efeito a nomeação.

Art. 21 - São competentes para dar posse:


I - o Governador do Estado, aos titulares de cargo de sua imediata confiança;
II - os Secretários de Estado e os dirigentes de órgãos diretamente ligados ao chefe do Poder Executivo, aos seus
subordinados hierárquicos.

Capítulo VI
Do Exercício

Art. 22 - Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo e dar-se-á no prazo de até 30 (trinta) dias
contados da data da posse.
§ 1º - Será tornada sem efeito a nomeação do servidor que não entrar em exercício no prazo estabelecido neste
artigo.
§ 2º - Compete à chefia imediata da unidade administrativa onde for lotado o servidor, dar-lhe exercício e
providenciar nos elementos necessários à complementação de seus assentamentos individuais.
§ 3º - A readaptação e a recondução, bem como a nomeação em outro cargo, com a conseqüente exoneração do
anterior, não interrompem o exercício.
§ 4º - O prazo de que trata este artigo, para os casos de reintegração, reversão e aproveitamento, será contado a
partir da publicação do ato no Diário Oficial do Estado.

Art. 23 - O servidor removido ou redistribuído "ex-officio", que deva ter exercício em outra localidade, terá 15
(quinze) dias para entrar em exercício, incluído neste prazo, o tempo necessário ao deslocamento para a nova sede.

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Parágrafo único - Na hipótese de o servidor encontrar-se afastado do exercício do cargo, o prazo a que se refere
este artigo será contado a partir do término do afastamento.

Art. 24 - A efetividade do servidor será comunicada ao órgão competente mensalmente, por escrito, na forma do
regulamento.
Parágrafo único - A aferição da freqüência do servidor, para todos os efeitos, será apurada através do ponto, nos
termos do regulamento.

Art. 25 - O servidor poderá afastar-se do exercício das atribuições do seu cargo no serviço público estadual,
mediante autorização do Governador, nos seguintes casos:
I - colocação à disposição;
II - estudo ou missão científica, cultural ou artística;
III - estudo ou missão especial de interesse do Estado.
§ 1º - O servidor somente poderá ser posto à disposição de outros órgãos da administração direta, autarquias ou
fundações de direito público do Estado, para exercer função de confiança.
§ 2º - O servidor somente poderá ser posto à disposição de outras entidades da administração indireta do Estado
ou de outras esferas governamentais, para o exercício de cargo ou função de confiança.
§ 3º - Ficam dispensados da exigência do exercício de cargo ou função de confiança, prevista nos parágrafos
anteriores:
I - os afastamentos de servidores para o Sistema Único de Saúde;
II - os afastamentos nos casos em que haja necessidade comprovada e inadiável do serviço, para o exercício de
funções correlatas às atribuições do cargo, desde que haja previsão em convênio.
§ 4º - Do pedido de afastamento do servidor deverá constar expressamente o objeto do mesmo, o prazo de sua
duração e, conforme o caso, se é com ou sem ônus para a origem.
§ 5º - O servidor estável poderá ser autorizado a, no interesse da Administração Pública e em campo de estudo
vinculado ao cargo que o servidor exerce, e desde que a participação não possa ocorrer simultaneamente com o
exercício do cargo ou mediante compensação de horário, afastar-se, com a respectiva remuneração ou subsídio,
para participar de programa de pós-graduação “stricto sensu” em instituição de ensino superior, no País ou no
exterior, conforme regulamento.

Art. 26 - Salvo nos casos previstos em lei, o servidor que interromper o exercício por mais de 30 (trinta) dias
consecutivos será demitido por abandono de cargo, com base em resultado apurado em inquérito administrativo.

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Art. 27 - O servidor preso para perquirição de sua responsabilidade em crime comum ou funcional será considerado
afastado do exercício do cargo, observado o disposto nos §§ 1.º e 2.º, bem como no inciso IV e §§ 2.º e 3.º do art.
80.
§ 1º - Absolvido, terá considerado este tempo como de efetivo exercício, sendo-lhe ressarcidas as diferenças
pecuniárias a que fizer jus.
§ 2º - O servidor preso para cumprimento de pena decorrente de condenação por crime, se esta não for de natureza
que determine a demissão, ficará afastado do cargo, sem direito à remuneração, até o cumprimento total da pena,
fazendo jus seus dependentes ao benefício de que trata o art. 259-A desta Lei Complementar.

Capítulo VII
Do Estágio Probatório

Art. 28 - Estágio probatório é o período de 3 (três) anos em que o servidor, nomeado em caráter efetivo, deve ficar
em observação, e durante o qual será verificada a conveniência ou não de sua confirmação no cargo, mediante a
apuração dos seguintes requisitos:
I - disciplina;
II - eficiência;
III - responsabilidade;
IV - produtividade;
V - assiduidade.
Parágrafo único - Os requisitos estabelecidos neste artigo, os quais poderão ser desdobrados em outros, serão
apurados na forma do regulamento.

Art. 29 - A aferição dos requisitos do estágio probatório processar-se-á no período máximo de até 32 (trinta e dois)
meses, a qual será submetida à avaliação da autoridade competente, servindo o período restante para aferição
final, nos termos do regulamento.
§ 1º - O servidor que apresente resultado insatisfatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo
anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo único do artigo 54.
§ 2º - Antes da formalização dos atos de que trata o § 1º, será dada ao servidor vista do processo correspondente,
pelo prazo de 5 (cinco) dias para, querendo, apresentar sua defesa, que será submetida, em igual prazo, à
apreciação do órgão competente.
§ 3º - Em caso de recusa do servidor em ser cientificado, a autoridade poderá valer-se de testemunhas do próprio
local de trabalho ou, em caso de inassiduidade, a cientificação poderá ser por correspondência registrada.
§ 4º - A autoridade competente poderá designar comissão de avaliação de estágio probatório, formada por 3 (três)
servidores efetivos e estáveis, preferencialmente com grau de instrução igual ou superior ao do servidor avaliado,
para o fim de avaliar o cumprimento dos requisitos do estágio probatório, conforme regulamento.

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§ 5º - Não serão computados para integrar o triênio de estágio probatório os períodos de afastamento do exercício
efetivo do cargo, cujo prazo ficará suspenso até o término do afastamento.

Capítulo VIII
Da Estabilidade

Art. 30 - O servidor nomeado em cargo de provimento efetivo, mediante aprovação em concurso público, na forma
do art. 12, adquire estabilidade após 3 (três) anos de efetivo exercício, desde que aprovado no estágio probatório.

Art. 31 - O servidor estável só perderá o cargo:


I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; ou
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da lei complementar específica,
assegurada ampla defesa.

Capítulo IX
Do Regime de Trabalho

Art. 32 - A autoridade máxima de cada órgão ou Poder determinará, quando não discriminado em lei ou
regulamento, o horário de trabalho dos órgãos públicos estaduais.
Parágrafo único - Parágrafo único. Pode ser autorizado o regime especial de teletrabalho, a critério da
Administração, na forma prevista em regulamento, e desde que, cumulativamente:
I - exista mecanismo de controle de produtividade;
II - sejam cumpridas as metas individuais e coletivas de produtividade, previamente fixadas;
III - as atribuições do cargo e as atividades do setor não exijam a presença física do servidor.

Art. 32-A - A pedido do servidor, a jornada de trabalho poderá ser reduzida entre 25% (vinte e cinco por cento) e
50% (cinquenta por cento), mediante a concordância do titular do órgão ou entidade a que o servidor estiver
vinculado.
§ 1º - A incidência do regime diferenciado de que trata o “caput” acarretará a redução da remuneração na mesma
proporção da redução da jornada de trabalho.
§ 2º - A redução da jornada de trabalho dependerá da conveniência e oportunidade do serviço e poderá, a qualquer
tempo, ser revogada, por decisão do titular do órgão, ou cancelada, a pedido do servidor.

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Art. 33 - Por necessidade imperiosa de serviço, o servidor poderá ser convocado para cumprir serviço
extraordinário, desde que devidamente autorizado pelo Governador.
§ 1º - Consideram-se extraordinárias as horas de trabalho realizadas além das normais estabelecidas por jornada
diária para o respectivo cargo.
§ 2º - O horário extraordinário de que trata este artigo não poderá exceder a 25% (vinte e cinco por cento) da carga
horária diária a que estiver sujeito o servidor.
§ 3º - Pelo serviço prestado em horário extraordinário, o servidor terá direito à remuneração ou folga, nos termos
do regulamento.

Art. 34 - Considera-se serviço noturno o realizado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do
dia seguinte, observado o previsto no artigo 113.
Parágrafo único - A hora de trabalho noturno será computada como de cinqüenta e dois minutos e trinta segundos.

Capítulo X
Da Promoção

Art. 35 - Promoção é a passagem de um servidor de um grau para o imediatamente superior, dentro da respectiva
categoria funcional.

Art. 36 - As promoções de grau a grau, nos cargos organizados em carreira, obedecerão aos critérios de
merecimento e antigüidade, alternadamente, na forma da lei, que deverá assegurar critérios objetivos na avaliação
do merecimento.

Art. 37 - Somente poderá concorrer à promoção o servidor que:


I - preencher os requisitos estabelecidos em lei;
II - não tiver sido punido nos últimos 12 (doze) meses com pena de suspensão, convertida, ou não, em multa.

Art. 38 - Será anulado, em benefício do servidor a quem cabia por direito, o ato que formalizou indevidamente a
promoção.
Parágrafo único - O servidor a quem cabia a promoção receberá a diferença de retribuição a que tiver direito.

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Capítulo XI
Da Readaptação

Art. 39 - Readaptação é a forma de investidura do servidor estável em cargo de atribuições e responsabilidades


mais compatíveis com sua vocação ou com as limitações que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental,
podendo ser processada à pedido ou "ex-officio".
§ 1º - A readaptação será efetivada, sempre que possível, em cargo compatível com a aptidão do servidor,
observada a habilitação e a carga horária exigida para o novo cargo.
§ 2º - A verificação de que o servidor tornou-se inapto para o exercício do cargo ocupado será realizada pelo órgão
de perícia oficial, que indicará o cargo em que julgar possível a readaptação, mediante confirmação pelo órgão
central de recursos humanos do Estado.
§ 3º - Definido o cargo, serão cometidas as respectivas atribuições ao servidor em estágio experimental, pelo órgão
competente, por prazo não inferior a 90 (noventa) dias, o que poderá ser realizado na mesma repartição ou em
outra, atendendo, sempre que possível, às peculiaridades do caso, mediante acompanhamento sistemático.
§ 4º - No caso de inexistência de vaga, serão cometidas ao servidor as atribuições do cargo indicado, até que se
disponha deste para o regular provimento.

Art. 40 - Se o resultado da inspeção médica concluir pela incapacidade para o serviço público, será determinada a
aposentadoria do readaptando.

Art. 41 - Em nenhuma hipótese poderá a readaptação acarretar aumento ou diminuição da remuneração do


servidor, exceto quando se tratar da percepção de vantagens cuja natureza é inerente ao exercício do novo cargo.
Parágrafo único - Realizando-se a readaptação em cargo de padrão de vencimento inferior, ficará assegurada ao
servidor a remuneração correspondente à do cargo que ocupava anteriormente.

Art. 42 - Verificada a adaptabilidade do servidor no cargo e comprovada sua habilitação será formalizada sua
readaptação, por ato de autoridade competente.
Parágrafo único - O órgão competente poderá indicar a delimitação de atribuições no novo cargo ou no cargo
anterior, apontando aquelas que não podem ser exercidas pelo servidor e, se necessário, a mudança de local de
trabalho.

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Capítulo XII
Da Reintegração

Art. 43 - Reintegração é o retorno do servidor demitido ao cargo anteriormente ocupado, ou ao resultante de sua
transformação, em conseqüência de decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de prejuízos
decorrentes do afastamento.
§ 1º - Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito
a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.
§ 2º - Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos artigos
51 a 53.
§ 3º - O servidor reintegrado será submetido à inspeção médica e, verificada a incapacidade para o serviço público,
será aposentado.

Capítulo XIII
Da Reversão

Art. 44 - Reversão é o retorno à atividade do servidor aposentado por invalidez, quando verificada, por junta médica
oficial, a insubsistência dos motivos determinantes da aposentadoria.
§ 1º - O servidor que reverter terá assegurada a retribuição correspondente à situação funcional que detinha
anteriormente à aposentadoria.
§ 2º - Ao servidor que reverter, aplicam-se as disposições dos artigos 18 e 22, relativas à posse e ao exercício,
respectivamente.

Art. 45 - A reversão far-se-á a pedido ou "ex-officio", no mesmo cargo ou no resultante de sua transformação.

Art. 46 - É vedada a reversão do servidor com mais de 70 (setenta) anos.

Art. 47 - O servidor que reverter não poderá ser aposentado antes de decorridos 5 (cinco) anos de efetivo exercício,
salvo se sobrevier outra moléstia que o incapacite definitivamente ou for invalidado em conseqüência de acidente
ou de agressão não-provocada no exercício de suas atribuições.
Parágrafo único - Para efeito deste artigo, não será computado o tempo em que o servidor, após a reversão, tenha
se licenciado em razão da mesma moléstia.

Art. 48 - O tempo em que o servidor esteve aposentado será computado, na hipótese de reversão, exclusivamente
para fins de nova aposentadoria.

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Capítulo XIV
Da Disponibilidade e do Aproveitamento

Seção I
Da Disponibilidade

Art. 49 - A disponibilidade decorrerá da extinção do cargo ou da declaração da sua desnecessidade.


Parágrafo único - O servidor estável ficará em disponibilidade até seu aproveitamento em outro cargo.

Art. 50 - O servidor estável em disponibilidade perceberá remuneração proporcional ao tempo de serviço.


Parágrafo único - O servidor em disponibilidade será aposentado se, submetido à inspeção médica, for declarado
invalido para o serviço público.

Seção II
Do Aproveitamento

Art. 51 - Aproveitamento é o retorno à atividade do servidor em disponibilidade e far-se-á, obrigatoriamente, em


cargo de atribuições e vencimento compatíveis com o anteriormente ocupado.

Art. 52 - O órgão central de recursos humanos poderá indicar o aproveitamento do servidor em disponibilidade,
em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública Estadual, na forma do regulamento.

Art. 53 - Salvo doença comprovada por junta médica oficial, será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a
disponibilidade, se o servidor não entrar em exercício no prazo de 30 (trinta) dias.

Capítulo XV
Da Recondução

Art. 54 - Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:
I - obtenção de resultado insatisfatório em estágio probatório relativo a outro cargo;
II - reintegração do anterior ocupante do cargo.
III - pedido do servidor que, investido em outro cargo inacumulável, deseje retornar, desde que não ultrapassado
o prazo do estágio probatório do novo cargo.
Parágrafo único - Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, com a natureza
e vencimento compatíveis com o que ocupara, observado o disposto no artigo 52.

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Capítulo XVI
Da Vacância

Art. 55 - A vacância do cargo decorrerá de:


I - exoneração;
II - demissão;
III - readaptação;
IV - aposentadoria;
V - recondução;
VI - falecimento.
Parágrafo único - A abertura da vaga ocorrerá na data da publicação da lei que criar o cargo ou do ato que formalizar
qualquer das hipóteses previstas neste artigo.

Art. 56 - A exoneração dar-se-á:


I - a pedido do servidor;
II - "ex-officio", quando:
a) se tratar de cargo em comissão, a critério da autoridade competente;
b) não forem satisfeitas as condições do estágio probatório.

Art. 57 - A demissão decorrerá de aplicação de pena disciplinar na forma prevista em lei.

Capítulo XVII
Da Remoção e da Redistribuição

Seção I
Da Remoção

Art. 58 - Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou "ex-officio", com ou sem mudança de sede:
I - de uma repartição para outra;
II - de uma unidade de trabalho para outra, dentro da mesma repartição.
§ 1º - Deverá ser sempre comprovada por junta médica, a remoção, a pedido, por motivo de saúde do servidor, do
cônjuge deste ou dependente, mediante prévia verificação da existência de vaga.
§ 2º - Sendo o servidor removido da sede, dar-se-á, sempre que possível, a remoção do cônjuge, que for também
servidor estadual; não sendo possível, observar-se-á o disposto no artigo 147.

Art. 59 - A remoção por permuta será processada a pedido de ambos os interessados, ouvidas, previamente, as
chefias envolvidas.

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Seção II
Da Redistribuição

Art. 60 - Redistribuição é o deslocamento do servidor com o respectivo cargo, de um quadro de pessoal ou entidade
para outro do mesmo Poder, cujos planos de cargos e vencimentos sejam idênticos.
§ 1º - Dar-se-á, exclusivamente, a redistribuição, para ajustamento de quadros de pessoal às necessidades dos
serviços , inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade, na forma da lei.
§ 2º - Nos casos de extinção de órgão ou entidade, os servidores estáveis que não puderem ser redistribuídos, nos
termos deste artigo, serão colocados em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma do artigo 51.
§ 3º - O disposto neste artigo não se aplica aos cargos definidos em lei como de lotação privativa.

Capítulo XVIII
Da Substituição

Art. 61 - Os servidores investidos em cargo em comissão ou funções gratificadas terão substitutos, durante seus
afastamentos ou impedimentos eventuais, previamente designados pela autoridade competente.
Parágrafo único - O substituto fará jus ao vencimento do cargo ou função na proporção dos dias de efetiva
substituição iguais ou superiores a 10 (dez) dias consecutivos, computáveis para os efeitos dos artigos 102 e 103
desta lei.

Título III
DOS DIREITOS E VANTAGENS
Capítulo I
Do Tempo de Serviço

Art. 62 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias, os quais serão convertidos em anos, considerados
estes como período de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.

Art. 63 - Os dias de efetivo exercício serão computados à vista dos comprovantes de pagamento, ou dos regimes
funcionais.

Art. 64 - São considerados de efetivo exercício os afastamentos do serviço em virtude de:


I - férias;
II - casamento, até 8 (oito) dias consecutivos;
III - falecimento de cônjuge, ascendente, descendente, sogros, irmãos, companheiro ou companheira, madrasta ou
padrasto, enteado e menor sob guarda ou tutela, até 8 (oito) dias;
IV - doação de sangue, 1(um) dia por mês, mediante comprovação;

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V - exercício pelo servidor efetivo, de outro cargo, de provimento em comissão, exceto para efeito de promoção
por merecimento;
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
VII - desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, exceto para promoção por merecimento;
VIII - missão ou estudo noutros pontos do território nacional ou no exterior, quando o afastamento houver sido
expressamente autorizado pelo Governador do Estado e sem prejuízo da retribuição pecuniária;
IX - deslocamento para nova sede na forma do artigo 58;
X - realização de provas, na forma do artigo 123;
XI - assistência a filho excepcional, na forma do artigo 127;
XII - prestação de prova em concurso público;
XIII - participação em programas de treinamento regularmente instituído, correlacionado às atribuições do cargo;
XIV - licença:
a) à gestante, à adotante e à paternidade;
b) para tratamento da própria saúde ou de pessoa da família, com remuneração;
c) prêmio por assiduidade;
d) por motivo de acidente em serviço, agressão não-provocada ou doença profissional;
e) para concorrer a mandato eletivo federal, estadual ou municipal;
f) para desempenho de mandato classista, exceto para efeito de promoção por merecimento;
g) para participar de cursos, congressos e similares, sem prejuízo da retribuição;
XV - moléstia, devidamente comprovada por atestado médico, até 3 (três) dias por mês, mediante pronta
comunicação à chefia imediata;
XVI - (Revogado pela Lei Complementar nº 15.450, de 17 de fevereiro de 2020)
Parágrafo único - (Revogado pela Lei Complementar nº 15.450, de 17 de fevereiro de 2020)

Art. 65 - Computar-se-á integralmente, para efeito de aposentadoria e disponibilidade o tempo:


I - de serviço prestado pelo servidor em função ou cargo público federal, estadual ou municipal;
II - de serviço ativo nas forças armadas e auxiliares prestado durante a paz, computando-se em dobro o tempo em
operação de guerra, na forma da lei;
III - correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, anterior ao ingresso no
serviço público estadual;
IV - de serviço prestado em atividade privada, vinculada à previdência social, observada a compensação financeira
entre os diversos sistemas previdenciários segundo os critérios estabelecidos em lei;
V - em que o servidor:
a) esteve em disponibilidade;
b) já esteve aposentado, quando se tratar de reversão.

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Art. 66 - É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo
ou função em órgão ou entidade dos Poderes da União, estados, municípios, autarquias, fundações, sociedades de
economia mista e empresas públicas.

Capítulo II
Das Férias

Art. 67 - O servidor gozará, anualmente, 30 (trinta) dias de férias.


§ 1º - Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
§ 2º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
§ 3º - A requerimento do servidor, e havendo concordância da chefia, as férias poderão ser gozadas em até 3 (três)
períodos.

Art. 68 - Será pago ao servidor, por ocasião das férias, independentemente de solicitação, o acréscimo
constitucional de 1/3 (um terço) da remuneração do período de férias, pago antecipadamente.
§ 1º - O pagamento da remuneração de férias será efetuado antecipadamente ao servidor que o requerer,
juntamente com o acréscimo constitucional de 1/3 (um terço), antes do início do referido período.
§ 2º - Na hipótese de férias parceladas poderá o servidor indicar em qual dos períodos utilizará a faculdade de que
trata este artigo.

Art. 69 - Durante as férias o servidor terá direito a todas as vantagens inerentes ao cargo como se estivesse em
exercício.

Art. 70 - O servidor que opere direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas, próximas a fontes
de irradiação, terá direito, quando no efetivo exercício de suas atribuições, a 20 (vinte) dias consecutivos de férias
por semestre, não acumuláveis e intransferíveis.

Art. 71 - Por absoluta necessidade de serviço e ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica, as férias
poderão ser acumuladas até o máximo de dois períodos anuais.

Art. 72 - As férias somente poderão ser interrompidas por motivos de calamidade pública, comoção interna,
convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou por superior interesse público.

Art. 73 - Se o servidor vier a falecer, quando já implementado o período de um ano, que lhe assegure o direito a
férias, a retribuição relativa ao período, descontadas as eventuais parcelas correspondentes à antecipação, será
paga aos dependentes legalmente constituídos.

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Art. 74 - O servidor exonerado fará jus ao pagamento da remuneração de férias proporcionalmente aos meses de
efetivo exercício, descontadas eventuais parcelas já fruídas.
Parágrafo único - O pagamento de que trata este artigo corresponderá a 1/12 (um doze avos) da remuneração a
que fizer jus o servidor na forma prevista no artigo 69 desta lei, relativa ao mês em que a exoneração for efetivada.

Art. 75 - O servidor que tiver gozado mais de 30 (trinta) dias de licença para tratar de interesses particulares ou
para acompanhar o cônjuge, somente após um ano de efetivo exercício contado da data da apresentação, fará jus
a férias.

Art. 76 - Perderá o direito às férias o servidor que, no ano antecedente àquele em que deveria gozá-las, tiver mais
de 30 (trinta) dias de faltas não justificadas ao serviço.

Art. 77 - O servidor readaptado, relotado, removido ou reconduzido, quando em gozo de férias, não é obrigado a
apresentar-se antes de concluí-las.

Capítulo III
Do Vencimento e da Remuneração

Art. 78 - Vencimento é a retribuição pecuniária devida ao servidor pelo efetivo exercício do cargo, correspondente
ao padrão fixado em lei.
Parágrafo único - Nenhum servidor receberá, a título de vencimento básico, importância inferior ao salário mínimo.

Art. 79 - Remuneração é o vencimento do cargo acrescido das vantagens pecuniárias estabelecidas em lei.
§ 1º - O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível, sendo vedada
vinculação ou equiparação para efeitos de remuneração de pessoal.
§ 2º - (Parágrafo revogado pela Lei Complementar nº 10.727, de 23 de janeiro de 1996)

Art. 80 - O servidor perderá:


I - a remuneração relativa aos dias em que faltar ao serviço;
II - a parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências e saídas antecipadas, iguais ou superiores
a 60 (sessenta) minutos;
III - a metade da remuneração, na hipótese de conversão da pena de suspensão em multa;
IV - totalidade de sua remuneração durante o afastamento do exercício do cargo, nas hipóteses previstas no art.
27 desta Lei Complementar, observado o disposto nos §§ 2.º e 3.º.
§ 1º - No caso de faltas sucessivas, serão computados para efeito de desconto os períodos de repouso intercalados.
§ 2º - O servidor preso para perquirição de sua responsabilidade em crime comum ou funcional perceberá 2/3 (dois
terços) da remuneração do cargo pelo prazo de até 180 (cento e oitenta) dias.

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§ 3º - O servidor preso para perquirição de sua responsabilidade em crime decorrente de ato praticado no exercício
regular do cargo público perceberá remuneração observadas as seguintes disposições:
I - em valor equivalente à remuneração total do cargo por até 180 (cento e oitenta) dias;
II - em valor equivalente a 2/3 (dois terços) da remuneração do cargo, no período que exceder a 180 (cento e
oitenta) e não ultrapassar 730 (setecentos e trinta) dias;
III - sem remuneração no período que exceder a 730 (setecentos e trinta) dias.
§ 4º - Transcorridos os prazos de que tratam o § 2.º e o inciso III do § 3.º, cessará a percepção de qualquer
remuneração pelo servidor preso, e os seus dependentes farão jus ao benefício de que trata o art. 259-A desta Lei
Complementar.

Art. 81 - Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou
provento.
Parágrafo único - Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de
terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em regulamento.

Art. 82 - As reposições e indenizações ao erário deverão ser descontadas em parcelas mensais não excedentes a
30% (trinta por cento) nem inferiores a 10% (dez por cento) da remuneração, subsídio ou proventos.

Art. 83 - Terá o prazo de 60 (sessenta) dias para quitar eventuais débitos com o erário, o servidor que for demitido
ou exonerado.
Parágrafo único - A não-quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição na dívida ativa.

Art. 84 - O vencimento, a remuneração ou provento não serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto
nos casos de prestação de alimentos, resultantes de decisão judicial.

Capítulo IV
DAS VANTAGENS

Art. 85 - Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:


I - indenizações;
II - avanços;
III - gratificações e adicionais;
IV - honorários e jetons.

Art. 86 - As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer
outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

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Art. 87 - Salvo os casos previstos nesta lei, o servidor não poderá receber, a qualquer título, seja qual for o motivo
ou a forma de pagamento, nenhuma outra vantagem pecuniária dos órgãos da Administração Direta ou Indireta,
ou outras organizações públicas, em razão de seu cargo, nas quais tenha sido mandado servir.

Art. 88 - As vantagens de que trata o art. 85 não são incorporadas à remuneração do servidor em atividade, nem
aos proventos dos inativos.
§ 1º - (Revogado pela Lei Complementar nº 15.450, de 17 de fevereiro de 2020)
§ 2º - Aos titulares de cargo de confiança optantes por gratificação por exercício de função já incorporadas nos
termos da lei, é facultada a opção pela percepção da gratificação de representação correspondente às atribuições
da função titulada.
§ 3º - Os servidores que incorporaram gratificação por exercício de função em atividade e os servidores inativos
terão seus vencimentos e proventos revistos na forma estabelecida neste artigo.

Seção I
DAS INDENIZAÇÕES

Art. 89 - Constituem indenizações ao servidor:


I - ajuda de custo;
II - diárias;
III - transporte.

Subseção I
DA AJUDA DE CUSTO

Art. 90 - A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalações do servidor que, no interesse do
serviço, passe a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente.
Parágrafo único - Correm por conta da Administração as despesas de transporte do servidor e de sua família,
compreendendo passagens, bagagens e bens pessoais.

Art. 91 - A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor, conforme se dispuser em regulamento, não
podendo exceder a importância correspondente a 3 (três) meses de remuneração.

Art. 92 - Não será concedida ajuda de custo:


I - quando o deslocamento ocorrer a pedido do servidor;
II - ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo; e
III - nos casos de provimento originário em cargo de provimento efetivo.

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Art. 93 - Será concedida ajuda de custo ao servidor efetivo do Estado que for nomeado para cargo em comissão ou
designado para função gratificada, com mudança de domicílio.
Parágrafo único - No afastamento para exercício de cargo em comissão, em outro órgão ou entidade da União, do
Distrito Federal, dos estados ou municípios, o servidor não receberá ajuda de custo do Estado.

Art. 94 - O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, não se apresentar na
nova sede, no prazo de 30 (trinta) dias.

Subseção II
DAS DIÁRIAS

Art. 95 - O servidor que se afastar temporariamente da sede, em objeto de serviço, fará jus, além das passagens de
transporte, também a diárias destinadas à indenização das despesas de alimentação e pousada.
§ 1º - Entende-se por sede a localidade onde o servidor estiver em exercício em caráter permanente.
§ 2º - A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir
pernoite fora da sede.
§ 3º - Não serão devidas diárias nas hipóteses em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do
serviço, nem quando o deslocamento se der para distâncias inferiores a 50 km (cinquenta quilômetros).

Art. 96 - O servidor que receber diárias e, por qualquer motivo não se afastar da sede, fica obrigado a restitui-las
integralmente, no prazo de cinco (5) dias.
Parágrafo único - Na hipótese de o servidor retornar à sede, em prazo menor do que o previsto para o seu
afastamento, deverá restituir as diárias recebidas em excesso, no período previsto no "caput".

Art. 97 - As diárias que deverão ser pagas antes do deslocamento, serão calculadas sobre o valor básico fixado em
lei e serão percebidas pelo servidor que a elas fizer jus, na forma do regulamento.

Subseção III
DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE

Art. 98 - Será concedida indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio
próprio de locomoção, para execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme
previsto em regulamento.

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Seção II
Dos Avanços

Art. 99 - Por triênio de efetivo exercício no serviço público, o servidor terá concedido automaticamente um
acréscimo de 5% (cinco por cento), denominado avanço, calculado na forma da lei.
§ 1º - O servidor fará jus a tantos avanços quanto for o tempo de serviço público em que permanecer em atividade,
computado na forma dos artigos 116 e 117.
§ 2º - O disposto no "caput" e no parágrafo anterior não se aplica ao servidor cuja primeira investidura no serviço
público estadual ocorra após 30 de junho de 1995, hipótese em que será observado o disposto no parágrafo
seguinte.
§ 3º - Por triênio de efetivo exercício no serviço público, ao servidor será concedido automaticamente um acréscimo
de 3% (três por cento), denominado avanço, calculado, na forma da lei.

Seção III
Das Gratificações e Adicionais

Art. 100 - Serão deferidos ao servidor as seguintes gratificações e adicionais por tempo de serviço e outras por
condições especiais de trabalho:
I - gratificação por exercício de função;
II - gratificação natalina;
III - gratificação por regime especial de trabalho, na forma da lei;
IV - gratificação por exercício de atividades insalubres, penosas ou perigosas;
V - gratificação por exercício de serviço extraordinário;
VI - gratificação de representação, na forma da lei;
VII - gratificação por serviço noturno;
VIII - adicional por tempo de serviço;
IX - gratificação de permanência em serviço;
X - abono familiar;
XI - outras gratificações, relativas ao local ou à natureza do trabalho, na forma da lei.

Subseção I
Da Gratificação por Exercício de Função

Art. 101 - A função gratificada será percebida pelo exercício de chefia, assistência ou assessoramento,
cumulativamente ao vencimento do cargo de provimento efetivo.

Art. 102 - (REVOGADO).

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Art. 103 - Fica vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao exercício de função de
confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo ou aos proventos de inatividade ou pensão.

Subseção II
Da Gratificação Natalina

Art. 104 - Será concedida ao servidor que esteja no desempenho de suas funções uma gratificação natalina
correspondente a sua remuneração integral devida no mês de dezembro.
§ 1º - A gratificação de que trata este artigo corresponderá a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que fizer jus
o servidor, no mês de dezembro, por mês de efetivo exercício, considerando-se as frações iguais ou superiores a
15 (quinze) dias como mês integral.
§ 2º - O pagamento da gratificação natalina será efetuado até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada
exercício.
§ 3º - A gratificação natalina é devida ao servidor afastado de suas funções, sem prejuízo da remuneração e demais
vantagens.
§ 4º - O Estado indenizará o servidor pelo eventual descumprimento do prazo de pagamento das obrigações
pecuniárias relativas à gratificação natalina, cuja base de cálculo será o valor desta, deduzidos os descontos legais.
§ 5º - A indenização de que trata o § 4º será calculada com base no índice oficial de remuneração da caderneta de
poupança, “pro-rata die”, e paga juntamente com o valor total ou parcial da referida gratificação.
§ 6º - A indenização de que trata o § 4º, referente à gratificação natalina devida no exercício de 2017, será calculada
com base em um percentual de 1,42% (um inteiro e quarenta e dois centésimos por cento) ao mês, “pro-rata die”,
sobre o saldo não pago e creditada juntamente com o valor total ou parcial da referida gratificação.
§ 7º - A indenização de que trata o § 4º, referente à gratificação natalina devida no exercício de 2018, será calculada
com base em um percentual de 1,50% (um inteiro e cinquenta centésimos por cento) ao mês, “pro-rata die”, sobre
o saldo não pago e creditada juntamente com o valor total ou parcial da referida gratificação.
§ 8º - A indenização de que trata o § 4º, referente à gratificação natalina devida no exercício de 2019, será calculada
com base em um percentual de 1,30% (um inteiro e trinta centésimos por cento) ao mês, “pro-rata die”, sobre o
saldo não pago e creditada juntamente com o valor total ou parcial da referida gratificação.
§ 9º - A indenização de que trata o § 4º deste artigo, referente à gratificação natalina devida no exercício de 2020
será com base no percentual de 0,87% (oitenta e sete centésimos por cento) ao mês, “pro-rata die”, sobre o saldo
não pago, e creditada juntamente com o valor total ou parcial da referida gratificação.

Art. 105 - O servidor exonerado terá direito à gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de exercício,
calculada na forma do § 1º do artigo anterior, sobre a remuneração do mês da exoneração.

Art. 106 - É extensiva aos inativos a percepção da gratificação natalina, cujo cálculo incidirá sobre as parcelas que
compõem seu provento.

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Subseção III
Da Gratificação por Exercício de Atividades Insalubres, Perigosas ou Penosas

Art. 107 - Os servidores que exerçam suas atribuições com habitualidade em locais insalubres ou em contato com
substâncias tóxicas radioativas ou com risco de vida fazem jus a uma gratificação, nos termos da lei.
§ 1º - O servidor que fizer jus às gratificações de insalubridade, periculosidade ou penosidade deverá optar por uma
delas nas condições previstas em lei.
§ 2º - O direito às gratificações previstas neste artigo cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram
causa a sua concessão.
§ 3º - Será devida aos servidores públicos civis ocupantes de cargo de provimento efetivo uma gratificação pelo
exercício de suas funções em locais insalubres ou em contato com substâncias tóxicas radioativas, denominada
gratificação de insalubridade, calculada em razão do grau de exposição, a incidir sobre o vencimento básico do
cargo titulado, nos seguintes percentuais:
I - 10% (dez por cento), se mínimo o grau de exposição;
II - 20% (vinte por cento), se médio o grau de exposição; e
III - 40% (quarenta por cento), se máximo o grau de exposição.
§ 4º - A gratificação de que trata este artigo não se incorporará à remuneração nem aos proventos de inatividade,
sendo devida apenas enquanto o servidor estiver prestando o serviço nas condições especiais.
§ 5º - A existência das condições especiais de que trata o “caput” e o grau de exposição do servidor serão aferidos
pelo órgão oficial de perícia, com revisão periódica, na forma do regulamento.

Art. 108 - Haverá permanente controle da atividade de servidores em operações ou locais considerados penosos,
insalubres ou perigosos.
Parágrafo único - A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durarem a gestação e a lactação, das
operações e locais previstos neste artigo, passando a exercer suas atividades em local salubre e em serviço
compatível com suas condições.

Art. 109 - Os locais de trabalho e os servidores que operem com Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos
sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto
na legislação própria.
Parágrafo único - Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis)
meses de exercício.

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Subseção IV
Da Gratificação por Exercício de Serviço Extraordinário

Art. 110 - O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à
hora normal de trabalho.

Art. 111 - A gratificação de que trata o artigo anterior somente será atribuída ao servidor para atender às situações
excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo previsto no § 2º do artigo 33.

Art. 112 - O valor da hora de serviço extraordinário, prestado em horário noturno, será acrescido de mais 20%
(vinte por cento) sobre o valor da hora normal.

Subseção V
Da Gratificação por Serviço Noturno

Art. 113 - O serviço noturno terá o valor-hora acrescido de 20% (vinte por cento), observado o disposto no artigo
34.
Parágrafo único - As disposições deste artigo não se aplicam quando o serviço noturno corresponder ao horário
normal de trabalho.

Subseção VI
Da Gratificação de Permanência em Serviço

Art. 114 - Ao servidor que adquirir direito à aposentadoria voluntária com proventos integrais e cuja permanência
no desempenho de suas funções for julgada conveniente e oportuna para o serviço público estadual poderá ser
deferida, por ato do Governador, uma gratificação de permanência em serviço de valor correspondente a 10% (dez
por cento) do seu vencimento básico.
§ 1º - Fica assegurado o valor correspondente ao do vencimento básico do Padrão 16 do Quadro Geral dos
Funcionários Públicos do Estado, proporcional à carga horária, quando a aplicação do disposto no "caput" deste
artigo resultar em um valor de gratificação inferior ao desse vencimento básico.
§ 2º - A gratificação de que trata este artigo tem natureza precária e transitória e não servirá de base de cálculo
para nenhuma vantagem, nem será incorporada aos vencimentos ou proventos da inatividade.
§ 3º - A gratificação de que trata este artigo será deferida por um período máximo de dois anos, sendo admitidas
renovações por igual período, mediante iniciativa da chefia imediata do servidor, ratificada pelo Titular da Pasta a
que estiver vinculado o órgão ou entidade, e juízo de conveniência e oportunidade do Governador.

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§ 4º - O servidor, a quem for deferida a gratificação de que trata o "caput" deste artigo, poderá ser chamado a
prestar serviço em local diverso de sua lotação durante o período da concessão da gratificação de permanência em
serviço.
§ 5º - Não se aplica o disposto no “caput” aos servidores que percebam remuneração na forma de subsídio
conforme o disposto nos §§ 4.º e 8.º do art. 39 da Constituição Federal.

Subseção VII
Do Adicional por Tempo de Serviço

Art. 115 - O servidor, ao completar 15 (quinze) e 25 (vinte e cinco) anos de serviço público, contados na forma desta
lei, passará a perceber, respectivamente, o adicional de 15% (quinze por cento) ou 25% (vinte e cinco por cento)
calculados na forma da lei.
Parágrafo único - A concessão do adicional de 25% (vinte e cinco por cento) fará cessar o de 15% (quinze por cento),
anteriormente concedido.
§ 2º - (REVOGADO).
§ 3º - (REVOGADO).

Art. 116 - Para efeito de concessão dos adicionais será computado o tempo de serviço federal, estadual ou
municipal, prestado à administração direta, autarquias e fundações de direito público.
Parágrafo único - Compreende-se, também, como serviço estadual o tempo em que o servidor tiver exercido
serviços transferidos para o Estado.

Art. 117 - Na acumulação remunerada, será considerado, para efeito de adicional, o tempo de serviço prestado a
cada cargo isoladamente.

Subseção VIII
Do Abono Familiar

Art. 118 - Ao servidor ocupante de cargo efetivo, bem como aos inativos vinculados pelo Regime Próprio de
Previdência Social do Estado, será concedido, observado o disposto neste artigo, abono familiar pelos seguintes
dependentes:
I - filho menor de 18 (dezoito) anos;
II - filho inválido ou excepcional de qualquer idade, que seja comprovadamente incapaz;
III - filho estudante, desde que não exerça atividade remunerada, até a idade de 24 (vinte e quatro) anos;
IV - cônjuge inválido, comprovadamente incapaz, que não perceba remuneração.
§ 1º - O abono familiar de que trata o “caput” será pago nos seguintes valores:
I - R$ 195,00 (cento e noventa e cinco reais) por dependente enquadrado nos incisos II e IV do “caput” deste artigo;

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II - R$ 120,00 (cento e vinte reais) por dependente enquadrado nos incisos I e III do “caput” deste artigo.
§ 2º - Estendem-se os benefícios deste artigo aos enteados, aos tutelados e aos menores que, mediante autorização
judicial, estejam submetidos a sua guarda.
§ 3º - São condições para percepção do abono familiar que:
I - os dependentes relacionados neste artigo vivam efetivamente às expensas do servidor ou inativo;
II - a invalidez de que tratam os incisos II e IV do "caput" deste artigo seja comprovada mediante inspeção médica,
pelo órgão competente do Estado.
§ 4º - No caso de ambos os cônjuges serem servidores públicos, o direito de um não exclui o do outro.
§ 5º - Será deduzido do valor do abono familiar devido por dependente enquadrado nos incisos I e III do “caput”
deste artigo o equivalente a 13,5% (treze inteiros e meio por cento) do montante da remuneração mensal bruta do
servidor que exceder a 7 (sete) vezes o menor vencimento básico inicial do Estado, limitado ao valor do benefício.

Art. 119 - Por cargo exercido em acúmulo no Estado, não será devido o abono familiar.

Art. 120 - A concessão do abono terá por base as declarações do servidor, sob as penas da lei.
Parágrafo único - As alterações que resultem em exclusão de abono deverão ser comunicadas no prazo de 15
(quinze) dias da data da ocorrência.

Seção IV
Dos Honorários e Jetons

Art. 121 - O servidor fará jus a honorários quando designado para exercer, fora do horário de expediente a que
estiver sujeito, as funções de:
I - membro de banca de concurso;
II - gerência, planejamento, execução ou atividade auxiliar de concurso;
III - treinamento de pessoal;
IV - professor, em cursos legalmente instituídos.

Art. 122 - O servidor, no desempenho do encargo de membro de órgão de deliberação coletiva legalmente
instituído, receberá jeton, a título de representação na forma da lei.

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Capítulo V
Das Concessões
Seção I
Das Vantagens ao Servidor Estudante ou Participante de Cursos, Congressos e Similares

Art. 123 - É assegurado o afastamento do servidor efetivo, sem prejuízo de sua remuneração, nos seguintes casos:
I - durante os dias de provas finais do ano ou semestre letivo, para os estudantes de ensino superior, 1º e 2º graus;
II - durante os dias de provas em exames supletivos e de habilitação a curso superior.
Parágrafo único - O servidor, sob pena de ser considerado faltoso ao serviço, deverá comprovar perante a chefia
imediata as datas em que se realizarão as diversas provas e seu comparecimento.

Art. 124 - O servidor somente será indicado para participar de cursos de especialização ou capacitação técnica
profissional no Estado, no País ou no exterior, com ônus para o Estado, quando houver correlação direta e imediata
entre o conteúdo programático de tais cursos e as atribuições do cargo ou função exercidos.

Art. 125 - Ao Servidor poderá ser concedida licença para freqüência a cursos, seminários, congressos, encontros e
similares, inclusive fora do Estado e no exterior, sem prejuízo da remuneração e demais vantagens, desde que o
conteúdo programático esteja correlacionado às atribuições do cargo que ocupar, na forma a ser regulamentada.
Parágrafo único - Fica vedada a concessão de exoneração ou licença para tratamento de interesses particulares ao
servidor beneficiado pelo disposto neste artigo, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida antes
de decorrido período igual ao do afastamento.

Art. 126 - Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da Administração, é assegurada, na localidade da
nova residência ou mais próxima, matrícula em instituição congênere do Estado, em qualquer época, independente
de vaga.
Parágrafo único - O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge, aos filhos ou enteados do servidor, que vivam na
sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com autorização judicial.

Seção II
Da Assistência a Filho Excepcional

Art. 127 - O servidor, pai, mãe ou responsável por pessoa com deficiência, física ou mental, em tratamento, fica
autorizado a se afastar do exercício do cargo, quando necessário, por período de até 50% (cinquenta por cento) de
sua carga horária normal cotidiana, na forma da lei.
Parágrafo único - A licença será concedida pelo prazo de até 12 (doze) meses, mediante laudo de perícia médica
oficial, podendo ser renovada pelo mesmo período, sucessivamente.

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Capítulo VI
Das Licenças

Seção I
Disposições Gerais

Art. 128 - Será concedida, ao servidor, licença:


I - para tratamento de saúde;
II - por acidente em serviço;
III - por motivo de doença em pessoa da família;
IV - à gestante, à adotante e à paternidade;
V - para prestação de serviço militar;
VI - para tratar de interesses particulares;
VII - para acompanhar o cônjuge;
VIII - para desempenho de mandato classista;
IX - prêmio por assiduidade;
X - para concorrer a mandato público eletivo;
XI - para o exercício de mandato eletivo;
XII - especial, para fins de aposentadoria.
§ 1º - O servidor não poderá permanecer em licença por prazo superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo nos casos
dos incisos VII, VIII e XI deste artigo.
§ 2º - Ao servidor nomeado em comissão somente será concedida licença para tratamento de saúde, desde que
haja sido submetido à inspeção médica para ingresso e julgado apto e nos casos dos incisos II, III, IV, IX e XII.

Art. 129 - A inspeção será feita por médicos do órgão competente, nas hipóteses de licença para tratamento de
saúde e por motivo de doença em pessoa da família, e por junta oficial, constituída de 3 (três) médicos, nos demais
casos.

Seção II
Da Licença para Tratamento de Saúde

Art. 130 - Será concedida, ao servidor, licença para tratamento de saúde, a pedido ou "ex-officio", precedida de
inspeção médica realizada pelo órgão de perícia oficial do Estado, sediada na Capital ou no interior, sem prejuízo
da remuneração a que fizer jus.
§ 1º - Sempre que necessário, a inspeção médica poderá ser realizada na residência do servidor ou no
estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.

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§ 2º - Poderá, excepcionalmente, ser admitido atestado médico particular, quando ficar comprovada a
impossibilidade absoluta de realização de exame por órgão oficial da localidade.
§ 3º - O atestado referido no parágrafo anterior somente surtirá efeito após devidamente examinado e validado
pelo órgão de perícia médica competente.
§ 4º - O servidor não poderá recusar-se à inspeção médica, sob pena de ser sustado o pagamento de sua
remuneração até que seja cumprida essa formalidade.
§ 5º - No caso de o laudo registrar pareceres contrários à concessão da licença, as faltas ao serviço correrão sob a
responsabilidade exclusiva do servidor.
§ 6º - O resultado da inspeção será comunicado imediatamente ao servidor, logo após a sua realização, salvo se
houver necessidade de exames complementares, quando então, ficará à disposição do órgão de perícia médica.
§ 7º - A critério do órgão de perícia oficial do Estado, o servidor poderá ser convocado para avaliação presencial.
§ 8º - A licença para tratamento de saúde de até 15 (quinze) dias, no período de 1 (um) ano, poderá ser dispensada
de inspeção médica realizada pelo órgão de perícia oficial do Estado, ou mesmo de homologação dos atestados, na
forma de regulamento.

Art. 131 - Findo o período de licença, o servidor deverá reassumir imediatamente o exercício do cargo, sob pena
de ser considerado faltoso, salvo prorrogação ou determinação constante do laudo.
Parágrafo único - A infringência ao disposto neste artigo implicará perda da remuneração, sem prejuízo, se a
ausência exceder a 30 (trinta) dias, da pena prevista no art. 191, inciso IV, observado o disposto no art. 26, ambos
desta Lei Complementar.

Art. 132 - Nas licenças por períodos prolongados, antes de se completarem 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias,
deverá o órgão de perícia médica pronunciar-se sobre a natureza da doença, indicando se o caso é de:
I - concessão de nova licença ou de prorrogação;
II - retorno ao exercício do cargo, com ou sem limitação de tarefas;
III - readaptação, com ou sem limitação de tarefas.
IV - aposentadoria por invalidez.
§ 1º - As licenças, pela mesma moléstia, com intervalos inferiores a 30 (trinta) dias, serão consideradas como
prorrogação.
§ 2º - A delimitação de função será indicada em decorrência de restrições de saúde, apresentadas pelo servidor,
desde que mantidas as atividades básicas do cargo por período de até 12 (doze) meses, podendo ser renovado
sucessivamente por períodos iguais a critério da perícia oficial do Estado.

Art. 133 - O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ou à natureza da doença, devendo, porém,
esta ser especificada através do respectivo código (CID).
Parágrafo único - Para a concessão de licença a servidor acometido de moléstia profissional, o laudo médico deverá
estabelecer sua rigorosa caracterização.

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Art. 134 - O servidor em licença para tratamento de saúde deverá abster-se do exercício de atividade remunerada
ou incompatível com seu estado, sob pena de imediata suspensão da mesma.

Seção III
Da Licença por Acidente em Serviço

Art. 135 - O servidor acidentado em serviço será licenciado com remuneração integral até seu total
restabelecimento.

Art. 136 - Configura-se acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor, desde que relacionado,
mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo.
Parágrafo único - Equipara-se a acidente em serviço o dano:
I - decorrente de agressão sofrida e não-provocada pelo servidor no exercício das atribuições do cargo;
II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa, desde que ausente culpa do servidor;
III - causado por doença infecciosa proveniente de contaminação ocorrida no exercício das atribuições do cargo.

Art. 137 - O servidor acidentado em serviço terá tratamento integral custeado pelo Estado.

Art. 138 - Para concessão de licença e tratamento ao servidor, em razão de acidente em serviço ou agressão não-
provocada no exercício de suas atribuições, é indispensável a comprovação detalhada do fato, no prazo de 10 (dez)
dias da ocorrência, mediante processo "ex-officio".
Parágrafo único - O tratamento recomendado por junta médica não oficial constitui medida de exceção e somente
será admissível quando inexistirem meios e recursos necessários adequados, em instituições públicas ou por ela
conveniadas.

Seção IV
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Art. 139 - O servidor poderá obter licença por motivo de doença do cônjuge, de ascendente, descendente, enteado
e colateral consanguíneo, até o 2.º grau, desde que comprove ser indispensável a sua assistência e esta não possa
ser prestada, simultaneamente, com o exercício do cargo.
§ 1º - doença será comprovada por meio de inspeção de saúde realizada pelo órgão de perícia médica competente.
§ 2º - A licença por motivo de doença em pessoa da família por período de até 15 (quinze) dias, dentro de 1 (um)
ano, poderá ser dispensada de inspeção médica realizada pelo órgão de perícia oficial do Estado, ou mesmo de
homologação dos atestados, na forma de regulamento.

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Art. 140 - A licença de que trata o artigo anterior será concedida:
I - com a remuneração total até 90 (noventa) dias;
II - com 2/3 (dois terços) da remuneração, no período que exceder a 90 (noventa) e não ultrapassar 180 (cento e
oitenta) dias;
III - com 1/3 (um terço) da remuneração, no período que exceder a 180 (cento e oitenta) e não ultrapassar a 365
(trezentos e sessenta e cinco) dias;
IV - sem remuneração, no período que exceder a 365 (trezentos e sessenta e cinco) até o máximo de 730
(setecentos e trinta) dias.
Parágrafo único - Para os efeitos deste artigo, as licenças, pela mesma moléstia, com intervalos inferiores a 30
(trinta) dias, serão consideradas como prorrogação.

Seção V
Da Licença à Gestante, à Adotante, e à Paternidade

Art. 141 - À servidora gestante será concedida licença de 180 (cento e oitenta) dias, sem prejuízo da remuneração,
a contar da data do nascimento.
§ 1º - Em caso de natimorto, nascimento com vida seguido de óbito (nativivo) ou de óbito da criança durante o
período de licença gestante, a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de afastamento, a partir do término da licença
nojo.
§ 2º - O prazo previsto no “caput” deste artigo terá contagem iniciada a partir da alta da Unidade de Tratamento
Intensivo, em caso de nascimento prematuro.
§ 3º - Ao término da licença a que se refere o “caput” deste artigo, é assegurado à servidora lactante, durante o
período de 2 (dois) meses, o direito de comparecer ao serviço em 1 (um) turno, quando seu regime de trabalho
obedecer a 2 (dois) turnos, ou a 3 (três) horas consecutivas por dia, quando seu regime de trabalho obedecer a
turno único.;
§ 4º - A comprovação do nascimento dar-se-á mediante a apresentação do documento emitido pelo Cartório de
Registro Civil ao órgão de Recursos Humanos do local de lotação.
§ 5º - Havendo o óbito da mãe, quando do parto ou em decorrência deste, o cônjuge ou companheiro sobrevivente,
se servidor público estadual, terá direito ao gozo da licença de que trata o “caput”, sem prejuízo da remuneração,
por até 180 (cento e oitenta) dias a contar da data do óbito, descontados os dias de eventual gozo de licença-
paternidade caso o óbito da mãe tenha ocorrido após o nascimento do filho.

Art. 141 - A - É assegurada à servidora pública ocupante de cargo em comissão ou de contrato temporário a
estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até 180 (cento e oitenta) dias após o parto.
§ 1º - A servidora pública ocupante de cargo em comissão ou de contrato temporário faz jus a 180 (cento e oitenta)
dias de licença-maternidade, cabendo ao Estado o pagamento da remuneração por 60 (sessenta) dias, sendo 120
(cento e vinte) dias devidos pelo regime geral de previdência social.

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§ 2º - Caso haja exoneração durante o período gravídico ou durante a licença-maternidade, é devida indenização
em valor correspondente à remuneração a que faria jus desde a dispensa até o parto e pelos 60 (sessenta) dias que
sobejarem os 120 (cento e vinte) dias do salário-maternidade devidos pelo Instituto Nacional de Seguridade Social.
§ 3º - Aplica-se o disposto no “caput” às servidoras públicas detentoras de cargo de provimento efetivo em exercício
de função gratificada.

Art. 142 - (REVOGADO).

Art. 143 - À servidora adotante será concedida licença a partir da concessão do termo de guarda ou da adoção pelo
prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sem prejuízo da remuneração.
I a IV - (REVOGADO).

Art. 144 - Pelo nascimento ou pela adoção de filho, o servidor terá direito à licença-paternidade de 30 (trinta) dias
consecutivos, sem prejuízo da remuneração, inclusive em casos de natimorto.
Parágrafo único - O prazo previsto no “caput” deste artigo terá contagem iniciada a partir da alta da Unidade de
Tratamento Intensivo, em caso de nascimento prematuro.

Seção VI
Da Licença para Prestação de Serviço Militar

Art. 145 - Ao servidor convocado para a prestação de serviço militar será concedida licença, nos termos da legislação
específica.
§ 1º - Concluído o serviço militar, o servidor reassumirá imediatamente, sob pena de perda de vencimento e, se a
ausência exceder a 30 (trinta) dias, de demissão por abandono do cargo, observado o disposto no artigo 26.
§ 2º - Quando a desincorporação se verificar em lugar diverso do da sede, o prazo para apresentação será de 10
(dez) dias.

Seção VII
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares

Art. 146 - Ao servidor detentor de cargo de provimento efetivo, estável, poderá ser concedida licença para tratar
de interesses particulares, pelo prazo de até 2 (dois) anos consecutivos, sem remuneração.
§ 1º - A licença poderá ser negada, quando o afastamento for inconveniente ao interesse do serviço.
§ 2º - O servidor deverá aguardar em exercício a concessão da licença, salvo hipótese de imperiosa necessidade,
devidamente comprovada à autoridade a que estiver subordinado, considerando-se como faltas os dias de ausência
ao serviço, caso a licença seja negada.
§ 3º - O servidor poderá, a qualquer tempo, reassumir o exercício do cargo.

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§ 4º - Não se concederá nova licença antes de decorridos 2 (dois) anos do término da anterior, contados desde a
data em que tenha reassumido o exercício do cargo.
§ 5º - A licença de que trata o “caput” deste artigo poderá ser prorrogada, uma única vez, por igual período.

Seção VIII
Da Licença para Acompanhar o Cônjuge

Art. 147 - O servidor detentor de cargo de provimento efetivo, estável, terá direito à licença, sem remuneração,
para acompanhar o cônjuge, quando este for transferido, independentemente de solicitação própria, para outro
ponto do Estado ou do Território Nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes
Executivo e Legislativo federal, estadual ou municipal.
§ 1º - A licença será concedida mediante pedido do servidor, devidamente instruído, devendo ser renovada a cada
2 (dois) anos.
§ 2º - O período de licença, de que trata este artigo, não será computável como tempo de serviço para qualquer
efeito.
§ 3º - À mesma licença terá direito o servidor removido que preferir permanecer no domicílio do cônjuge.

Art. 148 - O servidor poderá ser lotado, provisoriamente, na hipótese da transferência de que trata o artigo anterior,
em repartição da Administração Estadual Direta, Autárquica ou Fundacional, desde que para o exercício de
atividade compatível com seu cargo.

Seção IX
Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista

Art. 149 - É assegurado ao servidor o direito à licença para o desempenho de mandato classista em central sindical,
em confederação, federação, sindicato, núcleos ou delegacias, associação de classe ou entidade fiscalizadora da
profissão, de âmbito estadual ou nacional, com a remuneração do cargo efetivo, observado o disposto no artigo
64, inciso XIV, alínea "f".
Parágrafo único - A licença de que trata este artigo será concedida nos termos da lei.

Seção X
Da Licença-Prêmio por Assiduidade

Art. 150 - O servidor que, por um quinquênio ininterrupto, não se houver afastado do exercício de suas funções
terá direito à concessão automática de 3 (três) meses de licença-prêmio por assiduidade, com todas as vantagens
do cargo, como se nele estivesse em exercício.

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§ 1º - Para os efeitos deste artigo, não serão considerados interrupção da prestação de serviço os afastamentos
previstos no artigo 64, incisos I a XV, desta lei.
§ 2º - Nos casos dos afastamentos previstos nos incisos XIV, alínea "b", e XV do artigo 64, somente serão
computados, como de efetivo exercício, para os efeitos deste artigo, um período máximo de 4 (quatro) meses, para
tratamento de saúde do servidor, de 2 (dois) meses, por motivo de doença em pessoa de sua família e de 20 (vinte)
dias, no caso de moléstia do servidor, tudo por quinquênio de serviço público prestado ao Estado.
§ 3º - O servidor que à data de vigência desta Lei Complementar detinha a condição de estatutário há, no mínimo,
1095 (um mil e noventa e cinco) dias, terá desconsideradas, como interrupção do tempo de serviço público
prestado ao Estado, até 3 (três) faltas não justificadas verificadas no período aquisitivo limitado a 31 de dezembro
de 1993.

Art. 151 - A pedido do servidor, a licença-prêmio poderá ser:


I - gozada, no todo ou em parcelas não inferiores a 1 (um) mês, com a aprovação da chefia, considerada a
necessidade do serviço;
II - contada em dobro, como tempo de serviço para os efeitos de aposentadoria, avanços e adicionais, vedada a
desconversão.
Parágrafo único - Ao entrar em gozo de licença-prêmio, o servidor terá direito, a pedido, a receber a sua
remuneração do mês de fruição antecipadamente.

Art. 152 - A apuração do tempo de serviço normal, para efeito da formação do qüinqüênio, gerador do direito da
licença-prêmio, será na forma do artigo 62 desta lei.

Art. 153 - O número de servidores em gozo simultâneo de licença-prêmio não poderá ser superior a 1/3 (um terço)
da lotação da respectiva unidade administrativa de trabalho.

Seção XI
Da Licença para Concorrer a Mandato Público Eletivo e Exercê-lo

Art. 154 - O servidor que concorrer a mandato público eletivo será licenciado na forma da legislação eleitoral.

Art. 155 - Eleito, o servidor ficará afastado do exercício do cargo a partir da posse.

Art. 156 - Ao servidor investido em mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:


I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;
II - investido no mandato de prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de vereador:

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a) havendo compatibilidade de horário perceberá as vantagens do seu cargo, sem prejuízo da remuneração do
cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua
remuneração.
§ 1º - No caso de afastamento do cargo, o servidor continuará contribuindo para o órgão da previdência e
assistência do Estado, como se em exercício estivesse.
§ 2º - O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou redistribuído "ex-officio"
para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.

Seção XII
Da Licença Especial para Fins de Aposentadoria

Art. 157 - Decorridos 30 (trinta) dias da data em que tiver sido protocolado o requerimento da aposentadoria, o
servidor será considerado em licença especial remunerada, podendo afastar-se do exercício de suas atividades,
salvo se antes tiver sido cientificado do indeferimento do pedido.
§ 1º - O pedido de aposentadoria de que trata este artigo somente será considerado após terem sido averbados
todos os tempos computáveis para esse fim.
§ 2º - O período de duração desta licença será considerado como tempo de efetivo exercício para todos os efeitos
legais.

Capítulo VII
Da Aposentadoria

Art. 158 - O servidor será aposentado:


I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais, quando decorrente de acidente em serviço, moléstia
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos;
II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;
III - voluntariamente:
a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta) anos, se mulher, com proventos integrais;
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e 25 (vinte e cinco), se
professora, com proventos integrais;
c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco), se mulher, com proventos proporcionais a
esse tempo;
d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem e aos 60 (sessenta), se mulher, com proventos proporcionais
ao tempo de serviço.
§ 1º - Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo, se
incapacitantes para o exercício da função pública, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia

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maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkison,
paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançados do mal de
Paget (osteíte deformante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e outros que a lei indicar, com base na
medicina especializada.
§ 2º - Ao servidor aposentado em decorrência de qualquer das moléstias tipificadas no parágrafo anterior, fica
vedado o exercício de outra atividade pública remunerada, sob pena de cassação de sua aposentadoria.
§ 3º - Nos casos de exercício de atividades previstas no artigo 107, a aposentadoria de que trata o inciso III, alíneas
"a" e "c", observará o disposto em lei específica.
§ 4º - Se o servidor for aposentado com menos de 25 (vinte e cinco) anos de serviço e menos de 60 (sessenta) anos
de idade, a aposentadoria estará sujeita a confirmação mediante nova inspeção de saúde após o decurso de 24
(vinte e quatro) meses contados da data do ato de aposentadoria.

Art. 159 - A aposentadoria de que trata o inciso II do artigo anterior, será automática e declarada por ato, com
vigência a partir do dia em que o servidor atingir a idade limite de permanência no serviço ativo.

Art. 160 - A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato.
§ 1º - A aposentadoria por invalidez será precedida por licença para tratamento de saúde, num período não
superior a 24 (vinte e quatro) meses.
§ 2º - Expirado o período de licença e não estando em condições de reassumir o exercício do cargo, ou de se
proceder à sua readaptação, será o servidor aposentado.
§ 3º - O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação do ato da aposentadoria será
considerado como de prorrogação da licença.

Art. 161 - O provento da aposentadoria será revisto na mesma proporção e na mesma data em que se modificar a
remuneração dos servidores em atividade.
Parágrafo único - São estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos
servidores em atividade, inclusive quando decorrente da transformação ou reclassificação do cargo ou função em
que se deu a aposentadoria.

Art. 162 - O servidor aposentado com provento proporcional ao tempo de serviço, se acometido de qualquer das
moléstias especificadas no § 1º do artigo 158, passará a perceber provento integral.

Art. 163 - Com prevalência do que conferir maior vantagem, quando proporcional ao tempo de serviço, o provento
não será inferior:
I - ao salário mínimo, observada a redução da jornada de trabalho a que estava sujeito o servidor;
II - a 1/3 (um terço) da remuneração da atividade nos demais casos.

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Art. 164 - O servidor em estágio probatório somente terá direito à aposentadoria quando invalidado por acidente
em serviço, agressão não-provocada no exercício de suas atribuições, acometido de moléstia profissional ou nos
casos especificados no § 1º do artigo 158 desta lei.

Art. 165 - As disposições relativas à aposentadoria aplicam-se ao servidor nomeado em comissão, o qual contar
com mais de 5 (cinco) anos de efetivo e ininterrupto exercício em cargos de provimento dessa natureza.

Parágrafo único - Aplicam-se as disposições deste artigo, independentemente de tempo de serviço, ao servidor
provido em comissão, quer titular de cargo de provimento efetivo, quer não, quando invalidado em conseqüência
das moléstias enumeradas no § 1º do artigo 158, desde que tenha se submetido, antes do seu ingresso ou retorno
ao serviço público, à inspeção médica prevista nesta lei, para provimento de cargos públicos em geral.

Art. 166 - O servidor, vinculado à previdência social federal, que não tiver nesta feito jus ao benefício da
aposentadoria, será aposentado pelo Estado, na forma garantida por esta lei, permanecendo como segurado
obrigatório daquele órgão previdenciário, até a implementação das condições de aposentadoria, caso em que
caberá ao Estado pagar somente a diferença, se houver.

Capítulo VIII
Do Direito de Petição

Art. 167 - É assegurado ao servidor o direito de requerer, pedir reconsideração, recorrer e de representar, em
defesa de direito ou legítimo interesse próprio.

Art. 168 - O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio
daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 169 - Cabe pedido de reconsideração, que não poderá ser renovado, à autoridade que houver prolatado o
despacho, proferido a primeira decisão ou praticado o ato.
§ 1º - O pedido de reconsideração deverá conter novos argumentos ou provas suscetíveis de reformar o despacho,
a decisão ou o ato.
§ 2º - O pedido de reconsideração deverá ser decidido dentro de 30 (trinta) dias.

Art. 170 - Caberá recurso, como última instância administrativa, do indeferimento do pedido de reconsideração.
§ 1º - O recurso será dirigido à autoridade que tiver proferido a decisão ou expedido o ato.
§ 2º - O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o
requerente.

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§ 3º - Terá caráter de recurso, o pedido de reconsideração, quando o prolator do despacho, decisão ou ato houver
sido o Governador.
§ 4º - A decisão sobre qualquer recurso será dada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias.

Art. 171 - O prazo para interposição do pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, contados a
partir da data da publicação da decisão recorrida ou da data da ciência, pelo interessado, quando o despacho não
for publicado.
Parágrafo único - Em caso de provimento de pedido de reconsideração ou de recurso, o efeito da decisão retroagirá
à data do impugnado.

Art. 172 - O direito de requerer prescreve em:


I - 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e cassação de aposentadoria ou de disponibilidade, ou que afetem
interesses patrimoniais e créditos resultantes das relações de trabalho;
II - 120 (cento e vinte) dias nos demais casos, salvo quando, por prescrição legal, for fixado outro prazo.
§ 1º - O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo
interessado, quando o ato não for publicado.
§ 2º - O pedido de reconsideração e o de recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição administrativa.

Art. 173 - A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela Administração.

Art. 174 - A representação será dirigida ao chefe imediato do servidor que, se a solução não for de sua alçada, a
encaminhará a quem de direito.
§ 1º - Se não for dado andamento à representação, dentro do prazo de 5 (cinco) dias, poderá o servidor dirigi-la
direta e sucessivamente às chefias superiores.
§ 2º - A representação está isenta de pagamento de taxa de expediente.

Art. 175 - Para o exercício do direito de petição é assegurada vista do processo ou documento, na repartição, ao
servidor ou a procurador por ele constituído.

Art. 176 - São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste capítulo, salvo motivo de força maior,
devidamente comprovado.
Parágrafo único - Entende-se por força maior, para efeitos do artigo, a ocorrência de fatos impeditivos da vontade
do interessado ou da autoridade competente para decidir.

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Título IV
Do Regime Disciplinar

Capítulo I
Dos Deveres do Servidor

Art. 177 - São deveres do servidor:


I - ser assíduo e pontual ao serviço;
II - tratar com urbanidade as partes, atendendo-as sem preferências pessoais;
III - desempenhar com zelo e presteza os encargos que lhe forem incumbidos, dentro de suas atribuições;
IV - ser leal às instituições a que servir;
V - observar as normas legais e regulamentares;
VI - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
VII - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
VIII - atender com presteza:
a) o público em geral, prestando as informações requeridas que estiverem a seu alcance, ressalvadas as protegidas
por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas, para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;
c) às requisições para defesa da Fazenda Pública.
IX - representar ou levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver conhecimento,
no órgão em que servir, em razão das atribuições do seu cargo;
X - zelar pela economia do material que lhe for confiado e pela conservação do patrimônio público;
XI - observar as normas de segurança e medicina do trabalho estabelecidas, bem como o uso obrigatório dos
equipamentos de proteção individual (EPI) que lhe forem confiados;
XII - providenciar para que esteja sempre em dia no seu assentamento individual, seu endereço residencial e sua
declaração de família;
XIII - manter espírito de cooperação com os colegas de trabalho;
XIV - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
§ 1º - A representação de que trata o inciso XIV será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade
superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.
§ 2º - Será considerado como co-autor o superior hierárquico que, recebendo denúncia ou representação a respeito
de irregularidades no serviço ou de falta cometida por servidor, seu subordinado, deixar de tomar as providências
necessárias a sua apuração.

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Capítulo II
Das Proibições

Art. 178 - Ao servidor é proibido:


I - referir-se, de modo depreciativo, em informação, parecer ou despacho, às autoridades e a atos da administração
pública estadual, podendo, porém, em trabalho assinado, criticá-los do ponto de vista doutrinário ou da
organização do serviço;
II - retirar, modificar ou substituir, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou objeto
existente na repartição;
III - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
IV - ingerir bebidas alcoólicas durante o horário de trabalho ou drogar-se, bem como apresentar-se em estado de
embriaguez ou drogado ao serviço;
V - atender pessoas na repartição para tratar de interesses particulares, em prejuízo de suas atividades;
VI - participar de atos de sabotagem contra o serviço público;
VII - entregar-se a atividades político-partidárias nas horas e locais de trabalho;
VIII - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;
IX - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
X - exercer ou permitir que subordinado exerça atribuições diferentes das definidas em lei ou regulamento como
próprias do cargo ou função, ressalvados os encargos de chefia e as comissões legais;
XI - celebrar contrato de natureza comercial, industrial ou civil de caráter oneroso, com o Estado, por si ou como
representante de outrem;
XII - participar de gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil ou exercer comércio, exceto
na qualidade de acionista, cotista ou comanditário, salvo quando se tratar de função de confiança de empresa, da
qual participe o Estado, caso em que o servidor será considerado como exercendo cargo em comissão;
XIII - exercer, mesmo fora do horário de expediente, emprego ou função em empresa, estabelecimento ou
instituição que tenha relações industriais com o Estado em matéria que se relacione com a finalidade da repartição
em que esteja lotado;
XIV - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge ou parente até o segundo grau
civil, ressalvado o disposto no artigo 267.
XV - cometer, a pessoas estranhas à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de encargos que
competirem a si ou a seus subordinados;
XVI - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se à associação profissional ou sindical, ou com objetivos
político-partidários;
XVII - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em atividades particulares ou políticas;
XVIII - praticar usura, sob qualquer de suas formas;
XIX - aceitar representação, comissão, emprego ou pensão de país estrangeiro;

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XX - valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade do serviço
público;
XXI - atuar, como procurador, ou intermediário junto à repartição pública, salvo quando se tratar de benefícios
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau e do cônjuge;
XXII - receber propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
XXIII - valer-se da condição de servidor para desempenhar atividades estranhas às suas funções ou para lograr,
direta ou indiretamente, qualquer proveito;
XXIV - proceder de forma desidiosa;
XXV - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário
de trabalho.
§ 1º - Não está compreendida na proibição dos incisos XII e XIII deste artigo a participação do servidor na presidência
de associação, na direção ou gerência de cooperativas e entidades de classe, ou como sócio.
§ 2º - Na hipótese de violação do disposto no inciso IV, por comprovado motivo de dependência, o servidor deverá,
obrigatoriamente, ser encaminhado a tratamento médico especializado.

Capítulo III
Da Acumulação

Art. 179 - É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, excetuadas as hipóteses previstas em dispositivo
constitucional.

Art. 180 - A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, empresas públicas,
sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo Poder Público.

Art. 181 - O servidor detentor de cargo de provimento efetivo quando investido em cargo em comissão ficará
afastado do cargo efetivo, observado o disposto no artigo anterior.

Art. 182 - Verificada a acumulação indevida, o servidor será cientificado para optar por uma das posições ocupadas.
Parágrafo único - Transcorrido o prazo de 30 (trinta) dias, sem a manifestação optativa do servidor, a Administração
sustará o pagamento da posição de última investidura ou admissão.

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Capítulo IV
Das Responsabilidades

Art. 183 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o servidor responde civil, penal e administrativamente.

Art. 184 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em
prejuízo à Fazenda Estadual ou a terceiros.
§ 1º - A indenização de prejuízo causado ao erário somente será liquidada na forma prevista no artigo 82, na falta
de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.
§ 2º - Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação
regressiva.
§ 3º - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor nesta qualidade.

Art. 185 - A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho
do cargo ou função.

Art. 186 - As sanções civis, penais e administrativas poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes
entre si, assim como as instâncias civil, penal e administrativa.

Capítulo V
Das Penalidades

Art. 187 - São penas disciplinares:


I - repreensão;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de disponibilidade;
V - cassação de aposentadoria;
VI - multa.
VII - destituição de cargo em comissão ou de função gratificada ou equivalente.
§ 1º - Na aplicação das penas disciplinares, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração e os danos
delas resultantes para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
§ 2º - Quando se tratar de falta funcional que, por sua natureza e reduzida gravidade, não demande aplicação das
penas previstas neste artigo, será o servidor advertido particular e verbalmente.
§ 3° - A destituição de cargo em comissão ou de função gratificada, por critérios de oportunidade e conveniência,
independe da apuração de falta funcional.

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Art. 188 - A repreensão será aplicada por escrito, na falta do cumprimento do dever funcional ou quando ocorrer
procedimento público inconveniente.

Art. 189 - A suspensão, que não poderá exceder a 90 (noventa) dias, implicará a perda de todas as vantagens e
direitos decorrentes do exercício do cargo e aplicar-se-á ao servidor:
I - na violação das proibições consignadas nesta lei;
II - nos casos de reincidência em infração já punida com repreensão;
III - quando a infração for intencional ou se revestir de gravidade;
IV - como gradação de penalidade mais grave, tendo em vista circunstância atenuante;
V - que atestar falsamente a prestação de serviço, bem como propuser, permitir, ou receber a retribuição
correspondente a trabalho não realizado;
VI - que se recusar, sem justo motivo, à prestação de serviço extraordinário;
VII - responsável pelo retardamento em processo sumário;
VIII - que deixar de atender notificação para prestar depoimento em processo disciplinar;
IX - que, injustificadamente, se recusar a ser submetido à inspeção médica determinada pela autoridade
competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.
X - que descumprir a vedação estabelecida no art. 134.
§ 1º - A suspensão não será aplicada enquanto o servidor estiver afastado por motivo de gozo de férias
regulamentares ou em licença por qualquer dos motivos previstos no artigo 128.
§ 2º - Quando houver conveniência para o serviço, a pena de suspensão poderá ser convertida em multa na base
de 50% (cinqüenta por cento) por dia de remuneração, obrigando-se o servidor a permanecer em exercício durante
o cumprimento da pena.
§ 3º - Os efeitos da conversão da suspensão em multa não serão alterados, mesmo que ao servidor seja assegurado
afastamento legal remunerado durante o respectivo período.
§ 4º - A multa não acarretará prejuízo na contagem do tempo de serviço, exceto para fins de concessão de avanços,
gratificações adicionais de 15% (quinze por cento) e 25% (vinte e cinco por cento) e licença-prêmio.

Art. 190 - Os registros funcionais de advertência, repreensão, suspensão e multa serão automaticamente
cancelados após 10 (dez) anos, desde que, neste período, o servidor não tenha praticado nenhuma nova infração.
Parágrafo único - O cancelamento do registro, na forma deste artigo, não gerará nenhum direito para fins de
concessão ou revisão de vantagens.

Art. 191 - O servidor será punido com pena de demissão nas hipóteses de:
I - ineficiência ou falta de aptidão para o serviço, quando verificada a impossibilidade de readaptação;
II - indisciplina ou insubordinação grave ou reiterada;
III - ofensa física contra qualquer pessoa, cometida em serviço, salvo em legítima defesa própria ou de terceiros;
IV - abandono de cargo em decorrência de mais de 30 (trinta) faltas consecutivas;

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V - ausências excessivas ao serviço em número superior a 60 (sessenta) dias, intercalados, durante um ano;
VI - improbidade administrativa;
VII - transgressão de quaisquer proibições dos incisos XVII a XXIV do artigo 178, considerada a sua gravidade, efeito
ou reincidência;
VIII - falta de exação no desempenho das atribuições, de tal gravidade que resulte em lesões pessoais ou danos de
monta;
IX - incontinência pública e conduta escandalosa na repartição;
X - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XI - aplicação irregular de dinheiro público;
XII - reincidência na transgressão prevista no inciso V do artigo 189;
XIII - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual;
XIV - revelação de segredo, do qual se apropriou em razão do cargo, ou de fato ou informação de natureza sigilosa
de que tenha conhecimento, salvo quando se tratar de depoimento em processo judicial, policial ou administrativo-
disciplinar;
XV - corrupção passiva nos termos da lei penal;
XVI - exercer advocacia administrativa;
XVII - prática de outros crimes contra a administração pública.
Parágrafo único - A demissão será aplicada, também, ao servidor que, condenado por decisão judicial transitada
em julgado, incorrer na perda da função pública na forma da lei penal.

Art. 192 - O ato que demitir o servidor mencionará sempre o dispositivo legal em que se fundamentar.
Art. 193 - Atendendo à gravidade da falta, a demissão poderá ser aplicada com a nota "a bem do serviço público",
a qual constará sempre no ato de demissão fundamentado nos incisos X a XIV do artigo 191.

Art. 194 - Uma vez submetido a inquérito administrativo, o servidor só poderá ser exonerado, a pedido, ou
aposentado voluntariamente, depois da conclusão do processo, no qual tenha sido reconhecida sua inocência.
Parágrafo único - Excetua-se do disposto neste artigo o servidor estável processado por abandono de cargo ou por
ausências excessivas ao serviço.

Art. 195 - Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do servidor que:


I - houver praticado, na atividade, falta punível com a pena de demissão;
II - infringir a vedação prevista no § 2º do artigo 158;
III - incorrer na hipótese do artigo 53.
Parágrafo único - Consideradas as circunstâncias previstas no § 1º do artigo 187, a pena de cassação de
aposentadoria poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de provento, até o
máximo de 90 (noventa) dias-multa.

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Art. 196 - Para a aplicação das penas disciplinares são competentes:
I - o Governador do Estado em qualquer caso;
II - os Secretários de Estado, dirigentes de autarquias e fundações de direito público e os titulares de órgãos
diretamente subordinados ao Governador, até a suspensão e multa limitada ao máximo de 30 (trinta) dias;
III - os titulares de órgãos diretamente subordinados aos Secretários de Estado, dirigentes de autarquias e de
fundações de direito público até suspensão por 10 (dez) dias;
IV - os titulares de órgãos em nível de supervisão e coordenação, até suspensão por 5 (cinco) dias;
V - as demais chefias, em caso de repreensão.

Art. 197 - A aplicação das penas referidas no artigo 187 prescreve nos seguintes prazos:
I - em 12 (doze) meses, a de repreensão;
II - em 24 (vinte e quatro) meses, as de suspensão, de multa, de demissão por abandono de cargo e por ausências
sucessivas ao serviço;
III - em 5 (cinco) anos, a de demissão, de cassação de aposentadoria, de cassação de disponibilidade, e de
destituição de cargo em comissão ou de função gratificada ou equivalente.
IV - (REVOGADO).
§ 1º - O prazo de prescrição começa a fluir a partir da data do conhecimento do fato, por superior hierárquico.
§ 2º - Para o abandono de cargo e para a inassiduidade, o prazo de prescrição começa a fluir a partir da data em
que o servidor reassumir as suas funções ou cessarem as faltas ao serviço.
§ 3º - Quando as faltas constituírem, também, crime ou contravenção, a prescrição será regulada pela lei penal.
§ 4º - A prescrição da pretensão punitiva será objeto de:
I - interrupção, começando o prazo a correr por inteiro, a partir:
a) da instauração do processo administrativo-disciplinar; e
b) da emissão do relatório de que trata o art. 245, pela autoridade processante;
II - suspensão, continuando o prazo a correr, no seu restante:
a) enquanto não resolvida, em outro processo de qualquer natureza, inclusive judicial, questão de que dependa o
reconhecimento da transgressão;
b) a partir da instauração de sindicância até a decisão final pela autoridade competente.
§ 5º - A prescrição da pretensão executória é a mesma da punitiva, aplicando-se-lhe a causa suspensiva constante
do inciso II, alínea “a”, do § 4.º deste artigo.
I a III - (REVOGADOS).

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Título V
Do Processo Administrativo Disciplinar
Capítulo I
Das Disposições Gerais

Art. 198 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público estadual ou prática de infração
funcional é obrigada a promover sua apuração imediata, mediante meios sumários ou processo administrativo
disciplinar, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de se tornar co-responsável, assegurada ampla defesa ao acusado.

Art. 199 - As denúncias sobre irregularidades serão objeto de averiguação, desde que contenham a identidade do
denunciante e sejam formuladas por escrito, para fins de confirmação de autenticidade.
Parágrafo único - Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal a denúncia
deverá ser arquivada por falta de objeto material passível de ensejar qualquer punição consignada nesta lei.

Art. 200 - As irregularidades e as infrações funcionais serão apuradas por meio de:
I - sindicância, quando os dados forem insuficientes para sua determinação ou para apontar o servidor faltoso ou,
sendo este determinado, não for a falta confessada, documentalmente provada ou manifestamente evidente;
II - inquérito administrativo, quando a gravidade da ação ou omissão torne o autor passível das penas disciplinares
de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, demissão, cassação da aposentadoria ou de disponibilidade, ou ainda,
quando na sindicância ficar comprovada a ocorrência de irregularidades ou falta funcional grave, mesmo sem
indicação de autoria.

Art. 200-A - A tramitação, a transmissão de peças processuais, a comunicação e a prática de atos no âmbito das
sindicâncias, inquéritos e processos administrativos disciplinares serão realizadas, preferencialmente, por meio
eletrônico, conforme regulamento.
§ 1º - Nas sindicâncias, inquéritos e processos administrativos disciplinares eletrônicos, os atos processuais deverão
ser realizados em meio eletrônico, exceto quando esse procedimento se mostrar inviável por motivos técnicos ou
diante do risco de dano relevante à celeridade do processo.
§ 2º - No caso das exceções previstas no § 1º deste artigo, os atos processuais poderão ser praticados conforme as
regras aplicáveis aos processos em papel, desde que posteriormente o documento-base correspondente seja
digitalizado.
§ 3º - Os atos processuais em meio eletrônico consideram-se realizados no dia e na hora do recebimento pelo
sistema informatizado de gestão de processo administrativo eletrônico do órgão ou da entidade.
§ 4º - Quando o ato processual tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio eletrônico, serão
considerados tempestivos os efetivados, salvo disposição em contrário, até as 24h (vinte e quatro horas) do último
dia do prazo, no horário de Brasília.

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§ 5º - Quando não eletrônicos, os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de
funcionamento da repartição na qual tramitar o processo.
§ 6º - A regulamentação deverá dispor sobre o momento em que se considera realizada a notificação ou intimação
realizada por meio eletrônico, para fins de início do decurso do prazo correspondente e sobre os casos e as
condições de prorrogação de prazos em virtude da indisponibilidade de sistemas informatizados e calamidades
públicas.
§ 7º - O acesso à íntegra do processo para vista pessoal do interessado poderá ocorrer por intermédio da
disponibilização de sistema informatizado de gestão ou por acesso à cópia do documento, preferencialmente em
meio eletrônico.
§ 8º - As audiências, reuniões e sessões de julgamento, bem como as oitivas de testemunhas, acusados ou qualquer
outra pessoa poderão ser realizadas por meio de videoconferência, assegurado, quando cabível, o direito à
realização de sustentação oral, conforme regulamento.
§ 9º - A classificação da informação quanto ao grau de sigilo e a possibilidade de limitação do acesso aos servidores
autorizados e aos interessados no processo observarão os termos da Lei Federal nº 12.527, de 18 de novembro de
2011 (Lei de Acesso à Informação), e das demais normas vigentes.

Art. 200-B - A tramitação, a transmissão de peças processuais, a comunicação e a prática de atos no âmbito das
sindicâncias, inquéritos e processos administrativos disciplinares serão realizadas de acordo com as normas
vigentes para os processos físicos até que plenamente implementadas as soluções tecnológicas necessárias para a
sua realização por meio eletrônico, podendo ser definidas, em decreto, regras de transição ou de parcial
implementação do disposto no art. 200-A desta Lei Complementar, bem como normas de convalidação dos atos
praticados, desde que atingida sua finalidade e que não tenham causado prejuízo aos interessados.

Capítulo II
Da Sindicância

Art. 201 - Toda autoridade estadual é competente para, no âmbito da jurisdição do órgão sob sua chefia, determinar
a realização de sindicância, de forma sumária, a qual deverá ser concluída no prazo máximo de 30 (trinta) dias úteis,
podendo ser prorrogado por até igual período.
§ 1º - A sindicância será sempre cometida a servidor de hierarquia igual ou superior à do implicado, se houver.
§ 2º - O sindicante desenvolverá encargo em tempo integral, ficando dispensável de suas atribuições normais até a
apresentação do relatório final, no prazo estabelecido neste artigo.

Art. 202 - O sindicante efetuará diligências necessárias ao esclarecimento da ocorrência e indicação do responsável,
ouvido, preliminarmente, o autor da representação e o servidor implicado, se houver.

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§ 1º - Reunidos os elementos coletados, o sindicante traduzirá no relatório as suas conclusões gerais, indicando, se
possível, o provável culpado, qual a irregularidade ou transgressão praticada e o seu enquadramento nas
disposições da lei reguladora da matéria.
§ 2º - Somente poderá ser sugerida a instauração de inquérito administrativo quando, comprovadamente, os fatos
apurados na sindicância a tal conduzirem, na forma do inciso II do artigo 200.
§ 3º - Se a sindicância concluir pela culpabilidade do servidor, será este notificado para apresentar defesa,
querendo, no prazo de 3 (três) dias úteis.

Art. 203 - A autoridade, de posse do relatório do sindicante, acompanhado dos elementos que instruírem o
processo, decidirá pelo arquivamento do processo, pela aplicação da penalidade cabível de sua competência, ou
pela instauração de inquérito administrativo, se estiver na sua alçada.
Parágrafo único - Quando a aplicação da penalidade ou a instauração de inquérito for de autoridade de outra alçada
ou competência, a esta deverá ser encaminhada a sindicância para apreciação das medidas propostas.

Capítulo III
Do Afastamento Preventivo

Art. 204 - Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade ou
infração funcional, a autoridade instauradora do processo administrativo disciplinar poderá determinar o
afastamento preventivo do exercício das atividades do seu cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo
da remuneração.
Parágrafo único - O afastamento poderá ser prorrogado por igual período, findo o qual cessarão definitivamente
os seus efeitos, mesmo que o processo administrativo disciplinar ainda não tenha sido concluído.

Capítulo IV
Do Processo Administrativo Disciplinar em Espécie

Art. 205 - O processo administrativo disciplinar é o instrumento utilizado no Estado para apurar responsabilidade
de servidor por irregularidade ou infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação direta
com o exercício do cargo em que se encontre efetivamente investido.

Art. 206 - O processo administrativo disciplinar será conduzido por comissão composta de 3 (três) servidores
estáveis, com formação superior, sendo pelo menos um com titulação em Ciências Jurídicas e Sociais, designados
pela autoridade competente, que indicará, dentre eles, o seu presidente.
§ 1º - O presidente da comissão designará, para secretariá-la, um servidor que não poderá ser escolhido entre os
componentes da mesma.

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§ 2º - Os membros da comissão não deverão ser de hierarquia inferior à do indiciado, nem estarem ligados ao
mesmo por qualquer vínculo de subordinação.
§ 3º - Não poderá integrar a comissão, nem exercer a função de secretário, o servidor que tenha feito a denúncia
de que resultar o processo disciplinar, bem como o cônjuge ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha
reta ou colateral, até 3º grau.
§ 4º - Nos casos em que a decisão final for da alçada exclusiva do Governador do Estado ou de dirigente máximo
de autarquia ou fundação pública, o processo administrativo-disciplinar será conduzido por Procurador do Estado,
na condição de Autoridade Processante, observando-se, no que couber, as demais normas do procedimento.
§ 5º - Na hipótese anterior, será coletivo o parecer previsto no inciso IV do artigo 115 da Constituição Estadual, que
deverá ser emitido também nos casos em que o processo for encaminhado à decisão final de dirigente máximo de
autarquia ou fundação pública.

Art. 207 - A comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurando o sigilo absoluto
e necessário à elucidação do fato, ou exigido pelo interesse da Administração.
Parágrafo único - As reuniões e as audiências das comissões terão caráter reservado.

Art. 208 - O servidor poderá fazer parte, simultaneamente, de mais de uma comissão, podendo esta ser incumbida
de mais de um processo disciplinar.

Art. 209 - O membro da comissão ou o servidor designado para secretariá-la não poderá fazer parte do processo
na qualidade de testemunha, tanto da acusação como da defesa.

Art. 210 - A comissão somente poderá deliberar com a presença absoluta de todos os seus membros.
Parágrafo único - A ausência, sem motivo justificado, por mais de duas sessões, de qualquer dos membros da
comissão ou de seu secretário, determinará, de imediato, a substituição do faltoso, sem prejuízo de ser passível de
punição disciplinar por falta de cumprimento do dever funcional.

Art. 211 - O processo administrativo disciplinar se desenvolverá, necessariamente, nas seguintes fases:
I - instauração, ocorrendo a partir do ato que constituir a comissão;
II - processo administrativo disciplinar, propriamente dito, compreendendo a instrução, defesa e relatório;
III - julgamento.

Art. 212 - O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar não poderá exceder a 60 (sessenta) dias,
contados da data da publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual período,
quando as circunstâncias de cunho excepcional assim o exigirem.
§ 1º - Sempre que necessário, a comissão desenvolverá seus trabalhos em tempo integral, ficando seus membros
e respectivo secretário dispensados de suas atividades normais, até a entrega do relatório final.
§ 2º - As reuniões da comissão serão registradas em atas, detalhando as deliberações adotadas.

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Art. 213 - O processo administrativo disciplinar, instaurado pela autoridade competente para aplicar a pena
disciplinar, deverá ser iniciado no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados da data em que for publicada a designação
dos membros da comissão.

Art. 214 - Todos os termos lavrados pelo secretário da comissão, tais como, autuação, juntada, intimação,
conclusão, data, vista, recebimento de certidões, compromissos, terão formas processuais, resumindo-se tanto
quanto possível.

Art. 215 - Será feita por ordem cronológica de apresentação toda e qualquer juntada aos autos, devendo o
presidente rubricar as folhas acrescidas.

Art. 216 - Figurará sempre, nos autos do processo, a folha de antecedentes do indiciado.

Art. 217 - No processo administrativo disciplinar, poderá ser argüida suspeição, que se regerá pelas normas da
legislação comum.

Art. 218 - Quando ao servidor se imputar crime praticado na esfera administrativa, a autoridade que determinar a
instauração do processo administrativo disciplinar providenciará para que se instaure, simultaneamente, o
inquérito policial.
Parágrafo único - Idêntico procedimento compete à autoridade policial quando se tratar de crime praticado fora
da esfera administrativa.

Art. 219 - As autoridades administrativas e policiais se auxiliarão, mutuamente, para que ambos os inquéritos se
concluam dentro dos prazos fixados nesta lei.

Art. 220 - A absolvição do processo crime, a que for submetido o servidor, não implicará na permanência ou retorno
do mesmo ao serviço público se, em processo administrativo disciplinar regular, tiver sido demitido em virtude de
prática de atos que o inabilitem moralmente para aquele serviço.

Art. 221 - Acarretarão a nulidade do processo:


a) a determinação de instauração por autoridade incompetente;
b) a falta de citação ou notificação, na forma determinada nesta lei;
c) qualquer restrição à defesa do indiciado;
d) a recusa injustificada de promover a realização de perícias ou quaisquer outras diligências convenientes ao
esclarecimento do processo;
e) os atos da comissão praticados apenas por um dos seus membros;
f) acréscimos ao processo depois de elaborado o relatório da comissão sem nova vista ao indiciado;
g) rasuras e emendas não ressalvadas em parte substancial do processo.

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Art. 222 - As irregularidades processuais que não constituírem vícios substanciais insanáveis, suscetíveis de
influírem na apuração da verdade ou decisão do processo, não determinarão a sua nulidade.

Art. 223 - A nulidade poderá ser arguida durante ou após a formação da culpa, devendo fundar-se a sua arguição
em texto legal, sob pena de ser considerada inexistente.

Capítulo V
Do Inquérito Administrativo

Seção I
Das Disposições Gerais

Art. 224 - O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa,
com a utilização de todos os meios de prova em direito admitidos, podendo as mesmas serem produzidas "ex-
officio", pelo denunciante ou pelo acusado, se houver, ou a requerimento da parte com legitimidade para tanto.

Art. 225 - Quando o inquérito administrativo for precedido de sindicância, o relatório desta integrará a instrução
do processo como peça informativa.
Parágrafo único - Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração praticada consta capitulada
como ilícito penal, a autoridade competente providenciará no encaminhamento de cópias dos autos ao Ministério
Público, independentemente da imediata instauração do processo disciplinar.

Art. 226 - Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e
diligências cabíveis, objetivando a coleta de provas, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo
a permitir a completa elucidação dos fatos.
§ 1º - A designação dos peritos deverá obedecer ao critério da capacidade técnica especializada, observadas as
provas de habilitação estabelecidas em lei, e só poderá recair em pessoas estranhas ao serviço público estadual, na
falta de servidores aptos a prestarem assessoramento técnico.
§ 2º - Para os exames de laboratórios, por ventura necessários, recorrer-se-á aos estabelecimentos particulares
somente quando inexistirem oficiais ou quando os laudos forem insatisfatórios ou incompletos.

Art. 227 - É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de
procurador habilitado, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos,
quando se tratar de provas periciais.
§ 1º - Só será admitida a intervenção de procurador no processo disciplinar após a apresentação do respectivo
mandato, revestido das formalidades legais.

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§ 2º - O presidente da comissão poderá denegar períodos considerados impertinentes, meramente protelatórios,
ou de nenhum interesse para os esclarecimentos dos fatos.
§ 3º - Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimentos
especializados de peritos.

Seção II
Dos Atos e Termos Processuais

Art. 228 - O presidente da comissão, ao instalar os trabalhos, autuará portaria e demais peças existentes e designará
dia, hora e local para a audiência inicial, citando o indiciado, se houver, para interrogatório e acompanhamento do
processo.
§ 1º - A citação do indiciado será feita, pessoalmente ou por via postal, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias
úteis da data marcada para audiência, e conterá dia, hora, local, sua qualificação e a tipificação da infração que lhe
é imputada.
§ 2º - Caso o indiciado se recuse a receber a citação, deverá o fato ser certificado, à vista de, no mínimo, 2 (duas)
testemunhas.
§ 3º - Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, a citação será feita por edital, publicado no órgão
oficial por 3 (três) vezes, com prazo de 15 (quinze) dias úteis contados a partir da primeira publicação, juntando-se
comprovante ao processo.
§ 4º - Quando houver fundada suspeita de ocultação do indiciado, proceder-se-á à citação por hora certa, na forma
dos artes. 227 a 229 do Código de Processo Civil.
§ 5º - Estando o indiciado afastado do seu domicílio e conhecido o seu endereço em outra localidade, a citação será
feita por via postal, em carta registrada, juntando-se ao processo o comprovante de registro e o aviso de
recebimento.
§ 6º - A citação pessoal, as intimações e as notificações serão feitas pelo secretário da comissão, apresentado ao
destinatário o instrumento correspondente em duas vias para que, retendo uma delas, passe recibo devidamente
datado na outra.
§ 7º - Quando o indiciado comparecer voluntariamente junto à comissão, será dado como citado.
§ 8º - Não havendo indiciado, a comissão intimará as pessoas, servidores, ou não, que, presumivelmente, possam
esclarecer a ocorrência, objeto do inquérito.

Art. 229 - Na hipótese de a comissão entender que os elementos do processo são insuficientes para bem
caracterizar a ocorrência, poderá ouvir previamente a vítima ou o denunciante da irregularidade ou infração
funcional.

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Art. 230 - Feita a citação e não comparecendo o indiciado, o processo prosseguirá à revelia, com defensor dativo
designado pelo presidente da comissão, procedendo-se da mesma forma com relação ao que se encontre em lugar
incerto e não sabido ou afastado da localidade de seu domicílio.

Art. 231 - O indiciado tem o direito, pessoalmente ou por intermédio de defensor, a assistir aos atos probatórios
que se realizarem perante a comissão, requerendo medidas que julgar convenientes.
Parágrafo único - O indiciado poderá requerer ao presidente da comissão a designação de defensor dativo, caso
não o possuir.

Art. 232 - O indiciado, dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis após o interrogatório, poderá requerer diligência,
produzir prova documental e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito).
§ 1º - Se as testemunhas de defesa não forem encontradas e o indiciado, dentro do prazo de 3 (três) dias úteis, não
indicar outras em substituição, prosseguir-se-á nos demais termos do processo.
§ 2º - No caso de mais de um indiciado, cada um deles será ouvido separadamente, podendo ser promovida
acareação, sempre que divergirem em suas declarações.

Art. 233 - As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comissão,
devendo apor seus cientes na segunda via, a qual será anexada ao processo.
Parágrafo único - Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será remetida ao chefe da
repartição onde servir, com a indicação do dia, hora e local em que procederá à inquirição.
Art. 234 - Serão assegurados transporte e diárias:
I - ao servidor convocado para prestar depoimento, fora da sede de sua repartição, na condição de denunciante,
indiciado ou testemunha;
II - os membros da comissão e ao secretário da mesma, quando obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos
para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.

Art. 235 - O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por
escrito, sendo-lhe, porém, facultada breve consulta a apontamentos.
§ 1º - As testemunhas serão inquiridas separadamente, se possível no mesmo dia, ouvindo-se previamente, as
apresentadas pelo denunciante; a seguir as indicadas pela comissão e, por último, as arroladas pelo indiciado.
§ 2º - Na hipótese de depoimentos contraditórios ou divergentes entre si, proceder-se-á à acareação dos
depoentes.
§ 3º - Antes de depor, a testemunha será qualificada, declarando o nome, estado civil, profissão, se é parente, e
em que grau, de alguma das partes, ou quais suas relações com qualquer delas.

Art. 236 - Ao ser inquirida uma testemunha, as demais não poderão estar presentes, a fim de evitar-se que uma
ouça o depoimento da outra.

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Art. 237 - O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas,
sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do
presidente da comissão.

Art. 238 - A testemunha somente poderá eximir-se de depor nos casos previstos em lei penal.
§ 1º - Se arrolados como testemunha, o Governador do Estado, os Secretários, os dirigentes máximos de autarquias,
bem como outras autoridades federais, estaduais ou municipais de níveis hierárquicos a eles assemelhados, o
depoimento será colhido em dia, hora e local previamente ajustado entre o presidente da comissão e a autoridade.
§ 2º - Os servidores estaduais arrolados como testemunhas serão requisitados junto às respectivas chefias e os
federais e os municipais, bem como os militares, serão notificados por intermédio das repartições ou unidades a
que servirem.
§ 3º - No caso em que as pessoas estranhas ao serviço público se recusem a depor perante a comissão, o presidente
poderá solicitar à autoridade policial competente, providências no sentido de serem elas ouvidas na polícia,
encaminhando, para tanto, àquela autoridade, a matéria reduzida a itens, sobre à qual devam ser ouvidas.

Art. 239 - Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à autoridade
competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe, pelo menos, um médico
psiquiatra.
Parágrafo único - O incidente de sanidade mental será processado em autos apartados e apensos ao processo
principal, após expedição do laudo pericial.

Art. 240 - O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o local onde será encontrado.

Art. 241 - Durante o curso do processo, a comissão promoverá as diligências que se fizerem necessárias à elucidação
do objeto do inquérito, podendo, inclusive, recorrer a técnicos e peritos.
Parágrafo único - Os órgãos estaduais atenderão com prioridade às solicitações da comissão.

Art. 242 - Compete à comissão tomar conhecimento de novas imputações que surgirem, durante o curso do
processo, contra o indiciado, caso em que este poderá produzir novas provas objetivando sua defesa.

Art. 243 - Na formação material do processo, todos os termos lavrados pelo secretário terão forma sucinta e,
quando possível, padronizada.
§ 1º - A juntada de documentos será feita pela ordem cronológica de apresentação mediante despacho do
presidente da comissão.
§ 2º - A cópia da ficha funcional deverá integrar o processo desde a indiciação do servidor, bem como, após
despacho do presidente, o mandato, revestido das formalidades legais que permite a intervenção de procurador,
se for o caso.

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Art. 244 - Ultimada a instrução do processo, intimar-se-á o indiciado, ou seu defensor legalmente constituído, para,
no prazo de 10 (dez) dias, contados da data da intimação, apresentar defesa por escrito, sendo-lhe facultada vista
aos autos na forma da lei.
§ 1º - Havendo 2 (dois) ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.
§ 2º - O prazo de defesa, excepcionalmente, poderá ser suprimido, a critério da comissão, quando esta a julgar
desnecessária, face à inconteste comprovação da inocência do indiciado.

Art. 245 - Esgotado o prazo de defesa, a comissão apresentará, dentro de 10 (dez) dias, minucioso relatório,
resumindo as peças essenciais dos autos e mencionando as provas principais em que se baseou para formular sua
convicção.
§ 1º - O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do indiciado.
§ 2º - Se a defesa tiver sido dispensada ou apresentada antes da fluência do prazo, contar-se-á o destinado à feitura
do relatório a partir do dia seguinte ao da dispensa da apresentação.
§ 3º - No relatório, a comissão apreciará em relação a cada indiciado, separadamente, as irregularidades, objeto de
acusação, as provas que instruírem o processo e as razões de defesa, propondo, justificadamente, a absolvição ou
a punição, sugerindo, nesse caso, a pena que couber.
§ 4º - Deverá, também, a comissão, em seu relatório, sugerir providências tendentes a evitar a reprodução de fatos
semelhantes ao que originou o processo, bem como quaisquer outras que lhe pareçam de interesse do serviço
público estadual.

Art. 246 - O relatório da comissão será encaminhado à autoridade que determinou a sua instauração para
apreciação final no prazo de 30 (trinta) dias.
§ 1º - Apresentado o relatório, a comissão ficará à disposição da autoridade que houver instaurado o inquérito para
qualquer esclarecimento ou providência julgada necessária.
§ 2º - Quando não for da alçada da autoridade a aplicação das penalidades e das providências indicadas, estas serão
propostas a quem de direito competir, no prazo marcado para julgamento.
§ 3º - Na hipótese do parágrafo anterior, o prazo para julgamento final será de 20 (vinte) dias.
§ 4º - A autoridade julgadora promoverá a publicação em órgão oficial, no prazo de 8 (oito) dias, da decisão que
proferir, expedirá os atos decorrentes do julgamento e determinará as providências necessárias a sua execução.
§ 5º - Cumprido o disposto no parágrafo anterior, dar-se-á ciência da solução do processo ao autor da representação
e à comissão, procedendo-se, após, ao seu arquivamento.
§ 6º - Se o processo não for encaminhado à autoridade competente no prazo de 30 (trinta) dias, ou julgado no
prazo determinado no § 3º, o indiciado poderá reassumir, automaticamente, o exercício do seu cargo, onde
aguardará o julgamento.

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Capítulo VI
Do Processo por Abandono de Cargo ou por Ausências Excessivas ao Serviço

Art. 247 - É dever do chefe imediato conhecer os motivos que levam o servidor a faltar consecutiva e
frequentemente ao serviço.
Parágrafo único - Constatadas as primeiras faltas, deverá o chefe imediato, sob pena de se tornar co-responsável,
comunicar o fato ao órgão de apoio administrativo da repartição que promoverá as diligências necessárias à
apuração da ocorrência.

Art. 248 - Quando o número de faltas não justificadas ultrapassar a 30 (trinta) consecutivas ou 60 (sessenta)
intercaladas durante um ano, a repartição onde o servidor tiver em exercício promoverá sindicância e, à vista do
resultado nela colhido, proporá:
I - a solução, se ficar provada a existência de força maior, coação ilegal e circunstância ligada ao estado físico ou
psíquico do servidor, que contribua para não caracterizar o abandono do cargo ou que possa determinar a
justificabilidade das faltas;
II - a instauração de inquérito administrativo se inexistirem provas das situações mencionadas no inciso anterior,
ou existindo, forem julgadas insatisfatórias.
§ 1º - No caso de ser proposta a demissão, o servidor terá o prazo de 5 (cinco) dias para apresentar defesa.
§ 2º - Para aferição do número de faltas, as horas serão convertidas em dias, quando o servidor estiver sujeito a
regime de plantões.
§ 3º - Salvo em caso de ficar caracterizada, desde logo, a intenção do faltoso em abandonar o cargo, ser-lhe-á
permitido continuar em exercício, a título precário, sem prejuízo da conclusão do processo.
§ 4º - É facultado ao indiciado, por abandono de cargo ou ausência excessiva ao serviço, no decurso do
correspondente processo administrativo-disciplinar, requerer sua exoneração, a juízo da autoridade competente.

Capítulo VII
Da Revisão do Processo

Art. 249 - O processo administrativo disciplinar poderá ser revisto, uma única vez, a qualquer tempo ou "ex-officio",
quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência ou inadequação da
penalidade aplicada.
§ 1º - O pedido da revisão não tem efeito suspensivo e nem permite agravação da pena.
§ 2º - Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa de sua família poderá
requerer revisão do processo.
§ 3º - No caso de incapacidade mental, a revisão poderá ser requerida pelo respectivo curador.

Art. 250 - No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.

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Art. 251 - O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Secretário de Estado ou autoridade equivalente
que, se a autorizar, encaminhará o pedido ao órgão ou entidade onde se originou o processo disciplinar.

Art. 252 - A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias de prazo para a conclusão dos trabalhos.

Art. 253 - O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade nos termos do artigo 246, no prazo de 20
(vinte) dias, contados do recebimento do processo, durante o qual poderá determinar as diligências que julgar
necessárias.

Art. 254 - Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos
os direitos do servidor.

Título VI
Da Previdência e Assistência ao Servidor

Art. 255 - O Estado manterá órgão ou entidade de previdência e assistência médica, odontológica e hospitalar para
seus servidores e dependentes, mediante contribuição, nos termos da lei.

Art. 256 - Caberá, especialmente ao Estado, a concessão dos seguintes benefícios, na forma prevista nesta lei:
I - abono familiar;
II - licença para tratamento de saúde;
III - licença-gestante, à adotante e licença-paternidade;
IV - licença por acidente em serviço;
V - aposentadoria;
VI - auxílio-funeral;
VII - (REVOGADO).
VIII - auxílio-reclusão.
§ 1º - Além das concessões, de que trata este artigo, será devido o auxílio-transporte, correspondente à necessidade
de deslocamento do servidor em atividade para o seu local de trabalho e vice-versa, nos termos da lei.
§ 2º - O Estado concederá o auxílio-refeição, na forma da lei.
§ 3º - A lei regulará o atendimento gratuito de filhos e dependentes de servidores, de zero a seis anos, em creches
e pré-escola.

Art. 257 - O auxílio-funeral é a importância devida à família do servidor falecido, ativo ou inativo, em valor
equivalente:
I - a um mês de remuneração ou provento que perceberia na data do óbito, considerados eventuais acúmulos
legais;

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II - ao montante das despesas realizadas, respeitando o limite fixado no inciso anterior, quando promovido por
terceiros.
Parágrafo único - O processo de concessão de auxílio-funeral obedecerá a rito sumário e concluir-se-á no prazo de
48 (quarenta e oito) horas da prova do óbito, subordinando-se o pagamento à apresentação dos comprovantes da
despesa.

Art. 258 - Em caso de falecimento de servidor ocorrido quando no desempenho de suas funções, fora do local de
trabalho, inclusive em outro Estado ou no exterior, as despesas de transporte do corpo correrão à conta de recursos
do Estado, autarquia ou fundação de direito público.

Art. 259 - Ao cônjuge ou dependente do servidor falecido em consequência de acidente em serviço ou agressão
não-provocada, no exercício de suas atribuições, será concedida complementação da pensão que, somada à que
perceber do órgão de previdência do Estado, perfaça a totalidade da remuneração percebida pelo servidor, quando
em atividade.

Art. 259-A - Aos dependentes do servidor detento ou recluso será paga, durante o período em que estiver privado
de sua liberdade, sob o título de auxílio-reclusão, uma quantia mensal, equivalente à metade da que lhes caberia a
título de pensão por morte, limitada ao máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência
Social.
§ 1º - O benefício do auxílio-reclusão será devido a partir da data em que o servidor preso deixar de receber
remuneração decorrente do seu cargo e será pago enquanto o servidor for titular do respectivo cargo efetivo.
§ 2º - O auxílio-reclusão será rateado em quotas iguais entre os dependentes do servidor.
§ 3º - Na hipótese de fuga do servidor, o benefício será restabelecido a partir da data da recaptura ou da
reapresentação à prisão, nada sendo devido aos seus dependentes enquanto estiver o servidor evadido e durante
o período da fuga.
§ 4º - Para a instrução do processo de concessão deste benefício, além da documentação que comprovar a condição
de servidor e de dependentes, serão exigidos:
I - documento que certifique o não pagamento da remuneração ao servidor pelos cofres públicos, em razão da
prisão; e
II - certidão emitida pela autoridade competente sobre o efetivo recolhimento do servidor à prisão e o respectivo
regime de cumprimento da pena, sendo tal documento renovado semestralmente.
§ 5º - Caso o servidor venha a ser ressarcido com o pagamento da remuneração correspondente ao período em
que esteve preso, e seus dependentes tenham recebido auxílio-reclusão, será descontado do servidor o valor
correspondente ao período de gozo do benefício, para fins de restituição ao Estado, aplicando-se juros e atualização
monetária.
§ 6º - Aplicar-se-ão ao auxílio-reclusão, no que couber, as disposições atinentes à pensão por morte.

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§ 7º - Se o servidor preso vier a falecer na prisão, o benefício de auxílio-reclusão será convertido em pensão por
morte.

Art. 260 - Caberá ao Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul a concessão de benefícios e serviços,
na forma prevista em lei específica.
Parágrafo único - Todo o servidor abrangido por esta lei deverá, obrigatoriamente, ser contribuinte do órgão
previdenciário de que trata este artigo.

Título VII
Da Contratação Temporária de Excepcional Interesse Público

Art. 261 - Para atender necessidade temporária de excepcional interesse público, a Administração estadual poderá
efetuar contratações de pessoal, por prazo determinado, na forma da lei.
Parágrafo único - Para os fins previstos neste artigo, consideram-se como necessidade temporária de excepcional
interesse público as contratações destinadas a:
I - combater surtos epidêmicos;
II - atender situações de calamidade pública;
III - atender a outras situações de urgência que vierem a ser definidas em lei.

Art. 261-A - Aplica-se ao pessoal contratado nos termos do art. 261 exclusivamente o disposto nos arts. 64, incisos
I, II, III, IV, VI e XV; 67 a 74; 76; 80, incisos I, II e III; 82 a 84; 85, incisos I e IV; 87; 89, incisos II e III; 95 a 96 ; 98; 104
a 105; 110 a 113; 167 a 186; 187, incisos I, II e VI; todos desta Lei Complementar, bem como as disposições
específicas estabelecidas, estritamente em razão da natureza da função, na lei que autorizar a contratação. (
§ 1º - Aplica-se, ainda, no que couber, ao pessoal contratado nos termos do art. 261, o disposto nos arts. 130, 131,
134, 135, 136, 138, 141 e 143, referentes ao período não coberto pelo Regime Geral de Previdência Social.
§ 2º - Aplica-se, outrossim, ao pessoal contratado nos termos do art. 261, o disposto no art. 107 desta Lei
Complementar.

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Título VIII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, TRANSITÓRIAS E FINAIS
Capítulo I
Das Disposições Gerais

Art. 262 - O dia 28 de outubro é consagrado ao servidor público estadual.

Art. 263 - Poderão ser conferidos, no âmbito da administração estadual, autarquia e fundações de direito público,
prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou trabalhos que possibilitem o aumento da produtividade e a
redução de custos operacionais, bem como concessão de medalhas, diploma de honra ao mérito, condecoração e
louvor, na forma do regulamento.

Art. 264 - Os prazos previstos nesta lei serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-
se o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja
expediente.
Parágrafo único - Os avanços e os adicionais de 15% (quinze por cento) e 25% (vinte e cinco por cento) serão pagos
a partir do primeiro dia do mês em que for completado o período de concessão.

Art. 265 - Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, o servidor não poderá ser privado
de quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus
deveres.

Art. 266 - Do exercício de encargos ou serviços diferentes dos definidos em lei ou regulamento, como próprio do
seu cargo ou função, não decorre nenhum direito ao servidor, ressalvadas as comissões legais.

Art. 267 - É vedado às chefias manterem sob suas ordens cônjuges e parentes até segundo grau, salvo quando se
tratar de função de imediata confiança e livre escolha, não podendo, porém, exceder de dois o número de auxiliares
nessas condições.

Art. 268 - Serão assegurados ao servidor público civil os direitos de associação profissional ou sindical.

Art. 269 - Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas
expensas e constem no seu assentamento individual.
Parágrafo único - Equipara-se ao cônjuge, a companheira ou companheiro que comprove união estável como
entidade familiar.

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Art. 270 - A atribuição de qualquer direito e vantagem, cuja concessão dependa de ato ou portaria do Governador
do Estado, ou de outra autoridade com competência para tal, somente produzirá efeito a partir da data da
publicação no órgão oficial.

Art. 271 - Os servidores estaduais, no exercício de suas atribuições, não estão sujeitos a sanções disciplinares por
crítica irrogada em quaisquer escritos de natureza administrativa.
Parágrafo único - A requerimento do interessado, poderá a autoridade suprimir as críticas irrogadas.

Art. 272 - O servidor que esteja sujeito à fiscalização de órgão profissional e for suspenso do exercício da profissão,
enquanto durar a medida, não poderá desempenhar atividade que envolva responsabilidade técnico-profissional.

Art. 273 - O Poder Executivo regulará as condições necessárias à perfeita execução desta lei, observados os
princípios gerais nela consignados.

Art. 274 - O disposto nesta lei é extensivo às autarquias e às fundações de direito público, respeitada, quanto à
prática de atos administrativos, a competência dos respectivos titulares.

Art. 275 - Os dirigentes máximos das autarquias e fundações de direito público poderão praticar atos
administrativos de competência do Governador, salvo os indelegáveis, nas áreas de suas respectivas atuações.

Capítulo II
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 276 - Ficam submetidos ao regime jurídico instituído por esta lei, na qualidade de servidores públicos, os
servidores estatutários da Administração Direta, das autarquias e das fundações de direito público, inclusive os
interinos e extranumerários, bem como os servidores estabilizados vinculados à Consolidação das Leis do Trabalho,
aprovada pelo Decreto-Lei nº 5452, de 1º de maio de 1943.
§ 1º - Os servidores celetistas de que trata o "caput" deverão manifestar, formalmente, no prazo de 90 (noventa)
dias após a promulgação desta lei, a opção de não integrarem o regime jurídico por esta estabelecido.
§ 2º - Os cargos ocupados pelos nomeados interinamente e as funções correspondentes aos extranumerários e
contratados de que trata este artigo, ficam transformados em cargos de provimento efetivo, em classe inicial, em
número certo, observada a identidade de denominação e equivalência das atribuições com cargos correspondentes
dos respectivos quadros de pessoal.
§ 3º - Nos órgãos em que já exista sistema de promoção para servidores celetistas, a transformação da respectiva
função será para o cargo de provimento efetivo em classe correspondente.

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§ 4º - Os cargos de provimento efetivo resultantes das disposições deste artigo, excetuados os providos na forma
do artigo 6º, terão carreira de promoção própria, extinguindo-se à medida que vagarem, ressalvados os Quadros
próprios, criados por lei, cujos cargos são providos no sistema de carreira, indistintamente, por servidores celetistas
e estatutários.
§ 5º - Para efeitos de aplicação deste artigo, não serão consideradas as situações de fato em desvio de função.
§ 6º - Os contratados por prazo determinado terão seus contratos extintos, após o vencimento do prazo de vigência.
§ 7º - Excepcionada a situação prevista no parágrafo 3º deste artigo, fica assegurada ao servidor, a título de
vantagem pessoal, como parcela autônoma, nominalmente identificável, a diferença resultante entre a
remuneração básica da função anteriormente desempenhada sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho
e a do cargo da classe inicial da categoria funcional para a qual foi transposto.

Art. 277 - São considerados extintos os contratos individuais de trabalho dos servidores que passarem a integrar o
regime jurídico na forma do artigo 276, desta lei, ficando-lhes assegurada a contagem do tempo anterior de serviço
público estadual para todos os efeitos, exceto para os fins previstos no inciso I do artigo 151, na forma da lei.
§ 1º - O servidor que houver implementado o período aquisitivo que lhe assegure o direito a férias no regime
anterior, será obrigado a gozá-las, imediatamente, aplicando-se ao período restante o disposto no § 2º deste artigo.
§ 2º - Para integralizar o período aquisitivo de férias regulamentares de que trata o § 1º do artigo 67, será
computado 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo exercício no regime anterior.
§ 3º - O servidor que, até 31 de dezembro de 1993, não tenha completado o quinquênio de que trata o artigo 150
desta Lei Complementar, terá assegurado o cômputo desse período para fins de concessão de licença-prêmio,
inclusive para os efeitos do inciso I do artigo 151 da mesma Lei.

Art. 278 - Os saldos das contas vinculadas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, dos servidores celetistas que
passarem a integrar o regime jurídico na forma do artigo 276, desta lei, poderão ser sacados nas hipóteses previstas
pela legislação federal vigente sobre a matéria.
Parágrafo único - O saldo da conta individualizada de servidores não optantes pelo FGTS reverterá em favor do
Estado ou da entidade depositante.

Art. 279 - Aplicam-se as disposições desta lei aos integrantes do Plano de Carreira do Magistério Público Estadual,
na forma prevista no art. 154 da Lei nº 6.672, de 22 de abril de 1974.

Art. 280 - As disposições da Lei nº 7.366, de 29 de março de 1980, que não conflitarem com os princípios
estabelecidos por esta lei, permanecerão em vigor até a edição de lei complementar, prevista no art. 134 da
Constituição do Estado do Rio Grande do Sul.

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Art. 281 - A exceção de que trata o artigo 1º se estende aos empregados portuários e hidroviários, vinculados à
entidade responsável pela administração de portos de qualquer natureza, hidrovias e obras de proteção e
regularização, que continuarão a adotar o regime da Lei nº 4.860/65, a legislação trabalhista, a legislação portuária
federal e a política nacional de salários, observado o quadro de pessoal próprio.

Art. 282 - A diferença de proventos, instituída pelo Decreto-Lei nº 1.145/46, estendida às autarquias pela Lei nº
1.851/52 e Ato 206/76 - DEPREC, aplica-se ao pessoal contratado diretamente sob regime jurídico trabalhista do
Departamento Estadual de Portos, Rios e Canais, vinculado à Previdência Social Federal.
Parágrafo único - A diferença de proventos será concedida somente quando o empregado satisfizer os requisitos
da aposentadoria pela legislação estadual em vigor e que sejam estáveis no serviço público, a teor do art. 19 do Ato
das Disposições Transitórias da Constituição Federal.

Art. 283 - Os graus relativos aos cargos organizados em carreira a que se refere esta lei, enquanto não editada a lei
complementar de que trata o art. 31 da Constituição do Estado, correspondem as atuais classes.

Art. 284 - Ao servidor público civil é assegurado, nos termos da Constituição Federal e da Constituição Estadual, o
direito à livre organização sindical e os seguintes direitos, entre outros, dela decorrentes:
a) de ser representado pelo sindicato, inclusive como substituto processual;
b) de inamovibilidade do dirigente sindical, até 01 (um) ano após o final do mandato, exceto se a pedido;
c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for filiado, o valor das mensalidades e
contribuições definidas em assembleia geral da categoria.

Art. 285 - No prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data da promulgação desta lei, o Poder Executivo
deverá encaminhar ao Poder Legislativo, projeto de lei que trate do quadro de carreira dos funcionários de escola.

Art. 286 - As despesas decorrentes da aplicação desta lei correrão à conta de dotações orçamentárias próprias.

Art. 287 - Fica o Executivo autorizado a abrir créditos suplementares necessários à cobertura das despesas geradas
por esta lei.

Art. 288 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo seus efeitos a contar de 1º de janeiro de
1994.

Art. 289 - Ressalvados os direitos adquiridos, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, são revogadas as disposições
em contrário.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 03 de fevereiro de 1994.

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ANOTAÇÕES

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RESOLUÇÃO N.º 2.288, DE 18 DE JANEIRO DE 1991.

Dispõe sobre o Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.

TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I
DA SEDE DA ASSEMBLEIA

Art. 1.º A Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul tem sede na Capital do Estado.
§ 1.º Havendo motivo relevante, ou de força maior, a Assembleia poderá, por deliberação da Mesa “ad referendum”
da maioria absoluta dos Deputados, reunir-se em outro ponto do Estado.
§ 2.º No Plenário da Assembleia somente serão realizados atos e atividades pertinentes à função parlamentar.

CAPÍTULO II
DA LEGISLATURA E DA SESSÃO PREPARATÓRIA

Art. 2.º No primeiro ano da legislatura, os Deputados reunir-se-ão em sessão preparatória às 14 horas do dia 30 de
janeiro.
§ 1.º A direção dos trabalhos caberá em ordem sucessiva:
I - ao Presidente da Assembleia do período anterior, se reeleito Deputado;
II - ao Deputado que tenha exercido mais recentemente a função de Vice-Presidente ou Secretário da Mesa;
III - ao Deputado mais idoso dentre os reeleitos, ou
IV - ao mais idoso dos Deputados presentes.
§ 2.º O Presidente convidará dois Deputados de partidos diferentes para secretariar a
sessão.

Art. 3.º Aberta a sessão, os Deputados apresentarão à Mesa o diploma expedido pela Justiça Eleitoral e
comunicarão seu nome parlamentar e legenda partidária.
Parágrafo único. O nome parlamentar será composto de dois elementos, podendo o Deputado, se necessário para
individualizá-lo, utilizar três elementos.

Art. 4.º Verificada a existência de número legal para a instalação da legislatura, o Presidente decidirá de plano
quaisquer reclamações apresentadas e convocará sessão para o dia seguinte, às 14 horas.

Art. 5.º O Diário da Assembleia correspondente à sessão preparatória publicará, por legenda, a nominata dos
Deputados, obedecendo a ordem alfabética do nome parlamentar.
Parágrafo único. No mesmo Diário, será publicada a nominata dos suplentes diplomados.

Art. 6.º No dia 31 de janeiro, a Assembleia reunir-se-á em sessão solene para a posse dos Deputados, sendo
declarada instalada a Legislatura e procedendo-se, a seguir, à eleição da Mesa e, após, à da Comissão
Representativa.

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Art. 7.º No ato da posse, o Presidente proferirá o seguinte compromisso, mantendo-se de pé todos os presentes:
“Prometo manter, defender e cumprir a Constituição do Estado e desempenhar com toda a lealdade
e dedicação o mandato que me foi confiado pelo povo rio-grandense”.
Parágrafo único. Far-se-á, a seguir, a chamada nominal dos Deputados e cada um, também de pé, adotando os
termos do compromisso, vedadas outras manifestações, dirá: “Assim o prometo”.

Art. 8.º O Deputado que tomar posse em ocasião posterior e o suplente que assumir pela primeira vez prestarão
previamente o compromisso de que trata o artigo anterior em sessão da Assembleia, ou, se esta não estiver
reunida, perante seu Presidente.

Art. 9.º Não se considera investido no mandato de Deputado quem deixar de prestar o compromisso nos termos
regimentais.

Art. 10. No terceiro ano da legislatura, os Deputados reunir-se-ão na segunda quinzena do mês de janeiro, em
sessão preparatória, convocada antes do encerramento da sessão legislativa anterior, para verificação do "quorum"
necessário à eleição da Mesa.
§ 1.º Havendo "quorum", a eleição dar-se-á a 31 de janeiro, em sessão solene a iniciar- se às 14 horas.
§ 2.º Enquanto não for eleita a nova Mesa, os trabalhos da Assembleia continuarão a ser dirigidos pela Mesa da
sessão legislativa anterior.

CAPÍTULO III
DAS SESSÕES LEGISLATIVAS

Art. 11. A Assembleia reunir-se-á em sessão legislativa:


I - ordinária, de 1.º de fevereiro a 16 de julho e de 1.º de agosto a 22 de dezembro;
II - extraordinária, quando convocada na forma do art. 253.
§ 1.º A sessão legislativa ordinária poderá ser prorrogada pelo prazo máximo de três sessões, a requerimento de
um terço dos Deputados e por deliberação da maioria absoluta.
§ 2.º A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a apreciação dos projetos de leis orçamentárias.

Art. 12. Durante o período da sessão legislativa ordinária, a Assembleia funcionará em todos os dias úteis.
Parágrafo único. As sessões plenárias realizar-se-ão conforme determina o art. 91, alínea II.

Art. 13. As reuniões das Comissões Técnicas Permanentes realizar-se-ão às terças, quartas e quintas-feiras pela
manhã, das 9h às 11h, e as das Mistas Permanentes às quartas-feiras, das 11 h às 13h.
§ 1.º As reuniões das demais Comissões poderão realizar-se a qualquer tempo, exceto nos horários destinados às
sessões plenárias e às reuniões das Comissões Técnicas Permanentes e Mistas Permanentes.
§ 2.º As reuniões ordinárias e extraordinárias das Comissões Permanentes realizar-se-ão no Palácio Farroupilha,
exceto nas hipóteses de interiorização da Assembleia Legislativa.

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CAPÍTULO IV
DAS LIDERANÇAS

Art. 14. As representações partidárias eleitas em cada legislatura, constituir-se-ão por Bancadas.
§ 1.º Cada Bancada escolherá um Líder e tantos Vice-Líderes, quantos couber, na proporção de um Vice-Líder para
cada fração de oito Deputados da representação correspondente.
§ 2.º As representações partidárias reunidas em Federação, nos termos da legislação eleitoral, comporão Bancada
Federada, que atuará como se fosse uma única agremiação partidária, para todos os fins deste Regimento Interno,
e escolherá seu Líder e Vice-Líder, com atribuições e prerrogativas regimentais, conforme o disposto no § 1.º deste
artigo.

Art. 15. O Líder da Bancada, além das atribuições regimentais, possui as seguintes prerrogativas:
I - usar da palavra a qualquer momento da sessão em comunicação urgente, excetuando- se o período da Ordem
do Dia quando as comunicações versarão apenas sobre a matéria em debate e votação;
II - discutir proposições e encaminhar-lhes a votação pelo prazo regimental, ainda que não inscrito;
III - emendar proposições na Ordem do Dia da sessão, em fase de discussão;
IV - indicar os Deputados de sua representação para integrar Comissões.
§ 1.º Cada Líder de Bancada terá direito a uma comunicação urgente por sessão plenária, podendo delegar a um
dos liderados a incumbência de fazê-la, desde que se trate de assunto de interesse da Bancada.
§ 2.º As bancadas parlamentares informarão à Presidência da Mesa, seus Líderes e Vice-Líderes.

Art. 16. A representação partidária que venha a se constituir em data posterior a do ato de instalação da legislatura
apenas disporá das prerrogativas de que tratam os arts. 14 e 15 se integrada por três ou mais Deputados.

Art. 17. Haverá, também, um Líder e um Vice-Líder por partido com representação na Assembleia, indicados pela
respectiva Executiva Regional.
§ 1.º O Líder Partidário, com as prerrogativas previstas no art. 15, I, II e III representará o pensamento do Partido.
§ 2.º O Líder Partidário poderá indicar um parlamentar para expressar a posição do partido quando da votação de
proposição.
§ 3.º
§ 4.º Cada Líder Partidário terá direito a uma comunicação urgente por sessão plenária, podendo delegar a um dos
liderados a incumbência de fazê-la, desde que se trate de assunto de interesse do Partido.
§ 5.º Ficam asseguradas as prerrogativas da Liderança Partidária à representação partidária constituída em data
posterior à do ato da instalação da Legislatura, independentemente do número de Deputados que a integrar.

Art. 17-A. O Chefe do Poder Executivo poderá indicar Deputados para exercerem a liderança do governo, que será
composta de Líder e Vice-Líder do Governo.
Parágrafo único. Se a indicação recair sobre o Líder do Partido do Governo, este desempenhará as funções de Líder
Partidário e Líder do Governo.

Art. 17-B. A representação partidária integrada de 1 (um) Deputado terá direito a apenas 1 (uma) comunicação
urgente por sessão plenária.

Art. 18. Os Líderes e Vice-Líderes não poderão ser membros da Mesa.


Parágrafo único. Excetuam-se da aplicação do dispositivo bancadas com até três parlamentares.

Art. 19. Os Vice-Líderes substituirão o Líder nas ausências e impedimentos deste.

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CAPÍTULO V
DO COLÉGIO DE LÍDERES

Art. 20. Os Líderes de Bancada, Partidários ou do Governo constituem o Colégio deLíderes.


Parágrafo único. As deliberações do Colégio de Líderes serão tomadas pela maioria equivalente a dois terços,
ponderados os votos dos Líderes em função da expressão numérica de cada Bancada.

TÍTULO II
DOS ÓRGÃOS DA ASSEMBLEIA

CAPÍTULO I
DA MESA
Seção I
Da Composição da Mesa

Art. 21. A Mesa, órgão diretivo dos trabalhos da Assembleia Legislativa, é constituída de sete membros, a saber:
I - Presidente;
II - 1.º Vice-Presidente;
III - 2.º Vice-Presidente;
IV - 1.º Secretário;
V - 2.º Secretário;
VI - 3.º Secretário;
VII - 4.º Secretário.
§ 1.º Será de dois anos o mandato de membro da Mesa, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição
imediatamente subsequente.
§ 2.º A Mesa contará ainda com quatro suplentes de Secretário, designados de 1.º, 2.º, 3.º e 4.º suplentes.
§ 3.º As reuniões da Mesa são presididas pelo Presidente ou pelo seu substituto, na forma deste Regimento, assim
como convocadas por este ou pela maioria de seus membros.

Seção II
Da Eleição da Mesa

Art. 22. A eleição da Mesa dar-se-á em sessão da Assembleia, por votação nominal, com a presença da maioria
absoluta dos Deputados.

Art. 23. As chapas, acompanhadas de declaração que comprove a aquiescência de todos os seus integrantes, serão
apresentadas ao Departamento de Assessoramento Legislativo até 02 (duas) horas antes do início da sessão.
§ 1.º Na composição das chapas, serão respeitados, dentro do possível, os critérios de representação pluripartidária
e de proporcionalidade.

Art. 24. (REVOGADO)

Art. 25. (REVOGADO)

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Art. 26. Encerrada a votação, o Presidente proclamará o resultado, sendo considerada eleita a chapa que obtiver
maioria absoluta de votos.
§ 1.º Se nenhuma houver alcançado esse resultado, proceder-se-á ao segundo escrutínio entre as duas chapas mais
votadas, caso em que será declarada vencedora a que atingir a maioria dos votos válidos.
§ 2.º Em caso de empate na segunda votação será considerada eleita a chapa com o mais idoso candidato a
Presidente.

Art. 27. A posse dos eleitos será imediata à proclamação do resultado final pelo Presidente da sessão.

Art. 28. Ocorrendo a vacância de qualquer cargo da Mesa até 30 de novembro do segundo ano do mandato desta,
será a vaga preenchida mediante eleição, dentro de 10 (dez) dias, como primeiro ato da Ordem do Dia da sessão,
observado, no que couber, o procedimento previsto para a Mesa.
§ 1.º A indicação dos candidatos caberá à Bancada do Deputado que se afastou.
§ 2.º Verificando-se a vaga após a data fixada neste artigo, proceder-se-á como segue:
I - em se tratando do cargo de Presidente, o 1.º Vice-Presidente assumi-lo-á;
II - vagando o de 1.º Vice-Presidente, será preenchido pelo 2.º Vice-Presidente, permanecendo vago este cargo;
III - em se tratando de cargos de Secretário, os titulares substituir-se-ão pela ordem e o suplente, convocado
também por ordem, assumirá a 4ª Secretaria.

Art. 29. Perderá o mandato de membro da Mesa o Deputado que deixar o Partido que integrava ao ser eleito para
o cargo, devendo ser substituído na forma definida no artigo anterior.

Seção III
Da Competência da Mesa

Art. 30. Compete à Mesa, além de outras atribuições previstas neste Regimento e nas leis:
I - dirigir os trabalhos legislativos;
II - administrar a Assembleia;
III - iniciar o processo legislativo nos seguintes casos:
a) fixação da remuneração de seus membros, do Governador, do Vice-Governador e dos
Secretários de Estado, observadas as regras do art. 53, inciso XXXI, da Constituição do Estado;
b) alteração do Regimento Interno;
c) organização dos serviços administrativos;
d) criação, transformação e extinção de cargos e funções dos serviços da Assembleia e fixação da respectiva
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
IV - conforme o art. 55 da Constituição do Estado, iniciar o processo de perda de mandato de Deputado Estadual
nos casos previstos no art. 55, incisos I, II e IV, da Constituição Federal e declarar a perda do mandato nas situações
aludidas nos incisos III, IV e V, observado o disposto no § 3.º do mesmo artigo;
V - promulgar emendas à Constituição;
VI - emitir parecer e expedir Resolução de Mesa ou elaborar projeto de Resolução sobre pedidos de licença de
Deputados;
VII - organizar, com o Colégio de Líderes, a Ordem do Dia da sessão;
VIII - apresentar ao Plenário, na sessão de encerramento do ano legislativo, relatório dos trabalhos realizados no
exercício;
IX - representar a Assembleia, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
XI - propor ação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual ou por omissão, de ofício ou
por deliberação do Plenário;

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XII - conferir caráter jurídico-normativo a pareceres da Procuradoria da Assembleia, que serão cogentes para a
administração;
XIII - expedir atos referentes a pessoal, podendo delegar competência aos Superintendentes;
XIV - expedir Resolução de Mesa com vistas a regulamentar o funcionamento dos serviços administrativos do Poder
Legislativo;
XV - decidir, em grau de recurso, as questões relativas a pessoal e aos serviços administrativos da Assembleia;
XVI - aprovar a proposta orçamentária da Assembleia;
XVII - autorizar a celebração de convênios;
XVIII - requisitar ao Tribunal de Contas do Estado informações, segundo o preceituado no § 4.º do art. 71 da
Constituição do Estado;
XIX - fixar as diretrizes para divulgação das atividades do Poder Legislativo.
XX - estabelecer a denominação dos espaços físicos da Assembleia Legislativa.
XXI- criação de prêmios, troféus e outras distinções similares.
§ 1.º A representação da Mesa, em juízo, compete à Procuradoria da Assembleia Legislativa.
§ 2.º Cabe à Superintendência-Geral a coordenação e a orientação das atividades das Superintendências da
Assembleia, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Mesa.
§ 3.º Nos termos de delegação conferida pela Mesa, compete ao Superintendente Legislativo a direção dos serviços
legislativos, ao Superintendente de Comunicação Social, a divulgação institucional da Assembleia e, ao
Superintendente Administrativo e Financeiro, a direção dos serviços administrativos.
§ 4.º A iniciativa para o processo legislativo, prevista no inciso III deste artigo só não é exclusiva para os casos de
sua alínea ‘b’.
§ 5.º As Comissões permanentes ou qualquer Deputado poderão encaminhar à Mesa sugestões de criação de
prêmios, troféus e outras distinções similares de que trata o inciso XXI do “caput”, as quais serão deliberadas pela
maioria absoluta de seus membros.
§ 6.º As proposições de autoria da Mesa somente poderão ser por ela emendadas.

Seção IV
Das Atribuições dos Membros da Mesa
Subseção I
Do Presidente

Art. 31. São atribuições do Presidente, dentre outras expressas neste Regimento, dirigir e representar a Assembleia,
incumbindo-lhe:
I - quanto às sessões:
a) convocá-las;
b) presidir os trabalhos;
c) abri-las, encerrá-las e interrompê-las ou suspendê-las quando necessário;
d) conceder a palavra aos Deputados;
e) interromper o orador que se desviar do assunto em debate, falar sobre matéria vencida ou faltar com a
consideração devida ao Poder Legislativo e seus membros ou aos demais Poderes, advertindo-o, e cassar-lhe a
palavra se reincidir;
f) determinar sejam eliminadas expressões antiparlamentares dos pronunciamentos;
g) decidir as questões de ordem e reclamações;
h) determinar a leitura, na primeira sessão após o recebimento, de mensagem do Governador solicitando, na forma
do art. 62 da Constituição do Estado, a apreciação de projeto em regime de urgência;
i) comunicar ao Plenário o resultado da votação de projetos de lei e convênios apreciados pelas Comissões na forma
do art. 56, § 2.º, inciso VII, da Constituição do Estado, bem como o prazo para dele recorrer;
j) submeter a matéria da ordem do dia a discussão e votação;

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l) proclamar o resultado das votações e declarar a prejudicialidade de outras proposições face a esse resultado.
II - quanto às proposições:
a) mandar autuá-las ou devolvê-las a seu autor quando desatenderem as disposições dos arts. 165 e 166 deste
Regimento Interno;
b) distribuí-las, ou determinar sua distribuição;
c) incluí-las na Ordem do Dia na forma do art. 169, § 1.º;
d) retirar da Ordem do Dia as que estiverem em desacordo com exigências regimentais e deferir-lhes a retirada nos
casos previstos neste Regimento;
e) determinar seu arquivamento ou desarquivamento, nos termos regimentais;
f) despachar requerimentos;
g) assinar os autógrafos a serem encaminhados ao Governador do Estado;
h) promulgar decretos legislativos e resoluções dentro de 48 (quarenta e oito) horas do seu recebimento;
i) promulgar leis conforme o § 7.º do art. 66 da Constituição do Estado.
III - quanto às Comissões:
a) designar seus integrantes de acordo com a indicação dos Líderes de Bancada;
b) instalá-las e, se temporárias, prorrogar-lhes o prazo e extingui-las, nos termos regimentais.
IV - quanto às reuniões da Mesa:
a) convocá-las e presidi-las;
b) distribuir a matéria que dependa de parecer;
c) participar das discussões e, em caso de empate, das votações.

Art. 32. Compete, ainda, ao Presidente:


I - convocar extraordinariamente a Assembleia nas hipóteses do art. 253, II;
II - substituir o Governador nos termos do art. 80, § 1.º, da Constituição do Estado;
III - dirigir, com suprema autoridade, a polícia da Assembleia e promover as medidas necessárias à apuração da
responsabilidade por delito praticado nas dependências do Poder Legislativo, conforme previsto no Capítulo IV do
Título IX deste Regimento;
IV - assinar correspondência destinada ao Presidente da República, Presidentes da Câmara dos Deputados, do
Senado Federal, Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, Superior Tribunal Eleitoral, Ministros de
Estado, Governadores, Presidentes das Assembleias Legislativas, do Tribunal de Justiça, Tribunal Militar, Tribunal
Regional Eleitoral, representantes diplomáticos e outras autoridades de igual hierarquia;
V - zelar pelo prestígio e decoro da Assembleia e pela dignidade e respeito às prerrogativas constitucionais de seus
membros;
VI - representar a Assembleia em solenidades ou designar representantes;
VII - autorizar a realização, nas dependências do Palácio Farroupilha, de atos de caráter político-partidário, reuniões
promovidas por entidades de âmbito estadual ou federal e eventos artístico-culturais;
VIII - encaminhar às autoridades competentes, se for o caso, as conclusões de Comissão Parlamentar de Inquérito;
IX - solicitar a cedência de servidores de outros Poderes para quaisquer de seus serviços;
X - encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado, em cada exercício, a prestação de contas da Assembleia;
XI - cumprir e fazer cumprir este Regimento.

Art. 33. O Presidente só pode ser signatário de proposição de iniciativa da Mesa.


Parágrafo único. O Presidente não pode votar a não ser em caso de empate.

Art. 34. Na ausência do Presidente, a direção dos trabalhos das sessões plenárias caberá, pela série ordinal, aos
Vice-Presidentes, Secretários ou suplentes de Secretário, e, na falta destes, ao mais idoso dos Deputados presentes.
Parágrafo único. Ao substituto é deferida competência tão-somente para as decisões necessárias ao andamento
dos trabalhos, não lhe cabendo a prerrogativa do voto, a não ser em caso de empate.

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Art. 35. O Presidente poderá, de sua cadeira, a qualquer momento da sessão, fazer ao Plenário comunicação de
interesse da Assembleia ou do Estado.
Parágrafo único. O Presidente poderá participar dos debates em Plenário, desde que transmita a Presidência da
sessão a seu substituto.

Subseção II
Dos Vice-Presidentes

Art. 36. Os Vice-Presidentes, pela ordem, substituirão o Presidente nas ausências eventuais e impedimentos, e
assumirão a Presidência na hipótese do art. 28, § 2.º, I.
Parágrafo único. O Presidente poderá delegar aos Vice-Presidentes competência que lhe seja própria.

Art. 37. Compete ao 1.º Vice-Presidente promulgar leis na hipótese do § 7.º do art. 66, parte final, da Constituição
do Estado.

Subseção III
Dos Secretários

Art. 38. São atribuições do 1.º Secretário, além de outras previstas neste Regimento: I - quanto aos serviços
administrativos:
a) fazer cumprir seu regulamento;
b) assinar, com o Presidente e mais um Secretário, atos da Mesa relativos aos servidores da Assembleia;
c) autorizar despesas, ressalvado o disposto no § 3.º do art. 281, bem como delegar a ordenação nas hipóteses
referenciadas na resolução de mesa editada com base no inciso XVI do art. 30;
d) auxiliar a Presidência na execução do plano de auxílios;
e) fiscalizar o funcionamento do Auditório e do Plenarinho; II - quanto às sessões plenárias:
a) fazer a chamada dos Deputados;
b) fiscalizar a redação das atas e fazer a leitura destas ao plenário;
c) ler ao plenário a matéria do expediente e despachá-la;
d) assessorar o Presidente nos trabalhos;
e) apurar votos.
§ 1.º Compete, ainda, ao 1.º Secretário:
I – (REVOGADO)
II - assinar a correspondência da Assembleia destinada a Secretário de Estado e outras autoridades de igual
hierarquia;
III - fiscalizar a publicação do Diário da Assembleia.
§ 2.º O 1.º Secretário poderá delegar aos demais Secretários competência que lhe seja própria.
§ 3.º A competência de delegação de despesas ao Superintendente e aos demais substitutos eventuais restará
perfectibilizada mediante subscrição de resolução de mesa, editada com fundamento no inciso XVI do art. 30, a
qual especificará a integral responsabilidade do mesmo quanto às despesas que vierem a ser empenhadas,
juntamente com a obrigação de elaborar relatório mensal das principais despesas com investimento, a ser
encaminhado ao 1.º Secretário.

Art. 39. Os Secretários substituir-se-ão conforme sua numeração ordinal e, assim, substituirão o Presidente na falta
dos Vice-Presidentes.

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Subseção IV
Dos Suplentes de Secretário

Art. 40. Aos suplentes de Secretário compete:


I - em sessão, substituir o Presidente conforme o estabelecido no art. 34, e os Secretários;
II - assumir a função de Secretário na hipótese do art. 28, § 2.º, III.

CAPÍTULO II
DA COMISSÃO REPRESENTATIVA

Art. 41. A Comissão Representativa, composta de onze membros efetivos e dez suplentes, funcionará durante o
recesso parlamentar.
Parágrafo único. O Presidente da Assembleia é o Presidente da Comissão Representativa e, em seus impedimentos,
será substituído de acordo com as normas deste Regimento.

Art. 42. A Comissão Representativa será eleita na última sessão ordinária do período legislativo anual.
§ 1.º A composição das chapas reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade de representação das Bancadas.
§ 2.º De cada chapa constará o nome dos candidatos a membros efetivos e a suplentes.

Art. 43. As sessões da Comissão Representativa serão realizadas mediante convocação do Presidente ou a
requerimento de 1/3 (um terço) de seus membros, com a presença de, no mínimo, 06 (seis) Deputados, com a
maioria dos quais poderá a Comissão deliberar.
§ 1.º Os Deputados que não integrarem a Comissão poderão participar das sessões, sem direito a voto.
§ 2.º A sessão da Comissão Representativa constará de:
I - aprovação da ata e leitura do expediente;
II - ordem do dia nos termos deste Regimento;
III - comunicações de Líderes;
IV - explicações pessoais.

Art. 44. Compete à Comissão Representativa:


I - zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo e pela observância da Constituição e das garantias nela
consignadas;
II - convocar, com o voto da maioria de seus membros, Secretário de Estado para prestar, pessoalmente,
informações sobre assuntos compreendidos na área da respectiva Pasta, previamente determinados;
III - autorizar o Governador e o Vice-Governador a afastar-se do Estado por mais de quinze dias, ou do País por
qualquer tempo;
IV - resolver sobre licenças de Deputados.
Parágrafo único. O Secretário de Estado será ouvido em sessão especial na Comissão Representativa, obedecidas
as disposições dos arts. 260 e 261.

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CAPÍTULO III
DAS COMISSÕES
Seção I
Disposições Preliminares

Art. 45. As Comissões Parlamentares da Assembleia são:


I - permanentes: as de caráter técnico-legislativo ou especializado que têm por finalidade apreciar as proposições
submetidas a seu exame, sobre elas deliberando na forma deste Regimento, e exercer a fiscalização dos atos do
Poder Público Estadual, no âmbito dos respectivos campos temáticos;
II - temporárias: as criadas para apreciar determinada matéria, e que se extinguem ao término da legislatura, ou
antes, quando alcançado o fim a que se destinam ou expirado seu prazo de duração.
III - Mista Permanente do Mercosul e Assuntos Internacionais criada para apreciar os assuntos pertinentes ao
Mercado Comum do Sul e outros países, desenvolvendo seus trabalhos de forma integrada com as demais
comissões permanentes.
IV (REVOGADO)
V - Comissão Mista Permanente de Defesa do Consumidor e do Contribuinte e Participação Legislativa Popular:
criada para acompanhar os serviços de defesa do consumidor e do contribuinte no Estado do Rio Grande do Sul,
fiscalizando os atos do Poder Público Estadual, e para servir como canal de comunicação entre o Poder Legislativo
Estadual e a sociedade gaúcha, incentivando a participação popular e facilitando o recebimento de sugestões
legislativas advindas de associações, órgãos de classe, sindicatos e entidades organizadas.

Art. 46. Na constituição das Comissões e na distribuição de seus cargos de Presidente e Vice-Presidente, assegurar-
se-á, tanto quanto possível, a representação proporcional das Bancadas.
Parágrafo único. O Presidente e o Vice-Presidente de Comissão Parlamentar não poderão participar de outras,
permanentes, temporárias ou de Ética, nestas condições.

Art. 47. Mesmo não sendo integrante, o Deputado poderá assistir às reuniões de qualquer Comissão, discutir
matéria em debate e apresentar sugestões por escrito.

Art. 48. As Comissões, exceto as de Representação Externa, poderão solicitar, em caráter temporário, o concurso
de assessoramento especializado ou a colaboração de funcionários habilitados, a fim de executar trabalho de
natureza técnica ou científica relacionado com as suas atribuições ou competência.
§ 1.º Poderão participar dos trabalhos das Comissões entidades civis, de empregadores e empregados, e órgãos
representativos de profissionais liberais de âmbito estadual, credenciados pela Mesa, na forma de Resolução por
ela baixada.
§ 2.º O Presidente da Comissão poderá determinar que a colaboração dos credenciados seja apresentada por
escrito.
§ 3.º A participação na forma dos §§ 1.º e 2.º não acarretará qualquer ônus para a Assembleia Legislativa.

Art. 49. Nas reuniões das Comissões, excluídas as de Representação Externa, aplicam- se as normas gerais de
funcionamento do Plenário, salvo se de outra forma dispuser este Regimento.

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Seção II
Das Comissões Técnicas Permanentes
Subseção I
Da Denominação e Composição

Art. 50. São as seguintes as Comissões Técnicas Permanentes:


I - Comissão de Constituição e Justiça;
II - Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle;
III - Comissão de Segurança, Serviços Públicos e Modernização do Estado;
IV - Comissão de Cidadania e Direitos Humanos;
V - Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo;
VI - Comissão de Assuntos Municipais;
VII - Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia;
VIII - Comissão de Saúde e Meio Ambiente;
IX - Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo.

Art. 51. As Comissões Técnicas Permanentes serão compostas por doze membros.

Art. 52. Na distribuição das vagas das Comissões Técnicas Permanentes adotar-se-á o seguinte procedimento:
I - da totalidade, assegurar-se-á duas vagas para cada Deputado, exceto para o Presidente da Assembleia;
II - as vagas serão distribuídas entre as Bancadas;
III - cada Líder de Bancada será chamado, pela ordem decrescente do número dos respectivos integrantes, para
definir a distribuição das vagas a que faz jus;
IV - cada Líder de Bancada, ao indicar os nomes dos Deputados para o número de vagas a que faz jus, levará em
consideração a regra onde o Deputado não pode ser titular de Comissão que se reúna no mesmo dia de outra.

Art. 53. A alteração do número de integrantes de Bancada que importe modificações da proporcionalidade na
composição das Comissões somente será considerada no início dos trabalhos da primeira e da terceira sessões
legislativas de cada legislatura.

Art. 54. O mandato nas Comissões Técnicas Permanentes tem a duração de duas sessões legislativas, prorrogando-
se automaticamente nas sessões extraordinárias e enquanto não forem designados os novos integrantes de cada
Comissão no início da terceira sessão legislativa.

Art. 55. A designação dos titulares das Comissões dar-se-á por ato do Presidente da Assembleia, mediante indicação
dos Líderes das Bancadas a ser feita dentro de dez dias contados da instalação da primeira e da terceira sessões
legislativas.
§ 1.º Juntamente com os membros efetivos serão indicados pelos Líderes, quando possível, tantos suplentes
quantos forem os representantes da respectiva Bancada em cada Comissão, cuja função será exclusivamente suprir
a ausência do titular para a realização de atividades inerentes ao plenário da Comissão.
§ 2.º Não ocorrendo no prazo a indicação, o Presidente designará de ofício os integrantes de cada Comissão,
observado o disposto no art. 52 e, tanto quanto possível, considerando a especialização de cada Deputado.
§ 3.º Definida a composição do órgão, este terá o prazo de dez dias para se instalar.
§ 4.º O Presidente e o Vice-Presidente da Comissão serão eleitos na reunião em que a mesma se instalar.
§ 5.º (REVOGADO)
§ 6.º O Deputado que se desvincular de sua Bancada perderá a condição de Presidente ou Vice-Presidente da
Comissão para a qual foi indicado pelo seu Líder.

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Subseção II
Da Competência

Art. 56. As proposições sujeitas a exame ou votação das Comissões Técnicas Permanentes serão distribuídas
obedecendo-se às respectivas áreas de atuação, quais sejam:

I - Comissão de Constituição e Justiça - aspectos constitucional, legal e jurídico das proposições; apreciar assuntos
de natureza constitucional ou jurídica que lhe sejam submetidos, em consulta, pelo Presidente da Assembleia
Legislativa, pelo Plenário ou por outra Comissão, ou em razão de recurso previsto neste Regimento; apreciar
matéria atinente à organização do Estado e dos Poderes; intervenção federal e estadual; transferência da sede da
Assembleia Legislativa; destituição do Procurador-Geral de Justiça; afastamento do Estado do Governador e Vice-
Governador; pedidos de licença para incorporação de Deputados às Forças Armadas; pedidos de instauração de
processo nos crimes de responsabilidade praticados por autoridades, e demais aspectos atinentes;
II - Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle - destina-se a cumprir prerrogativa constitucional
de fiscalização e controle contábil-financeiro, orçamentário, operacional e patrimonial do Estado e das entidades
da administração direta e indireta e de quaisquer entidades constituídas e mantidas pelo Estado; aspecto financeiro
das proposições; problemas econômicos do Estado e seu planejamento e legislação; exame das proposições a que
se referem os arts. 150 e 152, § 1.º, da Constituição do Estado, bem como os arts. 54 e 55 da Lei Complementar n.º
101, de 4 de maio de 2000, além de demonstrativos específicos estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias e
na Lei Orçamentária; exame das contas do Governador, nos termos do art. 219 deste Regimento; elaborar planos
e programas de desenvolvimento estadual, regional e municipal, após exame pelas demais Comissões e pelo Fórum
Democrático de Desenvolvimento Regional; examinar os relatórios de atividades do Tribunal de Contas do Estado;
requisitar informações, relatórios, balanços e inspeções sobre as contas e autorizações de despesas de órgãos e
entidades da administração estadual, diretamente ou através do Tribunal de Contas do Estado; propor projetos
cujos objetivos sejam o de disponibilizar à sociedade civil organizada, ao cidadão e ao Poder Público Municipal,
informações sobre a execução orçamentária e financeira do Estado resguardadas aquelas de caráter sigiloso para
a preservação do interesse público, em sintonia com as diretrizes e princípios do Fórum Democrático de
Desenvolvimento Regional; propor o auxílio técnico do Tribunal de Contas do Estado para o desempenho de suas
competências.
III - Comissão de Segurança, Serviços Públicos e Modernização do Estado - aspectos atinentes à segurança e à ordem
públicas, à incolumidade das pessoas e do patrimônio, ao combate à criminalidade, às atividades da Polícia Civil e
da Polícia Militar, à paz pública em geral, à organização político-administrativa do Estado, matérias relacionadas
com obras públicas, saneamento, energia, comunicações, mineração, transporte de valores e funcionalismo público
e a modernização do Estado;
IV - Comissão de Cidadania e Direitos Humanos - aspectos atinentes a direitos das minorias, do índio, do menor,
da mulher, do idoso, segurança social, sistema penitenciário e demais assuntos relacionados à problemática
homem-trabalho e direitos humanos;
V - Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo - aspectos atinentes à agricultura, pecuária, pesca,
aquicultura, recursos hídricos, cooperativismo, abastecimento, terras públicas e assuntos fundiários e demais
matérias referentes ao setor primário de nossa economia;
VI - Comissão de Assuntos Municipais - aspectos relacionados a municípios e que digam respeito a critérios de
distribuição de verbas estaduais; convênios com o Estado; criação, fusão e desmembramento de municípios e
intervenção nestes; desenvolvimento urbano, regiões metropolitanas, aglomerações urbanas, microrregiões e
redes de municípios, bem como a solicitação de informações e documentos para instrução de proposições que lhes
sejam relativas; assuntos referentes à habitação e a regularização fundiária urbana, mobilidade urbana; transporte
individual e coletivo, motorizado e não motorizado; transporte de cargas; - Comissão de Educação, Cultura,
Desporto, Ciência e Tecnologia - aspectos atinentes à educação, cultura, patrimônio histórico, desenvolvimento
artístico, científico e tecnológico;

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VII - Comissão de Saúde e Meio Ambiente - aspectos atinentes à saúde; assuntos relativos ao meio ambiente,
recursos naturais renováveis, flora, fauna e solo; criação, ampliação ou manutenção de reservas biológicas e/ou
recursos naturais, aspectos atinentes ao bem-estar animal;
VIII - Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo - aspectos relacionados com indústria,
comércio, turismo, desenvolvimento sustentável regional ou estadual, microempresas, empresas de pequeno
porte, microempreendedor individual, economia solidária, portos e hidrovias e demais assuntos referentes aos
setores secundário e terciário de nossa economia.
Parágrafo único. Os expedientes relativos a escolha ou indicação de titulares de cargos públicos que, por
determinação legal, devam ser submetidos à Assembleia Legislativa, serão encaminhados às Comissões Técnicas
Permanentes, obedecida a respectiva área de atuação.

Art. 57. Às Comissões Técnicas Permanentes, na respectiva área de atuação, compete:


I - iniciar o processo legislativo em leis complementares e ordinárias, nos casos permitidos pela Constituição;
II - emitir parecer sobre as proposições sujeitas à deliberação do Plenário, opinando pela aprovação ou rejeição,
total ou parcial, ou pelo arquivamento, e, quando for o caso, formular projetos delas decorrentes;
III - apresentar substitutivos, emendas e subemendas;
IV - sugerir ao Plenário o destaque de parte de proposições para constituir projeto em separado, ou requerer ao
Presidente da Assembleia a anexação de proposições análogas;
V - requisitar, por intermédio de seu Presidente, diligências sobre matéria em exame;
VI - discutir e votar, conclusivamente, os projetos previstos na Subseção V da Seção II do Capítulo III do Título II;
VII - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
VIII - promover estudos, pesquisas e investigações sobre problemas de interesse público, relacionados com a sua
competência;
IX - receber petições, reclamações ou representações de qualquer pessoa contra atos ou omissões de autoridades
ou entidades públicas;
X - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão para prestar informações, obedecido o rito previsto
nos §§ 2.º ao 5.º do art. 262-B;
XI - apreciar programas de obras, planos estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir
parecer.

Subseção III
Dos Trabalhos

Art. 58. As Comissões Permanentes reunir-se-ão ordinariamente nos seguintes dias e horários: - terças-feiras, das
9h às 11h - a Comissão de Constituição e Justiça; a Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia
e a Comissão de Assuntos Municipais;
I - quartas-feiras, das 9h às 11h - a Comissão de Economia e Desenvolvimento; a Comissão de Saúde e Meio
Ambiente e a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos;
II - quintas-feiras, das 9h às 11h - a Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle; a Comissão de
Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo e a Comissão de Segurança, Serviços Públicos e Modernização do
Estado;
III - quartas-feiras, das 11h às 13h - as Comissões Mistas Permanentes do Mercosul e Assuntos Internacionais e de
Defesa do Consumidor e do Contribuinte e Participação Legislativa Popular;
IV – (REVOGADO)
§ 1.º As Comissões Permanentes reunir-se-ão extraordinariamente, quando convocadas pelo respectivo
Presidente, de ofício ou a requerimento de um terço de seus integrantes, observando o disposto no "caput".

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§ 2.º As reuniões extraordinárias destinar-se-ão a exame de matéria relevante ou acumulada, devidamente
especificada na convocação, ou arguição pública de indicado para titular cargo definido no art. 53, XXVIII, da
Constituição do Estado.
§ 3.º As reuniões das Comissões serão presenciais, facultada a participação híbrida ou virtual mediante
requerimento verbal de um de seus integrantes na reunião da semana anterior a sua realização devidamente
aprovado pela maioria absoluta dos membros.

Art. 59. As reuniões somente serão iniciadas com a presença de, no mínimo, um quarto dos integrantes da
Comissão.
§ 1 .º As reuniões ordinárias e as reuniões extraordinárias terão duração de até 2 (duas) horas e, se decorridos 15
(quinze) minutos do horário fixado, não houver sido atingido esse "quorum", o Presidente declarará que a reunião
deixa de realizar-se, devendo o fato ficar registrado em Ata Declaratória.
§ 2.º As reuniões ordinárias poderão ser prorrogadas, por deliberação do Presidente, por prazo não superior a 02
(duas) horas, mediante requerimento verbal de qualquer Deputado.
§ 3.º O requerimento de que trata o § 2.º será formulado até 05 (cinco) minutos antes do término da reunião.
§ 4.º As reuniões extraordinárias são improrrogáveis.
§ 5.º Os trabalhos desenvolver-se-ão na seguinte ordem:
I - aprovação da ata da reunião anterior, ressalvado o direito de retificá-la;
II - leitura do expediente, compreendendo:
a) resumo da correspondência recebida;
b) relação das proposições recebidas, fixando-se, quando for o caso, o prazo para os membros da Comissão
apresentarem emendas;
c) relação dos expedientes distribuídos, nominando-se os relatores;
III - conhecimento de matérias da alçada da Comissão não relacionadas nas alíneas do inciso IV;
IV - Ordem do Dia, compreendendo a discussão e votação:
a) dos relatórios;
b) dos pareceres;
c) das proposições que dispensarem o exame pelo Plenário da Assembleia;
d) dos requerimentos;
V - assuntos gerais.

Art. 60. Recebida a proposição, o Presidente da Comissão mandará incluí-la no expediente da primeira reunião a
ser realizada, fixando-se, quando for o caso, o prazo de 07 (sete) dias para emendá-la.

Art. 61. Encerrado o prazo para emendas, o Presidente publicará a matéria para sua distribuição na agenda da
Comissão, observada a antecedência prevista no art. 62, e distribuirá as proposições conforme ordem rigorosa de
sua apresentação, mediante protocolo, ao respectivo relator.
§ 1.º Embora distribuída a proposição a relatores parciais, a Comissão emitirá um só parecer abrangendo toda a
matéria.
§ 2.º Os relatores deverão apresentar seus pareceres dentro do prazo máximo de 15 (quinze) dias, a contar da data
da distribuição, porém, quando se tratar de matéria de alta relevância, tal prazo, a requerimento do relator, poderá
ser prorrogado por mais 15 (quinze) dias.
§ 3.º Se, expirado o prazo, o parecer não tiver sido emitido, o Presidente, de ofício, designará novo relator.
§ 4.º O relator, a fim de fundamentar seu parecer, poderá, por uma única vez, protocolar pedido de diligência,
hipótese em que o prazo do § 2.º permanecerá suspenso até o retorno da diligência.

Art. 61-A. A proposição não poderá ser distribuída a relator do mesmo partido do Deputado proponente ou do
primeiro signatário, no caso das proposições de iniciativa coletiva.

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Art. 62. As matérias a serem distribuídas, cumprido o prazo para recebimento de emendas de que trata o art. 60,
e as que serão examinadas na Ordem do Dia, serão previamente determinadas e publicadas com uma antecedência
mínima de 48 (quarenta e oito) horas no Diário da Assembleia.
Parágrafo único. O relatório deverá ser disponibilizado na íntegra aos Deputados até 24 (vinte e quatro) horas antes
do horário previsto para a reunião.

Art. 63. As Comissões só poderão deliberar com a presença da maioria dos seus membros, somente sendo aprovada
a matéria que obtiver a maioria absoluta dos votos do total de seus integrantes.
§ 1.º Ausente algum integrante da Comissão ou impedido de votar, o Presidente do órgão convocará o suplente.
§ 2.º A convocação não investe o suplente na função de Presidente ou de Vice- Presidente da Comissão.
§ 3.º Ao membro da Comissão que estiver impedido de votar é permitido assistir a
votação.
§ 4.º O Presidente terá voto nas deliberações e, em caso de empate, proferirá voto de desempate.

Art. 64. As atas, os pareceres contrários e as matérias sujeitos à deliberação da Comissão deverão ser publicados
no Diário da Assembleia.

Art. 65. Encerrada a penúltima reunião da sessão legislativa, as proposições que se encontrarem distribuídas a
relatores deverão ser devolvidas à Secretaria da respectiva Comissão.
Parágrafo único. Na última reunião da legislatura, as proposições que se encontrarem na Comissão serão
devolvidas ao Departamento de Assessoramento Legislativo.

Subseção IV
Da Discussão e Votação dos Pareceres

Art. 66. Lido o parecer na Comissão, iniciar-se-á a discussão e, encerrada essa, o Presidente colherá os votos.
§ 1.º Antes da votação, os Deputados que não se acharem habilitados a votar, poderão pedir vista do processo, que
será concedida pelo prazo improrrogável de três dias por uma única vez, para cada Bancada.
§ 2.º Em regime de urgência ou de tramitação especial, o prazo de vista do processo é de 02 horas, no recinto da
respectiva Comissão, e simultâneo para todos os que a tiverem requerido.

Art. 67. Se o parecer não obtiver o número de votos necessários à sua aprovação, será designado outro membro
da Comissão, dentre os prolatores dos votos majoritários, para emitir novo parecer.

Art. 68. Aprovado o parecer, será tido como da Comissão e, desde logo, assinado pelo Presidente e demais
membros, constando da conclusão o nome dos votantes e respectivos votos.

Art. 69. Para efeito da contagem de votos relativos ao parecer serão considerados:
I - favoráveis - os "pelas conclusões" e os "com restrições";
II - contrários - os "vencidos".
Parágrafo único. Sempre que adotar voto com restrição ao relatório, o membro da Comissão expressará, por
escrito, após a votação, em que consiste a sua divergência; não o fazendo, seu voto será considerado integralmente
favorável.

Art. 70. Integrarão o parecer substitutivos, emendas ou quaisquer outros pronunciamentos escritos da Comissão.

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Art. 71. Concluída a apreciação pelas Comissões Permanentes, a proposição e respectivos pareceres serão
remetidos:
I - à Mesa, quando se tratar de matéria que deva ser submetida ao Plenário;
II - ao Presidente da Comissão que deva deliberar conclusivamente sobre a matéria, se for o caso.

Subseção V
Da Discussão e Votação Conclusiva de Projetos nas Comissões de Mérito

Art. 72. Aplicam-se à tramitação dos projetos submetidos à deliberação das Comissões, no que couber, as
disposições relativas a prazos, emendas e demais formalidades e ritos exigidos para as matérias sujeitas à votação
do Plenário.
§ 1.º Terá caráter conclusivo a votação de projeto rejeitado por maioria absoluta de votos na Comissão de
Constituição e Justiça.
§ 2.º O projeto votado na forma do parágrafo anterior será submetido ao Plenário mediante recurso nesse sentido
de um décimo dos membros da Assembleia Legislativa, apresentado no prazo de 05 (cinco) dias úteis da publicação
do respectivo anúncio no Diário da Assembleia.
§ 3.º Decorrido o prazo previsto no parágrafo anterior sem apresentação de recurso ou não sendo esse provido, o
projeto será arquivado.

Art. 72-A. Compete às comissões de mérito seguintes discutir e deliberar conclusivamente sobre projetos que:
I - denominam estabelecimentos, rodovias ou próprios públicos, à Comissão de Segurança, Serviços Públicos e
Modernização do Estado;
II - instituem data comemorativa ou oficialização de eventos festivos, assim como sua inclusão no Calendário
Turístico ou Oficial de Eventos, à Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia;
III - declaram municípios como capital, terra ou berço e/ou atribuem epítetos a municípios, à Comissão de Assuntos
Municipais;
IV - reconhecem relevante interesse cultural, artístico, cientifico ou histórico, à Comissão de Educação, Cultura,
Desporto, Ciência e Tecnologia;
V - reconhecem relevante interesse turístico, à Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do
Turismo;
VI - criam e/ou denominam rotas turísticas, à Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo;
VII - estabelecem regiões temáticas, exceto criação de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas ou inclusão
de municípios em região metropolitana já existente, à Comissão de Assuntos Municipais;
VIII - estipulam abertura oficial de colheita, à Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo;
IX - reconhecem objetos, práticas ou cerimônias como símbolo ou típico do Estado do Rio Grande do Sul, à
Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia.
§ 1.º Havendo requerimento subscrito pelo autor do projeto, apresentado quando do seu protocolo, ou por um
décimo dos deputados, durante o período de pauta de que trata o art. 108, ou, ainda, pelo relator da matéria
quando da sua distribuição em qualquer comissão, este perderá seu caráter conclusivo nas comissões de mérito e
seguirá a sua tramitação regimental ordinária.
§ 2.º Favorável o parecer da Comissão de Constituição e Justiça, será o projeto encaminhado ao Departamento de
Assessoramento Legislativo para distribuir à comissão de mérito definida no “caput” deste artigo, para parecer e
deliberação conclusiva, observando-se os regramentos dos arts. 60 e seguintes, no que couber.
§ 3.º Concluída a votação do projeto, e aprovada de imediato a sua redação final na comissão de mérito, este será
encaminhado ao Departamento de Comissões Parlamentares, que elaborará a redação final, e, posteriormente, ao
Departamento de Assessoramento Legislativo para a elaboração e remessa dos autógrafos ao Poder Executivo.

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§ 4.º Das deliberações realizadas nos termos deste artigo, caberá recurso, desde que assinado por um décimo dos
membros da Assembleia e apresentado até 5 (cinco) dias úteis após a decisão conclusiva da comissão de mérito,
suspendendo-se o trâmite legislativo até o término do prazo recursal.
§ 5.º Findo o prazo recursal, a proposição objeto de recurso será incluída na Ordem do Dia da Sessão, com
tramitação regimental concluída, e seguirá o trâmite de apreciação do Plenário.
§ 6.º Aplicam-se à tramitação dos projetos de lei submetidos à deliberação conclusiva das comissões, no que
couber, as disposições previstas para as matérias submetidas à apreciação do Plenário.

Subseção VI
Da Secretaria de Comissão Técnica Permanente

Art. 73. Cada Comissão terá uma Secretaria incumbida dos serviços de apoio administrativo.
Parágrafo único. Incluem-se nos serviços de Secretaria:
I - apoiamento aos trabalhos, elaboração e distribuição da agenda e redação da ata de reuniões;
II - a organização do protocolo de entrada e saída de matéria;
III - a sinopse dos trabalhos, com andamento de todas as proposições em curso na Comissão;
IV - o fornecimento ao Presidente da Comissão, no último dia útil de cada mês, de informações sucintas sobre o
andamento das proposições;
V - a organização dos processos legislativos na forma dos autos judiciais, com a numeração das páginas por ordem
cronológica, rubricadas pelo Secretário da Comissão onde foram incluídas;
VI - a entrega do processo referente a cada proposição ao relator, até o dia seguinte à distribuição;
VII - acompanhamento sistemático da distribuição de proposições aos relatores e dos prazos regimentais,
mantendo o Presidente constantemente informado a respeito;
VIII - o encaminhamento, a órgão incumbido da sinopse, de cópia da ata das reuniões com as respectivas
distribuições;
IX - a organização de súmula da jurisprudência dominante da Comissão, quanto aos assuntos mais relevantes, sob
orientação de seu Presidente;
X - desempenho de outros encargos determinados pelo Presidente.

Subseção VII
Das Subcomissões

Art. 74. As Comissões Técnicas Permanentes poderão, mediante proposta de qualquer deputado, aprovada pela
maioria dos membros da comissão, criar subcomissões para estudo de matéria relevante, de sua competência
específica.
§ 1.º As subcomissões poderão ser mistas, quando a matéria a ser tratada estiver compreendida nas atribuições de
mais de uma Comissão Técnica Permanente, caso em que a proposta do Deputado deverá ser aprovada pela maioria
dos membros de cada Comissão envolvida.
§ 2.º As subcomissões serão compostas por, no mínimo, um sexto dos membros da comissão ou comissões e pelo
deputado que propôs a sua formação, mesmo que não seja membro de qualquer delas.
§ 3.º Na composição das subcomissões mistas, cada Deputado representará uma única Comissão Permanente.
§ 4.º Não poderão funcionar mais de 02 (duas) subcomissões para cada Comissão, por sessão legislativa, nelas
incluídas as mistas.
§ 5.º Dentre os membros da subcomissão, será escolhido um relator que, ao fim dos trabalhos, encaminhará o
relatório à deliberação do Plenário da Comissão.
§ 6.º Quando o relatório decorrer de subcomissão mista, deverá ser submetido à apreciação das Comissões que a
integraram, exigindo-se a maioria absoluta dos votos dos membros de cada uma delas para sua aprovação

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§ 7.º O presidente da comissão poderá delegar ao relator da subcomissão a prática de atos necessários ao
andamento dos trabalhos desta.
§ 8.º As subcomissões terão o prazo, improrrogável, de 120 (cento e vinte) dias, contados da data da sua aprovação,
extinguindo-se automaticamente na hipótese prevista no art. 54 deste Regimento.
§ 9.º Esgotado o assunto que a originou, a subcomissão apresentará relatório de suas atividades.
§ 10. Findo o prazo previsto neste artigo sem a apresentação do relatório, o Presidente da Comissão declarará
extinta a subcomissão, ficando vedado a qualquer de seus integrantes participar de outra subcomissão até que seja
apresentado o relatório daquela.
§ 11. O disposto no parágrafo anterior aplica-se a todas as Comissões participantes de subcomissões mistas.

Seção III
Das Comissões Temporárias
Subseção I
Disposições Preliminares

Art. 75. As Comissões Temporárias poderão ser:


I - Comissões Especiais;
II - Comissões Parlamentares de Inquérito;
III - Comissões de Representação Externa.
§ 1.º Os membros de Comissão Temporária serão designados pelo Presidente por indicação dos Líderes, ou
independente dela se, no prazo de 48 horas após a criação, não se fizer a escolha.
§ 2.º A Comissão Temporária será constituída por 12 (doze) membros titulares e igual número de suplentes,
excetuada a Comissão de Representação Externa.
§ 3.º A participação do Deputado em Comissão Temporária não prejudicará suas funções na Comissão Permanente.
§ 4.º Na constituição das Comissões Temporárias observar-se-á o rodízio entre as bancadas que não atingirem
coeficiente de participação, de tal forma que todos os Partidos possam fazer-se representar.

Art. 76. A Presidência da Comissão Temporária, exceto a da Comissão de Representação Externa, caberá ao
primeiro signatário do requerimento e o relator será eleito na reunião de instalação.

Art. 77. A suspensão dos trabalhos das Comissões Temporárias no recesso parlamentar dependerá de aprovação
pelo Plenário da Assembleia de requerimento nesse sentido, devidamente fundamentado.

Art. 78. Aplicam-se às Comissões Temporárias, no que couber, as normas referentes às Comissões Permanentes.

Art. 78-A. Aprovado o relatório conclusivo dos trabalhos das Comissões Temporárias, o respectivo projeto de
resolução será publicado em Ordem do Dia.

Art. 78-B. Finda a sessão legislativa, serão arquivados os requerimentos de constituição de Comissões Temporárias
não apreciados pelo Plenário.

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Subseção II
Das Comissões Especiais

Art. 79. As Comissões Especiais serão criadas exclusivamente para análise de matéria relevante não prevista dentre
as de competência das Comissões Permanentes.
§ 1 .º O requerimento para constituição de Comissão a que se refere o “caput” deverá definir o objeto dos trabalhos.
§ 2.º A criação de Comissão Especial deverá ser deliberada pelo plenário.
§ 3.º Cada Deputado poderá instalar somente 1 (uma) Comissão Especial por Legislatura.
§ 4.º Aprovada a Comissão, deverá ser instalada no prazo de 10 (dez) dias úteis.
§ 5.º A inobservância do prazo estabelecido no parágrafo anterior implicará a sua extinção por ato do Presidente.

Art. 80. Estando em funcionamento, simultaneamente, duas Comissões Especiais, somente para tratar matéria de
alta relevância e, ainda, a requerimento de dois terços dos Deputados, poderá ser criada outra.
Art. 81. O prazo de duração da Comissão Especial é de cento e vinte dias contados da data em que se instalar.
§ 1.º Dentro do prazo estabelecido no "caput", que é improrrogável, a Comissão deverá encaminhar, para exame
pelo Plenário da Assembleia, através de projeto de resolução, o relatório de seus trabalhos.
§ 2.º O relatório, que deverá ter sido aprovado pela maioria absoluta dos membros da Comissão, concluirá, com
vistas a regular a matéria analisada, pela apresentação de projeto de lei, de resolução ou de decreto legislativo ou
pelo encaminhamento de sugestões ao órgão competente.

Art. 82. Findo o prazo fixado no artigo anterior sem a apresentação do relatório, o Presidente da Assembleia
declarará, por ato publicado no Diário da Assembleia, extinta a Comissão.
Parágrafo único. Fica vedado a qualquer dos integrantes da Comissão extinta na forma do "caput" participar de
outra Comissão Temporária até que seja apresentado o relatório daquela.

Subseção III
Das Comissões Parlamentares de Inquérito

Art. 83. A Assembleia Legislativa, a requerimento de, no mínimo, um terço dos seus membros, instituirá Comissão
Parlamentar de Inquérito para, por prazo certo, apurar fato determinado, ocorrido na área sujeita a seu controle e
fiscalização.
§ 1.º A Comissão Parlamentar de Inquérito terá poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além
de outros previstos neste Regimento.
§ 2.º Recebido o requerimento, o Presidente mandará publicá-lo, desde que satisfeitos os requisitos legais, caso
contrário devolvê-lo-á ao autor, cabendo, dessa decisão, recurso ao Plenário.
§ 3.º O recurso de que trata o parágrafo anterior deverá ser impetrado no prazo de cinco dias contados da data em
que o autor for cientificado da decisão.
§ 4.º Quanto ao recurso impetrado, manifestar-se-á sempre a Comissão de Constituição e Justiça.

Art. 84. A Comissão terá o prazo de cento e vinte dias, prorrogável por mais sessenta, por deliberação do Plenário,
para conclusão dos trabalhos.

Art. 85. Deferida a constituição da Comissão Parlamentar de Inquérito, seus integrantes serão indicados no prazo
de cinco dias.

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Art. 86. Convocada por duas vezes consecutivas, com intervalo de 24 horas, sem número suficiente para sua
instalação, a Comissão funcionará em terceira convocação com um mínimo de cinco membros, que passará a ser o
"quórum".
Parágrafo único. A Comissão que não se instalar no prazo fixado no "caput", será declarada extinta por ato do
Presidente da Assembleia.

Art. 87. A Comissão Parlamentar de Inquérito poderá, observada a legislação específica:


I - requisitar servidores dos serviços administrativos da Assembleia, bem como em caráter transitório, os de
qualquer órgão ou entidade da administração pública direta, indireta e fundacional, necessários aos seus trabalhos;
II - determinar diligências, ouvir indiciados, inquirir testemunhas sob compromisso, requisitar de órgãos e entidades
da administração pública informações e documentos, requerer a audiência de Deputados e Secretários de Estado,
tomar depoimentos e requisitar os serviços de quaisquer autoridades, inclusive policiais;
III - incumbir qualquer de seus membros ou funcionários requisitados da realização de sindicâncias ou diligências
necessárias aos seus trabalhos, dando conhecimento prévio à Mesa;
IV - deslocar-se a qualquer ponto do Estado para a realização de investigações e audiências públicas;
V - estipular prazo para o atendimento de qualquer providência ou realização de diligência sob as penas da lei,
exceto quando da alçada de autoridade judicial;
VI - se forem diversos os fatos inter-relacionados objeto do inquérito, dizer em separado sobre cada um, mesmo
antes de finda a investigação dos demais.
§ 1.º Indiciados e testemunhas serão intimados por servidores da Assembleia Legislativa ou por intermédio de
Oficial de Justiça designado pelo Juiz de Direito do Foro da Comarca onde deva ser cumprida a diligência.
§ 2.º Aplicam-se subsidiariamente às Comissões de Inquérito, no que couber, as normas da legislação federal,
especialmente do Código de Processo Penal.

Art. 88. Ao termo dos trabalhos, a Comissão apresentará, ao Presidente da Assembleia, relatório circunstanciado
com suas conclusões, por meio de projeto de resolução, que será publicado no Diário da Assembleia e
encaminhado:
I - à Mesa, para as providências de alçada desta ou do Plenário, oferecendo, conforme o caso, projeto de lei, de
decreto legislativo ou de resolução, que será incluído na Pauta dentro de cinco sessões;
II - ao Ministério Público e a Procuradoria-Geral do Estado, respectivamente, com a cópia da documentação, para
que promovam a responsabilidade criminal ou civil, por infrações apuradas, e adotem outras medidas decorrentes
de suas funções institucionais;
III - ao Poder Executivo para adotar as providências saneadoras de caráter disciplinar e administrativo decorrentes
do art. 37, §§ 2.º a 6.º, da Constituição Federal, e demais dispositivos constitucionais e legais aplicáveis, assinalando
prazo hábil para seu cumprimento;
IV - à Comissão Permanente que tenha maior pertinência com a matéria, à qual incumbirá fiscalizar o atendimento
do prescrito no inciso anterior;
V - à Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle e ao Tribunal de Contas do Estado para as
providências previstas no art. 71 da Carta Estadual.
Parágrafo único. Nos casos dos incisos II, III e V, a remessa será feita através do Presidente da Assembleia, no prazo
de cinco sessões.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
Subseção IV
Das Comissões de Representação Externa

Art. 89. As Comissões de Representação Externa destinam-se a tratar de assuntos relevantes, de comoção interna
ou de calamidade pública.
§ 1.º (REVOGADO)
§ 2.º (REVOGADO)
§ 3.º (REVOGADO)

Art. 89-A. A Comissão de Representação Externa poderá ser constituída por iniciativa da Mesa, até o limite de 2
(duas), ou a requerimento de um terço dos membros da Assembleia, até o limite de 4 (quatro), aprovada pelo
Plenário.
§ 1.º A designação dos membros da Comissão, em número de até 5 (cinco), compete ao Presidente da Assembleia,
ouvidos os Líderes de Bancadas.
§ 2.º A Comissão será coordenada por Deputado indicado pelo Presidente quando a iniciativa for da Mesa, ou pelo
primeiro signatário do requerimento de que trata o "caput".
§ 3.º Aprovada a Comissão, deverá ser instalada no prazo de 3 (três) dias úteis.
§ 4.º A inobservância do prazo estabelecido no parágrafo anterior implicará a sua extinção por ato do Presidente.

Art. 90. O prazo de duração da Comissão de Representação Externa é de 30 (trinta) dias contados da data de sua
instalação.
§ 1.º A Comissão de Representação Externa extinguir-se-á:
I - pela conclusão do assunto que a originou;
II - pelo implemento do respectivo prazo; ou
III - pelo término da sessão legislativa ordinária.
§ 2.º Dentro do prazo estabelecido no "caput", que é ininterrupto e improrrogável, a Comissão apresentará o
relatório de suas atividades.
§ 3.º Não apresentado o relatório de que trata o parágrafo anterior, aplica-se o disposto no parágrafo único do art.
82.

Seção IV
Da Comissão Mista Permanente do Mercosul e Assuntos Internacionais

Art. 91. A Comissão Mista Permanente do Mercosul e Assuntos Internacionais destina- se a apreciar assuntos
relativos ao Mercado Comum do Sul e a outros países sul-americanos e funcionará na forma de Comissão Mista,
em conjunto com uma ou mais Comissões Técnicas Permanentes, conforme a competência das envolvidas e o tema
abordado.
Art. 92. Compete à Comissão Mista Permanente do Mercosul e Assuntos Internacionais: - fomentar a integração
econômica, política, social e cultural dos povos da América do Sul, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações;
I - promover os princípios de prevalência dos direitos humanos, autodeterminação dos povos, solução pacífica
dos conflitos e igualdade entre os Estados;
II - promover a integração parlamentar com os países do Mercosul e outros países da América do Sul;
III - contribuir para a unificação das legislações no âmbito das competências dos estados-membros;
IV - promover a discussão política, econômica e social de interesse do Rio Grande do Sul, com os diversos
segmentos da sociedade gaúcha.

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V - acompanhar a implantação e evolução de acordos do Mercosul, em especial os referentes a normas técnicas
e aos assuntos de política agrícola, fiscal, aduaneira, comercial, industrial, meio ambiente, segurança pública,
sanitária, saúde, cultural, cidadania e políticas macroeconômicas.

Art. 93. A Comissão será constituída por 12 (doze) membros titulares e igual número de suplentes.
Parágrafo único. Na constituição da Comissão será assegurada a representação proporcional dos partidos com
assento na Assembleia Legislativa.

Seção V
Da Comissão Mista Permanente de Fiscalização e Controle

Art. 93-A a Art. 93-D (REVOGADOS)

Da Comissão Mista Permanente de Defesa do Consumidor e do Contribuinte e Participação Legislativa Popular

Art. 93-E. A Comissão Mista Permanente de Defesa do Consumidor e do Contribuinte e Participação Legislativa
Popular destina-se a cumprir, em parceria com as entidades de proteção do direito do consumidor e do
contribuinte, o disposto nos arts. 5.º, inciso XXXII, e 170, inciso V, da Constituição Federal, e nos arts. 266 e 267 da
Constituição do Estado, e a cumprir prerrogativa constitucional que permite a entidades civis legalmente
constituídas, representativas de segmentos sociais, participar do processo legislativo mediante a apresentação de
sugestões, estudos, pareceres técnicos e exposições sobre assuntos de interesse da coletividade, funcionando na
forma de Comissão Mista, em conjunto com uma ou mais Comissões Técnicas Permanentes, conforme a
competência das envolvidas e o tema abordado.
§ 1.º As deliberações sobre a viabilidade das sugestões é de competência exclusiva da Comissão.
§ 2.º (REVOGADO)

Art. 93-F. Compete à Comissão Mista Permanente de Defesa do Consumidor e do Contribuinte e Participação
Legislativa Popular:
I - receber, examinar e emitir parecer sobre as proposições legislativas que tratem sobre o tema defesa do
consumidor e do contribuinte e as apresentadas por entidades da sociedade civil, tais como sindicatos, órgãos de
classe, associações, conselhos e organizações não governamentais, exceto partidos políticos e organismos
internacionais;
II - proceder à verificação dos requisitos de existência e legalidade da entidade, através do exame do seu estatuto
e comprovação legal da composição de sua diretoria;
III - transformar em proposição legislativa, de iniciativa desta Comissão, as sugestões que receberem parecer
favorável;
IV - encaminhar as proposições de sua iniciativa para tramitação na forma prevista pelo art. 161 deste Regimento.
V - discutir e elaborar, em parceria com entidades de defesa do consumidor e do contribuinte, projetos de lei que
versem sobre a proteção aos direitos do consumidor e do contribuinte;
VI - fiscalizar a aplicação das leis de proteção ao Direito do Consumidor, em especial do Código de Defesa do
Consumidor;
VII - buscar formas de inclusão das minorias, tais como idosos e pessoas com deficiência, nos programas estaduais
de defesa do consumidor e do contribuinte.

Art. 93-G. A Comissão será constituída por 12 (doze) membros titulares e igual número de suplentes.
Parágrafo único. Na constituição da Comissão será assegurada a representação proporcional dos partidos com
assento na Assembleia Legislativa.

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Art. 93-H. As proposições originadas na Comissão, que forem arquivadas ao término da sessão legislativa sem terem
sido votadas, só poderão ser desarquivadas por requerimento de seu Presidente, a pedido da entidade que a
apresentou.

TÍTULO III
DAS SESSÕES PLENÁRIAS DA ASSEMBLEIA

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 94. As sessões do Plenário da Assembleia Legislativa são:


I - preparatórias, as que precedem a instalação da primeira e da terceira sessões legislativas em cada legislatura;
II - ordinárias, as de qualquer sessão legislativa, nas terças, quartas e quintas-feiras, com duração de 04 horas e
início às 14 horas;
III - extraordinárias, as realizadas em dia ou hora diversos dos fixados para as sessões ordinárias;
IV - solenes, as destinadas às comemorações, homenagens, à posse do Governador e Vice-Governador, à instalação
da legislatura e posse dos Deputados.
V - especiais, destinadas a ouvir autoridades públicas.
§ 1.º Excepcionalmente, a Mesa poderá estabelecer horário diverso do previsto no inciso II para o início de sessão
ordinária.
§ 2.º As sessões solenes e especiais serão realizadas às quartas-feiras, com qualquer número de Deputados, todas
de forma híbrida, compostas de parte presencial e parte virtual, salvo, em ambos os casos, deliberação contrária
da maioria absoluta dos membros da Mesa.
§ 3.º As sessões ordinárias e extraordinárias serão presenciais sempre que deliberativas, ficando facultada para as
sessões em que não haja Ordem do Dia a realização na modalidade híbrida ou virtual, mediante solicitação expressa
de um Líder no Colegiado de Líderes na semana anterior a sua realização, os quais decidirão pela maioria prevista
no parágrafo único do art. 20 deste Regimento.
§ 4.º O Presidente, ao dar início às sessões, pronunciará estas palavras: “Invocando a proteção de Deus, declaro
aberta a Sessão”

Art. 95. Durante as sessões:


I - somente os Deputados poderão usar da palavra, salvo em sessões solenes ou especiais;
II - os Deputados, exceto o Presidente, falarão de pé, e só por motivo de enfermidade ser-lhes-á permitido falar
sentados;
III - a palavra só poderá ser concedida pelo Presidente;
IV - qualquer Deputado, ao falar, dirigir-se-á ao Presidente e ao plenário;
V - referindo-se a colega, o Deputado deverá declinar-lhe o nome, precedido do tratamento de senhor ou
deputado;
VI - dirigindo-se ao colega, o Deputado dar-lhe-á o tratamento de excelência;
VII - nenhum Deputado poderá referir-se a colega ou a representante do Poder Público de forma descortês ou
injuriosa;
VIII - é vedado o acesso ao Plenário a pessoas estranhas ou a funcionários que nele não exerçam atividade.
IX - na Tribuna, deverá o Deputado fazer uso somente da palavra, vedadas quaisquer outras formas de
manifestação.

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Art. 96. Nenhum Deputado poderá interromper o orador na Tribuna, salvo para:
I - solicitar aparte;
II - formular questão de ordem;
III - apresentar reclamação;
IV - requerer a prorrogação da sessão.

Art. 97. As sessões poderão ser suspensas ou encerradas, conforme o caso:- para manter a ordem;
I - para recepcionar visitantes ilustres;
II - por falecimento de Deputado ou ex-Deputado Estadual, de Chefe de Poder ou Secretário do Estado, de Deputado
Federal ou Senador da Bancada do Rio Grande do Sul;
III - por motivo relevante, a critério de seu Presidente.
IV (REVOGADO)

CAPÍTULO II
DAS SESSÕES PREPARATÓRIAS

Art. 98. As sessões preparatórias seguirão o rito estabelecido no Capítulo II do Título I deste Regimento.

CAPÍTULO III
DAS SESSÕES ORDINÁRIAS

Art. 99. As sessões serão abertas no horário fixado no art. 91, II, com a presença, de, no mínimo, um quarto dos
membros da Assembleia Legislativa.
§ 1.º Se, decorridos 15 (quinze) minutos do horário fixado, não houver sido atingido esse "quorum", o Presidente
declarará que a sessão deixa de realizar-se, devendo o fato ficar registrado na Ata Declaratória.
§ 2.º Não serão computados no tempo de duração da sessão os períodos de retardamento no seu início ou de sua
suspensão.

Art. 100. As sessões ordinárias dividem-se em sete partes destinadas:


I - à aprovação da Ata;
II - à leitura do Expediente;
III - ao Grande Expediente;
IV - à apresentação e discussão de proposições em Pauta;
V - à discussão e votação da matéria da Ordem do Dia;
VI - a Comunicações;
VII - a Explicações Pessoais.

Art. 101. O Diário da Assembleia publicará na íntegra o desenvolvimento dos trabalhos da sessão.

Seção I
Da Aprovação da Ata

Art. 102. A ata da sessão anterior será declarada aprovada pelo Presidente, ressalvando aos Deputados o direito
de retificá-la por escrito, a fim de constar da ata da sessão seguinte.
Parágrafo único. A ata da reunião de encerramento da sessão legislativa será redigida e votada antes de se levantar
a sessão, presente qualquer número de Deputados.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
Seção II
Do Expediente

Art. 103. A matéria do expediente abrangerá:


I - a comunicação ao Plenário do resultado da votação de projetos pelas comissões;
II - a apresentação de parecer da Comissão de Constituição e Justiça, quando contrário, quanto à
constitucionalidade, legalidade e juridicidade de proposição;
III - as comunicações encaminhadas à Mesa pelos Deputados;
IV - a correspondência em geral, as petições e outros documentos de interesse do Plenário, recebidos pelo
Presidente ou pela Mesa.

Seção III
Do Grande Expediente

Art. 104. Durante o Grande Expediente, com duração de vinte minutos, falará somente um orador e a inscrição será
automática, observada a ordem alfabética do nome parlamentar.

Art. 105. Não atendendo ao chamado para ocupar a tribuna, o Deputado perderá o direito à inscrição, exceto no
caso de cessão ou permuta de seu tempo.

Art. 106. Fica vedado qualquer acordo para a suspensão do período destinado ao Grande Expediente.

Art. 107. Uma vez por mês, o Grande Expediente poderá ser destinado a comemorações e homenagens,
denominando-se Grande Expediente Especial.
§ 1.º O Grande Expediente Especial terá a duração de até 30 (trinta) minutos, assegurando-se a palavra ao primeiro
signatário do requerimento para sua realização.

§ 2.º O requerimento de Grande Expediente Especial deverá especificar a comemoração ou homenagem a que se
destina e ser protocolado entre o primeiro e o quinto dia útil do segundo mês que antecede ao de sua realização,
excetuando-se os meses de fevereiro e março, cujos requerimentos serão recebidos nos 5 (cinco) primeiros dias
úteis de fevereiro.
§ 3.º É vedada a realização de mais de 01 (um) Grande Expediente Especial, por ano, pelo mesmo Deputado.
§ 4.º Os requerimentos de realização de Grande Expediente Especial serão deliberados pela Mesa.
§ 5.º Excetua-se do disposto neste artigo a realização de 01(um) Grande Expediente Especial por ano, de iniciativa
da Mesa.

Art. 107-A. Durante o Grande Expediente e o Grande Expediente Especial, cada Bancada fará jus a um aparte, com
duração. de 2 (dois) minutos, que será concedido nos moldes dos arts. 151 e 152.
Parágrafo único. A cada, minuto que exceder o tempo previsto no "caput", será descontado um tempo de liderança.

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Seção IV
Da Pauta

Art. 108. Pauta é o período no qual os projetos deverão ser publicados no Diário da Assembleia, por 10 (dez) dias
úteis, sendo que as propostas de emenda à Constituição e os projetos de leis orçamentárias, por 15 (quinze) dias
úteis, respeitado o disposto no inciso I do art.11.
Parágrafo único. No primeiro dia de Pauta, as proposições deverão ser publicadas na íntegra.

Art. 109. No período de Pauta, as proposições referidas no art. 108 poderão ser discutidas e emendadas.
Parágrafo único. Fica vedada a apresentação de emendas às proposições de autoria da Mesa, exceto quando
propostas pela própria Mesa.

Art. 110. As inscrições dos oradores para o período a que se refere o inciso IV do art. 100 serão feitas de próprio
punho, em livro específico à disposição dos Deputados junto à mesa dos trabalhos, do horário de início da sessão
até o final da leitura do expediente, e não poderão exceder a 03 (três) por sessão.
§ 1.º A cada orador será concedido o tempo máximo de 5 (cinco) minutos, sendo descontada uma Comunicação de
Liderança a cada minuto excedido.
§ 2.º Os pronunciamentos que tratarem de assunto diverso do que estabelece o inciso IV do art. 100 serão
considerados comunicação de Líder.
§ 3.º No período referido no “caput”, não é permitida a cessão do direito à inscrição nem a permuta entre
Deputados.

Seção V
Da Ordem do Dia
Subseção I
Disposições Preliminares

Art. 111. O período da Ordem do Dia destina-se a discutir e votar as proposições sujeitas à deliberação do Plenário
da Assembleia.

Art. 112. Anunciada a Ordem do Dia, proceder-se-á à verificação do "quorum".

Art. 113. Não estando presente a maioria absoluta dos Deputados, o Presidente declarará que o período deixa de
ser realizado por falta de "quorum" e mandará incluir a matéria que nele seria examinada na Ordem do Dia da
sessão seguinte.
Parágrafo único. Para o exame de proposições que exijam quorum qualificado, o número mínimo necessário de
Deputados presentes para a deliberação é o mesmo exigido para sua aprovação.

Art. 114. Havendo "quorum", iniciar-se-á o período, podendo, no entanto, a qualquer momento do mesmo, o
Presidente, de ofício ou a requerimento de Deputado, determinar a chamada nominal para verificação das
presenças.
Parágrafo único. Comprovada a perda do "quorum" estabelecido no artigo anterior, o Presidente encerrará a
Ordem do Dia, procedendo, quanto à matéria restante, conforme o previsto na parte final do art. 113.

Art. 115. Durante a Ordem do Dia, somente poderão ser formuladas questões de ordem pertinentes à matéria em
debate e votação.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 116. A requerimento de qualquer Deputado, o Presidente determinará a retirada, da Ordem do Dia, de
proposição que tenha tramitado, ou sido publicada, sem observar prescrição regimental.
Parágrafo único. As Comissões Permanentes ou Especiais poderão requerer ao Presidente a retirada de proposição
de que devam conhecer e que não lhes haja sido distribuída, podendo o requerimento ser deferido de plano.

Art. 117. Os requerimentos para alterar a ordem da discussão e votação de proposições deverão ser apreciados
pelo Plenário.

Art. 118. A Ordem do dia somente poderá ser interrompida para:


I - dar posse a Deputado;
II - votar licença de Deputado;
III - ler e votar requerimento urgente relativo à calamidade ou segurança pública;
IV - recepcionar autoridade em visita à Assembleia;
V - decidir sobre requerimento para prorrogar a sessão;
VI - adotar providências com o objetivo de restabelecer a ordem, em caso de tumulto ou outros acontecimentos
que impossibilitem o andamento dos trabalhos.

Subseção II
Da Discussão

Art. 119. Anunciada a matéria da Ordem do Dia, será dada a palavra aos oradores para discutí-la.

Art. 120. A discussão será geral, abrangendo o conjunto da proposição e suas emendas, exceto se o Plenário decidir
debatê-las por partes.

Art. 121. Para discutir a proposição, terão preferência, pela ordem:


I - o seu autor;
II - o relator do parecer na Comissão que a examinou quanto ao mérito;
III - os Deputados que a tenham relatado em outras Comissões;
IV - os autores de voto vencido nos pareceres sobre ela prolatados.

Art. 122. Na discussão do parecer da Comissão de Constituição e Justiça que opinar pela inconstitucionalidade de
proposição, do qual haja recurso, poderão falar o autor da proposição, o recorrente, se outro Deputado, o relator
do parecer e um Deputado de cada Bancada.

Art. 123. O Deputado, salvo expressa disposição regimental, na discussão de uma proposição só poderá falar uma
vez e pelo prazo de 5 (cinco) minutos, sendo descontada uma Comunicação de Liderança a cada minuto excedido.

Art. 124. O Presidente somente poderá interromper o orador nas situações previstas no art. 115, III a VI, ou quando
este:
I - se desviar da questão em debate;
II - falar sobre o vencido;
III - usar linguagem incompatível com o decoro parlamentar;
IV - ultrapassar o prazo regimental.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 125. As proposições na Ordem do Dia somente admitirão emendas de Líder apresentadas durante a sua
discussão, protocoladas por meio de sistema eletrônico no expediente relativo ao processo legislativo a ser
emendado.
Parágrafo único. As proposições de origem da Mesa somente poderão ser por ela emendadas nesse período.
Art. 126. O encerramento da discussão dar-se-á pela ausência de oradores, pelo decurso dos prazos regimentais
ou por deliberação do Plenário na forma do art. 124.

Art. 127. Ainda que haja oradores inscritos, a discussão poderá ser encerrada a requerimento escrito de qualquer
Deputado, desde que a matéria esteja sendo debatida há duas sessões e tenham falado, além dos relatores da
proposição, cinco Deputados.
§ 1.º Aprovado o requerimento, poderá ainda discutir a proposição um Deputado de cada Bancada cujos
integrantes não tenham sobre ela se pronunciado.
§ 2.º Quando a proposição estiver sendo debatida por partes, o encerramento da discussão de cada uma delas
poderá ser requerido a qualquer tempo após falarem, além dos relatores, três Deputados.

Art. 128. As emendas de Líder, se houverem, serão encaminhadas às mesmas Comissões que tenham examinado a
proposição principal.
§ 1.º Com o encaminhamento das emendas de Líder às Comissões, encerra-se a discussão da matéria.
§ 2.º As Comissões devem se manifestar sobre as emendas num prazo que permita a votação da proposição na
sessão imediatamente subsequente.
§ 3.º A requerimento de qualquer Deputado, o Plenário, por maioria de votos, poderá dispensar o envio das
emendas de Líder à apreciação da Comissões.

Art. 129. Não havendo emendas de Líder, ou publicados os pareceres sobre essas, a proposição estará em condições
de ser votada.

Subseção III
Da Votação, dos Métodos e do Procedimento

Art. 130. Encerrada a discussão conforme o estabelecido neste Regimento, proceder-se- á imediatamente a
votação.

Art. 131. A votação poderá ser:


I - simbólica, ou
II - nominal.
III - em ambiente virtual, de forma eletrônica e não presencial, nos casos estabelecidos neste Regimento Interno.

Art. 132. Na votação simbólica, o Presidente, ao anunciá-la, convidará a permanecerem sentados os Deputados
que forem a favor da proposição.
§ 1.º O Deputado que tiver dúvida quanto ao resultado assim obtido, deverá, de imediato, solicitar nova votação,
adotando-se nessa hipótese o método nominal.
§ 2.º Havendo dúvida quanto ao "quorum", o Presidente determinará a chamada dos Deputados e, constatada a
inexistência do número mínimo de presenças exigidas para votação,
procederá conforme o previsto no parágrafo único do art. 111.

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Art. 133. Na votação nominal, computar-se-ão os votos registrados no painel eletrônico de votação e tão-somente
esses.
Parágrafo único. Inoperante o equipamento, votar-se-á mediante a chamada dos Deputados que responderão sim
ou não, conforme sejam a favor ou contra a proposição, e o Secretário irá anotando os votos proferidos.

Art. 134. (REVOGADO)

Art. 135. Salvo declaração prévia de impedimento, o Deputado que se negar a votar será declarado ausente.

Art. 136. lniciar-se-á o procedimento pela votação de emendas, quando for o caso, obedecida a seguinte ordem:
I - substitutivos;
II - conjunto das emendas com parecer favorável e, após, o das que tenham parecer contrário, incluindo-se:
a) no primeiro grupo, as de Comissão, quando sobre elas não houver manifestação contrária de outra Comissão;
b) no segundo, as que tenham sido rejeitadas pelas Comissões competentes para examinar-lhes o mérito.
§ 1.º As emendas que tiveram pareceres divergentes serão votadas uma a uma.
§ 2.º As emendas aprovadas pela Comissão de Constituição e Justiça serão votadas em bloco.

Art. 137. A proposição principal, ou seu substitutivo, será votada em globo, salvo deliberação diversa do Plenário.
Parágrafo único. No caso do art. 119, a votação será para aprovar ou rejeitar o parecer.

Art. 138. O Plenário poderá, a requerimento de qualquer Deputado, decidir:


I - a votação da proposição principal, ou de seu substitutivo, por títulos, capítulos, seções, subseções, artigos,
parágrafos, incisos, alíneas, ou por grupos destes;
II - a votação de cada emenda separadamente;
III - o destaque de emendas ou de partes da proposição, para votá-las em separado.
§ 1.º Somente será deferida a votação parcelada ou o destaque se requeridos antes do início da tomada dos votos.
§ 2.º Na votação segundo o previsto no inciso II deste artigo:
I - terá preferência o substitutivo de Comissão sobre o de Deputado;
II - será observada a ordem numérica de apresentação de emendas.
III - (REVOGADO)
§ 3.º Independentemente da ordem estabelecida neste artigo, poderá o Plenário deferir requerimento de
preferência para votar qualquer proposição.

§ 4.º Apresentados mais de um pedido de preferência, observar-se-á a ordem numérica de apresentação para
serem submetidos ao Plenário.

Subseção IV
Do Encaminhamento da Votação

Art. 139. Anunciada a votação, os Líderes de Bancada, ou um Deputado por eles indicado, poderão encaminhá-la
pelo prazo de 5 (cinco) minutos.
§ 1.º Na votação parcelada, o Deputado poderá falar uma vez para encaminhar cada parte.
§ 2.º No encaminhamento da votação de emenda destacada, poderão falar, pela ordem, o autor da emenda, o do
destaque e o relator, antes da manifestação de qualquer outro Deputado.
§ 3.º No encaminhamento da votação da redação final, só poderá ser discutido o aspecto formal da proposição.

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Subseção V
Do Resultado da Votação e dos Atos Prejudicados

Art. 140. Terminada a apuração, o presidente proclamará o resultado, não cabendo a modificação de voto.
§ 1.º É permitido ao Deputado, após a votação, encaminhar à Mesa declaração de voto, que será juntada aos autos
da proposição e publicada no Diário da Assembleia.
§ 2.º As declarações de voto não serão lidas no Plenário, devolvendo-se as que contiverem expressões
antiparlamentares.

Art. 141. O Deputado que chegar ao Plenário após a votação poderá solicitar, dentro do período destinado à Ordem
do Dia da sessão, que fique registrada na ata sua opinião quanto à matéria votada, o que, contudo, não alterará o
resultado.

Art. 142. São atos prejudicados os seguintes:


I - a proposição principal e suas emendas, quando houver substitutivo aprovado;
II - a emenda de conteúdo igual ou contrário a de outra já aprovada;
III - a proposição com conteúdo semelhante a outra aprovada ou rejeitada na mesma sessão legislativa.
IV - requerimento com a mesma finalidade de outro já aprovado.

Subseção VI
Da Redação Final e da Remessa de Autógrafos

Art. 143. Concluída a votação, os projetos e as propostas de emendas à Constituição aprovadas serão remetidas à
Comissão competente para que elabore a redação final.
§ 1.º A Comissão poderá, independentemente de emenda, efetuar as correções de linguagem e eliminar os
absurdos manifestos e as incoerências evidentes, desde que não fique alterado o sentido da proposição.
§ 2.º São competentes para elaborar a redação final:
I - do Orçamento, a Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle;
II - do Regimento Interno, suas alterações, etc., a Mesa;
III - de emenda à Constituição, a Comissão de Constituição e Justiça;
IV - de códigos e estatutos, as Comissões competentes;
V - subsidiariamente, em quaisquer dos casos, o Departamento de Assessoramento Legislativo, e o Departamento
de Comissões Parlamentares nas situações previstas na Subseção V da Seção II do Capítulo III do Título II, que usarão
dos poderes previstos no § 1.º deste artigo.

Art. 144. A redação final do projeto ou proposta de emenda constitucional será submetida ao Plenário dentro de
três sessões contadas da data em que tiver sido aprovada a proposição.
§ 1.º O Presidente, a requerimento da Comissão, atendendo à extensão do texto e ao número de emendas
aprovadas, poderá ampliar esse prazo.
§ 2.º A redação final não será votada antes de publicada no Diário da Assembleia, exceto se houver dispensa da
publicação deferida pela maioria absoluta do Plenário.

Art. 145. Somente será admitida à redação final emenda que tenha por finalidade evitar absurdo manifesto,
incoerência evidente ou incorreção de linguagem.
§ 1.º As emendas com esse objetivo serão recebidas pela Mesa até o momento de se iniciar a votação.
§ 2.º A emenda à redação final poderá ser discutida pelo autor ou por dois Deputados, podendo, ainda, o Plenário
decidir que sobre ela se manifestem as Comissões competentes.

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Art. 146. Quando, após aprovada a redação final, se verificar inexatidão material ou erro manifesto no texto, o
Presidente determinará sua correção, comunicando de imediato ao Plenário.
Parágrafo único. Se essa verificação ocorrer após a remessa de autógrafos ao Poder Executivo, o Presidente
solicitará ao Governador a devolução dos mesmos, para ser efetivada a correção conforme o previsto no "caput".

Art. 147. Aprovada a redação final de projeto de lei complementar ou ordinária, será o autógrafo elaborado e
enviado, via sistema eletrônico, ao Governador, para os efeitos do art. 66 da Constituição do Estado.
§ 1.º Da data de recebimento do autógrafo pelo Poder Executivo, consignado através da assinatura no processo
eletrônico, contar-se-ão os prazos fixados na Constituição do Estado para sanção ou veto do projeto aprovado.
§ 2.º As emendas à Constituição serão promulgadas pela Mesa, os decretos legislativos e as resoluções pelo
Presidente da Assembleia.

Seção VI
Das Comunicações Parlamentares

Art. 148. No período de comunicações será assegurada a palavra a dezesseis Deputados, obedecendo-se a
proporcionalidade do número de membros de cada Bancada e, ainda, aos seguintes critérios:
I - as inscrições serão automáticas, cabendo ao Departamento de Assessoramento Legislativo estabelecer a escala
semanal, segundo a ordem alfabética do nome parlamentar dentro de cada representação partidária;
II - é permitida a cessão do direito à inscrição entre Deputados do mesmo partido;
III - Deputados inscritos para o mesmo dia poderão permutar o seu tempo;
IV - cada Deputado poderá falar por até 5 (cinco) minutos, sendo descontada uma Comunicação de Liderança a
cada minuto excedido.

Seção VII
Das Explicações Pessoais

Art. 149. O período para explicações pessoais iniciar-se-á após as comunicações parlamentares, prolongando-se
até o final da sessão.

Art. 150. As inscrições, em número máximo de 3 (três) Deputados, para este período serão feitas no Plenário, em
livro próprio, a partir do início da sessão até o final do Grande Expediente.
§ 1.º Cada orador poderá falar por até 5 (cinco) minutos, sendo descontada uma Comunicação de Liderança a cada
minuto excedido.
§ 2.º (REVOGADO)
§ 3.º No período referido no “caput”, não é permitida a cessão do direito à inscrição nem a permuta entre
Deputados.

Seção VIII
Do Aparte

Art. 151. Aparte é a interrupção do orador, breve e oportuna, para indagação, contestação ou esclarecimentos
relativos à matéria em debate.
§ 1.º O aparte só será permitido mediante licença do orador, sendo computado no seu tempo.
§ 2.º O orador poderá declarar antecipadamente que não concederá apartes.

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Art. 152. É vedado aparte;
I - em qualquer pronunciamento do Presidente;
II - paralelo ao discurso;
III - no encaminhamento de votação, reclamação, questão de ordem e comunicação urgente.
IV - (REVOGADO)

CAPÍTULO IV
DAS SESSÕES EXTRAORDINÁRIAS

Art. 153. As sessões extraordinárias, convocadas pelo Presidente, de ofício, ou a requerimento de Deputado
aprovado pelo Plenário, destinam-se à apreciação de matéria relevante ou acumulada, devidamente especificada
no ato de convocação.
§ 1.º As sessões extraordinárias terão a duração e o rito das ordinárias, sendo, todavia, utilizado todo o tempo que
se seguir à leitura do expediente para apreciação da Ordem do Dia.
§ 2.º As sessões extraordinárias são improrrogáveis.

CAPÍTULO V
DAS SESSÕES ESPECIAIS

Art. 154. Serão especiais as sessões a que comparecerem: - o Governador do Estado, para apresentar a mensagem
a que se refere o inciso IX do art. 82 da Constituição do Estado, com uso da palavra em Plenário, no tempo máximo
de 20 (vinte) minutos, e desde que informe a Presidência de sua disposição, com antecedência mínima de 72
(setenta e duas) horas;
I - os Secretários de Estado, com obediência aos ritos determinados nos arts. 260 e 261 deste Regimento.

CAPÍTULO VI
DAS SESSÕES SOLENES

Art. 155. A Assembleia Legislativa fará realizar 09 (nove) sessões solenes no ano, em datas fixadas pela Mesa,
relativas:
I - ao aniversário da instalação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul;
II - à Semana da Pátria;
III - à Revolução Farroupilha;
IV - ao Dia Internacional dos Trabalhadores;
V - à entrega da medalha "Deputado Emérito;
VI - ao Dia Internacional da Mulher;
VII - ao Dia Estadual de Consciência Negra;
VIII - ao Movimento Cívico da Legalidade;
IX - outra sessão solene a critério da Mesa.
§ 1.º A sessão solene de que trata o inciso VI deste artigo, realizada por esta Casa Legislativa, comemorativa ao Dia
Internacional da Mulher, será presidida por uma Deputada, indicada pela bancada feminina.
§ 2.º Não se aplica a regra disposta no § 1.º em períodos nos quais uma parlamentar mulher estiver no efetivo
exercício do cargo de Presidenta da Assembleia Legislativa.

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Art. 156. A sessão terá início às 14 horas e os oradores serão indicados, mediante comunicação escrita, um por
Bancada, até 01 (uma) hora antes do início da sessão.
§ 1.º Poderão também usar da palavra os homenageados e, na sessão em que Deputados sejam homenageados, o
promotor da homenagem.
§ 2.º Os Deputados oradores poderão usar da palavra pelo tempo máximo de 5 (cinco) minutos, falando em
primeiro lugar o representante da Bancada majoritária.
§ 3.º Nas sessões solenes não ocorrerão Comunicações de Liderança.
§ 4.º A cada minuto que exceder o tempo previsto no § 2.º será descontada uma Comunicação de Liderança para
a próxima sessão plenária.
§ 5.º No que se refere à sessão solene de que trata o inciso VI do art. 155, o uso da palavra será concedido por
Bancada, respeitando a seguinte ordem: - Bancadas com representação feminina, cada qual com direito a 10 (dez)
minutos de fala, sendo facultada a divisão entre parlamentares da sigla; e - demais Bancadas, cada qual com direito
a 5 (cinco) minutos de fala.

CAPÍTULO VII
DAS ATAS DAS SESSÕES

Art. 157. A ata, que deverá relacionar os Deputados presentes e ausentes, registrará resumidamente os trabalhos
da sessão.
Parágrafo único. As atas serão organizadas em anais, por ordem cronológica, e encadernadas por sessão legislativa.

CAPÍTULO VIII
DA REVISÃO DOS DISCURSOS

Art. 158. O Deputado receberá cópia do discurso que houver proferido na sessão, para revisá-lo no prazo de 02
horas.
§ 1.º Não obedecido o prazo fixado neste artigo, o discurso será publicado com a observação "Não revisado pelo
orador".
§ 2.º Os discursos proferidos em Plenário por autoridades ou visitantes ilustres poderão ser pelos mesmos revistos
no prazo de um dia, findo o qual proceder-se-á na forma do parágrafo anterior.
§ 3.º Na revisão dos discursos não serão permitidas alterações, supressões ou acréscimos de conteúdos.

TÍTULO IV
DAS PROPOSIÇÕES

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 159. Proposição é toda a matéria sujeita à deliberação da Assembleia, seja qual for a forma de que se revista.

Art. 160. As proposições poderão consistir em:


I - proposta de emenda à Constituição;
II - projeto de lei complementar;
III - projeto de lei ordinária;
IV - projeto de decreto legislativo;

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V - projeto de resolução;
VI - emenda;
VII - recurso;
VIII - requerimento;
IX - mensagem retificativa.

Art. 161. As proposições serão dirigidas ao Presidente da Assembleia e protocoladas no Departamento de


Assessoramento Legislativo por meio de sistema eletrônico, sendo recebidas somente nos períodos compreendidos
entre 1.º de fevereiro e 16 de julho e 1.º de agosto e 22 de dezembro de cada sessão legislativa, ressalvadas as
convocações extraordinárias com base no §1.º do art. 50 da Constituição do Estado.

Art. 162. A forma de publicidade de toda a matéria sujeita à deliberação da Assembleia Legislativa, além do
processo legislativo, será feita através do Diário da Assembleia, o qual conterá a íntegra dos discursos, das atas das
sessões, das matérias deferidas para transcrição nos anais e demais assuntos políticos e administrativos do Poder.
Parágrafo único. As propostas de emendas à Constituição e os projetos de lei, de decretos legislativos e de
resoluções serão publicados na forma do art. 108.

Art. 163. As proposições deverão ser redigidas de forma clara e sucinta, observando as normas previstas na Lei
Complementar n.º 13.447, de 22 de abril de 2010, e apresentadas por meio de sistema eletrônico, devendo conter,
quanto aos projetos:
I - ementa;
II - divisão em artigos;
III - justificativa em anexo;
IV - legislação mencionada no texto da proposição;
V - documentos previstos nos incisos II, III, VII e IX do art. 166, ou outros necessários ao processo legislativo, em
anexo;
VI - requerimento previsto no § 1.º do art. 72-A, se for caso.

Art. 164. A proposição poderá ser apresentada individualmente ou coletivamente, sendo considerados autores
todos os seus signatários.
§ 1.º Para fins de tramitação previstos neste Regimento Interno, considera-se autor somente o identificado como
primeiro signatário.
§ 2.º Quando se tratar de proposição de iniciativa de Comissão, são autores os integrantes desta.

Art. 165. Não será admitida proposição:


I - manifestamente inconstitucional;
II - alheia à competência da Assembleia;
III - anti-regimental;
IV - inconcludente;
V - de conteúdo estranho ao enunciado na ementa.

Art. 166. O Presidente devolverá ao autor a proposição que:


I - delegue a outro Poder atribuições privativas do Legislativo;
II - referindo-se a texto de lei, decreto, regulamento ou outro dispositivo legal, não se faça acompanhar da
respectiva transcrição, exceto quando se tratar de Código ou Estatuto;
III - mencionando contrato, concessão ou outro ato, não o transcreva;
IV - faça sugestão ou recomendação a outro Poder, salvo quando resultante de relatório de Comissões;
V - contenha expressão ofensiva ou formule críticas a pessoas ou a outro Poder;

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VI - vise à Constituição de Comissão de Representação Externa ou Especial para o exame de matéria de
competência das Comissões Técnicas Permanentes.
VII - proponha a criação ou alteração de região metropolitana, aglomeração urbana, microrregião ou rede de
municípios sem se fazer acompanhar de documentos comprobatórios do atendimento das exigências legais,
fornecidos por órgão oficial.
VIII - seja meramente autorizativa, nos casos em que não seja necessária, por força de lei, autorização da
Assembleia Legislativa.
IX - institua um bem como integrante ao patrimônio histórico e cultural do Estado sem se fazer acompanhar de
manifestação sobre a pertinência da declaração do órgão central do Sistema Estadual de Preservação do Patrimônio
Cultural ou do órgão responsável pela política ambiental do Estado, conforme o caso de referências históricas e/ou
bibliográficas do bem e de demonstração da importância da declaração para a história e a cultura do Rio Grande
do Sul, podendo a proposição vir acompanhada, ainda, de:
a) fotografias, mapas, "croquis" e outros que possam identificar o bem;
b) em se tratando de entidade ou órgão, cópia dos estatutos sociais, ata de fundação, legislação ou outro
instrumento que comprove sua existência legal;
c) em caso de bens imóveis, cópia da respectiva matrícula no Registro de Imóveis;
d) delimitação geográfica da área a ser declarada quando pertencente a um todo maior;
e) comprovação de que o bem não é objeto de proteção ou preservação já prevista em legislação estadual; e
f) outros elementos que o proponente julgar necessários para corroborar a importância da declaração pretendida.

Art. 167. Cabe recurso ao Plenário, ouvida a Comissão de Constituição e Justiça, de decisão do Presidente recusando
liminarmente qualquer proposição.

CAPÍTULO II
DA TRAMITAÇÃO

Art. 168. Recebida a proposição via processo eletrônico, o Presidente determinará ao Departamento de
Assessoramento Legislativo seu cadastramento no sistema eletrônico padrão de proposições da Casa e esta seguirá
sua regular tramitação por meio deste sistema conjuntamente ao processo eletrônico, que será o repositório virtual
dos documentos legislativos.
§ 1.º As proposições serão separadas por espécie e, assim, numeradas por sessão legislativa, segundo a ordem de
recebimento, devendo as propostas de emenda à Constituição e os projetos, de imediato, serem incluídos na Pauta,
obedecida a numeração.
§ 2.º Excetuam-se do disposto no § 1.º as emendas e subemendas, que serão protocoladas junto ao processo
eletrônico relativo à proposição principal, e numeradas por ordem de recebimento.

Art. 169. Concluído o período de pauta, a proposição será submetida à Comissão de Constituição e Justiça para
emitir parecer quanto à legalidade, juridicidade e constitucionalidade da mesma, o qual será publicado no Diário
da Assembleia.
§ 1.º Contra parecer que decidir pela ilegalidade, inconstitucionalidade ou injuridicidade de proposição, caberá
recurso ao Plenário, interposto por um quinto dos membros da Assembleia, no prazo de cinco dias úteis da
publicação a que se refere o art. 64.
§ 2.º Excetuam-se do disposto no “caput” os convênios de ICMS, os créditos adicionais previstos no art. 152 da
Constituição do Estado e os projetos relativos a revisões de leis do Plano Plurianual, de Diretrizes Orçamentárias e
de Orçamentos Anuais que serão encaminhados diretamente à Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização
e Controle.

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Art. 170. Favorável o parecer da Comissão de Constituição e Justiça ou, se contrário, rejeitado pelo Plenário, a
proposição será encaminhada ao Departamento de Assessoramento Legislativo, que fará a distribuição para as
Comissões competentes para opinarem quanto ao mérito, observando, conforme o caso, o rito previsto no art. 72-
A.

Art. 171. Poderá ser interposto recurso ao Plenário, no prazo de cinco dias úteis, por um décimo dos membros da
Casa, da distribuição efetuada nos termos do artigo anterior.

Art. 172. A proposição que deva ser votada pelo Plenário será incluída:
I - na Ordem do Dia:
a) os projetos de iniciativa do Governador, em regime de urgência, quando transcorrido o prazo previsto no art.
62, § 1.º, da Constituição do Estado;
b) os vetos, nos termos do art. 66, § 6.º, da Constituição do Estado;
c) os projetos com tramitação concluída;
d) as proposições sob o regime do art. 63 da Constituição do Estado;
e) as proposições que obtiverem a concordância dos Líderes das Bancadas Parlamentares, observada a regra do
parágrafo único do art. 20;
f) os requerimentos, subscritos por Líder de Bancada, aprovados pela maioria dos membros da Assembleia;
g) os projetos de origem da Mesa, após o período de Pauta, excetuado o disposto no art. 225 deste Regimento;
h) os projetos relativos a contas do Governador, a licenças ao Governador, Vice- Governador e Deputados, e a
Convênios;
II - na Ordem do Dia da sessão:
a) as matérias previstas nas alíneas “a”, “b”, “c” e “g” do inciso anterior,
b) as matérias previstas nas demais alíneas do inciso anterior, dependendo de acordo conforme previsto no art.
30, VII, deste Regimento.
c) § 1.º A alínea "e" do inciso I deste artigo e o parágrafo único do art. 20 não terão aplicabilidade quando pelo
menos 3 (três) Líderes de Bancada não concordarem com a inclusão de proposição na Ordem do Dia, sem prejuízo
do disposto nas demais alíneas que compõem este artigo.
§ 2.º A Ordem do Dia da sessão será definida em reunião de Líderes na semana anterior à apreciação das matérias
em Plenário, salvo requerimento verbal de Deputado aprovado pela maioria prevista no parágrafo único do art. 20
deste Regimento.

Art. 173. A Assembleia Legislativa, mediante requerimento subscrito pela maioria de seus membros, pode retirar
da Ordem do Dia, em caso de convocação extraordinária, projeto de lei que não tenha tramitado no Poder
Legislativo por, no mínimo, trinta dias.

Art. 174. Para constituir a Ordem do Dia, deverão ter sido publicadas no Diário da Assembleia, com antecedência
mínima de 48 horas, as seguintes matérias:
I - as proposições a serem discutidas e votadas;
II - as mensagens retificativas, emendas e subemendas quando houver;
III - os vetos;
IV - os pareceres;
V - outras informações que a Mesa entender necessárias ao esclarecimento do Plenário.

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Art. 175. A Ordem do Dia será organizada de acordo com a seguinte prioridade:
I - apreciação de vetos;)
II - matérias sob o regime dos arts. 62 e 63 da Constituição do Estado;
III - proposta de emenda constitucional;
IV - projeto de lei complementar;
V - projeto de lei ordinária;
VI - projeto de decreto legislativo;
VII - projeto de resolução;
VIII - recursos;
IX - requerimento de Comissões;
X - requerimento de Deputados;
XI - redação final;
XII - outras matérias.

Art. 176. A retirada de proposição, antes do parecer da Comissão de mérito, poderá ser requerida pelo autor:
I - ao Presidente da Assembleia, se sobre matéria cuja competência para exame e votação é do Plenário;
II - ao Presidente da Comissão, quando, pela matéria, a essa cabe votar conclusivamente.
§ 1.º Do indeferimento do pedido de retirada, cabe recurso ao Plenário.
§ 2.º As proposições, excetuados os requerimentos, aquelas sob o regime do art. 63 da Constituição Estadual e as
decorrentes de acordo de Líderes, somente poderão ser retiradas da Ordem do Dia mediante requerimento
aprovado pelo Plenário.
§ 3.º Também poderá ser pedida retirada de proposições que tenham sido arquivadas ou cujo desarquivamento
haja sido requerido.

Art. 177. Às proposições cuja iniciativa esteja determinada na Constituição, aplica-se o disposto no artigo anterior.

Art. 178. Finda a legislatura, serão arquivadas as proposições não votadas, exceto os vetos, as contas do
Governador e as propostas de emenda à Constituição aprovadas em primeiro turno.
§ 1.º Durante a legislatura, serão arquivadas as proposições cujo autor venha a se afastar definitivamente do
mandato.
§ 2.º O disposto no § 1.º não se aplica à proposição cuja iniciativa seja coletiva, desde que as assinaturas
remanescentes sejam suficientes à sua regular tramitação.
§ 3.º Os requerimentos de desarquivamento de propostas de emenda à Constituição deverão ser subscritos por,
no mínimo, 1/3 (um terço) dos membros da Assembleia, desde que autores da proposição.
§ 4.º Os requerimentos de arquivamento ou desarquivamento de proposições de iniciativa da Mesa e das
Comissões deverão ser subscritos pela maioria absoluta de seus respectivos membros.
§ 5.º Requerido pelo autor o desarquivamento de proposição, estas serão republicadas em Pauta e obedecerão aos
trâmites estabelecidos nos arts. 108 a 110.
§ 6.º Na sessão legislativa em que assumir a Presidência da Casa, o Presidente terá arquivadas temporariamente
todas as proposições em que figure como primeiro signatário, as quais serão automaticamente desarquivadas ao
fim de seu mandato.
§ 7.º Excetuam-se do disposto nos §§ 1.º e 6.º as proposições que tenham sido publicadas anteriormente em Ordem
do Dia.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
CAPÍTULO III
DO PROCESSO LEGISLATIVO
Seção I
Disposições Gerais

Art. 179. A função legislativa é exercida pela Assembleia por meio de:
I - proposta de emenda à Constituição;
II - projeto de lei complementar;
III - projeto de lei ordinária;
IV - projeto de decreto legislativo, destinado a regular matéria de competência exclusiva da Assembleia Legislativa;
V - projeto de resolução, visando a regular matérias de caráter político ou administrativo e assuntos da economia
interna do Poder Legislativo, de que trata o art. 178 deste Regimento.

Art. 180. A iniciativa do processo legislativo cabe:


I - quanto à emenda constitucional:
a) a um terço, no mínimo, dos Deputados;
b) ao Governador;
c) a mais de um quinto das Câmaras Municipais, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus
membros;
d) à iniciativa popular.
II - quanto às leis complementar e ordinária:
a) a qualquer membro ou Comissão Técnica da Assembleia, individual ou coletivamente;
b) à Mesa;
c) ao Governador;
d) ao Tribunal de Justiça;
e) ao Procurador Geral de Justiça;
f) às Câmaras Municipais;
g) aos cidadãos.
h) Tribunal de Contas;
i) Defensoria Pública;
III - quanto a decreto legislativo e resolução, a qualquer Deputado ou Comissão.

Art. 181. As resoluções, com força de lei ordinária, terão como objeto, entre outros, as seguintes matérias:
I - perda de mandato de Deputado;
II - licença para processar ou prender Deputado;
III. sustação de ação penal e decisão sobre prisão em flagrante de Deputado;
IV - licença para o Deputado se afastar do exercício de suas funções;
V - aprovação das conclusões de Comissões Especiais ou de Inquérito;
VI - Regimento Interno e suas alterações;
VII - organização administrativa da Assembleia;
VIII - criação, transformação e extinção de cargos e funções dos serviços da Assembleia e fixação da respectiva
remuneração.

Art. 182. Estando em curso duas ou mais proposições da mesma espécie, que regulem matéria idêntica ou
correlata, a tramitação será conjunta quando:
I - o Presidente da Assembleia, de ofício, assim o determinar;
II - Comissão ou Deputado o requerer e o Presidente deferir o pedido.
§ 1.º Indeferido o pedido com base no disposto no item II, cabe recurso ao Plenário.
§ 2.º A tramitação conjunta somente será determinada ou deferida na fase de distribuição das proposições.

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Art. 183. Na tramitação conjunta ou por dependência serão obedecidas as seguintes normas:
I - terá precedência a proposição mais antiga;
II - as proposições serão incluídas conjuntamente na Ordem do Dia.
Parágrafo único. O regime especial de tramitação de uma proposição estende-se às demais que lhe estejam
apensadas.

Art. 184. A matéria constante de projeto rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma
sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos Deputados.

Seção II
Das Emendas e Subemendas

Art. 185. Emenda é a proposição apresentada como acessória a outra, sendo a principal qualquer das referidas no
art. 176.

Parágrafo único. A emenda, quanto a sua iniciativa, poderá ser:


I - de Mesa;
II - de Líder;
III - de Deputado, e
IV - de Comissão, quando incorporada ao parecer.

Art. 186. A emenda poderá ser:


I - supressiva: quando suprimir qualquer parte de uma proposição;
II - aglutinativa: quando resultar da fusão de outras emendas ou com o texto, por transação tendente à aproximação
dos respectivos objetos;
III - substitutiva, a apresentada como sucedânea:
a) de dispositivo;
b) integral de proposição, caso em que passa a denominar-se substitutivo;
IV - modificativa: quando alterar a proposição sem modificá-la substancialmente;
V - aditiva: quando acrescentar parte a uma proposição.
§ 1.º O substitutivo deverá ser apresentado em forma de projeto, modificando e substituindo no todo a proposição
e prejudicando-a no caso de sua aprovação.
§ 2.º O substitutivo poderá ser apresentado por iniciativa de qualquer Deputado durante o período de Pauta e, fora
deste, somente por Comissão Permanente que tiver competência regimental para opinar sobre o mérito da
proposição, ou por emenda de Líder durante a discussão. (Redação dada pela Resolução 2.893/03)
§ 3.º Havendo mais de uma Comissão competente para opinar sobre o mérito, o substitutivo poderá decorrer de
uma reunião conjunta das mesmas.
§ 4.º O substitutivo apresentado por membros de Comissão, após aprovado pela mesma, retornará à Comissão de
Constituição e Justiça, para parecer sobre a legalidade, juridicidade e constitucionalidade, com o prazo reduzido à
metade.
Art. 187. Não serão admitidas emendas que impliquem aumento da despesa prevista:
I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Governador, ressalvado o disposto no art. 152 da Constituição do Estado;
II - nos projetos sobre a organização dos serviços administrativos da Assembleia Legislativa, dos Tribunais e do
Ministério Público.

Art. 188. Subemenda é a emenda apresentada por Comissão a outra emenda, e pode ser supressiva, substitutiva
ou aditiva, desde que não incida, a supressiva, sobre emenda com a mesma finalidade.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 189. Somente serão aceitas emendas ou subemendas que tenham relação direta com a matéria da proposição,
facultado o disposto no art. 164.

Art. 190. Denomina-se “substitutivo por fusão” a proposição que resulta da fusão de 02 (duas) ou mais proposições
principais, mediante acordo expresso de seus autores.
Parágrafo único. Aplicam-se ao substitutivo por fusão as regras pertinentes ao substitutivo, no que couber.

CAPÍTULO IV
DOS RECURSOS

Art. 191. Cabe recurso de decisão do Presidente, da Mesa ou das Comissões, nos casos previstos neste Regimento.

Art. 192. Não serão conhecidos os recursos que não satisfizerem às exigências regimentais, quanto ao prazo de
interposição e ao número de signatários, e que não contenham justificativa adequada.

CAPÍTULO V
DOS REQUERIMENTOS

Art. 193. Os requerimentos verbais, salvo disposição expressa neste Regimento, deverão ser decididos pelo
Presidente logo que formulados; os escritos, que deverão ser protocolados junto ao processo eletrônico relativo à
proposição principal, serão submetidos ao Plenário.

Art. 194. Deverão ser escritos os requerimentos que solicitem:


I - dispensa de publicação e interstício para votação de redação final;
II - retirada de proposição nos termos do art. 173, § 2.º;
III - audiência de Comissão sobre determinada matéria;
IV - discussão e votação de proposições segundo o previsto no art. 135, I a III;
V - destaque de proposição acessória, ou de parte de proposição principal, para constituir projeto em separado;
VI - adiamento de discussão ou de votação;
VII - encerramento de discussão;
VIII - preferência para votação de determinada proposição;
IX (REVOGADO)
X - consignação de voto de pesar ou congratulatório;
XI - criação de Comissão Temporária;
XII - suspensão dos trabalhos de Comissão Temporária durante o recesso parlamentar;
XIII - realização de sessão extraordinária;
XIV - votação de proposição segundo o art. 63 da Constituição do Estado;
XV - inclusão de proposição na Ordem do Dia, segundo o previsto no art. 169, § 2.º, II.
§ 1.º Os requerimentos escritos não serão discutidos e sua votação poderá ser encaminhada pelo autor, pelos
Líderes de Bancada ou por Deputado por eles designados.
§ 2.º (REVOGADO)
§ 3.º O requerimento de voto de pesar, ou congratulatório, devidamente justificado, independente de votação,
será apresentado à Mesa dos trabalhos que decidirá sobre sua inclusão na ata.

Art. 195. Os requerimentos pertinentes à matéria em exame, antes dela serão votados.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
CAPÍTULO VI
DOS PEDIDOS DE INFORMAÇÃO

Art. 196. O pedido de informação objetiva a obtenção de esclarecimentos oficiais sobre fatos relacionados com
matéria legislativa em tramitação ou sujeito à fiscalização da Assembleia.

Art. 197. Antes de encaminhar o pedido à autoridade competente, o Presidente mandará averiguar se existe pedido
igual anterior ou se já foram prestados esclarecimentos sobre o assunto
e, em caso afirmativo, o devolverá ao autor com as informações que tiver.
§ 1.º O pedido de informação não será aceito se não estiver formulado em termos parlamentares.
§ 2.º Se as informações não forem prestadas dentro de trinta dias, o Presidente reiterará o pedido por meio de
ofício, salientando essa circunstância, e dará conhecimento do fato ao Plenário.
§ 3.º Prestadas as informações, serão entregues cópias das mesmas ao solicitante.

CAPÍTULO VII
DA MENSAGEM RETIFICATIVA

Art. 198. O Governador do Estado, o Presidente do Tribunal de Justiça, o Procurador- Geral de Justiça, o Presidente
do Tribunal de Contas do Estado, o Defensor Público-Geral e os Presidentes das Câmaras Municipais poderão
encaminhar mensagem retificativa às proposições de sua iniciativa, antes de as mesmas serem incluídas na Ordem
do Dia.
§ 1.º Altera a proposição na forma do "caput", reiniciar-se-á sua tramitação, devendo ser incluída, com a alteração
proposta, na Pauta do primeiro dia útil após o recebimento da mensagem.
§ 2.º Os prazos constitucionais e regimentais de tramitação do projeto passam a contar da data do recebimento da
mensagem pela Assembleia.

TÍTULO V
DAS MATÉRIAS SUJEITAS A DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

CAPÍTULO I
DAS PROPOSTAS DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO

Art. 199. A proposta de emenda à Constituição será lida na hora do Expediente, após publicação no Diário da
Assembleia, ficando sobre a Mesa durante as sessões ordinárias, a fim de receber emendas, até que se esgote o
prazo previsto no art. 108.
Parágrafo único. Somente poderão ser apresentadas emendas com o mesmo "quorum" mínimo de assinaturas de
Deputados previsto na alínea "a" do inciso I do art. 180.

Art. 200. Findo o prazo destinado à apresentação de emendas será a proposta encaminhada à Comissão de
Constituição e Justiça, a qual, dentro de quarenta e cinco dias, improrrogáveis, apresentará parecer sobre sua
admissibilidade.
§ 1.º Sendo o parecer contrário, será publicado no Diário da Assembleia, abrindo-se prazo para recurso nos termos
do art. 166, Parágrafo único. § 2.º Rejeitado o parecer ou quando este for favorável, será a proposta encaminhada
ao Departamento de Assessoramento Legislativo para distribuir às comissões de mérito, para exame no prazo de
10 (dez) dias.
§ 3.º Esgotado o prazo a que se refere o parágrafo anterior, a proposta e emendas, com ou sem parecer, serão
publicadas no Diário da Assembleia e incluídas na Ordem do Dia.
§ 4.º A proposta de emenda constitucional com parecer contrário das Comissões de mérito considerar-se-á
rejeitada e será arquivada por despacho do Presidente da Assembleia.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 201. A proposta será submetida a dois turnos de discussão e votação, com interstício de três sessões, vedada
nessa fase a apresentação de emendas.

Art. 202. Será aprovada a proposta que obtiver, em ambos os turnos, três quintos dos votos dos membros da
Assembleia, em votação nominal.

Art. 203. Aprovada a proposta, será encaminhada ao Departamento de Assessoramento Legislativo para elaborar
a redação final, obedecidas as disposições dos arts. 146 e 147.
Parágrafo único. Aprovada a redação final, a Mesa, no prazo de 72 horas, promulgará e fará publicar a emenda
com o respectivo número de ordem.

Art. 204. À tramitação das emendas à Constituição serão aplicadas as disposições previstas no Capítulo II do Título
IV deste Regimento, salvo as que contrariarem o disposto neste Capítulo.

Art. 205. A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não poderá ser objeto
de nova proposta na mesma sessão legislativa.

CAPÍTULO II
DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS

Art. 206. Os projetos de leis orçamentárias, que deverão ser encaminhados à Assembleia nos prazos fixados no art.
152, § 8.º, da Constituição do Estado, serão devolvidos ao Governador, para sanção, nos seguintes prazos:
I - o projeto de lei do plano plurianual até 15 de julho do primeiro ano do mandato do Governador, e o projeto
de lei de diretrizes orçamentárias até 15 de julho de cada ano;
II - os projetos de lei dos orçamentos anuais até 30 de novembro de cada ano.

Art. 207. Na tramitação dos projetos de leis orçamentárias, serão observadas as seguintes disposições:
I - o Poder Legislativo dará conhecimento, às instituições e pessoas interessadas, dos projetos de leis
orçamentárias, por um prazo mínimo de 30 (trinta) dias, antes de submetê-los à apreciação do Plenário;
II - publicados no Diário da Assembleia, serão encaminhados à Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e
Controle para recebimento de emendas e emissão de parecer;
III - os projetos terão prioridade para discussão nas sessões ordinárias, até que se esgote o prazo previsto no art.
108;
IV - durante o período de Pauta regimental, poderão ser apresentadas emendas populares aos projetos, desde que
firmadas por, no mínimo, 500 (quinhentos) eleitores ou encaminhadas por 02 (duas) entidades representativas da
sociedade;
V - as emendas parlamentares e de Comissão aos projetos de leis orçamentárias serão encaminhadas pelo sistema
eletrônico de processamento de dados e protocoladas em 02 (duas) vias na Comissão;
VI - o relator será escolhido em processo de votação, por maioria de votos, dentre os membros titulares da
Comissão, durante o período de Pauta;
VII - a critério e por solicitação do relator, o Presidente poderá designar até 02 (dois) sub-relatores;
VIII - é facultada ao relator a apresentação de emendas aos projetos ou subemendas às emendas visando à sua
correção ou aprimoramento, suprindo falhas ou omissões;
IX - o parecer do relator deve ser protocolado na Secretaria da Comissão com antecedência mínima de 15 (quinze)
dias úteis, contados da data limite para envio do projeto à sanção do Governador;
X - a Comissão poderá receber mensagem retificativa do Governador aos projetos, enquanto não iniciada a
votação;

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
XI - durante a reunião para discussão e votação do parecer do relator, observar-se-á o seguinte:
a) não serão concedidas vistas do parecer;
b) os requerimentos de destaque para votação em separado de emendas serão apresentados durante o período
de discussão do parecer;
XII - exarado o parecer da Comissão, o projeto será encaminhado ao Departamento de Assessoramento Legislativo
para publicação em Ordem do Dia;
XIII - 10 (dez) dias antes de vencerem os prazos previstos nos incisos I e II do § 9.º do art. 152 da Constituição do
Estado, independentemente de parecer da Comissão e publicação, os projetos serão incluídos na Ordem do Dia da
sessão.

Art. 208. É facultado à Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle apresentar emendas e
subemendas, em qualquer fase, aos projetos de leis orçamentárias.
Parágrafo único. As emendas e subemendas subscritas pela maioria dos seus membros obrigatoriamente deverão
ser votadas pelo plenário da Comissão.

Art. 209. Não será admitido, nos projetos de leis orçamentárias, dispositivo que:
I - não indique especificamente o total da receita cuja arrecadação autorize;
II - não corresponda à tributação vigente;
III - consigne despesa para exercício diverso daquele que a lei vai reger;
IV - autorize ou consigne dotação para função ou cargo efetivo ou não, serviço ou repartição não criados
anteriormente por lei;
V - dê ao produto de taxas ou quaisquer tributos criados para fins específicos aplicação diversa da prevista na lei
que os criou.

Art. 210. O orçamento da despesa consignará, obrigatoriamente, dotações para o cumprimento de todas as leis
aprovadas pela Assembleia.
Art. 210-A. A Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle exercerá o controle da execução do
Plano Plurianual mediante apresentação de parecer relativo às informações fornecidas anualmente pelo Poder
Executivo, previstas no art. 12 da Lei Complementar n.º 10.336, de 28 de dezembro de 1994.
§ 1.º Na primeira reunião subsequente à publicação das informações, a Comissão referida no "caput", mediante
processo de votação por maioria de votos dentre seus membros titulares, designará relator que terá prazo de 30
(trinta) dias para apresentação do parecer.
§ 2.º O parecer da Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle será publicado no Diário da
Assembleia e encaminhado ao Presidente da Assembleia Legislativa com vista a seu envio ao chefe do Poder
Executivo para conhecimento, bem como ao Tribunal de Contas do Estado.

CAPÍTULO III
DO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

Art. 211. Os projetos de lei complementar terão tramitação ordinária no período de Pauta, sendo os prazos das
Comissões acrescidos de um terço.

Art. 212. Concluída a tramitação nas Comissões, far-se-á publicar o projeto e emendas, se houver, no Diário da
Assembleia, para inclusão na Ordem do Dia.
Parágrafo único. O projeto será considerado aprovado quando obtiver maioria absoluta dos votos dos membros
da Assembleia.

Art. 213. (REVOGADO)

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CAPÍTULO IV
DO VETO

Art. 214. A comunicação de veto total ou parcial e suas razões serão publicadas na integra no Diário da Assembleia
correspondente ao primeiro dia útil subsequente ao seu recebimento pela Assembleia Legislativa.

Art. 215. Após a publicação será a matéria encaminhada:


I - à Comissão de Constituição e Justiça, se a razão apresentada for a inconstitucionalidade do dispositivo;
II - às Comissões competentes para examinar o mérito, se o dispositivo for considerado contrário ao interesse
público;
III - às Comissões competentes, nos termos dos incisos I e II, se invocados ambos os fundamentos.
§ 1.º As Comissões, em qualquer hipótese, terão prazo simultâneo de quinze dias para apresentar parecer.
§ 2.º O veto parcial a mais de um dispositivo poderá ser votado em partes, nas Comissões e no Plenário, a
requerimento de qualquer Deputado.

Art. 216. Decorridos trinta dias do recebimento do veto pela Assembleia, será esse submetido ao Plenário, para
discussão única e votação nominal, com ou sem parecer das Comissões.
§ 1.º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no "caput", o veto será incluído na Ordem do Dia da sessão
imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação.
§ 2.º Na discussão do veto e encaminhamento de votação, os relatores, os Líderes e o autor do projeto, respeitada
esta ordem, poderão usar da palavra pelo prazo de cinco minutos, e, pela ordem, qualquer Deputado durante cinco
minutos, improrrogáveis.
§ 3.º Na votação de veto, o Presidente pedirá os votos dos Deputados que responderão SIM para aceitá-lo e NÃO
para rejeitá-lo.

Art. 217. O veto somente será rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos membros da Assembleia Legislativa.
§ 1.º Se o veto for rejeitado, será o projeto enviado ao Governador, para promulgação.
§ 2.º Se, na hipótese do parágrafo anterior, a lei não for promulgada pelo Governador no prazo de 48 horas o
Presidente da Assembleia a promulgará e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao 1.º Vice-Presidente fazê-lo.

CAPÍTULO V
DOS CONVÊNIOS

Art. 218. Os convênios e acordos em que o Estado seja parte serão apreciados pela Assembleia Legislativa no prazo
de 30 (trinta) dias.
§ 1.º Excetuam-se do disposto no "caput" os convênios e/ou acordos celebrados nos termos do art. 155, § 2.°, VI e
XII, "g", da Constituição Federal e da Lei Complementar Federal n.º 24, de 07 de janeiro de 1975, não deliberados
no prazo estabelecido no § 1.º do art. 28 da Lei n.º 8.820, de 27 de janeiro de 1989, e os previstos no art. 116,
"caput" e § 2.º, da Lei Federal n.º 8.666, de 21 de junho de 1993, que serão arquivados, após publicados no Diário
da Assembleia para conhecimento.
§ 2.º Os convênios e acordos que estiverem tramitando há mais de 30 (trinta) dias na Assembleia serão arquivados
ao final da sessão legislativa, sendo previamente publicados no Diário da Assembleia para conhecimento.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
CAPÍTULO VI
DAS CONTAS DO GOVERNADOR

Art. 219. Recebidas pela Assembleia as contas do Governador e as dos demais órgãos que devam ter seus balanços
aprovados pela Assembleia, serão elas, após a publicação do Balanço Geral do Estado e do Parecer do Tribunal de
Contas, enviadas à Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle, juntamente com a mensagem
governamental.
§ 1.º A Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle deverá apresentar, dentro de trinta dias,
parecer que concluirá por projeto de decreto legislativo, aprovando ou desaprovando a matéria, ou determinando
outras medidas.
§ 2.º Apresentado o projeto de decreto legislativo, este será imediatamente publicado em Ordem do Dia.

Art. 220. Não sendo aprovadas as contas ou parte delas, será o expediente enviado à Comissão de Constituição e
Justiça para, em nova proposição, indicar as providências.

Art. 221. Não apresentadas as contas dentro dos prazos previstos nos arts. 82, XII, e 53, III, da Constituição do
Estado, a Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle tomá-las-á no prazo de 45 (quarenta e cinco)
dias.
Parágrafo único. Tomadas as contas pela Comissão Especial, o processo obedecerá a tramitação estabelecida neste
Capítulo.

Art. 222. A prestação de contas, após iniciada a tomada de contas, não será óbice à adoção e continuidade das
providências relativas ao processo por crime de responsabilidade nos termos da legislação especial.

CAPÍTULO VII
DAS INDICAÇÕES SUJEITAS À APROVAÇÃO DA ASSEMBLEIA

Art. 223. Recebida pela Assembleia mensagem do Governador indicando Conselheiro do Tribunal de Contas do
Estado, diretor de entidade do sistema financeiro do Estado ou titular de outro cargo que a lei determinar, será
publicada e remetida às Comissões Técnicas Permanentes, obedecidas as respectivas áreas de atuação.

Art. 224. A Comissão promoverá arguição pública do indicado, em sessão extraordinária.


§ 1.º A escolha do relator será realizada após a arguição pública, na própria reunião extraordinária.
§ 2.º O relator apresentará o seu relatório em até 2 (duas) reuniões ordinárias subsequentes após a arguição pública
e, em aprovada a escolha pela Comissão, oferecerá esta, junto com o parecer, projeto de decreto legislativo que,
publicado, será votado na Ordem do Dia da segunda sessão ordinária seguinte.
§ 3.º Contrário o parecer, a indicação governamental será encaminhada ao arquivo, por despacho do Presidente,
cabendo recurso ao Plenário a qualquer Deputado, no prazo de cinco dias. § 4.º Recebido o recurso, o parecer será
submetido ao Plenário que:
I - o aprovando, remeterá a indicação definitivamente ao arquivo;
II - o rejeitando, encaminhará o expediente à Comissão para que esta apresente, na sessão ordinária seguinte, o
projeto de decreto legislativo a que se refere o § 1.º.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
CAPÍTULO VIII
DA REFORMA DO REGIMENTO INTERNO

Art. 225. O Regimento poderá ser modificado através de projeto de resolução de iniciativa da Mesa, Comissão
Permanente ou de qualquer Deputado.
§ 1.º O projeto, após publicado no Diário da Assembleia, será incluído em Pauta, durante 10 dias úteis, para receber
emendas.
§ 2.º Dentro do prazo improrrogável de 30 (trinta) dias contados do último dia de Pauta, a Comissão de Constituição
e Justiça apresentará parecer sobre o projeto.
§ 3.º Concluído o prazo da Comissão, independente de parecer, o projeto será incluído na Ordem do Dia da sessão
para discussão e votação.
§ 4.º A Mesa fará a consolidação e publicação de todas as alterações introduzidas no Regimento Interno, a cada
biênio.

CAPÍTULO VIII-A
DOS PROJETOS DE CONSOLIDAÇÃO DE LEIS

Art. 225-A. Os projetos de consolidação de leis estaduais serão apreciados pela Comissão de Constituição e Justiça
- CCJ a partir do recebimento de textos propostos pelo Poder Executivo, pela Mesa ou por qualquer Comissão ou
membro da Assembleia Legislativa.
§ 1.º Recebido o projeto, o Presidente da Assembleia o fará publicar no "Diário Oficial da Assembleia Legislativa",
sendo a seguir incluído em Pauta por 10 (dez) dias úteis, para recebimento de emendas dos Deputados.
§ 2.º Esgotado o prazo estipulado no § 1.º, o projeto de consolidação e as emendas dos Deputados serão
encaminhados à CCJ, a qual terá o prazo de 30 (trinta) dias para examinar e emitir parecer sobre a matéria.
§ 3.º Para serem aprovados, os textos de consolidação deverão preservar o conteúdo original das disposições
normativas vigentes, vedadas alterações de mérito, sendo permitidas exclusivamente as seguintes alterações:
I - introdução de novas divisões do texto legal base;
II - diferente colocação e numeração dos artigos consolidados;
III - fusão de disposições repetitivas ou de valor normativo idêntico;
IV - atualização da denominação de órgãos e entidades da administração pública;
V - atualização de termos antiquados e modos de escrita ultrapassados;
VI - atualização do valor monetário, inclusive das penas pecuniárias, com base em indexador padrão estabelecido
em Lei;
VII - eliminação de ambiguidades decorrentes do mau uso do vernáculo;
VIII - homogeneização terminológica do texto;
IX - supressão dos dispositivos declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal de
Justiça do Estado;
X - indicação de dispositivos não recepcionados pelas Constituições Federal e Estadual;
XI - declaração expressa de dispositivos implicitamente revogados por leis posteriores.
§ 4.º Verificada a existência de dispositivos visando à alteração ou supressão de matéria de mérito, deverão ser
formuladas emendas, para a manutenção do texto da consolidação.
§ 5.º As emendas aditivas apresentadas ao texto do projeto visam à adoção de normas excluídas, e as emendas
supressivas, à retirada de dispositivos conflitantes com as regras legais em vigor.
§ 6.º A CCJ, ao examinar o texto, fará as alterações necessárias para adaptar seu conteúdo ao disposto neste artigo.
§ 7.º Para a consecução do previsto nos §§ 2.º e 6.º, a CCJ ou o Relator poderão requisitar servidores lotados no
Gabinete de Consultoria Legislativa e procuradores da Assembleia Legislativa, para prestar-lhes assessoramento.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
§ 8.º Poderá também a Comissão, isolada ou conjuntamente, propor que as emendas e sugestões consideradas de
mérito sejam destacadas para constituírem projetos autônomos, os quais deverão ser apreciados pela Assembleia,
dentro das normas regimentais aplicáveis à tramitação dos demais projetos de lei.
§ 9.º Qualquer alteração proposta ao texto de consolidação deverá ser fundamentada com a indicação do
dispositivo legal pertinente.

Art. 225-B. O projeto de consolidação será incluído na Ordem do Dia com tramitação concluída.

CAPÍTULO IX
DA SUSTAÇÃO DE ATOS NORMATIVOS DO PODER EXECUTIVO

Art. 226. Compete a qualquer Deputado ou Comissão Permanente propor a sustação de atos normativos do Poder
Executivo que exorbitem do poder regulamentar.

Art. 227. A proposta de sustação será encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça que, no caso de
acolhimento, abrirá prazo de dez dias para que o Poder Executivo defenda a validade do ato impugnado, contados
da data do ofício do Presidente da Assembleia comunicando a decisão ao Governador.

§ 1.º Conhecidas as razões do Poder Executivo, a Comissão de Constituição e Justiça deliberará na forma regimental.
§ 2.º Se a Comissão deliberar pela procedência da impugnação, encaminhará à Mesa projeto de decreto legislativo
sustando o ato impugnado.
§ 3.º Se a deliberação for pela legalidade do ato em exame, proporá à Mesa o arquivamento da proposta de
sustação.

Art. 228. Caso o autor da proposta não aceite a conclusão pelo arquivamento, poderá no prazo de cinco dias úteis,
recorrer da decisão ao Plenário, o qual decidirá soberanamente sobre o recurso.
§ 1.º Rejeitado o recurso, o expediente será arquivado.
§ 2.º Acolhido o recurso, a Mesa mandará elaborar projeto de decreto legislativo.

Art. 228-A. Apresentado o projeto de decreto legislativo, este será imediatamente incluído na Ordem do Dia.

TÍTULO VI
DA INTERPRETAÇÃO E OBSERVÂNCIA DO REGIMENTO
CAPÍTULO I
DAS QUESTÕES DE ORDEM

Art. 229. Considera-se questão de ordem toda dúvida suscitada sobre a interpretação deste Regimento, no que se
relaciona com a sua prática ou com a Constituição.
§ 1.º A questão de ordem deve ser objetiva, claramente formulada, com a indicação precisa das disposições
regimentais cuja observância se pretenda elucidar, e referir-se à matéria tratada na ocasião.
§ 2.º Se o suscitante não indica, inicialmente, as disposições em que se assenta a questão de ordem, o Presidente
cassará sua palavra.
§ 3.º O prazo para formulação ou contestação da questão de ordem não poderá exceder a três minutos.
§ 4.º Formulada a questão de ordem e facultada a sua contestação a um Deputado, será ela resolvida pelo
Presidente, não sendo permitido ao suscitante opor-se à decisão ou criticá-la na sessão em que for proferida.
§ 5.º Inconformado com a decisão, poderá o Deputado requerer, por escrito, reconsideração ao Presidente ou para
o Plenário, sem efeito suspensivo, ouvindo-se, em ambas as hipóteses, a Comissão de Constituição e Justiça, que
terá prazo máximo de três sessões, para apresentar seu parecer.
Art. 230. As decisões sobre questões de ordem serão registradas em livro específico, e a Mesa elaborará projeto
de resolução propondo, se for o caso, as alterações regimentais delas decorrentes.
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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
CAPÍTULO II
DAS RECLAMAÇÕES

Art. 231. Qualquer Deputado poderá solicitar o uso da palavra, durante as sessões do Plenário ou reuniões de
Comissão, para exigir a observância de dispositivo regimental, o que fará utilizando a expressão "para reclamação".
§ 1.º As reclamações durante o período da Ordem do Dia ficarão restritas a matérias que nela figurem ou nos casos
de desrespeito ao Regimento Interno.
§ 2.º Aplicam-se às reclamações as normas referentes às questões de ordem.

TÍTULO VII
DOS DEPUTADOS
(REVOGADO)

CAPÍTULO I
Do Exercício do Mandato
(REVOGADO)

Art. 229. (REVOGADO)


Art. 230. (REVOGADO)
Art. 231. (REVOGADO)
Art. 232. (REVOGADO)

CAPÍTULO II
DAS LICENÇAS
(REVOGADO)

Art. 233. (REVOGADO)


Art 234. (REVOGADO)
Art. 235. (REVOGADO)

CAPÍTULO III
DA REMUNERAÇÃO DOS DEPUTADOS
(REVOGADO)

Art 236. (REVOGADO)


Art. 237. (REVOGADO)
Art. 238. (REVOGADO)
Art. 239. (REVOGADO)
Art. 240. (REVOGADO)
Art. 241. (REVOGADO)

CAPÍTULO IV
DA VACÂNCIA
(REVOGADO)

Art. 242. (REVOGADO)


Art. 243. (REVOGADO)

118
ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
CAPÍTULO V
DA CONVOCAÇÃO DE SUPLENTE
(REVOGADO)

Art. 244. (REVOGADO)


Art 245. (REVOGADO)
Art. 246. (REVOGADO)
CAPÍTULO VI
DO DECORO PARLAMENTAR
(REVOGADO)

Art. 247. (REVOGADO)


Art. 248. (REVOGADO)
Art. 249. (REVOGADO)
Art. 250. (REVOGADO)
Art. 251. (REVOGADO)
Art. 252. (REVOGADO)

CAPÍTULO VII
DA LICENÇA PARA INSTAURAÇÃO DE PROCESSO CRIMINAL CONTRA DEPUTADO
(REVOGADO)

Art.253. (REVOGADO)
Art. 254. (REVOGADO)
Art. 255. (REVOGADO)
TÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO I
DAS CONVOCAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS DA ASSEMBLEIA

Art. 256. A Assembleia será convocada extraordinariamente:


I - pelo Governador;
II - por seu Presidente, para deliberar sobre prisão de Deputados em flagrante de crime inafiançável; no caso de
decretação de estado de defesa ou estado de sítio pelo Governo Federal ou de intervenção federal no Estado e
para o compromisso e posse do Governador e do Vice- Governador do Estado;
III - pela maioria de seus membros.
§ 1.º Na sessão legislativa extraordinária, a Assembleia Legislativa deliberará, exclusivamente, sobre a matéria da
convocação.
§ 2.º Nas primeiras quarenta e oito horas, a contar da publicação na Ordem do Dia, a matéria da convocação poderá
receber emendas.
§ 3.º A sessão legislativa extraordinária ocorrerá sem ônus adicional para o Estado.
§ 4.º (REVOGADO)

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
CAPÍTULO II
DA POSSE DO GOVERNADOR E DO VICE-GOVERNADOR

Art. 257. A sessão destinada à posse do Governador e do Vice-Governador será solene.


§ 1.º O Governador e o Vice-Governador eleitos serão recebidos na Esplanada do Palácio Farroupilha por uma
comissão de servidores do Cerimonial, que os acompanhará até o Salão Nobre onde os aguardará uma comissão
de Deputados, designada pelo Presidente, para conduzi-los ao Plenário.
§ 2.º No Plenário, o Governador e o Vice-Governador, que serão recebidos de pé pela assistência, tomarão assento
à Mesa, à direita do Presidente.
§ 3.º A convite do Presidente, o Governador e o Vice-Governador, sucessivamente, proferirão o seguinte
compromisso, mantendo-se de pé todos os presentes:
“Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis e patrocinar o bem-
comum do povo rio-grandense”.
§ 4.º Finda a sessão, o Governador, o Vice-Governador e demais autoridades serão acompanhados pelos membros
da Mesa até o Salão Nobre.

CAPÍTULO III
DO COMPARECIMENTO DE SECRETÁRIO DE ESTADO

Art. 258. O Secretário de Estado comparecerá perante o Plenário da Assembleia Legislativa ou de suas Comissões:
I - quando convocado para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado;
II - quando convidado ou por sua iniciativa, mediante entendimento com a Mesa ou Presidência de Comissão,
respectivamente, para expor assunto de relevância da sua Secretaria.
§ 1 .º O convite será deliberado pela Assembleia Legislativa ou pela Comissão por maioria de votos, presente a
maioria absoluta de seus membros.
§ 2.º A convocação de Secretário de Estado será deliberada pela Assembleia Legislativa ou Comissão, por maioria
da respectiva composição plenária, a requerimento de qualquer Deputado ou membro de Comissão, conforme o
caso.

Art. 259. A convocação de Secretário de Estado, solicitada pela Assembleia, por suas Comissões Permanentes ou
Comissões Temporárias, será comunicada àquela autoridade através do Governador, mediante ofício da
Presidência, que conterá a indicação do assunto motivo da convocação.
§ 1.º O Secretário que não comparecer, sem justificação adequada, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, contados do
recebimento da convocação, estará incorrendo em crime de responsabilidade.
§ 2.º Se a convocação for considerada como imprescindível e de urgência, o prazo para comparecimento será
definido pelo órgão convocante e não poderá ser inferior a 24 (vinte e quatro) horas, nem superior a 05 (cinco) dias
úteis.
§ 3.º Quando a convocação não for considerada imprescindível e urgente, o comparecimento de Secretário de
Estado seguirá o rito determinado pelo art. 260 e seguintes deste regimento.
§ 4.º Quando a convocação for para dirigente da Administração Indireta ou servidor público de qualquer órgão do
Poder Executivo, excetuada a questão protocolar, o rito de convocação será o mesmo.
§ 5.º O convite a dirigente da Administração Indireta ou a servidor público de qualquer órgão será encaminhado
com antecedência de, no mínimo, 5 (cinco) dias da data da audiência.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 260. A Assembleia Legislativa reunir-se-á em sessão especial toda vez que, perante o Plenário, deva ser ouvido
Secretário de Estado.
§ 1.º O Secretário de Estado terá assento na primeira bancada, até o momento de ocupar a tribuna, ficando
subordinado às normas estabelecidas para o uso da palavra pelos Deputados; perante Comissão, ocupará o lugar à
direita do Presidente.
§ 2.º Não poderá ser marcado o mesmo horário para o comparecimento de mais de um Secretário de Estado à
Casa, salvo em caráter excepcional, quando a matéria lhes disser respeito conjuntamente, nem se admitirá sua
convocação simultânea por mais de uma Comissão.
§ 3.º O Secretário de Estado somente poderá ser aparteado ou interpelado sobre o assunto objeto de sua exposição
ou matéria pertinente ao convite ou à convocação.
§ 4.º Em qualquer hipótese, a presença de Secretário de Estado no Plenário não poderá ultrapassar o horário normal
da sessão ordinária da Assembleia. .

Art. 261. Na hipótese de convocação, o Secretário encaminhará ao Presidente da Assembleia ou da Comissão, até
a sessão anterior à da sua presença na Casa, sumário da matéria de que virá tratar, para distribuição aos Deputados.
§ 1.º Após a exposição inicial, que não excederá quinze minutos, o Secretário responderá ao temário objeto de
convocação, iniciando-se, então, as interpelações dos Deputados, observada a ordem dos itens formulados e, para
cada Deputado, a de sua inscrição, cabendo sempre a preferência ao autor do item em debate.
§ 2.º Se o Secretário, em sua exposição, versar matéria estranha ao temário prefixado, poderá ser interpelado
também sobre ela, logo que se esgotem os itens do questionário objeto da convocação.

Art. 261-A. Na hipótese de convite a Secretário, aplicam-se as disposições previstas nos arts. 260 e 261.

CAPÍTULO IV
DO COMPARECIMENTO DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA E DO DEFENSOR PÚBLICO-GERAL

Art. 262. Comparecerão anualmente, à Assembleia Legislativa, para relatarem as atividades e necessidades do
Ministério Público e da Defensoria Pública, em sessão especial pública, a ser realizada no horário destinado às
sessões ordinárias, respectivamente:
I - o Procurador-Geral de Justiça, nos termos do § 3.º do art. 108 da Constituição do Estado, no primeiro semestre
da sessão legislativa;
II - o Defensor Público-Geral nos termos do § 4.º do art. 120 da Constituição do Estado, no segundo semestre da
sessão legislativa.
§ 1.º A data da sessão especial pública, referida no "caput" deste artigo, será previamente acordada entre o
Procurador-Geral de Justiça ou o Defensor Público-Geral e o Presidente da Assembleia Legislativa.
§ 2.º Após a exposição do Procurador-Geral de Justiça ou do Defensor Público-Geral, os Deputados poderão
manifestar-se e formular questões.

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CAPÍTULO V
DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

Art. 262-A. Cada Comissão poderá realizar, isoladamente ou em conjunto com o Fórum Democrático de
Desenvolvimento Regional, audiência pública com entidade da sociedade civil para instruir matéria legislativa em
trâmite, bem como para tratar de assuntos de interesse público relevante, atinentes à sua área de atuação,
mediante proposta de qualquer Deputado ou a pedido de entidade interessada.
§ 1.º As audiências públicas serão presenciais, ficando facultada a realização na modalidade híbrida ou virtual,
mediante requerimento verbal de um de seus integrantes na reunião da Comissão na semana anterior à realização
da audiência pública, os quais decidirão pela maioria absoluta dos seus membros.
§ 2.º A reunião de audiência pública de que trata o “caput” será destinada exclusivamente para discussão do
assunto para o qual foi convocada.

Art. 262-B. Aprovada reunião de audiência pública, a Comissão selecionará, para serem ouvidas, as autoridades, as
pessoas interessadas e os especialistas ligados às entidades participantes, cabendo ao Presidente da Comissão
expedir os convites.
§ 1.º Na hipótese de haver defensores e opositores relativamente à matéria objeto de exame, a Comissão
procederá de forma que possibilite a audiência das diversas correntes de opinião.
§ 2.º O convidado deverá limitar-se ao tema ou questão em debate e disporá, para tanto, de vinte minutos,
prorrogáveis a juízo da Comissão, não podendo ser aparteado.
§ 3.º Caso o expositor se desvie do assunto, ou perturbe a ordem dos trabalhos, o Presidente da Comissão poderá
adverti-lo, cassar-lhe a palavra ou determinar a sua retirada do recinto.
§ 4.º A parte convidada poderá valer-se de assessores credenciados, se para tal fim tiver obtido o consentimento
do Presidente da Comissão.
§ 5.º Os Deputados inscritos para interpelar o expositor poderão fazê-lo estritamente sobre o assunto da exposição,
pelo prazo de três minutos, tendo o interpelado igual tempo para responder, facultadas a réplica e a tréplica, pelo
mesmo prazo, vedado ao orador interpelar qualquer dos presentes.

Art. 262-C. Não poderão ser convidados a depor em reunião de audiência pública os membros de representação
diplomática estrangeira.

Art. 262-D. Da reunião de audiência pública lavrar-se-á ata, arquivando-se, no âmbito da Comissão, os
pronunciamentos escritos e documentos que os acompanharem.
Parágrafo único. Será admitido, a qualquer tempo, o traslado de peças ou fornecimento de cópias aos interessados.

CAPÍTULO VI
DA TRIBUNA POPULAR

Art. 262-E. A Tribuna Popular será realizada na primeira quinta-feira de cada mês, após a leitura do Expediente, por
uma única entidade da sociedade civil, durante 10 (dez) minutos, sem apartes.
§ 1.º Para fazer uso da Tribuna Popular, as entidades deverão encaminhar requerimento à Presidência da
Assembleia, com antecedência de, no mínimo, 72 (setenta e duas) horas, informando:
I - dados que identifiquem a entidade;
II - nome do representante da entidade que usará da palavra; e
III - assunto a ser tratado.
§ 2.º Os requerimentos para a realização da Tribuna Popular serão deliberados pela Mesa.
§ 3.º O representante da entidade deverá integrar a diretoria, preferencialmente, ou seu quadro de associados, e
deverá comparecer à sessão plenária em traje passeio completo.

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§ 4.º Excetuam-se das vedações previstas nos incisos I e VIII do art. 95 e no art. 278 deste Regimento os
representantes das entidades da sociedade civil que farão uso da Tribuna Popular.
§ 5.º Nas sessões ordinárias em que se realizar a Tribuna Popular, no período das Comunicações será assegurada a
palavra a 14 (quatorze) Deputados.
§ 6.º A Tribuna Popular a ser realizada no mês de março é denominada Tribuna da Mulher e será destinada a
entidades da sociedade civil que tratem das questões de gênero.

CAPÍTULO VII
DA CONSULTA PÚBLICA ON-LINE

Art. 262-F. As Comissões de mérito poderão realizar consultas públicas on-line para recebimento de sugestões e
contribuições aos textos das proposições, durante o período de tramitação na Comissão, mediante requerimento
verbal, do respectivo relator, a ser deliberado pela Comissão.
§ 1.º O requerimento verbal do relator será aprovado por maioria absoluta dos membros da Comissão.
§ 2.º Quando aprovada pela Comissão, o prazo do relator será sobrestado para o recebimento de sugestões e
contribuições públicas, e a proposição ficará disponível para consulta pública on-line por 7 (sete) dias,
improrrogáveis, contados da data da aprovação pelos membros da Comissão.
§ 3.º Findo o prazo estabelecido no § 2.º, o relator reunirá somente as sugestões e as contribuições apresentadas
atinentes à matéria colocada em consulta pública e decidirá pela conveniência de acolhê-las.
§ 4.º Poderão participar da consulta pública on-line qualquer cidadão, empresas privadas, entidades da sociedade
civil e representantes de órgãos públicos (ou de órgãos da administração pública).
§ 5.º Cada proposição poderá ser submetida a uma consulta pública on-line durante sua tramitação, exceto quando
houver substitutivo ou mensagem retificativa apresentados no âmbito das Comissões.

TÍTULO IX
DA ADMINISTRAÇÃO E DA ECONOMIA INTERNA

CAPÍTULO I
DO CREDENCIAMENTO DE ENTIDADES E DE IMPRENSA

Art. 263. O Poder Legislativo poderá credenciar entidades civis, representativas de segmentos sociais, legalmente
constituídas e organizadas em âmbito estadual, para participar das atividades das Comissões Permanentes, com
direito a voz.

Art. 264. Os órgãos de imprensa poderão credenciar seus profissionais perante a Assembleia, para exercício de suas
atividades jornalísticas de informação e divulgação.

Art. 265. Caberá à Mesa expedir as credenciais a que se referem os artigos anteriores.

Art. 266. (REVOGADO)

CAPÍTULO II
DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS

Art. 267. O Regulamento Geral da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, aprovado por resolução
do Plenário, disporá sobre a organização, funcionamento, polícia, criação, transformação e extinção de cargos e
funções de seus serviços administrativos.
Parágrafo único. Incumbe à Mesa expedir normas ou instruções complementares àquele regulamento.

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CAPÍTULO III
DA PROCURADORIA DA ASSEMBLEIA

Art. 268. A Procuradoria da Assembleia Legislativa reger-se-á por regulamento próprio, que, aprovado pelo
Plenário, integrará este Regimento.

CAPÍTULO IV
DA ORDEM E DO PODER DE POLÍCIA DA ASSEMBLEIA

Art. 269. A Mesa fará manter a ordem e a disciplina no Palácio Farroupilha e demais dependências da Assembleia
Legislativa, tanto internas como externas, sob a suprema direção do Presidente, sem intervenção dos outros
Poderes.

Art. 270. Para efeito do disposto no artigo anterior, a Mesa, logo depois de eleita, escolherá dois de seus membros
efetivos para as funções de Corregedor e Corregedor substituto.

Art. 271. O policiamento da Assembleia será realizado pelo serviço de segurança próprio auxiliado, no policiamento
externo, por agentes da corporação militar do Estado, postos à exclusiva disposição da Mesa e dirigidos por pessoa
que o Presidente designar.
Parágrafo único. Em caso de grave ameaça de perturbação da ordem, a Mesa poderá requisitar ao Poder Executivo
o auxílio de agentes das policias civil e militar, que serão dirigidos na forma do artigo anterior.

Art. 272. Quando em dependência da Assembleia for cometido algum delito, instaurar- se-á inquérito.
§ 1.º Presidirá o inquérito:
I - o Corregedor ou o Corregedor substituto, se o delito for cometido por parlamentar;
II - funcionário indicado pela Mesa, nos demais casos.
§ 2.º Serão observados, no inquérito, as leis de processo e os regulamentos policiais do Estado, no que lhe forem
aplicáveis.
§ 3.º A Assembleia poderá solicitar a cooperação técnica de órgãos policiais especializados ou requisitar servidores
de seus quadros para auxiliar na realização do inquérito.
§ 4.º Servirá de escrivão funcionário estável da Assembleia, designado pela autoridade que presidir o inquérito.
§ 5.º O inquérito será enviado, após a sua conclusão, à autoridade judiciária competente.
§ 6.º Em caso de flagrante de crime inafiançável, realizar-se-á a prisão do agente da infração, que será entregue
com o auto respectivo à autoridade judicial competente, ou, no caso de parlamentar, ao Presidente da Assembleia,
atendendo-se, nesta hipótese, ao prescrito nos arts. 251 e 252. (Vide Resolução n.º 2.633/96, que renumerou os
arts. 251 e 252 para 254 e 255, respectivamente)

Art. 273. É proibido portar armas, de qualquer espécie, nas dependências da Assembleia, salvo em se tratando dos
agentes da polícia privativa, se autorizados pela Mesa, e dos agentes da corporação militar do Estado a que se
refere o art. 273.

Art. 274. O Deputado, ao ingressar nas dependências da Assembleia portando arma, entregar-la-á, mediante
recibo, no local designado pela Mesa, a funcionário por esta incumbido de guardá-la.
§ 1.º Incumbe ao Corregedor ou ao Corregedor substituto supervisionar a proibição de porte de arma.
§ 2.º O poder de supervisionar a que se refere o parágrafo anterior inclui o de mandar revistar e desarmar.
§ 3.º O desrespeito ao disposto no "caput" deste artigo constitui falta de decoro parlamentar.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 275. É permitido a qualquer pessoa ingressar e permanecer no edifício principal da Assembleia Legislativa do
Estado e em seus anexos durante o expediente, assistir as sessões plenárias e as reuniões das Comissões.
§ 1.º As pessoas que se comportarem de forma inconveniente serão compelidas a sair, imediatamente, das
dependências da Assembleia.
§ 2.º O Presidente, para manter a ordem, poderá determinar que as galerias sejam total ou parcialmente evacuadas.
§ 3.º Quando, nas dependências da Assembleia, alguém perturbar a ordem, o Presidente manda-lo-á pôr em
custódia, se desatendida a advertência que se lhe fizer, e feitas as averiguações necessárias, manda-lo-á soltar ou
entregar, mediante ofício do 1.º Secretário comunicando a ocorrência, à autoridade competente.
§ 4.º As restrições aos trajes dos visitantes e dos servidores em atividade na Casa, bem como no Plenário, ficam
limitadas às exigências do decoro.
§ 5.º As pessoas que perturbarem a ordem das atividades legislativas, obstando o andamento dos trabalhos, que
atentarem contra a segurança dos parlamentares e dos servidores, ou contra a integridade do patrimônio público,
serão identificadas, compelidas a sair, e ficarão impedidas de ingressar nas dependências da Assembleia Legislativa,
a critério da Mesa, por tempo a ser por ela estabelecido. (Incluído pela Resolução n.º 3.015/08)

Art. 276. É assegurado aos Senadores e Deputados visitantes, assim como aos ex- Deputados Estaduais, o acesso
ao Plenário para assistir às sessões, exceto durante o período de votação.

Art. 277. Os convites para as sessões solenes serão feitos de maneira a assegurar, tanto aos convida dos como aos
Deputados, lugares determinados.

Art. 278. Ressalvadas as hipóteses previstas nos artigos anteriores, só serão admitidos no recinto do Plenário,
durante as sessões, Deputados, servidores a serviço do Plenário, previamente autorizados pela Mesa, e jornalistas
credenciados.

Art. 279. Nos locais reservados para a imprensa só serão admitidos os representantes dos órgãos de comunicação
previamente credenciados pela Mesa.

Art. 280. É proibido o exercício de comércio, inclusive rifas e sorteios, nas dependências da Assembleia, salvo
expressa autorização da Mesa.
Parágrafo único. A infração a este artigo cometida por servidor da Assembleia constitui falta disciplinar.

CAPÍTULO V
DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 281. A administração contábil, orçamentária, financeira, operacional e patrimonial e o sistema de controle
interno serão coordenados e executados por órgãos próprios, integrantes da estrutura dos serviços administrativos
da Assembleia Legislativa.
§ 1.º As despesas da Assembleia Legislativa, dentro dos limites das disponibilidades orçamentárias consignadas no
orçamento do Estado e créditos adicionais serão devidamente autorizadas pelo 1.º Secretário.
§ 2.º Serão encaminhados mensalmente à Mesa, para apreciação, os balancetes analíticos e demonstrativos da
execução orçamentária, financeira e patrimonial.

§ 3.º A autorização de empenho de despesa com publicações de Comissões, de Coordenadorias de Bancada ou de


Gabinetes Parlamentares será da responsabilidade individual do Presidente da Comissão, do Líder da Bancada ou
do Deputado, respectivamente, competindo à Superintendência Administrativa e Financeira as providências de
execução, inclusive licitatórias,e à 1.ª Secretaria o registro dos montantes nas respectivas cotas parlamentares.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
TÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 282. A Assembleia Legislativa, como membro da União Nacional dos Legislativos - UNALE -, far-se-á representar
nos congressos daquele órgão por uma Comissão em cuja composição será observado, tanto quanto possível, o
critério da proporcionalidade partidária.
§ 1.º A Assembleia manterá, junto à UNALE, uma representação escolhida na forma dos estatutos daquele órgão,
e cujos integrantes serão membros natos da Comissão a que se refere este artigo.
§ 2.º Na hipótese de que a representação ou qualquer de seus membros deixe de integrar a Assembleia Legislativa,
esta, por maioria, indicará os respectivos substitutos, que completarão o mandato dos substituídos até o próximo
congresso.

Art. 282-A. (REVOGADO)

TÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 282-B. Fica instituída, para o exercício de 2005, a Tribuna Popular nas sessões ordinárias da Assembleia
Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, em que 01 (uma) entidade da sociedade civil poderá fazer uso da palavra
através de seu presidente ou vice, pelo tempo de 10 (dez) minutos, sem apartes.
§ 1.º Poderão fazer uso da Tribuna Popular as entidades de classe da sociedade civil registradas e regularmente
constituídas, com sede no Estado do Rio Grande do Sul, e que tenham atuação no âmbito estadual.
§ 2.º Para fazer uso da Tribuna Popular, as entidades deverão manifestar sua intenção, por escrito, à Presidência
da Assembleia Legislativa, informando:
I - dados que identifiquem a entidade;
II - nome do representante da entidade que usará da palavra; e
III - assunto a ser tratado.
§ 3.º O representante da entidade que subir à Tribuna deverá comparecer à sessão plenária em traje passeio
completo.
§ 4.º A Tribuna Popular será realizada na primeira quinta-feira de cada mês, após o período destinado à
apresentação e discussão de proposições em Pauta.
§ 5.º A entidade poderá fazer uso da Tribuna Popular somente uma vez por sessão legislativa.
§ 6.º Resolução da Mesa regulamentará o uso da Tribuna Popular.

Art. 282-C. (REVOGADO)


Art. 282-D. (REVOGADO)
Art. 282-E. (REVOGADO)
Art. 282-F. (REVOGADO)
Art. 282-G. (REVOGADO)

Art. 283. A Mesa da Assembleia Legislativa apresentará no prazo de noventa dias, após a publicação deste
Regimento, um Código de Ética Parlamentar.

Art. 284. (REVOGADO)

Art. 285. Revogam-se as disposições em contrário.

Assembleia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 18 de janeiro de 1991.

Legislação compilada pelo Departamento de Assessoramento Legislativo e Gabinete de Consultoria Legislativa.


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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS

CÓDIGO DE ÉTICA PARLAMENTAR

Institui o Código de Ética Parlamentar.

Art. 1.º Fica instituído o Código de Ética Parlamentar. (Vide Resolução n.º 2.844/01) Art. 2.º A atividade parlamentar
será norteada pelos seguintes princípios:
I - legalidade;
II - democracia;
III - livre acesso;
IV - representatividade;
V - supremacia do Plenário;
VI - transparência;
VII - função social da atividade parlamentar;
VIII - boa-fé.

Art. 3.º No exercício do mandato, o Deputado atenderá às prescrições constitucionais, legais, regimentais e as
estabelecidas neste código, sujeitando-se às medidas disciplinares nele previstas.

Art. 4.º Na sua atividade, o Deputado presta serviço fundamental à manutenção das instituições democráticas,
tendo livre acesso aos órgãos da administração direta ou indireta do Estado, mesmo sem aviso prévio, sendo-lhe
devidas todas as informações necessárias à atividade parlamentar.

Art. 5.º Todas as deliberações políticas do Poder Legislativo serão submetidas à apreciação do Plenário, sendo
expressamente vedado à Mesa ou ao Presidente da Assembleia Legislativa propor ação direta de
inconstitucionalidade ou tomar qualquer decisão de natureza política sem manifestação prévia e favorável do
Plenário.

Art. 6.º A Mesa fará publicar ao final de cada legislatura, no Diário da Assembleia Legislativa e em dois ou mais
jornais de circulação estadual, boletim de desempenho da atividade de cada Deputado, informando:
I - número de presenças nas sessões ordinárias e extraordinárias;
II - comissões e subcomissões, de qualquer natureza, que tenha proposto ou delas tomado parte;
III - ementa das proposições de sua autoria;
IV - licenças que tenha pedido e sua justificativa;
V - extrato das declarações referidas no artigo 35;
VI - número e motivação das sanções por transgressão a quaisquer preceitos deste código.
§ 1.º Os itens do boletim de desempenho de que trata este artigo poderão ser ampliados mediante deliberação da
Comissão de Ética Parlamentar.
§ 2.º À Mesa incumbe fazer publicar, na forma do "caput" deste artigo, a ementa da resolução que importe em
sanção de perda do mandato parlamentar.

Art. 7.º No exercício de suas atividades, o Parlamentar fica adstrito a agir de acordo com os ditames do princípio
da boa-fé.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
TÍTULO II
DA COMISSÃO DE ÉTICA PARLAMENTAR E DOS CURSOS PREPARATÓRIOS

CAPÍTULO I
Da Comissão de Ética Parlamentar

Art. 8.º É criada a Comissão de Ética Parlamentar, aplicando-se-lhe, quando cabíveis, os preceitos regimentais
referentes às comissões permanentes.
§ 1.º Os membros da Comissão de Ética serão indicados pela Mesa, ouvidos os Líderes de Bancadas, e eleitos pelo
Plenário para um mandato de 2 (dois) anos.
§ 2.º A eleição dos membros da Comissão de Ética será realizada na forma do § 6º do artigo 56 da Constituição do
Estado.
§ 3.º Se as Lideranças de Bancadas não tiverem indicado os respectivos membros até a data da eleição, caberá ao
Presidente fazê-lo, de oficio.
§ 4.º A Comissão de Ética reunir-se-á, ordinariamente, às 14 horas, nas quartas-feiras, na primeira e terceira
semanas do mês.
§ 5.º A Procuradoria da Assembleia designará um Procurador para participar das reuniões, que serão secretariadas
por servidor efetivo da Assembleia Legislativa.

Art. 9.º Compete à Comissão de Ética Parlamentar:


I - zelar pelo funcionamento harmônico e pela imagem do Poder Legislativo, na forma deste código e da legislação
pertinente;
II - propor projetos de lei, projetos de resolução e outras proposições atinentes à matéria de sua competência, bem
como consolidações, visando a manter a unidade deste código;
III - instruir processos contra Deputados e elaborar projetos de resolução que importem em sanções éticas que
devam ser submetidas ao Plenário;
IV - opinar sobre o cabimento das sanções éticas que devam ser impostas, de ofício, pela Mesa;
V - elaborar o boletim de desempenho da atividade de cada Deputado e enviá-lo à Mesa ao final de cada
legislatura;
VI - promover cursos preparatórios sobre a ética, a atividade parlamentar e o regimento, os quais serão
obrigatórios para os Deputados no exercício do primeiro mandato;
VII - dar parecer sobre a adequação das proposições que tenham por objeto matéria de sua competência;
VIII - dar parecer nos pedidos de sustação de ação penal contra Deputado;
IX - responder às consultas da Mesa, comissões e Deputados sobre matéria de sua competência;
X - receber declaração de renda dos parlamentares ao início e ao final de cada legislatura;
XI - manter contato com os órgãos legislativos estaduais e federais, visando a trocar experiências sobre ética
parlamentar;
XII - assessorar as Câmaras de Vereadores no estímulo à implantação e prática dos preceitos da ética parlamentar;
XIII - promover cursos, palestras e seminários.

Art. 10. Os Deputados designados para a Comissão de Ética Parlamentar deverão:


I - apresentar declaração assinada pelo Presidente da Mesa, certificando a inexistência, de quaisquer registros,
nos arquivos e anais da Assembleia Legislativa, referentes à prática de quaisquer atos ou irregularidades capitulados
nos artigos 33 e 34, independentemente da legislatura ou sessão legislativa em que tenham ocorrido;
II - manter discrição e sigilo inerentes à natureza de sua função;
III - estar presentes a mais de 2/3 (dois terços) das reuniões.
IV - cumprir rigorosamente os prazos previstos neste Código de Ética Parlamentar.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
Parágrafo único. O Deputado que transgredir qualquer dos preceitos deste artigo será automaticamente desligado
da comissão e substituído.

Art. 11. O Presidente da Comissão de Ética Parlamentar submeterá aos demais membros a indicação de um
Corregedor, com as seguintes atribuições:
I - receber denúncias contra Deputado;
II - proceder à instrução de processos disciplinares;
III - dar pareceres sobre questões éticas suscitadas no âmbito da comissão;
IV - assessorar juridicamente a comissão;
V - coordenar os cursos preparatórios da atividade parlamentar;
VI - desempenhar as demais atividades técnicas atinentes ao objeto da comissão.

CAPÍTULO II
Dos Cursos Preparatórios

Art. 12. Ao início de cada legislatura realizar-se-ão cursos de preparação à atividade parlamentar, sob a
coordenação da Comissão de Ética Parlamentar, os quais terão caráter obrigatório aos Deputados em primeiro
mandato e facultativo aos demais membros da Casa.
Art. 13. O conteúdo programático será definido pela Comissão de Ética Parlamentar, devendo, necessariamente,
fornecer, aos participantes, conhecimentos básicos de:
I - Constituição Federal e Estadual;
II - controle de constitucionalidade;
III - técnica legislativa;
IV - processo legislativo;
V - Código de Ética Parlamentar;
VI - Regimento Interno da Assembleia Legislativa.
§ 1.º Fica a critério da Comissão de Ética Parlamentar o estabelecimento da carga horária, a programação,
organização e a execução do curso.
§ 2.º Curso de natureza similar pode ser oferecido à assessoria superior, do quadro efetivo da Assembleia Legislativa
ou dos provisionados em comissão.
§ 3.º Pode a Mesa, a pedido da Comissão de Ética Parlamentar, contratar temporariamente os serviços de
profissionais de notória qualificação para ministrar matéria constante do conteúdo programático do curso referido
no "caput" deste artigo, na forma do art. 19 da Constituição do Estado.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
TÍTULO III
DOS PRECEITOS ÉTICOS REFERENTES AO PODER LEGISLATIVO E AOS PARLAMENTARES

CAPÍTULO I
Das Prerrogativas do Poder Legislativo

Art. 14. As prerrogativas consistem em garantia da independência do Poder Legislativo, sendo deferidas aos
Deputados em função do mandato parlamentar.

Art. 15. As prerrogativas dividem-se em:


I - inviolabilidade;
II - imunidade.
Art. 16. Os Deputados Estaduais são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e
votos.

Art. 17. Desde a expedição do diploma, os membros do Poder Legislativo não poderão ser presos, salvo em flagrante
de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Assembleia Legislativa,
para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.

§ 1.º Recebida a denúncia contra Deputado Estadual, por crime ocorrido após a diplomação, o Tribunal de Justiça
dará ciência a Assembleia Legislativa que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria
dos seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.
§ 2.º O pedido de sustação será apreciado pela Assembleia Legislativa no prazo improrrogável de quarenta e cinco
dias do seu recebimento pela Mesa.
§ 3.º A sustação do processo suspende a prescrição enquanto durar o mandato.
§ 4.º Os Deputados Estaduais não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em
razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiarem ou deles receberam informações.

Art. 18. Os Deputados serão submetidos a julgamento perante o Tribunal de Justiça, na forma do § 1º do art. 55 da
Constituição do Estado.

Art. 19. A incorporação de Deputado às Forças Armadas, mesmo se militar, inclusive em tempo de guerra,
dependerá de prévia licença da Casa.

Art. 20. As imunidades dos Deputados subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o
voto de 2/3 (dois terços) dos membros da Casa, nos casos de atos praticados fora do recinto da Assembleia
Legislativa, que sejam incompatíveis com a execução da medida.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
CAPÍTULO II
Dos Direitos dos Deputados

Art. 21. São direitos dos Deputados:


I - exercer com liberdade o seu mandato em todo o território estadual;
II - fazer respeitar as prerrogativas do Poder Legislativo;
III - ingressar livremente em qualquer órgão ou repartição, estadual ou municipal, da administração direta ou
indireta;
IV - receber informações semanais sobre o andamento das proposições de sua autoria;
V - ter a palavra na tribuna, na forma regimental;
VI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer autoridade, contra a inobservância de preceito de lei,
regulamento ou regimento;
VII - examinar em qualquer repartição, documentos que julgue de interesse para a atividade parlamentar;
VIII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício do mandato parlamentar, sem prejuízo das
cabíveis ações, cíveis ou criminais;
IX - gozar de licença, na forma dos artigos 23 e 24.

Art. 22. Quando, no curso de uma discussão, um Deputado for acusado de ato que ofenda sua honorabilidade,
pode pedir ao Presidente da Assembleia ou de comissão que mande apurar a veracidade da arguição e o cabimento
de censura ao ofensor no caso de improcedência da acusação.
Parágrafo único. O Presidente da Assembleia ou da comissão encaminhará o expediente à Comissão de Ética
Parlamentar, que instruirá o processo na forma deste código.

CAPÍTULO III
Das Licenças

Art. 23. O Deputado poderá obter licença nas seguintes hipóteses:


I - para tratamento de saúde;
II - para assistir familiar doente;
III - por maternidade ou paternidade natural ou adotiva;
IV - para tratar de interesse particular;
V - para viajar ao exterior;
VI - para desempenhar missão diplomática ou cultural no exterior.
§ 1.º A licença, na hipótese do inciso I, não será concedida por período superior a cento e vinte dias podendo,
todavia, ser prorrogada por igual período.
§ 2.º O prazo máximo da licença prevista no inciso II é de noventa dias.
§ 3.º A licença por maternidade natural é de cento e vinte dias e a por paternidade é de oito dias, contados em
ambos os casos, da data do nascimento da criança.
§ 4.º A licença por maternidade ou paternidade adotiva, em período igual ao estabelecido no parágrafo anterior,
só será deferida se o adotado contar até nove meses de idade.
§ 5.º No caso do inciso IV a licença dar-se-á sem remuneração e o afastamento não poderá ultrapassar a cento e
vinte dias por ano.

Art. 24 - A licença, em qualquer dos casos, será requerida por escrito à Mesa, excetuada aquela prevista no inciso
V do artigo anterior quando não ultrapassar 10 (dez) dias. Nesse último
caso o Deputado deverá apenas comunicar à Mesa, previamente por escrito, o seu afastamento.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
§ 1.º O requerimento para as licenças de que tratam os incisos I e II do artigo anterior deverá ser acompanhado do
atestado médico e o da licença por maternidade ou paternidade, de documento comprobatório do nascimento ou
da adoção da criança.
§ 2.º Mesa dará parecer sobre o pedido de licença e, sendo este deferido, expedirá resolução de Mesa nas hipóteses
previstas nos incisos I, II, III e V do artigo anterior, ou elaborará projeto de resolução no caso dos incisos IV e VI
daquele artigo.
§ 3 º O projeto de licença independerá de redação final.
§ 4 º Da decisão da Mesa que indeferir o pedido de licença cabe recurso ao Plenário.

CAPÍTULO IV
Da Remuneração

Art. 25. A remuneração mensal e a ajuda de custo dos Deputados, juntamente com a remuneração do Governador
e do Vice-Governador, serão fixadas, através de decreto legislativo de iniciativa da Mesa, no último ano de cada
legislatura para a subsequente, em data anterior às eleições para os respectivos cargos.
§ 1.º A remuneração de que trata este artigo somente poderá ser reajustada através de decreto legislativo de
iniciativa da Mesa.
§ 2.º Fica estabelecido, para a fixação da remuneração dos Deputados, o limite máximo de 75% (setenta e cinco
por cento) da remuneração dos Deputados Federais.

Art. 26. Será descontado do Deputado 1/30 (um trinta avos) de sua remuneração mensal por sessão que não
comparecer ou da qual se retirar durante a Ordem do Dia.
Parágrafo único. Não sofrerá desconto o Deputado que:
I - estiver em licença para tratamento de saúde ou de pessoa da família e licença maternidade ou paternidade;
II - estiver licenciado para viajar ao exterior, por prazo inferior a sessenta dias;
III - se afastar em virtude de missão oficial;
IV - faltar até quatro sessões plenárias por mês a serviço do mandato.
V - faltar a sessões plenárias e a reuniões de comissão em virtude do exercício, devidamente justificado à Mesa,
das funções de Corregedor, Corregedor Substituto, Corregedor da Comissão de Ética Parlamentar ou de membro
de subcomissão constituída nos termos do art. 54, “caput”.

Art. 27. O Deputado investido no cargo de Secretário de Estado poderá optar pelo subsídio do mandato
parlamentar, ficando-lhe assegurado o disposto no art. 2.º da Resolução n.º 3.104, de 26 de março de 2013.
Parágrafo único. O exercício do cargo de Secretário de Estado equipara-se ao efetivo comparecimento do Deputado
às sessões deliberativas realizadas pela Assembleia Legislativa.

Art. 28. A ajuda de custo será paga no início e no fim de cada sessão legislativa ordinária.
Parágrafo único. A ajuda de custo correspondente à sessão legislativa extraordinária, devida quando a convocação
se der na forma regimental, será paga ao final do período.

Art. 29. O Deputado que, licenciado na forma do artigo 23, incisos IV e V, deixar de comparecer a 1/3 (um terço)
das sessões plenárias, durante a sessão legislativa ordinária, perderá o direito a perceber a segunda parcela da
ajuda de custo.
Parágrafo único. O valor da ajuda de custo, na forma do artigo 28, será dividido pelo número de sessões realizadas
no período, somente sendo paga ao Deputado a parcela correspondente às sessões que comparecer e permanecer
durante a Ordem do Dia.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 30. O suplente terá direito à remuneração de Deputado durante o período em que estiver no exercício do
mandato parlamentar.

CAPÍTULO V
Dos Deveres dos Deputados

Art. 31. O Deputado, no exercício do mandato parlamentar, deve:


I - promover a defesa dos interesses populares e estaduais;
II - zelar pelo aprimoramento da ordem constitucional e legal do Estado, particularmente das instituições
democráticas e representativas e pelas prerrogativas do Poder;
III - exercer o mandato com dignidade e respeito à coisa pública e à vontade popular;
IV - manter o decoro parlamentar e preservar a imagem da Assembleia Legislativa;
V - comparecer a, no mínimo, 2/3 (dois terços) das sessões ordinárias, salvo em caso de licença, na forma dos
artigos 23 e 24.

Art. 32. É incompatível com o decoro parlamentar o abuso das prerrogativas asseguradas a membro da Assembleia
Legislativa ou a percepção de vantagens indevidas.

Art. 33. São deveres do Deputado, importando o seu descumprimento em conduta incompatível com o decoro
parlamentar:
I - agir de acordo com a boa-fé;
II - respeitar a propriedade intelectual das proposições;
III - não fraudar as votações em Plenário;
IV - eximir-se de manipular recursos do orçamento para beneficiar regiões de seu interesse, de forma injustificada,
ou de obstruir maliciosamente proposições de iniciativa de outro Poder;
V - distribuir, criteriosamente, os auxílios e benefícios destinados a instituições e pessoas carentes, sem utilizá-los
em proveito próprio;
VI - não perceber vantagens indevidas, tais como doações, benefícios ou cortesias de empresas, grupos
econômicos ou autoridades públicas, ressalvados brindes sem valor econômico;
VII - exercer a atividade com zelo e probidade;
VIII - combater o nepotismo;
IX - coibir a falsidade de documentos;
X - defender, com independência, os direitos e prerrogativas parlamentares e a reputação dos Deputados;
XI - recusar o patrocínio de proposição ou pleito que considere imoral ou ilícito;
XII - atender às obrigações político-partidárias;
XIII - não portar arma no recinto da Assembleia Legislativa;
XIV - denunciar qualquer infração a preceito deste código.

Art. 34. Incluem-se entre os deveres dos Deputados, importando o seu descumprimento em conduta ofensiva à
imagem da Assembleia Legislativa:
I – receber lideranças comunitárias e classistas, vereadores e prefeitos, independentemente de audiência,
respeitando-se a ordem de chegada;
II - zelar pela celeridade de tramitação das proposições;
III - tratar com respeito e independência as autoridades e funcionários, não prescindindo de igual tratamento;
IV - representar ao poder competente contra autoridades e funcionários por falta de exação no cumprimento do
dever;
V - prestar contas do exercício parlamentar na forma do artigo 6º deste código;
VI - manter a ordem das sessões plenárias ou reuniões de comissão;

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VII - ter boa conduta nas dependências da Casa;
VIII - não faltar, sem motivo previamente justificado, a dez sessões ordinárias consecutivas ou a quarenta e cinco
intercaladas, dentro da sessão legislativa ordinária e extraordinária;
IX - manter sigilo sobre as matérias de que tiver conhecimento em função da atividade parlamentar, tais como
informações que lhe forem confiadas em segredo, conteúdo de documentos de caráter reservado, debates ou
deliberações da Assembleia ou de comissão que haja resolvido devam permanecer em sigilo;
X - submeter-se, quando em primeiro mandato, ao curso preparatório à atividade parlamentar, na forma dos
artigos 12 e 13 deste código;
XI - evitar a utilização dos recursos e pessoal destinados a comissão permanente ou temporária de que seja
membro, em atividade de interesse particular ou alheia ao objeto dos seus trabalhos.

CAPÍTULO VI
Das Declarações

Art. 35. O Deputado apresentará à Comissão de Ética Parlamentar, para fins de ampla divulgação e publicidade:
I - ao assumir o mandato, para efeito de posse e noventa dias antes das eleições, no último ano da legislatura:
declaração de bens e fontes de renda e passivo, incluindo todos os passivos de sua própria responsabilidade, de
seu cônjuge ou companheiro(a) ou de pessoas jurídicas por eles direta ou indiretamente controladas, de valor igual
ou superior a sua remuneração mensal como Deputado;
II - até o trigésimo dia seguinte ao encerramento do prazo para entrega da declaração de imposto de renda das
pessoas físicas: cópia da declaração de imposto de renda do Deputado e do seu cônjuge ou companheiro(a);
III - ao assumir o mandato e ao ser indicado membro de comissão permanente ou temporária da Casa: declaração
de atividades econômicas ou profissionais, atuais ou anteriores, ainda que delas se encontre transitoriamente
afastado, com a respectiva remuneração ou rendimento, inclusive quaisquer pagamentos que continuem a ser
efetuados por antigo empregador;
IV - durante o exercício do mandato, em comissão ou em Plenário, ao iniciar-se apreciação de matéria que envolva
diretamente seus interesses patrimoniais: declaração de interesse, em que, a seu exclusivo critério, declare-se
impedido de participar ou explicite as razões pelas quais, a seu juízo, entenda como legítima sua participação na
discussão e votação.

TÍTULO IV
DA VACÂNCIA E DA CONVOCAÇÃO DE SUPLENTE

CAPÍTULO I
Da Vacância

Art. 36. vagas, na Assembleia Legislativa, verificar-se-ão em virtude de:


I - falecimento;
II - renúncia;
III - perda de mandato.

Art. 37. A declaração de renúncia de Deputado ao mandato será dirigida, por escrito à Mesa e independerá de
aprovação da Assembleia Legislativa, mas somente se tornará efetiva e irretratável depois de lida no Expediente e
publicada no Diário da Assembleia.
§ 1.º Considera-se também haver renunciado:
I - o Deputado que não prestar compromisso no prazo estabelecido no Regimento Interno; 38.
II - o suplente que, convocado, não se apresentar para assumir no prazo do § 3º do artigo
§ 2.º A vacância, nos casos de renúncia, será declarada em sessão plenária, pelo Presidente.

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CAPÍTULO II
Da Convocação de Suplente

Art. 38. A Mesa convocará, no prazo de 48 horas, o suplente de Deputado nos casos de:
I - ocorrência de vaga;
II - investidura do titular numa das funções definidas no art. 56, inciso I, da Constituição Federal;
III - licença para tratamento de saúde do titular por prazo superior a cento e vinte dias;
IV - prorrogação de licença para tratamento de saúde quando o prazo inicial somado ao da prorrogação seja
superior a cento e vinte dias;
V - (REVOGADO)
§ 1.º No caso do inciso IV, somente será convocado suplente quando o prazo da prorrogação for maior que trinta
dias, não computado o período de recesso parlamentar.
§ 2.º Assiste ao suplente que for convocado o direito de se declarar impossibilitado de assumir o exercício do
mandato, dando ciência, por escrito, à Mesa que convocará o suplente imediato.
§ 3.º Ressalvada a hipótese de doença, comprovada na forma do artigo 24, § 1º, de estar investido nos cargos
mencionados no art. 56, inciso I, da Constituição Federal, ou de ter requerimento deferido pela Mesa, baseado em
outro motivo, o suplente que, convocado, não assumir o mandato no prazo de trinta dias, prorrogáveis por igual
prazo, mediante requerimento do interessado, perde o direito à suplência, sendo convocado o suplente imediato.

Art. 39. Ocorrendo vaga há mais de quinze meses antes do término do mandato e não havendo suplente, o
Presidente comunicará o fato à Justiça Eleitoral, para o efeito do art. 56, § 2º, da Constituição Federal.

Art. 40. O suplente de Deputado, quando convocado em caráter temporário, não poderá ser escolhido para exercer
cargos na Mesa.

TÍTULO V
DAS SANÇÕES ÉTICAS E DA LICENÇA PARA PROCESSAR DEPUTADOS

CAPÍTULO I
Preceitos Gerais

Art. 41. O Deputado que incidir em conduta incompatível com o decoro parlamentar ou ofensiva à imagem da
Assembleia Legislativa estará sujeito às seguintes sanções:
I - censura;
II - suspensão do exercício do mandato, ou
III - perda do mandato.

Art. 42. O não comparecimento do Deputado ao número mínimo de sessões, previsto no inciso V do artigo 31, será
declarado, de ofício, pela Comissão de Ética Parlamentar ou a pedido da Mesa, do Presidente, de qualquer
Deputado, de partido político com representação na Assembleia Legislativa, assim como mediante requerimento
de qualquer eleitor, assegurada a ampla defesa.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
CAPÍTULO II
Da Censura

Art. 43. A censura poderá ser:


I - verbal, ou
II - escrita.
§ 1.º A censura verbal será aplicada em caso de conduta ofensiva à imagem da Assembleia Legislativa, nas hipóteses
previstas nos incisos I a VII do artigo 34.
§ 2.º A sanção a que se refere o § 1º deste artigo, será determinada, de forma imediata, pelo Presidente da
Assembleia ou por quem o substituir, quando em Sessão, ou pelo Presidente de Comissão, quando estiver reunida,
sempre que não couber penalidade mais grave.
§ 3.º A censura escrita será aplicada na mesma hipótese do § 1º, sempre que a conduta ofensiva à imagem da
Assembleia Legislativa requerer instrução de processo disciplinar e não couber penalidade mais grave.
§ 4.º A sanção a que se refere o § 3º deste artigo, será aplicada pela Comissão de Ética Parlamentar, que instruirá
o processo disciplinar, na forma do artigo 50 e seguintes, mediante provocação de um de seus membros, do
Presidente da Casa, da Mesa ou de qualquer outro Deputado.

CAPÍTULO III
Da Suspensão do Exercício do Mandato

Art. 44. Considera-se incurso na sanção de suspensão do exercício do mandato, por conduta incompatível com o
decoro parlamentar ou ofensiva à imagem da Assembleia Legislativa, o Deputado que:
I - reincidir nas hipóteses previstas nos parágrafos do artigo anterior;
II - descumprir algum dos preceitos dos incisos VIII a XI do artigo 34 deste código;
III - praticar transgressão grave e reiterada aos preceitos deste código, especialmente dos incisos I a VII do artigo
34, ou do Regimento Interno.
§ 1.º O processo disciplinar, na forma do artigo 50 e seguintes, será instruído pela Comissão de Ética Parlamentar,
mediante provocação de um de seus membros, do Presidente da Casa, da Mesa, ou de qualquer outro Deputado.
§ 2.º A penalidade de que trata o "caput" deste artigo será aplicada pelo Plenário, em escrutínio aberto.

CAPÍTULO IV
Da Perda do Mandato

Art. 45. Perde o mandato o Deputado que:


I - infringir qualquer das proibições do artigo 33 deste código;
II - que reincidir, por três vezes na mesma legislatura, em conduta ofensiva à imagem da Assembleia Legislativa, na
forma do artigo 34;
III - que tiver declarado o excesso de faltas, na forma do artigo 42;
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição Federal;
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.
§ 1.º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pelo Plenário da Assembleia Legislativa, por
voto aberto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de partido político com representação na Casa,
em processo disciplinar instruído pela Comissão de Ética Parlamentar.
§ 2.º Nos casos previstos nos incisos III, IV e V, a perda será declarada pela Mesa da Assembleia Legislativa.

Art. 46. Não perderá o mandato o Deputado que enquadrar-se numa das hipóteses do art. 56 da Constituição
Federal.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
CAPÍTULO V
Da Sustação de Processo-Crime e da Deliberação sobre Prisão em Flagrante de Deputado

Art. 47. A comunicação do Tribunal que instaurar processo-crime contra Deputado deve ser instruída com cópia
integral da ação.

Art. 48. No caso de prisão em flagrante de crime inafiançável, os autos serão remetidos à Assembleia Legislativa
dentro de 24 horas.

Art. 49. Recebida a solicitação ou os autos de flagrante, o Presidente despachará o expediente à Comissão de Ética
Parlamentar, observadas as seguintes normas:
I - no caso de flagrante, a comissão resolverá preliminarmente sobre a prisão, devendo oferecer parecer prévio, no
prazo de 72 horas, sobre a manutenção ou não da prisão, que será submetido, na sessão seguinte, à deliberação
do Plenário, pelo voto aberto da maioria dos seus integrantes;
II - vencida ou inocorrente a fase prevista no inciso I, a comissão oferecerá parecer, no prazo de seis sessões,
manifestando-se sobre a constitucionalidade e legalidade da matéria;
III - a decisão do Plenário será adotada pelo voto da maioria dos Deputados, autorizando ou não a sustação da ação
penal;
IV - a decisão será comunicada, de imediato, pelo Presidente da Assembleia Legislativa ao Tribunal competente.

CAPÍTULO VI
Do Processo Disciplinar

Art. 50. O processo disciplinar pode ser instaurado mediante iniciativa do Presidente, da Mesa, de Partido político,
de Comissão ou de qualquer Deputado, bem como por eleitor no exercício de seus direitos políticos, mediante
requerimento por escrito ao Corregedor da Comissão de Ética Parlamentar.

Art. 51. O Corregedor, em quaisquer dos casos previstos no art. 50, apreciará a matéria, constante do processo
disciplinar, no prazo de 5 (cinco) sessões ordinárias da Assembleia Legislativa, prorrogável com justificativa
expressa, por igual período.
§ 1.º Dentro do prazo previsto no caput, o Corregedor oferecerá representação à Comissão de Ética ou determinará
o arquivamento do feito, de maneira fundamentada, comunicando à Comissão de Ética e ao Requerente.
§ 2.º Da decisão pelo arquivamento da denúncia caberá recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, pelo Requerente,
ao plenário da Comissão de Ética Parlamentar, que deliberará no prazo máximo de 30 (trinta) dias.
§ 3.º Indeferido o recurso, será arquivada a denúncia e, em caso de provimento, será formado o processo
disciplinar.

Art. 52. É assegurado ao acusado o direito à ampla defesa, podendo designar advogado.

Art. 53. Ao Corregedor incumbirá promover o processo disciplinar, acompanhá-lo, podendo solicitar diligências, e
formular a representação.

Art. 54. A Comissão de Ética Parlamentar, recebida a representação, designará três membros para comporem a
subcomissão que conduzirá o processo.
§ 1.º À subcomissão incumbirá instruir o processo, determinar as diligências necessárias, assegurar a ampla defesa
do acusado e, após a representação e a defesa do acusado, lavrar parecer que será levado à deliberação dos demais
membros da comissão.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
§ 2.º O processo será conduzido por um Relator designado pelos membros da subcomissão, que também indicarão
um Revisor.
§ 3.º Constituída a subcomissão referida no "caput" deste artigo, será oferecida cópia da representação ao
Deputado contra quem é formulada, o qual terá prazo de 05 (cinco) sessões ordinárias da Assembleia Legislativa
para apresentar defesa escrita e provas.
§ 4.º Esgotado o prazo sem apresentação de defesa, o Presidente da Comissão nomeará defensor dativo para
oferecê-la, reabrindo-lhe igual prazo.

§ 5.º Apresentada a defesa, a subcomissão procederá as diligências e a instrução probatória que entender
necessárias, findas as quais proferirá parecer no prazo de 05 (cinco) sessões ordinárias da Assembleia Legislativa,
concluindo pela procedência da representação ou pelo arquivamento da mesma, oferecendo-se, na primeira
hipótese, o projeto de resolução apropriado para a declaração da perda do mandato ou da suspensão temporária
do exercício do mandato.
§ 6.º Em caso de pena de perda do mandato, o parecer da Comissão de Ética Parlamentar será encaminhado à
Comissão de Constituição e Justiça para exame dos aspectos constitucional, legal e jurídico, o que deverá ser feito
num prazo de 05 (cinco) sessões ordinárias.

Art. 55. Concluída a tramitação na Comissão de Ética Parlamentar e na Comissão de Constituição e Justiça, será o
processo encaminhado à Mesa da Assembleia Legislativa e uma vez no expediente, será publicado e incluído na
Ordem do Dia.

Art. 56. As apurações de fatos e responsabilidade previstos neste código poderão, quando a sua natureza assim o
exigir, ser solicitadas ao Ministério Público ou às autoridades policiais, por intermédio da Mesa da Casa, hipótese
em que serão feitas as necessárias adaptações nos procedimentos e prazos estabelecidos neste Título.

Art. 57. O processo regulamentado neste código não será interrompido pela renúncia do Deputado ao seu
mandato, nem serão pela mesma elididas as sanções eventualmente aplicáveis ou seus efeitos.

Art. 58. Se a denúncia formulada contra Deputado for considerada leviana e ofensiva à sua imagem, a Comissão de
Ética Parlamentar remeterá os autos à Procuradoria da Casa para que sejam tomadas as medidas judiciais cabíveis.
Parágrafo único. O mesmo procedimento deverá ser adotado em caso de ofensa à imagem da Assembleia
Legislativa.

TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 59. O Orçamento Anual da Assembleia Legislativa consignará dotação específica, com os recursos necessários
à publicação prevista no art. 6º deste Código.

Art. 60. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 61. Revogam-se o Título VII e o art. 280 do Título X da Resolução n.º 2.288, de 18 de janeiro de 1991, que dispõe
sobre o Regimento Interno da Assembleia Legislativa, bem como as demais disposições em contrário.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS

LEI N.º 14.688, DE 29 DE JANEIRO DE 2015.


(atualizada até a Resolução n.º 3.244, de 28 de junho de 2023)

Institui o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos e reorganiza o Quadro de Pessoal Efetivo da Assembleia
Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências.

CAPÍTULO I
DA REORGANIZAÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Art. 1.º O Quadro de Pessoal Efetivo da Assembleia do Estado do Rio Grande do Sul fica reorganizado conforme
esta Lei.

Art. 2.º São extintos 503 (quinhentos e três) cargos vagos do Quadro de Pessoal Efetivo da Assembleia Legislativa,
a seguir discriminados:
I - em carreira, de Nível I:
a) 20 (vinte) cargos de Auxiliar de Expedição e Limpeza, Classe A;
b) 20 (vinte) cargos de Auxiliar de Expedição e Limpeza, Classe B;
c) 20 (vinte) cargos de Auxiliar de Expedição e Limpeza, Classe C; e
d) 3 (três) cargos de Auxiliar de Expedição e Limpeza, Classe D; II - em carreira, de Nível II:
a) 40 (quarenta) cargos de Técnico em Apoio Legislativo, Classe A;
b) 40 (quarenta) cargos de Técnico em Apoio Legislativo, Classe B;
c) 35 (trinta e cinco) cargos de Técnico em Apoio Legislativo, Classe C;
d) 8 (oito) cargos de Técnico em Apoio Legislativo, Classe D; e
e) 8 (oito) cargos de Técnico em Apoio Legislativo, Classe E; III - isolados, de Nível II:
a) 2 (dois) cargos de Ajudante de Obras, Classe A;
b) 3 (três) cargos de Auxiliar de Enfermagem, Classe E;
c) 10 (dez) cargos de Digitador de Terminal de Vídeo, Classe A;
d) 4 (quatro) cargos de Inspetor de Segurança, Classe D;
e) 2 (dois) cargos de Mecânico de Automóvel, Classe D;
f) 20 (vinte) cargos de Motorista, Classe D;
g) 2 (dois) cargos de Operador de Rádio, Classe D;
h) 2 (dois) cargos de Operador de VT, Classe D; e
i) 12 (doze) cargos de Telefonista, Classe D; IV - em carreira, de Nível III:
a) 50 (cinquenta) cargos de Consultor Técnico Legislativo, Classe A;
b) 35 (trinta e cinco) cargos de Consultor Técnico Legislativo, Classe B;
c) 38 (trinta e oito) cargos de Consultor Técnico Legislativo, Classe C; e
d) 31 (trinta e um) cargos de Consultor Técnico Legislativo, Classe D; V - isolados, de Nível III:
a) 2 (dois) cargos de Administrador, Classe D;
b) 15 (quinze) cargos de Agente de Segurança, Classe A;
c) 2 (dois) cargos de Analista de Rede e Hardware, Classe D;
d) 4 (quatro) cargos de Analista de Sistemas, Classe D;
e) 1 (um) cargo de Arquiteto, Classe D;
f) 1 (um) cargo de Arquivista, Classe D;
g) 1 (um) cargo de Assistente Social, Classe D;
h) 2 (dois) cargos de Auxiliar-Projetista de Engenharia, Classe A;
i) 7 (sete) cargos de Cirurgião-Dentista, Classe D;

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
j) 2 (dois) cargos de Diagramador, Classe D;
k) 1 (um) cargo de Economista, Classe D;
l) 1 (um) cargo de Enfermeiro, Classe D;
m) 2 (dois) cargos de Jornalista-Redator, Classe D;
n) 3 (três) cargos de Locutor-Noticiarista, Classe D;
o) 7 (sete) cargos de Médico Clínico, Classe D;
p) 1 (um) cargo de Médico Pediatra, Classe D;
q) 1 (um) cargo de Nutricionista, Classe D;
r) 1 (um) cargo de Projetista Técnico, Classe B;
s) 2 (dois) cargos de Rádio Repórter, Classe D;
t) 10 (dez) cargos de Redator de Debates, Classe D;
u) 2 (dois) cargos de Repórter Cinematográfico, Classe D;
v) 1 (um) cargo de Repórter Fotográfico, Classe D;
w) 26 (vinte e seis) cargos de Taquígrafo Parlamentar, Classe D; e
x) 3 (três) cargos de Técnico em Higiene Dental, Classe A.

Art. 3.º Extinguir-se-ão, à medida que vagarem, 291 (duzentos e noventa e um) cargos no Quadro de Pessoal Efetivo
da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, a seguir discriminados:
I - 9 (nove) cargos de Administrador, Nível III, Classe D;
II - 5 (cinco) cargos de Ajudante de Obras, Nível II, Classe A; (Vide Resolução n.º 3.173/17, que renomeou o cargo
para Ajudante Administrativo)
III - 9 (nove) cargos de Analista de Rede e Hardware, Nível III, Classe D;
IV - 11 (onze) cargos de Analista de Sistemas, Nível III, Classe D;
V - 1 (um) cargo de Arquivista, Nível III, Classe D;
VI - 1 (um) cargo de Assistente Social, Nível III, Classe D;
VII - 10 (dez) cargos de Atendente Legislativo, Nível II, Classe D;
VIII - 17 (dezessete) cargos de Auxiliar de Expedição e Limpeza, Nível I, Classe D;
IX - 6 (seis) cargos de Bibliotecário-Pesquisador Parlamentar, Nível III, Classe D;
X - 15 (quinze) cargos de Consultor Técnico Legislativo, Nível III, Classe B;
XI - 12 (doze) cargos de Consultor Técnico Legislativo, Nível III, Classe C;
XII - 19 (dezenove) cargos de Consultor Técnico Legislativo, Nível III, Classe D;
XIII - 2 (dois) cargos de Contador, Nível III, Classe D;
XIV - 3 (três) cargos de Economista, Nível III, Classe D;
XV - 3 (três) cargos de Engenheiro, Nível III, Classe D;
XVI - 37 (trinta e sete) cargos de Inspetor de Segurança, Nível II, Classe D;
XVII - 19 (dezenove) cargos de Jornalista-Redator, Nível III, Classe D;
XVIII - 1 (um) cargo de Secretário, Nível II, Classe D;
XIX - 33 (trinta e três) cargos de Taquígrafo Parlamentar, Nível III, Classe D;
XX - 5 (cinco) cargos de Técnico em Apoio Legislativo, Nível II, Classe C;
XXI - 32 (trinta e dois) cargos de Técnico em Apoio Legislativo, Nível II, Classe D;
XXII - 32 (trinta e dois) cargos de Técnico em Apoio Legislativo, Nível II, Classe E; e
XXIII - 9 (nove) cargos de Telefonista, Nível II, Classe D.

140
ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
CAPÍTULO II
DO PLANO DE CARGOS E CARREIRAS

Art. 4.º O Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos do Quadro de Pessoal Efetivo da Assembleia Legislativa do
Estado do Rio Grande do Sul será regido pelos seguintes princípios:
I - valorização do conhecimento e desempenho;
II - incentivo à qualificação funcional contínua;
III - racionalização da estrutura de cargos, considerando:
a) a complexidade das atividades e as atribuições do cargo;
b) os graus de responsabilidade e de formação profissional; e
c) a quantidade de cargos compatível com as atividades desenvolvidas no local de
lotação.

Art. 5.º Para os efeitos desta Lei, considera-se:


I - Grupo: o conjunto de cargos com idênticos níveis de escolaridade e vencimento básico inicial;
II - Vencimento Básico: a retribuição pecuniária devida aos servidores conforme o cargo de acordo com o art. 9.º;
III - Nível: a indicação da posição do servidor público quanto ao vencimento básico, representado por letras
dispostas verticalmente na classe única do cargo;
IV - Quadro de Pessoal: o número de cargos de provimento efetivo e de cargos de livre provimento, distribuídos
via estrutura organizacional, necessários ao funcionamento da Assembleia Legislativa;
V - Vagas: número disponível de cargos criados e definidos em razão das necessidades de desempenho de
atividades regulares ou específicas de cada unidade organizacional;
VI - Progressão: a evolução do servidor público para a referência subsequente a que se encontra, mediante
classificação obtida nos processos de avaliação; e
VII - Avaliação Periódica de Desempenho: o instrumento utilizado para aferição das condições do servidor público
no exercício de suas atribuições.

CAPÍTULO III
DO NOVO QUADRO DE PESSOAL EFETIVO

Art. 6.º O quadro de cargos de provimento efetivo e seu correspondente quantitativo fica organizado da
seguinte forma:
I - Grupo I: Cargos de Nível Médio:
a) Agente Legislativo; (Vide Resolução n.º 3.189/18, que renomeou o cargo para Agente de Polícia
Legislativa)
b) Técnico Legislativo;
II - Grupo II: Cargo de Nível Superior - Analista Legislativo; e
III - Grupo III: Cargo de Consultoria e Assessoramento Jurídico - Procurador.

Art. 7.ºOs servidores que optarem pelo novo Plano passam a ter seus cargos denominados da seguinte
forma:

141
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GRUPO I
CARGO ATUAL NOVOS CARGOS DE CARREIRA
Inspetor de Segurança Agente Legislativo (Vide Resolução n.º 3.189/18, que
renomeou o cargo para Agente de Polícia Legislativa)
Técnico em Apoio Legislativo Técnico Legislativo

GRUPO II

CARGO ATUAL NOVOS CARGOS DE CARREIRA


Administrador Analista Legislativo - Administrador
Analista de Rede e Hardware Analista Legislativo - Analista de Tecnologia da
Informação e Comunicação
Analista de Sistemas Analista Legislativo - Analista de Tecnologia da
Informação e Comunicação
Arquivista Analista Legislativo - Arquivista
Assistente Social Analista Legislativo - Assistente Social
Bibliotecário-Pesquisador Analista Legislativo - Bibliotecário
Parlamentar
Consultor Técnico Legislativo Analista Legislativo - Consultor
Contador Analista Legislativo – Contador
Economista Analista Legislativo - Economista
Engenheiro Analista Legislativo - Engenheiro Civil
Jornalista-Redator Analista Legislativo – Jornalista
Taquígrafo Parlamentar Analista Legislativo – Taquígrafo

Art. 8.º Ficam criados no Quadro de Pessoal Efetivo da Assembleia Legislativa 396 (trezentos e noventa e seis)
cargos de provimento efetivo, assim distribuídos: (Vide Resolução n.º 3.186/18, que transformou 8 cargos vagos
de nível médio de Técnico Legislativo, 8 cargos vagos de Analista Legislativo - Consultor, 4 cargos vagos de Analista
Legislativo - Taquígrafo em cargos em comissão e/ou funções gratificadas)
GRUPO I
CARGOS NOME QUANTIDADE
Nível Médio Técnico Legislativo 160
152
132
(Vide Resolução n.º
3.186/18 e Lei n.º
15.937/23)

Nível Médio Agente Legislativo (Vide Resolução n.º 50


Especializado 3.189/18, que renomeou o cargo para Agente
de Polícia Legislativa)
210
202
182
(Vide Resolução n.º
3.186/18 e Lei n.º
15.937/23)

GRUPO II

142
ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
Nível Superior Analista Legislativo – Consultor 65
57
47
(Vide Resolução n.º
3.186/18 e Lei n.º
15.937/23)
Nível Superior Analista Legislativo – Administrador 14
Especializado
Analista Legislativo - Analista de Tecnologia 20
da Informação e Comunicação
Analista Legislativo – Arquiteto 02
Analista Legislativo – Arquivista 02
Analista Legislativo - Assistente Social 02
01
(Vide Lei n.º
15.937/23)
Analista Legislativo - Bibliotecário 06
05
(Vide Lei n.º
15.937/23)
Analista Legislativo – Contador 05
Analista Legislativo - Economista 03
Analista Legislativo - Enfermeiro 02
(Vide Lei n.º
15.462/20)
Analista Legislativo - Engenheiro Civil 03
Analista Legislativo - Engenheiro Mecânico 01
Analista Legislativo - Engenheiro Elétrico 01
Analista Legislativo – Jornalista 19
Analista Legislativo - Médico do Trabalho 04
(Vide Lei n.º
15.462/20)
Analista Legislativo – Psicólogo 02
(Vide Lei n.º
15.462/20)
Analista Legislativo - Relações Públicas 02
01
(Vide Lei n.º
15.937/23)
Analista Legislativo – Taquígrafo 33
29
(Vide Resolução n.º
3.186/18)
186
174
166
153
(Vide Resolução n.º
3.186/18, Lei n.º
15.462/20 e Lei n.º
15.937/23)

TOTAL GERAL 396

143
ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
376
368
335
(Vide Resolução
n.º 3.186/18, Lei
n.º 15.462/20 e
Lei n.º 15.937/23)

CAPÍTULO IV
DA CARREIRA E DA REMUNERAÇÃO

Art. 9.º A carreira e os vencimentos básicos dos Grupos I e II ficam organizados em classe única com 15 níveis,
conforme tabela abaixo:

GRUPO I GRUPO II
Cargos de Nível Médio e Médio Especializado Cargos de Nível Superior e Superior Especializado

Classe Vencimento Classe Vencimento


Nível Variação Nível Variação
Única Básico Única Básico
A R$ 6.705,18 A R$ 10.487,59
B 5% R$ 7.040,44 B 5% R$ 11.011,97
C 5% R$ 7.392,46 C 5% R$ 11.562,57
D 5% R$ 7.762,08 D 5% R$ 12.140,70
E 5% R$ 8.150,19 E 5% R$ 12.747,73
F 5% R$ 8.557,70 F 5% R$ 13.385,12
G 5% R$ 8.985,58 G 5% R$ 14.054,37
H 5% R$ 9.434,86 H 5% R$ 14.757,09
I 5% R$ 9.906,60 I 5% R$ 15.494,95
J 5% R$ 10.401,93 J 5% R$ 16.269,69
K 5% R$ 10.922,03 K 5% R$ 17.083,18
L 5% R$ 11.468,13 L 5% R$ 17.937,34
M 5% R$ 12.041,54 M 5% R$ 18.834,20
N 5% R$ 12.643,62 N 5% R$ 19.775,92
O 5% R$ 13.275,80 O 5% R$ 20.764,71
(Quadro com redação dada pela Lei n.º 15.937/23)

Parágrafo único. Os servidores abrangidos pelo “caput” deste artigo ocuparão nível correspondente à letra da
classe anteriormente titulada.

Art. 10. Na carreira do Grupo III – Procurador, é extinta, por incorporação à parte básica do vencimento do cargo
de Procurador-Geral da Assembleia Legislativa, a respectiva gratificação de direção, aplicando-se o escalonamento
vertical previsto no “caput” do art. 1.º da Lei n.º 7.344, de 31 de dezembro de 1979. (Vide Resolução n.º 3.186/18,
que transformou 3 cargos vagos de Procurador, sendo 1 cargo vago na classe inicial, 1 cargo vago na classe
intermediária e 1 cargo vago na classe final em cargos em comissão e/ou funções gratificadas)

Art. 10-A. Na carreira do Grupo III – Procurador, é extinta, por incorporação à parte básica do vencimento do cargo
de Procurador-Geral da Assembleia Legislativa, a respectiva gratificação, prevista no art. 7.º da Resolução nº 2.872,
de 18 de junho de 2002, aplicando-se o escalonamento vertical previsto no “caput” do art. 1.º da Lei nº 7.344/79,
a contar de 1.º de fevereiro de 2023. (Incluído pela Lei n.º 15.937/23)

144
ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 11. O somatório do número de vagas na Classe dos Grupos I, II e III fica limitado ao número total criado para
o respectivo cargo, possibilitando a ascensão constante na carreira, desde que cumpridos os requisitos previstos
para progressão. (Vide Resolução de Mesa n.º 1.526/17)

Parágrafo único. Quando necessário, para fins de cumprimento da prerrogativa estatutária de progressão na
carreira, Resolução de Mesa disporá sobre a redistribuição dos quantitativos dos cargos nas respectivas classes.
(REVOGADO pela Lei n.º 15.055/17)

CAPÍTULO V
DA PROGRESSÃO NA CARREIRA

Art. 12. A progressão na carreira objetiva:


I - aumentar a eficiência e a eficácia quanto ao resultado do trabalho;
II - oferecer perspectivas de melhorias salariais e da qualidade de vida; e
III - incentivar a qualificação profissional.
§ 1.º Os critérios para a progressão na carreira serão disciplinados por Resolução de Mesa e deverão observar o
seguinte:
n.º 15.055/17)
I - tempo de serviço entre os níveis da classe única mínimo de 2 (dois) anos;
II - valorização do conhecimento, através da participação e aprovação em cursos de capacitação oferecidos pela
Escola do Legislativo ou autorizados pela Assembleia Legislativa em instituições correlatas e necessários para
ascender ao nível imediatamente superior, não abrangidos nos arts. 14 e 15.
III - avaliação periódica de desempenho; (Vide Resolução de Mesa n.º 1.526/17) (Vide Lei n.º 15.055/17)
IV - participação em Grupo de Estudo, Sindicância, Força-Tarefa e outras atividades instituídas em portarias
específicas, se designado; e (Vide Resolução de Mesa n.º 1.526/17) (Vide Lei n.º 15.055/17)
V - obter o mínimo de 70% (setenta por cento) da soma dos quesitos II, III e IV, sem o qual não estará apto a
ascender na carreira. (Vide Resolução de Mesa n.º 1.526/17) (Vide Lei n.º 15.055/17)
§ 2.º É vedada a progressão ao servidor que, durante o período avaliado, tiver sofrido pena administrativa na forma
do art. 37 da Lei Complementar n.º 10.098, de 3 de fevereiro de 1994.
§ 3.º O servidor que receber pena de advertência dentro do período de avaliação da progressão na carreira perderá
15% (quinze por cento) do total da nota final.
§ 4.º O servidor que receber pena de repreensão dentro do período de avaliação da progressão na carreira perderá
20% (vinte por cento) do total da nota final.

Art. 13. A Avaliação Periódica de Desempenho − APD − é realizada a cada 12 (doze) meses e se caracteriza pela
atribuição dos pontos, na comparação de fatores previamente estabelecidos, em conformidade do respectivo
regulamento, e tem por finalidade:
I - permitir a aferição dos resultados alcançados pela atuação do servidor a partir de indicadores de desempenho
específicos de sua unidade organizacional;
II - avaliar o desempenho no exercício de suas atribuições, identificando suas qualidades e deficiências;
III - acompanhar o desempenho do servidor, orientando-o quanto à adoção das providências voltadas para a
superação das deficiências apresentadas;
IV - integrar os níveis hierárquicos por meio da comunicação entre chefes e avaliados, sempre objetivando a
melhoria do clima de trabalho; e
V - instituir os processos de evolução funcional.

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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 13-A. As progressões ocorrerão no mês de maio de cada ano, tomando por base o desempenho apurado nos
2 (dois) exercícios imediatamente anteriores e produzirão efeitos a contar da respectiva publicação no Diário Oficial
da Assembleia Legislativa. (Incluído pela Lei n.º 15.937/23)

CAPÍTULO VI
DO ADICIONAL DE QUALIFICAÇÃO

Art. 14. Fica instituído o Adicional de Qualificação – AQ – aos Servidores do Quadro de Pessoal Efetivo da
Assembleia Legislativa, em razão dos conhecimentos adicionais adquiridos em ações de treinamento, títulos,
diplomas ou certificados de cursos de pós- graduação, em sentido amplo ou estrito, em áreas de interesse dos
órgãos do Poder Legislativo a ser estabelecidas em regulamento. (Vide Resolução de Mesa n.º 1.374/15)
§ 1.º O adicional de que trata este artigo não será concedido quando o curso constituir requisito para ingresso
no cargo.
§ 2.º Para efeito do disposto neste artigo serão considerados somente os cursos e as instituições de ensinos
reconhecidos pelo Ministério da Educação, na forma da legislação.
§ 3.º Serão admitidos cursos de pós-graduação lato sensu somente com duração mínima de 360 (trezentas e
sessenta) horas.

Art. 15. O AQ, a contar de 1º de fevereiro de 2023, incidirá sobre o vencimento básico do servidor da seguinte
forma:
I - 16,5% (dezesseis vírgula cinco por cento) em se tratando de título de Doutor;
II - 13% (treze por cento) em se tratando de título de Mestre;
III - 11,5% (onze vírgula cinco por cento) em se tratando de certificado de Especialização;
IV - 9% (nove por cento) em se tratando de título de graduação em curso de nível superior.
Parágrafo único. Em nenhuma hipótese o servidor perceberá cumulativamente mais de um percentual dentre os
previstos nos incisos I a IV do “caput” deste artigo.

CAPÍTULO VII
DAS FUNÇÕES GRATIFICADAS

Art. 16. Para os servidores optantes pelo novo Plano de Carreira instituído por esta Lei as seguintes funções
gratificadas terão, a contar da publicação do termo de opção no Diário da Assembleia, os respectivos padrões e
valores:

FUNÇÃO GRATIFICADA PADRÃO VALOR


Diretor e Diretor da Escola do Legislativo FGPL-15 R$6.607,65
Coordenador e Coordenador do Gabinete de Consultoria FGPL-11 R$3.989,31
Legislativa (Vide Lei n.º 15.462/20)
Secretário de Comissão, Assessor Financeiro II, Assessor Técnico FGPL-11 R$3.989,31
e Titular da Comissão Permanente de Licitações (Vide Resolução
n.º 3.147/15, que renomeou três funções gratificadas de
Titular da Comissão Permanente de
Licitações para três funções gratificadas de Pregoeiro)

146
ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 17. As funções gratificadas da Assistência Militar do Presidente da Assembleia, a de Assessor Financeiro I,
subordinada à Divisão de Folhas de Pagamento e a de Tesoureiro, passam a vigorar com a seguinte nomenclatura
e padrão:

De Para Padrão
Assistente Militar Assistente Especial Militar I FGPL-9
Assessor de Segurança Institucional I (Vide
Lei n.º 15.462/20)
Ajudante de Ordens Assistente Especial Militar II FGPL-11
Assessor de Segurança Institucional II
(Vide Lei n.º 15.462/20)
Chefe do Gabinete de Assistência Militar Chefe do Gabinete Militar FGPL-12
Chefe do Gabinete de Segurança
Institucional (Vide Lei n.º 15.462/20)
Assessor Financeiro I Assessor da Folha de Pagamento (Vide FGPL-11
Resolução n.º 3.147/15, que renomeou uma
função gratificada de Assessor da Folha de
Pagamento para uma função gratificada de
Coordenador)
(Vide Resolução n.º 3.244/23, que renomeou
uma função gratificada de Assessor da Folha
de Pagamento para uma função gratificada
de Coordenador)

Tesoureiro Assessor de Orçamento e Finanças FGPL-11

Art. 18. Ficam extintas na data de publicação desta Lei:


I - a Gratificação de Incentivo Técnico Taquigráfico, instituída pela Lei n.º 12.970, de 19 de maio de 2008;
II - as funções gratificadas de Assessor Administrativo I – FGPL-9, exceto as de Assessor Técnico de Saúde I
e a de Assistente Especial Militar I;
III - as funções gratificadas de Assessor Administrativo II – FGPL-13;
IV - 25 (vinte e cinco) funções gratificadas de Coordenador – FGPL-14;
V - 2 (duas) funções gratificadas de Diretor – 6XFGPL-7;
VI - 1 (uma) função gratificada de Presidente da Comissão Permanente de Licitações – 6XFGPL7;
VII - 3 (três) funções gratificadas do Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas da Assembleia
Legislativa com lotação exclusiva na Procuradoria, sendo:
a) 1 (uma) função gratificada, Padrão FGPL-14, de Procurador-Geral Adjunto;
b) 1 (uma) função gratificada, Padrão FGPL-14, de Procurador Coordenador Administrativo; e
c) 1 (uma) função gratificada, Padrão FGPL-14, de Procurador Coordenador Judicial.

Art. 19. Fica criada 1 (uma) função gratificada de Titular da Comissão Permanente de Licitações - padrão FGPL-11.
(Vide Resolução n.º 3.147/15, que renomeou a função gratificada de Titular da Comissão Permanente de Licitações
para Pregoeiro)

Art. 20. O “caput” do art. 22 da Lei n.º 7.098, de 10 de novembro de 1977, com a redação dada pelo art. 12 da
Resolução n.º 2.718, de 22 de dezembro de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 22. Aos servidores detentores do cargo de Auxiliar de Expedição e Limpeza, Nível I, Classe D, e do cargo de
Serviçal, que percebam vencimento ou salário igual ou inferior ao Nível III, Classe D, será atribuída uma gratificação
mensal equivalente a duas vezes o padrão FGPL-1, que será automaticamente extinta quando da vacância destes
cargos.
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ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 21. Para os servidores que optarem pela nova carreira estabelecida pela presente Lei, as vantagens temporais
prevista na Lei Complementar n.º 10.098, de 3 de fevereiro de 1994 – Estatuto e Regime Jurídico Único dos
Servidores Civis do Estado do Rio Grande do Sul, incidirão somente sobre o vencimento básico do servidor, ficando
assegurado aos não optantes a incidência das vantagens temporais sobre a função gratificada titulada ou
incorporada.

Art. 22. Os servidores efetivos do Quadro de Pessoal pertencentes ao Grupo I, Nível Médio Especializado, Grupo II
- Nível Superior Especializado e o Grupo III - Procuradores, de que trata esta Lei serão lotados, preferencialmente,
nos setores cujas competências abranjam as atribuições específicas do seu cargo.

CAPÍTULO VIII
DA RECLASSIFICAÇÃO

Art. 23. Poderão optar pelo ingresso neste quadro os servidores que:
I - ingressaram na Assembleia Legislativa a partir de 1.º de janeiro de 1998; e
II - não tenham parcela de função gratificada incorporada aos vencimentos, ou formalize requerimento
de dispensa de pagamento da percepção da parcela incorporada.

Art. 24. A reclassificação dos servidores, que optarem por integrar este quadro, será feita com base no seu tempo
de serviço na Assembleia Legislativa na data da publicação desta Lei, cuja apuração será feita em dias, convertidos
em anos.
Parágrafo único. Para o enquadramento no nível da classe única dos Grupos I e II será respeitada a seguinte
tabela:

Tempo de serviço na Assembleia Legislativa Nível


Menos que 3 anos E
De 3 anos a 5 anos, 11 meses e 29 dias F
De 6 anos a 8 anos, 11 meses e 29 dias G
De 9 anos a 11 anos, 11 meses e 29 dias H
De 12 anos a 14 anos, 11 meses e 29 dias I
15 anos ou mais J
(Quadro com redação dada pela Lei n.º 15.937/23)

Art. 25. Os servidores terão prazo de 60 (sessenta) dias contados da publicação desta Lei para fazerem a opção
pela nova carreira, gerando seus efeitos remuneratórios a partir dela. (Vide Lei n.º 15.055/17) (Vide Resolução de
Mesa n.º 1.526/17)
§ 1.º Incumbe ao Departamento de Gestão de Pessoas:
I - apurar o tempo de serviço dos servidores que optarem pela reclassificação; e
II - publicar a relação dos servidores com o resultado da reclassificação.
§ 2.º O prazo para recurso é de 15 (quinze) dias corridos a contar da publicação no Diário Oficial da Assembleia da
relação dos servidores e da respectiva reclassificação.
§ 3.º O recurso deverá ser encaminhado ao Departamento de Gestão de Pessoas que o analisará no prazo de 15
(quinze) dias corridos e remeterá ao Superintendente Administrativo e Financeiro que decidirá no prazo de 15
(quinze) dias corridos.

Art. 26. O disposto no art. 25 aplica-se ao servidor licenciado por questões de saúde, em razão de acidente de
trabalho ou em Licença para Tratar de Interesses Particulares.

148
ALE-RS | LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS
CAPÍTULO IX
DOS CONCURSOS PÚBLICOS

Art. 27. Sempre que autorizado, o concurso público deverá observar as seguintes disposições:
I - terá prioridade, obrigatoriamente, o concurso para o preenchimento de cargos cujo provimento seja menor
ou igual a 50% (cinquenta por cento) do total de vagas criadas; e
II - o número total de servidores do quadro efetivo não poderá exceder a 412 (quatrocentos e doze) servidores,
considerados neste número a soma de servidores pertencentes ao quadro criado por esta Lei e os servidores ativos
pertencentes ao quadro vigente.

CAPÍTULO X
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 28. Fica assegurado ao servidor da Assembleia Legislativa que não puder ou não optar pela nova carreira e aos
servidores adidos, que na data de publicação desta Lei estiverem titulando função gratificada, manter o padrão, o
valor da função gratificada e as vantagens temporais incidentes, desde que tituladas ininterruptamente, mesmo
que com mudança de padrão e/ou lotação.

Art. 29. Ficam criados no Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas da Assembleia Legislativa,
instituído pela Lei n.º 6.491, de 20 de dezembro de 1972 e reorganizado pela Resolução n.º 2.872/02, 46 (quarenta
e seis) cargos em comissão subordinados à Mesa Diretora, que serão extintos à medida em que vagarem, os quais
serão ocupados por detentores de cargos em comissão nomeados até 15 de dezembro de 1998, e que tenham
permanecido em exercício ininterrupto no serviço público estadual, em cargos de tal natureza, e que estejam no
exercício da titularidade de cargo em comissão da Assembleia Legislativa, de igual padrão, na data de vigência desta
Lei:

DENOMINAÇÃO PADRÃO QUANTITATIVO


Assistente Técnico I CCPL-2 1
Assistente Técnico III CCPL-4 6
Assistente Técnico IV CCPL-5 2
Assistente Especial I CCPL-9 1
Assistente Técnico VI CCPL-10 8
Assessor Técnico I CCPL-11 4
Assistente Especial II CCPL-13 1
Assessor Técnico II 6XFGPL-7 13
Assessor de Gabinete 6XFGPL-8 5
Assessor de Gabinete de Líder 6XFGPL-8+15% 2
Assessor Técnico de Bancada 6XFGPL-8+15% 3

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Art. 30. Ficam extintos os cargos de Assessor Superior I e Assessor I subordinados aos Gabinetes Parlamentares,
passando o cargo de Assessor VI a vigorar com a seguinte redação e quantitativo na Tabela de Subordinação
constante do Anexo Único da Resolução n.º 2.872, de 18 de junho de 2002:

“ANEXO ÚNICO TABELA DE SUBORDINAÇÃO


GABINETE PARLAMENTAR
ASSESSOR VI 4 (quatro) cargos/funções por Gabinete Parlamentar,
podendo, mediante o bloqueio dos cargos/funções de
Assessor VI, o provimento ser substituído no
cargo/função de Assessor III, na proporção de 1 (um) para 2
(dois) cargos/funções.
. ”.

Art. 31. Aos servidores ativos e aos estatutários estáveis com Vencimento Correspondente não optantes pelas
novas carreiras instituídas por esta Lei, aos inativos, aos pensionistas e aos demais servidores integrantes do Quadro
de Pessoal da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, ficam assegurados os mesmos reajustes e
realinhamentos concedidos ao Quadro de Pessoal da Assembleia Legislativa.

Art. 32. Aplica-se ao Quadro de Pessoal Efetivo da Assembleia Legislativa a Lei Complementar n.º 10.098/1994, e
demais normas estatutárias complementares pertinentes, quanto aos direitos, vantagens e obrigações a que se
refere esta Lei, no que couberem, aos respetivos cargos e funções.

Art. 33. As despesas decorrentes desta Lei correrão à conta de dotações orçamentárias próprias da Assembleia
Legislativa do Estado.

Art. 34. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo seus efeitos a partir de 1.º de fevereiro de
2015.
Parágrafo único. Os direitos individuais e concretos decorrentes da opção pela nova carreira terão eficácia a contar
da publicação dos respectivos atos no Diário da Assembleia.

Assembleia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 29 de janeiro de 2015.

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