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Chaulim Avelino Xavier Nélia Gaspar António: Auditorias Nas Escolas Do ESG
Chaulim Avelino Xavier Nélia Gaspar António: Auditorias Nas Escolas Do ESG
Universidade Rovuma
Lichinga
2023
Chaulim Avelino Xavier
Nélia Gaspar António
Universidade Rovuma
Lichinga
2023
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1. Introdução
A palavra Auditoria é empregue, com frequência, incorrectamente, posto que tem sido
considerada, tradicionalmente, como uma avaliação cujo único fim é detectar erros e assinalar
falhas. Porém, o conceito de auditoria é muito mais do que isso. Na verdade, é, hoje, ponto
assente que uma Auditoria é um exame crítico que se realiza com o fim de avaliar a eficiência
e a eficácia de um serviço, organismo, organização, etc.
Entretanto, o presente trabalho tem como tema Auditorias nas Escolas do Ensino Secundário
Geral. A Auditoria é um processo sistemático para obter e avaliar de maneira objectiva as
evidências relacionadas com informações sobre as actividades económicas e outros
acontecimentos relacionados. O fim do processo consiste em determinar o grau de
correspondência do conteúdo informativo com as evidências que lhe dera origem, assim como
determinar se ditas informações são elaboradas observando princípios estabelecidos para o
caso.
O presente trabalho tem por objectivo explicar a importância de se realizar a auditorias nas
Escolas do Ensino Secundário Geral. Entretanto, com o objectivo de se alavancar o tema em
questão, no desenvolvimento do presente trabalho iremos abordar os seguintes conteúdos:
Organização da documentação necessária para a acreditação; Elaboração e implementação de
um projecto de auditoria.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
a) Analisar o Processo de Auditorias nas Escolas do Ensino Secundário Geral.
1.1.2. Específicos
a) Definir o conceito de auditoria;
b) Explicar a organização da documentação necessária para a acreditação;
c) Identificar a elaboração e implementação de um projecto de auditoria.
1.2. Metodologia
O trabalho desenvolveu-se utilizando-se a metodologia de pesquisa bibliográfica e a
abordagem qualitativa, que é uma técnica de pesquisa que utiliza como base de dados
conteúdos materiais já publicados em revistas, livros, artigos e teses, assim como também
materiais disponíveis na internet.
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De acordo com Ramos (2006), o termo “auditoria” provém do latim auditorius e desta
provém o termo auditor, que se refere a todo aquele que tem a virtude de ouvir. Por outro
lado, o Dicionário Espanhol Sopena define auditor como revisor de contas. Na verdade, nos
seus primórdios, a auditoria estava em função da verificação da conformidade das contas ou
da gestão financeira de uma empresa. Porém, desde logo, se mostrou insuficiente uma
avaliação de conformidade na restrita intenção de detectar a existência ou não de erros ou
fraudes. Costa (2018), referencia que:
Durante uma auditoria são constatadas evidências de auditoria (registos, declarações de facto
ou outras informações relevantes e verificáveis), que por comparação com os critérios de
auditoria permite fazer uma avaliação dos resultados. Deste modo, Costa (2018) afirma que:
2.2. Objectivo
De acordo com Ramos (2006), o objectivo principal de uma Auditoria é a emissão de um
diagnóstico sobre o desempenho de uma entidade, que permita tomar decisões em prol da sua
excelência. Estas decisões podem ser de diferentes tipos, consoante a área examinada e o
interesse da entidade auditada ou do usuário. Na enumeração dos objectivos da auditoria,
podem apontar-se, sucintamente, os seguintes:
para que sua opinião tenha plena validade ante os usuários da mesma. De acordo com Ramos
(2006), refere-se que:
Toda a entidade que produza bens ou preste serviços pode ser objecto de auditoria, pelo que
esta não se circunscreve somente às empresas que possuam ânimo de lucro, como
erroneamente pode chegar a supor-se. A condição necessária para a auditoria é que exista a
uma entidade que actue produzindo bens ou prestando serviços e que, a respeito da sua
actuação, exista ou seja possível obter um sistema de informações com base nas quais o
auditor analisará a performance e a conformidade da actuação da entidade auditada, que tanto
pode ser uma empresa privada ou pública, lucrativa ou não lucrativa (p. 4-5).
A Auditoria é uma avaliação e, como toda a avaliação, deve possuir um padrão de referências
com que se possa efectuar a comparação e poder concluir sobre o sistema examinado. Este
padrão de comparação vária, obviamente, de acordo com a área submetida a exame.
Para realizar o exame de Auditoria, requer-se que o auditor tenha um grande conhecimento
sobre a estrutura e o funcionamento da unidade sujeita à análise, não só na sua parte interna
como também no meio ambiente no qual ela se desenvolve, assim como em termos de
normativos (legais, técnicos e outros) a que está sujeita.
Os auditores devem ser independentes da actividade a ser auditada e serem livres de tendência
e conflito de interesse. Os auditores devem assegurar que as constatações e conclusões de
auditoria sejam baseadas somente nas evidências encontradas.
para propósitos internos. É quando uma organização examina seus próprios sistemas,
procedimentos e actividades para determinar se eles são adequados e estão sendo atendidos.
Auditoria externa é a auditoria realizada por agentes externos à organização. Podem ser
clientes e/ou fornecedores ou órgãos certificadores (auditorias de certificação). A auditoria
externa não possui vínculos empregatícios com a empresa. Ela não elimina a necessidade da
auditoria interna.
Depois da análise, o auditor corporativo precisa elaborar relatórios, dando o seu parecer sobre
a situação actual dos processos internos da empresa. Nestes relatórios são apontadas todas as
medidas que deverão ser feitas para que os procedimentos estejam de acordo com as políticas
organizacionais internas. Um ponto importante que vale citar é que, geralmente, a auditoria
corporativa é conduzida por um profissional (auditor) independente e que não tenha ligação
com a unidade auditada.
Essa precaução tem o objectivo de garantir a imparcialidade das análises e a precisão dos
relatórios entregues aos gestores. O objectivo da auditoria corporativa é apontar possíveis
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erros que comprometem os resultados da empresa como um todo e que podem, inclusive,
prejudicar o nível de satisfação das equipes.
Para que uma auditoria seja uma ferramenta eficaz e confiável, é preciso apoiar-se em pilares
sólidos, e estes são os princípios fundamentais de um processo de auditoria. A fundamentação
dos resultados de uma auditoria deve estar alinhada a estes princípios, que são pré-requisitos
para que auditores trabalhando independentemente entre si cheguem a conclusões similares
em circunstâncias similares.
De acordo com a norma ISO 19011:2018, que determina Directrizes para auditoria de
sistemas de gestão, os requisitos são sete.
Integridade;
Apresentação justa;
Devido cuidado profissional;
Confidencialidade;
Independência;
Abordagem baseada em evidências;
Abordagem baseada em risco.
Para tornar isto possível, as pesquisas ou produtos produzidos nestes locais de pesquisas ou
analises devem seguir certos padrões mínimos estabelecidos em normas e leis que podem
vigorar a nível nacional e internacional.
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a) Ensaios:
Quaisquer que sejam os produtos, designadamente industriais, ambientais, géneros
alimentícios ou de saúde humana;
b) Calibrações:
De padrões e instrumentos de medição. As calibrações visam demonstrar a aptidão dos
equipamentos para os fins a que se destinam;
d) Certificação de produtos:
Abrangendo também a certificação de serviços e de processos. Esta certificação vai
mais além da certificação do sistema de gestão e visa demonstrar a conformidade dos
produtos (ou processos ou serviços) com determinados requisitos, estabelecidos em
normas ou documentos normativos.
e) Certificação de pessoas:
Que atesta a competência das pessoas certificadas para realizarem determinadas
actividades técnicas, de acordo com padrões e normas estabelecidas.
f) Inspecções:
Os produtos, equipamentos, instalações, processos ou projectos, com vista a
demonstrar a sua conformidade com requisitos gerais ou específicos;
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g) Verificações ambientais:
Com vista a avaliar a conformidade de empresas e do seu sistema de ecogestão e
auditoria com a legislação ambiental.
5. Referencias Bibliográficas
Costa, Ana Mafalda Silva Pereira da.
Ramos, Vítor