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Público alvo:

• Pessoas e empresas interessadas na criação de Reservas Particulares (RPPNs)


• Gestores e tomadores de decisão estaduais e municipais
• Profissionais de consultoria ambiental
• Alunos de graduação ou pós-graduação da área ambiental

Apresentação

Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) são unidades de conservação criadas de maneira
voluntária por cidadãos e empresas em terras particulares para proteger, de forma perpétua, a fauna e a flora,
assim como para manter o funcionamento e os serviços do ecossistema. Reservas Particulares têm se mostrado
importantes na proteção de animais e plantas ameaçados de extinção, no fluxo de espécies na paisagem, na
melhoria da disponibilidade e da qualidade da água e na manutenção do clima. Além disto, Reservas
Particulares têm sido muito utilizadas na promoção de projetos de educação ambiental, restauração vegetal e
ecoturismo, trazendo retorno econômico e promovendo ações de responsabilidade socioambiental de
empresas.

Reservas Particulares do Patrimônio Natural fazem parte do Sistema Nacional de Unidades de Conservação,
sendo consideradas Unidades de Conservação de Uso Sustentável (SNUC, Lei 9.985, de 18 de julho de 2000).
Sendo assim, proprietários e proprietárias que queiram criar RPPNs podem fazê-lo tanto pelo governo federal,
através do Instituto Chico Mendes (ICMBio – Ministério do Meio Ambiente), quanto pelos governos estaduais.
No Rio Grande do Norte, por exemplo, RPPNs podem agora ser criadas através do Instituto de Desenvolvimento
e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (IDEMA – RN) graças ao Decreto Estadual Nº 31.283, de 17 de
fevereiro de 2022. A criação de RPPNs é um processo relativamente simples e rápido, desde que a situação
fundiária do imóvel esteja regulamentada.

Após a criação de uma RPPN, o proprietário ou proprietária deve submeter um plano de manejo ao órgão
responsável, no qual determina não só as características bióticas, abióticas e sociais da RPPN mas, também,
um plano de ação para o estabelecimento da unidade. Atualmente, o plano de manejo se modernizou e é
constituído por um formulário simples constituído por inúmeras perguntas de múltipla escolha e alguns
campos para preenchimento, além de espaços para adição de fotos, mapas e outros materiais
complementares. No plano de manejo, determina-se também as ações que se pretende estabelecer como, por
exemplo, ações de restauração, educação ambiental e ampliação de infraestruturas.

No Brasil, mais de 1850 RPPNs já foram criadas, estando distribuídas por todos os biomas brasileiros, porém
com maior concentração na Mata Atlântica e no Cerrado. Na Caatinga, o número de RPPNs ainda é limitado,
girando em torno de 100 unidades, o que evidencia o potencial de expansão da rede deste tipo de unidade de
conservação no bioma.
Objetivos do Curso

1) Estimular a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) junto a proprietários de


pessoa física e empresas.
2) Divulgar o conhecimento atual sobre a biodiversidade da Caatinga, suas ameaças e estratégias de
conservação e restauração.
3) Divulgar o papel das RPPNs dentro do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) na
proteção da biodiversidade e dos serviços ambientais.
4) Divulgar o histórico de criação e ampliação da rede de RPPNs no Brasil.
5) Capacitar técnicos e tomadores de decisão responsáveis pela criação de RPPNs.
6) Capacitar profissionais da área ambiental para a elaboração de planos de manejo de RPPNs.
7) Discutir potenciais ações envolvidas na sustentabilidade socioeconômica das RPPNS através de planos
de negócios.

Cronograma

Aula 1 (14 de agosto de 2023)

08:00 – 08:20 Abertura

08:20 – 09:20 Biodiversidade da Caatinga e suas ameaças (Carlos Roberto Fonseca)

09:20 – 10:20 O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Eduardo Venticinque)

10:40 – 12:00 Histórico de criação e ampliação da rede de RPPNs no Brasil (Livia Cavalcanti)

Aula 2 (15 de agosto de 2023)

08:00 – 10:00 O processo de criação de RPPNs (Ilton Soares)

10:20 – 12:00 Motivação e desafios para a criação de RPPNs (Livia Cavalcanti)

Aula 3 (16 de agosto de 2023)

09:00 – 12:00 Plano de Manejo de RPPNs (Carlos Roberto Fonseca & Eduardo Venticinque)

Aula 4 (17 de agosto de 2023)

08:00 – 12:00 Sustentabilidade econômica das RPPNs (Flávio S. Ojidos)

Aula 5 (18 de agosto de 2023)

08:00 – 09:00 RPPN Serra das Almas: uma história de sucesso (Daniel Fernandes)

09:00 – 09:30 RPPN Refúgio Jamacaii (Jorge Luiz de Souza Dantas)

09:30 – 09:40 Cadastro RPPN (Carlos Roberto Fonseca)

10:00 – 12:00 Plenária Geral: Mapeamento de novas oportunidades de criação de RPPNs

(Mediação: Marina Antongiovanni)


Palestrantes

Dr. Carlos Roberto Fonseca – Professor do Departamento de Ecologia da UFRN

Dr. Eduardo Martins Venticinque – Professor do Departamento de Ecologia da UFRN

Dra. Marina Antongiovanni – Pós-doutora associado ao Departamento de Ecologia da UFRN

Dr. Ilton Araújo Soares – Núcleo de Unidades de Conservação / IDEMA – RN

Mestra Lívia Cavalcanti – Doutoranda do programa de Pós-Graduação em Ecologia da UFRN

Mestre Flávio S. Ojidos – Ojidos Consultoria Ambiental Ltda

Biólogo Jorge Luiz de Souza Dantas – ONG Refúgio Jamacaii

Mestre Daniel Fernandes – ONG Associação Caatinga

Instituições Parceiras

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Global Environmental Facility (GEF - Caatinga)

Fundo de Biodiversidade (Funbio)

Associação Caatinga

Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH – RN)

Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA – RN)

Ministério do Meio Ambiente (MMA)

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