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MONITORAMENTO DA VEGETAÇÃO NO BAIRRO DO TAPANÃ, BELÉM- PA,

POR MEIO DA ANÁLISE DO NDVI NO PERÍODO DE 2018 A 2023

Letícia Almeida de Souza1; Camila Nascimento Alves2


1
Graduanda em Geologia. Universidade Federal do Pará (UFPA). Leticia.souza@ig.ufpa.br.
2
Doutora em Engenharia. Universidade Federal do Pará (UFPA). Camila.alves@ufpa.br

RESUMO

Conforme o INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2012), o Sensoriamento


Remoto abrange um conjunto de técnicas que permite a coleta de informações sobre a
superfície terrestre sem o contato direto com objeto de análise, e para tal utiliza alguns
parâmetros. O Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) é um parâmetro que
visa calcular a diferença entre a reflectância nas bandas de infravermelho próximo e
vermelho, e em seguida, divide essa diferença pela sua soma, conforme proposto por Rouse et
al (1974). O local deste estudo está situado no bairro do Tapanã, cidade de Belém, capital do
Estado do Pará e integra o distrito administrativo do Bengui (DABEN). Nos últimos anos
Belém e região metropolitana tem vivenciado um crescimento urbano desordenado tanto
horizontal quanto vertical, ocasionando impactos ao meio ambiente, especificamente nas
áreas verdes, conforme apontado por Rodrigues e Luz (2012). Este trabalho utilizou as
imagens digitais do satélite Sentinel-2 com resolução espacial de 10 m, oriundas do
Copernicus Open Access Hub, referente aos anos de 2018 a 2023. Para a análise dos Índices
de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI), foi utilizada as bandas de luz vermelha e
infravermelha próxima (banda 4 e 8, respectivamente), processadas no software de código
aberto QGIS, com a versão 3.22.6 LTR Białowieża. Com base nos levantamentos do NDVI de
2022-2023, observou-se que o bairro do Tapanã apresentou valores de NDVI que variam
entre -0,203369 a 0,602109, indicando uma diminuição significativa na vegetação, quando
comparado com resultados de 2020-2021. O bairro do Tapanã durante o período de 2021,
possuía uma a quantidade de vegetação de 32%, como destacado no trabalho de Brito (2021),
alinhando-se com as recomendações de percentual de áreas verdes (PAV), que seria de 30%,
de acordo com Arruda et al. (2013 apud LOMBARDO, 1985). Notou-se que no período entre os
anos de 2020 a 2021 iniciou-se a pandemia (COVID-19), que paralisou os empreendimentos
urbanos e permitiu que a vegetação tornasse a se desenvolver. De acordo com os resultados
obtidos sugere-se que haja investimentos em melhorias ambientais e/ou conservação do meio
ambiente, tais como elaboração de planos de (re) arborização dos locais onde foram
detectados perda de vegetação e impermeabilização do solo, a fim de que seja amenizada as
condições de temperatura e propiciar que a vegetação possa voltar a crescer novamente,
mesmo não estando em um contexto pandêmico.

Palavras-chave: Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI). Tapanã. Análise


temporal.
Área de Interesse do Simpósio: Ciências Exatas e da Terra.

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