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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIENCIAS EXATAS E NATURAIS


FACULDADE DE QUÍMICA

Jéssica Cristina Maciel Tenório


Thandara Aline Sousa dos Santos

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL: REFLEXÕES


ACERCA DO USO INSUSTENTÁVEL DOS RECURSOS NATURAIS

Barcarena- PA
2021
Jéssica Cristina Maciel Tenório
Thandara Aline Sousa dos Santos

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL: REFLEXÕES


ACERCA DO USO INSUSTENTÁVEL DOS RECURSOS NATURAIS

Trabalho de conclusão de curso apresentado como


requisito básico para conclusão do curso de
Licenciatura em Química modalidade à distância na
Universidade Federal do Pará.
Orientadora: Prof.ª Drª. Patrícia Santana Barbosa
Marinho.

Barcarena- PA
2021
A Deus por ser minha proteção e força.
A minha filha tão amada e querida, Pérola
Maciel, és a razão da minha vida e felicidade.
A minha rainha, mãe e melhor amiga, Sandra
Maciel.
Amo vocês infinitamente.
Jéssica Maciel
AGRADECIMENTOS

A Deus sempre minha eterna gratidão pela vida, aquela que é minha maior
motivação minha filha Pérola, aos meus pais José e Sandra por se dedicarem sempre
a mim e meus irmãos e serem os maiores incentivadores da minha vida e deste sonho
sempre nos ensinando seguir em frente no caminho certo.
Aos meus irmãos que são minha metade e parte do meu ser Jefferson e José
Lucas, a minha vozinha Maria por durante toda minha vida ter estado presente, ao
meu anjinho e mais novo amor Gael, a todos vocês uma felicidade e um amor
incondicional. À Vanessa por ser mãe do meu príncipe e me ajudar sempre que
preciso, és uma pessoa muito especial para mim e minha família. Para Edilza
(comadre) por ter me ajudado no primeiro momento com minha filha para que eu
pudesse estudar e trabalhar. A você um carinho imenso e uma gratidão sem igual. À
Nilcilene por hoje ter a função desse cuidado com Pérola para que eu possa continuar
a trabalhar e estudar. Obrigada por dedicar parte de seu tempo a me ajudar e cuidar
da minha filha e a toda minha família por me mostrarem a força da união do amor de
uma linda família.
Aquela pessoa que não poderia ser diferente, companheira de todos os
momentos e a qualquer dia ou hora minha grande amiga e parceira de graduação
Thandara Sousa, a você minha linda sempre gratidão por tê-la conhecido e ser essa
pessoa tão especial em minha vida.
A minha amiga de infância Josilene Lima por me ajudar em todos os momentos
que precisei e está presente na minha história de vida desde a infância sabendo
exatamente quem sou, para sempre estaremos juntas.
À Julielma uma amiga brava como ela só mais que é um doce de pessoa
sempre disposta a ajudar em todos os sentidos dona de um coração e uma
reciprocidade sem igual.
A nossa coordenadora do polo Barcarena, Ivanir, por sempre estar disposta a
nos ajudar com todo seu amor, carinho e dedicação, aos meus colegas de turma
parceiros durante a graduação, aos professores do curso de Licenciatura em química
em Barcarena e a Profª. Dra. Patrícia Santana Barbosa Marinho por ter aceitado nos
orientar com carinho e atenção.
Jéssica Cristina Maciel Tenório
AGRADECIMENTOS

Aos meus pais Maria dos Anjos, Francisco das Chagas e Maria Delma, toda a
minha gratidão pelo amor e dedicação, sem vocês a realização desse sonho não seria
possível. A meus irmãos Eliabe, Ariel e Adriel, aos meus tios, tias, primos, primas,
obrigada pelo carinho. A minha sobrinha Ádilla, por todo amor e alegria que estar nos
proporcionando com sua chegada ao mundo. A minha cunhada e amiga Tereza
Maracaipe, ao meu parceiro da vida e sonhos Mário Maracaipe. Aos meus amigos de
infância e aos amigos de curso. Obrigada!
A ela Jéssica Cristina Maciel, que é a extensão de minha família em Belém,
gratidão pela parceria neste trabalho e na vida, obrigada por todo amor,
companheirismo e apoio incondicional.
A nossa coordenadora do polo Barcarena, Ivanir, por ser nosso anjo, sempre
disposta a ajudar, obrigada, vida!
A nossa orientadora Patrícia Marinho, obrigada pela disponibilidade, dedicação
e carinho!
Thandara Aline Sousa dos Santos.
RESUMO

Nos primórdios, o homem não se preocupava com o meio ambiente, pensava-se que
os recursos nunca poderiam acabar e com o passar do tempo foi percebendo que
nem todos os recursos se renovam. O meio ambiente é parte indissociável da vida,
sendo de extrema importância aprender os mecanismos que podem ajudar a
preservar e conservar para não faltar. A importância de cuidar surgiu a partir da
reflexão acerca da insustentabilidade dos recursos naturais. Elaborado através de
pesquisa qualitativa e explicativa este trabalho possui levantamento bibliográfico com
o objetivo de informar a importância da educação ambiental. Atualmente, o mundo já
sente consequências de décadas de agressões que ocorreram ao meio ambiente
como o aquecimento global, futuramente poderá aumentar caso o uso seja
insustentável, causando um desastre para a humanidade. Através desta pesquisa foi
possível concluir que a responsabilidade com a educação é o ponto de partida para
um meio ambiente melhor e um futuro favorável.

Palavras-chave: Educação; Sustentabilidade; Meio-ambiente.


SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8
2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 9
2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 9
2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS ................................................................................. 9
3 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 10
3.1 A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL........................................................ 11
3.2 CONFERÊNCIAS AMBIENTAIS ......................................................................... 12
3.3 A ESCOLA NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL .......................................................... 15
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 17
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 18
5.1 O USO INSUSTENTÁVEL .................................................................................. 18
5.1.1 Reflexões acerca do uso insustentável ............................................................ 19
5.1.2 Resíduos .......................................................................................................... 19
5.2 A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS NATURAIS ............................................... 20
5.2.1 Sustentabilidade e Responsabilidade Ambiental .............................................. 22
6 CONSIDERAÇOES FINAIS ................................................................................... 24
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 25
8

1 INTRODUÇÃO

A educação ambiental é cada vez mais importante no mundo atual, sendo


necessária está presente em todas as classes sociais de forma individual ou coletiva.
Perceber a necessidade da educação acerca das questões ambientais em todas as
etapas da vida e como o sujeito deve se relacionar com o meio ambiente de forma
sustentável, torna-se a cada dia uma necessidade de sobrevivência de todos (KOLB,
2021).
A dinâmica da globalização que impulsiona o mundo moderno e se conecta de
forma direta com a ideia que o desenvolvimento só se dá no crescimento das cidades
e secundarizando os espaços verdes, distanciando a relação com o ambiente. Esse
distanciamento social entre homem e a natureza que reduz o contato com os
elementos do meio ambiente prejudica diretamente a todos (SILVA JUNIOR et al.,
2018).
Segundo Kolb (2021) é no espaço escolar com a educação voltada para o meio
ambiente que esta torna-se instrumento de mudança, sendo necessário ter como
objetivo reconectar o indivíduo a essa realidade. É preciso proporcionar formas de
conectar seu mundo a natureza. O autor reforça a importância das instituições de
ensino na construção de práticas pedagógicas que proporcionem essas conexões
entre homem-natureza, como elemento indissociável da vida humana.
A partir do levantamento bibliográfico sobre a educação ambiental, esperamos
contribuir para a reflexão das práticas pedagógicas sobre essa temática.
Compreendemos a relação homem-natureza, como condição humana indissociável
para a sua sobrevivência, contribuindo na formação de cidadãos conscientes da sua
responsabilidade com a preservação da vida, do seu bem-estar, e o de todos no
mundo.
9

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Realizar um levantamento bibliográfico sobre a importância da educação


ambiental para a sociedade desde as primeiras séries de ensino na escola,
centralizando principalmente no uso insustentável dos recursos naturais e suas
consequências para a humanidade.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Entender conceitos e amplitudes da educação ambiental;


 Mostrar a importância da educação ambiental;
 Destacar as consequências ambientais sobre o uso insustentável dos recursos
naturais.
10

3 REFERENCIAL TEÓRICO

A legislação nacional, em especial a Constituição Federal (1988) e a Política


Nacional de Meio Ambiente (PNMA) de 1988 estabelecem a Educação Ambiental -
EA, em todos os níveis de ensino. A EA não é uma disciplina específica, mas está
presente na Educação básica, através de projetos, disciplinas especiais e Inserção da
temática ambiental nas disciplinas. Na EA é importante saber que não deve ser
compreendida como um tipo especial, mas como uma série de etapas que constituem
um processo de aprendizagem contínuo e de longo prazo, no qual existe uma filosofia
de trabalho da qual todos participam. Família, escola e comunidade se envolvem
(SILVA JUNIOR, et al., 2018, p. 9).
Todos fazem parte do meio ambiente, a mudança inicia uma vez que as
pessoas de alguma forma se conscientizem e entendem ao menos um pouco o que
pode acontecer caso o ambiente seja agredido. Dar-se, então, a importância de se
conhecer e se conscientizar para assim cuidar.
Conforme Silva Júnior et al. (2018) é importante entender que a escola é o lugar
ideal para pôr em ação iniciativas de mudanças, tanto de costumes, onde, não se
limitam os conceitos, mas, ressalta-se a cultura, a sociedade, para que assim possam
alcançar resultados mais concretos e promissoras diante das situações vivenciadas
no cotidiano, como o descarte do lixo de forma errônea e seus impactos ambientais.
A importância da educação vai além das salas de aulas, devendo está presente
em todos os níveis de ensino, da educação infantil ao ensino médio, da educação
formal a não formal, e ser realizada todos os dias, sendo fundamental na
transformação do indivíduo e consequentemente da sociedade (KOLB, 2021).
De acordo com Ferreira et al. (2010) as discussões sobre o prosseguimento
ambiental devem ser próprias para a formação dos profissionais em geral, mas
importantes ainda para os profissionais da Química que, em grande parte, atuam
direta ou indiretamente em intervenções podendo modificar todo o meio vivenciado.
É importante que as escolas incentivem os alunos a pensar a EA investindo em
atividades pedagógicas mediadas por todas as disciplinas e aplicadas com um único
objetivo; a de educar ambientalmente, refletindo sempre sobre a insustentabilidade
dos recursos (KOLB, 2021).
Para que ocorra uma aprendizagem significante é essencial que aconteça uma
articulação e compromisso por parte do governo, escolas, professores, família e
11

sociedade, sobre a importância da reformulação deste ensino coeso com a nova


realidade ambiental no mundo atual, levando em consideração o ecossistema como
um todo (SILVA JÚNIOR, 2018).
Quando as discussões ou debates não são promovidos em sala de aula, é difícil
para o aluno entender que ele faz parte da mudança, pois somente por meio dele uma
sociedade mais justa pode dar mais atenção aos reais problemas causados pelo
nosso descontrolado progresso tecnológico (ARAUJO, SILVA JUNIOR, SILVA, 2018,
p. 100).
Os docentes precisam estar atualizados para melhorar o ensino, aprimorando
suas metodologias de acordo com a realidade do mundo atual, para que assim
possam fazer o discente refletir sobre a situação vivenciada e ao mesmo tempo serem
mediadores das transformações no cotidiano (KOLB, 2021).
É importante definir a EA como um processo com objetivos de conscientizar
uma população a se preocupar com o meio ambiente e os problemas associados a
ele, possibilitando novos conhecimentos, aptidão, conduta e comprometimento para o
trabalho individual e coletivo, buscando soluções para os problemas existentes
(CUNHA et al., 2018).
Os problemas ambientais são hoje uma questão alarmante em todo o planeta,
uma vez que o homem ainda não se conscientizou do quanto suas atitudes podem
ser danosas ao meio ambiente. Na sociedade capitalista o desafio homem-natureza
torna-se cada vez maior por meio da exploração e devastação, prejudicando o
ecossistema e a sobrevivência humana (PEREIRA et al., 2018).
A relação homem e natureza faz parte do processo de evolução, portanto, a
economia capitalista é baseada na riqueza como extração dos recursos de forma
predatória, faz-se necessário criar condições socioeconômicas para um limite de
exploração dos recursos naturais e sustentabilidade do meio ambiente (CUNHA et al.,
2018).

3.1 A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A história da educação ambiental, torna-se importante para mostrar que este


tema nem sempre foi priorizado nas escolas, ou colocado como um debate
secundário.
12

O debate sobre o meio ambiente, seguidos da exploração dos recursos


naturais, mostram a necessidade de cuidar, para que um dia não falte. “A condição
colonial existente no Brasil definiu historicamente as possibilidades de florescimento
de uma preocupação profunda com a forma de extração e de utilização dos recursos
naturais do nosso território” (BRITO, 2014, p. 54).
Na idade moderna, a preocupação com o meio ambiente foi ignorada, a
atenção estava voltada totalmente ao processo de industrialização dos meios de
produção e sua capitalização a todo custo pelas classes dominantes, com exclusiva
finalidade econômica. A exploração dos recursos do meio ambiente servia somente à
geração de riqueza (PINTO, 2017, p. 32).
É importante informar que a divisão homem-natureza é um gênero que
manipula a sociedade capitalista, onde a separação e dominação das sociedades com
a natureza transformam o meio natural, além do aumento individualista em nossa
sociedade que influencia constantemente a isso (RUA; SOUZA, 2010).
Deste modo Rua e Souza (2010) informam que,

A partir principalmente da década de 1960 foi intensificada a percepção de


que a humanidade pode caminhar aceleradamente para o esgotamento ou a
inviabilização de recursos indispensáveis à sua própria sobrevivência. (RUA,
SOUZA, 2010, p. 56)

3.2 CONFERÊNCIAS AMBIENTAIS

Grandes eventos marcaram a história do meio ambiente e consequentemente


da EA. Em março de 1965, na Conferência de Educação da Universidade de Keele,
na Grã-Bretanha, pela primeira vez foi usada a expressão Educação Ambiental, com
a recomendação de que deveria se tornar parte essencial da educação de todos os
cidadãos. Sete anos depois, aconteceu a Conferência das Nações Unidas para o Meio
Ambiente Humano, foi o primeiro evento a discutir os temas meio ambiente e
gerenciamento ambiental (MEDEIROS et al. 2011).
Rua e Souza (2010) diz que na Conferência das Nações Unidas para o Meio
Ambiente Humano, realizada em Estocolmo no ano de 1972, definiu-se, pela primeira
vez a importância das ações educativas nas questões ambientais, gerando o primeiro
“Programa Internacional de Educação ambiental”, obtendo consolidação em 1975
(PINTO, 2017).
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A Conferência de Estocolmo marcou, no nível internacional, a necessidade de


políticas ambientais, reconhecendo a EA como uma indigência para a solução dos
problemas referentes ao ambiente. Nesse encontro também foram propostas
orientações para a qualificação de professores e o desenvolvimento de novos
métodos e recursos instrucionais para a implementação da EA nos diversos países
(MORADILLO; OKI, 2004).
No ano de 1975 houve em Belgrado, Sérvia, o Seminário Internacional que
criou o primeiro e um dos mais importantes documentos sobre a EA: A Carta de
Belgrado declarava que a meta da EA é “desenvolver um cidadão consciente do
ambiente total; preocupados com os problemas associados a esse ambiente, e que
tenha o conhecimento, as atitudes, motivações, envolvimento e habilidades para
trabalhar de forma individual as questões daí emergentes” (KOLB, 2021).
O documento de Belgrado propôs a ação de uma nova ética global, voltada
para o combate à fome, à miséria, ao analfabetismo, à poluição e à exploração do
homem pelo homem, foi nesse momento que as questões sociais começaram a ser
consideradas também como as questões ambientais (MORADILLO; OKI, 2004).
A segunda conferência promovida pela Organização das Nações Unidas para
a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a Conferência de Tbilisi foi realizada
em Tbilisi, na Geórgia, em 1977, e constituiu a primeira conferência
intergovernamental. A declaração emitida nesta conferência continha os objetivos,
estratégias, características, princípios e recomendações da EA, que foram refinados
em publicações subsequentes da UNESCO em 1985, 1986, 1988 e 1989. Neste
documento, encontram-se recomendações sobre EA, entre estas, de que a
preservação do meio ambiente deve ser garantido e para isso deve passar tanto pela
educação formal, como para todo cidadão, indistintamente da idade ou classe social
(MORADILLO; OKI, 2004).
Na Conferência de Tbilisi, a EA teve seus princípios estabelecidos e foi
qualificado como interdisciplinar, transformadora, ética e critica (IDEM, 2004).
Em 1987, aconteceu a Conferencia de Moscou que, segundo Moradillo e Oki
(2004) se evidenciou por criar uma função teórico-metodológica para a concretização
da EA, com objetivo de uma orientação adequada, sendo um dos objetivos o plano de
ação para implementação desta educação na década de 90.
Realizada no Rio de Janeiro, no ano de 1992, a ECO 92 foi a conferência das
nações unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento e teve como intuito a
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busca de soluções para a preservação, conservação do meio ambiente e um novo


modelo global de desenvolvimento (BRITO et al., 2014).

Destacam-se os seguintes compromissos dessa conferência: as Convenções


sobre Mudanças do Clima, as Convenções sobre a Biodiversidade, e a
Declaração sobre Florestas. Nela também foram aprovados documentos
amplos como a Declaração do Rio e a Agenda 21 (um dos principais
resultados da Rio-92), que reconheceram o desenvolvimento sustentável
como indispensável para a conciliação entre progresso e consciência
ecológica, além de ter incluído a paz e o desenvolvimento social como alguns
de seus objetivos (BRITO, 2014, p. 48).

Elaborado na cidade de Kioto, no Japão, com 10 mil delegados, observadores


e jornalistas, foi aprovado o documento reconhecido como “o protocolo de Kioto” que
continha orientações para que os governos dos países industrializados pudessem
colaborar, com objetivo de garantir um planeta saudável para as futuras gerações.
“Segundo esse protocolo, os países industrializados se responsabilizam a reduzir até
o período de 2008 e 2012 suas emissões de gases do efeito estufa.” Na ocasião, 84
países assinaram a adesão, comprometendo-se a diminuir a emissão de gases.
Entretanto, as metas para os países que mais emitem gases (os mais desenvolvidos)
foram diferenciadas (BRITO, 2014, p. 49).
Aconteceu no Brasil a Conferência das nações unidas para o desenvolvimento
sustentável ou Rio+20 em 2012, a qual foi considerada a maior já existente. Partindo
da reflexão de que muitos dos compromissos da Rio-92 não tinham sido concluídos,
a Rio+20 ocorre com objetivo de refletir sobre as conferências anteriores. Neste
momento, se pretendeu estabelecer metas com responsabilidade política na união
com objetivos em comum, tendo como principais temas a economia verde em
desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza (BRITO, 2014).

Muitas medidas e ações já foram tomadas nos congressos e reuniões de


países em todo o mundo para amenizar a situação ambiental, porém é uma
questão que ainda causa muita preocupação, pois os impactos já geraram
danos irreversíveis e só serão amenizados quando toda a nação trabalhar em
prol dessa causa fazendo e estimulando boas atitudes, pois são estas que
ajudam a combater os desastres ambientais (PEREIRA et al., 2018, p. 87).

Vale ressaltar que as conferências e os tratados foram importantes para a


defesa da educação sobre o meio ambiente, assim como, para seu pensar e
desenvolvimento nas escolas. Os documentos citados são de extrema importância
para a compreensão deste assunto e seu debate.
15

3.3 A ESCOLA NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A EA, segundo a lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999, é um componente


essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente em todos os
níveis e modalidades do processo educativo formal e não-formal. Por seu caráter
humanista, holístico, interdisciplinar e participativo a EA pode contribuir muito para
renovar o processo educativo, trazendo a permanente avaliação crítica, a adequação
dos conteúdos à realidade local e o envolvimento dos educandos em ações concretas
de transformação desta realidade (BRASIL, 1999).
Segura (2001, p. 22) afirma que “a escola representa um espaço de trabalho
para iluminar o sentindo da luta ambiental e fortalecer as bases de formação para a
cidadania”. A educação ambiental nas escolas é de fundamental importância, pois,
contribui para formação de cidadãos conscientes críticos sendo um agente
transformador em relação à conservação do meio ambiente.

Assim sendo a escola é o espaço social e o local onde o aluno será


sensibilizado para as ações ambientais e fora do âmbito escolar ele será
capaz de dar sequência ao seu processo de socialização. Comportamentos
ambientalmente corretos devem ser aprendidos na pratica, no cotidiano da
vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis.
(REGINA, 2007, p. 25).

Quando se fala em “dar sequência ao processo de socialização”, significa que


aquele aluno aprende por toda sua vida dando continuidade e informando a todos em
sua volta (família, amigos e vizinhos) sobre o aprendizado obtido, sendo assim um
transmissor do saber, para que aos poucos a própria cultura possa ser modificada
com passar do tempo (PEREIRA et al., 2018).
A educação transmite valores que envolvem o processo de modificação no
sujeito que aprende e incide sobre sua identidade e comportamento diante do mundo,
apresentando habilidades com mais contribuição e menos competitividade, assim
pode ter grandes expectativas sobre a recuperação do meio ambiente, o ambiente
escolar é um dos primeiros passos para a conscientização do indivíduo com o meio
ambiente, por isso a EA é introduzida de maneira interdisciplinar, relacionando o ser
humano com a natureza (MEDEIROS et al., 2011).
É um processo importante e se faz necessário, planejamentos complexos para
obter resultados satisfatórios ao professor, ao aluno e a sociedade, é possível
16

observar e fazer algumas reflexões sobre o papel do educador e seus caminhos para
a atuação no processo educativo e de ensino-aprendizagem ao seu aluno (JUNIOR
et al., 2018).
Portanto, por meio dos conteúdos públicos, pode-se perceber que a EA é uma
forma possível de mudar atitudes e, assim, mudar o mundo, possibilitando que os
alunos estabeleçam uma nova forma de compreender a realidade de suas vidas, e de
estimular o meio ambiente em paz, unidade e liberdade. Parcerias e uma cultura ética
que compartilha interesses comuns, habilidades, sofisticação e bom senso,
consciência e cidadania (JUNIOR et al., 2018, p. 10).
17

4 METODOLOGIA

Segundo Philippi e Pelicioni (2005), uma educação transformadora envolve não


somente uma visão ampla de mundo, mas também a clareza da finalidade do ato
educativo. Dentro deste contexto, o embasamento teórico deste trabalho foi realizado
a partir do levantamento feito de teses e literaturas de autores na área da EA, no portal
de periódicos CAPES (https://www.gov.br/capes/pt-br), revistas, livros, artigos e
também documentos do governo e leis federais.
Na coleta de dados utilizou-se como palavras chaves de busca: EA,
insustentabilidade e recursos naturais. Priorizamos a busca a partir da década de
1980, quando encontramos na pesquisa documentos referentes a algumas ações
voltadas para pensar a EA nas escolas. A partir destes documentos foi possível
elaborar um referencial teórico servindo de guia para compreender os caminhos
percorridos pela EA.
O estudo se constitui em uma pesquisa qualitativa. É também uma pesquisa
explicativa, pois procuramos analisar e compreender o homem e sua relação com o
meio ambiente, pois, é ele quem age no meio em que vive, considerando-o dentro de
seus múltiplos aspectos: sociais, culturais, econômicos, ambientais, familiar,
educacionais, dentre outros.
18

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 O USO INSUSTENTÁVEL

No levantamento bibliográfico realizado para esta pesquisa, vários autores


apontam para a forma como o homem vem explorando a natureza de forma cada vez
mais insustentável, retirando dela quantidades maiores de recursos muitas vezes até
mesmo maior que o necessário a sua sobrevivência, favorecendo a perda da
biodiversidade e de elementos minerais provocando o esgotamento de tais recursos
na natureza.
Autores como: Pereira (2018), Korb (2021) ressaltam a responsabilidade com
o uso dos recursos naturais para não comprometer o direito das futuras gerações. E
para isso é necessário mudar a maneira de se pensar sobre o meio ambiente e a
finitude dos recursos naturais. Preservar o meio ambiente, é explorar de forma
racional os recursos naturais, pois, a vida na Terra é solidária como o metabolismo de
um organismo vivo. Cada parte influencia e depende de outras partes, cada homem
depende de outros homens, cada planta e cada animal de outras plantas e animais.
A Terra é um organismo vivo e, ao perturbar uma dessas partes, acabamos afetando
o todo (KORB, 2021).
Na natureza existem os recursos renováveis e não renováveis, porém, mesmo
que um determinado recurso como a água seja constantemente renovado pela
natureza não podemos explorá-lo de forma exacerbada, pois, a poluição da água, por
exemplo, não é invertida por processos naturais despoluentes. Além disso gera uma
cadeia de consequências para a fauna e flora (PEREIRA, et al., 2018).
O homem tem produzido e desfrutado de um grande número de bens para o
seu conforto, como a energia elétrica, o telefone celular, o automóvel, o avião, o
computador, mas, para produzir e consumir esses bens ele precisa de minerais, das
águas dos rios, das chuvas, do ar, do calor da atmosfera, do clima, das plantas, do
solo e das florestas, enfim, dos mais variados recursos naturais provenientes da Terra.
Esses recursos naturais e as tecnologias desenvolvidas melhoraram a qualidade de
vida do ser humano, o que devemos ter claro é que os recursos naturais não são
infinitos e, portanto, a racionalidade no seu uso e a preservação devem ser também
preocupações da produção e consumo dos bens.
19

5.1.1 Reflexões acerca do uso insustentável

Ao longo dos anos, a natureza foi vista pelo ser humano como algo infinito.
Assim sendo, o homem começou a explorá-la e nessa ambição de querer mais,
explorou o ambiente natural ocasionando a desertificação, poluição, mudanças
climáticas, chuva ácida, extinção de espécies, inundações, destruição da camada de
ozônio, dentre outros. Hoje em dia, pouco se vê uma paisagem completamente natural
por causa da forma irracional de exploração (PEREIRA, et al., 2018).
É importante ressaltar que o maior consumidor polui mais o ambiente e este
por sua vez precisa ter a consciência de que “temos que abrir mão, muitas vezes, de
nós mesmos, em prol da melhoria de vida no planeta, sempre pensando no próximo,
e consequentemente nas sociedades futuras” (PEREIRA, et al., 2018).

Para que se viabilizem os investimentos necessários no campo social e


ambiental, aqueles que consomem mais, além do razoável para uma boa
qualidade de vida, devem contribuir mais, isto é, deve-se buscar uma forma
de contribuição maior para aqueles que consomem acima de um determinado
valor familiar mensal. Isso seria uma das formas para se financiar a reversão
da desigualdade social, mas também o custo ambiental que essas pessoas
provocam sobre o ambiente. Assim, talvez seja possível conviver com um
período de transição entre o capitalismo completamente livre e irresponsável,
causador das contradições ambientais e sociais marcantes pelo mundo, e
uma realidade de “Sustentabilidade com desenvolvimento”, mas durante esse
período de transição é fundamental, em termos de luta política, que a
sociedade se organize para uma luta política nesses termos, de
responsabilizar mais a minoria da população que consome mais e
demasiado. (PINTO, 2017, p. 169).

5.1.2 Resíduos

O conceito de resíduos modifica-se com o passar do tempo, em consequência


da tecnologia, das mudanças ambientais, do reaproveitamento e reciclagem de
materiais que podem servir para diversas finalidades. Esta reflexão varia de acordo
com a época, lugar, clima, hábitos, cultura e condição econômica. É interessante
ressaltar que relativamente o que é inutilizável para uns, poderá não ser a outros
(BRITO et al., 2014). Resíduos aproveitados é lucro, porém, para que os resíduos
sejam reutilizados devem ser classificados de acordo com material, alguns exemplos:
latinhas de alumínio (Al), papel e papelão (C6H12O6), plástico polietileno (C2H4)n.
O crescimento econômico, o avanço das tecnologias e os ciclos curtos de
inovação de hardwares desencadearam uma rotatividade significativamente maior
20

dos dispositivos eletrônicos em comparação com as últimas décadas. A geração


intensa de resíduos eletrônicos obsoletos aumenta exponencialmente, criando um
problema mundial de poluição e de recursos naturais (KUMAR, HOLUSZKO,
ESPINOSA, 2017; KUMAR, RAWAT, 2015, ROBINSON, 2009). Estima-se que a
China produz 20% do volume global de resíduo eletrônico e espera-se que produza
28,4x106 toneladas por ano (ZENG, GONG, CHEN, 2016). O lixo eletrônico, por
exemplo, inclui uma mistura de heterogênea de metais (entre eles elementos valiosos
como o ouro, prata, cobre e alumínio) metaloides, elementos de terras raras, vidros e
plásticos. Devido a evolução tecnológica em progressão, a composição exata muda
constantemente, o que torna os resíduos eletrônico distintos de outros tipos de
resíduos (LADOU, LOVEGROVE, 2008; LIU et al., 2008).
A contaminação dos ambientes aquáticos do mundo com produtos químicos
nocivos é muito preocupante e crescente. Estima-se que mais de 40 mil diferentes
produtos químicos estão presentes no ambiente global e que, de forma alarmante,
este número aumenta em seis a cada dia. Dentre os poluentes orgânicos encontrados
no ambiente marinho estão o DDT (diclorodifeniltricloroetano), HCH
(Hexaclorociclohexano), perfluoroalquilados, ftalatos utilizado no PVC, HPA’s
(hidrocarbonetos policíclicos aromáticos), EDPB’s (Éteres difenílicos polibromados,
dentre outras classes. Além disso, os materiais plásticos liberam entre 35 e 917
toneladas de aditivos quimicos no ambiente marinho, sendo a grande maioria liberada
pelo PVC plástico (HALDEN, 2015; WEBSTER et al, 2009; SUHRHOFF, SCHOLZ-
BÖTTCHER, 2016). Uma vez que os microplásticos entram no ambiente marinho, eles
têm o potencial de interagir com poluentes químicos. Esses poluentes químicos
podem aderir à superfície dos microplásticos ou penetrar em seu interior, onde podem
se concentrar muito mais do que a água ao redor (CRAWFORD, QUINN, 2017).
Os desastres ambientais, consequências da finalidade incorreta dos resíduos
são extremamente graves, pois, compromete, a água, os solos, o ar, entre outros. A
cada pessoa que não contribui para manter um ambiente limpo, contribui com
consequências drásticas para essa poluição (BRITO, 2014).
Aterros sanitários e aterros controlados não têm controle de saneamento,
poluindo o solo e a água e causando danos ambientais por muitos anos, mesmo
depois de desativados. O descarte inadequado de resíduos sólidos pode alterar as
características do solo, tornando-o inutilizável para muitas atividades, incluindo
agricultura e construção. Essas práticas agregam ao solo substâncias tóxicas, como
21

metais poluentes como o mercúrio, cádmio, cromo, chumbo e antimônio oriundo de


residuos eletrônicos, baterias, óleos lubrificantes, tintas, couro; e outras substâncias
inorgânicas e orgânicas (ABDEL-SHAFY, MANSOUR, 2018). Essas substâncias
podem ser absorvidas ou adsorvidas pelas plantas, retardar a absorção de resíduos
no solo e liberar gases poluentes (H2S, CH4, NO2 e CO2) gerados pela degradação da
matéria orgânica, resultando na instabilidade do solo (BRITO, 2014, p.38).
Segundo Galembeck (2013) “No Brasil, o desenvolvimento no aproveitamento
de resíduos tem sido tardio, seja pela falta de implementação de tecnologias, seja pela
falta de pesquisa e desenvolvimento necessários à solução de algumas situações
problemas”.

Durante a decomposição da matéria orgânica presente nos resíduos sólidos


há produção de gases, como o gás sulfídrico e o gás metano. A disposição
inadequada dos resíduos faz com que estes gases sejam liberados para o
ambiente, poluindo a atmosfera, contribuindo para o efeito estufa, e
provocando incômodo à população, seja pelo odor desagradável ou por
provocarem doenças respiratórias (BRITO 2014, p. 38).

O estilo de vida nas cidades é um dos fatores que mais influenciam para o
desequilíbrio ambiental. O consumo incentivado constantemente e estimulado pela
propaganda e mercado, induzem cada vez mais ao consumo desenfreado o que
resultam em consequências graves relativas ao acúmulo dos resíduos sólidos
(BRITO, 2014). É de suma importância o cuidado com descarte dos resíduos, pois, os
perigos são inúmeros quando este descarte é indevido. A partir destes autores
compreendemos que o Brasil produz lixo como um país de primeiro mundo e descarta
como um país pobre. Mostrando como no Brasil, a EA é importante para o país.

5.2 A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS NATURAIS

Mudanças importantes devem ocorrer em todo o mundo com a colaboração de


todos os países para que se possa chegar ao mínimo de agressão possível ao meio
ambiente.
Puga (2014, p. 16) defende a importância da EA para que as crianças tenham
uma noção de meio ambiente e da sua importância para a vida como um todo. E
importante mostrar para as crianças desde cedo que tudo funciona como uma rede,
na qual as cidades, as fazendas, as chuvas e as matas são interligadas e o que se
22

faz em um lugar, irá refletir em outros aspectos da natureza. A partir desde ponto,
essas crianças se tornarão adultos com uma consciência ambiental transformadora e
ciente do seu papel na sociedade, tornar-se-ão pessoas adultas preocupadas com o
meio ambiente, compreendendo-o como parte da sociedade.
É necessário o cuidado na preservação e conservação dos recursos naturais,
tornando-se sujeito ecológico: compreendendo que não é o único a usufruir dos
recursos naturais, e que há uma sociedade e tudo deve ser usado com cautela para
que não falte às gerações futuras.

5.2.1 Sustentabilidade e Responsabilidade Ambiental

Dentro da administração da sociedade há diversos interesses que se


confrontam quando o problema posto é ambiental. A maior dificuldade em incentivar
a transversalidade no debate ambiental se choca com os protagonistas econômicos,
políticos e sociais. Sabe-se que uma política ambiental, de desenvolvimento
sustentável, sofre resistência na sua execução. Até mesmo setores governamentais
conectados com o tema, acreditam que o meio ambiente seja um freio ao
desenvolvimento econômico, por isso, a implantação da política ambiental dependerá,
também, da colaboração política e de toda sociedade (PINTO, 2017).

É pensando, no entanto, nas realidades desconsideradas que se abrem


novos caminhos para a sustentabilidade, pois muitos modelos existentes são
insustentáveis. Resgatando princípios ambientais mais consensuais e
observando experiências locais, pode-se fazer surgir possibilidades solidárias
e planetárias (PINTO, 2017, p. 144).

Nesse sentido, um dos motivos para tal dificuldade é a própria ambição do


homem pelos recursos naturais da terra tendo como consequências; o desmatamento,
assoreamento dos rios, solos pouco nutritivos para a agricultura, a expansão da
pecuária, a exploração madeireira, além das construções de hidrelétricas ocasionando
consequências irreversíveis ao planeta.
Para Pinto (2017), apesar do Brasil ter uma das melhores legislações
ambientais, ainda não se concretizou uma política ambiental. Muitas vezes o que
temos são políticas de governo. Quando os governos mudam, observa-se
modificações das políticas ambientais. Necessitamos de uma política ambiental de
23

Estado, dando continuidade às leis, garantindo a sua funcionalidade e a segurança de


que o estado de direito deve prevalecer sempre.
Implantar política ambiental forte deve ser precedido de vontade política, que
pode ser uma grande dificuldade se não fizer parte da agenda de governo. A
participação da sociedade através de fóruns de discussão é importante. A colaboração
das pessoas, com a promoção de debates em torno do tema da proteção ambiental
deve ser incrementada e incentivada. Além disto, nos orçamentos de governo deve
constar, como prioritários, desenvolvimento em planejamento urbano-ambiental
incluindo como prioridade o treinamento, a reciclagem, a formação e preparação de
educadores e de professores com formação específica, para multiplicarem e aumentar
o conhecimento, modificando os conceitos sobre sustentabilidade, resiliência e
desenvolvimento sustentável (PINTO, 2017).
Os impactos ambientais gerados atualmente trazem consequências
observadas há muito tempo refletindo no aquecimento global e em resultados mais
desastrosos para as próximas gerações, como consequência da insustentabilidade
dos recursos naturais. Este dado pode-se observar na atual situação ambiental do
Brasil.
Seguindo no caminho da sustentabilidade, uma nova sociedade com a visão
mais convicta no futuro, com participação ativa nas elaborações de planejamento das
políticas públicas, considerada a transversalidade ambiental de fundamental
importância, é o que se pode considerar como o compromisso para a sustentabilidade,
para o desenvolvimento econômico-ambiental, protegendo a visão da conjugação dos
fatores econômicos, sociais e ambientais, como fatores de desenvolvimento
sustentável, na concepção ampla da sustentabilidade, e de conservação do meio
ambiente (PINTO, 2017).
24

6 CONSIDERAÇOES FINAIS

Por muito tempo na história da sociedade ocidental, o homem demonstrou


pouca preocupação com o meio ambiente, pensava-se que os recursos eram
inesgotáveis, e com o passar do tempo foi percebendo que nem todos os recursos se
renovam, a importância de cuidar surgiu a partir da reflexão acerca da
insustentabilidade dos recursos naturais. O meio ambiente é parte indissociável da
vida e deve-se aprender não só a reparar os danos, mas, principalmente os
mecanismos e relações que podem auxiliar a preservar e conservá-lo, promover
mudanças de comportamentos bem como o aumento de práticas sustentáveis e a
redução de danos ambientais.
Este trabalho apresenta pesquisa bibliográfica feitas a partir de um
levantamento de vários autores, livros, revistas e artigos para que se pudesse
compreender a partir de que momento o homem começou a se preocupar com o meio
em que vive e qual a importância da educação ambiental para a conservação do meio
ambiente de forma responsável e consciente.
Os problemas socioambientais enfrentados pela humanidade são frutos de um
uso inadequado dos recursos naturais do planeta. O fato de o homem ainda não ter a
consciência de que ele é parte do meio ambiente nos distancia cada vez mais de uma
solução para a crise ambiental.
É necessário que haja mudanças no modo de pensar das pessoas e essa
mudança deve ser o foco do trabalho da educação ambiental, nenhum indivíduo é
passível de mudança se não houver um fator externo que o motive, desta forma cabe
ao educador trabalhar assuntos que façam parte da realidade desses sujeitos.
A compreensão de um problema ambiental significativo proporciona ao
indivíduo a formação de opiniões que podem despertar o desejo de agir em prol de
soluções para a situação vivenciada, é dessa formação de opinião e do desejo de
atuar que se concretizar ações a favor de uma causa coletiva que o indivíduo passa a
exercer sua cidadania.
Atualmente, o desafio de fortalecer uma educação ambiental não é fácil, porém,
pode-se chegar a um objetivo para diminuir a agressão ao meio ambiente com
colaboração da sociedade, escola e políticas públicas, todos unidos e envolvidos para
o bem estar da sociedade e do mundo.
25

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