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CUSTOS DE PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR, AÇÚCAR E ETANOL NO

BRASIL:
SAFRA 2008/2009

Dezembro de 2009
1
Universidade de São Paulo - USP
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - ESALQ
Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas - PECEGE

Autores:
CARLOS EDUARDO OSÓRIO XAVIER
LEONARDO BOTELHO ZILIO
DANIEL YOKOYAMA SONODA
PEDRO VALENTIM MARQUES

Equipe técnica:
GUILHERME TADEU VANCETTO
RUBIO HENRIQUE VIZIOLI FLORA
JOÃO HENRIQUE MANTELLATTO ROSA
TITO MARQUETTI MARTINHO
RENAN BENEDITO D’ARAGONE

Custos de produção de cana-de-açúcar, açúcar e etanol no Brasil: safra 2008/2009

XAVIER, C.E.O.; ZILIO, L.B.; SONODA, D.Y.; MARQUES, P.V. Custos de produção de
cana-de-açúcar, açúcar e etanol no Brasil: safra 2008/2009. Piracicaba: Universidade de
São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Programa de Educação
Continuada em Economia e Gestão de Empresas/Departamento de Economia, Administração
e Sociologia. 2009. 82 p. Relatório apresentado a Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil – CNA.

Dezembro de 2009

2
SUMÁRIO

RESUMO EXECUTIVO .........................................................................................................................4


1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................7
2 AMOSTRAGEM E CRONOGRAMA DE ATIVIDADES................................................................9
2.1 Coleta de dados.................................................................................................................................9
2.2 Cronograma de atividades ................................................................................................................9
3 RESULTADOS .................................................................................................................................10
3.1 Agrícolas ........................................................................................................................................10
3.1.1 Dados técnicos .............................................................................................................................10
3.1.2 Dados econômicos .......................................................................................................................12
3.1.3 Custos de produção da cana-de-açúcar ........................................................................................16
3.2 Industrial .........................................................................................................................................24
3.2.1 Dados técnicos .............................................................................................................................24
3.2.2 Dados econômicos .......................................................................................................................41
3.2.3 Administrativo .............................................................................................................................47
3.2.4 Custos de produção do açúcar e etanol ........................................................................................49
4 CONCLUSÕES ................................................................................................................................62
5 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................65
ANEXO A – Metodologia......................................................................................................................69
ANEXO B – Questionário administrativo .............................................................................................80

3
RESUMO EXECUTIVO

O presente documento estima os custos de produção da cana-de-açúcar, do açúcar e do


etanol produzidos no Brasil na safra 2008/09, dando seguimento ao estudo desenvolvido por
Marques (2009) que estimou os custos de produção da safra 2007/08. No total foram
realizados 46 contatos entre sindicatos de fornecedores e usinas do Centro-Sul e Nordeste
com moagem entre 1,04 e 3,76 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.
Dentre os principais resultados destaca-se que o valor pago pela tonelada de cana-de-
açúcar praticamente cobriu o Custo Operacional Efetivo – COE dos fornecedores de cana-de-
açúcar no Centro-Sul. Já no Nordeste, constatou-se déficit líquido de caixa comparando-se o
COE com o preço médio recebido (Figura A). A baixa produtividade mostra-se como fator
preponderante para o mau desempenho da lavoura nordestina. A situação dos custos do setor
agrícola das usinas é semelhante ao dos fornecedores (Figura B). Chama-se a atenção, para a
maior participação do item Mecanização no custo total do Centro-Sul, enquanto que no
Nordeste o item de maior peso foi o de Insumos, seguido do item Mão de Obra.

60 60 70

50 50 60 8,77
38,68 7,60
46,92 5,12
4,83 38,83 5,31 50
40 40 2,91
40
R$/t

R$/t

R$/t

30 30
30
50,59
20 39,01 20 37,48 20

10 10 10

0 0 0

COE COT CT Preço cana COE COT CT Preço cana COE COT CT Preço cana

(a)Tradicional (b) Expansão (c) Nordeste


Figura A – Representação gráfica dos custos e preços de cana-de-açúcar segundo o método
do Custo Operacional: Fornecedores.

70 70 70

60 60 60
5,44
50 50 50 2,74
38,68 4,68 38,83 5,04
40 2,74 40 3,60 40 46,92
R$/t
R$/t

R$/t

30 30 30
51,27
20 20 38,15 20
38,87
10 10 10

0 0 0

COE COT CT Preço cana COE COT CT Preço cana COE COT CT Preço cana

(a)Tradicional (b) Expansão (c) Nordeste


Figura B – Representação gráfica dos custos e preços de cana-de-açúcar segundo o método
do Custo Operacional: Usinas.

4
Os resultados econômicos obtidos pelas usinas não diferiu dos fornecedores de cana-
de-açúcar. Em geral, o preço de todos os produtos foi suficiente apenas para o pagamento do
COE e parte da depreciação. Com exceção do açúcar branco no Nordeste, em nenhum outro
caso observou-se lucro econômico para os produtos considerados. Os maiores custos
envolvidos na produção da região Nordeste foram compensados por melhores níveis de
preços, o que contribuiu para os bons resultados da região, destacadamente para o açúcar
branco cujos preços foram suficientes para cobrir o CT (Figura C). Um resultado
particularmente interessante no levantamento da safra 2008/2009 refere-se a matéria-prima da
região Nordeste com qualidade superior em teor de açúcares à região Centro-Sul, o que
também contribuiu positivamente para os resultados competitivos da região quando
comparados.
Nessa safra, a região Centro-Sul Expansão foi particularmente prejudicada em relação
à região Centro-Sul Tradicional em função das maiores perdas industriais, as quais mais que
compensaram a melhor qualidade de matéria-prima observada na primeira região. Além disso,
os maiores custos na produção de matéria-prima, com participação maior de cana própria
penalizaram os resultados da região Centro-Sul Expansão. Enquanto a região Centro-Sul
Tradicional cobriu o COE da sua produção de açúcar, a produção de etanol obteve melhores
resultados, suficientes para cobrir o COT (Figura D). A região Centro-Sul Expansão obteve
pior resultado econômico, o COT foi coberto apenas para a produção de etanol anidro, sendo
que a produção de açúcar VHP possui inclusive prejuízos líquidos com o preço insuficiente
para cobrir o COE (Figura E).

R$/t R$/t R$/m³ R$/m³

700 700 1.200 1.200


625,49
983,29
600 76,92 600 1.000 1.000 831,08
524,73
76,92 119,37
41,37 111,22
500 500 41,37 63,94
800 800 59,57

400 400
600 600
300 300 857,05
505,78 475,72 773,13
400 400
200 200

100 100 200 200

0 0 0 0

COE COT CT Preço Médio COE COT CT Preço Médio COE COT CT Preço Médio COE COT CT Preço Médio

(a) açúcar branco (b) açúcar VHP (c) etanol anidro (d) etanol hidratado
Figura C – COE, COT, CT e Preço para Nordeste.

5
R$/t R$/t R$/m3 R$/m3

600 600 1.000 1.000


848,65
73,24 722,80
500 500 105,88
73,24 800 800
59,93 98,65
41,36 41,36
400 444,00 400 55,84
392,96 600 600
300 300
420,86 400,60 400 400
720,70
200 200 648,96

200 200
100 100

0 0 0 0

COE COT CT Preço Médio COE COT CT Preço Médio COE COT CT Preço Médio COE COT CT Preço Médio

(a) açúcar branco (b) açúcar VHP (c) etanol anidro (d) etanol hidratado

Figura D – COE, COT, CT e Preço para Centro-Sul Tradicional.

R$/t R$/t R$/m3 R$/m3

600 600 1.000 1.000

80,03 118,98
500 500 80,03
800 800 110,85
848,65 73,45
48,87
48,87 68,44
400 444,00 400
722,80
392,96 600 600
300 300
428,17 410,44 400 400
735,63 666,39
200 200

200 200
100 100

0 0 0 0

COE COT CT Preço Médio COE COT CT Preço Médio COE COT CT Preço Médio COE COT CT Preço Médio

(a) açúcar branco (b) açúcar VHP (c) etanol anidro (d) etanol hidratado

Figura E - COE, COT, CT e Preço para Centro-Sul Expansão.

A partir dos resultados aferidos para a safra 2008/09, concluiu-se que como na safra
2007/2008, o setor sucroenergético não obteve bons resultados econômicos. Os preços pagos
aos fornecedores de cana-de-açúcar continuaram insuficientes para cobrir todos seus fatores
de custos econômicos, sendo suficientes apenas para arcar com seus custos operacionais. Em
relação ao açúcar e etanol a situação não é diferente. O etanol, em geral, possuiu melhor
remuneração que o açúcar, entretanto na maioria dos casos não conseguiu também cobrir os
custos de depreciação e de oportunidade do capital.

6
1 INTRODUÇÃO

O levantamento do custo de produção da cana-de-açúcar de fornecedores de cana-de-


açúcar e do departamento agrícola de usinas, e o levantamento do custo de produção do
açúcar e etanol do departamento industrial das usinas é um instrumento de gestão fundamental
para avaliar desempenho técnico-financeiro da atividade. Dando seguimento ao estudo
desenvolvido por Marques (2009), o presente documento visa estimar os custos de produção
da cana-de-açúcar, do açúcar e do etanol produzidos no Brasil na safra 2008/09.
Novamente contando com o apoio e patrocínio da Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil – CNA, o Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de
Empresas – PECEGE, vinculado a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” –
ESALQ da Universidade de São Paulo – USP, entrou em contato com usinas de açúcar e
etanol e com sindicatos de fornecedores de cana-de-açúcar dos oito estados para que fosse
feita a atualização dos dados de custos de produção. Além desses, foram coletadas
informações relevantes junto aos fornecedores de insumos agrícolas e industriais, órgãos de
pesquisa, bancos e outros, com o intuito de tornar a estimativa a mais realista possível.
A metodologia contida no ANEXO A sofreu algumas modificações quanto a sua
forma de aplicação (questionários) e na forma de cálculo dos custos de produção. As
principais alterações são destacadas a seguir:

• Foi inserida na análise a estimativa de custos com o capital de giro dos agentes, sendo:
o No caso dos fornecedores de cana-de-açúcar estipulou-se uma remuneração de
6,75% a.a. sobre um montante pré-definido, sendo ele:

$ 1.200,00 ; $ 200.000,00 1

o No caso das usinas, elaborou-se um questionário administrativo2 com o intuito de


mensurar o montante gasto com capital de giro na safra canavieira com base nos
financiamentos ou no fluxo de produção e comercialização (questionário detalhado
no ANEXO B);
• Tal questionário foi aplicado separadamente dos demais questionários (agrícola e
industrial), com o intuito de mensurar de forma mais precisa os custos administrativos
das unidades industriais sucroenergéticas, incluindo os de capital de giro associados aos
processos agrícolas e industriais;
• Desta forma, excluiu-se do modelo de cálculo de custos agrícola e industrial o item
Rateio do setor administrativo, sendo este apropriado por inteiro no custo do

1
O primeiro valor faz referência à média financiada pelas cooperativas de produtores entrevistadas, enquanto
que o segundo valor trata-se do máximo financiável por CPF inscrito.
2
Os questionários agrícola e industrial foram mantidos de acordo com Marques (2009).
7
departamento administrativo das unidades agroindustriais apresentados na forma de
Custo Total – CT;
• Os custos de capital continuaram a ser estimados com base no CDI cujo rendimento
nominal foi de 12,38% para o período do ano safra 2008/2009. Os rendimentos do CDI
em termos reais foram de 5,76% a.a (valor calculado descontando-se a meta de inflação e
imposto de renda dos rendimentos nominais);
• No caso dos fornecedores de cana-de-açúcar, vale ressaltar a adoção de uma mudança
metodológica: o item Remuneração do proprietário foi excluído das despesas
administrativas, sendo alocado dentro do Custo Operacional Total – COT. Desta forma,
espera-se que seja observada uma diminuição no Custo Operacional Efetivo – COE dos
fornecedores e uma elevação no COT;
• Tanto para o caso dos fornecedores como usinas, adotou-se outra mudança metodológica
quanto à valoração do capital imobilizado na lavoura. Na forma atualizada, realizou-se
um valuation do canavial de acordo com a quantidade de área por corte, sendo
considerado para tanto o valor dos custos de implantação da lavoura;
• Os custos industriais foram diferenciados por tipo de açúcar (branco, VHP e outros) e de
etanol (anidro, hidratado e outros fins);
• A diferenciação de custos por produtos foi possível em função do maior detalhamento do
uso dos insumos industriais e dos itens de manutenção industrial. Esses dois componentes
de custos foram alocados por processos industriais, classes de consumo e produtos para
os quais são alocados durante o processo de produção;
• Devido ao horizonte temporal relativamente curto para a execução dos trabalhos
(aproximadamente 3 meses), foram desenvolvidos questionários simplificados (agrícola
e industrial), com o intuito de aferir um maior número de informações junto aqueles
colaboradores que não demonstraram disponibilidade para o preenchimento dos
questionários originais (completos).

Desta forma, os capítulos posteriores a esta introdução relatam o método de


amostragem e o número de observações coletadas (Capítulo 2); os resultados agroindustriais
aferidos, sendo apresentados os dados técnicos e as informações econômicas do estudo
(Capítulo 3); além das principais conclusões relativas à safra 2008/09 em comparação a
2007/08 (Capítulo 4).

8
2 AMOSTRAGEM E CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

No presente estudo foi realizado processo de amostragem semelhante ao proposto por


Marques (2009). Inicialmente, foram enviados questionários a todas as unidades industriais e
painéis que participaram do levantamento da safra 2007/08. Concomitantemente, foram
contatadas usinas novas, ou seja, não participantes do levantamento prévio, que pudessem ser
enquadradas dentro dos parâmetros de classificação utilizados. Assim, foram enviados
questionários às usinas da região Centro-Sul com moagem entre 1,04 e 3,76 milhões de
toneladas de cana-de-açúcar, e na região Nordeste, entre 1,06 e 3,66 milhões de toneladas.
No total foram realizados 46 contatos. Destes, 29 responderam os questionários, sendo
21 usinas, 1 destilaria e 7 sindicatos de fornecedores de cana-de-açúcar. A região Centro-Sul
contou com 22 levantamentos, enquanto que no Nordeste foram realizadas 7 entrevistas.
Foram realizadas ainda três entrevistas de campo (duas à usinas e um painel com fornecedores
de cana-de-açúcar) na região de Piracicaba.
Os índices de resposta dos questionários agrícola e industrial foram considerados
satisfatórios devido à consolidação do método de aplicação dos questionários. Por outro lado,
os questionários administrativos, ainda em processo de amadurecimento, obtiveram índices de
resposta de aproximadamente 50% em relação aos demais. Em função disso, a mensuração do
custo de capital de giro das unidades agroindustriais foi dificultada.

2.1 Coleta de dados

Durante as coletas de dados, houve certa resistência por parte das usinas ao
preenchimento dos questionários completos. Acredita-se que o principal entrave foi o período
de final de safra, pois os meses de outubro e novembro seriam referentes ao planejamento
para próxima safra.
Desta forma, foram editados questionários simplificados para coleta de informações
visando elevar o número de participantes. Os entrevistados com melhores índices de respostas
possuem o seguinte perfil:

• Proprietários das usinas;


• Funcionários de alta especialização, diretoria e gerência;
• Empresa interessadas em definir uma metodologia ou programa de levantamento de
custos;
• Interesse da empresa em um benchmarking em relação a outras unidades agroindustriais
ou ao próprio levantamento de custos já realizado.

2.2 Cronograma de atividades

O Quadro 1 resume as atividades desenvolvidas ao longo do presente projeto.

9
2009
Atividade
Set Out Nov Dez
Listagem e estratificação de contatos
Revisão dos questionários agrícola e industrial
Desenvolvimento do questionário administrativo
Cotação de preços (fontes secundárias)
Contato com participantes do estudo 2007/08
Definição e contato com novos participantes
Realização de painéis e reuniões
Contatos telefônicos para coleta de dados
Edição de planilhas
Envio de respostas às usinas participantes
Edição de relatório
Entrega de relatório
Quadro 1 – Cronograma de atividade do projeto.

3 RESULTADOS

3.1 Agrícolas

3.1.1 Dados técnicos

A Tabela 1 e a Figura 1 até a Figura 3 apresentam informações sobre área, raio médio,
percentual de colheita mecanizada, preços e quantidades de Açúcares Totais Recuperáveis –
ATR na cana-de-açúcar, número de cortes por ciclo produtivo, produtividades médias, preços
de arrendamentos e utilização de mudas nas diferentes regiões analisadas.
Ressalta-se que, devido ao baixo número de observações obtidas para algumas regiões,
grande parte dos valores foram mantidos inalterados com relação à safra 2007/08. As
exceções são:

• Produtividades médias;
• Raio médio;
• Percentual de colheita mecanizada;
• Utilização de mudas no plantio;
• Preços e quantidades de ATR por tonelada de cana;
• Preços de arrendamentos.

Ainda, de acordo com a metodologia proposta em Marques (2009), para todos os


coeficientes técnicos foi aplicado um método estatístico para a homogeneização das

10
informações, sendo que os outliers (valores fora do intervalo entre a média mais ou menos um
desvio padrão) foram desconsiderados no cálculo dos custos de produção agroindustriais.

Tabela 1 – Dados técnicos agrícolas: médias da coleta primária de dados das regiões
Tradicional, de Expansão e Nordeste – Fornecedores e Usinas
Tradicional Expansão Nordeste
Descrição
Fornecedor Usina Fornecedor Usina Fornecedor Usina
Área própria total (ha) 230 19.422 425 12.790 240 16.108
Produtividade (t/ha) 89,31 85,39 84,20 81,13 57,00 61,71
Cana de ano (%) 13% 25% ND* 1% 0% 57%
Cortes por ciclo 6 6 5 6 5 6
Raio médio (km) 25 27 20 22,8 20 20,5
Colheita mec. (%) 19% 49% 55% 60% - 9%
Utiliz. muda (t/ha) 12 16 14 13,5 13 12,3
Arrend. (t/ha/ano) 19,3 18,5 12 10,7 6 9,8
ATR (kg/t) 144,3 134,5 141,6 138,5 139,0 138,9
ATR (R$/kg) 0,2748 0,2782 0,2637 0,2599 0,3256 0,3111
* ND = Não disponível

40% 60%
50%
30%
Freqüência

Freqüência

40%
20% 30%
20%
10%
10%
0% 0%
74 83 91 Mais 50 60 Mais
t/ha t/ha

(a) Centro-Sul (b) Nordeste


Figura 6 – Histogramas de produtividades médias (t/ha).

70% 60%
60% 50%
Freqüência

Freqüência

50% 40%
40%
30%
30%
20% 20%
10% 10%
0% 0%
17 24 31 Mais 16 21 Mais
km km

(a) Centro-Sul (b) Nordeste


Figura 7 – Histogramas de raios médios (km).

11
35% 50%
30% 40%
Freqüência

Freqüência
25%
20% 30%
15% 20%
10%
5% 10%
0% 0%
0% 30% 60% Mais 0% 10% Mais
% %

(a) Centro-Sul (b) Nordeste


Figura 8 – Histogramas de colheita mecanizada (%).

3.1.2 Dados econômicos

Este item apresenta informações sobre os preços de arrendamento, mecanização, mão


de obra e insumos agrícolas, atualizados para a safra 2008/09. Tomando como ponto de
comparação os valores expostos em Marques (2009), nota-se que, para diversos itens, não foi
possível realizar uma atualização baseada em médias devido ao baixo índice de resposta dos
questionários completos. Nesse caso, buscaram-se informações em fontes secundárias de
dados. Em caso de falta de duas ou mais informações, os valores foram mantidos iguais ao da
safra 2007/08. Todos dados de custos apresentados referem-se a valores nominais de preços
praticados no período da safra 2008/2009.

Tabela 2 – Preços e quantidades de insumos agrícolas: médias da região Tradicional –


Fornecedores e Usinas
Preços (R$/un) Quantidades (un/ha)
Insumo Média Média
Mínimo Máximo Mínimo Máximo
válida válida
Fert. Cana Planta (t) 695,00 2125,00 1267,27 0,40 0,55 0,47
Fert. Cana Soca (t) 650,00 1600,00 1061,95 0,30 0,55 0,44
Calcário (t) 45,00 70,00 59,99 1,50 2,50 2,00
Gesso (t) 35,00 65,00 53,57 0,50 1,00 0,95
Furadan SC (l) 20,00 23,50 20,75 6,00 6,20 6,00
Combine (l) 25,00 32,00 30,15 1,50 1,50 1,50
Diuron (l) 29,60 29,60 29,60 2,00 2,00 2,00
Gamit (l) 37,04 39,45 37,40 1,50 1,50 1,50
Hexaron (kg) 25,50 32,87 31,40 1,80 1,80 1,80
MSMA (l) 10,00 10,00 10,00 1,50 1,50 1,50
Plateau (kg) 350,71 420,00 417,14 0,19 0,19 0,19
Round-up (l) 7,40 15,00 10,91 5,00 6,00 5,50
Velpar K (kg) 26,00 34,00 31,34 1,50 2,20 1,56
Volcane (l) 11,00 11,44 11,00 1,50 2,00 2,00
Regent 800 WG (kg) 570,00 705,00 675,17 0,25 0,30 0,25
Cotesia Flavipes (cp) 2,50 2,80 2,50 5,00 8,00 8,00

12
Tabela 3 – Preços e quantidades de insumos agrícolas: médias da região de Expansão –
Fornecedores e Usinas
Preços (R$/un) Quantidades (un/ha)
Insumo Média Média
Mínimo Máximo Mínimo Máximo
válida válida
Fert. Cana Planta (t) 909,00 1260,00 929,50 0,50 0,50 0,50
Fert. Cana Soca (t) 798,00 850,00 824,00 0,45 0,50 0,48
Calcário (t) 57,00 58,00 57,50 2,00 2,50 2,25
Gesso (t) 48,00 56,00 52,00 1,00 2,00 1,50
Furadan SC (l) 22,00 22,00 22,00 6,00 6,00 6,00
Combine (l) 34,00 34,00 34,00 1,50 1,50 1,50
Diuron (l) 18,80 18,80 18,80 2,50 2,50 2,50
MSMA (l) 7,56 7,56 7,56 1,30 1,30 1,30
Round-up (l) 10,00 14,00 12,00 4,00 5,00 4,50
Velpar K (kg) 18,80 32,00 25,40 1,50 2,20 1,85
Regent 800 WG (kg) 482,00 600,00 541,00 0,25 0,25 0,25
Maturador (l) 70,00 70,00 70,00 0,80 0,80 0,80

Tabela 4 – Preços e quantidades de insumos agrícolas: médias da região Nordeste –


Fornecedores e Usinas
Preços (R$/un) Quantidades (un/ha)
Insumo Média Média
Mínimo Máximo Mínimo Máximo
válida válida
Fert. Cana Planta (t) 800,00 2000,00 1143,01 0,20 0,70 0,60
Fert. Cana Soca (t) 700,00 853,00 851,50 0,40 0,60 0,50
Calcário (t) 45,22 100,00 72,50 2,00 3,50 3,25
Advance (kg) 42,00 42,00 42,00 6,00 6,00 6,00
Combine (l) 28,00 30,00 29,00 2,00 2,00 2,00
Goal (l) 34,00 34,00 34,00 2,00 2,00 2,00
Plateau (kg) 500,00 411,00 455,50 0,16 0,25 0,21
Round-up (l) 10,00 11,00 10,50 4,00 4,00 4,00
Regent 800 WG (kg) 625,00 680,00 632,50 0,05 0,25 0,25

13
Tabela 5 – Preços e coeficientes técnicos das operações agrícolas mecanizadas (hora máquina
– HM): médias válidas das regiões Tradicional, Expansão e Nordeste
Tradicional Expansão Nordeste
Operação
R$/un un/ha R$/un un/ha R$/un un/ha
Aração (HM) - - 100,00 1,20 - -
Calagem (HM) 48,48 0,61 37,61 1,42 45,00 0,65
Confecção de terraços (HM) 99,96 1,93 120,00 1,50 60,00 0,25
Dessecação (HM) 64,74 0,67 34,00 0,79 36,55 1,00
Gessagem (HM) 61,89 0,40 37,61 1,42 - -
Gradagem pesada (HM) - - - - 96,09 0,90
Gradagem intermediária (HM) 74,90 1,13 71,40 1,19 84,86 2,00
Gradagem niveladora (HM) 68,23 0,84 46,00 1,00 65,63 0,79
Manutenção estradas carreadores (HM) 109,90 0,47 81,00 1,00 113,85 0,25
Sistematização do terreno (HM) 69,03 1,75 138,00 1,00 60,00 1,00
Subsolagem (HM) 88,07 1,83 55,20 2,00 86,43 2,13
Sulcação/adubação (HM) 79,27 1,81 136,20 1,60 68,68 2,50
Distribuição torta filtro (HM) 64,56 1,05 55,50 0,50 52,50 1,13
Aplicação herbicida (HM) 52,43 0,57 - - - -
Transporte de mudas (t e HM) 3,25 12,00 90,00 2,50 75,50 1,65
Carregamento de mudas (t e HM) 2,50 - 80,00 0,35 - -
Cobrição (HM) 49,58 0,86 45,00 1,00 35,41 0,74
Transporte de pessoal (HM) 84,88 0,70 12,00 1,00 12,00 8,57
Adubação de cobertura (HM) - - 55,20 0,90 60,00 1,00
Aplicação de herbicidas (HM) 54,33 0,63 36,50 0,90 42,52 0,25
Aplicação de inseticida (HM) 74,22 0,66 30,64 1,05 - -
Aplicação de nematicida (HM) 74,22 0,66 - - - -
Irrigação/fertirrigação (ha) 42,00 1,00 185,00 1,00 150,10 1,00
Cultivo adubação (HM) 66,50 1,06 55,20 0,90 51,00 1,00
Quebra-lombo (HM) 59,98 0,99 62,60 0,95 62,00 2,00
Transporte de água (HM) 43,33 0,18 23,00 1,00 30,50 1,00
Transporte de insumos (HM) 41,67 0,28 99,36 0,10 30,50 1,00
Tríplice operação (HM) - - - - 60,00 1,00
Carpa repasse (HM) - - - - 60,00 1,00
Catação (HM) 57,30 0,80 50,00 0,64 - -
Aceiro (HM) 55,15 0,19 - - 83,85 0,10
Enleiramento (HM) 69,51 0,50 - - 45,00 1,00
Carregamento, reboque e engate (t) 2,11 - 2,16 - 2,80 -
Transporte cana inteira (t) 5,82 - 6,40 - 5,70 -
Corte mecanizado (t) 10,50 - 12,22 - - -
Transporte cana picada (t) 5,92 - 5,80 - - -
Nota: HM = hora máquina

Os preços de mão de obra agrícola (diaristas) coletados para a safra 2008/09 foram
considerados insuficientes para que fossem geradas novas informações confiáveis. Assim,
tanto os valores quanto os coeficientes técnicos mantiveram-se inalterados em relação à
Marques (2009). Apenas no caso da colheita manual foram novos valores foram apresentados
para a safra 2008/09 (Tabela 6).

Tabela 6 – Preços do corte manual (R$/t): médias das regiões Tradicional, Expansão e
Nordeste
Região Tradicional Expansão Nordeste
Corte manual (R$/t) 8,23 6,56 8,11

14
Os valores de despesas administrativas para as três regiões analisadas foram
atualizados e estão apresentados na Tabela 7.

Tabela 7 – Custos administrativos da área agrícola (R$): safra 2008/09 – Usinas das regiões
Tradicional, Expansão e Nordeste.
Região Tradicional Expansão Nordeste
Salários adm. agrícolas (R$) 691.635,00 691.635,00 2.450.097,79
Outras despesas adm. agrícolas (R$) 2.144.660,00 2.144.660,00 4.806.074,53

Por outro lado, premissas referentes às máquinas e implementos, equipamentos de


irrigação e benfeitorias agrícolas foram mantidas inalteradas com relação ao levantamento
anterior (Marques, 2009).
Adicionalmente, são apresentados histogramas de preços de arrendamentos coletados
nas regiões analisadas (Figura 9) e algumas relações existentes entre estes preços e as
produtividades das lavouras de cana-de-açúcar e entre os preços da etapa de transporte da
matéria prima até a usina e raio médio das lavouras (Figura 10 e Figura 11).

70% 50%
60% 40%
Freqüência

Freqüência

50%
40% 30%
30% 20%
20%
10% 10%
0% 0%
9 17 24 Mais 6 10 Mais
t/ha/ano t/ha/ano

(a) Centro-Sul (b) Nordeste


Figura 9 – Histogramas de preços de arrendamentos (t/ha/ano).

35
30
25
t/ha/ano

20
15
10
5
0
40 60 80 100 120
t/ha

Centro-Sul Nordeste

Figura 10 - Relação observada entre os preços de arrendamentos (t/ha/ano) e a produtividade


média (t/ha): Centro-Sul e Nordeste.

15
9,00
8,00
7,00

R$/t
6,00
5,00
4,00
3,00
15 20 25 30 35
km

Centro-Sul Nordeste

Figura 11 - Relação observada entre os preços de transporte de cana-de-açúcar (R$/t) e raio


médio (km): Centro-Sul e Nordeste.

3.1.3 Custos de produção da cana-de-açúcar

As premissas básicas consideradas para o cálculo dos custos de produção da cana-de-


açúcar são apresentadas na Tabela 8.

Tabela 8 – Premissas básicas adotadas no modelo: Regiões Tradicional, de Expansão e


Nordeste – Fornecedores e Usinas
Tradicional Expansão Nordeste
Descrição
Fornecedor Usina Fornecedor Usina Fornecedor Usina
Moagem (t) - 2.000.000 - 2.000.000 - 1.100.000
Participação (%) 36% 64% 27% 73% 30% 70%
Produção (t) 11.147 1.280.000 19.366 1.460.000 8.550 770.000
Produtividade (t/ha) 89,31 90,35 84,20 80,77 57,00 71,67*
Cortes 5 6 5 6 5 6
Área (ha) 150 16.528 276 21.089 180 12.535
Área própria (ha) 97 6.694 156 9.152 136 6.656
Área arrendada (ha) 52 9.834 120 11.936 44 5.879
% colheita mec. (%) 50% 50% 45% 45% 0% 0%
Raio médio (km) 28 25 21 20 23 24,5
Prç. arrend. (t/ha/ano) 18,9 18,9 11,4 11,4 7,9 7,9
*Os dados de produtividade do Nordeste foram ajustados para melhorar a representatividade da regional
Fonte: PECEGE/ESALQ/USP com auxílio de dados do CTC (2009)

Tabela 9 – Quantidade de ATR por tonelada de cana-de-açúcar (kg ATR/t) e preços de ATR
(R$/kg ATR).
Região ATR médio (kg/t cana) ATR padrão (kg/t cana) Preço ATR (R$/kg)
Tradicional 139,04* 121,97** 0,2782**
Expansão 139,57* 121,97** 0,2782**
Nordeste 138,93* 116,55*** 0,3377***
Fonte: *PECEGE/ESALQ/USP com auxílio de dados do CTC (2009), **UDOP (2009), ***SINDAÇÚCAR-AL
(2009)

16
Dadas as premissas básicas dos modelos desenvolvidos, da Tabela 10 até a Tabela 12
apresentam os resultados dos custos de produção da cana-de-açúcar estimados para a safra
2008/09 no Brasil. As representações gráficas dos custos totais de produção bem como a
participação percentual de cada item são expostas nas Figura 16 a Figura 18.

Tabela 10 – Custos de produção de cana-de-açúcar: região Tradicional – Fornecedores e


Usinas.
Fornecedores Usinas
Descrição
R$/t R$/ha R$/t R$/ha
Mecanização 14,19 1.055,80 13,75 1.065,01
Mão de obra 6,16 488,18 6,04 468,06
Insumos 12,05 896,90 11,40 883,12
Arrendamento 3,02 224,46 4,93 381,58
Despesas administrativas 3,60 267,73 2,75 212,75
Custo Operacional Efetivo (COE) 39,01 2.933,08 38,87 3.010,52
Depreciações 3,03 225,60 2,74 212,54
Remuneração do proprietário 1,80 134,20 - -
Custo Operacional Total (COT) 43,85 3.292,88 41,62 3.223,06
Remuneração da terra 5,60 416,86 3,35 259,73
Remuneração do capital 2,00 148,83 1,32 102,45
Custo Total (CT) 51,45 3.858,57 46,30 3.585,24

Tabela 11 – Custos de produção de cana-de-açúcar: região de Expansão – Fornecedores e


Usinas.
Fornecedores Usinas
Descrição
R$/t R$/ha R$/t R$/ha
Mecanização 16,76 1.176,04 16,12 1.115,96
Mão de obra 6,44 451,64 6,39 442,25
Insumos 10,68 749,49 10,40 719,86
Arrendamento 2,40 168,18 3,16 218,94
Despesas administrativas 1,21 84,76 2,08 144,08
Custo Operacional Efetivo (COE) 37,48 2.630,11 38,15 2.641,10
Depreciações 1,36 95,50 3,60 249,42
Remuneração do proprietário 1,55 108,70 - -
Custo Operacional Total (COT) 40,39 2.834,31 41,75 2.890,51
Remuneração da terra 3,12 218,64 2,42 167,88
Remuneração do capital 2,19 153,95 2,62 181,07
Custo Total (CT) 45,70 3.206,91 46,79 3.239,47

17
Tabela 12 – Custos de produção de cana-de-açúcar: região Nordeste – Fornecedores e Usinas.
Fornecedores Usinas
Descrição
R$/t R$/ha R$/t R$/ha
Mecanização 11,72 556,70 12,59 773,55
Mão de obra 17,52 832,40 12,35 758,70
Insumos 16,23 770,81 14,18 871,04
Arrendamento 1,60 76,01 2,37 145,83
Despesas administrativas 3,52 167,26 9,78 600,66
Custo Operacional Efetivo (COE) 50,59 2.403,17 51,27 3.149,78
Depreciações 2,66 126,53 2,74 168,33
Remuneração do proprietário 2,46 116,67 - -
Custo Operacional Total (COT) 55,71 2.646,37 54, 01 3.318,11
Remuneração da terra 4,95 234,93 2,69 165,11
Remuneração do capital 3,83 181,85 2,75 169,16
Custo Total (CT) 64,49 3.063,15 59,45 3.652,38

60 60 70

50 50 60 8,77
7,60
5,12
4,83 5,31 50
40 40 2,91
38,68 46,92
38,83 40
R$/t

R$/t

R$/t
30 30
30
20 20 50,59
39,01 37,48 20
10 10 10

0 0 0

COE COT CT Preço cana COE COT CT Preço cana COE COT CT Preço cana

(a)Tradicional (b) Expansão (c) Nordeste


Figura 12 - Representação gráfica dos custos e preços de cana-de-açúcar segundo o método
do Custo Operacional: Fornecedores.
70
60 60
60
5,44
50 50 2,74
50
4,68 5,04
40 2,74 40 3,60 46,92
40
38,68
R$/t

R$/t

R$/t

38,83
30 30
30
51,27
20 38,87 20 38,15 20

10 10 10

0 0 0

COE COT CT Preço cana COE COT CT Preço cana COE COT CT Preço cana

(a)Tradicional (b) Expansão (c) Nordeste


Figura 13 - Representação gráfica dos custos e preços de cana-de-açúcar segundo o método
do Custo Operacional: Usinas.

18
MOB
M MOB
M MOB
M 12% I 27%
37% 14% I
28% 233% M 25%
18%

A I
RC 6% RC 23% RC A
4% DA
A 5% A 6%
RT RP D 7%
% RT RP D DA
5% RT
T RP D DA 3%
11% 3% 6% 7% 3% 3% 3% 8% 4% 4% 5%
5

M=M
Mecanização; MOB=Mão de obra; I=Insumos;
I A=Arrendame
A entos; DA=D Despesas ad
dministrativas;;
D=Deepreciações; RP=Remunera
R ação do propriietário; RT=R
Remuneração da
d terra; RC=R
Remuneração do capital

(a)Tradiccional (b) Ex
xpansão (c) Nordeeste
Figurra 14 – Reppresentaçãoo gráfica doos custos e preços
p de cana-de-açú
c úcar segundo
o o métodoo
do Custo Operracional: Foornecedoress.

MOB MOB MOB


M 13% I M 14% 21% I
30% 24%
% 3
34% M 24%
21%

I
RC
R RC RC A
22%
3%
% 6% 5% 4%
RT A RT A RT
RP D DA 11% RP D DA 7% D D
DA
7% 55% 5% RPP
0% 6% 6% 0% 8% 4% 5% 16%
0%

M=M
Mecanização; MOB=Mão de obra; I=Insumos;
I A=Arrendame
A entos; DA=D Despesas ad
dministrativas;;
D=Deepreciações; RP=Remunera
R ação do propriietário; RT=R
Remuneração da
d terra; RC=R
Remuneração do capital

(a)Tradiccional (b) Ex
xpansão (c) Nordeeste
Figurra 15 – Reepresentaçãoo gráfica doos custos e preços de cana-de-açú
c úcar segundo
o o métodoo
do Custo Operracional: Usinas.

O valorr pago peela tonelada de canaa-de-açúcar praticameente cobriu u o Custoo


Operracional Efeetivo – COE E dos forneccedores de cana-de-açúúcar no Cenntro-Sul. Neessa região,,
as deepreciações e os custoss de oportuunidade do capital
c inveestido não fforam remu
unerados. Jáá
no Nordeste,
N coonstatou-se déficit
d líquiido de caixaa comparanndo-se o COOE com o preço
p médioo
recebbido. A baixxa produtiviidade mostrra-se como fator prepoonderante paara o mau desempenho
d o
da laavoura nordeestina.
Já para as
a usinas, constatou-see uma situaçção análogaa à dos fornnecedores. Chama-se
C a
atençção, nesse caso,
c para a maior parrticipação percentual
p n custos totais de prrodução doo
nos
item Mecanizaçção, no Cenntro-Sul, ennquanto qu ue no Nordeeste o item m de maior peso foi o
Insum mos, seguiddo do item Mão
M de Obrra.
De formma geral, noota-se que o elevado custoc com arrendamen
a ntos de terraa na regiãoo
Traddicional fazz com quee haja umaa diminuiçção da com mpetitividadde da canaa-de-açúcarr
produuzida nos estados de São Paulo e Paraná. O ittem Despessas Adminisstrativas mo ostrou-se dee

199
grande importância dentro do custo de produção da cana-de-açúcar do Nordeste, sendo este
um componente passível de análises mais detalhadas para uma possível redução dos custos
totais de produção.
Outra forma de apresentação dos custos de produção da cana-de-açúcar pode ser vista
nas figuras a seguir. Nelas são expostos fluxogramas que delimitam os custos dos estágios de
produção (Preparo de solo, Plantio, Tratos culturais de cana planta, Tratos culturais de cana
soca e Colheita), bem como os custos administrativos, as depreciações e os custos de
oportunidade do capital imobilizado.

20
Modelo agrícola de fornecedor da região Tradicional

R$/ha R$/tc R$/ha R$/tc


Formação do canavial 2.977,63 5,83 Remuneração da terra 641,32 8,62
Mecanização 865,03 1,10 Àrea própria 641,32 5,60
Mão‐de‐obra 359,96 0,81 Àrea arrendada 641,32 3,02
Insumos 1.752,64 3,92
R$/ha R$/tc
Custos administrativos 401,94 5,40
Remuneração proprietários 134,20 1,80
R$/ha R$/tc Despesas administrativas 267,73 3,60
Tratos culturais cana planta 312,40 0,58
Mecanização 119,19 0,15 R$/ha R$/tc
Mão‐de‐obra 99,10 0,22 Depreciações 225,60 3,03
Insumos 94,12 0,21 Benfeitorias 64,32 0,86
Irrigação/Fertirrigação ‐ ‐
R$/ha R$/tc Máquinas e implementos 161,28 2,17
Tratos culturais cana soca 1.006,42 10,72
Mecanização 160,66 1,64 R$/ha R$/tc
Mão‐de‐obra 138,83 1,16 Remunerações de capital 148,83 2,00
Insumos 706,93 7,92 Lavoura fundada 23,05 0,31
Irrigação/Fertirrigação ‐ ‐
R$/ha R$/tc Máquinas e implementos 69,88 0,94
Colheita 1.458,17 15,26 Benfeitorias 34,38 0,46
Mecanização 1.102,99 11,29 Capital de giro/juros 21,53 0,29
Mão‐de‐obra 355,18 3,98
Insumos ‐ ‐ Custo total 3.858,57 51,45

Modelo agrícola de usina da região Tradicional

R$/ha R$/tc R$/ha R$/tc


Formação do canavial 3.187,36 5,04 Remuneração da terra 641,32 8,28
Mecanização 882,76 0,79 Àrea própria 641,32 3,35
Mão‐de‐obra 359,96 0,66 Àrea arrendada 641,32 4,93
Insumos 1.944,63 3,59
R$/ha R$/tc
Custos administrativos 212,75 2,75
Remuneração proprietários ‐ ‐
R$/ha R$/tc Despesas administrativas 212,75 2,75
Tratos culturais cana planta 308,83 0,47
Mecanização 110,20 0,10 R$/ha R$/tc
Mão‐de‐obra 72,44 0,13 Depreciações 212,54 2,74
Insumos 126,19 0,23 Benfeitorias 46,65 0,60
Irrigação/Fertirrigação ‐ ‐
R$/ha R$/tc Máquinas e implementos 165,89 2,14
Tratos culturais cana soca 924,04 10,07
Mecanização 170,55 1,73
Mão‐de‐obra 68,33 0,76 R$/ha R$/tc
Insumos 685,17 7,58 Remunerações de capital 102,45 1,32
Lavoura fundada 20,74 0,27
R$/ha R$/tc Irrigação/Fertirrigação ‐ ‐
Colheita 1.505,68 15,62 Máquinas e implementos 61,79 0,80
Mecanização 1.100,01 11,13 Benfeitorias 19,66 0,25
Mão‐de‐obra 405,67 4,49
Insumos ‐ ‐ Custo total 3.585,24 46,30

Nota: Depreciações de máquinas e implementos agrícolas embutidas nos valores de custos dos estágios de
produção (preparo de solo a colheita). Para a obtenção do COE com base nos valores expostos acima, deve-se
retirar o montante em depreciações de máquinas e implementos apresentado no quadro Depreciações.
Figura 16 – Fluxograma de custos de produção por estágio e item de custo: região Tradicional.

21
Modelo agrícola de fornecedor da região Expansão

R$/ha R$/tc R$/ha R$/tc


Formação do canavial 3.250,53 7,20 Remuneração da terra 386,83 5,51
Mecanização 1.299,56 2,56 Àrea própria 386,83 3,12
Mão‐de‐obra 408,85 0,97 Àrea arrendada 386,83 2,40
Insumos 1.542,13 3,66
R$/ha R$/tc
Custos administrativos 193,46 2,76
Remuneração proprietários 108,70 1,55
R$/ha R$/tc Despesas administrativas 84,76 1,21
Tratos culturais cana planta 564,51 1,28
Mecanização 157,32 0,31 R$/ha R$/tc
Mão‐de‐obra 156,40 0,37 Depreciações 95,50 1,36
Insumos 250,79 0,60 Benfeitorias 19,76 0,28
Irrigação/Fertirrigação ‐ ‐
R$/ha R$/tc Máquinas e implementos 75,74 1,08
Tratos culturais cana soca 797,49 9,42
Mecanização 131,57 1,51 R$/ha R$/tc
Mão‐de‐obra 125,12 1,49 Remunerações de capital 153,95 2,19
Insumos 540,81 6,42 Lavoura fundada 94,67 1,35
Irrigação/Fertirrigação ‐ ‐
R$/ha R$/tc Máquinas e implementos 34,07 0,49
Colheita 1.382,99 15,99 Benfeitorias 9,62 0,14
Mecanização 1.079,19 12,38 Capital de giro/juros 15,60 0,22
Mão‐de‐obra 303,79 3,61
Insumos ‐ ‐ Custo total 3.206,91 45,70

Modelo agrícola de usina da região Expansão

R$/ha R$/tc R$/ha R$/tc


Formação do canavial 3.289,70 5,46 Remuneração da terra 386,83 5,59
Mecanização 1.169,87 1,08 Àrea própria 386,83 2,42
Mão‐de‐obra 408,85 0,84 Àrea arrendada 386,83 3,16
Insumos 1.710,98 3,53
R$/ha R$/tc
Custos administrativos 144,08 2,08
Remuneração proprietários ‐ ‐
R$/ha R$/tc Despesas administrativas 144,08 2,08
Tratos culturais cana planta 565,30 0,82
Mecanização 305,95 0,28 R$/ha R$/tc
Mão‐de‐obra 156,40 0,32 Depreciações 249,42 3,60
Insumos 104,95 0,22 Benfeitorias 29,45 0,43
Irrigação/Fertirrigação ‐ ‐
R$/ha R$/tc Máquinas e implementos 219,96 3,18
Tratos culturais cana soca 944,90 11,38
Mecanização 277,38 3,12
Mão‐de‐obra 130,33 1,61 R$/ha R$/tc
Insumos 537,18 6,65 Remunerações de capital 181,07 2,62
Lavoura fundada 87,67 1,27
R$/ha R$/tc Irrigação/Fertirrigação ‐ ‐
Colheita 1.326,65 15,25 Máquinas e implementos 79,59 1,15
Mecanização 10.326,65 11,64 Benfeitorias 13,81 0,20
Mão‐de‐obra 291,42 3,61
Insumos ‐ ‐ Custo total 3.239,47 46,79

Nota: Depreciações de máquinas e implementos agrícolas embutidas nos valores de custos dos estágios de
produção (preparo de solo a colheita). Para a obtenção do COE com base nos valores expostos acima, deve-se
retirar o montante em depreciações de máquinas e implementos apresentado no quadro Depreciações.
Figura 17 – Fluxograma de custos de produção por estágio e item de custo: região de
Expansão.
22
Modelo agrícola de fornecedor da região Nordeste

R$/ha R$/tc R$/ha R$/tc


Formação do canavial 2.915,24 9,63 Remuneração da terra 310,94 6,55
Mecanização 392,17 0,78 Àrea própria 310,94 4,95
Mão‐de‐obra 657,44 2,31 Àrea arrendada 310,94 1,60
Insumos 1.865,63 6,55
R$/ha R$/tc
Custos administrativos 283,93 5,98
Remuneração proprietários 116,67 2,46
R$/ha R$/tc Despesas administrativas 167,26 3,52
Tratos culturais cana planta 803,42 2,54
Mecanização 185,00 0,37 R$/ha R$/tc
Mão‐de‐obra 79,24 0,28 Depreciações 126,53 2,66
Insumos 539,18 1,89 Benfeitorias 37,36 0,79
Irrigação/Fertirrigação ‐ ‐
R$/ha R$/tc Máquinas e implementos 89,17 1,88
Tratos culturais cana soca 673,40 11,68
Mecanização 89,60 1,44 R$/ha R$/tc
Mão‐de‐obra 139,79 2,45 Remunerações de capital 181,85 3,83
Insumos 444,01 7,79 Lavoura fundada 99,97 2,10
Irrigação/Fertirrigação ‐ ‐
R$/ha R$/tc Máquinas e implementos 37,14 0,78
Colheita 1.281,75 21,62 Benfeitorias 23,21 0,49
Mecanização 570,00 9,13 Capital de giro/juros 21,53 0,45
Mão‐de‐obra 711,75 12,49
Insumos ‐ ‐ Custo total 3.063,15 64,49

Modelo agrícola de usina da região Nordeste

R$/ha R$/tc R$/ha R$/tc


Formação do canavial 3.589,62 9,16 Remuneração da terra 310,94 5,88
Mecanização 914,02 1,94 Àrea própria 310,94 3,12
Mão‐de‐obra 801,23 2,16 Àrea arrendada 310,94 2,76
Insumos 1.874,37 5,06
R$/ha R$/tc
Custos administrativos 517,21 9,78
Remuneração proprietários ‐ ‐
R$/ha R$/tc Despesas administrativas 517,21 9,78
Tratos culturais cana planta 566,15 1,40
Mecanização 221,73 0,47 R$/ha R$/tc
Mão‐de‐obra 169,12 0,46 Depreciações 144,95 2,74
Insumos 175,30 0,47 Benfeitorias 41,38 0,78
Irrigação/Fertirrigação 47,06 0,89
R$/ha R$/tc Máquinas e implementos 56,51 1,07
Tratos culturais cana soca 939,08 15,12
Mecanização 172,19 2,69
Mão‐de‐obra 92,28 1,50 R$/ha R$/tc
Insumos 674,60 10,93 Remunerações de capital 160,70 3,04
Lavoura fundada 103,82 1,96
R$/ha R$/tc Irrigação/Fertirrigação 2,50 0,05
Colheita 1.083,32 17,24 Máquinas e implementos 29,50 0,56
Mecanização 532,92 8,33 Benfeitorias 24,89 0,47
Mão‐de‐obra 550,40 8,92
Insumos ‐ ‐ Custo total 3.404,45 64,36

Nota: Depreciações de máquinas e implementos agrícolas embutidas nos valores de custos dos estágios de
produção (preparo de solo a colheita). Para a obtenção do COE com base nos valores expostos acima, deve-se
retirar o montante em depreciações de máquinas e implementos apresentado no quadro Depreciações.

Figura 18 – Fluxograma de custos de produção por estágio e item de custo: região Nordeste -
Usinas.
23
Por fim, para a composição dos custos agroindustriais de açúcar e etanol faz-se
necessário a inclusão dos custos agrícolas (cana-de-açúcar) ponderados. Isto é feito de acordo
com o nível de participação da cana-de-açúcar própria e seu respectivo custo e com o preço
pago aos produtores segundo critério do CONSECANA. A Tabela 13 e a Tabela 14
apresentam as ponderações dos custos agrícolas que servirão de input para o cálculo dos
custos agroindustriais dos produtos da cadeia sucroenergética.

Tabela 13 – Ponderação do custo da cana-de-açúcar: COE.


Custo Cana própria CONSECANA Preço ponderado
Região
(R$/t) (%) (R$/t) (R$/t)
Tradicional - usina 38,87 64% 38,68 38,80
Expansão - usina 38,15 73% 38,83 38,33
Nordeste - usina 51,27 70% 46,92 49,97

Tabela 14 – Ponderação do custo da cana-de-açúcar: COT.


Custo Cana própria CONSECANA Preço ponderado
Região
(R$/t) (%) (R$/t) (R$/t)
Tradicional - usina 41,62 64% 38,68 40,56
Expansão - usina 41,75 73% 38,83 40,96
Nordeste - usina 54,01 70% 46,92 51,88

Tabela 15 – Ponderação do custo da cana-de-açúcar: CT.


Custo Cana própria CONSECANA Preço ponderado
Região
(R$/t) (%) (R$/t) (R$/t)
Tradicional - usina 46,30 64% 38,68 43,55
Expansão - usina 46,79 73% 38,83 44,64
Nordeste - usina 59,45 70% 46,92 55,69

3.2 Industrial

3.2.1 Dados técnicos

Nesse tópico são apresentadas as principais respostas obtidas a partir dos questionários
industriais da safra 2008/2009, trata-se de informações sobre: indicadores gerais das unidades
industriais, parâmetros da qualidade de matéria-prima processada, configuração técnica
industrial, período de processamento, perdas e rendimentos industriais assim como mix de
produção e produção final dos produtos e subprodutos nas diferentes regiões analisadas.
Sempre que possível os valores de cada usina são apresentados individualmente por
uma identificação numérica que mantém a confidencialidade da informação e permite a
análise comparativa entre todos os participantes do levantamento. Em alguns casos, são
também apresentados os resultados gerais em classes comparativas para analisar tendências,
características regionais e tecnológicas.
24
3.2.11.1 Indicadores geraiis das unid
dades industriais

A Figuraa 19 e a Fiigura 20 apresentam a escala de moagem


m daas usinas viisitadas e o
consuumo de águua no proceessamento dad cana-de-aaçúcar respeectivamentee. A Tabelaa 16 destacaa
os inndicadores de
d moagem potencial, efetiva
e e perríodo de mooagem de caada região.

4,0
milhões de toneladas de cana

3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
01 044 08 09 14 17 19 10 12 13
1 15 16 02 03
0 05 06 07 11 18 20

Expansão Nordeste Tradicionaal

Figurra 19 – Moaagem total das


d usinas relativa
r à saafra 2007/20008.

Tabeela 16 – Parrâmetros médios


m sobree a capacidaade de proccessamento de cana-de-açúcar dass
usiinas visitas por região.
Desccrição Expansão Norrdeste Tradicional
T
Capaacidade diárria de proceessamento (TTCD) 13.0000 100.000 11.000
Processamento na n safra (tc)) 2.150.000 1.3770.000 2.150.000
2
Dias de safra 232 1188 242
Horaas de moageem 4.4299 3.628 4.510
Início de safra 24-abr-008 16-sset-08 21-abr-2008
Fim de safra 11-dez-08 22-mmar-09 18-dez-08
1
Eficiiência de approveitamennto de tempoo 80,0%
% 788,7% 77,0%

5.0000,0
4.0000,0
m³ água/tc

3.0000,0
2.0000,0
1.0000,0
0,0
Exppansão Nordeste Tradicionall

Mínnimo Médiio Máximoo

Figurra 20 – Relaação entre consumo


c dee água e moaagem (m³/tcc).
255
3.2.11.2 Qualid
dade de maatéria-prima

Da Figurra 21 até a Figura


F 24 sãão apresentaados parâmetros fundam
mentais parra definiçãoo
de qualidade
q d matéria-pprima (POL
de L% cana, fibra e puureza da caana). As eq quações dee
regreessão e fórm
mulas de caalculo dispooníveis nos manuais do d CONSEC CANA dos estados dee
AL, PE, RJ e SP foram utiilizadas parra mensuraçção do ART T (Açúcaress Redutoress Totais) daa
cana-de-açúcar processada na indústriia e apresen ntada na Fiigura 24. A Tabela 17 destaca oss
parâmmetros de qualidade de d matéria--prima utiliizados nos modelos reegionais dee custos dee
açúcar e etanol.

1
16%
Pol%cana (PC da cana)

1
15%

1
14%

1
13%

1
12%
01 04 08 09 14 177 19 10 12 13
1 15 16 02 03 05 06 077 11 18 20

Expansão Nordeste Tradicioonal

Figurra 21 – Porccentagem da
d POL%Caana (PC da cana).
c

16%
Teor de fibra na cana

15%
14%
13%
12%
11%
10%
01 04 08 09 14 17 19 10 12 13 15 16 02 03 05 06 07 11 18 20

Expansão Noordeste Tradicionnal

Figurra 22 – Teoor de fibra da


d cana.

266
88%
86%

Pureza da cana
84%
82%
80%
78%
76%
01 04 08 09 14 17 19 10 12 13 15 16 02 03 05 06 07 11 18 20

Expansão Noordeste Tradicionnal

Figurra 23 – Pureeza da canaa (relação peercentual en


ntre Pol%caana e Brix).

160
150
140
kg ART/tc

130
120
110
100
01 04 08 09 144 17 19 10 12 13 15 166 02 03 05 06
0 07 20

Expansãoo Nordeste Tradiciional

Figurra 24 – Quaantidade de açúcares reedutores totaais (ART) por


p toneladaa de cana.

Tabeela 17 – Parrâmetros ded qualidadde de matééria-prima utilizados


u nnos modelo: Regiõess
Traadicional, de
d Expansãoo e Nordestee
Região Pol da canna (%) Fibra da cana (%)
( Purezaa da cana (%
%) ART daa cana (kg/t))
Expaansão 13,877% 13,29% 8
84,62% 15
57,77
Norddeste 14,688% 14,42% 8
83,68% 15
58,77
Traddicional 13,71% 13,28% 8
84,42% 14
48,56
Fontee: PECEGE/ES
SALQ/USP coom auxílio de dados do CTC (2009) e SIINDAÇÚCAR
R-AL (2009).

3.2.11.3 Configguração ind


dustrial

Da Figurra 25 até a Figura


F 47 appresenta-se um resumoo dos equipaamentos nos principaiss
proceessos indusstriais para produção de açúcar e etanol. Essas
E resposstas buscam
m retratar a
confi
figuração inndustrial e qualidade da amostrra de usinaas participaantes da pesquisa.
p A

277
continuidade dessa parte do levantamento contribuirá para uma evolução futura na
diferenciação de custos de capital por nível de tecnologia, escala de produção e tipo de
produção. Além disso, o detalhamento sobre geração de eletricidade também visa o
desenvolvimento da mensuração deste custo.

5
número de usinas 4
3
2
1
0 1981-1990

1971-1980

1971-1980

1981-1990

1991-2000
< 1970

> 2001

< 1970

< 1970
Expansão Nordeste Tradicional

Figura 25 – Ano de construção das usinas.


10 8
8
no de usinas

6
nº de usinas

6 4
4
2
2
0
0
1 2 3 4
bate-e- fila pátio misto
volta no de mesas de recepção

Figura 26 – Sistema de entrega de cana (a) e número de mesas de recepção de cana (b).
8
7
6
nº de usinas

5
4
3
2
1
0
turbina a motor misto turbina a misto turbina a motor
vapor elétrico vapor vapor elétrico

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 27 – Sistema de acionamento dos equipamentos de preparo de cana.

28
6
5

no de usinas
4
3
2
1
0
1 2 3 1 1 2

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 28 – Número de linhas de tratamento de caldo.

7
6
5
no de usinas

4
3
2
1
0
não sim não não sim

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 29 – Tratamento de caldo independente para a produção de açúcar e etanol.

7
6
5
nº de usinas

4
3
2
1
0
turbina a motor misto turbina a turbina a motor
vapor elétrico vapor vapor elétrico

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 30 – Tipo de acionamento dos equipamentos do sistema de extração de caldo.

29
16
14
12

nº de usinas
10
8
6
4
2
0
1 2

Figura 31 – Quantidade de linhas de extração de caldo.

9
8
7
6
nº de usinas

5
4
3
2
1
0
difusor moenda moenda moenda

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 32 – Sistema utilizado para a extração de caldo.

4
nº de usinas

0
4 5 6 4 5 6 5 6

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 33 – Quantidade de ternos de moenda no sistema de extração de caldo.

30
14 4
12
3

no de usinas
nº de usinas
10
8
2
6
4 1
2
0 0
1 2 3 2 3 1 2 3 4 direto indireto direto direto indireto

Expansão Nordeste Tradicional Expansão Nordeste Tradicional

(a) quantidade de linhas de destilação (b) aquecimento da coluna de destilação


Figura 34 – Caracterização das destilarias

3
nº de usinas

0
130 180 200 230 300 380 450 600 620 780 800 810 1000
m³/dia

Figura 35 – Capacidade das destilarias de etanol.

15 12
nº de usinas

10 10
nº de usinas

8
5 6
0 4
2
0
ciclo- MEG misto nenhum
m³/dia hexano

(a) capacidade de cada linha de destilação (b) via de desidratação de etanol


Figura 36 – Caracterização das linhas individuais de destilação e vias de desidratação

31
7 60%

pureza do mel residual (%)


no de usinas 6 55%
5
4 50%
3 45%
2
1 40%
0 35%
2 2 3 2
30%
Expansão Nordeste Tradicional Expansão Nordeste Tradicional

Figura 37 – Número massas utilizadas no cozimento para fabricação de açúcar (a), pureza do
mel residual, indicativo do índice de recuperação da fábrica de açúcar (b).

60
50
nº de tanuqes

40
30
20
10
0
< 5,0 5,1-10,0 10,1-20,0 > 20,1
capacidade dos tanques em 1.000 m³

Figura 38 – Capacidade dos tanques para armazenagem de etanol.

16
14
12
nº de usinas

10
8
6
4
2
0
1 2 3 4 5 1 2 3 4 6

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 39 – Quantidade de caldeiras para produção de vapor.

32
40 25
20
nº de usinas

nº de usinas
30
15
20
10
10 5
0 0
16 21 30 42 45 65 67 < 50 51-100 101-150 > 151
classe de pressão de vapor (kgf/cm²) cap. produção caldeiras (t vapor/h)

(a) classe de pressão de vapor (b) capacidade de produção de vapor


Figura 40 – Caracterização das caldeiras.

600

500

400
t vapor/h

300

200

100

0
01 04 08 09 14 17 19 10 12 13 16 03 05 06 07 11 18 20

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 41 – Produção efetiva de vapor das caldeiras por usina.

5
nº de geradores

0
01 04 08 09 14 17 19 10 12 13 15 16 02 03 05 06 07 11 18 20

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 42 – Quantidade de geradores de energia elétrica por usina.

33
90

Potênica instalada (MW)


80
70
60
50
40
30
20
10
0
01 04 08 09 14 17 19 10 12 13 15 16 02 03 05 06 07 11 18 20

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 43 – Potência instalada de geração de energia elétrica por usina.

40
no de geradores

30
20
10
0
<5 5-20 > 20
Classes de Potências (MW)

Figura 44 – Potência dos geradores de energia elétrica em MW.

100%
porcentagem do vapor alocado

90%
à geração de eletricidade

80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
08 14 17 19 12 16 03 05 06 07 11

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 45 – Porcentagem da produção total de vapor das usinas alocada às turbinas3 de


geração de eletricidade.

3
Das 37 turbinas de geração de eletricidade declaradas na pesquisa, todas são de contrapressão, com exceção de
1 turbina de condensação e outra mista, ambas em usinas da região Centro-Sul
34
120
100
80

KWh/tc
60
40
20
0
17 19 01 08 04 09 14 12 10 16 13 06 20 07 11

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 46 – Relação de produção de energia elétrica e moagem por usina (KWh/tc).

8
Número de usinas

7
6
5
4
3
2
1
0
não vende não vende não vende
vende vende vende

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 47 – Classificação regional das usinas por comercialização de eletricidade.

3.2.1.4 Rendimentos e perdas industriais

Da Figura 48 até a Figura 53 destacam as respostas de perdas industriais comuns no


processamento da cana-de-açúcar e os rendimentos de destilaria das usinas participantes do
levantamento. Essas informações são analisadas em conjunto com as informações de
moagem, qualidade de matéria-prima e mix de produção e produtos para validação da
consistência das respostas e desenvolvimento final dos dados. A consistência da resposta é
validada por meio de uma planilha de balanço de açúcares redutores totais contidos na cana de
entrada, perdidos no processamento industriais e recuperados na forma de produtos finais.
Todos os cálculos seguem a mesma metodologia apresentada em Marques (2009). O resumo
dos dados de perdas e rendimentos industriais utilizados nos modelos regionais de custos é
apresentado na Tabela 18.

35
6%

5%

perdas de lavagem
4%

3%

2%

1%

0%
04 08 09 17 15 05 06 07 11 20

Expansão NE Tradicional

Figura 48 – Porcentagem de perdas na lavagem de cana.

100%
Porcentagem de lavagem

90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
04 08 09 19 12 13 15 16 05 06 07 11 18 20

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 49 – Porcentagem de cana-de-açúcar que é lavada.

10%
Perdas na extração (bagaço)

9%
8%
7%
6%
5%
4%
3%
2%
1%
0%
01 04 08 09 14 17 19 10 12 13 15 16 02 03 05 06 07 11 18 20

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 50 – Porcentagem de perdas na extração (bagaço).

36
1,4%
1,2%

Perdas na torta de filtro


1,0%
0,8%
0,6%
0,4%
0,2%
0,0%
01 08 09 17 19 12 13 15 16 03 05 06 07 11 20

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 51 – Porcentagem de perdas na torta de filtro.

95%
rendimento prático de fermentação

90%

85%

80%

75%

70%
01 04 08 09 14 17 19 10 12 13 15 16 02 03 05 06 07 11 18 20

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 52 – Rendimento de fermentação.

100%
remndimento de destilação

99%

98%

97%
01 04 08 09 14 17 19 10 12 13 16 03 05 06 07 11 18 20

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 53 – Rendimento de destilação.

37
Tabela 18 – Perdas e eficiências industriais utilizadas nos modelos regionais de custo.

Descrição Expansão Nordeste Tradicional


PERDAS 10,11% 11,22% 7,82%
Lavagem 0,60% - 0,50%
Bagaço 4,55% 6,12% 4,02%
Torta 0,47% 0,51% 0,52%
Indeterminadas 4,91% 4,59% 3,13%
EFICIÊNCIAS
Fermentação 88,60% 85,34% 90,42%
Destilação 99,57% 98,86% 99,48%
PUREZA DO MEL FINAL 55,25% 45,46% 57,99%
% LAVAGEM DE CANA 30% 90% 30%
Fonte: PECEGE/ESALQ/USP com auxílio de dados do CTC (2009) e SINDAÇÚCAR-AL (2009).

3.2.1.5 Mix de produção

A Figura 54 e da Tabela 19 até a Tabela 21 destacam os valores de mix de produção e


produtos utilizados nos modelos de custos regionais. A Tabela 22 apresenta o novo item de
produção pesquisado: produção e comercialização de eletricidade.

Tabela 19 – Mix de produção utilizada nos modelos de custos regionais.


Região Açúcar Etanol
Expansão 43,39% 56,61%
Nordeste 64,90% 35,10%
Tradicional 49,15% 50,85%
Fonte: baseado em PECEGE/ESALQ/USP, CTC (2009), UNICA (2009) e SINDAÇÚCAR-AL (2009).

38
100%
80%
60%
40%
20%
0%
01 04 08 09 14 19 10 12 13 15 16 02 05 06 07 11 18 20

Expansão Nordeste Tradicional

% açúcar % etanol

Figura 54 – Mix de produção entre açúcar e etanol.

Tabela 20 – Mix de produtos utilizados nos modelos de custos regionais.


Açúcar Etanol
Região
VHP Branco Outros Anidro Hidratado Outros
Expansão 75% 25% 0% 25% 75% 0%
Nordeste 45% 55% 0% 58% 42% 0%
Tradicional 75% 25% 0% 46,2% 53,8% 0%
Fonte: cálculos baseados em PECEGE/ESALQ/USP, UNICA (2009) e SINDAÇÚCAR-AL (2009).

Tabela 21 – Produção final considerada nos modelos de custos regionais.


Açúcar (t) Etanol (m³)
Região
VHP Branco Outros Anidro Hidratado Outros
Expansão 86.170 28.723 0 22.465 72.334 0
Nordeste 43.652 53.352 0 17.446 13.559 0
Tradicional 99.751 33.250 0 38.844 48.584 0
Fonte: cálculos baseados em PECEGE/ESALQ/USP, UNICA (2009) e SINDAÇÚCAR-AL (2009).

Tabela 22 – Produção e comercialização de eletricidade em MWh considerada nos modelos


de custos regionais.
Região Produção Comercialização
Expansão 102.640 58.060
Nordeste 31.812 0
Tradicional 28.200 0
Fonte: cálculos baseados em PECEGE/ESALQ/USP.

39
3.2.1.6 Subprodutos industriais

No levantamento desse ano iniciou-se o detalhamento dos coeficientes de produção


relativa dos principais subprodutos industriais da produção de açúcar e etanol. O objetivo
dessa análise encontra-se na integração entre esses dados e as declarações de custos da
aplicação desses subprodutos na parte agrícola e também para potencial mensuração do valor
econômica desses produtos. Da Figura 55 até a Figura 57 são apresentadas as informações dos
subprodutos por usina participante do levantamento.

16
15
14
L/L de etanol

13
12
11
10
9
8
01 04 14 19 10 12 15 16 02 03 05 06 07 11

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 55 – Produção relativa de vinhaça (L/L de etanol hidratado equivalente).

350
300
Kg de bagaço/tc

250
200
150
100
50
0
01 09 14 10 12 15 16 02 03 05 06 07 11 18 20

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 56 – Produção relativa de bagaço (kg/tc).

40
60
50

kg de torta/tc
40
30
20
10
0
01 04 09 19 10 12 15 16 02 03 05 06 07 11 20

Expansão Nordeste Tradicional

Figura 57 – Produção relativa de torta de filtro (kg/tc).

3.2.2 Dados econômicos

Neste tópico são apresentadas as respostas das usinas sobre os custos por tonelada de
cana processada dos principais itens de custos industriais: mão-de-obra, insumos, manutenção
e administração industrial. Todos os custos referem-se a valores nominais de preço praticados
no período da safra 2008/2009. Os custos de cada unidade e seus principais fatores de
formação são destacados da Figura 58 até a Figura 68. Os dados desse tópico estão divididos
apenas entre Nordeste e Centro-Sul devido à homogeneidade de informações entres as usinas
da região Tradicional e Expansão.
Para os itens insumos industriais, foi possível um bom nível de detalhamento nos
preços e quantidades. Além disso, foi possível detalhar as classes de insumo por processo
industrial e assim obter uma melhor comparação entre os custos das diversas unidades
industriais. Da Figura 62 até a Figura 64 são apresentados os custos por classe de insumo e a
Tabela 23 o percentual do grupo de insumos por região. A (a) Centro-Sul Expansão
(b) Centro-Sul Tradicional (c) Nordeste
Figura 65 mostra a participação dos custos por produto e a Tabela 24 lista a
quantidade e os preços médios dos insumos industriais mais recorrentes e importantes na
participação de custos das unidades agroindustriais da pesquisa.
Os custos de manutenção e administração industrial também obtiveram grandes
avanços no questionário industrial. Da Figura 66 até a Figura 68 são apresentados breves
detalhamentos de custos desses dois fatores de custos.

41
6,00

Salários (R$/t)
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0
Moagem (milhões t/safra)

Centro-Sul Nordeste

Figura 58 – Relação entre custo de mão-de-obra (R$/t) e moagem (milhões de t).

500
no funcionários na safra

400
300
200
100
0
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0

moagem (milhões t/safra)


centro-sul Nordeste

Figura 59 – Relação entre número de funcionários industriais na safra e moagem (milhões tc).

500
no funcionários na entressafra

400
300
200
100
0
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0

moagem (milhões t/safra)


centro-sul Nordeste

Figura 60 – Relação entre número de funcionários industriais na entressafra e moagem


(milhões de t).

42
6,00
5,00

Insumos (R$/t)
4,00
3,00
2,00
1,00
-
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0
Moagem (milhões t/safra)

Centro-Sul Nordeste

Figura 61 – Relação entre custo de insumos industriais (R$/t) e moagem (milhões de t).

5,00
insumos químicos (R$/t)

4,00
3,00
2,00
1,00
-
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0
Moagem (milhões t/safra)

Centro-Sul Nordeste

Figura 62 – Relação de custos de insumos químicos (R$/t) e moagem (milhões de t).

0,3
Eletrodos (R$/t)

0,25
0,2
0,15
0,1
0,05
0
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0
Moagem (milhões t/safra)

Centro-Sul Nordeste

Figura 63 – Relação de custo de eletrodos (R$/t) e moagem (milhões de t).

43
0,5

Lubrificante (R$/t)
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0
Moagem (m
milhões t/safraa)

Centro-Sul Nordeste

Figurra 64 – Relaação de custo de lubrifficantes (R$/t) e moageem (milhõess de t).

Tabeela 23 – Partticipação doos grupos de insumos nos


n custos, por
p região.
Gruppo de insumoo Centrro-Sul Expannsão Centro-Sul
C Trradicional Nordeste
Químmico 60,1% 60,9%% 52,6%
Eletrrodos 6,4% 6,2%
% 4,7%
Lubrrificante 9,4% 9,2%
% 7,0%
Eletrricidade 11,7% 11,4%% 8,6%
Embbalagem 12,4% 12,2%% 27,1%

25% 25% 32%


%
43%
% 41% 50%
32% 34% 18%

Todos Álcool Áççúcar T


Todos Álcoool Açúcar Todos Álcool Açúcar
A

(a)) Centro-Suul Expansãoo (bb) Centro-Su


ul Tradicionnal (cc) Nordeste

Figurra 65 – Com
mponentes dos
d custos de
d insumos por
p produtoo e região

444
Tabela 24 – Preços e quantidades de insumos industriais.
Consumo específico Preço
Processo Insumo
unidade mín méd máx uni. mín méd máx
Recepção Lubrificante ml/t cana 0,76 3,74 8,82 R$/L 3,87 6,30 10,89
Extração Lubrificante ml/t cana 5,01 12,56 27,21 R$/L 4,15 11,00 16,00
Extração Eletrodo (chapisco) g/t cana 1,05 2,96 5,44 R$/kg 9,00 9,25 40,00
Extração Eletrodo (base) g/t cana 0,19 1,42 3,02 R$/kg 14,17 17,89 25,00
Extração Eletrodo (picotes) g/t cana 0,19 0,36 0,63 R$/kg 13,70 19,35 50,00
Extração Eletrodo (facas, desf) g/t cana 0,72 0,87 1,59 R$/kg 36,12 57,05 66,85
Trat. caldo Cal virgem kg/t cana 0,53 0,97 1,46 R$/kg 0,18 0,20 0,23
Trat. caldo Anti-incrustante g/t açúcar 20,65 103,78 207,21 R$/kg 2,47 3,51 4,45
Trat. caldo Floculante (decantador) g/t açúcar 26,78 34,12 148,03 R$/kg 7,20 9,40 12,00
Trat. caldo Ácido Fosfórico kg/t açúcar* 1,55 3,35 6,66 R$/kg 1,05 2,10 3,38
Trat. caldo Floculante (decantador) g/t açúcar* 86,49 187,38 331,64 R$/kg 5,30 9,30 11,88
Trat. caldo Enxofre kg/t açúcar* 1,22 1,50 1,78 R$/kg 0,92 1,11 1,35
Trat. caldo Floculante (xarope) g/t açúcar* 3,56 18,37 19,81 R$/kg 7,40 10,82 12,95
Fermentação Ácido Sulfúrico kg/m³ 4,47 6,94 10,52 R$/kg 0,25 0,57 0,90
Fermentação Dispersante kg/m³ 0,06 0,19 0,39 R$/kg 8,66 11,63 14,95
Fermentação Anti-espumante kg/m³ 0,18 0,37 0,47 R$/kg 4,72 5,60 7,39
Fermentação Anti-biótico g/m³ 2,40 4,48 6,70 R$/kg 155,00 212,82 265,00
Fermentação Bactericida g/m³ 78,65 91,17 103,73 R$/kg 4,58 4,86 5,20
Fermentação Levedura g/m³ 1,47 12,11 30,10 R$/kg 14,50 27,93 38,29
Fermentação Nutriente kg/m³ 0,07 0,13 1,16 R$/kg 1,50 1,74 3,85
Destilação Soda cáustica escama kg/m³ 0,08 0,14 0,18 R$/kg 2,00 2,10 2,20
Destilação Soda cáustica líquida kg/m³ 0,03 0,26 0,29 R$/kg 1,00 1,07 1,10
Desidratação Ciclohexano kg/m³** 1,06 1,62 2,15 R$/kg 3,60 4,35 5,14
Fábrica açúcar Lubrificante massa g/t açúcar 9,62 12,19 21,63 R$/kg 2,70 3,65 5,32
Fábrica açúcar Soda cáustica líquida L/t açúcar 0,06 0,36 0,64 R$/L 0,91 1,00 1,10
Trat. água Policloreto alumínio g/m³ água 8,75 10,63 13,37 R$/kg 0,95 1,28 1,80
Trat. água Hipoclorito de sódio g/m³ água 23,37 29,67 303,40 R$/kg 0,40 0,55 0,70
Geração vapor Sulfito g/t vapor 1,54 2,50 4,36 R$/kg 6,60 8,68 10,18
Geração vapor Dispersante g/t vapor 0,49 2,48 11,81 R$/kg 7,13 7,87 10,24
Geração vapor Fosfato g/t vapor 1,43 2,22 6,98 R$/kg 5,29 7,51 12,25
Geração vapor Neutralizante vapor g/t vapor 2,43 3,39 4,89 R$/kg 2,06 4,08 7,23
Carreg. etanol Corante ml/m³** 6,42 7,41 28,51 R$/L 24,42 27,37 32,77
* Açúcar branco;** Etanol anidro.

45
7

Custo de Manutenção (R$/t)


6
5
4
3
2
1
0
- 1,000 2,00 3,00 4,00
Moagem (m
milhões de t)

Centro-Sul Nordeste

Figurra 66 – Relaação de custo de manutenção (R$//t) e moagem


m (milhões de t).

32% 28%
%

6
68% 7
72%

Materiaais Serviçoos Matteriais Servviços

(a) Centro-Sul
C (bb) Nordeste
Figurra 67 – Divvisão dos custos de mannutenção po
or região.

2
Custo do Departamento

1
1,5
Industrial (R$/t)

0
0,5

0
- 1,00 2,00 3
3,00 4,00
Moagem (milhões de t)
t

Centro-sul Nordeste

Figurra 68 – Reelação de custo


c adminnistrativo do
o departam
mento industtrial (R$/t) e moagem
m
(m
milhões de t)).

466
3.2.3 Administrativo

Nesse tópico são apresentados os resultados dos principais fatores de formação de


custos dos departamentos administrativos das unidades agroindustriais de produção e
processamento de cana-de-açúcar. Este levantamento, foi a que encontrou maior dificuldade
na obtenção de boas respostas e de padronização dos resultados, logo contou com menor
número de observações. Um cuidado adicional neste levantamento foi considerar apenas os
custos administrativos diretamente ligados as atividades de produção agroindustrial. Dessa
forma, foram excluídos: os custos de transporte de produtos acabados, de despesas finais com
taxas e comissões de comercialização, assim como impostos finais.
As parcelas de formação de custos do departamento administrativo foram divididas em:
mão-de-obra administrativa, insumos e serviços, e custos de capital de giro.
Os custos com despesas financeiras não relacionadas ao capital de giro foram
desconsiderados para evitar dupla contagem. Em função da dificuldade de preenchimento no
questionário, o custo com capital de giro foi considerado de forma simplificada: englobam os
ajustes de excesso e falta do fluxo de caixa mensal tanto para a produção e aquisição de cana-
de-açúcar, quanto para o processamento de açúcar e etanol. A melhor estimativa deste custo
foi decorrente da média do pagamento de juros sobre o financiamento de capital de giro de 4
usinas (R$ 1,05 por tonelada de cana-de-açúcar processada). Da Figura 69 até a Figura 72
destacam os resultados do levantamento.

12
Custo do Departamento
Administrativo (R$/t)

10
8
6
4
2
0
- 1,00 2,00 3,00 4,00
Moagem (milhões de t)

Centro-sul Nordeste

Figura 69 – Relação de custo do departamento administrativo (R$/t) e moagem (milhões de t).

47
10

Salários Administrativos (R$/t)


8
6
4
2
0
- 1,00 2,00 3,,00 4,00
Moagem (m
milhões de t)

Centro-sul Nordeste

Figurra 70 – Reelação de custo


c de mão-de-obra
m a do departamento addministrativ
vo (R$/t) e
mooagem (milhhões de t).

2500
no funcionários administrativos

2000
1500
1000
500
-
- 1,0 2,0 3,0 4,0
Moagem (M
Milhões de t)

centro-sul nordeste

Figurra 71 – Relaação de núm mero de funncionários no departam


mento admiinistrativos e moagem
m
(millhões de t).

14,6% 1
16,9%
30,9%
42,4%

40,7%
%
54,5%

mão-de-o
obra insumos e serviços capittal de giro mão-de-obra insumos e serv
viços capital dee giro

(aa) Centro-Sul (bb) Nordeste


Figuura 72 – Divvisão de custos do departamento administrati
a ivo por região

488
3.2.4 Custos de produção do açúcar e etanol

As premissas de cálculo de custos de produção foram mantidas para usinas com


moagem de 2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra na região Centro-Sul e de 1,1
milhões na região nordeste. Os valores de qualidade de matéria-prima, perdas industriais, e
mix de produção, mix de produtos e produção final são os mesmos já apresentados da Tabela
17 à Tabela 21. As premissas para mensuração de custos de depreciação e de capital investido
nas unidades industriais permanecem as mesmas apresentadas em Marques (2009).
A Tabela 27 apresenta o detalhamento final das premissas consideradas para o modelo de
custos para a região Centro-Sul Expansão destacando custo processamento da cana-de-açúcar,
custos dos produtos finais (açúcar branco, VHP e etanol anidro e hidratado) assim como um
comparativo de custos COE, COT, CT com respectivos preços dos produtos. A Figura 73
ilustra o comparativo entre custos e preço e a Figura 74 o fluxograma final e respectivos
preços para modelo de custo da região Centro-Sul Expansão.O mesmo padrão de resultados é
apresentado para a região Centro-Sul Tradicional da Tabela 28 à Tabela 30, na Figura 75 e na
Figura 76. Os resultados do modelo de custos da região Nordeste são apresentados da Tabela
31 à Tabela 33, na Figura 77 e na Figura 78.

49
Tabela 25 – Custos de produção agroindustrial do processamento da cana-de-açúcar: região
de Expansão.
Descrição Total anual (R$) R$/tc Participação
Custo da cana 89.283.438,77 44,64 61,8%
COE 76.664.579,09 38,33
Cana de fornecedores 20.967.321,96 38,83
COE cana própria 55.697.257,13 38,15
Depreciações 5.259.885,91 3,60
Remuneração do capital e terra 7.358.973,77 5,04
Custo industrial 40.852.796,42 20,42 28,3%
Operação industrial 21.369.759,11 10,68
6.400.000,00 3,20
Mão-de-obra
Insumos 3.409.759,11 1,69
Químico 2.074.438,65 1,04
Eletrodos 218.472,75 0,11
Lubrificante 323.444,00 0,16
Eletricidade 400.000,00 0,20
Embalagem 373.403,70 0,19
Manutenção 9.520.000,00 4,76
Material 6.473.600,00 3,24
Serviço 3.046.400,00 1,52
Administração industrial 2.040.000,00 1,02
Depreciação industrial 6.955.404,80 3,48
Custo de Capital industrial 12.527.632,51 6,26
Despesas departamento administrativo 14.360.000,00 7,18 9,9%
Mão-de-obra 4.438.120,00 2,22
Insumos e serviços 7.821.880,00 3,91
Capital de giro 2.100.000,00 1,05
Custo Total 144.496.235,19 72,25 100%

50
Tabela 26 – Custos de produção agroindustrial de açúcar e etanol: região de Expansão
açúcar branco açúcar VHP etanol anidro etanol hidratado
Descrição
R$/t R$/t R$/m³ R$/m³
Custo da cana 334,89 326,05 583,75 531,62
COE 287,24 278,40 504,26 457,55
Cana de fornecedores 76,89 68,05 153,38 130,64
COE cana própria 210,35 210,35 350,87 326,92
Depreciações 19,86 19,86 33,14 30,87
Remuneração do capital e terra 27,79 27,79 46,36 43,19
Custo industrial 167,95 159,06 253,84 229,77
Operação industrial 86,70 77,81 140,91 124,55
Mão-de-obra 24,17 24,17 40,32 37,57
Insumos 18,87 9,98 27,77 19,13
Químico 11,99 3,10 21,71 13,48
Eletrodos 0,83 0,83 1,38 1,28
Lubrificante 1,22 1,22 2,04 1,90
Eletricidade 1,51 1,51 2,52 2,35
Embalagem 3,25 3,25 - -
Manutenção 35,95 35,95 59,97 55,88
Material 24,45 24,45 40,78 38,00
Serviço 11,51 11,51 19,19 17,88
Administração industrial 7,70 7,70 12,85 11,97
Depreciação Industrial 29,00 29,00 40,32 37,57
Custo de Capital Industrial 52,24 52,24 72,62 67,66
Custos departamento administrativo 54,23 54,23 90,46 84,29
Mão-de-obra 16,76 16,76 27,96 26,05
Insumos e serviços 29,54 29,54 49,28 45,91
Capital de giro 7,93 7,93 13,23 12,33
Custo Total 557,07 539,34 928,06 845,68

51
Tabela 27 – Resumo custos de produção agroindustrial de açúcar e etanol: região de Expansão
açúcar branco açúcar VHP etanol anidro etanol hidratado Cana
Descrição
R$/t R$/t R$/m³ R$/m³ R$/tc
COE cana-de-açúcar 287,24 278,40 504,26 457,55 38,33
COT cana-de-açúcar 307,10 298,26 537,39 488,43 41,93
CT cana-de-açúcar 334,89 326,05 583,75 531,62 46,98
COE industrial 86,70 77,81 140,91 124,55 10,68
COE administrativo 54,23 54,23 90,46 84,29 7,18
COE agroindustrial 428,17 410,44 735,63 666,39 56,20
COT agroindustrial 477,04 459,31 809,08 734,83 63,28
CT agroindustrial 557,07 539,34 928,06 845,68 72,25
Preço médio 444,00 392,96 848,65 722,80

600 600
80,03
500 500 80,03
48,87
48,87
400 444,00 400
392,96
R$/t

R$/t

300 300
428,17 410,44
200 200

100 100

0 0

COE COT CT Preço Médio COE COT CT Preço Médio

(a) açúcar branco (b) açúcar VHP

1.000 1.000

118,98
800 848,65 800 110,85
73,45
68,44

600 600 722,80


R$/m3

R$/m3

400 735,63 400


666,39

200 200

0 0

COE COT CT Preço Médio COE COT CT Preço Médio

(c) etanol anidro (d) etanol hidratado

Figura 73 - COE, COT, CT e Preço para Centro-Sul Expansão

52
Modelo industrial de usina da região Expansão

Vazão de captação água 350 m³/h Moagem da cana 2.000.000

Número de caldeiras 2 Sistema de entrega da cana fila


Produção de vapor 240 t/h Número de mesas de recepção 2
Consumo de vapor válvula redutora ‐ Sistema de acionamento turbina a vapor
Capacidade Produção Pressão (bar) Número de tratores (Recepção) 1
Caldeira 1 200 140 42 Número de pás carregadeiras 2
Caldeira 2 150 100 42
Sistema de extração moenda
Número de linhas de extração 1
Número de Geradores 2 Capacidades total de extração 10.000
Capacidade total de geração 40 MW Capacidade Nº ternos acionamento
Potência Turbina cons. (tv/hora) Linha 1 10.000 5 motor eletrico
tipo 1 20 contrapressão ‐
tipo 2 20 contrapressão ‐ Número de linhas de tratamento 2
Decantação automatizada? sim
Evaporação automatizada? sim
Sistema de fermentação batelada Nº de efeitos da evaporação (açúcar) 5
Número de dornas de fermentação 8 Trat. separado de açúcar e álcool? sim
Capacidade de fermentação (m³/h) 6.400
Possui fábrica de fermento na usina? não Tipo de cozimento batelada
Número de massas 2
Número de linhas de destilação 2 È automatizada? sim
Capacidade total de destilação 600m³/dia Possui refinaria? não
Forma de aquecimento da coluna direto
Capacidade Desidratação Número de armazéns 1
Linha 1 400 Ciclo‐hexano Capacidade total de armazenagem 50.000 t
Linha 2 200 Ciclo‐hexano Quantidade Capacidade
Armazém 1 1 50.000 t

Número de tanques 4 Legenda


Capacidade total de armazenagem 50.000m³ Àgua
Quantidade Capacidade Vapor
Tanque 1 1 20.000 Bagaço
Tanque 2 3 10.000 Processo

Custos de produção agroindustrial do processamento Qualidade da matéria‐prima Mix de produção


da cana‐de‐açúcar Açúcar 43,39%
R$/tc Etanol 56,60%
Total R$/tc Pol % Cana (PC) 14,08%
Custo cana 89.283.439 44,64 Fibra da cana 12,95% Produção de sub‐produtos
COE 76.664.579 38,33 Pureza da cana 86,16% Bagaço 287,57 kg/tc
Depreciações 5.259.886 2,63 ART da cana (Kg/t) 153,96 Torta de filtro 23,22 kg/tc
Remuneração capital e terra 7.358.974 3,68 Cana Picada 55,00% Vinhaça 11,88 m³
Rendimentos industriais Preço médio bagaço (sem frete) ‐ t
Custo industrial 40.832.796 20,42 Lavagem da cana 30,00%
Operação industrial 21.349.759 10,67 Perdas de lavagem 0,60% Produtos
Mão de obra 6.400.000 3,20 Perdas no bagaço 4,55% Açúcar
Insumos 3.389.759 1,69 Perdas na torta de filtro 0,47% Açúcar branco 28.723 t
Manutenção 9.520.000 4,76 Perdas indeterminadas 4,91% VHP 86.170 t
Departamento industrial 2.040.000 1,02 Rendimentos Fermentação 88,60% Açúcar ensacado 25,00%
Depreciação 6.955.405 3,48 Rendimentos destilação 99,57% Etanol
Custo de capital industrial 12.527.633 6,26 Pureza mel residual 55,25% Hidratado 723.333 m³
Anidro 22.465 m³
Departamento administrativo 14.360.000 7,18 Produtividade Eletricidade
Horas de moagem 4.671 Energia produzida 102.640 MWH
Custo total 144.476.235 72,24 Horas fábrica parada 1.159 Energia vendida 58.060 MWH
Eficiência 80,12%

Custos de produção agroindustrial de açúcar e etanol


Custos
Açúcar branco Açúcar VHP Açúcar outros Etanol Anidro Etanol Hidratado Etanol outros Cana
R$/t R$/t R$/t R$/m³ R$/m³ R$/m³ R$/tc
COE agroindustrial 428,09 410,36 ‐ 735,50 666,27 ‐ 56,19
COT agroindustrial 476,96 459,23 ‐ 808,96 734,71 ‐ 62,29
CT agroindustrial 556,99 539,27 ‐ 927,93 845,56 ‐ 72,24
Preço médio 444,00 392,96 ‐ 848,65 722,80 ‐ ‐

Figura 74 – Resultados técnicos e econômicos do modelo de custos agroindustrial: região de


Expansão

53
Tabela 28 – Custos de produção agroindustrial do processamento da cana-de-açúcar: região
Tradicional
Descrição Total anual (R$) R$/tc Participação
Custo da cana 87.108.267,01 43,55 61,1%
COE 77.609.045,38 38,80
Cana de fornecedores 27.850.268,16 38,68
COE cana própria 49.758.777,22 38,87
Depreciações 3.512.934,59 2,74
Remuneração do capital e terra 5.986.287,04 4,68
Custo industrial 41.198.406,68 20,60 28,9%
Operação industrial 21.508.825,82 10,75
Mão-de-obra 6.400.000,00 3,20
Insumos 3.548.825,82 1,77
Químico 2.174.655,57 1,09
Eletrodos 218.472,75 0,11
Lubrificante 323.444,00 0,16
Eletricidade 400.000,00 0,20
Embalagem 432.253,50 0,22
Manutenção 9.520.000,00 4,76
Material 6.473.600,00 3,24
Serviço 3.046.400,00 1,52
Administração industrial 2.040.000,00 1,02
Depreciação industrial 7.029.140,43 3,51
Custo de Capital industrial 12.660.440,43 6,33
Despesas departamento administrativo 14.360.000,00 7,18 10,1%
Mão-de-obra 4.438.120,00 2,22
Insumos e serviços 7.821.880,00 3,91
Capital de giro 2.100.000,00 1,05
Custo Total 142.666.673,69 71,33 100%

54
Tabela 29 – Custos de produção agroindustrial de açúcar e etanol: região Tradicional
açúcar branco açúcar VHP etanol anidro etanol hidratado
Descrição
R$/t R$/t R$/m³ R$/m³
Custo da cana 317,90 306,53 555,56 501,84
COE 282,80 271,43 498,13 448,33
Cana de fornecedores 98,91 87,54 197,32 168,05
COE cana própria 183,89 183,89 300,81 280,27
Depreciações 12,98 12,98 21,24 19,79
Remuneração do capital e terra 22,12 22,12 36,19 33,72
Custo industrial 164,50 155,61 244,13 220,72
Operação industrial 85,00 76,11 135,75 119,75
Mão-de-obra 23,65 23,65 38,69 36,05
Insumos 18,62 9,73 27,18 18,58
Químico 11,89 3,00 21,49 13,28
Eletrodos 0,81 0,81 1,32 1,23
Lubrificante 1,20 1,20 1,96 1,82
Eletricidade 1,48 1,48 2,42 2,25
Embalagem 3,25 3,25 - -
Manutenção 35,18 35,18 57,55 53,62
Material 23,92 23,92 39,14 36,46
Serviço 11,26 11,26 18,42 17,16
Administração industrial 7,54 7,54 12,33 11,49
Depreciação Industrial 28,38 28,38 38,69 36,05
Custo de Capital Industrial 51,12 51,12 69,69 64,93
Custos departamento administrativo 53,07 53,07 86,81 80,89
Mão-de-obra 16,40 16,40 26,83 25,00
Insumos e serviços 28,91 28,91 47,29 44,06
Capital de giro 7,76 7,76 12,70 11,83
Custo Total 535,47 515,21 886,50 803,44

55
Tabela 30 – Resumo custos de produção agroindustrial de açúcar e etanol: região Tradicional
açúcar branco açúcar VHP etanol anidro etanol hidratado Cana
Descrição
R$/t R$/t R$/m³ R$/m³ R$/tc
COE cana-de-açúcar 282,80 271,43 498,13 448,33 38,80
COT cana-de-açúcar 295,78 284,41 519,37 468,12 41,55
CT cana-de-açúcar 317,90 306,53 555,56 501,84 46,23
COE industrial 85,00 76,11 135,75 119,75 10,75
COE administrativo 53,07 53,07 86,81 80,89 7,18
COE agroindustrial 420,86 400,60 720,70 648,96 56,74
COT agroindustrial 462,23 441,97 780,62 704,80 63,00
CT agroindustrial 535,47 515,21 886,50 803,44 71,33
Preço médio 444,00 392,96 848,65 722,80

600 600

73,24
500 500 73,24
41,36 41,36
400 444,00 400
392,96
R$/t

R$/t

300 300
420,86 400,60
200 200

100 100

0 0

COE COT CT Preço Médio COE COT CT Preço Médio

(a) açúcar branco (b) açúcar VHP

1.000 1.000

105,88
800 800
848,65 59,93 98,65
55,84
600 600 722,80
R$/m3

R$/m3

400 400
720,70
648,96

200 200

0 0

COE COT CT Preço Médio COE COT CT Preço Médio

(c) etanol anidro (d) etanol hidratado

Figura 75 – COE, COT, CT e Preço para Centro-Sul Tradicional.

56
Modelo industrial de usina da região Tradicional

Vazão de captação água ‐ Moagem da cana 2.000.000

Número de caldeiras 3 Sistema de entrega da cana bate‐e‐volta


Produção de vapor 190 t/h Número de mesas de recepção 2
Consumo de vapor válvula redutora ‐ Sistema de acionamento turbina a vapor
Capacidade Produção Pressão (bar) Número de tratores (Recepção) 1
Caldeira 1 90 82 21 Número de pás carregadeiras 2
Caldeira 2 70 63 21
Caldeira 3 50 45 21 Sistema de extração moenda
Número de linhas de extração 1
Número de Geradores 2 Capacidades total de extração 10.000
Capacidade total de geração 6 MW Capacidade Nº ternos acionamento
Potência Turbina cons. (tv/hora) Linha 1 10.000 6 turbina a vapor
tipo 1 4 contrapressão 42
tipo 2 2 contrapressão 25 Número de linhas de tratamento 2
Decantação automatizada? sim
Evaporação automatizada? sim
Sistema de fermentação contínuo Nº de efeitos da evaporação (açúcar) 5
Número de dornas de fermentação 8 Trat. separado de açúcar e álcool? sim
Capacidade de fermentação (m³/h) 4.500
Possui fábrica de fermento na usina? não Tipo de cozimento batelada
Número de massas 2
Número de linhas de destilação 3 È automatizada? não
Capacidade total de destilação 500m³/dia Possui refinaria? não
Forma de aquecimento da coluna direto
Capacidade Desidratação Número de armazéns 3
Linha 1 120 Ciclo‐hexano Capacidade total de armazenagem 40000 t
Linha 2 150 Ciclo‐hexano Quantidade Capacidade
Linha 3 100 Nenhum Armazém 1 1 15.000 t
Armazém 2 2 7.500 t
Número de tanques 2
Capacidade total de armazenagem 50.000 m³ Legenda
Quantidade Capacidade Àgua
Tanque 1 2 5.000 m³ Vapor
Tanque 2 2 10.000 m³ Bagaço
Tanque 3 1 20.000 m³ Processo

Custos de produção agroindustrial do processamento Qualidade da matéria‐prima Mix de produção


da cana‐de‐açúcar Açúcar 49,15%
R$/tc Etanol 50,85%
Total R$/tc Pol % Cana (PC) 14,06%
Custo cana 87.108.267 43,55 Fibra da cana 12,77%
COE 77.609.045 38,80 Pureza da cana 87,06% Produção de sub‐produtos
Depreciações 3.512.935 1,76 ART da cana (Kg/t) 153,42 Bagaço 267,26 kg/tc
Remuneração capital e terra 5.986.287 2,99 Cana Picada 50,00% Torta de filtro 34,31 kg/tc
Rendimentos industriais Vinhaça 11,85 m³
Custo industrial 41.198.407 20,60 Lavagem da cana 30,00% Preço médio bagaço (sem frete) R$ 20,00 t
Operação industrial 21.508.826 10,75 Perdas de lavagem 0,50%
Mão de obra 6.400.000 3,20 Perdas no bagaço 4,02% Produtos
Insumos 3.548.826 1,77 Perdas na torta de filtro 0,52% Açúcar
Manutenção 9.520.000 4,76 Perdas indeterminadas 3,13% Açúcar branco 33.250 t
Departamento industrial 2.040.000 1,02 Rendimentos Fermentação 90,42% VHP 99.751 t
Depreciação 7.029.140 3,51 Rendimentos destilação 99,48% Açúcar ensacado 25,00%
Custo de capital industrial 12.660.440 6,33 Pureza mel residual 57,99% Etanol
Hidratado 48.584 m³
Departamento administrativo 14.360.000 7,18 Produtividade Anidro 38.844 m³
Horas de moagem 3.628 Eletricidade
Custo total 142.666.674 71,33 Horas fábrica parada 1.041 Energia produzida 28.200 MWH
Eficiência 77,71%

Custos de produção agroindustrial de açúcar e etanol


Custos
Açúcar branco Açúcar VHP Açúcar outros Etanol Anidro Etanol Hidratado Etanol outros Cana
R$/t R$/t R$/t R$/m³ R$/m³ R$/m³ R$/tc
COE agroindustrial 420,86 400,60 ‐ 720,70 648,96 ‐ 56,74
COT agroindustrial 462,23 441,97 ‐ 780,62 704,80 ‐ 62,01
CT agroindustrial 535,47 515,21 ‐ 886,50 803,44 ‐ 71,33
Preço médio 444,00 392,96 ‐ 848,65 722,80 ‐ ‐

Figura 76 – Resultado técnico e econômico do modelo de custos agroindustrial: região


Tradicional

57
Tabela 31 – Custos de produção agroindustrial do processamento da cana-de-açúcar: região
Nordeste
Descrição Total anual (R$) R$/tc Participação
Custo da cana 60.569.864,93 55,06 67,2%
COE 54.720.964,49 49,75
Cana de fornecedores 18.062.914,49 46,92
COE cana própria 36.658.050,00 51,27
Depreciações 1.959.300,44 1,78
Remuneração do capital e terra 3.889.600,00 3,54
Custo industrial 22.772.871,00 20,70 25,3%
Operação industrial 11.633.043,00 10,58
Mão-de-obra 3.773.000,00 3,43
Insumos 2.558.043,00 2,33
Químico 1.346.412,63 1,22
Eletrodos 120.160,01 0,11
Lubrificante 177.894,20 0,16
Eletricidade 220.000,00 0,20
Embalagem 693.576,15 0,63
Manutenção 4.510.000,00 4,10
Material 3.247.200,00 2,95
Serviço 1.262.800,00 1,15
Administração industrial 792.000,00 0,72
Depreciação industrial 3.976.896,00 3,62
Custo de Capital industrial 7.162.932,00 6,51
Despesas departamento administrativo 6.831.000,00 6,21 7,6%
Mão-de-obra 2.894.760,00 2,63
Insumos e serviços 2.781.240,00 2,53
Capital de giro 1.155.000,00 1,05
Custo Total 90.173.535,48 81,98 100%

58
Tabela 32 – Custos de produção agroindustrial de açúcar e etanol: região Nordeste
açúcar branco açúcar VHP etanol anidro etanol hidratado
Descrição
R$/t R$/t R$/m³ R$/m³
Custo da cana 415,85 394,68 711,72 644,46
COE 376,72 355,55 643,47 580,87
Cana de fornecedores 131,46 110,29 215,70 182,31
COE cana própria 245,26 245,26 427,77 398,57
Depreciações 13,11 13,11 22,86 21,30
Remuneração do capital e terra 26,02 26,02 45,39 42,29
Custo industrial 162,52 153,63 248,92 225,19
Operação industrial 83,36 74,47 133,86 117,98
Mão-de-obra 25,24 25,24 44,03 41,02
Insumos 22,64 13,75 27,97 19,32
Químico 12,03 3,14 21,92 13,68
Eletrodos 0,80 0,80 1,40 1,31
Lubrificante 1,19 1,19 2,08 1,93
Eletricidade 1,47 1,47 2,57 2,39
Embalagem 7,15 7,15 - -
Manutenção 30,17 30,17 52,63 49,04
Material 21,73 21,73 37,89 35,31
Serviço 8,45 8,45 14,74 13,73
Administração industrial 5,30 5,30 9,24 8,61
Depreciação Industrial 28,26 28,26 41,08 38,27
Custo de Capital Industrial 50,90 50,90 73,98 68,93
Custos departamento administrativo 45,70 45,70 79,71 74,27
Mão-de-obra 19,37 19,37 33,78 31,47
Insumos e serviços 18,61 18,61 32,46 30,24
Capital de giro 7,73 7,73 13,48 12,56
Custo Total 624,08 594,01 1.040,35 943,92

59
Tabela 33 – Resumo custos de produção agroindustrial de açúcar e etanol: região Nordeste
açúcar branco açúcar VHP etanol anidro etanol hidratado Cana
Descrição
R$/t R$/t R$/m³ R$/m³ R$/tc
COE cana-de-açúcar 376,72 355,55 643,47 580,87 49,75
COT cana-de-açúcar 389,83 368,65 666,33 602,17 51,53
CT cana-de-açúcar 415,85 394,68 711,72 644,46 55,06
COE industrial 83,36 74,47 133,86 117,98 10,58
COE administrativo 45,70 45,70 79,71 74,27 6,21
COE agroindustrial 505,78 475,72 857,05 773,13 71,93
COT agroindustrial 547,15 517,08 920,98 832,70 71,93
CT agroindustrial 624,08 594,01 1.040,35 943,92 81,98
Preço médio 625,49 524,73 983,29 831,08

700 700

600 625,49 76,92 600


524,73 76,92
41,37
500 500 41,37

400 400
R$/t

R$/t

300 300
505,78 475,72
200 200

100 100

0 0

COE COT CT Preço Médio COE COT CT Preço Médio

(a) açúcar branco (b) açúcar VHP


1.200 1.200
983,29
1.000 119,37
1.000
831,08 111,22
63,94
800 800 59,57
R$/t

R$/t

600 600
857,05
400 400 773,13

200 200

0 0

COE COT CT Preço Médio COE COT CT Preço Médio

(c) etanol anidro (d) etanol hidratado

Figura 77 – COE, COT, CT e Preço para Nordeste.

60
Modelo industrial de usina da região Nordeste

Vazão de captação de água 1750m³/h Moagem da cana 1.100.000

Número de caldeiras 5
Produção de vapor 220
Consumo de vapor válvula redutora ‐ Sistema de entrega da cana pátio
Capacidade Produção Pressão (bar) Número de mesas de recepção 1
Caldeira 1 90 80 21 Sistema de acionamento turbina a vapor
Caldeira 2 60 50 21 Número de tratores (Recepção) 1
Caldeira 3 50 50 21 Número de pás carregadeiras 2
Caldeira 4 40 30 21
Caldeira 5 20 10 21 Sistema de extração moenda
Número de linhas de extração 1
Número de Geradores 3 Capacidades total de extração 9.500
Capacidade total de geração 17 MW Capacidade Nº ternos acionamento
Potência Turbina cons. (tv/hora) Linha 1 9.500 5 turbina a vapor
tipo 1 4 contrapressão
tipo 2 2 contrapressão Número de linhas de tratamento 1
tipo 3 3 contrapressão Decantação automatizada? não
Evaporação automatizada? não
Sistema de fermentação batelada Nº de efeitos da evaporação (açúcar) 4
Número de dornas de fermentação 18 Trat. separado de açúcar e álcool? não
Capacidade de fermentação (m³/h) 1.440
Possui fábrica de fermento na usina? não Tipo de cozimento batelada
Número de massas 3
Número de linhas de destilação 3 È automatizada? não
Capacidade total de destilação 200 Possui refinaria? não
Forma de aquecimento da coluna direto
Capacidade Desidratação Número de armazéns 1
Linha 1 120 Ciclo‐hexano Capacidade total de armazenagem 50000 t
Linha 2 80 Ciclo‐hexano Quantidade Capacidade
Armazém 1 1 50.000 t
Número de tanques 5
Capacidade total de armazenagem 16.000 Legenda
Quantidade Capacidade Àgua
Tanque 1 1 5.000 t Vapor
Tanque 2 3 3.000 t Bagaço
Tanque 3 1 2.000 t Processo

Custos de produção agroindustrial do processamento Qualidade da matéria‐prima Mix de produção


da cana‐de‐açúcar Açúcar 64,90%
R$/tc Etanol 35,10%
Total R$/tc Pol % Cana (PC) 14,48%
Custo cana 60.569.664 55,06 Fibra da cana 14,36%
COE 54.720.964 49,75 Pureza da cana 84,18% Produção de sub‐produtos
Depreciações 1.959.100 1,78 ART da cana (Kg/t) 159,98 Bagaço 303,58 kg/tc
Remuneração capital e terra 3.889.600 3,54 Cana Picada 0,00% Torta de filtro 32,86 kg/tc
Rendimentos industriais Vinhaça 14,57 m³
Custo industrial 22.772.871 20,70 Lavagem da cana 90,00% Preço médio bagaço (sem frete) R$ 22,50 t
Operação industrial 11.633.043 10,58 Perdas de lavagem 0,00%
Mão de obra 3.773.000 3,43 Perdas no bagaço 6,12% Produtos
Insumos 2.558.043 2,33 Perdas na torta de filtro 0,51% Açúcar
Manutenção 4.510.000 4,10 Perdas indeterminadas 4,59% Açúcar branco 53.352 t
Departamento industrial 792.000 0,72 Rendimentos Fermentação 85,34% VHP 43.652 t
Depreciação 3.976.896 3,62 Rendimentos destilação 98,86% Açúcar ensacado 55,00%
Custo de capital industrial 7.162.932 6,51 Pureza mel residual 45,46% Etanol
Hidratado 13.559 m³
Departamento administrativo 6.831.000 6,21 Produtividade Anidro 17.446 m³
Horas de moagem 3.628 Eletricidade
Custo total 90.173.535 81,98 Horas fábrica parada 1.041 Energia produzida 31.812 MWH
Eficiência 77,71%

Custos de produção agroindustrial de açúcar e etanol


Custos
Açúcar branco Açúcar VHP Açúcar outros Etanol Anidro Etanol Hidratado Etanol outros Cana
R$/t R$/t R$/t R$/m³ R$/m³ R$/m³ R$/tc
COE agroindustrial 505,78 475,72 ‐ 857,05 773,13 ‐ 66,53
COT agroindustrial 547,15 517,08 ‐ 920,98 832,70 ‐ 71,93
CT agroindustrial 624,08 594,01 ‐ 1040,35 943,92 ‐ 81,98
Preço médio 625,49 524,73 ‐ 983,29 831,08 ‐ ‐

Figura 78 – Resultado técnico e econômico do modelo de custos agroindustrial: região


Nordeste

61
Os resultados econômicos obtidos pelas usinas não diferiu dos fornecedores de cana-
de-açúcar. Em geral, o preço de todos os produtos foi suficiente apenas para o pagamento do
COE e parte da depreciação. Com exceção do açúcar branco no Nordeste, em nenhum outro
caso observou-se lucro econômico para os produtos considerados. Os maiores custos
envolvidos na produção da região Nordeste foram compensados por melhores níveis de
preços, o que contribuiu para os bons resultados da região, destacadamente para o açúcar
branco cujos preços foram suficientes para cobrir o CT. Um resultado particularmente
interessante no levantamento da safra 2008/2009 refere-se à matéria-prima da região Nordeste
com qualidade superior em teor de açúcares à região Centro-Sul, o que também contribuiu
positivamente para os resultados competitivos da região quando comparados4.
Nessa safra, a região Centro-Sul Expansão foi particularmente prejudicada em relação
à região Centro-Sul Tradicional em função das maiores perdas industriais, as quais mais que
compensaram a melhor qualidade de matéria-prima observada na primeira região. Além disso,
os maiores custos na produção de matéria-prima, com participação maior de cana própria
penalizaram os resultados da região Centro-Sul Expansão. Enquanto a região Centro-Sul
Tradicional cobriu o COE da sua produção de açúcar, a produção de etanol obteve melhores
resultados, suficientes para cobrir o COT. Na região Centro-Sul Expansão obteve piores
resultados econômicos, o COT foi coberto apenas para a produção de etanol anidro, sendo que
a produção de açúcar VHP obteve prejuízos líquidos com o preço insuficiente para cobrir o
COE.

4 CONCLUSÕES

Com base nos resultados aferidos para a safra 2008/09, conclui-se que como na safra
2007/2008, o setor sucroenergético não obteve bons resultados econômicos. Os preços pagos
aos fornecedores de cana-de-açúcar continuaram insuficientes para cobrir todos seus fatores
de custos econômicos, sendo suficientes apenas para arcar com seus custos operacionais. Em
relação ao açúcar e etanol a situação não é diferente. O etanol, em geral, possuiu melhor
remuneração que o açúcar, entretanto na maioria dos casos não conseguiu também cobrir os
custos de depreciação e de oportunidade do capital.
Em comparação a safra 2007/08, vale ressaltar algumas conclusões:
• Fornecedores:
o Houve um impacto do aumento de custo em função da elevação dos preços dos
insumos agrícolas em todas as três regiões analisadas;
o Tanto os custos com Arrendamentos quanto com Remuneração da terra foram
afetados positivamente (aumento) devido à elevação dos preços dos contratos de

4
Os resultados do Nordeste na safra 2008/09 apresentam viés em relação ao estado de Alagoas onde houve
excelente índice de resposta das usinas locais em função do apoio do SINDAÇÚCAR-AL ao projeto
CNA/PECEGE/ESALQ.
62
arrendamentos praticados, do valor do quilograma do ATR e da quantidade de ATR
por tonelada de cana-de-açúcar;
o Na região Tradicional observou-se um impacto negativo (diminuição) dos custos por
unidade (R$/t) devido ao substancial aumento de produtividade dos canaviais dos
estados do Paraná e São Paulo;
o Houve um impacto negativo (diminuição) no COE devido a metodologia de inclusão
da remuneração do proprietário no COT. Por outro lado, houve um impacto positivo
(aumento) do COT dos fornecedores;
o Quanto ao item Remuneração do capital, nota-se uma elevação de custos, devido a
adequação da metodologia ao valuation da lavoura, conforme apresentado na
Introdução deste documento.

• Usinas:
o As conclusões econômicas para as usinas podem ser entendidas de forma semelhante
aquelas apontadas para a cana-de-açúcar dos fornecedores. Ressalta-se, neste caso,
para um melhor ajuste dos custos alocados no item Despesas administrativas, dado o
maior número de observações sobre salários e outras despesas relacionadas à área
administrativa agrícola;
o A queda da qualidade de matéria-prima processada foi fator determinante para a
perda de rentabilidade das unidades industriais na safra 2008/09;
o Os custos de mão-de-obra na região Centro-Sul foram inferiores aos observados na
safra anterior em função da expansão de moagem das usinas e provável política de
contenção de custos de salários após sucessivas safras com resultados econômicos
desfavoráveis;
o Na safra 2008/2009, a redução de custos de insumos industriais contribuiu para
redução de custos;
o Os custos de manutenção industrial aumentaram em todas as regiões. As prováveis
razões para o aumento são: maior taxa de utilização das unidades industriais em
função do aumento de moagem e o aquecimento da demanda por os prestadores de
serviço de manutenção industrial em função dos grandes investimentos em novas
unidades industriais.

De forma geral, a situação de curto prazo dos fornecedores de cana-de-açúcar alterou-


se positivamente com relação a safra 2007/08, uma vez que os preços pagos pela tonelada de
matéria prima alcançaram os Custos Operacionais Efetivos de produção. A exceção ocorreu
no Nordeste, onde se constatou um prejuízo líquido de aproximadamente R$ 3,70/t. Destaca-
se como fator preponderante a este prejuízo a baixa produtividade média obtida na região.
Quanto a situação de longo prazo, os resultados não apontam conclusões definitivas.
De forma geral, pela segunda safra consecutiva os preços da cana-de-açúcar não foram
suficientemente altos para cobrir os custos totais de produção. Torna-se necessária uma série
histórica de custos de produção maior para avaliar a sustentabilidade econômica da atividade
canavieira.
63
Na produção de açúcar e etanol se observa situação de curto prazo semelhante aos dos
fornecedores de cana-de-açúcar. Os preços dos produtos foram suficientes para remuneração
Custos Operacionais Efetivos de produção, com exceção do açúcar VHP produzido na região
Centro-Sul expansão. O açúcar branco no Nordeste foi o único caso de lucro econômico.
A situação de longo prazo de açúcar e etanol também é inconclusiva, já que nenhum
dos produtos foi comercializado a preços médios suficientes para a remuneração dos seus
custos totais de produção.
A publicação periódica dos custos de produção da cana-de-açúcar, do açúcar e do
etanol produzidos no Brasil auxilia a legitimidade dos produtos da cadeia junto ao mercado
internacional. Deve-se destacar que houve uma boa repercussão do trabalho entre os
fornecedores de cana-de-açúcar e unidades agroindustriais, os quais, em várias ocasiões têm
aproveitado os resultados para comparação e aprimoramento do cálculo de custos para a
melhoria das suas práticas de gerenciamento agroindustrial.

64
5 REFERÊNCIAS

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ESTADO DE SÃO PAULO – FIESP; UNIÃO DA INDÚSTRIA DA CANA-DE-AÇÚCAR –
UNICA; CENTRO DE TECNOLOGIA CANAVIEIRA – CTC. Manual de conservação e
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65
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Efeito De Pagamento De Cana Pelos Açúcares Totais Recuperáveis (Atr) Nos Estados Do Rio
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sucroalcooleiro: um modelo de avaliação. Piracicaba: Escola Superior de Agricultura Luiz
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SINDICATO DA INDÚSTRIA DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL NO ESTADO DE


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Estatísticas. Disponível em: <http://www.unica.com.br/dadosCotacao/estatistica/>. Acesso
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Disponível em <http://www.udop.com.br/index.php?item=consecana_sp&op=
2008&pasta=safra_08_09>. Acesso em 10 dez 2009.

67
ANEXOS

68
6 A
ANEXO A – Metodollogia
O métoddo de cálcullo de custoss de produçãão utilizadoo foi uma deerivação do método doo
custoo operacional descrito por
p Matsunnaga et al. (1 1976). Para os três proddutos analissados foram
m
menssurados os Custos Opperacionais Efetivos (C COE), Custtos Operaciionais Totaiis (COT) e
Custos Totais (C CT). Dentroo do COE devem
d estarr contidos toodos os custos desemb bolsáveis doo
cicloo produtivo agroindusttrial, sejamm eles variááveis ou fixxos. Citam--se nesta categoria
c ass
operaações com máquinas e implemenntos, mão-d de-obra, insumos, desspesas admiinistrativas,,
arrenndamentos e manutennções. Som mando-se ao a COE as a depreciaações de maquinário,
m ,
benfe
feitorias e eqquipamentoos (imobilizzados da em mpresa), obttêm-se o CO OT. Por fimm, ao seremm
consiiderados os custos de oportunidad
o de da terra e do capital investido,
i cchega-se o CT.
C
Estes cállculos de cuusto de proddução de caana-de-açúcar, açúcar e etanol tam mbém foram m
desennvolvidos com
c base nos
n estudos de Fernan ndes (2003), Moraes (22008), Assiis (2007) e
Césaar (2008).

1. Cálculo do Custo
C de Prrodução Aggrícola (Ca
ana-de-açúccar)

O custo operacionall efetivo agrrícola foi ob btido pela soma dos cuustos com ass operaçõess
agríccolas, custoss administraativos e gastos com arrrendamento (equação 1).

(1)
Ondee:
COE = custo operaacional efetivoo, em R$;
Ri = custo da operação
OPER o i, em
m R$;
ADM
M = custos admministrativos, em
e R$;
ARRE
END = gasto total
t com arrenndamentos, em
m R$.

Fernandees (2003) determina


d quue os custo
os de produçção da canaa-de-açúcarr podem serr
dividdidos em trrês etapas distintas, sendo
s elas: (a) Preparro de solo e plantio; (b) Tratoss
cultuurais da soquueira; (c) Corte, carreggamento e trransporte (C
CCT).
Dentro de
d cada etappa são alocaadas as respeectivas operrações agríccolas. Para a realizaçãoo
destaas, são neceessárias commbinações de d máquinaas e implem mentos (definnida como “operaçõess
mecaanizadas”), mão-de-obrra (“operaçõões manuaiss”) e insum mos (“insumoos”). Portan nto, a classee
de opperações mecanizadas
m inclui todoos os gastos com máquuinas e impllementos reeferentes aoo
prepaaro de soloo, tratos cuulturais e CCT.
C O messmo se apllica às classes de mão o-de-obra e
insummos, conforrme se observa na equaação (2).

(2)
Ondee:
i = opperação em quuestão;
OPER Ri = custo da operação
o i, em
m R$;
cMAQ = coeficiente de utilização da máquina e//ou equipamen nto na operação i;
PHM = preço da máquina
m e/ou equipamento
e u
utilizados na operação
o i, meedido em reais por hora (R$
$/h), reais porr
quilômetroo (R$/km) ou reais por toneelada de cana (R$/t);
699
cMOB = coeficientte de utilizaçãão da mão-de-oobra na operação i;
PMOB = preço da mão-de-obra
m u
utilizada na opperação i, med
dido em reais por
p dia trabalhhado (R$/dia));
cINS = coeficientee de utiliação (dose) do insuumo na operação i;
PINS = preço do innsumo utilizaddo na operaçãão i, medido em reais por unnidade de dose (R$/t, R$/kg g, R$/L, etc.);
HA = número dee hectares em que a operaçãão i foi realizaada.

Os custoos administrrativos se reeferem aos gastos com m salários (ppessoal adm ministrativo,,
contaador, ajudaantes, pró-llabore do proprietário
p o, etc.), maateriais de escritório, seguros e
manuutenções dee benfeitoriaas, contas diretas
d em geral
g (luz, ággua, telefonne, etc.), alimentação e
serviiços aos funncionários (m
médicos, oddontológicos, etc.), exppressos na equação (3):
(3)
Ondee:
ADMM = custos admministrativos, em R$;
SAL = gasto com m salários, incllusive encargoos, em R$;
MAT = gastos com materiais de d escritório, em
e R$;
SEG = gasto com m seguros de benfeitorias
b aggrícolas, em R$;
R
MAN = gasto com m manutenção de benfeitoriaas agrícolas, eme R$;
CONTT = gasto com
m contas em geeral, em R$;
ALIM
M = gasto comm alimentação dos funcionárrios, em R$;
SERV
V = gasto comm serviços subsidiados para os funcionários, em R$;
OUTRR = gasto com
m outros custos administratiivos relevantes, em R$.

O arrenddamento é considerado
c o no COE quando
q o prrodutor efettivamente produzir
p em
m
terras arrendadaas, ou seja, quando o arrendamen nto for caraacterizado como um desembolso
d o
direto. Em gerall, estas desppesas são exxpressas em
m função doo Açúcares Totais Recu uperáveis –
ATR R padrão regional, do preço pagoo pelo quilo ograma de ATR, e doo preço estiipulado noss
contrratos de arrrendamentoo. A multipllicação destes três fatoores resultaa em uma medida,
m em
m
reais por hectarre (R$/ha), que designna o custo dod arrendam mento de 1 (um) hectaare de terraa
(equaação 4).

(4)
Ondee:
ARREEND = gastto total com arrrendamentos,, em R$;
cATRPADRÃO
P = coeeficiente padrãão fixado na região
r em análise, medido em
e quilogrammas de ATR po or tonelada dee
canna (kg ATR/t);
PATR = preço do quilograma
q dee ATR praticaado na região em análise, medido
m em reaais por quilograma de ATR R
(R$/kg AT TR);
PARRENND = quantiddade acordadaa no contratoo de arrendam mento praticaado na regiãoo em análise, medido em m
toneladaas de cana por hectare (t/ha));
HA = número de heectares arrenddados.

No cálcuulo do COTT, além das despesas do d COE, forram consideeradas as deepreciaçõess


de benfeitorias, máquinas e equipam mentos, e dee equipamentos de irriigação e feertirrigação..
Conssiderou-se o grau de utilização
u daa benfeitoria, máquinaa, implemennto ou equip
pamento dee

700
irrigaação na culltura da canna-de-açúcaar, pois estee pode ser empregadoo em outrass atividadess
existtentes na proopriedade (eequação 5).

(5)
Ondee:
COT = custo operacional total, em R$.
COE = equação (1)).
Di = depreciação
d do item i, mediida em reais por
p tonelada dee cana (R$);

Em todoos os casos foi estimaddo o montan nte de capittal investidoo em cada item,
i sendoo
depreeciado seguundo uma vida
v útil préé-determinaada, no quaal o resultaddo é expostto em reaiss
(R$), conforme a equação (6):
(

(6)
Ondee:
i = beenfeitorias, mááquinas e equiipamentos ou equipamentoss de irrigação e fertirrigaçãoo;
Di = depreciação
d do item i, mediida em reais por
p tonelada dee cana (R$);
VI = valor
v inicial de
d i, em R$;
VR = valor residual de i, em R$;
vu = vida
v útil de i, medida em annos;
G% = grau de utilização de i paraa a cultura da cana-de-açúca
c ar, medido emm termos perceentuais.

Finalmennte, para obbtenção doo CT de produção (eqquação 7) fforam consiiderados oss


custoos de oportuunidade da terra
t própriaa (equação 8) e do capiital investiddo (equação 9):

(7)

Ondee:
CT = custo total, emm R$;
COT = equação (5));
COPteerra = custo dee oportunidadee da terra próppria, em R$;
COPcapital
c = custo de
d oportunidadde do capital investido,
i em R$;

(8)
Ondee:
COPteerra = custo dee oportunidadee da terra próppria, em R$;
ATRpaadrão = quantiddadede ATR fixa estipuladda nos contrattos de arrendaamento da reggião analisadaa, medido em
m
quilogrramas de ATRR por toneladaa de cana (kg ATR/t);
A
PATR = preço do ATR A praticadoo, medido em reais por quilograma de AT TR (R$/kg AT TR);
Parrendd = preço do arrendamento
a praticado, meedido em tonelladas de cana por hectare (tt/ha);
HAprópprio = número de hectares cuultiváveis.

71
(9)
Ondee:
i = fundação
f da laavoura, equipamentos de irrrigação/fertirrrigação, máquuinas e implem
mentos ou ben
nfeitorias;
COPcapital
c = custo d
de oportunidadde do capital i
investido, em R$;
CI = capital
c investiido em i, em R$;
R
r = taaxa de juros, medida
m em perrcentual ao anno (% a.a.).

2. Cálculo do custo
c de proodução ind
dustrial (açú
úcar e etan
nol)

Os custoos do processsamento inndustrial da cana-de-açúúcar para a formação de d custos doo


açúcar (cristal ou
o VHP) ou do etanol (anidro
( ou hidratado)
h fo
foram definiidos a partirr da divisãoo
dos custos
c por processos
p inndustriais. Nos
N casos dos
d custos eme processoos comuns tanto t para o
açúcar quanto para o etaanol adotouu-se o critéério de rateeio de custtos de acorrdo com o
perceentual de Açúcares
A Reedutores Tootais – ART T5 direcionaado para caada produto. O mesmoo
critérrio se apliccou ao gruupo de cusstos que nãão puderam m ser dividdidos em processos
p e
utilizzação de inssumo.
Como prremissa parra o cálculoo de custos foi considderado que o açúcar VHP, V açúcarr
cristaal, etanol anidro e etanol
e hidratado são os únicos produtos com valorr comerciall
produuzidos pelaas usinas. Dessa
D formaa desconsidderaram-se eventuais ffontes de reeceitas e dee
custoos industriais e adm ministrativoss adicionaais como, por exem mplo: da produção
p e
comeercializaçãoo do excedennte de eletriicidade, lev
veduras, baggaço, entre ooutros.
Para a criação
c de umu indicador de custo o comum, comparável
c a todas ass usinas, oss
custoos operacioonais foramm medidos em reais por p toneladaa de cana-de-açúcar processada.
p .
Desssa forma o COE do prrocessamennto industriaal de cana-dde-açúcar ffoi definido o de acordoo
com a equação (10):
(

(10)

Ondee:
COEinnd = custo opeeracional efetivvo do processsamento indusstrial da cana (R$/t);
(
MO = custo total dee mão-de-obraa (R$/t);
II = cuusto dos insum
mos industriaiis (R$/t);
MI = custo de manuutenção indusstrial (R$/t);
AI =ccusto de adminnistração induustrial (R$/t).

O grupo de custos referente à mão-de-ob bra foi deterrminado emm duas etap pas distintass
no leevantamentoo de dados. A primeiraa etapa consistiu na decclaração direeta dos custtos totais dee
mão--de-obra inddustrial da unidade
u inddustrial na safra
s 2008/22009. A seegunda etap pa consistiuu

5
O ART
A é uma medida
m represeentativa do teoor de açúcarees contido na cana-de-açúcar enquanto o ATR é umaa
medidda para pagam mento de cana e representa o teor de açúccares contido na
n cana-de-açúúcar descontaada das perdass
industtriais médias inerentes
i do processamento
p o da matéria-pprima.
722
no detalhamentoo dos custoos de salárioos por nívell de cargo, número de funcionário os em cadaa
cargoo, nível de salário,
s encaargos traballhistas, bônu
us assim como apresenntado na equ
uação (11).

(11)
Ondee:
c = cargo;
p = período (safra ou entrressafra);
MO = custo total de mão-dee-obra (R$/t);
QFc,p = quantidaade de funcionnários ocupanndo determinad do cargo em cada
c período;
NMp = número de meses de cada
c período (unidades);
(
Sc = salário médio
m mensal do cargo (R$$/mês);
Ec =encargoss trabalhistas médios
m mensaais relativos ao
o cargo (R$/m
mês);
Bc = bônus saalarial médio mensal do carrgo (R$/mês);
M = moagem m da usina na safra
s (toneladdas de cana).

A divisão dos custos de mão-dee-obra entree os tipos dee açúcar e eetanol foi deefinida peloo
rateioo dos custtos via ponnderação do d mix de produção de cada produto, callculado viaa
quanntidade totall de ART alocada
a para produção de cada prroduto incluuindo a quaantidade dee
perdaas industriaais. O mix de
d produçãoo de cada tippo de açúcaar é definiddo pela equaação (12), e
de caada tipo de etanol
e é deffinido pela equação
e (13
3).

çú
çú ,
çú (12)

,
(13)

Ondee:
Partaççúcar_tipo = proporção doos ARTs totais da cana proccessada alocadda a produçãoo de cada tipo de
açúcar (VHP P ou branco);
Partettanol_tipo = proporção doos ARTs totais da cana proccessada alocadda a produçãoo de cada tipo de
etanol (anidrro ou hidrataddo);
M = quantidade ded cana-de-açúúcar processad da em t;
Qteaçúúcar_tipo = quantidade dod tipo de açúccar (VHP ou branco)
b produuzido em t;
Polaçúúcar_tipo = polarizada doo tipo de açúccar (VHP ou branco)
b produzzido;
Martcana
c = ART (açúcarres redutores totais)
t médio da cana-de-aççúcar em kg/t;
PerdaasLBTI = perdas indusstriais comuns (soma das peerdas de lavagem, extração, torta e
indeterminaddas) em % do ART total daa cana;
Qteetanol_tipo = quantidade ded tipo de etannol (anidro e hidratado)
h prodduzida em m³;
CAetannol_tipo = concentraçãoo alcoólica do tipo de etano ol (anidro e hiddratado) em % de massa;
rendfeerm = rendimento prático
p d processo de fermeentação em %;;
efdest = eficiência doo processo de destilação emm %;
0,64755 = coeficiente de
d conversão de d ART em etaanol em L etaanol puro/kg A ART
0,95 = coeficiente de
d transformaçção de Pol em ART

733
Nas equações (12) e (13), os numeradores representam a quantidade de ART
equivalente dos produtos finais, mais perdas na destilaria para o caso do etanol. Já o
denominador refere-se à quantidade de ART contido na cana-de-açúcar processada menos as
perdas industriais comuns (lavagem, bagaço, torta e indeterminada).
Para a criação de um indicador comum a todas as usinas, a proporção de mão-de-obra
relativa à produção de açúcar e etanol foi então calculada pelas equações (14) e (15),
respectivamente.
çú
çú (14)
çú

(15)

Onde:
MOaçúcar_tipo = custos de mão-de-obra na produção de cada tipo de açúcar em R$ por t;
MOetanol_tipo = custos de mão-de-obra da produção de cada tipo de etanol em R$ por m³;
Partaçúcar_tipo = mix de produção de cada tipo de açúcar;
Partetanol_tipo = mix de produção de cada tipo de etanol;
MO = custo de mão-de-obra (R$/t);
M = moagem de cana da usina na safra em t;
Qteaçúcar_tipo = quantidade de cada tipo de açúcar produzido em t;
Qteetanol_tipo = quantidade de cada tipo de etanol produzido em m³;

Os custos de insumos industriais foram divididos em seis grupos típicos de insumos


consumíveis: químicos, eletrodos, embalagem, combustíveis, lubrificantes e eletricidade.
Além disso, os insumos foram divididos por operações industriais e tipo de produto (açúcar
branco, VHP, etanol anidro, etanol hidratado, caldo de cana, água, vapor) em que sua
utilização é necessária (equação 16):
∑ ∑ ∑ ,, , (16)

Onde:
o = operação industrial;
i = insumo utilizado;
t = tipo de produto
II = custo dos insumos industriais (R$/t);
QIo,p,i = quantidade insumo i utilizado na operação o para produção do produto p;
Po,i = preço médio pago pelo insumo i utilizado na operação o (R$/unidade);
M = moagem de cana da usina na safra em t.
Na delimitação de escopo dos custos industriais de manutenção, definem-se como
manutenção as operações de reparo de avarias e desgastes em equipamentos sem que ocorra
grande alteração de configuração. Exemplos típicos definidos como operações de manutenção
foram: reforma de moendas, motores, bombas, reparos de tubulações, instalações elétricas,
válvulas, pinturas e limpeza de equipamentos e prédios. Essa delimitação foi definida para
que não houvesse a sobreposição entre os custos de manutenção industrial e os custos de
investimentos industriais de expansão ou de depreciação de equipamentos. Foram delimitadas
74
como investimentos as operações de reforma com grandes mudanças de configuração de
equipamentos ou, aquisição de novos equipamentos e benfeitorias.
Assim, o custo total de manutenção do processamento industrial da cana-de-açúcar é
definido pela quantidade de itens de manutenção multiplicado pelo preço unitário de cada
item, os quais são classificados por operação industrial e grupo (materiais ou serviço)
conforme se observa na equação (17).

∑ ∑ , , , , (17)

Onde:
o = operação industrial;
g = grupo de custo (material ou serviço);
i = item de manutenção
MI = custo de manutenção industrial (R$/t);
PUMo,g,i = preço unitário de manutenção de cada item de manutenção i;
QMo,g,i = unidades de cada item de manutenção i;
M = moagem de cana da usina na safra em t.

Para a alocação dos custos dos insumos e manutenção industriais entre os diferentes
produtos (açúcar branco, açúcar VHP, etanol anidro e etanol hidratado) foram definidas três
etapas. Em cada etapa se define uma parcela de custo de cada produto. Na primeira etapa o
item de custo (insumo ou item de manutenção) já é definido diretamente para o açúcar
branco, açúcar VHP, etanol anidro ou etanol hidratado. Na segunda etapa, os custos são
definidos para uma operação industrial exclusiva para a produção do açúcar ou do etanol.
Nesse caso, ocorre a especificação do grupo de produto (açúcar ou etanol) produzido, mas
não do produto (açúcar branco, açúcar VHP, etanol anidro e etanol hidratado).
Conseqüentemente a parcela de custo de cada produto é calculada pela multiplicação do
custo do grupo de produto (açúcar ou etanol) pelo mix de produção de cada produto em
relação ao seu grupo (açúcar ou etanol). Na terceira etapa o custo é alocado a um processo
industrial comum a todos os produtos. Dessa forma, a terceira parcela de custo de cada
produto é calculada pelo produto entre o custo da operação industrial e o mix de produção do
produto – equações (12) e (13). O somatório das três parcelas de custos de cada produto
define um custo total da produção (em R$) o qual ao ser dividido pela produção de cada
produto cria um indicador de custo em R$ por unidade de produto (m³ o grupo etanol e t para
o grupo açúcar).
Para a composição final dos custos operacionais industriais é preciso adicionar o custo
administrativo industrial, o qual é dividido em grupos de custos administrativos anuais,
calculado conforme a equação (18).

∑ ∑ , (18)

75
Ondee:
AI = cuustos administrativos do deepartamento inndustrial em R$/t;
R
CAs,p = grrupos de custoos administrattivos em R$ divididos
d por grupo
g s e períoodo p
mesessp = núúmero de messes por períoddo p (safra e enntressafra)
s = cllasse de custo s
M = m
moagem de canna da usina naa safra em t

Para a alocação
a doos custos addministrativ
vos à produução de cadda tipo de açúcar
a ou a
etanool utilizou-sse o mesmoo critério de rateio deteerminado peelas equaçõees (12) e (13) e a idéiaa
de cáálculo de cuusto por unidade de prroduto proposta por (144) e (15). E Esses mesm mos critérioss
tambbém são váliidos para oss itens de cuustos deprecciação e cussto de capitaal.
O métoddo de deprreciação addotado foi o da deprreciação linnear, por questões q dee
simpplificação da coleta dee dados. Oss custos dee investimenntos industtriais foram m estimadoss
baseaados nos cuustos de invvestimentos de uma un nidade comppleta nova, em reais por toneladaa
de caana-de-açúccar processaada. O mesm mo critério foi adotadoo para o vaalor residual do capitall
depreeciado, umaa vez que, em teoria, caso as dep preciações anuais das instalaçõess industriaiss
sejam
m continuam mente repoostas, os eqquipamento os são manntidos como novos, conforme
c a
equaação (20):

(20)
Ondee:
a = grupo de prooduto (açúcar ou etanol);
DII = depreciação do investimennto industrial (R$/t);
(
VIa = valor do inveestimento induustrial destinaado à produção
o de a (em R$$/t);
VRa = valor residuaal do investim
mento industriaal destinado à produção de a (em R$/t);
VU = vida útil estiimado no inveestimento induustrial (medidaa em anos).

Para a alocação dosd custos de deprecciação entree açúcar e etanol uttilizou-se a


diferrenciação de
d custos de investimeento em in nstalações industriais ppara o processamentoo
propostas por Assis
A (20077) e Ieda (22008). Seg gundo esse critério, os custos em m reais porr
tonellada de canna-de-açúcarr processadda para a prrodução de açúcar sãoo 20% maio ores que oss
mesm mos investimmentos paraa a produçãoo de etanol.
Para obttenção do custo
c industtrial operacional total foram adiccionados ao COEind dee
proceessamento da cana-dee-açúcar oss custos dee depreciaçções das innstalações industriais,,
incluuindo neste caso máquiinas, equipaamentos, veíículos e edificações (eqquação 21):
(21)
Ondee:
COTinnd = custo opeeracional total do processam
mento industrial da cana (R$$/t);
COEinnd = custo opeeracional efetiivo do processsamento indusstrial da cana (R$/t);
(
DII = depreciação do investimennto industrial (R$/t).
(

O valor de investim
mento considderado, e allocação de custos
c para açúcar e ettanol foram
m
os mesmos
m adootados paraa os cálculoos de custo
os de depreeciação. Deessa forma o custo dee
766
oporttunidade dod capital investido
i p
para o processamentoo industriall foi calcu
ulado comoo
indiccado pela eqquação (22):

(22)
Ondee:
a = tippo de grupo ded produto (aççúcar ou etanool);
COI = custo de opoortunidade do capital investtido nas installações industriiais (em R$/t));
VIa = valor do inveestimento induustrial destinaddo à produção
o de a (em R$//t);
r = taaxa de juros reeal do período (em % a.a.).

A taxa reeal de juross designada para o cálcculo de custoo de oportuunidade do capital


c foi a
mesm ma considerrada para a definição dos d custos de d oportuniddade do cappital dos inv
vestimentoss
agríccolas.
Finalmennte, para obbtenção do custo
c total de
d processam mento da caana-de-açúccar, somou--
se aoo COT do processamennto industriaal da cana-d de-açúcar, o custo de ooportunidadee do capitall
invesstido nas insstalações inndustriais, coomo indicaddo pela equuação (23).
(23)
Ondee:
CTind= custo totall do processam mento de canaa (R$/t);
COTinnd = custo opeeracional total do processam
mento industriaal da cana (R$$/t);
COI = custo de opoortunidade do capital investtido nas installações industriiais (em R$/t)).

3. Cálculo do custo
c de proodução adm
ministrativ
vo

O custo de produçãão administtrativo das usinas se refere


r aos ccustos relaccionados aoo
depaartamento addministrativvo das unidaades agroindustriais oss quais foram
m classificaados apenass
na foorma de cuusto total. Esses
E custoss foram divvididos em três
t componentes básiicos: custoss
com mão-de-obbra, despesaas administtrativas diveersas e cussto financeiiro de capittal de giro,,
comoo apresentaddo na equaçção. Para a criação de um
u indicadoor de custo comum, co omparável a
todass as usinas, os custos administrattivos foram medidos em reais porr tonelada de d cana-de--
açúcar processaada. Dessa forma
f o CTT administraativo foi deefinido de aacordo comm a equaçãoo
(24)::

(24)

Ondee:
CTadmm = custos tootais do deparrtamento admiinistrativo (R$$/t);
MOa = custos comc mão-de-obra do departaamento admin nistrativa (R$//t);
DAD = custos ccom despesas administrativa
a as diversas do
o departamentoo administratiivo (R$/t);
CFCG G = custos financeiros
f com m capital de giro
g (R$/t).

777
Os custos de mão-de-obra e com despesas diversas do departamento administrativo
foram destacados de forma análoga aos do departamento industrial, e são apresentados pelas
equações (25) e (26) respectivamente.

∑ (25)

∑ ∑ (26)

Onde:
c = cargo;
MOa = custo total de mão-de-obra do departamento administrativo (R$/t);
QFac = quantidade de funcionários do departamento administrativo em cada cargo;
Sac = salário médio mensal do cargo (R$/mês);
Eac = encargos trabalhistas médios mensais relativos ao cargo (R$/mês);
Bac = bônus salarial médio mensal do cargo (R$/mês);
M = moagem da usina na safra (toneladas de cana)
12 = número de meses do ano.
DAD = custos administrativos diversos do departamento administrativo (R$/t);
CAas = custos de cada grupos de custos administrativos s do departamentos administrativo (R$)
s = classe de custo s
M = moagem da usina na safra (em toneladas)

Os custos de capital de giro foram levantados e calculados de duas formas alternativas.


A primeira forma consistiu na declaração direta de todos os financiamentos de capital de giro
obtidos pela unidade agroindustrial ao longo da safra 2008/2009. A segunda forma foi
baseada no cronograma de produção, estocagem e comercialização dos produtos, estimando-
se nesses casos as entradas e saídas de caixa para se obter as demandas mensais de capital de
giro ao longo da safra. Apenas a primeira forma de calculo de capital de giro foi considerada,
uma vez que a segunda forma possuiu baixíssimo índice de respostas consistentes e
completas. A equação (27) apresenta a forma utilizada nesse levantamento para o cálculo do
capital de giro.
∑ (27)

Onde:
CFCG = custos financeiros com capital de giro (R$/t);
f = financiamentos de capital de giro obtidos ao longo da safra
FCGf = valor financiado de capital de giro no financiamento f (R$)
PFf = duração do financiamento f (meses)
TFf = taxa de juro praticada pelo financiamento f (% a.m)
M = moagem da usina na safra (toneladas de cana)

78
4. Cálculo do custo do açúcar e etanol

O cálculo do custo do açúcar e etanol é realizado pela soma dos custos agrícolas,
industriais e administrativos ponderados pelo mix de produção de cada produto, como
apresentado nas equações (12) e (13).
O custo da tonelada de cana processada é calculado pela soma entre média ponderada
da participação entre o preço da cana pago ao fornecedor e o custo de produção da própria da
usina, com destacado na equação (28).

ç (28)
Onde:
CTcana = custo total da cana (R$/t)
CT = custo total de produção da cana própria (R$)
PPCprop = participação percentual de cana própria na moagem da usina (%)
Preçocana = preço médio pago pela cana (R$/t)
PPCforne = participação percentual de cana de fornecedores na moagem da usina (%)

A equação (29) representa o cálculo de custo dos diferentes tipos de açúcar, e a


equação (30) os de etanol.

çú
çú çú
(29)
çú

(30)

Onde:
CTaçúcar_tipo = custo total de cada tipo de açúcar produzido (R$/t de açúcar)
CTetanol_tipo = custo total de cada tipo de etanol produzido (R$/m³ de etanol)
CTindaçúcar_tipo = custo total industrial de cada tipo de açúcar produzido (R$/t de açúcar)
CTindetanol_tipo = custo total industrial de cada tipo de etanol produzido (R$/m³ de etanol)
CTadm = custo total do departamento administrativo das unidades agroindustriais (R$/t)
CTcana = custo total da cana (R$/t)
Partaçúcar_tipo = mix de produção de cada tipo de açúcar;
Partetanol_tipo = mix de produção de cada tipo de etanol;
M = moagem da usina na safra (toneladas de cana);
Qteaçúcar_tipo = quantidade de cada tipo de açúcar produzido (t);
Qteetanol_tipo = quantidade de cada tipo de etanol produzido (m³);

79
ANEXO B – Questionário administrativo

SALÁRIOS
Nome da empresa: Data:
Localização (Cidade): UF:
Nome do entrevistado: Cargo
Telefone: Celular:
E-mail:

Número de
Número de Bônus e
Função funcionários Salários Encargos Unidade
funcionários safra horas extras R$/ano
entressafra
Diretor
Superintendente
Gerente
Gestor
Coordenador
Profissional de nível superior
Analista
Encarregado
Técnico especializado
Técnico
Assistente
Auxiliar

INSUMOS ADMINISTRATIVOS
Nome da empresa:
Localização (Cidade):
Nome do entrevistado:
Telefone:
E-mail:

DESPESAS ADMINISTRATIVAS DO DPTO MENSAL MENSAL


TOTAL ANUAL
ADMINISTRATIVO SAFRA ENTRESSAFRA
Alimentos e confraternizações (R$)
Assistência social (enfermaria, médicos, etc)
Assistência técnica e consultorias (R$)
Bolsas de estudo (R$)
Contas: água, telefone, correios, etc. (R$)
Comissões de venda (R$)
Cursos e treinamento (R$)
Fretes (R$)
Material de escritório (R$)
Marketing (R$)
Restaurante da usina (R$)
Seguros (R$)
Taxas de comercialização de energia elétrica (R$)
Transporte de pessoal (R$)
Tarifas bancárias (R$)
Uniformes e EPI(R$)
Viagens e diárias (R$)
Diversos (Pintura, mat. Limpeza, copa e cozinha, etc)

DESPESA ADMINISTRATIVA TOTAL

80
FINANCEIRO
Nome da empresa: Data:
Localização (Cidade): UF:
Nome do entrevistado: Cargo
Telefone: Celular:
E-mail:

Taxa de Data de TOTAL


Identificação do Valor Tempo de
Financiador juros início de Unidade ANUAL
financiamento (objetivo) Unidade Financiado financiamento
(%) financiamento (R$)

Custo financeiro total 0


Contrato de venda de Data de TOTAL
Valor Tempo de
produtos com antecipação Produto início de Unidade ANUAL
Unidade Financiado financiamento
de pagamento financiamento (R$)

COMERCIALIZAÇÃO
Nome da empresa: Data:
Localização (Cidade): UF:
Nome do entrevistado: Cargo
Telefone: Celular:
E-mail:

estoque
estoque fim
Mês início de mar/08 ... abr/09 Médias
de safra
safra
branco ...
Açúcar
VHP ...
(sacas 50Kg)
outros ...
Produção
anidro ...
Etanol
hidratado ...
(m³)
outros ...
branco ...
Açúcar
VHP ...
(sacas 50Kg)
outros ...
Vendas
anidro ...
Etanol
hidratado ...
(m³)
outros ...
branco ...
Açúcar
VHP ...
(t ou sacas)
outros ...
saldos
anidro ...
Etanol
hidratado ...
(m³)
outros ...
branco ...
Açúcar
VHP ...
(R$/saca 50Kg)
Preço médio de outros ...
venda anidro ...
Etanol
hidratado ...
(R$/m³)
outros ...

81
CRONOGRAMA COMPRA DE INSUMOS
Nome da empresa: Data:
Localização (Cidade): UF:
Nome do entrevistado: Cargo
Telefone: Celular:
E-mail:

estoque início de estoque fim


Mês mar/08 ... abr/09
safra de safra
fertilizante ...
Desembolsos herbicida ...
insumos agrícolas (R$) serviços + fretes ...
outros ...
cana de fornecedor ...
insumos ...
Desembolsos
peças ...
insumos industriais (R$)
serviços + fretes ...
outros ...
financiamentos ...
Desembolsos despesas
insumos ...
financeiras (R$)
outros ...
Administração salários industriais ...
salários administrativos ...
adm depto adm ...
adm industrial ...

82

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