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Exercício 4 da ficha 1:
Uma empresa de fornecimento de televisão por cabo pretende lançar um novo canal e
realizou uma sondagem junto de 100 agregados familiares na cidade Y. Nesta amostra
19 responsáveis pelo agregado familiar declararam ter uma forte intenção de aderir ao
novo canal.
a) Com base nesta amostra e com um nível de significância de 5%, elabore um teste de
hipóteses que permita obter evidência de que mais de 10% dos responsáveis pelos
agregados familiares tem forte intenção de aderir ao novo canal. Utilize o teste
assintótico com aproximação pelo teorema limite central. Calcule e interprete o valor p.
Recordar:
𝑝(1−𝑝)
𝐸[𝑃̅] = 𝑝 e √𝑉𝐴𝑅[𝑃̅ ] = √ ,
𝑛
No exercício temos n=100 e por isso estamos a usar uma amostra grande.
Exercício 4 a) da ficha 1.
Pretendemos defender que mais de 10% dos responsáveis pelos agregados familiares
tem forte intenção de aderir ao novo canal e por isso formulamos a hipótese alternativa
como: 𝐻1: 𝑝 > 0.1. Temos então:
𝐻1: 𝑝 > 0.1
𝐻0: 𝑝 ≤ 0.1
Definimos 𝑝0 = 0.1, que é o valor da proporção populacional que está nas hipóteses.
Porque a amostra é grande (n>30), escolhemos a seguinte estatística de teste (ET):
𝑃̅ −𝑝0
𝑃[ ≥ 3] ≈ 𝑃[𝑍 ≥ 3 ] = 1 − 𝐹𝑍 (3) =1-0.9987=0.0013
𝑝 (1−𝑝0)
√ 0
𝑛
Decisão: O valor p é muito baixo (inferior ao nível de significância igual a 0.05) e por isso
rejeitamos H0 e temos forte evidência estatística que a proporção de responsáveis dos
agregados familiares com forte intenção de aderir ao novo canal é superior a 10%.
Exercício 6 da ficha 1:
Considere a amostra de 100 agregados familiares da cidade Y onde 38 têm cartão cliente
e 62 não têm. No grupo dos que têm cartão cliente, a média do grau de satisfação é igual
a 8.08 e o desvio padrão é igual a 1.92. No grupo dos que não têm cartão cliente, a média
do grau de satisfação é igual a 6.94 e o desvio padrão é igual a 2.39.
a) Será que se pode concluir, com um nível de significância de 1%, que em média os
clientes que têm cartão estão mais satisfeitos que os clientes que não têm cartão? Utilize
o teste T para duas amostras independentes assumindo variâncias iguais nos grupos.
b) Resolva a alínea anterior utilizando o teste T para duas amostras independentes, não
assumindo variâncias iguais nos grupos.
Exercício 6 a) da ficha 1.
Pretendemos defender que a média do grau de satisfação é maior no grupo dos que têm
cartão que no grupo dos que não têm cartão e por isso definimos:
𝑋̅1 − 𝑋̅2
𝑇= ~ 𝑡 𝑆𝑡𝑢𝑑𝑒𝑛𝑡 (𝑛1 + 𝑛2 − 2)
1 1
√𝑆𝑝2 ( + )
𝑛1 𝑛2
(38−1)1.922 +(62−1)2.392
𝑠𝑝2 = = 4.95
38+62−2
8.08 − 6.94
𝑡= = 2.49
√4.95 ( 1 + 1 )
38 62
Valor p =
𝑃[da ET assumir um valor igual ao observado ou mais extremo contra H0 | se H0 verdadeira]
𝑋̅1 −𝑋̅2
𝑃[ 1 1
≥ 2.49] ≈ 𝑃[𝑍 ≥ 2.49 ] = 1 − 𝐹𝑍 (2.49) =1-0.9936=0.0064
√𝑆𝑝2 (𝑛 +𝑛 )
1 2
Decisão: O valor p é muito baixo (inferior ao nível de significância igual a 0.05) e por isso
rejeitamos H0 e temos forte evidência estatística que a média do grau de satisfação é
maior no grupo dos que têm cartão do que no grupo dos que não têm cartão.
Exercício 6 b) da ficha 1.
Pretendemos defender que a média do grau de satisfação é maior no grupo dos que têm
cartão que no grupo dos que não têm cartão e por isso definimos:
𝐻1: 𝜇1 > 𝜇2 que é equivalente a
𝐻1: 𝜇1 − 𝜇2 > 0
𝐻0: 𝜇1 − 𝜇2 ≤ 0
Vamos usar o teste T para amostras independentes, não admitindo variâncias iguais.
Não admitindo variâncias nos grupos iguais, vamos escolher a seguinte estatística de
teste, que sob a validade de H0, tem distribuição t Student, se as populações forem
normais.
Para determinar v (os graus de liberdade da t Student) temos de usar uma expressão
muita complicada mas vamos usar amostras grandes e com 𝑛1 + 𝑛2 − 2 ≥ 30, usamos
o teorema limite central e a aproximação pela normal padrão.
Como é pedido no enunciado, escolhemos 0.05 para o nível de significância, ou seja,
𝛼 =P(Erro tipo I)=0.05.
Quando é que temos evidência contra a hipótese nula? Resposta: quando a média
observada no grupo dos que têm cartão é superior à média observada no grupo dos que
não têm cartão. Ou seja, quando o valor observado da ET é positivo, ou seja, quando
observamos valores na cauda direita.
Valor observado da ET:
8.08 − 6.94
𝑡= = 2.62
2 2
√1.92 + 2.39
38 62
Valor p =
𝑃[da ET assumir um valor igual ao observado ou mais extremo contra H0 | se H0 verdadeira]
𝑋̅1 −𝑋̅2
𝑃[ 1 1
≥ 2.62] ≈ 𝑃[𝑍 ≥ 2.62 ] = 1 − 𝐹𝑍 (2.62) =1-0.9956=0.0044.
√𝑆𝑝2 (𝑛 +𝑛 )
1 2
Decisão: O valor p é muito baixo (inferior ao nível de significância igual a 0.05) e por isso
rejeitamos H0 e temos forte evidência estatística que a média do grau de satisfação é
maior no grupo dos que têm cartão do que no grupo dos que não têm cartão.
Interpretação do valor p: A probabilidade da estatística de teste assumir um valor igual
ao observado de 2.62 ou outro mais extremo contra H0, admitindo H0 verdadeira, é
igual a 0.0044.
Ilustração do valor p no teste unilateral com uma área a vermelho na densidade da
normal padrão:
Vamos usar o teste T para amostras emparelhadas (são amostras não independentes).
Sob a validade de H0 e com uma população normal, temos a seguinte estatística de teste
e o seu comportamento de probabilidade. Para amostras grandes, podemos ter
qualquer população e utilizamos o teorema limite central.
𝐷̅
𝑇= ~ 𝑡 𝑆𝑡𝑢𝑑𝑒𝑛𝑡 (𝑛 − 1)
𝑆𝐷
√𝑛
Temos evidência contra H0 quando a média observada das diferenças é superior a 0, ou
seja, quando o valor observado da ET é positivo, ou seja, quando observamos valores na
cauda direita.
Se escolhermos para a RC, valores acima do quantil 0.01 então no caso da hipótese nula
ser verdadeira, a probabilidade de rejeitar H0 é igual a 0.01. Ou seja, acabámos de
controlar a P(Erro tipo I) como igual a 0.01.
Vamos obter o quantil 0.025 na tabela da t-Student, escolhendo 5 graus de liberdade e
o quantil 0.025.
(di -
trimestre1 trimestre2 D=Y-X méd.)^2
221,3 261,1 39,8 36,60
143,6 172,8 29,2 277,22
124,3 153,6 29,3 273,90
332,8 397,5 64,7 355,32
161,2 192,2 31 220,52
445,2 526,3 81,1 1242,56
275.1
Média das diferenças: 𝑑̅ = = 45.85
6
2 ∑𝑛 ̅ 2
𝑖=1(𝑑1 −𝑑 ) 2406.14
Variância das diferenças: 𝑠𝐷 = = = 481.23
2 6−1
Desvio padrão das diferenças: 𝑠𝐷 = √481.23 = 21.94
𝑑̅ 45.85
𝑡= 𝑠 = = 5.12
𝐷 21.94
√𝑛 √6
O valor observado da estatística de teste (t=5.12) pertence à REGIÃO CRÍTICA e por
isso existe evidência forte estatística para rejeitar H0 com um nível de significância de
1%.
𝑡 = 5.12 ∈ 𝑅𝐶
CONCLUSÃO: Com os dados obtidos na amostra de vendas de 6 lojas em 2 trimestres,
temos forte evidência estatística que o anúncio publicitário aumenta a média das vendas
trimestrais.