Você está na página 1de 51

1

INTRODUÇÃO

A Academia Militar é uma instituição de Ensino Superior criada pelo decreto nº


62/2003, de 24 de Dezembro, do Conselho de Ministros, cuja vocação é de desenvolver
actividades de ensino, de investigação e de apoio à comunidade com a finalidade
essencial de formar oficiais destinados aos Quadros Permanentes das Forças Armadas de
Defesa de Moçambique (FADM), capazes de fazer face às exigências do Combate
moderno inter-armas em toda sua dimensão no actual contexto do acelerado
desenvolvimento técnico – científico.
Ela inspira-se na epopeia libertadora dos jovens de 25 de Setembro de 1964 e nas
tradições históricas de Kongwa, Nachingueiwa e da Escola Militar ―Marechal Samora
Machel‖, cumprindo desta forma um dos ensinamentos do seu patrono: ―Só aprendendo
se pode dirigir e dirigir significa aprender sempre‖.
Para o cumprimento cabal desses ditames exige-se dos docentes e estudantes algum
direccionamento formal na apresentação dos trabalhos académicos e de graduação.

Para elaboração desse guião tomou-se como base de estudo e debate os modelos
assumidos pelas Instituições do Ensino Superior Públicas e privadas como UEM, UP,
além das normas da American Psychological Association (APA) e ABNT. O grupo de
docentes comissionado para elaborar este guião entendeu que o guião vai assessorar de
forma adequada os docentes e os estudantes no processo de Ensino-Apremdizagem em
geral e especificamente aos finalista nos Trabalhos de Investigação Aplicada (TIA).

O trabalho está dividido em três grandes partes. A primeira trata-se de aspectos Pré-
Textuais, corpo do trabalho e partes Pós-Textuais. A segunda parte aborda a generalidade
de alguns elementos da estrutura de trabalho e a última trata-se de referências
bibliográficas e citações.
Participaram na elaboração deste guião cinco oficiais afectos na Academia Militar
nomeadamente:
2

Doutorando Pedro Marcelino, Chefe de serviços de administração escolar


Doutorando José Greia, Docente Metodologia e Investigação Cientifica
Doutorando António Luís Gonzaga, docente de Geografia Militar e Geopolítica
Doutorando Artur Juma, docente de Recursos Humanos
Doutorando Celestino Pedro Mutereda Dias, docente de Instrução Militar Geral

Nampula, ----- de Agosto de 2011


3

Elementos Pré-Textuais1
Os elementos pré-textuais são os que antecedem o texto, contendo as informações que
identificam o trabalho.
CAPA
Elemento obrigatório onde constam os dados de identificação:
 Nome da Instituição
 Nome do autor
 Título do trabalho
 Local
 Ano

Formatação
- Fonte: Times New Roman ou Arial ;
- Tamanho : 12 negrito, centralizado, espaçamento entrelinhas 1,5.
- Nome da Instituição, do autor e o título do trabalho devem estar em caixa alta

1
Gonçalves, Bento (2009). Manual de formação de trabalhos.: Instituto federal de ed. Ciência e
Tecnilogia. Rio Grande do Sul – Campus Bentos Gon,calves.
4

3cm

ACADEMIA MILITAR ―MARECHAL SAMORA MACHEL‖

AUTOR

TÍTULO DO TRABALHO
Subtítulo (se houver)
3cm
2cm

Cidade

Ano

2cm
5

Formatação; Times New Roman/Arial, tamanho 12, negrito centralizado, espaçamento


entre linhas 1,5, descrição e orientador.

AUTOR

TÍTULO DO TRABALHO
Subtítulo (se houver)

Trabalho de conclusão do curso


8cm Para a obtenção do grau de licenciatura
Em ciências militares na especialidade de
…. Submetido a AMMSM

Orientado: Professor/Tutor

Local (cidade)

Ano

Folha do Rosto
6

SUMÁRIO/ ÍNDICE
Elemento obrigatório. O sumário é a enumeração das principais divisões, secções e outras
partes do trabalho, seguido das páginas das respectivas folhas onde consta a matéria
indicada.
Formatação
Título: todo em caixa alta, sem numeração, centralizado na página, negrito e com dois
espaços de 1.5 entre as linhas.
Os títulos das secções devem apresentar a mesma ordem em que estão dispostos no
trabalho.
Os elementos pré-textuais não devem figurar no sumário.
7

SUMÁRIO
2 Espaços de 1.5

1. INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------08
1.1 Justificativa ---------------------------------------------------------------------09
1.2 Objectivos -----------------------------------------------------------------------10
1.3 Hipóteses -----------------------------------------------------------------------11
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA -------------------------------------------12
2.1 Ecossistemas -----------------------------------------------------------------17
2.2 Agropecuária -----------------------------------------------------------------22
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS -------------------------------23
3.1 Tipos de pesquisa -----------------------------------------------------------24
3.2 Métodos ----------------------------------------------------------------------25
4. ANALISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS -------------------------120
4.1 Conclusões------------------------------------------------------------------180
4.2 Recomendações ----------------------------------------------------------182
REFERÊNCIAS ------------------------------------------------------------------183
APNDICES -----------------------------------------------------------------------184
ANEXOS---------------------------------------------------------------------------185

Modelo de sumário
8

É importante referir que a partir do sumário até ao resumo a paginação é feita em


algarismos romanos ( i,ii,iii ...) enquanto que, da introdução até
conclusões/recomendações é feita em algarismos arábicos ( 1,2,3 ...)

Errata (Opcional)
Lista de erros, com as devidas correcções e indicação das páginas e, quando possível das
linhas em que os mesmos aparecem. Deve ser impressa numa folha sob o cabeçalho
―Errata‖.

Dedicatória (Opcional)
Texto geralmente curto, no qual o autor presta homenagem ou dedica o seu trabalho a
alguém.
Agradecimento (opcional)
Tabelas, Quadros, Gráficos (Opcionais), conforme a orientação do professor e/ou
orientador. Quer dizer os elementos pré-textuais podem ser:
Capa .................................................................(obrigatório)
Folha de rosto ...................................................(obrigatório)
Errata .................................................................... (opcional)
Folha de aprovação.............................................(obrigatório)
Dedicatória............................................................. (opcional)
Agradecimentos...................................................... (opcional)
Epígrafe.................................................................. (opcional)
Resumo e Abstract .............................................(obrigatório)
Sumário .............................................................(obrigatório)
Listas de ilustrações, abreviaturas
e siglas, símbolos etc. ............................................... (opcional)

Nota: Resumo (obrigatório)


O resumo reflecte toda a pesquisa de forma sumária, mas de forma clara, concisa, não
tendo mais de 250 palavras caso de monografia de graduação e 500 de dissertação e tese.
9

Deve dar ênfase os aspectos como: tema, objectivo, métodos e técnicas usados para lidar
com o problema, o resultado e as conclusões do trabalho (ver página 34)

1. As Etapas da Pesquisa2
A pesquisa é um procedimento reflexivo e crítico de busca de respostas para problemas
ainda não solucionados. O planeamento e a execução de uma pesquisa fazem parte de um
processo sistematizado que compreende etapas que podem ser detalhadas da seguinte
forma:
1)Escolha do tema;
2) Formulação do problema;
3) Justificativa;
4) Determinação de objectivos;
5) Formulação das Hipóteses;
6) Revisão da Literatura
7) Procedimentos Metodológicos;
8) Colecta de dados;
9) Tabulação de dados;
10) Análise e discussão dos resultados;
11) Conclusão da análise dos resultados.
12) Referências Bibliográficas
13) Anexos / Apêndices
1. 2 Escolha do Tema
Nesta etapa você deverá responder à pergunta: ―O que pretendo abordar?‖ O tema é um
aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar ou desenvolver.
Escolher um tema significa eleger uma parcela delimitada de um assunto, estabelecendo
limites ou restrições para o desenvolvimento da pesquisa pretendida. A definição do tema
pode surgir com base na sua observação do quotidiano, na vida profissional, em
programas de pesquisa, em contacto e relacionamento com especialistas, no feedback de
pesquisas já realizadas e em estudo da literatura especializada (BARROS; LEHFELD, 1999). A

2
Silva, Edna Lúcia da.(2001). Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação.3. ed. rev.
Actual. – Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC,
10

escolha do tema de uma pesquisa, em um Curso de Pós-Graduação, está relacionada à


linha de pesquisa à qual você está vinculado ou à linha de seu orientador. Você deverá
levar em conta, para a escolha do tema, sua actualidade e relevância, seu conhecimento a
respeito, sua preferência e sua aptidão pessoal para lidar com o tema escolhido.
Definido isso, você irá levantar e analisar a literatura já publicada sobre o tema.
1.3 Delimitação
É imperioso estabelecer as balizas do estudo
a) Espacial (local do tema / problema e o da pesquisa)
b) Temporal (tempo em que ocorre o problema)
c) Teórica (teoria de referência)
Deve-se explicar e / ou justificar devidamente os pontos descritos acima.
1.4 Formulação do Problema
Nesta etapa reflecte-se sobre o problema que se pretende resolver na pesquisa, se é
realmente um problema e se vale a pena tentar encontrar uma solução para ele. A
pesquisa científica depende da formulação adequada do problema, isto porque objectiva
buscar sua solução
1.4.1 O que é um problema de pesquisa?
Na acepção científica, ―problema é qualquer questão não solvida e que é objecto de
discussão, em qualquer domínio do conhecimento‖ (Gil, 1999, p.49). Problema, para
Kerlinger (1980, p.35), ―é uma questão que mostra uma situação necessitada de
discussão, investigação, decisão ou solução‖. Simplificando, problema é uma questão que
a pesquisa pretende responder. Todo o processo de pesquisa irá girar em torno de sua
solução.
1.4.2 A escolha do problema de pesquisa
Muitos factores determinam a escolha de um problema de pesquisa. Para Rudio (2000), o
pesquisador, neste momento, deve fazer as seguintes perguntas:
o problema é original?
o problema é relevante?
 ainda que seja ―interessante‖, é adequado para mim?
tenho possibilidades reais para executar tal pesquisa?
existem recursos financeiros que viabilizarão a execução do projecto?
11

terei tempo suficiente para investigar tal questão?


existe a bibliografia relativo ao problema?
O problema sinaliza o foco do que se vai pesquisar. Aspectos a considerar na escolha do
foco:
a relevância do problema: o problema será relevante em termos científicos
quando propiciar conhecimentos novos à área de estudo e, em termos práticos, a
relevância refere-se aos benefícios que sua solução trará para a humanidade, país,
área de conhecimento, etc.;
a oportunidade de pesquisa: escolhe-se determinado problema considerando a
possibilidade de obter prestígio ou financiamento.

1.4.3 Formulação do problema de pesquisa


Na literatura da área de metodologia científica podem-se encontrar muitas
recomendações a respeito da formulação do problema de pesquisa. Gil (1999) considera
que as recomendações não devem ser rígidas e devem ser observadas como parâmetros
para facilitar a formulação de problemas. Veja algumas dessas recomendações:
a) o problema deve ser formulado como pergunta, para facilitar a identificação do que se
deseja pesquisar;
b) o problema tem que ter dimensão viável: deve ser restrito para permitir a sua
viabilidade. O problema formulado de forma ampla poderá tornar inviável a realização da
pesquisa;
c) o problema deve ter clareza: os termos adoptados devem ser definidos para esclarecer
os significados com que estão sendo usados na pesquisa;
d) o problema deve ser preciso: além de definir os termos é necessário que sua aplicação
esteja delimitada. Para melhor entendimento de como deve ser formulado um problema
de pesquisa, observe os exemplos abaixo (Martins, 1994):

Tema: Recursos Humanos


Titulo: Perfil ocupacional
Problema: Qual é o perfil ocupacional dos docentes da AM?
12

Tema: Finanças
Titulo: Comportamento dos fornecedores
Problema: Quais os comportamentos dos fornecedores de víveres na AM?

Tema: Organizações
Titulo: Cultura organizacional
Problema: Qual é a relação entre cultura organizacional e o desempenho funcional dos
trabalhadores do centro de recrutamento de Nampula?

Tema: Recursos Humanos


Titulo: Incentivos e desempenhos
Problema: Qual é a relação entre incentivos salariais e desempenho dos trabalhadores
civis nas FADM?.

1.5 JUSTIFICATIVA
Nesta etapa reflecte-se sobre ―o porquê‖ da realização da pesquisa procurando identificar
as razões da escolha do tema e sua importância. Pergunte-se a si mesmo: o tema é
relevante e, se é, por quê? Quais os pontos positivos que se percebem na abordagem
proposta? Que vantagens e benefícios que se pressupõem que sua pesquisa irá
proporcionar? A justificativa deverá convencer quem for ler o projecto, com relação à
importância e à relevância da pesquisa proposta.
A justificativa é pessoal, deveria ter, no máximo, duas páginas e não inclui citações.
( Richardson, 1999:57 ).
13

1.6 Determinação dos Objectivos: GERAL e ESPECIFICOS


Toda pesquisa deve ter um objectivo determinado para saber o que se vai procurar e o
que se pretende alcançar.
Respondem às perguntas: por quê ? Para quê ? Para quem ? O objectivo torna
explícito o problema, aumentando os conhecimentos sobre determinado assunto. Nessa
etapa, explicam-se os objectivos gerais e específicos a serem utilizados durante a
investigação. Esses deverão ser extraídos directamente dos problemas levantados na
pesquisa.
Os Objectivos podem ser Gerais e Específicos.
Gerais: definem, de modo geral, o que se pretende alcançar com a realização da
pesquisa.
Específicos: definem etapas que devem ser cumpridas para alcançar o objectivo geral.

Nesta etapa pensar-se-á a respeito de sua intenção ao propor a pesquisa. Deverá sintetizar
o que pretende alcançar com a pesquisa. Os objectivos devem estar coerentes com o
problema proposto e a justificativa. O objectivo geral será a síntese do que se pretende
alcançar, e os objectivos específicos explicitarão os detalhes e serão um desdobramento
do objectivo geral. Os objectivos informarão quais os resultados que pretende alcançar ou
qual a contribuição que sua pesquisa irá efectivamente proporcionar. Os enunciados dos
objectivos devem começar com um verbo no infinitivo e este verbo deve indicar uma
acção passível de mensuração. Como exemplos de verbos usados na formulação dos
objectivos, podem-se citar:
determinar estágio cognitivo de conhecimento: os verbos apontar, arrolar, definir,
enunciar, inscrever, registar, relatar, repetir, sublinhar e nomear;
determinar estágio cognitivo de compreensão: os verbos descrever, discutir,
esclarecer, examinar, explicar, expressar, identificar, localizar, traduzir e transcrever;
determinar estágio cognitivo de aplicação: os verbos aplicar, demonstrar, empregar,
ilustrar, interpretar, inventariar, manipular, praticar, traçar e usar;
14

„ determinar estágio cognitivo de análise: os verbos analisar, classificar, comparar,


constatar, criticar, debater, diferenciar, distinguir, examinar, provar, investigar e
experimentar;
determinar estágio cognitivo de síntese: os verbos articular, compor, constituir,
coordenar, reunir, organizar e esquematizar;
Determinar estágio cognitivo de avaliação: os verbos apreciar, avaliar, eliminar,
escolher, estimar, julgar, preferir, seleccionar, validar e valorizar.

1.7 Formulação de Hipóteses/ Questões de Pesquisa


1.7.1 O que são hipóteses
- São as proposições testáveis que podem vir a ser a solução do problema;
- São respostas antecipadas a solução do problema.
-Soluções tentativas, previamente seleccionadas do problema de pesquisa.
-― Em muitos casos, as hipóteses são palpites que o investigador possui sobre a existência
de relações entre variáveis‖(Verma e Besrd, (1981:184) Apoud Bell ( 1997:35).
Um mesmo problema pode ter muitas hipóteses, que são soluções possíveis para a sua
resolução. As hipóteses orientarão o planeamento dos procedimentos metodológicos
necessários à execução da sua pesquisa. O processo de pesquisa estará voltado para a
procura de evidências que comprovem, sustentem ou refutem a afirmativa feita na
hipótese. A hipótese define até aonde você quer chegar e, por isso, será a directriz de todo
o processo de investigação. A hipótese é sempre uma afirmação, uma resposta
possível ao problema proposto. As hipóteses podem estar explícitas ou implícitas na
pesquisa. Quando analisados os instrumentos adoptados para a colecta de dados, é
possível reconhecer as hipóteses subjacentes (implícitas) que conduziram a pesquisa (Gil,
1991). Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação Para Luna (1997), a
formulação de hipóteses é quase inevitável, para quem é estudioso da área que pesquisa.
Geralmente, com base em análises do conhecimento disponível, o pesquisador acaba
―apostando‖ naquilo que pode surgir como resultado de sua pesquisa. Uma vez
formulado o problema, é proposta uma resposta suposta, provável e provisória
(hipótese), que seria o que ele acha plausível como solução do problema.
15

1.7.2 Características das hipóteses


Muitos autores já determinaram as características ou critérios necessários para a validade
das hipóteses. Lakatos e Marconi (1991) listaram onze (11) características já indicadas na
literatura. São elas:
 Consistência lógica: o enunciado das hipóteses não pode ter contradições e deve ter
compatibilidade com o corpo de conhecimentos científicos;
 Verificabilidade: devem ser passíveis de verificação;
 Simplicidade: devem ser parcimoniosas evitando enunciados complexos;
 Relevância: devem ter poder preditivo e/ou explicativo;
 Apoio teórico: devem ser baseadas em teoria para ter maior probabilidade de apresentar
genuína contribuição ao conhecimento científico;
 Especificidade: devem indicar as operações e previsões a que elas devem ser expostas;
 Plausibilidade e clareza: devem propor algo admissível e que o enunciado possibilite o
seu entendimento; profundidade, fertilidade e originalidade: devem especificar os
mecanismos aos quais obedecem para alcançar níveis mais profundos da realidade,
favorecer o maior número de deduções e expressar uma solução nova para o problema.

1.7.3 Classificações das Hipóteses


O problema, sendo uma dificuldade sentida, compreendida e definida, necessita de uma
resposta ―provável, suposta e provisória‖, que é a hipótese. Para Lakatos e Marconi
(1991, p.104) a principal resposta é denominada de hipótese básica e esta pode ser
complementada por outras denominadas de hipóteses secundárias. Hipótese Básica é a
afirmação escolhida por você como a principal resposta ao problema proposto.
A Hipótese básica pode adquirir diferentes formas, tais como:
―afirma, em dada situação, a presença ou ausência de certos fenómenos;
se refere à natureza ou características de dados fenómenos, em uma situação específica;
aponta a existência ou não de determinadas relações entre fenómenos;
prevê variação concomitante, directa ou inversa, entre fenómenos, etc‖.
Hipóteses Secundárias
São afirmações complementares e significam outras possibilidades de resposta para o
problema. Podem:
16

 ―abarcar em detalhes o que a hipótese básica afirma em geral;


 Englobar aspectos não-especificados na hipótese básica;
 Indicar relações deduzidas da primeira;
 Decompor em pormenores a afirmação geral;
 Apontar outras relações possíveis de serem encontradas, etc‖.
17

Tipos de Hipóteses
Existem dois tipos de hipóteses:
a) quanto ao número de variáveis e a relação entre elas.
b) quanto a natureza das hipóteses.
 Quanto ao número de variáveis e a relação entre elas
com uma variável
a). Os camponeses não se interessam pela política
Variável: interesse pela política.
Indicadores: ( não vão ao voto, recenseamento, negam os cargo políticos etc)
b). Menos de 30% das raparigas concluem o EP2 no campo
Variável: Conclusão de estudos.
Indicadores ( efectivos das turmas, desistências, casamentos prematuros e outros )
c). A renda mensal dos trabalhadores domésticos em Moçambique é de três vezes inferior
que salário mínimo.
Variável: renda mensal
Indicadores ( despesas mensais, oferta e procura)

com duas ou mais variáveis e uma relação de associação

• As mulheres são mais conservadores que os homens


Variáveis: sexo e conservadorismo
Tipo de relação: superioridade
Indicadores ( fidelidade, moralidade, educação da família etc)

• Os alunos que apresentam bom aproveitamento em Matemática também os


apresentam na Física.
Variáveis: aproveitamento escolar em matemática e física
tipo relação: igualdade
Indicadores (boas notas, despensas aos exames, aprovações, etc)

• a participação política dos idosos é menor que a participação dos jovens


Variáveis: idade e participação política
Tipo de relação: inferioridade
18

com duas ou mais variáveis e uma relação de dependência


a) O êxodo rural é influenciado pelas condições da urbe
Variável dependente: O êxodo rural
Variável independente: condições da urbe

Indicadores ( muita mão de obra activa na zona de imigração, formigueiro juvenil,


banditismo, prostituição infantil, etc.)

 Quanto a natureza das hipóteses3


- Hipótese de pesquisa;
- Hipótese de nulidade;
- Hipótese estatística;
- Hipótese estatística de diferença;
- Hipótese estatística de associação;
- Hipótese estatística de estimação do ponto.

Hipótese de pesquisa;
As hipóteses formuladas com base em marco referencial que o pesquisador elabora
denomina-se hipótese de pesquisa ou hipótese de trabalho. Geralmente o pesquisador
acredita que suas hipóteses são verdadeiras, à medida que derivam de uma teoria
adequada.
Como se sabe, as hipóteses são afirmações que devem ser testadas empiricamente. O
teste significa submeter a hipótese a confirmação ou rejeição. Por exemplo, para testar a
hipótese “ a renda mensal média dos operários da EDM é de três salários mínimos dos
funcionários do Estado”, pode-se escolher uma amostra representativa dos trabalhadores
da EDM, trabalhar com dados estatísticos do censo ou secretaria da direcção de trabalho.
Se a análise dos dados indicar que a renda média está próxima dos três salários mínimos,
confirma-se a hipótese. Se a renda média for muito mais alta ou mais baixa, a hipótese é
rejeitada.

3
Richardson, Roberto Jarry (1999). Pesquisa social: métodos e técnicas. SP: Atlas
19

Hipótese de nulidade
Em certo sentido, as hipóteses de nulidade são o inverso das hipóteses de pesquisa.
Servem para rejeitar ou negar as colocações de hipóteses de pesquisa. Exemplo, “ a
renda mensal média dos operários da EDM não é de três salários mínimos dos
funcionários do Estado”. Portanto, se afirma a situação contraria da hipótese de pesquisa.

Hipótese estatística
São hipóteses de pesquisa formuladas em termos estatísticos, o que permite que sejam
testadas utilizando as diversas técnicas disponíveis. Neste tipo de hipótese, a informação
sobre pessoas ou coisas é reduzida a termos quantitativos.

Hipótese estatística de diferença


As hipóteses estatísticas de diferenças médias, aplicáveis a variáveis intervalares entre
dois grupos X1 e X2.

Hipótese estatística de associação


As hipóteses estatísticas de associação especificam a relação entre duas ou mais
variáveis. Por exemplo, um pesquisador pode estar interessado em comparar a relação
entre anos de escolaridade e renda ou entre nível de aspirações e êxito profissional.

Hipótese estatística de estimação do ponto


As hipóteses de estimação de ponto são aquelas em que o pesquisador preestabelece o
valor de alguma característica de amostra ou população. Por exemplo, baseado em
informações disponíveis, estima que o salário mensal médio dos trabalhadores agrícolas
de tabaco em Tete é inferior a 2000 Meticais. O salário estimado é confrontado com o
salário mensal de uma amostra de trabalhadores agrícolas de tabaco para verificar a
adequação da estimação.
20

1.7.4 Como formular as hipóteses


O processo de formulação de hipóteses é de natureza criativa e requer experiência na
área. Gil (1991) analisou a literatura referente à descoberta científica e concluiu que na
formulação de hipóteses podem-se usar as seguintes fontes:
- Observação;
- Resultados de outras pesquisas;
- Teorias;
- Intuição.
As hipóteses devem ser conceitualmente claras, específicas, empíricas e compreensíveis,
isto é, não devem incluir conceitos complexos que dificultem a compreensão. Além
disso, os conceitos empregados devem ser precisos, rigorosos e previamente definidos
para evitar ambiguidades:
Exemplo de hipótese ambígua:
• O desaquecimento da economia leva as empresas a desenvolverem políticas de
contenção de pessoal.
Exemplo de hipótese clara
• A queda da produção industrial contribui para o desemprego.
Nota: A diferença entre hipótese e questão de pesquisa é essencialmente de forma, isto é,
Hipótese é normalmente uma afirmação enquanto que questão é uma pergunta

Exemplo de hipótese: A queda da produção industrial contribui para o desemprego.


Exemplo de questão: Até que ponto a queda da produção industrial contribui para o
desemprego?
21

2. Revisão da Literatura
Uma das etapas mais importantes de um projecto de pesquisa é a revisão de literatura. A revisão
de literatura refere-se à fundamentação teórica a ser adoptada para tratar o tema e o problema de
pesquisa. Por meio da análise da literatura publicada traça-se um quadro teórico e faz-se a
estruturação conceitual que dará sustentação ao desenvolvimento da pesquisa. A revisão de
literatura resulta do processo de levantamento e análise do que já foi publicado sobre o tema e o
problema de pesquisa escolhido. Permite um mapeamento de quem já escreveu e o que já foi
escrito sobre o tema e/ou problema da pesquisa. Conforme Luna (1997), a revisão de literatura
em um trabalho de pesquisa pode ser realizada com os seguintes objetivos:
 Determinação do “estado da arte”: o pesquisador procura mostrar através da literatura
já publicada o que já sabe sobre o tema, quais as lacunas existentes e onde se encontram os
principais entraves teóricos ou metodológicos;
 Revisão teórica: insere-se o problema de pesquisa dentro de um quadro de referência
teórica para explicá-lo. Geralmente acontece quando o problema em estudo é gerado por
uma teoria, ou quando não é gerado ou explicado por uma teoria particular, mas por
várias;
 Revisão empírica: procura explicar como o problema vem sendo pesquisado do ponto de
vista metodológico procurando responder: quais os procedimentos normalmente
empregados no estudo desse problema? Que factores vêm afectando os resultados? Que
propostas têm sido feitas para explicá-los ou controlá-los? Que procedimentos vêm sendo
empregados para analisar os resultados? Há relatos de manutenção e generalização dos
resultados obtidos? Do que elas dependem?
 Revisão histórica: busca recuperar a evolução de um conceito, tema, abordagem ou
outros aspectos fazendo a inserção dessa evolução dentro de um quadro teórico de
referência que explique os factores determinantes e as implicações das mudanças.
Para elaborar uma revisão de literatura é recomendável que se adopte a metodologia de pesquisa
bibliográfica. Pesquisa Bibliográfica é aquela baseada na análise da literatura já publicada em
forma de livros, revistas, publicações avulsas, imprensa escrita e electronicamente,
disponibilizada na Internet. A revisão de literatura/pesquisa bibliográfica contribuirá para:
a) Obter informações sobre a situação actual do tema ou problema pesquisado;
b) Conhecer publicações existentes sobre o tema e os aspectos que já foram abordados;
22

c) Verificar as opiniões similares e diferentes a respeito do tema ou de aspectos


relacionados ao tema ou ao problema de pesquisa.

Nenhuma pesquisa hoje parte da estaca Zero. Mesmo que exploratória, isto é, de avaliação de
uma situação concreta desconhecida, em um dado local, alguém ou um grupo, em algum lugar, já
deve ter feito pesquisas iguais ou semelhantes, ou mesmo complementares de certos aspectos da
pesquisa pretendida. Uma procura de tais fontes, documentais ou bibliográficas, torna-se
imprescindível para não duplicação de esforços, a não ―descoberta‖ de factos ou ideias já
expressas.

3. Procedimentos Metodológicos4
Há uma discussão na ciência a respeito das palavras: metodologia e método. Elas são largamente
utilizados como sinónimo, embora muitos autores acreditem que seja importante destacar a
diferença entre as duas. Uns entendem o método como um processo, e a metodologia como o
estudo de um ou vários métodos.
Interessante observar a etimologia destas palavras. Ambas as palavras derivam do mesmo radical
do Grego, méthodos = caminho para chegar a um fim e logia = estudo de.
Em ciências sociais existem métodos gerais e especificos:

3.1 Métodos Gerais das Ciências Sociais de (Abordagem) Dedutivo, Indutivo,


5
Hipotético-dedutivo, Dialéctico e fenomenológico .
a) Método Dedutivo - é o método que parte do geral e, a seguir, desce ao particular.
Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e induscutíveis e possibilita
chegar a conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de
sua lógica.
O protótipo do raciocínio dedutivo é o silogismo, que, a partir de duas proposições
chamadas premissas, retira uma terceira, nelas logicamente implicadas, chamada
conclusão.
Por exemplo:

4
http://pt.wikipedia.org/wiki/ Metodologia.
5
GIL, António Carlos Métodos e Técnicas de Pesquisa Social (1994:31-33).
23

Todo homem é mortal (premissa maior)


Almeida é homem (premissa menor)
Almeida é mortal ( conclusão)

b) Método Indutivo - procede inversamente. Parte do particular e coloca a


generalização como um produto posterior do trabalho de colecta de dados
particulares.
De acordo com o raciocínio dedutivo, a generalização não deve ser buscada
aprioristicamente, mas constatada a partir da observação de um número de casos
concretos suficientemente confirmadores da suposta realidade..

c) Método hipotético-dedutivo – Quando os conhecimentos disponíveis sobre


determinado assunto são insuficientes para a explicação de um fenómeno, surge
uma inquietação – o problema. Para tentar explicar a dificuldade expressa no
problema, são formuladas conjecturas ou hipóteses.
Das hipóteses formuladas, deduzem-se consequências que deverão ser testadas ou
falseadas. Falsear significa tentar tornar falsas as consequências deduzidas das hipóteses.
Enquanto no método dedutivo procura-se a todo custo confirmar a hipótese, no método
hipotético-dedutivo ao contrário, procura-se evidências empíricas para confirmá-la.

d) Método Dialéctico - como lógica do pensamento, ligando todos os fenómenos (


acontecimentos anteriores, presentes, os possíveis no futuro, etc). É o método de
investigação da realidade
Os princípios da abordagem dialéctica residem no seguinte6:
- princípio da unidade e luta dos contrários
- princípio da transformação das mudanças quantitativas em qualitativas
- princípio da negação da negação

6
GIL, António Carlos Métodos e Técnicas de Pesquisa Social (1994:34-36).
24

e) Método Fenomenológico - consiste em mostrar o que é dado e em esclarecer


este dado. Orientado totalmente para o objecto. Interessa-se por aquilo que é, e
não o que estará por detrás disto ou daquilo. Não é dedutivo nem empírico. Não
explica mediante leis nem deduz a partir de princípios, mas considera
imediatamente o que está presente consciência objecto.

3.2 Métodos Específicos das Ciências Sociais (Procedimentos) – experimental,


observacional, comparativo, estatístico, clínico, estudo de caso, histórico, funcionalista,
estruturalista e outros.

3.3 Tipos ou níveis de Pesquisa


a) Pesquisas Exploratórias
Estas pesquisas têm como objectivo proporcionar maior familiaridade com o problema,
com vista a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. O objectivo principal é o
aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições.
O levantamento bibliográfico, entrevistas a pessoas experimentadas no caso, análise de
exemplos constituem aspectos fundamentais deste tipo de pesquisa.
b) Pesquisa Bibliográfica
É desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e
artigos científicos

c) Colecta Documental
A recolha de dados restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se
denomina de fontes primárias. Estas podem ser recolhidas no momento em que o
facto ou fenómeno ocorre, ou depois.
Fontes de Documentos:
- Arquivos Públicos
(Municipais, Provinciais, Nacionais), que contêm: documentos oficiais,
publicações parlamentares, documentos jurídicos,
e outros.
- Arquivos Particulares
25

(domicílios particulares, instituições de ordem pública e/ou privada


Fontes Estatísticos
Característica da população (idade, sexo, raça, escolaridade, profissão, religião,
estado civil, renda etc)
- Factores que influenciam o tamanho da população (fertilidade, nascimentos, mortes,
doenças, suicídios, emigração, imigração, Distribuição da população (habitat rural e
urbano, densidade demográfica e outros)

- Factores económicos, Moradia, Meios de comunicação etc

d) Pesquisas Descritivas
Têm como objectivo primordial a descrição das características de determinada
população ou fenómeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis;
exemplo: estudar as características de um grupo; sua distribuição por idade, sexo,
procedência, nível de escolaridade, estado de saúde física e mental e outros aspectos.
e) Pesquisas Explicativas
. O fundamental deste tipo de pesquisa é identificar os factores que condicionam a
ocorrência dos fenómenos e explicar as razões, o porquê das coisas.
Nesta etapa você irá definir onde e como será realizada a pesquisa. Definirá o tipo de
pesquisa, métodos a empregar, a população (universo da pesquisa), a amostragem, os
instrumentos de colecta de dados e a forma como pretende tabular e analisar seus dados.
População (ou universo da pesquisa) é a totalidade de indivíduos que possuem as mesmas
características definidas para um determinado estudo.

3.4 Amostra é parte da população ou do universo, seleccionada de acordo com uma regra
ou plano. A amostra pode ser probabilística e não-probabilística.
 Amostras não-probabilísticas podem ser:
amostras acidentais: compostas por acaso, com pessoas
que vão aparecendo;
amostras por quotas: diversos elementos constantes da
população/universo, na mesma proporção;
amostras intencionais: escolhidos casos para a amostra
26

que representem o ―bom julgamento‖ da população/


universo.
 Amostras probabilísticas são compostas por sorteio e podem ser:
 amostras casuais simples/ aleatórias: cada elemento da população
tem oportunidade igual de ser incluído na amostra;
 amostras casuais estratificadas: cada estrato, definido
previamente, estará representado na amostra;
 amostras por agrupamento: reunião de amostras representativas de uma
população.

3.5 A definição do instrumento de colecta de dados dependerá dos objectivos que se


pretende alcançar com a pesquisa e do universo a ser investigado. Os instrumentos de
colecta de dados tradicionais são:
Observação: quando se utilizam os sentidos na obtenção de dados de determinados
aspectos da realidade. A observação pode ser:
observação assistemática: não tem planeamento e controle previamente elaborados;
observação sistemática: tem planeamento, realiza-se em condições controladas para
responder aos propósitos preestabelecidos;
observação não-participante: o pesquisador presencia o fato, mas não participa;
observação individual: realizada por um pesquisador;
observação em equipe: feita por um grupo de pessoas;
observação na vida real: registro de dados à medida que ocorrem;
observação em laboratório: onde tudo é controlado.
Entrevista: é a obtenção de informações de um entrevistado, sobre determinado
assunto ou problema. A entrevista pode ser:
padronizada ou estruturada: roteiro previamente es-
tabelecido;
despadronizada ou não-estruturada: não existe rigidez de roteiro. Podem-se explorar mais
amplamente algumas questões.
Questionário: é uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por
escrito pelo informante. O questionário deve ser objetivo, limitado em extensão e
27

estar acompanhado de instruções As instruções devem esclarecer o propósito de sua


aplicação, ressaltar a impor-
tância da colaboração do informante e facilitar o preenchimento. As perguntas do
questionário podem ser:
abertas: ―Qual é a sua opinião?‖;
fechadas: duas escolhas: sim ou não;
de múltiplas escolhas: fechadas com uma série de respostas possíveis.
Young e Lundberg (apud Pessoa, 1998) fizeram uma série de recomendações úteis à
construção de um questionário. Entre elas destacam-se:
- o questionário deverá ser construído em blocos temáticos obedecendo a uma ordem
lógica na elaboração das perguntas;
- a redacção das perguntas deverá ser feita em linguagem compreensível ao
informante. A linguagem deverá ser acessível ao entendimento da média da
população estudada. A formulação das perguntas deverá evitar a possibilidade de
interpretação dúbia, sugerir ou induzir a resposta;
- cada pergunta deverá focar apenas uma questão para ser analisada pelo informante;
- o questionário deverá conter apenas as perguntas relacionadas aos objectivos da
pesquisa. Devem ser evitadas perguntas que, de antemão, já se sabe que não serão
respondidas com honestidade.
Formulário: é uma colecção de questões e anotadas por um entrevistador numa
situação face a face com a outra pessoa (o informante). O instrumento de colecta de
dados escolhido deverá proporcionar uma interacção efectiva entre você, o
informante e a pesquisa que está sendo realizada. Para facilitar o processo de
tabulação de dados por meio de suportes computacionais, as questões e suas respostas
devem ser previamente codificadas. A colecta de dados estará relacionada com o
problema, a hipótese ou os pressupostos da pesquisa e objectiva obter elementos para
que os objectivos propostos na pesquisa possam ser alcançados.
Neste estágio você escolhe também as possíveis formas de tabulação e apresentação de dados
e os meios (os métodos estatísticos, os instrumentos manuais ou computacionais) que serão
usados para facilitar a interpretação e análise dos dados. Metodologia da Pesquisa e
28

Coleta de Dados
Nesta etapa você fará a pesquisa de campo propriamente dita. Para obter êxito neste
processo, duas qualidades são fundamentais: a paciência e a persistência.
3.6 Tabulação e Apresentação dos Dados
Nesta etapa você poderá lançar mão de recursos manuais ou computacionais para organizar
os dados obtidos na pesquisa de campo. Actualmente, com o advento da informática, é
natural que você escolha os recursos computacionais para dar suporte à elaboração de índices
e cálculos estatísticos, tabelas, quadros e gráficos.

4. Resultados (análise e discussão)


Descrevem analiticamente os dados levantados, por uma exposição sobre o que foi
observado e desenvolvido na pesquisa. A descrição pode ter o apoio de recursos
estatísticos, tabelas e gráficos, elaborados no decorrer da tabulação dos dados. Na análise
e discussão, os resultados estabelecem as relações entre os dados obtidos, o problema da
pesquisa e o embasamento teórico dado na revisão da literatura. Os resultados podem
estar divididos por tópicos com títulos logicamente formulados.
Conclusão
Apresenta a síntese interpretativa dos principais argumentos usados, onde será mostrados
os objectivos foram atingidos e se a(s) hipótese(s) foi(foram) confirmada(s) ou
rejeitada(s). Deve constar da conclusão uma recapitulação sintetizada dos capítulos e a
autocrítica, onde você fará um balanço dos resultados obtidos pela pesquisa. Andrade
(1995) ressalta que a conclusão deve ser ―breve, exacta e convincente‖.
Recomendações (sugestões)
- diz o que foi constatado
- na base da constatação elabora-se sugestão
- explica-se a finalidade das sugestões
29

ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Referências
Apresentar a bibliografia citada é obrigatório, pois todo o trabalho científico é
fundamentado em uma pesquisa bibliográfica. Todas as publicações utilizadas no
decorrer do texto deverão estar listadas de acordo com as normas da APA. Se necessário,
as referências poderão ser organizadas por grau de autoridade (obras citadas, consultadas
e indicadas).
Apêndice
Aparece no final do trabalho (opcional). Apêndice, é um texto ou documento
elaborado pelo próprio autor, a fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo da
unidade nuclear do trabalho. A Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação
apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos
respectivos títulos.
Exemplo
APÊNDICE A –
APÊNDICE B –

Anexo
Aparece no final do trabalho (opcional). Anexo, texto ou documento, não elaborado pelo
autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração. Os anexos são
identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.
Exemplo
ANEXO A –
ANEXO B –

Glossário
Nem sempre usual nas dissertações e teses, consiste em uma lista de palavras ou
expressões técnicas que precisam ser definidas para o entendimento do texto.
30

O PROJETO DE PESQUISA
O esquema para elaboração de um projecto de pesquisa não é único e não existem regras
fixas para sua elaboração. No projecto de pesquisa você mostrará o que pretende fazer;
que diferença a pesquisa trará para a área a qual pertence, para a universidade, para o país
e para o mundo; como está planejada a execução; quanto tempo levará para a sua
execução e quais as pessoas e os investimentos necessários à viabilização da
pesquisa proposta (BARROS; LEHFELD, 1999). Um esquema clássico de apresentação
de projecto de pesquisa deverá conter:

INTRODUÇÃO (O que se vai fazer? e ―por quê‖?)


Neste capítulo serão apresentados o tema de pesquisa, o problema a ser pesquisado e a
justificativa. Contextualize, abordando o tema de forma a identificar os motivos ou o
contexto no qual o problema ou a(s) questão(ões) de pesquisa foram identificados.
Permita que se tenha uma visualização situacional do problema. Restrinja sua abordagem
apresentando a(s) questão(ões) que fizeram você propor esta pesquisa. Indique as
hipóteses ou os pressupostos que estão guiando a execução da pesquisa. Hipóteses ou
pressupostos são respostas provisórias para as questões colocadas acima. Arrole os
argumentos que indiquem que sua pesquisa é significativa, importante e/ou relevante.
Indique os resultados esperados com a elaboração da pesquisa.

OBJETIVOS (para quê?)


Neste item deverá ser indicado claramente o que você deseja
fazer, o que pretende alcançar. Os objectivos podem ser:
OBJETIVO GERAL
Indique de forma genérica qual o objectivo a ser alcançado. Metodologia da Pesquisa e
Elaboração de Dissertação 89
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Detalhe o objectivo geral mostrando o que pretende alcançar com a pesquisa. Torne
operacional o objectivo geral indicando exactamente o que será realizado em sua
pesquisa.
REVISÃO DE LITERATURA (O que já foi escrito sobre o tema?)
31

Neste capítulo você realizará uma análise comentada do que já foi escrito sobre o tema de
sua pesquisa procurando mostrar os pontos de vista convergentes e divergentes dos
autores. Procure mostrar os enfoques recebidos pelo tema na literatura publicada (em
livros e periódicos) e disponibilizada na internet.

METODOLOGIA (como? onde? com que?)


Neste capítulo você mostrará como será executada a pesquisa e o desenho metodológico
que se pretende adoptar: será do tipo quantitativa, qualitativa, descritiva, explicativa ou
exploratória. Será um levantamento, um estudo de caso, uma pesquisa experimental, etc.
Defina em que população (universo) será aplicada a pesquisa. Explique como será
seleccionada a amostra e o quanto esta corresponde percentualmente em relação à
população estudada. Indique como pretende colectar os dados e que instrumentos de
pesquisa pretende usar: observação, questionário, formulário, entrevistas. Elabore o
instrumento de pesquisa e anexe ao projecto. Indique como irá tabular os dados e como
tais dados serão analisados. Indique os passos de desenvolvimento do modelo ou produto
se a dissertação ou tese estiver direccionada para tal finalidade. A denominação
Metodologia poderia ser substituída por Procedimentos Metodológicos ou Materiais e
Métodos
CRONOGRAMA (quando? em quanto tempo?)
Neste capítulo você identificará cada etapa da pesquisa: Elaboração do projecto, Colecta
de Dados, Tabulação e Análise de dados, Elaboração do Relatório Final. Apresente um
cronograma estimando o tempo necessário para executar cada uma das etapas.
ORÇAMENTO (quanto vai custar?)
Neste capítulo você elaborará um orçamento com a estimativa dos investimentos
necessários, isto é, que tornem viável a realização da pesquisa. Faça um quadro
mostrando as Rubricas: Material de Consumo (papel A4, disquetes, cartuchos para
impressora, etc.); Outros Serviços e Encargos (fotocópias, transporte, alimentação, etc.);
Material Permanente (equipamentos, móveis, etc.). Arrole quantidades e valores em
Meticais (MT). Apresente um somatório com o valor global.
32

REFERÊNCIAS (que materiais foram citados?)


Neste capítulo você irá arrolar as referências bibliográficas, de acordo com as Normas da
Associação Americana de Psicologia (APA). Faça a referência dos documentos
de onde você extraiu as citações feitas na revisão da literatura

ANEXO (s) / APENDICE (s)

Neste capítulo você irá anexar cópias do instrumento de colecta de


dados que se pretenderá usar (por exemplo, questionário, formulário,
roteiro de entrevista) e outros documentos citados como prova no
texto.

Nota: diferença entre Tema e Titulo


tema é algo mais abrangente e consiste na tese a ser defendida no próprio texto.

Já o título é algo mais sintético, é como se fosse afunilando o assunto que será
posteriormente discutido. O importante é sabermos que: do tema é que se extrai o
título, haja vista que o mesmo é um elemento-base, fonte norteadora para os demais
passos.

Elaboração e Apresentação do Relatório de Pesquisa


(Monografia/dissertação/tese)
Elaborar e apresentar um relatório de pesquisa. Um trabalho científico é um texto escrito
para apresentar os resultados de uma pesquisa.
A dissertação de mestrado e a tese de doutorado são trabalhos científicos. As diferenças
entre elas não se resumem à extensão do trabalho, mas se referem ao nível da abordagem.
Da tese de doutorado os cursos exigem da pesquisa realizada uma contribuição original, e
da dissertação de mestrado as exigências nesse aspecto são menores. A dissertação de
mestrado representa o primeiro passo de inserção do pesquisador no mundo da ciência.
Para Salvador (1978), a contribuição que se espera da dissertação é a sistematização dos
conhecimentos; a contribuição que se deseja da tese é uma nova descoberta ou uma nova
consideração de um tema velho: uma real contribuição para o progresso da ciência.
Quanto à estrutura física do trabalho científico você adoptará o modelo abaixo
O relatório de pesquisa (dissertação ou tese) deve conter:
33

Elementos Pré-Textuais
Capa .................................................................(obrigatório)
Folha de rosto ...................................................(obrigatório)
Errata.................................................................... (opcional)
Folha de aprovação.............................................(obrigatório)
Dedicatória............................................................. (opcional)
Agradecimentos...................................................... (opcional)
Resumo e Abstract .............................................(obrigatório)
Sumário .............................................................(obrigatório)
Listas de ilustrações, abreviaturas
e siglas, símbolos ................................................... (opcional)
Elementos Textuais
Introdução
Revisão de Literatura
Metodologia
Resultados (Análise e Discussão)
Conclusão
Elementos Complementares e Pós-Textuais
Referências.........................................................(obrigatório)
Apêndice ................................................................ (opcional)
Anexo..................................................................... (opcional)
Glossário................................................................ (opcional)

ELEMENTOS TEXTUAIS
Quanto à organização dos elementos textuais (texto propriamente dito) do relatório da
pesquisa, não existe uma única maneira de realiza-la, seja o texto uma tese ou uma
dissertação. Há nomenclaturas que diferem de autor para autor, de instituição para
instituição. Porém há pontos em comum, que indicam que tais relatórios de pesquisa
devem possuir os itens a seguir.
Introdução
34

Mostra claramente o propósito e o alcance do relatório. Indica as razões da escolha do


tema. Apresenta o problema e as hipóteses que conduziram a sua realização. Lista os
objectivos da pesquisa.
Revisão da Literatura
Mostra, por meio da compilação crítica e retrospectiva de várias publicações, o estágio de
desenvolvimento do tema da pesquisa (Azevedo, 1998) e estabelece um referencial
teórico para dar suporte ao desenvolvimento o trabalho.

Metodologia (Procedimentos Metodológicos ou Materiais e Métodos)


Deve:
 fornecer o detalhe da pesquisa. Caso o leitor queira reproduzir a pesquisa, ele terá
como seguir os passos adoptados;
 esclarecer os caminhos que foram percorridos para chegar aos objectivos
propostos;
 apresentar todas as especificações técnicas materiais e dos equipamentos
empregados;
 indicar como foi seleccionada a amostra e o percentual em relação à população
estudada;
 apontar os instrumentos de pesquisa utilizados (questionário, entrevista, etc.);
 mostrar como os dados foram tratados e como foram analisados.
Resultados (análise e discussão)
Descrevem analiticamente os dados levantados, por uma exposição sobre o que foi
observado e desenvolvido na pesquisa. A descrição pode ter o apoio de recursos
estatísticos, tabelas e gráficos, elaborados no decorrer da tabulação dos dados. Na
análise e discussão, os resultados estabelecem as relações entre os dados obtidos, o
problema da pesquisa e o embasamento teórico dado na revisão da literatura. Os
resultados podem estar divididos por tópicos com títulos logicamente formulados.

Conclusão
Apresenta a síntese interpretativa dos principais argumentos usados, onde será mostrado
se os objectivos foram atingidos e se a(s) hipótese(s) foi(foram) confirmada(s) ou
35

rejeitada(s). Deve constar da conclusão uma recapitulação sintetizada dos capítulos e a


autocrítica, onde você fará um balanço dos resultados obtidos pela pesquisa. Andrade
(1995) ressalta que a conclusão deve ser ―breve, exacta e convincente‖.

ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Referências
Apresentar a bibliografia citada é obrigatório, pois todo o trabalho científico é
fundamentado em uma pesquisa bibliográfica. Todas as publicações utilizadas no
decorrer do texto deverão estar listadas. Se necessário, as referências poderão ser
organizadas por grau de autoridade (obras citadas, consultadas e indicadas).
Apêndice
Aparece no final do trabalho (opcional). Apêndice, um texto ou documento elaborado
pelo próprio autor, a fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade
nuclear do trabalho. Os apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas,
travessão e pelos respectivos títulos (Silva, Lúcia da, (2001:95).
Exemplo
APÊNDICE A –
APÊNDICE B –
Anexo
Aparece no final do trabalho (opcional). Anexo, um texto ou documento, não elaborado
pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração. Os anexos são
identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos
(Silva, Lúcia da, (2001:95)..
Exemplo
ANEXO A –
ANEXO B –
Glossário - Nem sempre usual nas dissertações e teses, consiste em uma lista de palavras
ou expressões técnicas que precisam ser definidas para o entendimento do texto.
36

Como Elaborar Artigos para Publicação7?


INTRODUÇÃO
Os artigos são elaborados e submetidos à avaliação em publicações periódicas da área.
Publicações periódicas, segundo o Macrotesauros em Ciência da Informação (1982,
p.47), são ―publicações que aparecem em intervalos regulares, com conteúdos e autores
variados que registram conhecimentos atualizados e garantem aos autores prioridade
intelectual nos resultados de pesquisa‖. No sistema de comunicação na ciência, o
periódico é considerado a fonte primária mais importante para a comunidade científica.
Por intermédio do periódico científico, a pesquisa é formalizada, o conhecimento torna-se
público e se promove a comunicação entre os cientistas. Comparado ao livro é um canal
ágil, rápido na disseminação de novos conhecimentos. Para Herschman (1970), a
importância do periódico no sistema de comunicação na ciência deve-se a três funções
básicas: a) função memória; b) função de disseminação; c) função social. A função
memória lhe é conferida quando representa o instrumento de registo oficial e público da
ciência; a função de disseminação quando se constitui em instrumento de difusão de
informações; e a função social quando confere prestígio e recompensa aos autores,
membros de comités editoriais e editores.

O QUE É UM ARTIGO8?
É um ―texto com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, processos,
técnicas e resultados nas diversas áreas do conhecimento‖.
TIPOS DE ARTIGOS
„ artigo original: quando apresenta temas ou abordagens próprias. Geralmente relata
resultados de pesquisa e é chamado em alguns periódicos de artigo científico.
artigo de revisão: quando resume, analisa e discute informações já publicadas.
Geralmente é resultado de pesquisa
QUAL A ESTRUTURA RECOMENDADA PARA OS ARTIGOS?

7
Edna Lucia da Silva. (20010). Metodologia da pesquisa e elaboração de
dissertacao.3.ed.Florianopolis:Laboratorio de ensino a distanciada UFSC
8
Associação Brasileira de Normas Técnicas (1994, p.1)
37

Elementos pré-textuais
Título: o artigo dever ter um título que expresse seu conteúdo.
Autoria: o artigo deve indicar o(s) nome(s) do(s) autor(es) acompanhado de suas
qualificações na área de conhecimento do artigo.
Resumo: parágrafo que sintetiza os objectivos do autor ao escrever o texto, a
metodologia e as conclusões alcançadas. Portanto resumo é a apresentação condensada
dos pontos relevantes de um texto. No resumo você deve ressaltar de forma clara e
sintética a natureza e o objectivo do trabalho, o método que foi empregado, os resultados
e as conclusões mais importantes, seu valor e originalidade. O conteúdo de um resumo
deve contemplar o assunto ou os assuntos tratados de forma sucinta, o objectivo do
trabalho, o método ou os métodos empregados, como o tema foi abordado e suas
conclusões.
A extensão recomendada, para os resumos informativos é a seguinte9:
Monografias e artigos = até 250 palavras;
Notas e comunicações breves = até 100 palavras;
Relatórios e teses = até 500 palavras.
Palavras-chave: termos escolhidos para indicar o conteúdo do
artigo. Pode ser usado vocabulário livre ou controlado.
Elementos textuais
Texto: composto basicamente de três partes: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão.
Se for divido em Sessões, deverá seguir o Sistema de Numeração Progressiva A
Introdução expõe o objectivo do autor, a finalidade do artigo e a metodologia usada na
sua elaboração.
O Desenvolvimento mostra os tópicos abordados para atingir o objectivo proposto. Nos
artigos originais, quando relatam resultados de pesquisa, o desenvolvimento mostra a
análise e a discussão dos resultados.
A Conclusão sintetiza os resultados obtidos e destaca a reflexão conclusiva do autor.
São considerados elementos de apoio ao texto notas, citações, quadros, fórmulas e
ilustrações.

9
Edna Lucia da Silva. (20010). Metodologia da pesquisa e elaboração de
dissertacao.3.ed.Florianopolis:Laboratorio de ensinoa distanciada UFSC
38

Elementos pós-textuais
Apêndice: documento que complementa o artigo.
Anexo: documento que serve de ilustração, comprovação ou fundamentação.
Nota Editorial: currículo do autor, endereço para contacto, agradecimentos e data de
entrega dos originais.
Observações
É necessário que o artigo agregue valor à área de estudo, apresente uma aplicação ou
ideias novas. As frases devem ser curtas e fáceis de serem compreendidas.

Tese: proposi,cão elaborada com base em investigação original a ser defendida em


público, vale pela real contribui,cão que ela oferece ao conhecimento do tema escolhido.
Visa a obtenção do grau académico de doutor.
Dissertação: trabalho de pesquisa sobre o qual será examinado o candidato e que deverá
revelar domínio do tema proposto e capacidade de investigação.Visa a obtenção do grau
de mestre
Monografia: o tratamento escrito de um tema específico com o escopo de apresentar
uma contribuição relevante ou original e pessoal à ciência. Pode ser apresentada no final
do curso de graduação.
39

Referências Bibliográficas10
Quando se elabora um trabalho de pesquisa, existe a necessidade de fazer citações e
referências bibliográficas. Existem normas internacionais e nacionais, que deverão ser
respeitadas, de modo a haver uma uniformidade e melhor compreensão do que é
referenciado.

Este guião segue as regras da APA – American Psychological Association


(Associação Americana de Psicologia)11.

No final de um trabalho escolar, deveremos apresentar sempre a listagem de obras


consultadas (livros, periódico, documentos electrónicos…) a que chamamos:
bibliografia, referências ou referências bibliográficas.

Esta listagem deve ser colocada por ordem alfabética. Deve, seguidamente ser
ordenada cronologicamente.
A primeira linha da referência do documento aparece normalmente; às seguintes é
escolhido o parágrafo pendente, que é um avanço de 1,25 cm.

PRINCÍPIOS GERAIS
Autores
NOMES: O nome do autor deve ser referenciado como aparece no documento, mas de
forma invertida. Deve referir-se, em primeiro lugar, o último apelido ou o penúltimo, no
caso de apelidos compostos ou com relações familiares, seguindo-se a inicial do nome
próprio. Ex: Saramago, J. ; Castelo Branco, C.
Os nomes espanhóis devem ser referenciados pelo apelido que aparece a seguir
ao nome próprio. Ex: García Márquez, G.

10
- American Psychological Association. (2010) Publication manual of the American
Psychological Association (6th ed.) Washington, DC:.em: www.apastyle.org
40

AUTOR COLECTIVIDADE
Instituto Nacional de Estatística
DAT A
A data de publicação coloca-se, entre parênteses, imediatamente a seguir ao autor.
EX.: Oliveira, A. (1986).
Coloca-se (s.d.) quando a data é desconhecida.
PAGIA (S) DA OBRA CONSULTADA
Após colocar os dados anteriormente referidos, caso utilizemos apenas uma ou várias
páginas de um documento, podemos referenciá-las do seguinte modo:
Quando se refere a apenas uma página, com a sigla: (p.).
EX: Jesus, M. (2009,p.114). Adolescência Problemática. Lisboa: Editorial Verbo.
Com duas ou mais páginas, com a sigla: (pp.).
EX: Jesus, M. (2009, pp.124-140). Adolescência Problemática Lisboa: Editorial
Verbo.
Ou então, com uma ou mais páginas, podem optar ainda pela modalidade de não pôr
nenhuma sigla, colocando após a data dois pontos e o nº de página.
EX: Jesus, M. (2009:119). Adolescência Problemática. Lisboa: Editorial Verbo.
Pode citar-se, após a data ou número da referência, a página de onde se transcreveu o
trecho. O número de página ou é precedido pela abreviatura de página ou é precedido
pelo sinal de dois pontos12
Ex: Ullman (1967, p. 100) considera que palavra não existe senão pelo contexto.
Ou Ullman (1967: 100) considera que palavra não existe senão pelo contexto
O problema da selecção de livros é fornecer ao leitor, cujos interesses e capacidades são
conhecidos, o livro que se ajusta àqueles interesses e capacidades melhor do que qualquer
outro livro (Wellard, 1937, p. 98)
Ou O problema da selecção de livros é fornecer ao leitor, cujos interesses e capacidades
são conhecidos, o livro que se ajusta àqueles interesses e capacidades melhor do que
qualquer outro livro (Wellard, 1937: 98)

12
- Amaral, Wanda do.(1994). Guia para apresentação de teses, dissertações e trabalhos
de graduação. UEM. Maputo.
41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E CITAÇÕES conforme as normas da APA


TITULOS
Os títulos reproduzem-se como aparecem no documento, respeitando-se as regras de
uso de abreviatura, maiúsculas ou outras.
Nas bibliografias ou referências bibliográficas, os títulos das monografias e das
publicações em série devem ser em itálico.
Quando um documento não tem autor, ou é desconhecido, a referência bibliográfica
entra pelo título do documento.

EX: O que fazer em caso de indisciplina. (2010). Nampula: Editorial Presença.

NOTA: Na listagem de referências bibliográficas, o título coloca-se igualmente por


ordem alfabética, mas da primeira palavra significativa, o que exclui os artigos definidos
e indefinidos.
VOLUME
Se o documento tiver volume, este deve ser incluído após o título do documento, entre
parênteses e com a designação ―Vol.‖, caso se refira apenas a um volume e ―Vols.‖, caso
se refira a dois ou mais volumes.

EX: Enciclopédia Verbo Luso-Brasileira de Cultura (Vol. 4). (2005). Lisboa:


Editorial Verbo.

LOCAL DE PUBLICACAO E EDITORA


O local de publicação do documento deve ser colocado após o título, ou volume (caso
este exista); seguidamente, devem ser colocados dois pontos (:) e por último, o nome da
Editora.
EX: Matos, B. (2008). Estudos Psicológicos do Adolescente. Porto: Porto Editora.
Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes – Olhão – Biblioteca
MONOGRAFIAS
Livros de um só autor
42

Oliveira, A. (1986). Monografia do concelho de Olhão. Faro: Algarve em Foco.


Reis, C. (2001). O conhecimento da literatura: introdução aos estudos literários
(2ª ed.) Coimbra: Almedina.
Livros até cinco autores
Cunha, C. e Cintra, L. (1996). Breve gramática do Português contemporâneo.
Lisboa: Edições João Sá da Costa.
Livros com seis ou mais autores
Mateus, M. H. et al. (2003). Gramática da língua portuguesa. Lisboa: Caminho.
Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes – Olhão – Biblioteca
NOTA: Quando existirem mais do que seis autores, deve ser colocado o nome do
primeiro autor, seguido de et al, que é a abreviatura da expressão latina ―et alli‖ que
significa ―outros‖.
Autor – Colectividade
Instituto Nacional de Estatística. (2002). Atlas das cidades e de Portugal: 2002.
Lisboa: Autor.
NOTA: Sempre que o editor seja o mesmo que o autor, após o local de edição e dos dois
pontos, deverá colocar-se ―Autor‖.
Capítulo em livro colectivo
Pimenta, A. (1983). Viajar na palavra: até onde?. In Stephen Reckert e Y. K. Centeno
(Org.), A viagem (entre o real e o imaginário) (pp. 23-43). Lisboa: Arcádia.
Volume de livro
Pantel, P. (1993). A Antiguidade. In G. Duby e M. Perrot. História das mulheres no
Ocidente (Vol. 1). Porto: Afrontamento.
Livros do mesmo autor e do mesmo ano
Jesus, S. N. (2000a). Insucesso funcional dos alunos. Coimbra: Quarteto Editora.
Jesus, S. N. (2000b). Motivação e Formação de Professores. Coimbra: Quarteto Editora.

NOTA: Sempre que um autor tenha escrito dois ou mais livros no mesmo ano, estes
devem ser diferenciados através de letras: a, b, c, e assim sucessivamente, de modo a
serem diferenciados. É atribuída a primeira letra, consoante a inicial do título da
obra.
43

PUBLICAÇÕES EM SÉRIE
Nas publicações em série: revistas, jornais, periódicos, entre outros; as regras invertem-
se ligeiramente, o título deixa de aparecer em itálico e o que aparece agora em itálico é o
nome da revista e o número, caso tenha.
Nos jornais, para além do ano de publicação, coloca-se também o respectivo dia e mês
da publicação, colocando p. ou pp. antes do número de página; deixa de existir o local
de publicação e a editora.
Artigos científicos
Gaspar, T. (2007). Eficiência e equidade nos sistemas europeus de educação e
formação. Noesis, 71, pp. 14-15.
Artigos não científicos
Asteróide próximo da Terra expele meteoritos. (2008, 20 de Novembro). Diário de
Notícias, p. 30.

DOCUMENTOS ELECTRÓNICOS
Nos documentos electrónicos devem ser colocados, pela mesma ordem e regras os
elementos, consoante o tipo de documento; após colocar o título, nas monografias, e o
nome do jornal, número e páginas, no caso dos periódicos. Deverá seguidamente colocar-
se a expressão: ―acedido em‖ ou ―disponível em‖. Após uma destas expressões, deverá
colocar-se a data em que se teve acesso à informação, com a expressão ―em:‖, e por
último, deve colar-se o link da página (s) consultada.
Autor colectividade
Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. (2010). Guião de pesquisa para o 2.º, 3.º
ciclos e secundário. Acedido em 23 de Outubro de 2010 em: http://www.rbe.min-
edu.pt/np4/?newsId=126&fileNam e=guiao_2ciclo.pdf
Documento com um ou mais autores
VandenBos, G., Knapp, S., e Doe, J. (2001). Role of reference elements in the selection
of resources by psychology undergraduates. Journal of Bibliographic Research, 5, 117-
123. Acedido em 13 de Outubro de 2001 em: http://jbr.org/articles.html.
44

CITAÇÕES
O método empregado pelas Normas APA é autor-data, isto é, o sobrenome do autor e o
ano de publicação (não inclua sufixos como Jr.). O texto deve ser documentado citando o
autor e a data de publicação dos trabalhos pesquisados e consultados. Todos os autores
citados no texto, e apenas eles, devem estar presentes nas referências com as informações
completas. Este procedimento é obrigatório.
O QUE É UMA CITAÇÃO?
Uma citação consiste no acto ou efeito de citar: transcrever ou mencionar uma parte de
um texto, facto, ou opinião de um autor.
COMO FAZER UMA CITAÇÃO?
São diversas as formas de fazer citações. Uma citação correcta deve permitir a
identificação da fonte e a sua localização, sem qualquer contestação.
O QUE CITAR?
A regra é que todas as ideias específicas, opiniões e factos que não são da autoria de
quem escreve devem ser citadas. Contudo, não deve ser citado tudo o que faz parte do
conhecimento comum. Não se deve fazer uma citação em todas as frases, porque isso só
significa que não se pensou e que não foram desenvolvidas ideias próprias. Assim sendo,
a regra é: ―sempre que é usada informação de outras fontes, essa informação deve ser
comentada‖.

COMO CITAR?
O modelo-base das citações no corpo do texto inclui: o último nome do(s) autor(es) e o
ano de publicação. Sempre que se faz uma citação directa do trabalho ou se faz
referência a uma passagem específica, deve-se acrescentar o número das páginas. Se o
nome do autor aparece no texto, deve ser seguido do ano de publicação entre parênteses
curvos. Quando a citação não tem número de página deve-se colocar a sigla (s.p.).
Caso a citação seja de um documento electrónico e este não tenha números de
página, deve utilizar-se a abreviatura de parágrafo (para.), seguido do número do
parágrafo em que aparece a citação.
45

Citação directa
É quando se reproduz as palavras do autor através de uma transcrição. Introduza a citação
com uma frase que apresente o material a ser citado e que inclua o último nome do autor
seguido pela data de publicação nos parênteses. Ponha o número de página (precedido
por "p") nos parênteses após a citação.

EX: Peixoto (1997,p.56) escreveu que ― o património histórico das nossas cidades
converteu-se num recurso importante da promoção local‖ Se a frase que apresenta o
material a ser citado não nomear o autor, coloque o último nome do autor, o ano e o
número de página entre parênteses após a citação.
Use vírgulas entre os itens nos parênteses:
EX: É assim considerado que ― o património histórico das nossas cidades converteu-se
num recurso importante da promoção local‖ (Peixoto, 1996, p. 15), Ou (Peixoto,
1996:15).
Citação indirecta
É quando utilizamos apenas as ideias que vêm descritas ao longo de um texto ou de um
livro e não transcrevemos o texto. Inclua o último nome do autor e a data na frase que
apresenta o material a ser citado ou nos parênteses que seguem a citação. O número da
página não é exigido para uma citação indirecta, mas deve-se incluí-lo se isso ajudar os
leitores a encontrar a passagem ao longo do trabalho fonte.
EX: Como refere Santos (1995) o estado português caracteriza-se por…
Citação com dois autores
Nomeie os autores na frase que apresenta o material a ser citado ou entre parênteses, cada
vez que citar o trabalho. Nos parênteses, use "e" entre os nomes dos autores; no texto, use
"e."
EX: Bertrand e Valois (2003) consideram que o paradigma industrial é o que
predomina na sociedade ocidental. Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes

EX: O paradigma industrial é o que predomina na sociedade ocidental (Bertrand &


Valois,
2003).
46

Citações com três a cinco autores


Identifique todos os autores na frase que apresenta o material a ser citado ou entre
parênteses na primeira vez que você citar a fonte.

EX: The chimpanzee Nim was raised by researchers who trained him in American
Sign Language by molding and guiding his hands (Terrace, Petitto, Sanders,
& Bever, 1979).
Nas citações seguintes use o nome do primeiro autor seguido por "et al." na frase que
apresenta o material a ser citado ou nos parênteses.

EX: Nim was able to string together as many as 16 signs, but their order appeared
quite
random (Terrace et al., 1979).
Citação com seis ou mais autores
Use apenas o nome do primeiro autor seguido por "et al." na frase ou nos parênteses.
EX: The ape language studies have shed light on the language development of
children with
linguistic handicaps (Savage-Rumbaugh et al., 1993).

Citação com autor colectivo


Se o autor for um órgão governamental ou outra organização corporativa (corporações,
associações, grupo de estudos) use o nome da organização na frase que apresenta o
material a ser citado ou entre parênteses na primeira vez que citar a fonte.

EX: De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (2010), o número de alunos


que abandonaram a escola…

Se a organização tiver uma abreviatura familiar, você pode incluí-la entre parênteses
rectos na primeira vez em que citar a fonte e use a abreviatura sozinha nas citações
posteriores.
47

PRIMEIRA CITAÇÃO
(Instituto Nacional de Estatística [INE], 2010)
CITAÇÕES POSTERIORES
(INE, 2010)
Autor desconhecido
Se o autor for desconhecido, mencione o título do trabalho na frase que apresenta o
material a ser citado ou dê as primeiras palavras do título do item da lista de referência
(geralmente o título) e o ano. Os títulos dos artigos e os capítulos são colocados entre
aspas e os títulos dos livros, periódicos, folhetos ou relatórios em itálico.

EX: Chimpanzees in separate areas of Africa differ in a range of behaviors: in


their methods of cracking nuts, for example, or in their grooming rituals. An international
team of researchers has concluded that many of the differing behaviors are cultural, not
just responses to varying environmental factors ("Chimps", 1999).

Citação secundária ( Citação de Citação)


Quando a citação é acedida através de fontes secundárias, deve indicar-se qual a fonte
consultada.
EX: Procura-se ter presente que a vida social não só é variada como profunda, tendo
―muitos estratos de significado” (Berger, 1966, citado por Woods, 1996, p. 53).

Citação com autores mesmo apelido e mesma inicial


Sempre que os autores tenham o mesmo apelido e a mesma letra inicial, deve-se colocar
o apelido e o nome por ordem directa.
EX: O processo de regionalização é complexo (Paulo Santos, 1987).
EX: A floresta está em decadência (Pedro Santos, 2003).
NOTA: na listagem de referências bibliográficas, deverão seguir-se as restantes
normas da APA, excepto que após a inicial do nome, deverá constar o nome entre
parênteses rectos.
Citação com menos de 40 palavras deve permanecer incorporada no texto entre aspas
duplas: ..... interpretada por DiMaggio e Powell (1983, p. 152), como "a luta colectiva
48

dos membros de uma ocupação para definir as condições e métodos de sua actividade [...]
e para estabelecer uma base cognitiva e de legitimação para sua autonomia ocupacional".

Citação muito longa


Citação acima de 40 palavras deve ser apresentada em nova linha, num
bloco independente, com recuo de 0,3 cm do parágrafo da margem esquerda, sem
aspas, com espaçamento simples entre linhas e a fonte segue o tamanho normal do
texto Times New Roman 12. As linhas subsequentes devem acompanhar o recuo.
Observe o exemplo abaixo:

de modo racional referente a fins, por expectativas quanto ao comportamento de


objetos do mundo exterior e de outras pessoas, utilizando estas expectativas como
condições ou meios para alcançar fins próprios, ponderados e perseguidos
racionalmente, com sucesso; de modo racional referente a valores, pela crença
consciente no valor — ético, estético, religioso ou qualquer que seja sua
interpretação — absoluto e inerente a determinado comportamento como tal,
independentemente do resultado; de modo afetivo, especialmente emocional, por
afetos ou estados emocionais atuais; de modo tradicional, por costume arraigado.
(Weber, 1994, p. 15).

Citação com omissão no meio


A indicação de material omitido, alterado ou acrescentado a uma citação faz-se usando
parênteses rectos: Omitir texto:
EX: ―Num sistema de ensino […] é difícil encontrar‖ (Rodrigues, 1999b:198).
Citação com tradução
Se o original de um documento for noutra língua que não a portuguesa, e optarmos por
fazer uma tradução livre do texto, deverá sempre dar-se essa indicação colocando, entre
parênteses curvos a expressão ―tradução nossa‖.
EX: Eram tempos inglórios que decorriam em Inglaterra no século XVI (Banes,
2004, tradução nossa). OU
EX: Segundo Banes (2004) decorriam em Inglaterra tempos inglórios no século XVI
(tradução nossa).
Citação com recurso a comunicações pessoais
49

Entrevistas, cartas, memorandos, comunicações electrónicas (mensagens electrónicas/


grupos de discussão) e outras comunicações pessoais devem ser citadas como se segue:

EX: One of Patterson's former aides, who worked with the gorilla Michael, believes
that he
was capable of joking and lying in sign language (E. Robbins, comunicação pessoal,
4 Janeiro, 2000).

NOTA: As comunicações pessoais não constam nas referências bibliográficas, fazendo-


se apenas referência no corpo do texto.

Citação com uso da palavra sic


Sempre que ao realizar uma citação directa, no corpo do texto apareça alguma palavra
que esteja escrita de forma incorrecta ou que já não exista mais a morfologia utilizada,
deve utilizar-se a expressão ―sic‖ que vem do latim e significa ―é assim‖, ―é desta
forma‖.
EX: Segundo Marques (1988) era ― inconcebível que alguém nas sociedade (sic)
modernas votasse contra a democracia‖ (p.149).
Sistema numérico: as citações devem ter uma numeração única e consecutiva, colocadas
acima do texto, em expoente, ou entre parênteses.
No texto: ― fazendo um relatório com algumas notas de rodapé‖13
No texto: segundo McGregor ―fazendo um relatório com algumas notas de rodapé‖(14)

13
Bonomo, Robson. Metodologia cientifica : citações e referências Bibliograficas
14
Bonomo, Robson. Metodologia cientifica : citações e referências Bibliograficas
50

NOTA FINAL – No que respeita às citações, é importante seguir em todo o trabalho


uma única norma, de forma coerente.
As orientações para referências e citações deste guião estão de acordo com as
Normas da APA e utilizam informações obtidas nos seguintes sites:

Referências:
American Psychological Association. (2010) Publication manual of the American
Psychological Association (6th ed.) Washington, DC:Autor.
Para mais informações consultar o site da APA em www.apastyle.org
51

Bibliografia
Amaral Wanda do. (1994) Guia para apresentação de teses, dissertações e trabalhos de
graduação. UEM. Maputo.

American Psychological Association. (2010) Publication manual of the American


Psychological Association (6th ed.) Washington, DC: em: www.apastyle.or

Azevedo, Carlos A.(1996). Moreira e outro. Metodologia Científica. 3ed. Porto: T.


Académicos.

Bell, Judith (1997). Como realizar um projecto de Investigação. Lisboa:Gradiva.

Eco, Umberto (1997). Como se faz uma tese em ciências humanas. 8ed.Lisboa:Presença.

Gil, António Carlos (1994:34-36). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social.

Gil, António Carlos (1991). Como elaborar projectos de pesquisa. 3ed.SP:Atlas

_ (1999). Métodos e técnicas de Pesquisa social 5ed. S.P.: ATLAS.

Lakatos, Eva Maria; Marconi (1991). Marina de Andrade. Ciência e conhecimento


científico: métodos científicos. Teorias, hipóteses e variáveis. 2.ed. S.P.: Atlas.

_ (1992). Eva Maria; Marconi, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico.


4.ed. S.P.: Atlas.

Marconi, Marina de Andrade e Lakatos, Eva Maria (2002). Técnicas de Pesquisa. 5.ed.
SP: Atlas.

Richardson, Roberto Jarry (1999). Pesquisa social: métodos e técnicas. S.P.: Atlas.

Silva, Edna Lúcia da (2001). Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação.3. ed.


rev. atual. – Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC,

http://pt.wikipedia.org/wiki/ Metodologia.

Você também pode gostar