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Diziam que a dama do salgueiro era uma fada triste, cujo coração havia sido partido
há muito tempo. Ela vivia solitária em meio aos galhos do salgueiro, envolta em um
véu de melancolia. A cada noite, lágrimas de prata escorriam de seus olhos, caindo
no riacho próximo e transformando-se em cristais reluzentes.
A vila era habitada por pessoas simples, mas de bom coração. Certo dia, um jovem
rapaz ouviu falar sobre a dama do salgueiro e decidiu desvendar o mistério. Ele
partiu em uma jornada até o salgueiro, determinado a descobrir o segredo que
afligia a dama.
Ao se aproximar do salgueiro, ele sentiu uma tristeza profunda invadir seu coração.
Ele chamou suavemente pela dama do salgueiro e, para sua surpresa, ela apareceu
diante dele. Seus olhos brilhavam com uma tristeza etérea, e suas palavras eram
como suspiros sussurrados pelo vento.
A dama do salgueiro revelou ao jovem sua história dolorosa. Ela fora uma jovem fada
apaixonada por um nobre humano. Eles prometeram amor eterno sob a sombra do
salgueiro, mas as circunstâncias os separaram cruelmente. O nobre partiu para uma
guerra distante e nunca mais retornou, deixando a fada sozinha e desamparada.
Desde então, a dama do salgueiro guardava luto em seu santuário solitário. Suas
lágrimas prateadas eram um testemunho constante de sua tristeza e solidão. O jovem
sentiu uma compaixão profunda pela dama e prometeu ajudá-la a encontrar a paz.
Com sua dedicação e amizade, o jovem começou a trazer um pouco de alegria para a
vida da dama do salgueiro. Ele cantava melodias suaves e compartilhava histórias de
esperança. Gradualmente, a tristeza da dama se dissipou, substituída por um sorriso
tênue.