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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Sistema de Bibliotecas e Informação - SiBI

Série Manual de Procedimentos, n. 13

Política de Desenvolvimento de Coleções do Sistema de


Bibliotecas e Informação da UFRJ

Rio de Janeiro
2022
REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Denise Pires de Carvalho

VICE-REITORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO


Carlos Frederico Leão Rocha

COORDENADOR DO FÓRUM DE CIÊNCIA E CULTURA


Christine Ruta

COORDENADORA DO SISTEMA DE BIBLIOTECAS E INFORMAÇÃO


Paula Maria Abrantes Cotta de Mello

COMITÊ TÉCNICO DE PADRONIZAÇÃO DA BASE MINERVA:

Maria Luiza Cavalcanti Jardim (Organizadora)


SIBI/Divisão de Processos Técnicos

Algacilda Alves da Conceição (Organizadora)


SIBI/Divisão de Memória Institucional

Andréa Regina Antunes França de Melo


SIBI/Divisão de Processos Técnicos

Miguel R. Amorim Neto


SIBI/Divisão de Processos Técnicos

Texto aprovado em 06 de dezembro de 2022 em sessão do Conselho Diretor do Fórum de Ciência e


Cultura.

U58p Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sistema de


Bibliotecas e Informação.
Política de desenvolvimento de coleções do Sistema
de Bibliotecas e Informação da UFRJ / Maria Luiza
Cavalcanti Jardim, Algacilda Alves da Conceição
(organizadoras). – Rio de Janeiro : Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Sistema de Bibliotecas e Informação,
2022.
26 f. ; 30 cm. – (Série manual de procedimentos ;
13)

Bibliografia: f. 23.

1. Bibliotecas - Desenvolvimento da coleção. I.


Jardim, Maria Luiza Cavalcanti. II. Conceição, Algacilda
Alves da. Título.

CDD: 025.2
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4
2 O SISTEMA DE BIBLIOTECAS E INFORM AÇÃO DA 4
UFRJ - SIBI
3 OBJETIVOS 5
3.1 Objetivo geral 5
3.2 Objetivos específicos 5
4 FORMAÇÃO DO ACERVO 6
5 TIPOS DE DOCUMENTOS QUE COMPÕE O ACERVO 6
DAS BIBLIOTECAS
6 SELEÇÃO DO M ATERIAL INFORM ACIONAL 7
6.1 Fontes de seleção 8
6.2 Critérios gerais para seleção 9
6.3 Critérios específicos de seleção por tipo de material 9
6.3.1 Livros 9
6.3.2 E-books 9
6.3.3 Referência 10
6.3.4 Trabalhos acadêmicos 11
6.3.5 Periódicos 11
6.3.6 Materiais especiais para pessoas com deficiência 12
6.4 Critérios específicos de seleção para coleções 12
especiais
7 INDICADORES PARA AVALIAÇÃO DE ACERVOS EM 13
BIBLIOTECAS UNIVERSIT ÁRIAS
7.1 Bibliografia básica 13
7.2 Bibliografia comple mentar 13
7.3 Periódicos especializados 13
7.4 Critérios avaliativos 13
8 FORMAS DE AQUISIÇÃO 15
8.1 Compra 15
8.1.1 Recursos orçamentários 15
8.1.2 Instituições de apoio à pesquisa 15
8.2 Doação 15
8.2.1 Condições para recebimento das doações 16
8.2.2 Processo de formalização das doações pelas unidades 17
8.3 Permuta 17
8.4 Depósito legal 18
9 AVALIAÇÃO DE COLEÇÕES 18
9.1 Desbaste 19
9.2 Remanejamento 19
9.3 Descarte 21
9.4 Baixa dos itens no sistema 22
10 REVISÃO DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE 22
COLEÇÕES
REFERÊNCIAS 23
APÊNDICE A: Glossário 24
ANEXO 1: Declaração simplificada 26
1 INTRODUÇÃO

A Política de Desenvolvimento de Coleções do Sistema de Bibliotecas e


Informação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (SiBI/UFRJ) visa
estabelecer as diretrizes e atividades que orientem as tomadas de decisão para
a composição dos acervos das bibliotecas da Universidade. A formalização da
política permite que a coleção cresça de maneira consistente, qualitativa e
quantitativamente, guiando as atividades de seleção e aquisição do material
informacional de suas unidades. A coleção deve ser selecionada e
desenvolvida para responder aos interesses de seus usuários, promovendo o
acesso, a recuperação, a disseminação e o intercâmbio de informações
especializadas.

Vale salientar a importância do valor dos acervos das bibliotecas da UFRJ para
o patrimônio bibliográfico da instituição e nacional. Obras que possuem
ressonância com a instituição e sua área de atuação devem receber um
tratamento adequado, independente de ser considerado raro ou especial.

Essa política além de estabelecer os critérios e as diretrizes relativos a seleção


e aquisição de materiais bibliográficos, por compra, doação ou permuta, norteia
a avaliação do acervo e ainda assinala os documentos que podem ser
descartados.

2 O SISTEMA DE BIBLIOTECAS E INFORMAÇÃO DA UFRJ - SiBI

O SiBI teve início em 1983, sendo aprovado na sessão do Conselho Superior


de Coordenação Executiva (CSCE) do dia 31 de Outubro de 1989, em caráter
extrapauta. Atualmente é órgão suplementar do Fórum de Ciência e Cultura
(FCC) de acordo com a Resolução nº 5, de 28 de junho de 2018. É gerenciador
das 43 bibliotecas da UFRJ e tem por objetivo principal a interação de suas
bibliotecas com a política educacional e administrativa da Universidade. É
consolidado o reconhecimento de seu papel como estrutura de apoio
indispensável aos programas de ensino, pesquisa e extensão e à cooperação
técnico-científica, cultural, literária e artística da instituição, através do
desenvolvimento de serviços e produtos de informação.

O SiBI atua como órgão promotor do desenvolvimento das bibliotecas, da


atualização e manutenção dos acervos, da modernização e informatização dos
sistemas, definição de políticas de informação e padrões técnicos e da
capacitação continuada de seus membros.

As bibliotecas que integram o SiBI, são gerenciadas também através da coleta


de dados anuais que alimentam a Base Gerencial (BAGER), que fornece
informações gerais e dados estatísticos de cada unidade. A partir dessas
informações, o SiBI tem subsídios para avaliar o desenvolvimento e o
desempenho das bibliotecas, assim como para identificar as necessidades de
novos serviços e produtos, pessoal, acervo e infraestrutura que serão
atendidas de acordo com os recursos orçamentários que dispõe anualmente e
eventualmente através de editais e projetos que participa.

Os acervos das bibliotecas são atualmente catalogados e gerenciados pelo


Software ALEPH e o processamento técnico é descentralizado por suas
unidades, seguindo normas, padrões e políticas definidas pelo SiBI em
consonância com seus comitês técnicos e grupos de trabalho específicos.

Todos os acervos das 43 bibliotecas compõem um único catálogo on-line,


acessível na internet, 24 horas por dia, sete dias por semana, constituindo a
Base Minerva (www.minerva.ufrj.br).

O SiBI também realiza serviços e desenvolve produtos que visam a divulgação


científica e a disseminação da produção acadêmica da UFRJ, a saber: o
Repositório Institucional Pantheon (https://pantheon.ufrj.br), a Biblioteca
Digital de Obras Raras (https://bdor.sibi.ufrj.br), o Portal de Revistas da
UFRJ (https://revistas.ufrj.br), e o Portal de Conferências da UFRJ
(https://conferencias.ufrj.br).

Dessa forma, o trabalho do SiBI visa colocar as bibliotecas no mesmo padrão


de qualidade que a UFRJ oferece à sociedade em suas atividades de ensino,
pesquisa e extensão.

3 OBJETIVO

A seguir estão descritos o objetivo geral e os específicos da Política de


Desenvolvimento de Coleções do SiBI/UFRJ.

3.1 Objetivo geral

O objetivo geral da Política de Desenvolvimento de Coleções do SiBI/UFRJ é


definir, orientar e implementar processos e ações para o desenvolvimento das
coleções das unidades de informação, tendo em vista a missão institucional de
apoio indispensável aos programas de ensino, pesquisa e extensão e à
cooperação técnico-científica, cultural, literária e artística da instituição.

3.2 Objetivos específicos

São objetivos específicos da Política de Desenvolvimento de Coleções:

 Respeitar a identidade dos acervos e a missão institucional;


 Direcionar o uso racional dos recursos financeiros;
 Estabelecer prioridades para a aquisição de material;
 Disciplinar o processo de seleção de material bibliográfico tanto em
quantidade como em qualidade, estabelecendo critérios de acordo com
as características de cada curso oferecido nas unidades acadêmicas e
suas necessidades informacionais;
 Proporcionar fluidez no processo constante de atualização do acervo;

5
 Dar acesso aos materiais bibliográficos;
 Estabelecer formas de intercâmbio de publicações;
 Estabelecer características básicas para conservação e preservação do
acervo;
 Traçar diretrizes para avaliação de coleções;
 Traçar critérios e diretrizes de desbastamento e descarte de material.

4 FORMAÇÃO DO ACERVO

O acervo das unidades de informação deverá contemplar os diversos tipos de


material, independente do suporte físico, para atender as necessidades
informacionais das atividades de ensino, pesquisa e extensão e a cooperação
técnico-científica, cultural, literária e artística da instituição.

Considerando-se os recursos orçamentários disponíveis e as demandas dos


cursos, o SiBI em conjunto com as bibliotecas é responsável pela tomada de
decisão quanto ao melhor tipo de suporte (físico ou virtual), bem como pelo
quantitativo de exemplares a serem adquiridos.

A formação e desenvolvimento de coleções é um processo contínuo e dinâmico


que envolve a aquisição, avaliação e atualização do acervo existente, além de
orientar quanto às obras que podem ser descartadas e/ou remanejadas,
otimizando o seu uso, sempre em consonância com os objetivos institucionais.

5 TIPOS DE DOCUMENTOS QUE COMPÕE O ACERVO DAS BIBLIOTECAS

Os tipos de documentos que compõe os acervos das bibliotecas são:


 Anais de eventos
 Analíticas de periódicos
 Atlas
 Bibliografias
 Biografias
 Capítulos de livros
 Cassetes
 Catálogos
 Compêndios
 CD-Roms
 Dicionários
 Disquetes
 DVDs
 E-books
 Enciclopédias
 Entrevistas
 Filmes
 Folhetos
 Guias
 In-folio

6
 Legislação
 Livros
 Manuais
 Mapas
 Microfichas
 Músicas impressas
 Músicas manuscritas
 Normas técnicas
 Patentes
 Periódicos
 Programas de computador
 Programas de concerto
 Resenhas
 Resumos
 Seriados
 Teses e dissertações
 Tratados
 Vídeos

6 SELEÇÃO DO MATERIAL INFORMACIONAL

A seleção dos itens a serem incorporados ao acervo das bibliotecas, bem como
os já existentes deve ser realizada tomando-se por base a afinidade com a
temática, as disciplinas e as pesquisas desenvolvidas em cada unidade.
Devido a diversidade e complexidade da temática das várias áreas do
conhecimento desenvolvidas na UFRJ, a avaliação e seleção do material
informacional é descentralizada, ficando essa tarefa sob a responsabilidade de
cada biblioteca.

A seleção ficará a cargo de cada unidade sob a coordenação de seus


bibliotecários, contando com o apoio do corpo docente e discente e da
Comissão de Biblioteca1. A consulta à comunidade usuária tem um caráter
primordial nesse processo, que expressará as suas necessidades e lacunas na
coleção.

A política de seleção, segundo Figueiredo (1993 p. 55), é descrita como:

"um conjunto de diretrizes e normas que visa estabelecer ações,


delinear estratégias gerais, determinar instrumentos e delimitar critérios
para facilitar a tomada de decisão na composição e desenvolvimento de
coleções em consonância com os objetivos da instituição e os usuários
do sistema".

A política de seleção baseia-se nas fontes indicadas, critérios gerais e


específicos estabelecidos para nortear a seleção do material bibliográfico.

1
Devendo constar a identificação dos responsáveis pela seleção de materiais,
responsabilidade pelas decisões, e ainda como esta foi constituída, (lei, decreto, portaria, etc.);
identificação dos membros, periodicidade das reuniões, atribuições de seus membros, etc.

7
A seleção pode ser positiva, quando se tratar de aquisição (compra, doação ou
permuta) para incorporação de novos itens às coleções, ou negativa, quando
envolver desbaste, remanejamento ou descarte.

Os critérios de seleção devem ser aplicados tanto em materiais a serem


adquiridos por compra como em obras recebidas por doação ou permuta.

Obras recebidas por doação ou permuta, que após a sua avaliação não sejam
incorporadas ao acervo da biblioteca, deverão ser disponibilizadas para
doação.

A doação deve seguir os seguintes critérios: primeiramente deve ser verificado


o possível interesse de outra unidade da UFRJ, de acordo com a temática e
compatibilidade do seu acervo. Recomenda-se, enviar um e-mail diretamente
ao setor responsável da biblioteca recebedora.

Em caso de recusa dessa unidade, indica-se, em segunda instância, oferecer


às demais bibliotecas do sistema através do SiBI Lista (sibi@listas.sibi.ufrj.br).

Não havendo interesse, buscar bibliotecas recebedoras de outras instituições


de ensino ou comunitárias.

6.1 Fontes de seleção

Algumas fontes de seleção que orientarão nos critérios para a seleção do


acervo são as seguintes:

 Bibliografias básicas e complementares por disciplinas (unidades


curriculares) dos cursos atendidos por cada biblioteca;
 Bibliografias das disciplinas constantes nos projetos pedagógicos dos
novos cursos de graduação, pós-graduação e extensão;
 Formulários de coleta de dados com as demandas reais de cada
unidade;
 Bibliografias especializadas;
 Catálogos de fornecedores;
 Catálogo da Base Minerva;
 Catálogos, listas e sites de editoras e livreiros;
 Resenhas

Com base nas fontes locais da unidade, o setor de aquisição de cada biblioteca
deverá elaborar uma lista contendo as indicações, por ordem de prioridade, a
ser enviada para a Divisão de Processamento Técnico do SiBI (DPT/SiBI) para
aquisição, quando solicitado. Esse processo de aquisição será efetuado de
acordo com os recursos orçamentários disponíveis ou através de financiamento
de instituições de apoio à pesquisa.

8
6.2 Critérios gerais para seleção

Os critérios gerais de seleção são:

 Atualidade;
 Aderência e ressonância com a missão institucional;
 Relevância do conteúdo;
 Adequação ao currículo, linhas de pesquisa e projetos de extensão;
 Autoridade do autor ou editor;
 Qualidade técnica do conteúdo;
 Demanda de material sobre o assunto na coleção (excesso ou
escassez);
 Idioma acessível;
 Número de usuários potencial;
 Conveniência do formato e obsolescência dos equipamentos
necessários para acesso ao conteúdo;
 Adequação às quantidades mínimas recomendadas pelo INEP -
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira - para avaliação das instituições de ensino superior;
 Estado de conservação dos materiais;
 Formatos acessíveis às pessoas com deficiência

6.3 Critérios específicos de seleção por tipo de material

Seguem critérios específicos de seleção de acordo com o tipo de material.

6.3.1 Livros

A compra de livros irá se basear prioritariamente nas bibliografias básicas e


complementares de disciplinas dos cursos atendidos por cada biblioteca,
respeitando-se o número de exemplares indicados no Instrumento de avaliação
do INEP e adequando-se à disponibilidade orçamentária recebida pelo SiBI.

Num primeiro momento será dada prioridade aos itens das bibliografias
básicas, em segunda instância, seguiremos para as bibliografias
complementares de cada curso.

Também serão selecionadas obras indicadas por docentes, discentes e


bibliotecários, privilegiando novas ideias e opiniões nas diversas áreas do
conhecimento.

6.3.2 E-Books

Os e-books adquiridos pelo SiBI seguem um modelo de negócios que


determina as seguintes características descritas em contrato pelo
editor/fornecedor de acesso à plataforma:

 Acesso perpétuo aos conteúdos;

9
 Múltiplos acessos simultâneos (multiusuário), através dos IPs, Proxy
e/ou autenticador (Shibboleth, Athens etc) da universidade;
 Direito completo de propriedade dos livros pela UFRJ;
 Busca integrada por tema e por palavra-chave em todos os livros
simultaneamente;
 Cessão dos metadados compatíveis com registros da Base Minerva
(Marc-21);
 Possibilidade de downloads, cópias e impressões;
 Facilidade de acesso 24h por dia 7 dias por semana;
 Conteúdo dos livros estar preservado em repositórios de grandes
instituições acadêmicas internacionais como: Digital Preservation and
Electronic Archiving Service (PÓRTICO) e Lots Of Copies Keep Stuff
Safe (LOCKSS);
 Vantajosidade e economicidade financeira.

Os e-books também podem ser adquiridos pela modalidade de Aquisição


Baseada em Evidências (Evidence Based Acquisiton - EBA). Nesse modelo a
UFRJ tem acesso a coleção de títulos publicados pela editora/agregadora por
um período pré-determinado, geralmente de 12 meses, antes de decidir quais
títulos adquirir com acesso perpétuo. Para apoiar essa tomada de decisão a
editora fornece relatórios de uso periódicos durante a vigência do período
experimental. Sob o modelo EBA pode-se optar por acessar a coleção
completa de e-books ou selecionar coleções de assuntos específicos. Ao final
do prazo experimental o valor contratado é convertido na aquisição perpétua
dos títulos mais consultados ou de maior interesse para a instituição.

Quanto a doação de e-books oferecidos por autores ou editores/fornecedores


para a efetivação dessa doação, com vista a assegurar o acesso para toda a
comunidade acadêmica, tem que atender às seguintes exigências:

a) o autor/doador emitir um Termo de Doação com assinatura digital


transmitindo o direito de reprodução para a UFRJ.
b) a editora, por intermédio do autor, emitir um Termo de Doação
permitindo o acesso perpétuo aos e-books pela UFRJ.

Esses Termos de Doação transmitindo o direito de reprodução para a UFRJ é


que garantirão o acesso perpétuo e a permissão de download para toda a
comunidade acadêmica da UFRJ.

A UFRJ não irá hospedar os e-books doados, apenas será incluída a URL de
onde eles poderão ser acessados, da mesma forma como ocorre com todos os
e-books que são adquiridos pela UFRJ. Esses e-books serão catalogados na
Base Minerva, com inclusão do link para acesso aos IPs da UFRJ na
plataforma do editor/fornecedor.

6.3.3 Referência

As bibliotecas deverão verificar junto ao seu corpo docente e discente as obras


de referência essenciais nas respectivas áreas do conhecimento.

10
Obras de referência que estejam em acesso aberto, disponíveis na Internet não
serão adquiridas pelo SiBI.

6.3.4 Trabalhos acadêmicos

As dissertações e teses defendidas nos cursos de pós-graduação da UFRJ


deverão ser depositadas, nas versões finais aprovadas nos programas de pós-
graduação enviadas às Secretarias Acadêmicas, na razão de um exemplar
impresso acompanhado do arquivo digital do texto do trabalho em PDF. O
exemplar impresso será encaminhado para a Central de Memória Acadêmica
(CMA) para compor o Banco de Teses, sendo posteriormente implantado na
Base Minerva. O arquivo digital será enviado à biblioteca do curso para
catalogação pela unidade na Base Minerva e, em seguida, depositado no
Repositório Institucional Pantheon pelo setor de processamento técnico da
biblioteca da unidade.

Os trabalhos de conclusão de curso (TCCs) serão depositados no Repositório


Institucional Pantheon pela biblioteca que atende ao curso, exclusivamente em
formato digital, caso o curso demande esse serviço.

As teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso defendidos em outras


instituições de ensino superior deverão ser evitados, visto que as instituições
de origem é que devem se responsabilizar pela guarda e possuem a
autorização para divulgação desses materiais.

Entretanto, quando esses trabalhos defendidos em outras instituições tiverem a


autoria de professores ou servidores da UFRJ, ficará a cargo da Comissão de
Biblioteca avaliar a pertinência da guarda, sendo que a gestão e tratamento
especial desse material será decidido pela biblioteca, uma vez que sua
inclusão na Base Minerva não é indicada. As marcas de proveniência devem
ser levadas em consideração na avaliação.

6.3.5 Periódicos

Os periódicos que irão compor o acervo da UFRJ deverão apresentar um


caráter técnico-científico. Apresentando as seguintes características:

 Disponibilidade do título somente em versão impressa ou em versão on-


line com acesso em bases de dados de acesso restrito;
 Representatividade na área do conhecimento do acervo;
 Relevância histórica com avaliação de docentes especialistas da área;
 Credibilidade do editor;
 Fator de impacto do periódico;
 Coleção significativa no acervo, tendo no mínimo 2 anos completos.

Periódicos impressos que apresentem menos de 2 anos de publicação poderão


ser incorporados ao acervo desde que avaliados por especialistas da área, o

11
editor assuma o compromisso de continuidade de publicação do título e a
biblioteca faça um monitoramento quanto a continuidade da edição. Caso seja
descontinuado deverá ser descartado da coleção.

Periódicos eletrônicos acessados de forma gratuita na internet não serão


catalogados na Base Minerva.

6.3.6 Materiais especiais para pessoas com deficiência

Tecnologia assistiva é uma área do conhecimento, de característica


interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias,
práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à
atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou
mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida
e inclusão social (CAT, Ata da Reunião VII, SDH/PR, 2007).

O objetivo principal é propiciar aos portadores de qualquer deficiência


sensorial, incluindo visual (visão reduzida e cegueira), auditiva (deficiência
auditiva e surdez), a literatura básica para seus cursos, através de livros em
Braille, software e outros tipos de materiais.

O SiBI providencia e orienta a aquisição de material bibliográfico para pessoas


com deficiência sempre que solicitado pelas unidades.

A produção de material didático especial pela UFRJ depende de infraestrutura


de hardware e software ainda não disponíveis.

6.4 Critérios específicos de seleção para coleções especiais

Considera-se como coleções especiais os acervos formados por uma temática


desenvolvida por colecionadores e/ou pela biblioteca, que apresentem valor
patrimonial para a Universidade e, consequentemente, atendam às demandas
de ensino, pesquisa e extensão. Devem compor o patrimônio bibliográfico da
UFRJ e serem aplicados os critérios utilizados para seleção de materiais
especiais, coleções de memória Institucional e Obras Raras2. Tais categorias
apresentam igualdade de valor patrimonial e devem ser preservados.

Os critérios de doação para recebimento de livros e coleções devem ser


pautados em acordo institucional entre o doador e a Diretoria da Unidade a que
a biblioteca está subordinada. Devem ser considerados para avaliação da
doação: valores históricos, documentais e materiais das obras e/ou coleções, a
partir de seu contexto e significado para as missões de ensino, pesquisa e
extensão da UFRJ, além das condições físicas.

2
Ver Política para Gestão de Acervos Bibliográficos Raros e Especiais da UFRJ. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1X3ARGxySLfMW76lEDRhGV9VF24-sBXhf/view

12
7 INDICADORES PARA AVALIAÇÃO DE ACERVOS EM BIBLIOTECAS
UNIVERSITÁRIAS

As Instituições de Ensino Superior (IES) são avaliadas periodicamente com


base em indicadores estabelecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), sendo que seus acervos
representam um peso significativo nesse processo.

Os instrumentos de avaliação do INEP estão disponíveis em:


https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-
educacionais/avaliacao-in-loco/instrumentos-de-avaliacao.

Os graus de avaliação variam de 1 a 5, sendo que o grau 5 é a meta de


excelência.

São avaliadas: a bibliografia básica, a bibliografia complementar e os títulos de


periódicos científicos disponibilizados.

São computados exemplares físicos e virtuais, forma e facilidade de acesso,


verificando-se a proporção do número de vagas no curso x total de exemplares.

7.1 Bibliografia básica

É avaliada por Unidade Curricular (UC). Considerar o acervo da bibliografia


básica para o primeiro ano do Curso Superior de Tecnologia (CST) ou para os
dois primeiros anos (bacharelados/licenciaturas).

7.2 Bibliografia complementar

É avaliada por Unidade Curricular (UC). Considerar o acervo da bibliografia


complementar para o primeiro ano do curso (CST) ou para os dois primeiros
anos (bacharelados/licenciaturas).

7.3 Periódicos especializados

Tendo em vista o Portal CAPES mantido pelo governo federal, os periódicos


não estão sendo computados individualmente nas atuais avaliações. Na
avaliação o Portal CAPES deve ser citado como fonte de pesquisa do curso.

7.4 Critérios avaliativos

Os critérios avaliativos utilizados para a avaliação dos acervos se baseiam nos


descritos em instrumentos do INEP que são utilizados pelas comissões de
avaliação dos cursos das instituições de ensino superior. São eles:

a) INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE CURSOS DE GRADUAÇÃO -


Presencial e a Distância - DIRETORIA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO
SUPERIOR - AUTORIZAÇÃO

13
b) INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE CURSOS DE GRADUAÇÃO -
Presencial e a Distância - RECONHECIMENTO - RENOVAÇÃO DE
RECONHECIMENTO

No indicador 3.6 - Bibliografia básica por Unidade Curricular (UC), presente


em ambos os instrumentos, são elencados os critérios a serem avaliados, tanto
para a bibliografia básica como para a bibliografia complementar por Unidade
Curricular (UC). Levaremos em conta os critérios abaixo para a obtenção do
conceito 5, que é a meta de excelência, desejável para o acervo de todas as
bibliotecas da UFRJ.

 O acervo físico está tombado e informatizado, o virtual possui contrato


que garante o acesso ininterrupto pelos usuários e ambos estão
registrados em nome da IES.
 O acervo da bibliografia básica é adequado em relação às unidades
curriculares e aos conteúdos descritos no Projeto Pedagógico do Curso
(PPC) e está atualizado, considerando a natureza das UC.
 Da mesma forma, está referendado por relatório de adequação,
assinado pelo Núcleo Docente Estruturante (NDE), comprovando a
compatibilidade, em cada bibliografia básica da UC, entre o número de
vagas autorizadas (do próprio curso e de outros que utilizem os títulos) e
a quantidade de exemplares por título (ou assinatura de acesso)
disponível no acervo.
 Nos casos dos títulos virtuais, há garantia de acesso físico na IES, com
instalações e recursos tecnológicos que atendem à demanda e à oferta
ininterrupta via internet, bem como de ferramentas de acessibilidade e
de soluções de apoio à leitura, estudo e aprendizagem.
 O acervo possui exemplares, ou assinaturas de acesso virtual, de
periódicos especializados que suplementam o conteúdo administrado
nas UC.
 O acervo é gerenciado de modo a atualizar a quantidade de exemplares
e/ou assinaturas de acesso mais demandadas, sendo adotado plano de
contingência para a garantia do acesso e do serviço.

Quanto à atualização do acervo, nos seguintes instrumentos de avaliação do


INEP:

a) INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL EXTERNA,


Presencial e a Distância - Credenciamento;

b) INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL EXTERNA,


Presencial e a Distância - Recredenciamento - Transformação de
Organização Acadêmica;

no Indicador 5.10 referente a Bibliotecas é feita uma exigência quanto a


existência do plano de atualização do acervo no Plano de
Desenvolvimento Institucional (PDI), conforme descrito a seguir:

"Há plano de atualização do acervo descrito no PDI, e viabilidade para sua


execução, considerando a alocação de recursos, ações corretivas associadas

14
ao acompanhamento e à avaliação do acervo pela comunidade acadêmica e a
previsão de dispositivos inovadores".

8 FORMAS DE AQUISIÇÃO

Os materiais informacionais serão adquiridos por compra, doação, permuta e


por depósito legal.

A compra com recursos orçamentários é centralizada pelo SiBI, entretanto a


aquisição por doação ou permuta poderá ser coordenada por cada biblioteca.

8.1 Compra

8.1.1 Recursos orçamentários

A compra com recursos orçamentários será realizada pelo SiBI com base em
lista desiderata elaborada pela biblioteca de cada unidade, tomando por base
os critérios de seleção descritos nessa política. Num segundo momento
quando necessário cada biblioteca deverá:

 Executar a seleção e cortes na lista desiderata enviada ao SiBI para


adequação ao valor pecuniário disponível para a sua unidade;
 Dar prioridade para os títulos relacionados nas bibliografias básicas;
 Indicar o número de exemplares de cada título.

8.1.2 Instituições de apoio à pesquisa

Tanto o SiBI como as unidades podem apresentar projetos às instituições de


apoio à pesquisa (por ex.: FAPERJ, CNPq, FINEP, BNDES) para aquisição de
material bibliográfico destinados à pesquisa científica e tecnológica e que serão
incorporados ao acervo das bibliotecas.

8.2 Doação

Os critérios para seleção do material informacional doado com o objetivo de


incorporação ao acervo das bibliotecas, seguem os mesmos descritos em 6.2 e
6.3.

Doações de órgãos públicos, agências de fomento, fundações de apoio,


pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado devem seguir as
orientações da Instrução Normativa PR6/UFRJ nº 15 de 01 julho 2022 -
Recebimento de Bens Móveis Permanentes por Doação3.

3
Disponível em:
https://xn--gesto-dra.ufrj.br/images/Instrumentos_Normativos/IN_15.2022_ocred.pdf

15
As doações encaminhadas por doadores espontâneos requerem contato prévio
entre as partes. O doador deverá enviar lista discriminando os itens ofertados
para análise da biblioteca acompanhada de Termo de Doação devidamente
assinado pelo doador. Nesse termo o doador reconhece a autonomia da
instituição na avaliação, uso e disponibilização do material recebido de modo a
evitar quaisquer questões futuras. No Termo de Doação de coleções
particulares e/ou especiais deve ser informado o tipo de tratamento que será
dado ao acervo, a saber:

a) dispersão da doação em duas modalidades:


 Inclusão de itens no acervo corrente, ou seja, desmembramento da
coleção com dispersão de títulos no acervo geral da biblioteca para
empréstimo;
 Seleção de livros especiais, raros e antigos para guarda de preservação.

b) criação de uma coleção especial com permanência do formato original


(sem dispersão).

Tanto o SiBI como a unidade recebedora da doação poderão selecionar apenas


os itens de interesse de acordo com os critérios de seleção praticados ou
recusar doações que não atendam aos critérios já estabelecidos de seleção
qualitativa e quantitativa para incorporação ao acervo, bem como doações com
restrições de exigência de local especial ou de uso restrito. Não serão aceitas
doações que sejam enviadas sem o prévio contato com as bibliotecas
recebedoras, como também, não serão aceitas quando não for possível a
seleção prévia dos títulos de interesse da UFRJ, ou seja, pacotes fechados
sem as referidas listas.

8.2.1 Condições para recebimento das doações

O SiBI se reserva o direito de recusar o recebimento dos seguintes


documentos ofertados por doações:

 Fotocópias de materiais bibliográficos, tendo em vista o art. 29 da Lei de


Direito Autoral, Lei nº 9610 de 19 de fevereiro de 1998;
 Teses e dissertações de outras instituições de ensino superior;
 Materiais impróprios para o uso - riscados, infectados e/ou danificados;
 Obras cujo conteúdo estiver claramente desatualizado e não possuir
caráter histórico;
 Obras que não estiverem em estado de conservação propício para
inserção no acervo;
 Fascículos de periódicos avulsos cujas coleções não constem dos
acervos;
 Fascículos de periódicos já existentes nos acervos;
 Materiais com formatos obsoletos ou que exijam equipamentos para
acesso ao conteúdo não disponíveis nas bibliotecas.

16
O SiBI pode solicitar também doações de material bibliográfico oriundos de
editoras, fornecedores, instituições de ensino e pesquisa, órgãos
governamentais e/ou qualquer instituição responsável pela edição, publicação
ou distribuição de publicações de interesse da UFRJ.

8.2.2 Processo de formalização das doações pelas unidades

A biblioteca interessada em receber doações de material informacional durante


o ano, sem ônus ou encargo, de pessoas físicas ou jurídicas, deverá abrir
processo administrativo no início de cada ano, de acordo com a normativa da
PR6: Instrução Normativa PR6/UFRJ nº 15 de 01 julho 2022 - Recebimento de
Bens Móveis Permanentes por Doação.

Ao fim do período, o processo será enviado à Divisão de Gestão Patrimonial,


da Superintendência-Geral de Patrimônio, da Pró-Reitoria de Gestão e
Governança (DGP/SGP/PR6) para avaliação e tombamento dos itens.

A Seção de Cadastro e Tombamento da DGP efetuará o registro dos bens no


Sistema de Patrimônio (SISUFRJ) e no Sistema Integrado de Administração
Financeira (SIAFI).

O processo será composto de:


a) Folha de informação com justificativa do interesse, conveniência e
oportunidade de receber doações de materiais de informação, sem ônus
ou encargo, de pessoas físicas ou jurídicas, ao longo do ano;
b) A declaração simplificada (ver Instrução Normativa PR6/UFRJ nº 15
Anexo 1) para cada conjunto de doação recebido ao longo do ano
(acompanhada da respectiva relação anexa, se houver); e/ou
c) Folha de informação da chefia da biblioteca com a justificativa para a
ausência da declaração simplificada para os itens ou conjunto de itens
doados sem esse documento (por exemplo, quando recebidos pelos
correios, por transportadoras ou para as negativas de assinatura dos
doadores).

8.3 Permuta

É um processo que consiste, de forma oficial, em troca de documentos


publicados por duas ou mais instituições.

Os critérios para seleção das obras permutadas são os mesmos mencionados


nos itens 6.2 e 6.3.

Entretanto cada biblioteca deve estabelecer o intercâmbio com instituições


congêneres, relacionando títulos de interesse, propondo a permuta com
publicações da UFRJ ou de suas unidades.

17
8.4 Depósito legal

Através desta modalidade as bibliotecas recebem a produção técnico-científica


da instituição, como as teses e dissertações, trabalhos de conclusão de curso e
obras publicadas pela Editora da UFRJ.

As publicações da Editora da UFRJ serão recebidas pelo SiBI e encaminhadas


às bibliotecas de acordo com a temática dos cursos. Por serem publicações
consideradas patrimônio bibliográfico da instituição, um exemplar será
depositado na Biblioteca Pedro Calmon para compor a Coleção Memória
UFRJ.

As dissertações e teses depositadas serão enviadas às Secretarias


Acadêmicas na razão de um exemplar impresso encadernado em capa dura,
que será encaminhado para a Central de Memória Acadêmica (CMA), para
compor o banco de teses da UFRJ, e o arquivo digital do trabalho que será
encaminhado à biblioteca do curso para catalogação na Base Minerva e, em
seguida, o arquivo digital será depositado no Repositório Institucional
Pantheon.

9 AVALIAÇÃO DE COLEÇÕES

O objetivo da avaliação de coleções é verificar tanto a relevância informacional


qualitativa e quantitativa, quanto o estado físico do material e sua
disponibilidade para uso.

Essa avaliação vai indicar os materiais que se tornaram obsoletos como


também as novas áreas do conhecimento que necessitam de material
informacional.

Não se aplica para as coleções fundadoras e as obras que integram as


coleções especiais da universidade.

A avaliação de coleções deverá ser executada periodicamente pelas


bibliotecas, sugerindo-se a cada 5 anos, utilizando-se dos critérios descritos no
quadro a seguir:

Quadro 1 – Critérios para avaliação das coleções

Manter no acervo se...


 É utilizada
 É representativa para área do conhecimento
 Apresenta caráter histórico
 É solicitação de professor
 O SiBI/UFRJ é depositário do material
 Tem como assunto o estado do Rio de Janeiro
 É bibliografia básica ou complementar
 É publicação da UFRJ

18
Remanejar se...
 É pouco utilizado nos últimos dez anos
 Dissertações ou teses defendidas na UFRJ que estão digitalizadas
Descartar se...
 O estado físico é irrecuperável
 Possui excesso de duplicatas
 Está em formato/suporte obsoleto
 Exemplares de TCCs, dissertações ou teses não defendidos na UFRJ
 CD-ROM ou DVD de obras que são disponibilizadas ou possuem link na web
Adquirir se…
 A quantidade é insuficiente
 Foi identificada uma nova demanda
Ponderar se…
 Adquirida por compra
 A quantidade é excessiva
 A coleção está completa
 Alguma outra instituição armazena o material
 Está disponível em formato eletrônico com acesso gratuito
 Existência de obras mais atuais
Fonte: adaptado de Universidade Federal de Santa Catarina (2012, p. 17)

Após o processo de avaliação das coleções, seguem-se as ações de desbaste


ou descarte do material, abrindo espaços para armazenamento e facilitando o
acesso ao acervo para o usuário.

Descreve-se cada uma dessas operações de destinação dos materiais para


melhor compreensão.

9.1 Desbaste

O desbastamento é o meio pelo qual se retira do acervo o livro, títulos e/ou


exemplares, ou partes de coleções, seja para remanejamento ou descarte.

O desbaste deve ser realizado periodicamente, logo após a avaliação do


acervo, e tem como objetivos principais adaptar a coleção aos interesses dos
usuários, impedir o crescimento desordenado da coleção e evitar desperdícios
de recursos humanos, financeiros e de infraestrutura.

O processo de desbaste será de responsabilidade das bibliotecas, com apoio


das comissões de biblioteca, visando manter a qualidade da coleção.

9.2 Remanejamento

O remanejamento é um processo que compreende a retirada da obra do


acervo e o seu arquivamento em um local menos acessível. Com a
identificação de obras com menor demanda e sua transferência para um
depósito ou armazém, abrem-se espaços para obras mais consultadas e novas

19
aquisições, facilitando ao usuário o acesso à coleção e proporcionando maior
visibilidade aos materiais que são efetivamente consultados.

As obras remanejadas continuarão a ser disponibilizadas para consulta e


empréstimo de acordo com os prazos e critérios estipulados pela biblioteca.

Obras não utilizadas nos últimos 10 anos são elegíveis ao remanejamento,


conforme especificado a seguir:

a) Livros - Livros impressos serão remanejados por um período de 10


anos. Após esse período, se ficar constatado o não uso do material, será
avaliado o seu valor histórico e informativo e, em caso de parecer
negativo, a Comissão de Biblioteca poderá optar pelo descarte ou
doação. Será avaliada a necessidade de manter vários exemplares do
mesmo título ou apenas um exemplar. Livros em avançado estado de
deterioração poderão ser descartados;

b) Periódicos - Coleções encerradas impressas e que não tenham


possibilidade de serem reativadas e sem demanda, serão remanejadas
por um período de 10 anos. Após esse período, se ficar constatado o
não uso do material, será solicitado a Comissão de Biblioteca com o
apoio de um pesquisador especialista da área, que dê parecer quanto à
destinação do material. Além dessa avaliação será considerada a
disponibilidade do título em outras bibliotecas e/ou formato eletrônico
com acesso gratuito. Promover a reunião dos títulos de periódicos que
estiverem desmembrados em mais de uma biblioteca. A decisão final
caberá à biblioteca, que poderá optar pela manutenção no acervo,
descarte ou doação. Periódicos em avançado estado de deterioração
poderão ser descartados;

c) Obras de referência - As obras impressas serão remanejadas por um


período de 10 anos. Após esse período, se ficar constatado o não uso
do material, será avaliado o seu valor histórico e informativo e, em caso
de parecer negativo, a Comissão de Biblioteca poderá optar pelo
descarte ou doação. Materiais de referência em avançado estado de
deterioração poderão ser descartados;

d) Materiais audiovisuais, suportes especiais e outros - As obras em


formatos obsoletos ou que exijam equipamentos para acesso ao
conteúdo que não estão mais disponíveis nas bibliotecas serão
remanejadas e o seu descarte será avaliado pela Comissão de
Biblioteca em decorrência da obsolescência dos meios necessários para
acesso ao seu conteúdo e do estado de deterioração do suporte.

O Armazém bibliográfico, projeto proposto pelo SiBi, quando existente, será o


local do remanejamento.

20
9.3 Descarte

Descarte (seleção negativa ou desfazimento) é o processo de retirada de


títulos ou partes da coleção, para fins de doação ou eliminação, sendo esta
última devido ao aspecto físico da obra. O descarte consiste na retirada
definitiva da obra do acervo. Obras adquiridas que fazem parte dos acervos
fundadores da instituição NÃO poderão ser descartadas.

O processo de baixa do material bibliográfico com registro patrimonial na base


de dados, deverá atender a pelo menos um dos seguintes critérios:
 obsolescência;
 inservibilidade;
 extravio.

O descarte deve ser realizado pelo bibliotecário junto com a Comissão de


Biblioteca e com especialista na temática, observando os seguintes critérios:

 inadequação - obras cujos conteúdos não interessam à instituição, as


incorporadas ao acervo sem uma seleção prévia e/ou escritas em
idiomas pouco acessíveis;
 desatualização - este critério se aplica principalmente às obras cujos
conteúdos já foram superados por novas edições. Entretanto, para
aplicação deste critério, deve-se levar em consideração, principalmente,
a área do conhecimento a que se refere a obra. Devem-se manter, no
máximo, dois exemplares na coleção, como valor histórico;
 condições físicas (sujas, infectadas, deterioradas ou rasgadas) - Após
análise do conteúdo e relevância da obra, esta deverá ser recuperada se
for considerada de valor e não tiver outra disponível no mercado para
substituição. Havendo possibilidade de comprar a obra para fazer a
substituição, com custo inferior ao valor da recuperação do material,
será feita a aquisição e o material descartado;
 duplicatas - número excessivo de cópias de um mesmo título em relação
à demanda. Deve-se observar a quantidade mínima no acervo, de
acordo com as normas estabelecidas pelo MEC.

Quanto ao descarte de periódicos deve-se observar os seguintes critérios:

 completeza da coleção;
 coleções não correntes que não apresentem demanda;
 periódicos que não são da instituição e que já estejam nas bases de
dados de acesso livre;
 periódicos de divulgação geral e/ou de interesse temporário;
 periódicos de caráter não científico;
 periódicos recebidos em duplicata;
 periódicos cuja temática não seja pertinente à biblioteca.

Entretanto devem ser avaliados com muita atenção os títulos de periódicos que
têm ligação com outros títulos, como também os que são raros ou preciosos.

21
As obras descartadas e/ou baixadas em bom estado, ficarão disponíveis para
doação. Essas obras deverão ser ofertadas primeiramente para outras
bibliotecas da UFRJ que tenham familiaridade com a temática da obra. As
obras só deverão ser ofertadas a instituições externas à UFRJ depois de que
nenhuma unidade interna demonstre interesse em recebê-las.

Os documentos descartados em bom estado de conservação e sem


comprometimento de seu conteúdo são disponibilizados para outras
instituições por intermédio de doação. Documentos em mal estado de
conservação, obsoletos e sem valor histórico, danificados e sem conteúdo
relevante para outras bibliotecas devem ser descartados, sendo enviados para
reciclagem ou incinerados.

A unidade deverá elaborar um Termo de Descarte, relacionando os


documentos que foram baixados do acervo, com todos os dados bibliográficos
da obra, incluindo nº de registro, data de registro. No Termo de Descarte
deverá constar a aprovação da Comissão de Biblioteca e do diretor da unidade.
Este termo deverá ser mantido na biblioteca como documento administrativo
comprobatório do procedimento.

Nas obras baixadas e com registro no Livro de Tombo ou Registro da biblioteca


fazer a anotação no registro, acrescentando como observação a data e o
motivo da baixa.

Documentos descartados que estejam patrimoniados na Divisão de Gestão


Patrimonial da Superintendência-Geral de Patrimônio têm que ser relacionados
e os dados enviados ao setor responsável da unidade para solicitar a baixa do
nº de patrimônio.

Toda a operação de descarte ou desfazimento tem que estar de acordo com as


instruções internas da UFRJ como também da legislação federal em vigor.

9.4 Baixa dos itens no sistema

Os itens remanejados ou descartados do acervo das unidades serão baixados


no Módulo Itens do software gerenciador da Base Minerva. Em nenhuma
hipótese excluir o item.

No campo STATUS DO ITEM inserir o código 92 (Baixa) e no campo NOTA


INTERNA completar com o motivo da baixa e a respectiva data.

10 REVISÃO DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES

Essa política deve ser analisada periodicamente visando a manutenção de sua


atualidade. Para tanto sugere-se que seja revisada e atualizada a cada 5 anos,
ou, excepcionalmente, sempre que se fizer necessário, com a finalidade de
garantir a adequação aos propósitos e objetivos do SiBI/UFRJ, da comunidade
acadêmica e da própria Universidade.

22
REFERÊNCIAS

BRASIL. Decreto nº 9.373, de 11 de maio de 2018. Dispõe sobre a alienação, a


cessão, a transferência, a destinação e a disposição final ambientalmente
adequadas de bens móveis no âmbito da administração pública federal direta,
autárquica e fundacional. Brasília, DF: Câmara dos Deputados, Centro de
Documentação e Informação, 2018. Disponível em:
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2018/decreto-9373-11-maio-2018-
786674-norma-pe.html. Acesso em 23 mar. 2022.

COMITÊ DE AJUDAS TÉCNICAS DA SECRETARIA DE DIREITOS


HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Ata da Reunião VII, SDH/PR,
2007. Disponível em:
https://www.assistiva.com.br/Ata_VII_Reuni%C3%A3o_do_Comite_de_Ajudas_
T%C3%A9cnicas.pdf. Acesso em 22 mar. 2022.

CUNHA, Murilo Bastos da; CAVALCANTI, Cordélia Robalinho de Oliveira.


Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia. Brasília: Briquet de Lemos, 2008.
Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/34113. Acesso em 23
maio 2022.

FIGUEIREDO, Nice Menezes de. Desenvolvimento & avaliação de coleções. 2.


ed. rev, e atual. Rio de Janeiro: Thesaurus, 1998.

UNIVERSIDADE DE SÃO CARLOS. Sistema Integrado de Bibliotecas.


Política de formação e desenvolvimento de coleções do
SIBI/UFSCAR. São Carlos, 2018. Disponível em:
https://www.sibi.ufscar.br/arquivos/politicas.pdf. Acesso em 23 mar. 2022.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO. Instituto de Microbiologia


Paulo de Góes. Política de desenvolvimento de coleções. Rio de Janeiro, 2018.
Disponível em: https://bibimppg.files.wordpress.com/2018/12/pdc_imicro-
final.pdf. Acesso em 23 mar. 2022.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO. Sistema de Bibliotecas e


Informação. Diretrizes para o desenvolvimento de coleções nas bibliotecas da
UFRJ. Rio de Janeiro: SiBI, 2014. (Norma de procedimento do sistema; NPS
1/2014)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Sistema de Bibliotecas.


Política de desenvolvimento de coleções do Sistema de Bibliotecas da UFSC
(SIBI/UFSC). Versão revisada. Florianópolis, 2012. 24 p. Disponível em:
https://bu.ufsc.br/design/PolDesColecoes_SIBIUFSC.pdf. Acesso em 23 mar.
2022.

WEITZEL, Simone da Rocha. Elaboração de uma política de desenvolvimento


de coleções em bibliotecas universitárias. Rio de Janeiro: Intertexto; Niterói:
Interciência, 2006.

23
APÊNDICE A:

GLOSSÁRIO

Aquisição - 1. Processo de identificação, seleção e obtenção de documentos.


A obtenção é feita por compra, doação, permuta ou intercâmbio. Os próprios
documentos adquiridos são, às vezes, denominados aquisição ou aquisições. A
aquisição visa aumentar, completar ou atualizar as coleções ou acervos de
bibliotecas, serviços e sistemas de documentação e de informação.*
2. Processo de implementação das decisões da seleção.**

Avaliação da coleção - 1. Mensuração quantitativa e qualitativa do grau de


qualidade do acervo, dos serviços e programas de uma biblioteca ou arquivo
em relação ao nível de atendimento das necessidades dos usuários.*
2. Função do desenvolvimento da coleção, relacionada com planejamento,
seleção, revisão e desbastamento.**

Conservação - Conservação é a retirada temporária do título em avaliação


para recomposição física e para retornar à coleção.**

Desbastamento - Processo de retirar títulos ou partes da coleção, quer para


remanejamento, quer para descarte.**

Descarte (Seleção Negativa) - 1. Operação que consiste em separar ou retirar


do acervo de uma biblioteca, os documentos supérfluos, antiquados ou que
não se acham em condições de uso.*
2. Processo de retirada de títulos ou partes da coleção, para fins de doação ou
eliminação, esta última decisão tomando em consideração o aspecto físico da
obra.**

Desenvolvimento de coleções - Planejamento para aquisição de material


bibliográfico de acordo com o interesse dos usuários. Pode incluir a avaliação
sistemática do tamanho e da utilidade do acervo em relação aos objetivos da
biblioteca, dos usuários e da organização à qual a biblioteca está subordinada.
*
Desiderata - Lista de livros e outros documentos desejados pela biblioteca
para possível aquisição.*

Preservação - 1. Medidas empreendidas com a finalidade de proteger, cuidar,


manter e reparar ou restaurar os documentos.*
2. A preservação se refere mais à recomposição de títulos raros para
armazenamento especial.**

Remanejamento - Processo de retirar títulos ou partes da coleção, para outros


locais menos acessíveis.**

Seleção - 1. Operação que leva à decisão sobre a aquisição de documentos


por compra, permuta ou doação, mediante consulta a bibliografias, catálogos e

24
prospectos de editores, ou consulta a documentos que incluem bibliografias. É
feita com vista ao crescimento e atualização equilibrados.*
2. Função do desenvolvimento de coleção; processo de tomada de decisão
para títulos individuais.

______________________
* FIGUEIREDO, Nice Menezes de. Desenvolvimento & avaliação de coleções. 2. ed. rev, e
atual. Rio de Janeiro: Thesaurus, 1998
** CUNHA, Murilo Bastos da; CAVALCANTI, Cordélia Robalinho de Oliveira. Dicionário de
Biblioteconomia e Arquivologia. Brasília: Briquet de Lemos, 2008.

25
ANEXO 1

DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA

Eu,...............................................................................................................
......................., nacionalidade..........................................., estado civil
........................................, profissão ...............................................................
inscrito(a) no CPF sob o nº...................................... e no RG sob o nº
........................................., telefone.............................. e endereço eletrônico
..................................................., (NA QUALIDADE DE REPRESENTANTE
LEGAL DA EMPRESA) ........................................................, inscrita no CNPJ
sob o nº ..................................... TRANSFIRO incondicionalmente à biblioteca
................................................................................., representada por
...........................................................................................................................,
por livre e espontânea vontade e sem quaisquer restrições quanto a efeitos
patrimoniais e financeiros, todos os meus direitos sobre os materiais doados
nesta data, conforme relação anexa, bem como a plena propriedade dos bens
e/ou serviços por mim doados, aceitos nas condições em que se encontram.
Após a avaliação técnica do material, a biblioteca ficará autorizada a incorporar
o material ao seu acervo, utilizá-lo e divulgá-lo, nos termos do Decreto nº
9.764, de 11 de abril de 2019. Após ter lido esta declaração de Doação e tendo
compreendido seus itens confirmo a doação à biblioteca
.......................................................................................

__________________, ______de_________________de 20______.

_______________________________________________________
Assinatura (Doador)

26

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