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P1 - Direito Tributário I

Aluna: Brunna Oliveira Sharp

Questão 1:
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) é um tributo
que incide sobre a movimentação de mercadorias em geral, o que inclui produtos dos
mais variados segmentos como eletrodomésticos, alimentos, cosméticos, e sobre
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
Os convênios de ICMS são regulamentados pelo Conselho Nacional de Política
Fazendária (CONFAZ) que é dirigido pelos Secretários de Fazenda, Finanças ou
Tributação de cada Estado e pelo Ministro de Estado da Fazenda, e tem missão de
promover a harmonização tributária entre os Estados da Federação.
Na hipótese em que não puder ser emitida a NF-e, poderá ser emitida a Nota Fiscal de
Produtor, modelo 4, observando o artigo 8º da Portaria CAT 153/2011.
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Questão 2:

A cobrança da contribuição de melhoria pelo município de Árvore Verde é ilegal por


força do artigo 81 do Código Tributário Nacional. O limite total do tributo a ser cobrado
nessa modalidade é o valor da despesa a ser realizada, que no caso foi de R$ 55.000,00.
Com o município cobrando R$ 5.000,00 de quinze imóveis o valor ultrapassará o máximo
permitido, totalizando R$ 75.000,00, o que tornará a cobrança ilegal.

* Redação literal do art. 81 do CTN:

Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para
fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como
limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da
obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Questão 3:

A) O princípio da anterioridade mitigado estabelece que eventual aumento do IPI só


passa a entrar em vigor após decorridos 90 (noventa) dias da publicação do respectivo
decreto, vez que o citado imposto não está elencado como uma das exceções à limitação
constitucional da anterioridade nonagesimal.
É preciso ressaltar que a permissão de uso de decretos presidenciais para o IPI se aplica
somente quanto à majoração ou à redução desse imposto, não se aplicando para a
criação de novas hipóteses de incidência, ou seja, novos fatos que dão origem ao IPI,
sendo para tanto necessária a aprovação de lei pelo Congresso Nacional.

B) Não poderá ser cobrado, uma vez que o Empréstimo Compulsório decorrente de
calamidade pública não poderia ser instituído através de uma lei delegada ou através de
medida provisória, por expressa vedação constitucional.
No artigo 68, § 1º, a CF veda expressamente que Lei Delegada verse sobre matéria
reservada à Lei Complementar. E no artigo 62, a mesma vedação é feita em relação à
medida provisória. Confusão pode ser feita pois medida provisória é adotada em caso
de relevância e urgência, pressupostos estes que se enquadram nos dias atuais, todavia,
pelo fato de ser matéria reservada à lei complementar, o Empréstimo Compulsório não
pode ser instituído por medida provisória nos termos do artigo 62 da CF.

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Questão 4:
Sim, lei complementar tributária pode tratar de matéria para a qual seria necessária
apenas lei ordinária.
Mesmo neste caso, segundo o art. 59 da CF, que trata do processo legislativo, uma lei
ordinária não pode revogar uma Lei Complementar, tendo em vista o respeito ao
princípio da hierarquia das normas e conseqüentemente, ao princípio do devido
processo legal, inscrito no inciso LIV do art. 5º da CF, aplicável integralmente ao processo
legislativo.

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