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Álgebra Linear

Mestrado Integrado em Engenharia Informática


Teste 2 - A
7 janeiro 2017 Duração: 2 horas

Nome: Número:

Relativamente às questões deste grupo, indique, para cada alı́nea, se a afirmação é verdadeira (V) ou falsa (F),
assinalando a opção conveniente.

As respostas incorretamente assinaladas têm cotação negativa.

Questão 1. V F
N
a) O subespaço S = h(1, 0, −1, 0), (2, 0, −1, 1), (1, 0, 0, 1), (0, 0, 1, 1)i tem dimensão 2.
N
b) h(1, 1, 1), (1, 2, 0)i = h(0, 1, −1), (2, 1, 0), (2, 3, 1)i.
N
c) As coordenadas do vetor (1, −1, 3) na base ((1, 1, 1), (0, −1, 1)) são (1, 2).
d) O vetor x2 − x + 5 ∈ P2 é combinação linear dos vetores x2 + x + 1 e x − 2.
N

e) ((1, 0, 0, 0), (0, 1, 0, 0)) é uma base do subespaço S = {(x, y, z, t) ∈ R4 : t = 0}.


N

Questão 2. Seja f uma aplicação linear de R2 em R3 tal que

f (1, −2) = (1, 1, 0) e f (−1, 1) = (1, 0, −1). V F


N
a) f (1, 0) = (−3, −1, 2).
N
b) f (0, 0) = (1, −1, 1).
N
c) A matriz da aplicação f é de ordem 3 × 2.
N
d) f é uma aplicação sobrejetiva.
N
e) dim Nuc f ≤ 1.

Questão 3. Seja    
1 1 1 1
A =  0 1 −1  e b =  1 .
0 −1 1 1
V F
N
a) O polinómio caracterı́stico de A é p(λ) = λ(λ − 1)(2 − λ).
N
b) A matriz A é diagonalizável.
c) A matriz A2 − 4I é invertı́vel.
N
N
d) O sistema (A − 3I)x = b é um sistema de Cramer.
N
e) (−2, 1, 1) é um vetor próprio de A.

(continua)
Questão 4. Seja  
1 2 3
A =  4 5 6 .
0 0 0
V F
N
a) A matriz adj A tem duas linhas nulas.
N
b) (1, 0, 1) ∈ C(A).
c) A matriz A é a matriz da aplicação linear f (x, y, z) = (x + 2y + 3z, 4x + 5y + 6z, 0)
relativamente à base canónica de R3 .
N

d) As colunas de A são vetores linearmente independentes de R3 .


N

e) L(A) = R2 .
N

II

Responda às questões deste grupo numa folha de teste.

Questão 1. Considere as matrizes  


2 0 1
Ak =  k 1 + k 0  , k ∈ R.
1 0 2

a) Discuta, em função de k, a dimensão de C(Ak ) e indique uma base de C(A−1 ) e L(A−1 ).


   
2 0 1 1 0 2
 k 1 + k 0  →  0 1 + k −2k  ; se k 6= −1 a matriz está em escada e car(Ak ) = 3.
1 0 2 0 0 −3
   
2 0 1 1 0 2
Se k = −1, tem-se A−1 =  −1 0 0  →  0 0 1  =⇒ car(A−1 ) = 2.
1 0 2 0 0 0
(
6 −1
3, se k =
Logo dim C(Ak ) = car(Ak ) =
2, se k = −1

base C(A−1 ) = ((2, −1, 1), (1, 0, 2)) base L(A−1 ) = ((1, 0, 2), (0, 0, 1))

b) Determine os valores próprios de A0 e o subespaço próprio associado ao menor valor próprio desta
matriz.
p(λ) = det(A0 − λI) = (1 − λ)2 (3 − λ).
Logo a matriz tem como valores próprios: 1 (duplo) e 3 (simples).
Vλ=1 = {x ∈ R3 : (A0 − I) x = 0} = h(1, 0, −1), (0, 1, 0)i
c) Diga, justificando, se existe algum número real α para o qual a matriz A0 é semelhante à matriz
 
α 0 0
 0 α−2 0 .
0 0 1

Como dim Vλ=1 = 2, as multiplicidades geométricas e algébricas de cada valor próprio coincidem. A
matriz é, por isso, diagonalizável, isto é, é semelhante a uma matriz diagonal, com os valores próprios
dispostos na diagonal. Facilmente se vê que a matriz dada está nesta condições se α = 3.
d) Considere, para cada k, a aplicação linear φk definida pela matriz Ak .
i. Determine Nuc(φ−1 ).
Nuc(φ−1 ) = N (A−1 ) = {x ∈ R3 : A−1 x = 0} = h(0, 1, 0)i
ii. Diga, justificando, se (1, 2, 3) ∈ Im(φ2 );
Como dim Im(φ2 ) = car A2 = 3, conclui-se que Im(φ2 ) = R3 e a afirmação é, por isso, verdadeira.
iii. Existe algum valor de k para o qual φk é bijetiva? Justifique.
Como a matriz da aplicação é quadrada, dizer que a aplicação é bijetiva é equivalente a dizer que
é sobrejetiva, ou ainda que car Ak = 3. Pela alı́nea a), isto acontece quando k 6= −1.

Questão 2. Para cada uma das alı́neas seguintes, diga, justificando, se a afirmação é verdadeira ou falsa.

a) O conjunto das matrizes reais simétricas de ordem 2 com traço nulo não é um subespaço vetorial de
R2×2 . Seja S conjunto das matrizes reais simétricas de ordem 2 com traço nulo, i.e.
     
α β 2×2 α β
S= ∈R :α+δ =0 e γ =β = : α, β ∈ R .
γ δ β −α

Vamos mostrar que este conjunto é um subespaço vetorial de R2×2 :


1. A matriz nula pertence a S, logo este conjunto é não vazio.
   
α1 β 1 α2 β2
2. Sejam A1 = e A2 = matrizes de S. Então
β1 −α1 β2 −α2
 
α1 + α2 β1 + β2
A1 + A2 = =⇒ A1 + A2 ∈ S.
β1 + β2 −α1 − α2
 
α β
3. Seja A = uma matriz de S e seja k ∈ R. Então
β −α
 
kα kβ
kA = =⇒ kA ∈ S.
kβ −kα

A afirmação é falsa.
b) Se P é uma matriz invertı́vel de ordem n, a aplicação φ : Rn×n → Rn×n definida por φ(A) = P −1 AP
é uma aplicação linear.
Sejam A e B matrizes reais de ordem n e seja α ∈ R.
1. φ(A + B) = P −1 (A + B)P = (P −1 A + P −1 B)P = P −1 AP + P −1 BP = φ(A) + φ(B);
2. φ(αA) = P −1 (αA)P = α(P −1 AP ) = αφ(A).
A afirmação é verdadeira.
c) Seja A uma matriz diagonalizável cujos valores próprios são 0 e 1. A matriz A é uma matriz idempo-
tente, isto é, A2 = A.
Se A é diagonalizável, então é semelhante a uma matriz diagonal D, isto é, existe uma matriz invertı́vel
P tal que A = P −1 DP . A matriz diagonal D tem na diagonal os elementos 0 e 1, donde resulta de
imediato que D2 = D. Logo

A2 = (P −1 DP )2 = (P −1 DP )(P −1 DP ) = P −1 D(P P −1 )DP = P −1 D2 P = P −1 DP = A.

A afirmação é verdadeira.

Cotação: I - 10 valores; II - 1) 7 valores; 2) 3 valores.

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