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Modelo Entidade

Relacionamento (MER)
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MER - Definição
• Modelo conceitual utilizado na Engenharia de
Software para descrever os objetos (entidades)
envolvidos em um domínio de negócios, com
suas características (atributos) e como elas se
relacionam entre si (relacionamentos).

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MER
• Há um conjunto de conceitos dos quais se
origina a maioria das variantes do E-R.
• No MER, os elementos que o compõe são
representados graficamente através da
ferramenta denominada Diagrama Entidade -
Relacionamento (DER).

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O Modelo Entidade-Relacionamento (MER)

• É a principal ferramenta gráfica para


representação do Modelo de Dados e foi
proposto por Peter Chain em 1976. Tem a
finalidade de identificar entidades de dados e
seus relacionamentos.

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Objetivo:
• facilitar o projeto de banco de dados,
possibilitando a especificação da estrutura lógica
geral do banco de dados

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•Nem sempre criaremos modelos para um sistema
completo, pois isso poderia resultar em um
modelo muito extenso e difícil de interpretar.
Dependendo da magnitude do que estaremos
desenvolvendo, podemos criar modelos apenas
para uma parte do sistema.

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Desenvolvimento do projeto
1- Levantamento e análise de requisitos;
2 – Projeto conceitual;
3 – Projeto lógico;
4 – Projeto físico.

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Levantamento e Análise de requisitos
a. Entrevista
✓ Entender e documentar seus requisitos
de dados;
✓ Requisitos funcionais da aplicação
empregadas ao banco de dados.
b. O resultado desta etapa é o registro
dos requisitos do usuários
✓ Este requisito deve ser
especificado em um formulário
detalhado e completo.

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Requisitos
• É necessário saber do que se trata um requisito de software:
• Os problemas que precisam ser resolvidos por um sistema. Então, os requisitos são as
tarefas que um software precisa executar.
• Parece simples, mas pode não ser tão fácil de documentá-los. Isso porque,
entre os principais problemas estão questões como, por exemplo:
• requisitos mal organizados;
• mal expressos ou desnecessários;
• requisitos escritos sem objetividade.
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Como elaborar requisitos de software simples e
eficientes
• Converse com quem vai utilizar o sistema, ninguém melhor do que o usuário para explicar o
que é preciso para uma boa navegação;
• Inicialmente foque nos requisitos funcionais, ou seja, entenda o que o sistema precisa fazer e
não como vai ser feito.
• Exemplo: Desing Thinking:
• Observação,
• Experimentação,
• Análise documental;
• Entrevistas.
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Como elaborar requisitos de software simples e
eficientes
• Detalhamento dos requisitos, é o momento de se perguntar o que cada coisa
signifiva e qual a melhor maneira de fazê-las.
• Volte a falar com quem vai usar o sistema para, dessa vez, validar se é realmente
isso. Afinal, é melhor ter uma alteração no começo do projeto do que depois que
tudo estiver feito.
• Tenha isso documentado, afinal sistemas precisam ser atualizados e, como
consequência, os requisitos também mudam. É importante ter um documento que
vai te ajudar na gestão de mudança de requisitos para evitar dores de cabeça no
futuro!

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Projeto Conceitual
• Esquema conceitual
✓ Descrição dos requisitos de dados,
✓ Descrição detalhada de tipos de entidades,
relacionamentos e restrições.
• São expressos usando conceitos do modelo de dados
• Empregado na comunicação de usuários não-técnicos.
• Assegurar que os requisitos de dados do usuários
sejam atendidos e não entrem em conflito
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Projeto Lógico
–Implementação real do banco
de dados
–SGBD específico
–Esquema lógico

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Projeto Físico
–Definido as estruturas de
Armazenamento interno
–SGBD específico

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Análise de Requisitos (Requisitos dos Dados)
Entrada : Universo de Discurso (UdD)
• “realidade” da organização;
• a informação a ser tratada com todas suas
propriedades, requisitos e restrições;
• “nebulosa”, sem fronteiras definidas, inexata.
Processo
• coleta e análise;
• entrevistas, documentos, formulários, observações.
Resultado : Enunciado de Requisitos (de Dados)
• descrição aproximada, em linguagem natural;
• possivelmente acompanhada de documentos e formulários.

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Projeto Conceitual
Entrada : Enunciado dos Requisitos
• informal, dúbio, incompleto, redundante, contraditório, incoerente ...
• longo, de difícil manipulação.
Processo
• modelagem;
• usa um modelo conceitual (ex: Modelo Entidade- Relacionamento).
Resultado : Esquema Conceitual
• descrição sucinta (diagramas e texto);
• clara, concisa, sem ambigüidades, sem contradições;
• Padronizada.
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Projeto Lógico
Entrada : Esquema Conceitual
Processo
• mapeamento;
• regras mais ou menos padronizadas em função do modelo conceitual usado e da família do SGBD
alvo;
• Exemplo:
–mapeamento padrão esquema ER para esquema relacional é completamente automatizável;
–menos consenso existe para mapeamento esquema OO em esquema relacional.
Resultado : Esquema Lógico
• descrição das estruturas de representação na base de dados;
• depende da família de SGBD alvo (relacional, rede, hierárquico, OO).
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Projeto Físico
Entrada: Esquema Lógico
Processo
• escolha ou refinamento das estruturas de armazenamento e métodos de acesso;
• leva em consideração o produto de SGBD específico;
• realimenta o esquema lógico.
Resultado
• descrição do esquema na DDL do SGBD.
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Modelo Conceitual
• modelo conceitual (semântico)
– modelos mais voltados à “realidade” a representar (Universo do Discurso - UdD)
– ferramental conceitual
• conceitos
– dados
– relacionamentos
– restrições de integridade
• regras de utilização
• regras de verificação
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Modelo Conceitual
• expressividade
– riqueza de conceitos para expressar o maior número possível de características do UdD, sem
anotações complementares
• simplicidade
– fácil de aprender
– fácil de compreender os esquemas resultantes
– fácil de associar com o UdD representado
– normalmente entra em conflito com o requisito “expressividade”

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Modelo Conceitual
• formalidade
– cada conceito do modelo tem uma interpretação única, precisa e bem definida;
– não deve precisar de anotações complementares para compreensão da descrição gráfica/textual.
• minimalidade (ortogonalidade)
– cada característica da realidade deve ter uma única forma de representação.
• boa representação diagramática
– não deve ser necessário recorrer à especificação textual para compreensão do esquema
representado pelo diagrama.

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Modelo Entidade e Relacionamento(MER)
• Peter Chen – Em 1976 desenvolveu e publicou um artigo sobre os principais componentes dos modelos de
Entidade e Relacionamento(MER).
• voltado à representação dos aspectos estáticos do Universo do Discurso (UdD).
– modelagem semântica dos dados
• Popular.
– simplicidade
– expressividade

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Modelo Entidade e Relacionamento(MER)
• É uma técnica que:
• utiliza uma abordagem top-down;
• baseia-se na identificação dos grandes objetos informacionais com interesse para o sistema a
informatizar e nas associações entre estes;
• por ser gráfica, e suportar um número limitado de símbolos, permite representar o modelo de
informação com:
• clareza;
• redução de esforço;
• facilidade de compreensão;
• facilidade de apresentação.
• O modelo E-R é baseado na percepção de que o mundo real é constituído por dois objetos:
entidades e relacionamentos.
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Entidades
• Define-se entidade como aquela objeto que existe no
mundo real com uma identificação distinta e com um
significado próprio.
• Entidade: algo do mundo real, com uma existência
independente.
• Ex.: Pessoa, um carro, uma casa, um funcionário,
uma empresa, um trabalho, um curso universitário...
• Cada entidade possui atributos: propriedades
particulares que a descrevem.
• Ex.: nome, idade, endereço, salário...

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Exemplo prático
cadastro de livros

"Uma biblioteca possui Obras literárias

que podem ser tomadas em empréstimos


Registro de
empréstimos
pelos usuários credenciados."

cadastro de usuários

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Serviço de utilidade
pública:
• Para identificar se aquele conceito pode ser
uma entidade você deve apenas se
perguntar: "Eu desejo armazenar quais
informações sobre este conceito ?" Se
houverem informações a serem
armazenadas, você tem uma ENTIDADE.
• Exemplo: Eu desejo armazenar os seguintes
dados do livro: Título, Autor, Editora, Ano,
Edição e Volume. Temos então a entidade
Livro.

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Representação de Entidade
Tipo de entidade é representando nos diagramas ER como uma caixa retangular, incluindo seu nome.

Nome da Entidade

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Tipos de entidade
• Fundamental:
Empregado

• Fortes e Fracas:
Entidade Forte Entidade Fraca
Banco Agência

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Entidade Forte
• São aquelas cuja existência independe de outras
entidades, ou seja, por si só elas já possuem total
sentido de existir. Em um sistema de vendas, a
entidade produto, por exemplo, independe de
quaisquer outras para existir.

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Exemplo
• Em um sistema de vendas, a
entidade produto, por exemplo,
independe de quaisquer outras para
existir.

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Entidade Fraca
• São aquelas entidades que dependem de outras
entidades para existirem, pois individualmente
elas não fazem sentido

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Exemplo:
• A entidade venda depende da
entidade produto, pois uma venda
sem itens não tem sentido.

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Tipos de Entidade
• Associativa ou derivada de relacionamento

Reclamação Rec_Ass Assinante

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Associativa
• Nestes casos, é necessária a criação
de uma entidade intermediária cuja
identificação é formada pelas chaves
primárias das outras duas entidades.

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Atributos
–Dados elementares que permitem • Exemplo:
descrever a entidade ou
relacionamento. –Considere a entidade
FUNCIONÁRIO uma empresa. O
que descreve Funcionário?
– São propriedades particulares que
descrevem a entidade. – Funcionário é descrito por:
• Ex.: nome, idade, endereço, salário... – número de matricula
– nome
– data da admissão

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Atributos podem sem:
• Monovalorados são aqueles que possuem uma única opção.
• Ex. Identidade.
• Multivalorados são aqueles que podem mais de uma opção no
campo.
• Ex. Número de telefone;
• Compostos são aqueles que podem ter mais de um atributo
compondo o campo.
• Endereço → rua/av, bairro, cep, estado.

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Classificação
 Descritivos:
◦ representam característica intrínsecas de uma entidade, tais como nome ou cor.
 Nominativos:
◦ além de serem também descritivos, estes têm a função de definir e identificar um objeto.
Nome, código, número são exemplos de atributos nominativos.
 Referenciais:
◦ representam a ligação de uma entidade com outra em um relacionamento. Por exemplo,
uma venda possui o CPF do cliente, que a relaciona com a entidade cliente.

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Classificação
• Quanto à sua estrutura, podem ser:
• Simples:
• um único atributo define uma
característica da entidade. Exemplos:
nome, peso.
• Compostos:
• para definir uma informação da
entidade, são usados vários atributos.
Por exemplo, o endereço pode ser
composto por rua, número, bairro, etc.

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Classificação
• Atributo Monovalorado
• Um único valor para uma dada entidade
• Exemplo: Nome

• Atributo Multivalorado
• Múltiplos valores para um dada entidade.
• O limite mínimo e máximo deve ser
estipulado.
• Exemplo: Telefone

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• Entidade pode não ter um valor aplicável a um
atributo.
• Ex.: Apartamento, Titulação

• Ou pode ser aplicado quando não se sabe


Valores determinado valor de um atributo.

Nulos(Nulls)

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Atributo complexo
–Aninhamento arbitrário de atributos compostos e multivalorados
–Representam os atributos compostos com parênteses (), separando os componentes por meio de
vírgula e mostrando os atributos multivalorados entre chaves.

–Uma pessoa pode ter mais de uma residência e cada uma delas pode ter múltiplos telefones.
{EnderecoFone(
{Fone(CodigoArea, NumeroFone)}, Endereco(
EnderecoRua(Numero, Rua, Apartamento), Cidade,
Estado, CEP)
)
}
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Domínio
Conjunto de valores possíveis do
atributo.

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Tupla
• É o elemento do conjunto de uma
entidade.
• É uma estrutura de atributos
intimamente relacionados e
interdependentes que residem em
uma entidade específica.
• É similar a um registro num arquivo
comum.
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Chave ou identificador
É o atributo contido na tupla que a
personaliza e individualiza.

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Chave Primária
• É o atributo ou grupamento de atributos cujo valor identifica unicamente
uma tupla dentre todas as outras de uma identidade. Deve ter conteúdo
reduzido e valor constante no tempo.

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Chave Candidata

• É o atributo ou grupamento de atributos que tem a propriedade de


identificação única. Pode vir a ser a chave primária.

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Chave Alternativa
• É a chave candidata que não é a chave primária.

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Chave Estrangeira
• É quando um atributo de uma entidade é associado a chave primária de outra
entidade.

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Chave Composta ou Concatenada

• É formada pelo agrupamento de mais de um atributo.

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Chave Secundária
• É o atributo que não possui a propriedade de identificação única.

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Exemplo

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Relacionamento

• É a associação, com um significado, entre duas ou mais entidades.


• Tipos de Relacionamento
• Total ou obrigatório;
• Parcial ou opcional.
• Auto-Relacionamento
• É o relacionamento estabelecido entre uma entidade e ela mesma.

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Banco de Dados
Relacionamento

Atributo de Relacionamento: depende de todos os


conjuntos-entidade associados entre si

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Cardinalidade
• Representa a quantidade de elementos da entidade A associados a quantidade
de elementos da entidade B e vice-versa.
• Ex.:
• 1 para 1
• 1 para N
• N para 1
• N para N

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Um-para-um
 uma entidade em A está associada no máximo a uma
entidade em B e uma entidade em B está associada no
máximo a uma entidade em A

Obs.: Chave
estrangeira
em uma das
entidades.

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Um-para-muitos:
• uma entidade em A está associada a qualquer número de entidades em B,
enquanto uma entidade em B está associada no máximo a uma entidade em
A

Obs.: Chave
estrangeira na
direção muitos.

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Muitos-para-muitos
• Uma entidade em A está associada a qualquer número de entidades em B, e
uma entidade em B está associada a qualquer número de entidades em A.

Obs.: Requer
tabela extra para
representá-lo.

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Projeto de Chaves
• Chave: é um conjunto de um ou mais atributos que,tomados coletivamente,
permite-nos identificar unicamente uma entidade no conjunto-entidade n
• Integridade de Entidade: Nenhum atributo que participe da chave de um
conjunto-entidade deve aceitar valores nulos

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Aspectos Relevantes
• A questão fundamental do projeto de chaves é reduzir ao máximo os efeitos
de redundância n
• A alteração dos valores de campos constituintes da chave primária ou a
remoção de uma entidade de um conjunto entidade pode ocasionar
problemas de integridade referencial

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Exemplo de chaves no modelo Entidade-Relacionamento

• Entidade Fornecedor: Cod_Forn


• n Entidade Produto: Cod_Prod
• n Relacionamento Pedido: Cod_Forn e Cod_Prod
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Auto-Relacionamento
• Relaciona elementos de um conjunto-entidade E a elementos desse mesmo
conjunto-entidade

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Localize e marque todas as entidades e atributos que
você encontrar no texto;

Uma agência bancaria abre contas para clientes que tenham um bom volume de movimentação. Para o cliente
abrir a conta deve informar seu nome, o numero de seu CPF, PIS/PASEP e endereço.
Após o seu preenchimento a ficha e enviada ao subgerente que faz um pedido de abertura de conta que e enviado
ao Conselho Diretor do banco. Se aprovada, a conta corrente recebera um numero de identificação. Duas agências
podem ter duas contas com mesmo numero.
A agência possui nome, cidade e código de identificação. A conta corrente passa a receber lançamentos de dois
tipos (debito e credito ), sendo que estes lançamentos são identificados por um numero seqüencial, data e valor do
lançamento.
O cliente pode requisitar extrato que conterão os lançamentos efetuados durante certo período. Os cheques
emitidos pelo cliente são recebidos no banco pelo departamento de compensação. A partir da compensação eles
se transformam em lançamentos comuns.
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