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Sete Salmos contra os pecados capitais

Oração Inicial
Em nome do Pai…

Eu, ruim e indigna criatura, me lanço a Vossos pés, Deus meu, e, com o coração
contrito e aflito, reconheço e confesso diante de Vós, Redentor de minha alma, que,
desde o instante em que nasci até agora, tenho cometido inumeráveis negligências
e graves pecados.
Tenho-Vos ofendido, Deus meu! Pequei, Senhor! Porém, detesto os meus pecados
e me arrependo do íntimo do coração. Por isso, prometo solenemente não mais
pecar.
Oxalá a minha dor fosse tão grande que o propósito de não mais Vos ofender
permanecesse sempre imutável! Porque Vos devo infinito agradecimento pela Vossa
divina bondade e porque mereceis que Vos ame sobre todas as coisas,
arrependo-me de meus pecados, não tanto para livrar-me dos tormentos eternos
que por eles mereci, nem para gozar das delícias do Céu, que tão
inconsideradamente desprezei, mas porque Vos desagradam a Vós, Deus meu,
que, por Vossa bondade e infinitas perfeições, sois digno de infinito amor.
Oxalá todas as criaturas Vos mostrem sem interrupção amor, reverência e
agradecimento. Amém.
Pai nosso…
Ave Maria…
Creio…

Antífona. — Não recordeis, Senhor, os nossos delitos, ou os de nossos pais, nem


tomeis vingança de nossos pecados.

1) Salmo 6
Glória ao Pai…
Antífona. — Não recordeis, Senhor, os nossos delitos, ou os de nossos pais, nem
tomeis vingança de nossos pecados.

Oração contra a soberba.

Nosso Senhor Jesus Cristo humilhou-se a si mesmo, feito obediente até a morte, e
morte de cruz. E eu, vilíssimo verme da terra, eu que sou pó e cinza, o maior dos
pecadores, que mil vezes mereci o inferno, não me envergonho de ser orgulhoso?
Sede-me propício, Senhor: reconheço e detesto minha execrável arrogância. Não
me lanceis, eu imploro, com o soberbo Lúcifer e seus asseclas no abismo do
inferno. Convertei-vos e livrai minha alma, ajudai-me e salvai-me por vossa
misericórdia! Preferi doravante viver rejeitado na casa de Deus a morar nas tendas
dos pecadores (cf. Sl 83, 11)”.
Estou esgotado à força de tanto gemer, rego o meu leito com lágrimas, todas as
noites, banho com elas o lugar do meu descanso.

2) Salmo 31(32).
Glória ao Pai…
Antífona. — Não recordeis, Senhor, os nossos delitos, ou os de nossos pais, nem
tomeis vingança de nossos pecados.

Oração contra a avareza.

Que há para mim no céu e que desejei de vós sobre a terra, Deus de meu coração e
minha herança para sempre? Não se sacia o olho com o que vê, nem basta ao
ouvido o que ouve: serei saciado quando aparecer a vossa glória! Ai de mim, que
com tanto esforço tenho servido até agora a Mamon! De que me aproveitará lucrar o
mundo inteiro, se vier a perder minha alma? Dormiram o seu sono todos os
opulentos, e nada encontraram em suas mãos. Confessarei contra mim a minha
injustiça ao Senhor, e vós perdoareis, espero, a impiedade de meu pecado. Do
pobre doravante terei compaixão, hei de restituir o que devo e me consagrarei mais
ferventemente ao vosso serviço. Ajudai-me, Senhor, vós que cumulais de benefícios
a minha vida (cf. Sl 102, 5).

3) Salmo 37(38).
Glória Pai…
Antífona. — Não recordeis, Senhor, os nossos delitos, ou os de nossos pais, nem
tomeis vingança de nossos pecados.

Oração contra a ira.

Um homem guarda rancor contra outro homem, e pede a Deus a sua cura! Não tem
misericórdia para com o seu semelhante, e roga o perdão dos seus pecados! Quem,
então, lhe conseguirá o perdão de seus pecados?’ (Ecle 28, 3ss). Com estas
palavras, Senhor, me falais pelo servo, vosso filho, Sirac. E eu, de agora em diante,
acaso ousarei alimentar ira ou ódio contra alguém? Perdoai-me, Senhor, perdoai-me
minha malícia e obstinação, na qual perseverei até hoje. De coração, desculpo e
perdoo agora o que quer que contra mim já tenham feito; e rogo suplicante, Senhor,
que em vossa cólera não me repreendais nem em vosso furor me castigueis. Oxalá,
como um surdo, doravante não ouça e, como um mudo, não abra mais a boca,
quando meus inimigos contra mim se levantarem e me fizerem violência os que
perseguem minha alma. Não me abandoneis, Senhor Deus meu, não vos aparteis
de mim, ‘porque vós sois a minha esperança’ (Sl 70, 5).
4) Salmo 50(51).
Glória ao Pai
Antífona. — Não recordeis, Senhor, os nossos delitos, ou os de nossos pais, nem
tomeis vingança de nossos pecados.

Oração contra a luxúria.

Pai, pequei contra o céu e contra vós, por isso não sou digno de ser chamado vosso
filho. Que farei eu, miserável? Não permanecerá o vosso Espírito num homem
carnal. Ah! tende piedade de mim, tende piedade. À vossa bondade atribuo que não
me conte entre os tantos milhares de réprobos a quem a abominável peste da
luxúria ainda hoje precipita no inferno. Irei eu pecar novamente? Hei de conculcar
outra vez, por amor a desejos bestiais, o vosso preciosíssimo Sangue, ó Jesus,
derramado em purificação de meus crimes? Longe de mim, ó Jesus, longe de mim!
Peço-vos, ó Filho da castíssima Virgem Maria: livrai-me do espírito de fornicação.
Lavai-me totalmente de minha falta, e purificai-me de meu pecado. De vossa face
não me rejeiteis nem me priveis de vosso Santo Espírito”.
“Tem piedade de mim, ó Deus, segundo a tua misericórdia; segundo a multidão das
tuas clemências, apaga a minha iniquidade.”

5) Salmo 101(102).
Glória ao Pai…
Antífona. — Não recordeis, Senhor, os nossos delitos, ou os de nossos pais, nem
tomeis vingança de nossos pecados.

Oração contra a gula.

Ai de mim, miserável, que vos abandonei a vós, Senhor Deus, fonte de água viva, e
abri para mim cisternas de prazeres terrenos, cisternas rachadas que não podem
reter água (cf. Jr 2, 13)! Em verdade, esqueci-me de comer meu pão, o pão da vida,
que contém em si todo o deleite e a suavidade de todo sabor, e busquei encher o
ventre com bolotas de porcos (cf. Lc 15, 16). Ainda tinham comida em suas bocas
os filhos de Israel quando a ira de Deus caiu sobre eles: e a mim tantas vezes me
perdoastes, que pela intemperança da comida e da bebida desfigurei em mim vossa
imagem, ó Deus, fazendo-me semelhante às bestas! Oxalá de agora em diante eu
coma cinzas como se fossem pão e misture lágrimas à minha bebida; que o meu
alimento seja fazer em tudo a vossa vontade, vós, que nos ‘dais de beber das
torrentes de vossas delícias’ (Sl 35, 9)”.

6) Salmo 129(130).
Glória ao Pai
Antífona. — Não recordeis, Senhor, os nossos delitos, ou os de nossos pais, nem
tomeis vingança de nossos pecados.
Oração contra a inveja.

De tal modo, meu Deus, amastes o mundo, que destes o vosso Filho unigênito, para
que todo o que crê em vós não pereça, mas tenha a vida eterna. Vós fazeis o Sol
nascer sobre bons e maus e cair a chuva sobre justos e injustos. E eu, enquanto a
fortuna toca a outros, rasgo-me de inveja e desejo que tudo suceda segundo a
minha vontade, mas entristeço-me com a mínima felicidade do próximo? Oh, malícia
desumana! Oh, vírus infernal! Perdoai-me, clementíssimo Pai, que eu até hoje tenha
pecado nisso. Benigna é a vossa misericórdia. Fazei, a partir deste momento, que
eu vista, como um eleito de Deus, vísceras de misericórdia e benignidade e, acima
de tudo, que eu busque ter caridade, que é o vínculo da perfeição (cf. Col 3, 14)”.

7) Salmo 142(143).
Glória ao Pai…
Antífona. — Não recordeis, Senhor, os nossos delitos, ou os de nossos pais, nem
tomeis vingança de nossos pecados.

Oração contra a acídia.

Quando, meu Deus, começarei, como é justo, a amar-vos e louvar-vos de todo o


meu coração, com toda a minha alma e com todas as minhas forças, a vós que com
caridade perpétua me amastes e me desposastes para sempre? Ai! Dormitou minha
alma por tédio. Ai de mim, porque tenho sido até agora tão tíbio no vosso serviço,
que com justiça posso temer que comeceis a vomitar-me de vossa boca (cf. Ap 3,
16). Mas tende piedade, Senhor: ‘Não entreis em juízo com o vosso servo, porque
ninguém que viva é justo diante de vós. Estendo para vós os braços: minha alma,
como terra árida, tem sede de vós. Apressai-vos em me atender, Senhor, pois estou
a ponto de desfalecer’; o vosso bom Espírito, porém, me conduzirá pelo caminho
reto. ‘Por amor de vosso nome, Senhor, conservai-me a vida’ (Sl 142, 11)”.

MEDITAÇÃO: AS QUATRO CONSIDERAÇÕES

Para nos arrependermos bem dos pecados cometidos, façamos devotamente quatro
considerações, segundo as fez São Carlos Borromeu, Bispo de Milão.

PRIMEIRA CONSIDERAÇÃO: O TÚMULO


Transporta-te em espírito à beira dum túmulo. Imagina-te uma cova. Que é que lá
verias? Um cadáver apodrecido, roído por milhares de bichos, tão feio, espalhando
cheiro, tão desagradável, que te custaria, suportar tal presença. Eis aqui o homem,
rei da terra, a criatura mais formosa e mais nobre deste mundo; um montão de
ossos, uma comida de vermes!
E que foi que o reduziu a estado tão horrível? Foi a morte. E quem veio introduzir a
morte neste mundo? O pecado. Adão e Eva comeram o fruto proibido,
desobedeceram a Deus e foram condenados à morte; e com eles, todo o gênero
humano. Eis a consequência dum só pecado mortal! É o pecado que transforma o
corpo humano, obra tão esplêndida e artificiosa da onipotência divina, num monturo
de podridão. Foi um único pecado mortal, que, num momento, transformou os anjos
mais formosos no estado mais feio e mais abominável que há: em demônios. Que
grande mal, pois, deve ser o pecado mortal! Sim, muito mais feio e mais horrível do
que um cadáver reduzido a podridão.
Contam que, na Antiguidade, um tirano, para atormentar o seu inimigo do modo
mais cruel possível, mandou-o ligar vivo a um cadáver. Que castigo horrível dia e
noite ser amarrado a um cadáver apodrecido! Muito mais feia, porém, é a alma
manchada com o pecado mortal. Essa alma, feita à imagem de Deus, outrora tão
formosa, um templo de Deus, mais bela que o mais lindo jardim de flores, agora
uma morada, uma escrava do demônio! E, talvez, já haja muito tempo que
vendeste, entregaste tua alma ao demônio, dando entrada em teu coração a este
teu inimigo capital, pelo pecado grave. Ah! Como és infeliz agora! Em lugar de paz e
de alegria, agora remorsos horríveis.
Não permitais, meu Deus, que mais uma vez entregue minha alma imortal ao
demônio, dando a meu corpo um prazer proibido, satisfazendo os desejos da carne,
que sempre se revolta contra o meu espírito; desta carne que um dia vai ser
reduzida a pó e cinza, a uma comida de bichos. Fazei que vença as minhas más
inclinações, principalmente esta __ a fim de que um dia meu corpo ressuscite
glorioso, para participar da glória celeste.

SEGUNDA CONSIDERAÇÃO: O CÉU


Ergue teu Espírito ao céu. Imagina a coisa mais bela, mais sublime que há neste
mundo. Talvez um mimoso jardim no brilho das mais belas flores; ou uma cidade,
segundo a descreve S. João no seu Apocalipse, uma cidade com ruas de ouro puro,
com portas de pérolas brilhantes, com muros de pedras preciosas. Tudo isso,
comparado ao céu, não é mais nada do que a fraca luz duma pequena lâmpada, em
comparação ao sol radioso.
Imagina um homem, a quem foi concedido gozar, talvez uma vida inteira, todas as
alegrias e prazeres que desde Adão pôde experimentar um pobre mortal. Todos
esses gozos e deleites, comparados à Glória do céu, são como uma gota d’água em
comparação ao oceano imenso. E este lugar de delícias era destinado para ti; mas,
pelo pecado mortal, perdeste o direito de entrar naquela mansão celeste. Um único
pecado mortal e perdido está o céu com suas delícias.
Ó meu Deus, que coisa horrível deve ser o pecado mortal, que nos priva de um bem
tão grande e sublime! E tu o soubeste, minha alma; e, apesar disto, cometeste o
pecado mortal, renunciaste à tua eterna salvação no céu, talvez por algum dinheiro,
que tiraste, talvez por outras tantas injustiças que cometeste contra o próximo,
talvez por um prazer ilícito, por um pecado desonesto! Ah, que loucura, vender,
perder sua eterna felicidade por um momento de prazeres proibidos; trocar o céu
por algumas moedas, um punhado, de bens e riquezas passageiras!
Porventura queres de novo perder o céu, cometendo um pecado mortal? Transporta
o teu espírito mais uma vez àquela região celeste e contempla o Senhor do céu
sentado no seu trono cercado de majestade tremenda, de glória indizível. Imagina
os milhares e milhares de espíritos angélicos, trêmulos, prostrados diante do trono
de Deus que, com as faces veladas e cheios de respeito e santa reverência cantam
incessantemente o “Santo, Santo, Santo”.
Eis, como o céu e a terra se dobram diante da majestade divina — e como tudo
obedece à santíssima vontade de Deus. E tu, criatura tão vil e miserável, te
atreveste a negar obediência a este Deus tão santo, tão forte, tão poderoso e, ao
mesmo tempo, tão bondoso calcando aos pés a sua lei, transgredindo os seus
mandamentos, provocando e desprezando a sua justa ira, afligindo amargamente o
seu Coração paterno, que tanto te ama e te encheu de tantos benefícios! Prostra-te
de joelhos na santíssima presença de Deus e, do fundo de teu coração, dize-lhe: Ó
Deus de santidade e de misericórdia infinita, diante de quem o céu e a terra se
inclinam, detesto agora sinceramente todos os pecados, com que na minha
maldade ofendi a vossa divina majestade, desprezando a bondade do melhor dos
pais. Ah, lançai um olhar de compaixão sobre mim, vosso filho ingrato, pois prometo
ser agora e sempre um filho obediente, e não tornar a ofender-vos pelo pecado
mortal.

TERCEIRA CONSIDERAÇÃO: O INFERNO


Desce em espírito ao inferno — e contempla os tormentos horríveis, que lá sofrem
os condenados. — Queimar um pouco o dedo já causa uma grande dor — por nada
deste mundo o deixarias, por uma hora inteira, no fogo. — Os condenados, porém,
sofrem num fogo muito mais ardente do que o nosso, tormentos horríveis. Imagina o
rico avarento sepultado e enterrado no meio das chamas, e nem uma gota d’água
lhe é concedida para refrescar a sua língua. E quanto tempo são atormentados os
condenados? Talvez um dia, um ano, ou um século Isto não seria nada. Judas lá
está no inferno há quase dois mil anos sem um sossego ou descanso e sofrerá mais
do que estes dois mil, nunca será um pouco aliviado, jamais virá o fim de tantos
tormentos e dores, pois as penas são eternas, nunca terão fim.
Os condenados são sempre atormentados por dois pensamentos: "nunca" e
"sempre". Nunca sair, sempre ficar na companhia das criaturas mais perversas e
desgraçadas. Agora, pergunta-te, minha alma, qual a causa de tormentos tão
horríveis? É o pecado o pecado mortal. E basta um só pecado mortal para te fazer
merecedor de tais castigos da justiça divina. Se o bom Deus, o Deus de
misericórdia, que não quer a morte do pecador, mas sim que se converta e viva, se
Ele castiga tão severamente o pecado, por acaso não deves estremecer e temer de
tornar a ofender pelo pecado mortal este juiz tremendo e severo? Ah, promete agora
emendar-te. Ainda há tempo.
Sim, meu Deus, antes morrer, que vos ofender pelo pecado mortal. Dai-me força
para evitá-lo, principalmente este __ (Aqui diga o pecado a que te vês mais
inclinado).
QUARTA CONSIDERAÇÃO: O CALVÁRIO
Transporta teu espírito ao Calvário e contempla a Jesus Crucificado. As dores que
teu Salvador sofre são tão horríveis que te deviam mover à compaixão mesmo se
fosse o teu inimigo mortal, que lá padecesse. Mas é teu Salvador! Contempla-o:
desde a ponta dos pés até a cabeça não há nem um ponto do seu corpo que não
fosse martirizado; todo o corpo ferido, todo o corpo uma chaga.
A cabeça é atormentada pela coroa de espinhos agudos; a boca pela sede ardente;
as mãos e os pés são transpassados por pregos duros; a alma santíssima é
abismada no mais profundo abandono.
O verme, quando pisado, pode torcer-se. Jesus nem sequer pode mover-se na
Cruz. E quem é aquele que tão cruelmente é maltrado? Talvez um malfeitor? Não. É
o mais santo, o mais inocente é o próprio Filho de Deus. E porque se deixou pregar
na Cruz? Por causa de teus pecados, para salvar-te da morte eterna do inferno,
para reconciliar-te com Deus: Jesus, o Filho de Deus, morre na Cruz.
Para salvar o servo, o Filho é condenado à morte! Ó, que amor! E tu soubeste
quantas dores, quantos açoites, quantas gotas de seu sangue preciosíssimo custou
a teu Jesus tua alma imortal! E, apesar disto, calcaste o sangue de Deus aos pés,
cometendo o pecado mortal. Sim, para pagar a tua desobediência e o teu orgulho,
Jesus carregou a sua Cruz. Para satisfazer por teus pensamentos e desejos
pecaminosos foram-lhe enterrados aqueles espinhos pungentíssimos. Aquela sede
ardente sofreu Jesus por causa de tantas palavras livres e indecentes ou ofensivas
ao próximo; e, para pagar tantas ações ilícitas e pecaminosas, Jesus recebeu
aqueles açoites horríveis e se deixou cravar com pregos duros no lenho da cruz.
Minha alma, queres pregar mais uma vez a teu Jesus na cruz? Ajoelha-te diante da
imagem de teu Jesus crucificado; pede-lhe perdão por tanta ingratidão e promete
nunca mais ofender a teu amável Salvador.
Dize-lhe de coração contrito: “Ah, meu Jesus, por amor de vossas cinco chagas, por
amor de vosso sangue preciosíssimo, lavai a minha pobre alma de toda a mancha
do pecado. Deixai cair sobre minha alma uma só gota de vosso precioso sangue,
tão copiosamente derramado, e minha alma será inteiramente purificada. E poderei
chamar-me outra vez vosso filho. Ó doce Jesus, que tanto me amais:
Fazei que eu vos ame cada vez mais!” Tendo excitado em ti, por meio destas
considerações, uma contrição sincera, convém acrescentar ainda o seguinte:

ORAÇÕES COMPLEMENTARES
ATO DE CONTRIÇÃO E BOM PROPÓSITO

Eis-me aqui, meu Deus, cheio de confusão, à vista de minhas culpas. Ah, quantas
vezes pequei! Não sou digno de ser chamado vosso filho. Os anjos que pecaram,
logo reprovastes e lançastes no inferno. Adão e Eva, logo depois de terem comido o
fruto proibido, foram expulsos do paraíso! Mas a mim ainda me suportastes. Muitos
homens lançastes no inferno ou os condenastes a sofrer as penas horríveis do
purgatório porque vos ofenderam. Mas a mim ainda me poupastes!
Quanta gratidão vos devia por tanta bondade, e quão ingrato fui para convosco,
meu Pai misericordioso! Esqueci-me de tantos benefícios que me fizestes. Vós me
criastes para o céu, mas eu nada fiz para alcançá-lo. Vosso Filho Unigênito me
remiu por sua dolorosa paixão e morte na cruz, derramando, por amor de mim, todo
o seu sangue. Mas eu, em vez de mostrar gratidão a tanto amor, renovei a sua
Paixão com os meus pecados.
Ó meu Deus, perdoai-me! Sei que fiz mal. Pesa-me de não vos ter amado, mas sim
desprezado e ofendido. Sim, meu Deus, envergonho-me e arrependo-me agora, do
fundo de meu coração, de todos os meus pecados, e proponho firmemente não
tornar a ofender-vos. Quero agora emendar-me sinceramente, cumprindo fielmente
os vossos mandamentos. Penetrai, Senhor, a minha alma com a graça de uma
verdadeira penitência, que me faça mudar de vida e evitar as ocasiões de pecado.
Virgem Santíssima e Mãe de misericórdia, intercedei por mim, para que obtenha o
perdão do passado, com as graças necessárias para resistir ao pecado no futuro.
Meu bom anjo, zeloso guarda de minha alma, ajudai-me a erguer-me e a evitar
todos os pecados. Amém.

Ato de contrição.

Meu senhor Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, criador, Redentor e Salvador
meu. por serdes quem sois, sumamente bom e infinitamente digno de serdes
amado, reverenciado e obedecido sobre todas as coisas. Eu vos amo e estimo mais
que a tudo e sobretudo, e quero de hoje e para sempre amar-vos, servir-vos e
obedecé-vos, pesando-me, No íntimo do meu coração e da minha alma, de todos os
meus pecados, com que ingrato e traidor tenho ofendido a vossa bondade infinita e
majestade Suprema. sei, que por tantos pecados meus, tenho merecido queimar no
inferno. Porém, senhor, confiando em vossa bondade sem limites, proponho
firmemente, com os auxílios da vossa graça, Nunca Mais Pecar, nem tornar a
ofender-vos; e dos agravos que vos tenham feito, peço-vos, humildemente perdão,
que espera alcançar pelos merecimentos de vossa santíssima vida e Sagrada morte
e paixão, e pela vossa infinita misericórdia, Amém.

Onipotente Deus, compadecei-vos de mim, perdoai as minhas culpas, e conduzi-me


a vida eterna, Amêm.

Onipotente e misericordioso senhor, novamente vos suplico que me concedais a


indulgência, absolvição, e remissão de todos os pecados, amêm.

Virgem Maria, sede minha mãe. Santo Anjo da minha guarda, defendei-me das
ocasiões perigosas, e acudi-me se me ver diz em tentação. Oh glorioso Patriarca
São José, terror dos demónios, defendei-me dos perigos da alma e do corpo,
intercedei por mim A Deus; a fim de que, auxiliado com a sua graça, e com o vosso
Patrocínio possa hoje servi-lo, imitando o vosso exemplo, e depois da morte, cantar
convosco no céu os seus divinos louvores, por toda eternidade, amêm.
Veni Creator
Vinde, Espírito Criador, Visitai as almas dos Vossos,
enchei de graça celestial, os corações que criastes.
Sois o Divino Consolador, o dom do Deus Altíssimo
fonte viva, o fogo, a caridade, a unção dos espirituais.
Com os Vossos sete dons, sois o dedo da direita de Deus,
Solene promessa do Pai, Inspirando nossas palavras.
Acendei a luz nos sentidos; insuflai o amor nos corações,
amparai na constante virtude a nossa carne enfraquecida.
Afastai para longe o inimigo, Trazei-nos prontamente a paz;
Assim guiados por Vós evitaremos todo o mal.
Por Vós explicar-se-á o Pai, e conheceremos o Filho;
Dai-nos crer sempre em Vós Espírito do Pai e do Filho.
Glória ao Pai, Senhor, Ao Filho que ressuscitou,
Assim como ao Consolador, Por todos os séculos dos séculos, Amém.
V: Enviai, Senhor, o vosso espírito e tudo será criado.
R: E renovareis a face da terra.
Oremos:
Ó Deus, que doutrinastes os corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito
Santo, dai-nos, pelo mesmo Espírito, procurar o que é reto, e nos alegrarmos
sempre com a sua consolação. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.

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