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Depressão Psicótica
Depressão Psicótica
Os delírios incongruentes com o humor incluem temas de perseguição, e delírios de estar sendo
controlado (estes, comumente associados a fenômenos "schneiderianos" de inserção e
irradiação de pensamentos). Quando presentes, esses fenômenos incongruentes com o humor
associam-se a um pior prognóstico, avizinhando-se, não raramente, dos estados ditos
"esquizoafetivos".
Delírios
·Alucinações
·Comportamento alterado
·Mudança de sentimentos
·Postura infantil
·Personalidade imprevisível
·Sentimento constante de perseguição
·Longo período sem realizar nenhuma atividade por iniciativa
própria, como se estivesse em uma espécie de transe.
Psicoeducação
Essa técnica quando relacionada ao depressivo com sintomas psicóticos está relacionada a um
modelo de tratamento que auxilia o paciente a conhecer e entender sobre a sua doença.
O terapeuta, na psicoeducação, precisa estar presente durante todo o processo para poder
explicar o modelo do qual paciente está sendo submetido e, também, para esclarecimentos de
como os pensamentos produzem sentimentos, além das reações físicas e comportamentais.
Essa intervenção ajuda muito o paciente, pois se os sintomas aparecerem na terapia, o paciente
saberá que reações esperar.
Isso é feito por meio de treinamento de habilidades sociais e o uso da agenda diária com
propostas de atividades prazerosas.
Para o terapeuta construir essa agenda de eventos prazerosos, ele pode usar de inventários
prontos ou pode questionar diretamente o paciente sobre os eventos que ele julga que lhe
davam prazer antes da depressão.
É nessa hora que uma boa relação entre profissional e paciente é essencial, pois o doente
precisa ter coragem e confiança no terapeuta para conseguir contar a verdade para ele.
Uma vez descoberto esses “estímulos positivos” para a agenda, o terapeuta irá trabalhar com o
intuito de auxiliar o paciente a elaborar um registro diário sobre as atividades que gostava e
fazia ou que não gostava.
Esse reconhecimento é muito importante, pois depois que essas atividades são reconhecidas e
determinadas como prazerosas pelas pessoas com depressão psicótica, geralmente, o humor
delas muda, assim como a disposição e o sentimento de “vitória”. O paciente depressivo,
normalmente, apresenta crenças de que não será capaz de terminar tarefa alguma
Normalização
Esse método é usado para entender o que forma e mantém os sintomas psicóticos.
Sendo assim, a normalização faz uma associação entre o conteúdo delirante ou alucinatório e
a história de vida do paciente, para assim compreender a vulnerabilidade do paciente e,
consequentemente, poder ajudá-lo a promover mudanças ou desenvolver um processo de
adaptação.
Enfrentamento
Nesse panorama, muitos pacientes com depressão psicótica estão inseridos em uma situação
de estresse constante e não conseguem mobilizar esforços saudáveis para lidar com as
emoções geradas nesses momentos, uma vez que não tem controle nem da própria realidade
ao redor deles.
Módulos
Esse método possibilita a reestruturação das crenças disfuncionais, relacionadas aos sintomas
psicóticos.
Assim, é preciso incentivar o paciente a construir novas crenças mais funcionais para poder
ativá-las futuramente, e logo ser capaz de se enxergar como um indivíduo com qualidades e
possa se perceber de uma forma diferente.
Para que isso aconteça, é preciso cinco passos com atividades pré-estabelecidas antes:
uma gravidade tal que todas as atividades sociais normais tornam-se impossíveis; pode existir
Episódios isolados de: depressão major com sintomas psicóticos, depressão psicótica, psicose
Com características psicóticas congruentes com o humor: Delírios e alucinações cujo conteúdo
é coerente com os temas depressivos típicos de inadequação pessoal, culpa, doença, morte,
conteúdo não envolve temas depressivos típicos ou inadequação pessoal, culpa, doença,
Com catatonia: O especificador de catatonia pode ser aplicado a um episódio de depressão se~~
características catatônicas estão presentes durante a maior parte do episódio. Ver os critérios
par
Transtorno Depressivo Maior (TDM) pode cursar com episódios únicos ou recorrentes de
quadros psicóticos, marcados pela presença de delírios e alucinações cujos conteúdos
associam-se frequentemente a ideias negativas e depressivas de morte, ruína, culpa e
punição merecida. Esta condição está fortemente conectada a alto risco suicida, motivo pelo
qual deve-se diagnosticar e intervir de maneira positiva o mais precocemente possível, a fim de
que a vida, o sentido e a qualidade de viver do indivíduo possam ser restaurados e preservados.
O caso relatado refere-se a uma paciente com diagnóstico atual de TDM grave e recorrente
com sintomas psicóticos e alta intencionalidade suicida. Apresenta o humor
constantemente deprimido, choro fácil e frequente, hipobulia, distúrbios do sono e
sentimentos de menos-valia. Ademais, seu quadro cursa com sonhos e sensações estranhas
relacionados a entidades malignas, assim como com alucinações visuais persistentes e
delírios religiosos de pecado, culpa exagerada e punição divina. Frente à resistência dos
sintomas ao tratamento farmacológico inicial, foram discutidas outras possibilidades de
abordagem, conduta e diagnósticos diferenciais paralelamente à avaliação constante do
risco de suicídio.
O diagnóstico diferencial da depressão com sintomas psicóticos requer um cuidado para sua
diferenciação da esquizofrenia e do transtorno de humor bipolar. No caso da esquizofrenia,
pode surgir uma confusão por causa dos sintomas de delírio e alucinação que são comuns aos
dois transtornos, mas, por exemplo, no caso da depressão com sintomas psicóticos, não devem
estar presentes outros sintomas da esquizofrenia, como discurso desorganizado e
comportamento bizarro. Para diferenciá-la do transtorno bipolar com sintomas psicóticos, o
terapeuta deve investigar se o humor do paciente manteve-se depressivo, caracterizando a
depressão psicótica ou apresentou flutuações de humor, caracterizando o transtorno bipolar
com sintomas psicóticos (Rothschild, 2013; Quintella, 2010; Fleck et al., 2009).
Essa técnica consiste em cinco passos com atividades preestabelecidas: primeiro passo
(estabelecimento da aliança terapêutica e avaliação); segundo passo (uso de estratégias
comportamentais para manejar sintomas, reações emocionais e atitudes impulsivas); terceiro
passo (discutir novas perspectivas sobre a natureza das experiências psicóticas vividas pelo
paciente); quarto passo (estratégias para o manejo das alucinações); último passo (avaliação
de pressuposições disfuncionais a respeito de si próprio e dos outros) (Barreto e Elkis, 2007).
Essa técnica possibilita a reestruturação das crenças disfuncionais, relacionadas aos sintomas
psicóticos (Beck, 1997).
Terceira parte: discutir novas perspectivas sobre a natureza das experiências psicóticas
vividas pelo paciente.
ranstorno Delirante Persistente (OMS, 1993). Segundo o modelo cognitivo atual, os sintomas
psicóticos se originam a partir da interação recíproca de fatores biológicos, psicológicos e
sociais. Entre esses fatores constam déficits da capacidade do processamento de informações,
alterações da reatividade autonômica, limitações da capacidade de enfrentamento e de
competência social, eventos discretos de vida e influencia constantes de estressores
ambientais
Segundo os autores, o paranoico vê a si mesmo como fraco e vulnerável. As pessoas são vistas
como manipuladores, mal intencionadas e não confiáveis. O mundo é visto como perigoso,
sendo então necessárias medidas de proteção. Freeman (2007) ressalta ainda que também é
típico dos quadros psicóticos o processamento cognitivo insuficiente, a ausência de explicações
alternativas e o teste de realidade atenuado estão implicados na manutenção dos delírios.
Um estilo de raciocínio que conta com consistentes evidências empíricas para a gênese e a
manutenção dos delírios paranoides é o "salto para conclusão" (jump to conclusion) (Huq,
Garety & Hemsley, 1988). Os pacientes com delírios utilizam menos informações que sujeitos
controles para alcançar uma decisão sobre alguma situação.
( ) Se eu não for tão bem sucediso quanto as outras pessoas, isso significa que sou um fracasso
( ) Pessoas que tem boas ideias são mais dignas que aquelas que não tem
( ) Se as pessoas souberem cmo você realmente é, elas terão menos consideração por você
( ) Para eu ser uma pessoa de valor, devo ser excelente em pelo menos um aspecto importante
( ) Para ser uma pessoa boa, moral e digna, devo ajudar a todos que precisam
( ) Não posso ser feliz a não ser que a maioria das pessoas que conheco me admiram
( ) Se você não tem em quem se apoiar, você está fadado a ser uma pessoa triste
( ) Se eu não exigir o mais alto padrão de mim mesmo, estou fadado a ser uma pessoa de
segunda categoria.
( ) Não posso ser feliz a não ser que a maioria das pessoas que conheço me admire.
( ) Posso ser feliz, mesmo se eu perder muitas das coisas boas da vida
( ) O meu valor enquanto pessoa depende muito do que os outros pensam de mim
( ) Uma pessoa pode ter prazer em uma atividade independentemente do resultado do final.
( ) É possível conquistar o respeito das pessoas sem ser especialmente talentoso em nada.