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Clock, cache e núcleos: saiba como eles afetam o


desempenho do processador
Saiba quais fatores interferem no desempenho de seu processador, entenda o funcionamento e
como verificá-los
Por Renata Mendes Gonçalves, editado por Bruno Ignacio de Lima

26/07/23 11h17, atualizada em 07/08/23 11h18


Lei CHIPS vai oferecer pacote bilionáro de subsídios para fabricação de
processadores nos EUA (Imagem: Reprodução/The New York Times)
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Você já deve saber que o processador é o cérebro do seu computador e,


por esse motivo, desempenha um papel importante na determinação da
rapidez com que pode executar tarefas. Um bom processador irá
oferecer um desempenho rápido e seguro sem drenar energia do seu
sistema. Normalmente olhamos só para a velocidade, aquele número
seguido de GHz. Mas, entender fatores como o clock e o que significam
o cache e o número dos núcleos dos processadores também são
importantes.
Veja a seguir como o clock, núcleos e memória cache influenciam do
desempenho dos processadores. Após conhecer esses três fatores, sua
compreensão sobre os diferentes tipos de processadores será bem maior
e você não escolherá um produto pensando apenas em modelos como
AMD Ryzen 5 5600G 3.9 GHz ou Intel Core i9-10900K 3.70 GHz, por
exemplo.
Leia também:
 Como limpar a memória cache do Spotify e liberar espaço no
celular
 Intel Core i9 de 13ª geração alcança frequência turbo máxima de
6 GHz
 Processador e chipset: qual a diferença?
Antes de tudo, vamos entender como funcionam os processadores. O
processador de um computador é um dos componentes mais importantes
e fundamentais para o funcionamento do sistema. Ele é responsável por
executar as instruções e realizar os processos necessários para todas as
tarefas que o computador realiza. O processador é composto por
milhões de transistores que trabalham em conjunto para operações
lógicas e aritméticas
Funcionamento básico do processador

Computadores e smartphones têm um monte de dados, mas os


processadores são os “trabalhadores” que usam esses dados para
“construir” os programas que você usa. Para mostrar essa página a você,
por exemplo, eles precisam interpretar informações que vêm da internet
e chegam ao seu dispositivo pelo modem ou antena.
Para abrir um programa ou aplicativo, o processador precisa acessar o
armazenamento do seu dispositivo, encontrar os dados referentes ao
programa, trazê-los para a RAM e, então, mostrá-lo a você. Em seguida,
ele precisa pegar as informações que você envia (pela tela, teclado ou
mouse), enviá-las ao programa, pegar o retorno que o programa dá sobre
essas informações e mostrá-lo a você, e daí por diante.
O grande aliado dele nesse trabalho é a RAM. Quando o processador
precisa fazer alguma coisa, ele consulta a RAM e faz com base nas
informações que acha lá. Da mesma maneira, quando recebe alguma
informação importante, ele deixa ela com a RAM.
De forma mais técnica, podemos dizer que o processador opera em
ciclos de clock, onde a frequência do clock determina quantas operações
ele pode realizar por segundo. Quanto maior a frequência, mais
operações o processador pode executar em um determinado período de
tempo.
Os modernos têm uma arquitetura baseada em múltiplos núcleos (dual-
core, quad-core, hexa-core, octa-core, etc.). Cada núcleo é
essencialmente um processador independente capaz de executar tarefas
simultaneamente. Isso permite que o processador lide com várias tarefas
em paralelo, melhorando significativamente o desempenho geral.
(Imagem: Reprodução/The New York Times)

E agora você já entendeu porque precisa conhecer esses outros fatores,


então, vamos em frente.
1. Clock

O clock é um dos fatores mais importantes para verificar o desempenho


de um processador. É o indicador mais imediato da “velocidade” de um
processador: obviamente, quanto mais pulsos de clock ele fizer por
segundo, mais rápido ele conseguirá terminar a lista de ações
necessárias para abrir um programa, por exemplo.
O clock de um processador representa o número de ciclos que o chip
executa por segundo. É medido em hertz (Hz), geralmente na escala de
megahertz (MHz) ou gigahertz (GHz). Quanto maior a frequência, mais
operações um processador pode executar a cada segundo. Porém, o
clock sozinho não é capaz de definir o desempenho de um processador.
A velocidade de clock é a frequência na qual um processador executa
suas operações básicas. Quanto maior a taxa de clock, mais instruções
um chip pode processar a cada segundo.
Dessa forma, um clock de 800 MHz (megahertz) significa uma taxa de
800 milhões de ciclos por segundo. Já a frequência de 3,0 GHz
(gigahertz) representa 3 bilhões de ciclos por segundo. As CPUs mais
modernas contam com velocidade de clock de até 5 GHz, o que
significa que, na teoria, ele é capaz de executar até 5 bilhões de ciclos
por segundo.
Para fazer outra analogia, imagine que você está guardando latinhas de
cerveja na geladeira: você as pega do chão (uma com cada mão),
levanta, coloca-as na geladeira e abaixa de novo para pegar mais. Se
você fosse um processador, cada movimento completo desses seria um
pulso de clock, e, quanto mais rápido você fizesse esse movimento,
maior seria o seu “clock”.
Como ver a velocidade de clock do processador?

Para consultar o clock de um processador no Windows, abra o


Gerenciador de Tarefas pressionando Ctrl+Shift+Esc, clique na aba
Desempenho e depois no gráfico de CPU. O clock base será exibido no
canto superior direito, em GHz, ao lado do modelo do processador. A
frequência atual da CPU aparecerá no campo “Velocidade”.
O clock de um processador Intel no macOS pode ser acessado clicando
no menu Apple (canto superior esquerdo da tela) e depois em Sobre Este
Mac. O clock base do processador será exibido em GHz. Não é possível
consultar diretamente a frequência de um Apple Silicon no macOS.
2. Número de núcleos

Se o clock é um indicador tão direto de velocidade, não seria melhor


simplesmente fazer processadores com clock cada vez maior? Talvez. O
problema é que há limites para quão rápido você pode fazer um
processador funcionar com a tecnologia atual sem aumentar muito o seu
tamanho. Além disso, fazer um processador funcionar mais rápido faz
com que ele emita mais calor, o que pode diminuir sua vida útil.
A solução encontrada pelas fabricantes foi fazer processadores com
mais de um núcleo de processamento. Cada núcleo funciona como se
fosse um processador independente. Assim, o número de ações que um
computador consegue realizar por pulso de clock é maior.
Voltando ao exemplo de guardar cerveja na geladeira. Imagine que, em
vez de dois braços, você tivesse quatro braços. Se fosse assim, você
conseguiria guardar quatro latinhas de cerveja por movimento em vez de
duas. É basicamente essa a diferença entre um processador dual-core e
um processador quad-core.
Isso não significa, porém, que um processador quad-core de 2 GHz tem
o dobro da velocidade de um dual-core de 2 GHz. Os fabricantes às
vezes fazem os processadores com cada núcleo diferente; assim, cada
um deles pode ser usado para determinada tarefa. Isso permite, por
exemplo, economizar energia usando só os núcleos mais lentos para
tarefas simples: a maioria dos smartphones atuais faz algo desse tipo.
Como regra geral, octa-core refere-se a um dispositivo com 8 núcleos;
quad-core, para um com 4 núcleos; o hexa-core tem 6 núcleos e o dual-
core tem apenas 2 núcleos. O mais comum é ver telefones com pelo
menos 4 núcleos, devido à ótima relação entre preço e desempenho.
3. Memória cache

Cache é uma pequena quantidade de memória integrada ao processador


que serve para dar a ele acesso rápido e temporário a dados a serem
processados.
O computador usa a memória RAM (ou DRAM) para armazenamento
temporário de dados. Sem ela, o processador teria gargalos importantes
de desempenho, pois unidades de armazenamento como HDs e SSDs
não conseguem transferir dados em velocidade compatível com a da
CPU.
Apesar de ser mais rápida que HDs e SSDs, a RAM não tem o mesmo
desempenho da memória cache, fator que também pode gerar gargalos
para a CPU.
As memórias cache são do tipo SRAM (Static Random Access
Memory), uma categoria muito mais rápida que as memórias DRAM
(Dynamic Random Access Memory). Por outro lado, memórias SRAM
são muito caras, o que inviabiliza a sua adoção em escala equivalente ao
de memórias DRAM.
A solução encontrada pela indústria foi colocar pequenas quantidades de
cache integradas ao processador. O uso delas depende da associação de
algoritmos específicos com a arquitetura do chip. Mas, de modo geral, a
CPU busca dados importantes no cache e só recorre à memória RAM
quando não os encontra.
Tipos e níveis de caches

 Cache L1 (nível 1): é o tipo é o mais próximo possível. O L1 é


dividido em memória de instrução e memória para dados
 Cache L2 (nível 2): é o tipo secundário, com mais capacidade de
armazenamento, mas menos desempenho que o cache L1;
 Cache L3 (nível 3): é o tipo que costuma estar presente em maior
quantidade, mas fica mais afastado dos núcleos. Também tende a
ser mais lento que os caches L1 e L2;
 Cache L4 (nível 4): é pouco adotado pela indústria, pois tende a
ser mais lento que os níveis anteriores. Quando implementado,
costuma estar presente em blocos afastados dos núcleos, ainda
que no mesmo chip.
As quantidades de L1, L2, L3 e L4 variam de processador para
processador. Dentro de uma linha de CPUs, é comum que caches
maiores sejam implementados nos modelos mais avançados (e mais
caros).
Na busca por dados, a CPU começa pelo nível 1 e, caso não os encontre,
avança aos próximos níveis de modo sequencial.
Mas note que nem todos os níveis precisam ser adotados. Alguns chips
só têm cache L1. Outros, somente caches L1 e L2. Como você já sabe,
poucos chips têm cache L4.
Na hora da escolha

A informação principal a se extrair dessa situação é que comparar dois


processadores exige mais cuidado do que simplesmente ver qual deles
tem o clock maior. A “arquitetura” do processador (a maneira como ele
é construído) varia bastante, o que faz com que uma simples
comparação de clocks seja insuficiente para entender as diferenças entre
eles.
Há, porém, alguns casos óbvios: um processador dual-core de 1,2 GHz
será mais lento que um processador octa-core de 2,4 GHz para
praticamente qualquer tarefa, mesmo que o de 1,2 GHz tenha uma
memória cache muito maior. O importante, porém, é que você aborde
essas situações com o devido cuidado.
De maneira geral, a melhor forma de comparar o desempenho de dois
processadores é com “benchmarks”. Eles são testes especializados que
exigem bastante do processador para simular seu desempenho numa
diversidade de situações, e oferecem uma pontuação para cada
processador com base em seu desempenho. Se você estiver em dúvida
entre dois processadores diferentes, vale a pena consultar suas
pontuações em testes de benchmark populares, como o SYSmark e o
CPUBenchmark
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básicos de informática >>

Como calcular velocidade do processador

O processador (CPU) Velocidade (clock interno ) é medida em hertz ( Hz) e


reflete o número de ciclos por segundo que o processador pode fazer. Mas
CPU se comunica com a placa-mãe do computador em ritmo muito mais
lento chamado de clock externo ou Front Side Bus (FSB) . Placas-mãe
modernas suportam FSB de 200 , 266, 333 e 400 MHz . Processadores
Intel são capazes de transferir quatro blocos de dados por ciclo e listadas
como tendo o FSB quádruplo. A relação entre o relógio interno e externo é
chamado um multiplicador , o seu valor máximo é fábrica bloqueado . A
velocidade da CPU é um produto do FSB eo multiplicador . Instruções
1

Obter especificações do processador , incluindo FSB e multiplicador. A


velocidade do barramento (FSB) é listado como 800MHz e relação Bus
/Core ( multiplicador ) é 11.
2

Calcule FSB para CPU Intel usando a fórmula . FSB = FSB (nominal) /4.
FSB (nominal) é dada em especificações de fabricação. . No nosso
exemplo, FSB 800MHz = /4 = 200 MHz
3

Calcule a velocidade da CPU usando esta fórmula: = velocidade da CPU


FSB x multiplicador. No nosso exemplo, a velocidade da CPU = 200 MHz x
11 = 2200 MHZ = 2,2 GHz .

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Renata Mendes Gonçalves


Colaboração para o Olhar Digital

Renata Mendes é jornalista formada pela FIAM. Há 20 anos atua na área de Comunicação, desde os
tempos da máquina de escrever até às plataformas digitais. Atualmente é colaboradora do Olhar
Digital.
Bruno Ignacio de Lima
Editor(a)

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Com 10 anos de experiência, é
especialista na cobertura de tecnologia. Atualmente, é editor de Dicas e Tutoriais no Olhar Digital.

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