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Módulo I

Tanques sépticos e pós-tratamento


Fossa Séptica – Conceito e
Aplicação
Restrições ao Uso; Localização e Distâncias
Mínimas

O sistema de fossas sépticas deve preservar a qualidade das


águas superficiais e subterrâneas, mediante estrita
observância das prescrições da NBR 7229/1993
É vedado o encaminhamento ao tanque séptico de: águas
pluviais e despejos capazes de causar interferência negativa na
fase do processo de tratamento ou elevação excessiva da
vazão de esgoto afluente, como os provenientes de piscinas e
lavagem de reservatórios de água.
Restrições ao Uso;;
Localização e Distâncias
Mínimas
Devem ser localizadas o mais próximo possível do banheiro,
com tubulação o mais reta possível e com no mínimo 15m
abaixo de qualquer manancial de água (poço, cisterna, etc)

Devem observar as seguintes distâncias horizontais mínimas:


a)1,50m de construções, limites de terreno, sumidouro, valas
de infiltração e ramal predial de água;;
b)3,0m de árvores e de qualquer ponto de rede pública de
abastecimento de água;;
c)15,0m de poços freáticos e de corpos de água de qualquer
natureza.

OBS: As distâncias mínimas são computadas a partir da face externa


mais próxima aos elementos considerados.
Funcionamento

■ Retenção: a retenção do liquido pode variar de 12


a 24 hs ( mais usual)

■ Decantação : Paralelo á retenção processa-se a


sedimentação de 60% a 70% dos sólidos, formando
o lodo.
A mistura de gases, com óleos, graxas, gorduras ,
forma a escuma
Funcionamento ( continuação)

■ Digestão ;; o lodo e a escuma são modificados


pelas bactérias anaeróbias, provocando uma
destruição total ou parcial de organismos
patogênicos
■ Redução de volume: a digestão provoca uma
redução de volume dos sólidos, por transformar
parte do sólido em líquidos e gases.
Fonte: Manual de Saneamento - FUNASA
Funcionamento

■ Após a digestão, o efluente pode ser lançado em


sumidouros, valas de infiltração ou outro corpo
receptor.
■ O tanque séptico não remove bactérias do esgoto.
■ Serve de separador do sólido do líquido e
diminuição do volume de sólidos.
Eficiência de um tanque séptico

■ A eficiência somente sobre SS e matéria orgânica


(DBO5 ou DQO)

■ O ideal é que sejam retidos 60% dos sólidos e em


torno de 50% a redução de DBO
Parâmetros Eficiência de Remoção Eficiência de
Remoção
Azevedo Netto e Lothar Vieira e Sobrinho
Hess (apud Batalha, 1986) (1983)
DBO 40% a 60% 62%
DQO 30% a 60% 57%
SS 50% a 70% 56%
OG 70% a 90%
CTerm 55%
NBR 7229 - Aplicação do sistema

1.O sistema de tanques sépticos aplica-se primordialmente


ao tratamento de esgoto doméstico e, em casos
plenamente justificados, ao esgoto sanitário.
2.O emprego de sistemas de tanque séptico para o
tratamento de despejos de hospitais, clínicas,
laboratórios de análises clínicas, postos de saúde e
demais estabelecimentos prestadores de serviços de
saúde deve ser previamente submetido à apreciação das
autoridades sanitárias e ambiental competentes, para a
fixação de eventuais exigências específicas relativas a
pré e pós- tratamento.
NBR 7229 - Aplicação do sistema

3.Mesmo nos casos em que seja admitido o tratamento de


esgoto sanitário com presença de substâncias tóxicas,
nos termos das seções precedentes, cuidados especiais
devem ser tomados na disposição do lodo.
4.O sistema deve ser dimensionado e implantado de
forma a receber a totalidade dos despejos, com exceção
dos despejos especificados em 4.3.2.
Sistemas Individuais para residências ou condomínios
isolados
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/dmae/

ou valas de infiltração,
ou pós--filtros anaeróbios de
fluxo ascendente.
Condições de execução
■ Para o tanque séptico , podem ser remetidos os
despejos domésticos de cozinhas, lavatórios, vasos
sanitários, lavanderias, banheiros, ralos, etc.
■ Deve ser evitado, ou feito um reservatório separado,
para substâncias contaminantes.
■ Deve ser feita uma caixa de gordura para reter
estas substâncias, antes de remeter para o tanque
séptico.
TUBO DE VENTILAÇÃO
ESGOTO PRIMÁRIO

ESGOTO SECUNDÁRIO
NBR 7229 / 1993

Tanque séptico de câmara única

Tanque séptico de câmaras em


série
NBR 7229 / 1993
NBR 7229 / 1993

Tanque séptico de câmara


única Unidade de apenas um
compartimento, em cuja zona
superior devem ocorrer
processos de sedimentação e de
flotação e digestão da escuma,
prestando-se a zona inferior ao
acúmulo e digestão do lodo
sedimentado
Tanque séptico
cilíndrico
■ O diâmetro mínimo deve ser de
0,90m
■ O nível da água ( entrada) 0,25 m.
D = 1400

200
50
100
100
100 100
100
50
100

1/3.h
htot = 1900

d=
1100
Dimensões minimas NBR 7229
NBR 7229 / 1993

Tanque séptico de câmaras em


série Unidade com dois ou mais
compartimentos contínuos, dispostos
seqüencialmente no sentido do fluxo
do líquido e interligados
adequadamente, nos quais devem
ocorrer, conjunta e
decrescentemente, processos de
flotação, sedimentação e digestão.
Dimensões minimas NBR 7229
DIMENSIONAMENTO

NBR 7229 / 1993


Dimensionamento
■ Tanque séptico com câmara única

V= 1000+ N (C. T+ K Lf)

V volume útil em litros


N número de pessoas
C contribuição de despejo (litros/pessoa/dia)
T período de retenção em dias
K taxa de acumulação de lodo digerido em dias.
Lf Contribuição de lodo fresco em litros/pessoa
(residencias igual a1, sanitários publicos 4,NBR 7229 / 1993
outros 0,2)
Taxa de acumulação total de lodo -
K
Taxa de acumulação total de lodo (K), em dias, por
Intervalos entre limpezas e temperatura do mês mais frio

NBR 7229 / 1993


Período de detenção dos despejos T por
faixa de contribuição diária L

NBR 7229 / 1993


Dimensionamento

■ Recomenda-se uma capacidade útil mínima de 1500


litros.

■ Relação entre comprimento e largura 2:1

■ A profundidade nunca deve ser inferior a 0,80m


O recomendado é 1,20m + 0,20m para a escuma e
gases = 1,40m
Recomendações de dimensionamento
■ Fossas sépticas muito rasas, a secção transversal
ficará reduzida pelo acúmulo de lodo.
■ Em fossas muito estreitas, a velocidade é grande e
prejudica a sedimentação.
■ Fossas muito largas, produzem zonas mortas,
reduzindo a capacidade do tanque.
Dispositivos de entrada e saída

■ Podem ser feitas com tubos ou chicanas

■ Desnível de entrada e de saída – 5cm

■ Altura do “tê” de entrada em relação a laje de cima


30 cm
■ Altura do “tê” de saída em relação laje de cima 35
cm
EXEMPLO DIMENSIONAMENTO DA FOSSA
SÉPTICA.

Edifício com 8 Pavimentos tipo com 4 apartamentos por


pavimentos, Padrão Médio(2 Dormitórios sendo um de
Casal, Sala, Cozinha, Banheiro, Área de Serviço).

População 5 pessoa por apartamento, 5 Pessoas da


Administração condominial e 1% de Visitas
1º Passo: Determinação do Numero de contribuintes (N)
N = 8 x 4 x 5 + 5 + 0,01(8 x 4 x 5) = 166,6 = 167 hab

2º Passo: Determinação das contribuições unitárias de


esgoto(C) e de Lodo Fresco (Lf)
Tomando a Resistência com padrão Médio Temos
Pela Tabela 1 NBR7229/1993 os seguintes valores:
C = 130 litros/dia x pessoa
Lf = 1 litros/dia x pessoa
3º Passo: Determinação do período de detenção (T)
Para a determinação do período de detenção
consulta- se a tabela 2 (NBR7229/1993). Porém,
antes disso é preciso calcular a contribuição diária,
obtida a partir do produto entre a contribuição diária
por pessoa vezes
o número de pessoas.

C(diária) = N x C = 167 x 130 = 21710 litros/dia

Tomando 21710 litros/dia como contribuição diária


consulta-se a Tabela 2 (NBR7229/1993) e Obtemos: T =
0,50 dias
4º Passo: Determinação da taxa de acumulação total
de lodo(K), por intervalo entre limpeza e temperatura
de mês mais frio.

Admitindo um valor de temperatura média para o mês


mais frio do ano, compreendendo t>200, para o caso
de Belém – PA, e um intervalo entre limpeza da fossa
de 4 anos, consulta-se a tabela 3 (NBR7229/1993),
obtém-se K = 177 dias
5ºPasso: Cálculo do volume útil (V)
V = 1000 + N (C x T + K x Lf) – NBR7229/1993
Colocando os dados obtidos nos passos anteriores,
temos:
V= 1000 + 167(130 x 0,50 + 177 x 1)
V = 41.414 litros V = 41,414 m3
6º Passo: Determinação das
dimensões Conforme os dados da
NBR 7229:
Prof. Mínima = 1,80m e Prof. Máxima =
2,80m 4,30 = 0,75 + h + 1,00 h = 2,55 m OK

h = 2,55m A = 41,414/2,55 = 16,24 m2

Solução Tipo
Cilíndrica D = 4,54 m

Solução Tipo Prismática


L = 2B A = 2B2 = 16,24 m2 B = 2,85 m L = 5,70 m
TIPOS DE FOSSAS

❑ FOSSAS SÉPTICAS
PRÉ- MOLDADAS
❑ FOSSAS SÉPTICAS FEITAS
NO LOCAL
❑ SUMIDOROS
❑ BIOFOSSAS
❑ FOSSAS ECOLÔGICAS
Principais disposições da NBR
– 7229/1993
Aspectos Construtivos:
• Geratriz inferior do tubo de entrada 5 cm acima da superfície do
líquido.
• Dispositivos de entrada e saída devem ter submersão em torno
de 1/3 da altura útil ou no mínimo 40 cm

Detalhes de dispositivo de entrada e saída


Fonte: PROSAB, 1999
Principais disposições da NBR 7229/1993
– Aspectos Construtivos – Descarga de Lodo
• Todo reator deve ter um dispositivo de
inspeção
• Pressão hidrostática – Fundo a 45º
• Remoção por sucção (carro limpa-fossa)
- Raio de limpeza – 1,50m
- Fundo plano

Efluentes de Tanques Sépticos:


NBR 13969/1997 - sépticos - Unidades de
complementar
Tanques e disposição dos efluentes líquidos -
tratamento Projeto,
final
construção e operação
P:or caminhão limpa--fossa

prever uma tubulação de


0,15 m, cuja extremidade
inferior de verá se situar a
0,20 m do fundo.

Facilita a introdução do
mangote da bomba
Descarga p/ pressão hidrostática

instalar dispositivo hidráulico,


com tubo de diâmetro mínimo
(100 mm) e com altura
hidrostática mínima de 1,20 m.

✔ Limpeza anualmente
✔ 25 litros de lodo como inóculo
✔ Evitar acender fósforos
✔ Coluna de ventilação
Disposição do lodo e escuma

■ A falta de limpeza no período fixado em projeto diminuição


acentuada da sua eficiência.
■ Poucos tanques sépticos enterrar a uma profundidade
mínima de 0,60m pode ser uma solução, desde que o local
escolhido não crie um problema sanitário.
■ Muitos tanques sépticos ou fossa grande lodo encaminhado
para um leito de secagem.
■ Não é admissível o lançamento de lodo e escuma nos
corpos de água ou galerias de águas pluviais.
DISPOSIÇÃO DO EFLUENTE

NBR 7229 / 1993


Fatores são considerados na seleção:

✔ Taxa de infiltração do esgoto no solo


✔ Disponibilidade de espaço
✔ Inclinação do terreno
✔ Profundidade do lençol freático
✔ Natureza e profundidade do leito rochoso
✔ Variação do fluxo de esgoto
✔ Distância das águas superficiais e poços
✔Valas de filtração ou filtro anaeróbio – lançam seus efluentes em corpos d’água
receptores
A NBR--7229 dois métodos
p/ determinação da taxa de
absorção do solo.

✔O 1º deve ser feito no


terrenoque irá receber o
sumidouro ou as valas de
infiltração.

Fonte: Manual de Saneamento - FUNASA


A taxa de infiltração de água no solo, adotando se o menor valor de
toda obtida nos cinco meses pode ser estimada por um ábaco:

Fonte: Manual de Saneamento - FUNASA


Fonte: Manual de Saneamento - FUNASA
SUMIDOUROS

NBR 7229 / 1993


NBR 13969/1997
Sumidouros

■ Também conhecidos como poços absorventes ou fossas


absorventes, são escavações feitas no terreno para
disposição final do efluente de tanque séptico, que se
infiltram no solo pela área vertical (parede).
■ ABNT, NBR nº 13.969/1997 uso favorável somente nas
áreas onde o aqüífero é profundo, onde possa garantir a
distância mínima de 1,50m (exceto areia) entre o seu fundo e
o nível aqüífero máximo”.
Filtro
anaeróbio
Exemplo dimensionamento de sumidouro:

Uma casa com oito pessoas contribui com 1.200


litros de efluente por dia. Calcular a área
necessária das paredes do sumidouro. O teste de
infiltração de um terreno indicou o tempo (t) igual a
quatro minutos para o abaixamento de 1cm na
escala graduada.
■ O coeficiente (Ci) é fornecido pelo gráfico ou pela
seguinte fórmula:

■ Calculando o coeficiente de infiltração:

Ci = 490 / (4 + 2,5) = 75,4 L/m2.d


■ Área de parede do sumidouro:

■ Considerando D = 1,5 m para o sumidouro, a sua


profundidade será:
Podem ser construídos com:
tijolos, blocos, ou pedra ou ainda
por anéis pré--moldados de
concreto, desde que sejam feitos
furos na parede lateral e deixado
o fundo livre para permitir a
infiltração.

Lateral externa e o fundo preenchidos com


pedra britada nº 04.

Lages de Cobertura Concreto


de inspeção com no
armado, dotadas de abertura
mínimo 0,60 m na menor dimensão,
com tampões hermeticamente fechados
Sumidouro
VALAS DE
INFILTRAÇÃO

NBR 7229 / 1993


NBR 13969/1997
■ Conjunto de canalizações assentado a uma profundidade
determinada, em um solo cujas características permitam
a absorção do esgoto efluente do tanque séptico.

■ A percolação do líquido através do solo resulta no


tratamento do esgoto, antes que o mesmo contamine as
águas subterrâneas e de superfície.

■ A área por onde são assentadas as canalizações de


infiltração também são chamados de “campo de
nitrificação”.
Fonte: Manual de Esgotamento Sanitário, Cap. 3
Quando a taxa de absorção do solo
estiver na faixa entre 20L/m².dia e
40L/m².dia

Argilas pouco siltosas


e/ou arenosas (Batalha,
1986)
Detalhes construtivos
Detalhes construtivos
■ Para determinação da área de infiltração do solo, utiliza-se
a mesma fórmula do sumidouro, ou seja:

A = V/Ci

■ Para efeito de dimensionamento da vala de infiltração, a


área encontrada se refere apenas ao fundo da vala.
■ Em valas escavadas em terreno, com profundidade entre
0,60m e 1,00m, largura mínima de 0,50m e máxima de 1,00m,
devem ser assentados em tubos de drenagem de no mínimo
100mm de diâmetro;
■ A tubulação deve ser envolvida em material filtrante apropriado
e recomendável para cada
■ Tipo de tubo de drenagem empregado, sendo que sua geratriz
deve estar a 0,30m acima da soleira das valas de 0,50m de
largura ou até 0,60m, para valas de 1,00m de largura.
■ Sobre a câmara filtrante deve ser colocado papelão alcatroado,
laminado de plástico, filme de termoplástico ou similar, antes de
ser efetuado o enchimento restante da vala com terra;
■ A declividade da tubulação deve ser de 1:300 a 1:500;
■ Deve haver pelo menos duas valas de infiltração para
disposição do efluente de um tanque séptico com
comprimento máximo de cada vala de infiltração é de 30m e
espaçamento mínimo entre as laterais de duas valas de
infiltração é de 1,00m;
■ A tubulação de efluente entre o tanque séptico e os tubos
instalados nas valas de infiltraçãodeve ter juntas tomadas;
■ Comprimento total das valas de infiltração é determinado em
função da capacidade de absorção do terreno, calculada
segundo a formula A=V/Ci;
Exemplo dimensionamento de valas de infiltração:

O efluente diário de um tanque séptico é de 2.100


litros e o coeficiente de infiltração do terreno é de Ci =
68 litros/m2/dia. Dimensionar as valas de infiltração.

A = V / Ci = 2100 / 68 = 30,9 m2
■ O comprimento total de valas para uma vala com largura de B =
0,60m será:
■ L = A / B =30,9 m2/ 0,60
L= 51,5m de comprimento total

■ Considerando três valas de infiltração (n = 3), o


comprimento de cada uma será:

Lv = L / n = 51,5 / 3 = 17,2 m

■ Esquema de instalação de tanque séptico e valas de


infiltração a seguir ...
Esquema de instalação de uma vala de
infiltração

árvore
≥ 7m

Lençol freático ≥3m


VALAS DE
FILTRAÇÃO

NBR 7229 / 1993


NBR 13969/1997
■ Os sistemas de valas de filtrações são constituídos de
duas canalizações superpostas,com a camada entre as
mesmas ocupada com areia.

■ O sistema deve ser empregado quando o tempo de


infiltração do solo não permite adotar outro sistema
mais econômico (vala de infiltração) e /ou quando a
poluição do lençol freático deve ser evitada.
Valas de filtração
Detalhes construtivos
Detalhes construtivos
Vala de filtração

O sistema deve ser empregado quando:

✔o tempo de infiltração do solo não permite adotar outro


sistema mais econômico (vala de infiltração ou sumidouro);;

✔ quando a poluição do lençol freático deve ser evitada.

✔ Quando requer uma elevada remoção de poluentes;;

✔ Quando o corpo receptor puder receber esta constribuição.


Vala de filtração
Funções das partes componentes do sistema
Canalização superior

Funciona como sistema de irrigação subsuperficial (valas


de infiltração)

Camada de areia

Realiza efetivamente o tratamento, tem a finalidade de


“filtrar” física e biológicamente o líquido percolado.

Canalização superior

Funciona como sistema drenagem


Vala de filtração
Em geral deve-se adotar as mesmas recomendações sugeridas
para vala de infiltração, a não ser aquelas específicas ao caso
presente, tais como:
✔ A profundidade da vala é de 1,20m e 1,50m e a largura na
soleira é de 0,50m;;

✔ Efluente do tanque séptico é conduzido a vala de filtração


de tubulação, com o diâmetro mínimo DN 100mm;;

✔ As camadas de pedras deverão ser constituídas de


pedregulho ou cascalho (diâmetro médio de 0,4 a 0,6 mm,
no mínimo 0,25);;
Vala de filtração

✔ A largura do fundo das valas deverá ser de 0,50


m;;

✔ As valas deverão ter extensão mínima de 6,0 m


por pessoa, sendo pelo menos duas valas por
fossa.
Vala de filtração
Taxa da aplicação
Efluentes de fossa séptica

Limitada a 100 L/m2.d

Efluentes de tratamento aeróbio Se desejar um efluentes final de alta


qualidade

Limitada a 200 L/m2.d Limitada a 38 L/m2.d


Exemplo de Dimensionamento
Dimensionar um sistema de valas de filtração para
uma residência cuja a fossa séptica apresenta um
volume útil já determinado de 3.380L/d. O coeficiente
adotado é de 50 L/m2.d, largura da vala adotado=
0,50 m. Contribuintes 26 pessoas.
Solução:
1º Passo: Determinação do Volume de Contribuição
Diária (Q)
O volume de contribuição diária (Q) adotado será o
equivalente ao volume útil da fossa séptica, já fornecido pelo
problema de 3.380L/d.
2ºPasso: Cálculo da área de infiltração do solo
Para o cálculo da área de infiltração do solo utiliza-se
fórmula apresentada
A=Q/
Ci nos passos anteriores:
Substituindo os dados obtidos
V= 3.380 litros
C1=50 litros/m² x dia
A= 3.380/ 50
A= 67,2 m²
3ºPasso: Determinação do
comprimento total, mínimo, da vala L:
L = A/largura fixada

L = 67,2/0,50 = 135 m2

Adotar como tentativa, 5 valas espaçadas de 1,0 m com comprimento menor


que 30 m: L = 135/5 = 27 m

Verificação da taxa de aplicação = 135m/26(habitantes)= 5,2


m/hab. A taxa não satisfaz o mínimo de 6,0 m/hab.
Aplicar a taxa mínima de 6,0 m/hab, então:
L=6,0m/hab x 26hab = 156m
FILTROS
ANAERÓBIOS

NBR 7229 / 1993


NBR 13969/1997
■ Uma alternativa ao tratamento do efluente
das fossas sépticas, quando o destino
final é o corpo d'água receptor.

■ Eficiência inferior as da vala de


infiltração (75 a 95%)
Forma: cilindrica ou prismática de
seção retangular ou quadrada,
dotado de fundo perfurado falso.

Material de enchimento: brita nº 4,


bambus ou eletrodutos cortados
em pedaços.

Função: fixação do filme


biológico responsável pela
degradação da matéria
orgânica.
Biofilme anaeróbio

– Forma de ocorrência da biomassa


✔ camada de biofilme aderida ao meio suporte
✔ dispersa, retida nos interstícios do meio suporte
✔ flocos ou grânulos retidos no fundo falso
Principais fatores de influência
– Meio suporte
✔ Tem a finalidade de reter sólidos no interior do reator,
seja na forma aderida, seja nos interstícios do meio
suporte ou abaixo deste
✔ Deve ser inerte e com elevado índice de vazios
✔ Pedras britadas, material plástico, elementos cerâmicos
- Sentido de Fluxo no Reator
- Fluxo ascendente ou Horizontal – Leito afogado

- Fluxo descendente afogados – Importância do lodo retido


- Fluxo descendente não afogados – Importância do Biofilme
Principais fatores de influência

– Colmatação do meio suporte


• Principal problema atribuído aos filtros
anaeróbios
• Necessidade de pré-tratamento efetivo
• Necessidade de remoção periódica do lodo
excedente
FILTRO
ANAERÓBIO
Fonte: NBR 13969/1997

Dimensionamento
• V = 1,60 x N x C xTd

Onde: V= volume útil (L)


N= número de contribuintes
C= contribuição unitária (L/pessoa dia)
Td= tempo de detenção (dias)
Fonte: NBR 13969/1997
– Geometria do tanque
• cilíndrico ou prismático
• altura do fundo falso: 0,60 m (incl. laje)
• altura da camada de meio suporte: 0,60 m
• altura da lâmina d’água livre (acima do meio suporte)
Dimensionamento
■ O dimensionamento do filtro anaeróbio deve seguir
as recomendações da NBR 13.969/1997. A NBR
13.969/1997 considera como parâmetros para
dimensionamento o número de pessoas a serem
atendidas, a contribuição de despejos e o período
de detenção de despejos.
■ Os dois primeiros seguem o mesmo padrão do
apresentado no dimensionamento do Tanque
Séptico, enquanto o período de detenção de
despejos sofre alteração com relação à norma
referente à NBR 7.229/1993.
■ Na NBR 13.969/1997 as faixas de temperatura –
uma variável na determinação do tempo de
detenção – são diferentes. Alguns dos valores
sugeridos são:
■ a) Até 1500 litros de contribuição diária e 15ºC ≤ t ≤
25ºC: período de detenção de1, 00 dia;;
■ b) De 1501 a 3000 litros de contribuição diária e
15ºC ≤ t ≤ 25º: período de detenção de 0,92 dias;
;

■ O dimensionamento é realizado através da seguinte
equação (NBR 13.969/1997):

■ No presente caso, a contribuição diária de esgoto e


o tempo de detenção hidráulica serão:
❑ N . C = 15 x 130 = 1950 litros/dia
o o
❑ T = 0,92 dias (15 C < temperatura < 25 C)

• V = 1,60 x N x C xTd
❑ Logo:
❑ Vútil = 1,6 x 1950 x 0,92 = 2.600 litros

■ O filtro anaeróbio, quando precedido de tanque séptico,
possui provável remoção de DBO5,20 situada entre 40 e 75
% segundo a NBR 13.969/1997.
■ O volume útil mínimo do leito filtrante deve ser de 1.000 L.
■ A altura do leito filtrante, já incluindo a altura do fundo
falso, deve ser limitada a 1,20m.
■ A altura do fundo falso deve ser limitada a 0,60m já
incluindo a espessura da laje.
Ampliação de
escala
– Adaptar completamente as prescrições da NBR
• dispositivo para distribuição do esgoto afluente
• dispositivo para amostragem e para a retirada do
lodo
• dispositivo para acesso ao fundo falso
Erros na utilização de esgotos - conscientização

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