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Jornalismo Literário – Produzindo perfil de um personagem ( Mulher do cafezinho)

Professor: Fenelon Rocha


Aluna: Lília Pâmela da Silva Ferreira

Célia, mais conhecida como a tia do cafezinho ou Celina, onde quer que vá, usa Celina
Freitas, pois foi o nome que seu pai, com muito amor, lhe deu, mas foi registrado como
Célia de maneira errada em cartório. Chegou na UFPI em 2015 e está há 7 anos no espaço
integrado de direito ao lado da rádio. No começo, não foi essa maravilha toda; Celina
teve muita dificuldade porque os guardas sempre pediam para ela se retirar, mas certo
dia um estudante de direito pegou a sua causa e ajudou Celina. No início, ela só vendia
bolo no pote, mas foi aumentando a diversidade dos seus produtos por causa dos
pedidos dos alunos. Celina é casada e tem dois filhos, uma moça chamada Débora e um
rapaz chamado Denis, seu filho mais novo. Denis cursa Engenharia de Produção na
Universidade Federal do Piauí. Todos os dias, antes da aula, o seu filho Denis a ajuda com
a organização do local das vendas dos lanches. Celina conta com alegria estampada em
seus olhos que, aos 12 anos, seu filho foi à sua banca na UFPI e viu um movimento, e
disse: “Mãe, a partir de hoje, eu vou lhe ajudar”, começou fazendo os sucos. Celina relata
sua trajetória todos os dias para vender lanche na UFPI. Celina e sua filha acordam todos
os dias às 4 horas da manhã para fazer os salgadinhos, os bolos, os sanduíches naturais
e o arrumadinho. Celina vai todos os dias para UFPI às 7 horas da manhã, com a carona
de seu irmão Francisco, que é Uber. A primeira corrida de Francisco é com ela. Celina
conta um episódio com lágrimas nos olhos, quando seu irmão tropeçou, mas não deixou
cair um material pesado de vidro que ela usa em seu trabalho. “Parecia que era uma
pena, eu disse, menino, só Deus que tá contigo, porque isso é pesado”, relata Celina.
Celina conta que a pior coisa do mundo são férias e recesso; ela até adoece. Celina conta
que ganhou diversos sobrinhos e clientes, ela conta que “faz de tudo pelos alunos, e eles
tudo por ela”. Celina conta com brilho nos olhos que os que se formaram ainda vão
comer na sua banca “não esqueceram não, sabe”. Celina criou outra família na
Universidade Federal do Piauí.

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