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Carlos Madeiro
Sobre o autor
Reportagem
que mora em Boa Ventura, cidade com 5 mil habitantes Angélica Óton vai
encravada no semiárido da Paraíba: ela foi alfabetizada pela começar a ter aulas
na UFPB em outubro
mãe e ainda enfrentou privações financeiras dos pais para Imagem: Arquivo
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Antes de morar em Boa Ventura, ela residia em Curral Velho, cidadezinha com 2,2 mil
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habitantes no semiárido paraibano. "Lá não tinha nenhuma escola para a minha idade,
e minha própria mãe me ensinou a ler e a escrever aos 4 anos de idade."
A matrícula na escola só veio aos 6 anos, quando ela se mudou para Boa Ventura —e
precisou "pular" turmas para acompanhar os colegas.
“ Lembro que eu contava à minha mãe sobre meu medo infantil de nunca estudar e
ser 'burra'. Daí viemos para cá e eu tive mais oportunidades. Precisamos de muita
força para superar tudo isso.
Angélica
”
Livros doados
Apesar de não ter sido aprovada no curso de medicina logo após o fim do ensino
médio, ela não desistiu de tentar uma vaga no curso mais concorrido da UFPB.
Para isso, em 2022 e 2023, precisou estudar em casa, sozinha, já que os pais não
tinham dinheiro para pagar um cursinho.
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“ Eu estudei com livros que foram doados por um rapaz chamado Arthur, que mora
em João Pessoa e passou para medicina também na UFPB. Assim que ele foi
aprovado, meu tio conhecia a família e entrou em contato, e aí ele me deu.
Angélica
”
Os livros eram do ensino médio e de alguns cursinhos que ele tinha feito para
conseguir a aprovação.
Angélica foi aprovada na ampla concorrência, após tirar nota 797,86 no Enem, o
suficiente para conseguir a primeira opção do Sisu (Sistema de Seleção Unificada).
"Vou retribuir"
Angélica sabe do esforço dos pais para dar uma boa educação a ela e ao irmão e
guarda uma dívida com eles.
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“ Meu maior objetivo é retribuir pelo menos 1% do que eles fizeram e ainda fazem.
Quero dar uma qualidade de vida e uma casa melhor a eles, conforto e descanso.
Angélica
”
Mas ela não quer apenas ajudar os pais, como quer voltar para
servir seus conterrâneos como médica. Para isso, diz, pretende
se especializar em medicina da família ou ginecologista/obstetra.
Angélica passou por dois pequenos colégios no ensino fundamental até chegar ao
Colégio Monteiro Lobato, de Itaporanga, cidade vizinha de Boa Ventura, onde cursou
ensino médio como bolsista.
Maria conta que, para pagar a educação dos filhos, a família teve de fazer escolhas e
renunciar algumas coisas. "Vivemos em uma casa humilde, de poucos móveis e
muitos livros", diz.
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Angélica Óton e os pais
Imagem: Arquivo pessoal
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