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Diante das discussões feitas, a visita domiciliar foi determinada para ocorrer
considerando: a história de doenças crônicas, o perfil sociodemográfico e a resistência da
família em buscar cuidados na ESF. De posse das informações registradas no prontuário
físico e eletrônico, o professor, estudantes e a ACS discutiram os dados da Ficha de
cadastro familiar do e-SUS referente à família SANTOS. Para a visita definiu-se como
objetivos: conhecer a realidade atual da família; atualizar as informações cadastrais;
iniciar um processo de aproximação, criação e consolidação de vínculo entre profissionais
da saúde e família; coletar informações que permitam a atualização a classificação de
risco familiar, a elaboração de genograma e ecomapa familiar e a proposição de plano de
cuidados com a família.
Na visita, a mãe foi questionada sobre a alimentação e sobre o estado de saúde da família.
Ao avaliar a caderneta de saúde da criança, o professor observou os gráficos do
crescimento infantil, realizados no último mês. Ao avaliar as vacinas, o professor
constatou que as vacinas das duas crianças estavam todas em dia, porém os adolescentes
estavam com as vacinas atrasadas, os adultos não possuíam cartão de vacina e não sabiam
informar se tinham recebido as vacinas necessárias.
A mãe informou que os filhos não alimentam bem, não comem verduras, feijão e carne e
sim macarrão e leite de caixinha com achocolatado. Relata que os filhos apresentam
sempre episódios de diarreia. No recordatório alimentar 24h de Cauã, a mãe relatou: 7h-
140ml de leite de caixinha com 1 colher de café de achocolatado; 11h-Sopa de macarrão
– 1 colher de sopa; 15h-mamadeira de 140 ml de leite de caixinha com 1 colher de café
de achocolatado; 18h-Macarrão instantâneo – 1 colher de sopa; 20h-mamadeira de 140ml
de leite de caixinha com 1 colher de café de achocolatado. A mãe mencionou que Cauã
mamou no peito até 3 meses de idade, depois o leite secou e ela iniciou mamadeira.
Ao ser questionada sobre as atividades educativas que ocorrem no salão paroquial, D.
Amélia disse que compareceu algumas vezes porque precisava renovar a receita para
pegar os “remédios da pressão”. Disse ainda não gostar muito de ir às atividades porque
elas sempre acontecem de manhã, demoram e quem participa fica sempre escutando a
mesma coisa. Disse não ter tempo para ficar sentada ouvindo os profissionais. Segundo
D. Amélia é difícil entender o que eles falam, que os papeis que entregam a letra é
pequena e que não consegue ler direito porque aprendeu pouca coisa na escola. Disse que
até a receita é difícil de entender, que “tenta” seguir as recomendações dos profissionais,
mas não consegue.