Você está na página 1de 11

Fundo da Grota ( VANEIRA)

Gustavo Lima
23.549 visualizações

Tom: D

D A7
Fui criado na campanha em rancho de barro e capim
D
Por isso é que eu canto assim pra relembrá meu passado
A7
Eu me criei arremendado dormindo pelos galpão
D
Perto de um fogo de chão com os cabelo enfumaçado

REFRÃO:
A7
Quando rompe a estrela D'alva Aquento a chaleira
D A7
Já quase no clariá o dia meu pingo de arreio Relincha na estrevaria
D
Enquanto uma saracura Vai cantando empulerada
A7 D
Escuto o grito do sorro E lá no piquete Relincha o potro tordilho
A7 D
Na boca da noite me aparece um zorrilho Vem mijá perto de casa pra inticá com a cachorrada

D A7
Numa cama de pelego Me acordo de madrugada
D
Escuto uma mão pelada acoando no banhadal
A7
Eu me criei xucro e bagual honrando o sistema antigo
D
Comendo feijão mexido com pouca graxa e sem sal

REFRÃO

D A7

Reformando um alambrado na beira de um corredor


D
No cabo de um socador Quas mão rodeada de calo
A7
No meu mango eu dou de estalo E sigo a minha campeirada
D
E uma perdiz ressabiada Voa e me espanta o cavalo

REFRÃO

D A7
Lá no centro do capão Ouço piá de um nambú
D
Numa trincheira o jacú Grita o sabiá nas pitanga
A7
E bem na costa da sanga Berra a vaca e o bezerro
D
No barulho dos cincerro Eu encontro os bois de canga
Jeito Caipira ( PAGODE)
Gino e Geno

Tom: E

E B7
Mulher pra me ganhar ela tem que gostar do meu jeito caipira
E
Não mexer na muringa onde eu guardo minha pinga com sucupira
E7 A
Quando eu chegar do mato catar carrapato em meu corpo cansado
E B7 E F#
Não fazer enjoeiro quando sentir o cheiro de bosta de gado
B7 A
Eu quero uma mulher que ainda reze com fé um Pai Nosso perfeito
E B7 E
Eu não sou primitivo, é que eu acho que vivo melhor desse jeito

Introdução

E B7
Eu quero uma mulher que ainda coe um café num coador de pano
E
Que vergonha não tenha de um fogão à lenha e o teto esfumaçando
E7 A
Não precisa saber de tudo fazer duas coisas não abro
E B7 E F#
De noite o prazer e de dia fazer um franguim com quiabo
B7 A
Eu quero uma mulher que ainda reze com fé um Pai Nosso perfeito
E B7 E
Eu não sou primitivo, é que eu acho que vivo melhor desse jeito

Introdução

E B7
Você pode pensar que eu não vou me casar, que essa coisa não vira
E
Que eu não vou encontrar uma mulher pra aceitar o meu jeito caipira
E7 A
Quer saber o que eu acho se não for nos braços de uma mulher
E B7 E F#
Uma coisa consola, o braço da viola, viola me quer
B7 A
Eu quero uma mulher que ainda reze com fé um Pai Nosso perfeito
E B7 E A
Eu não sou primitivo, é que eu acho que vivo melhor desse jeito
E B7 E
Eu não sou primitivo, é que eu acho que vivo melhor desse jeito
E7 D A7 Bm

Franguinho na Panela
Lourenço e Lourival
Tom: A

A E7
No recanto onde moro é uma linda passarela
A
O carijó canta cedo, bem pertinho da janela
E7
Eu levanto quando bate o sininho da capela
D A
E lá vou eu pro roçado, tenho Deus de sentinela
E7 A
Têm dia que meu almoço, é um pão com mortadela
A7 D Bm E7
Mais lá no meu ranchinho a mulher e os filhinhos
A
Tem franguinho na panela

A E7
Eu tenho um burrinho preto bão de arado e bão de sela
A
Pro leitinho das crianças, a vaquinha Cinderela
E7
Galinha tá no terreiro papagaio tagarela
D A
Eu ando de qualquer jeito, de butina ou de chinela
E7 A
Se na roça a fome aperta, vou apertando a fivela
A7 D Bm E7
Mais lá no meu ranchinho a mulher e os filhinhos
A
Tem franguinho na panela

A E7
Quando eu fico sem serviço a tristeza me atropela
A
Eu pego um bico pra fora, deixo cedo a currutela
E7
Eu levo meu viradinho é um fundinho de tigela
D A
É só farinha com ovo, mas da gema bem amarela
E7 A
É esse o meu almoço, que desce seco na goela
A7 D Bm E7
Mais lá no meu ranchinho a mulher e os filhinhos
A
Tem franguinho na panela

A E7
Minha mulher é um doce e diz que sou o doce dela
A
Ela faz tudo pra mim, tudo o que eu faço é pra ela
E7
Não vestimo lã nem linho é no algodão e na flanela
D A
É assim a nossa vida, que levamos na cautela
E7 A
Se eu morrer Deus dá um jeito, mais a vida é muito bela
A7 D Bm E7
Não vai faltar no ranchinho pra mulher e os filhinhos
A
Um franguinho na panela.
Boiadeiro Errante Sérgio Reis

Tom: A

A E7 A
Eu venho vindo de uma querência distante
E7 A E7
Sou um boiadeiro errante que nasceu naquela serra
D E7
O meu cavalo corre mais que o pensamento
D E7 A
Ele vem num passo lento porque ninguém me espera
E7
Tocando a boiada auê, uê,uê, boi
D E7 A E7 A
Eu vou cortando estrada uê, boi
E7
Tocando a boiada auê, uê,uê, boi
D E7 A
Eu vou cortando estrada

Introdução Introdução

A E7 A A E7 A
Toque o berrante com capricho Zé Vicente O rio está calmo e a boiada vai nadando
E7 A E7 E7 A E7
Mostre para essa gente o clarim das alterosas Veja aquele boi berrando Chico Bento corre lá
D E7 D E7
Pegue no laço não se entregue companheiro Lace o mestiço salve ele das piranhas
D E7 A D E7 A
Chame o cachorro campeiro que essa rês é perigosa Tire o gado da campanha prá viagem continuar
E7 E7
Olhe na janela auê, uê, uê, boi Com destino a Goiás auê, uê, uê, boi
D E7 A E7 A D E7 A E7 A
Que linda donzela uê, boi Deixei Minas Gerais uê, boi
E7 E7
Olhe na janela auê, uê, uê, boi Com destino a Goiás auê, uê, uê, boi
D E 7 A Que linda donzela D E7 A E7 A
Deixei Minas Gerais uê, boi
Introdução

A E7 A
Sou boiadeiro, minha gente o que é que há
E7 A E7
Deixe o meu gado passar vou cumprir com a minha sina
D E7
Lá na baixada quero ouvir a seriema
D E7 A
Pra lembrar de uma pequena que eu deixei lá em Minas
E7
Ela é culpada auê, uê, uê, boi
D E7 A E7 A
De eu viver nas estradas uê, boi
E7
Ela é culpada auê, uê, uê, boi
D E7 A
De eu viver nas estradas
A Vida de um Boiadeiro Goiano e Paranaense
Tom: C

C F C
Igual fumaça das queimadas de agosto
G
Que o vento sopra e leva pra qualquer lugar
Eu venho vindo de outras terras bem distantes
F C
Nesse tordilho eu acabei de chegar.
F C
A minha vida é uma estrada boiadeira
C7 F
Muita poeira tenho sempre que enfrentar
G C
Toco berrante conduzindo uma boiada
G
Mas a saudade é uma espora afiada
F G C
Que em meu peito vive sempre a machucar

G C
Boi... vai mugindo pela estrada
G C
Que bonito essa boiada passo lento no estradão
G F G C
Boi... vamos nessa estrada adiante
C7 F G C
Sobre o toque de um berrante nas quebradas do sertão

Introdução

C F C
Se a minha sorte descambar na sertania
G
Terei saudade dos meus tempos de peão
Posso dizer que é grande o privilégio
F C
Eu fazer parte da história do sertão
F C
Comendo arroz no sistema carreteiro
C7 F
Na velha guampa bebo água do grotão
G C
Se por acaso estropiar o meu cavalo
G
E o destino conseguir me dar um pialo
F G C
Eu vou embora mas cumpri minha missão

G C
Boi... vai mugindo pela estrada
G C
Que bonito essa boiada passo lento no estradão
G F G C
Boi... vamos nessa estrada adiante
C7 F G C
Sobre o toque de um berrante nas quebradas do sertão
Amanheceu Peguei a Viola Renato Teixeira Tom: E
E A E A E B7 E
Amanheceu, peguei a viola botei na sacola e fui viajar (2x)

E7 A
Sou cantador e tudo nesse mundo, vale pra que eu cante e possa praticar.
B7 E
A minha arte sapateia as cordas
F# B7
E esse povo gosta de me ouvir cantar.

E A E A E B7 E
Amanheceu, peguei a viola botei na sacola e fui viajar (2x)

E7 A
Ao meio-dia eu tava em Mato Grosso, do sul ou do norte, não sei explicar.
B7 E
Só sei dizer que foi de tardezinha
F# B7
Eu já tava cantando em Belém do Pará.

E A E A E B7 E
Amanheceu, peguei a viola botei na sacola e fui viajar (2x)

E7 A
Em Porto Alegre um tal de coronel, pediu que eu musicasse um verso que ele fez.
B7 E
Para uma china, que pela poesia,
F# B7
Nem lá em Pequim se vê tanta altivez.

E A E A E B7 E
Amanheceu, peguei a viola botei na sacola e fui viajar (2x)

E7 A
Parei em minas pra trocar as cordas, e segui direto para o Ceará.
B7 E
E no caminho fui pensando, é lindo,
F# B7
Essa grande aventura de poder cantar.

E A E A E B7 E
Amanheceu, peguei a viola botei na sacola e fui viajar (2x)

E7 A
Chegou a noite e me pegou cantando, num bailão, no norte lá do Paraná.
B7 E
Daí pra frente ninguém mais se espanta,
F# B7
E o resto da noitada eu não posso contar.
E A E
Anoiteceu, e eu voltei pra casa,
A E A E
Que o dia foi longo e o sol quer descansar.

E A E A E B7 E
Amanheceu, peguei a viola botei na sacola e fui viajar (2x)
Boiada Almir Sater
Tom: B

B
Ele foi levando boi, um dia ele se foi no rasto da boiada
E
A poeira é como o tempo, um véu, uma bandeira, tropa viajada
B
Foram indo lentamente, calmos e serenos, lenta caminhada
E
E sumiram lá na curva, na curva da vida, na curva da estrada
F#
E depois dali pra frente, não se tem notícia, não se sabe nada

B A G#m F#
Nada que dissesse algo, de boi, de boiada, de peão de estrada
D C#m C E
Disse um viajante, história mal contada ... ninguém viu nem rasto, nem homem nem nada
2ª parte

B
Isso foi a muito tempo, tempo em que a tropa ainda viajava
E
Com seus fardos e pelêgos, no ranger do arreio, ao romper da aurora
B
Tempo de estrelas cadentes, fogueiras ardentes ao som da viola
E
Dias e meses fluindo, destino seguindo, e a gente indo embora
F#
Isso tudo aconteceu, um fato que se deu, faz parte da história

B A G#m F#
E até hoje em dia quando junta a peãozada, coisas assombradas
D C#m C E
Verdades juradas, dizem que sumiram, que não existiram, ninguém sabe nada
2ª parte + dedilhado: E A F# A E F# B

B
Ele foi levando boi, um dia ele se foi no rasto da boiada
E
A poeira é como o tempo, um véu, uma bandeira, tropa viajada
B
Foram indo lentamente, calmos e serenos, lenta caminhada
E
Dias e meses seguindo, destino fluindo, e a gente indo embora
F#
Isso tudo aconteceu, um fato que se deu, faz parte da história
B A G#m F#
E até hoje em dia quando junta a peãozada, coisas assombradas
D C#m C E
Verdades juradas, dizem que sumiram, que não existiram, ninguém sabe nada
Brasil Poeira Almir Sater
Tom: D

D A7 D
Ê, Brasil, poeira
D7 G F#m A7
Estradas de chão, violas, bandeiras
D D7 G
Terra de Tom, Tonico e Tião,
F#m A7
E Nossa Senhora, a Padroeira

D A7 D
Ê, paixão, primeira
D7 G F#m A7
E os sertões, nação das estrelas
D D7 G
Se o dia é luz, e a noite seduz
F#m A7 D
O coração, abre as portei.. ras

A7
Quando o galo cantar, nos quintais do Brasil
D G D
E o sol clarear nosso chão
A7
Vem a semente do pão, a água do ribeirão
D G D
E horizontes que ao longe se vão
A7 D
Ao som dos bem-te-vis…

G D G D G D A7 D
Quem canta, espanta, seus males se diz
G D G D G D A7 D
Quem planta é quem colhe, é quem finca ra..iz
G D G D G D A7 D
Quem canta, espanta, seus males se diz
G D G D G D A7 D
Quem planta é quem colhe, é quem finca ra..iz
G D G D G D A7 D
Quem canta, espanta, seus males se diz
G D G D G D A7 D
Quem planta é quem colhe, é quem finca ra..iz
Pai João da Mata Virgem Baltazar Violeiro e Martinho
Tom: D

D A7
Pai João da Mata Virgem, negro velho sem regalia
D
Foi sofrido, foi escravo, preto velho padecia
A7
Trabalhava dia e noite, não sei como resistia
G A7 D
Suas pernas machucadas, por correntes arrochadas, Pai João chorava e gemia

Introdução

D A7
Numa tarde de Setembro, o céu estava nublado
D
Quando chegou dois capangas, trazendo este recado
A7
Patrão mandou lhe chamar, você vai ser amarrado
G A7 D
É seu dia de apanhar, você pode preparar, seu lombo vai ser cortado

Introdução

D A7
Preto velho, já cansado, trabalhou a semana inteira
D
Quando se viu apurado, se disparou na carreira
A7
Enfrentou a mata virgem, no meio da cipoeira
G A7 D
Passou a noite acordado, com seu cachimbo apagado, embaixo de uma figueira

Introdução

D A7
Neste dia Pai João, teve o destino marcado
D
Uma cobra venenosa, picou o velho coitado
A7
Libertou da escravidão, por Jesus foi abençoado
G A7 D
Embaixo de uma figueira, descansou a vida inteira, morreu dormindo sentado
Tchau Amor Bruno e Marrone
Tom: E

E
Este é o nosso último encontro,
A B
Não fique aborrecida
A
Amanhã eu vou embora,
B E
Vou sair da sua vida
A B
Tchau, Tchau,Tchau amor
A
Vou embora mais te levo
B E
No pensamento por onde for.

Pra ti ver em outros braços,


A B
Eu prefiro o abandono
A
Teus carinhos não são meus
B E
Meu amor tem outro dono.

De mim não guarde rancor,


A B
Nem pense que sou ruim
A B E
Pra tua felicidade é que estou agindo assim.
À Ferro e Fogo
Tião Carreiro e Pardinho
om: E

B7
Venho de terra distante por estrada perigosa
Vendo a morte toda hora na tocaia criminosa

E
Encontrando a cada passo só serpente venenosa
F# B F# B
Caminho cheio de espinho mas a viagem é vitoriosa.

Introdução

B7
No meio de ferro e fogo a luta é deliciosa
Bala bate no meu peito e vira medalha honrosa

Riff

E
Se alguém me atira pedra faço virar uma rosa
F# B F# B
Quanto mais tombo eu caio acho a vida mais gostosa.

Introdução

B7
Viola minha viola nós estamos em perigo
Querem destruir você querendo acabar comigo

Riff

E
A guerra está declarada mas a vitória eu consigo
F# B F# B
Quanto mais perto da morte mais bonito ainda eu
brigo.

Introdução

B7
A viola e o violeiro vão ganhar este duelo
Eu não nasci pra ser prego eu nasci pra ser martelo

Riff

E
Nesta cantoria encerro tudo que há de mais belo
F# B F# B
Eu brigo pra defender o nosso verde amarelo.

Introdução

Você também pode gostar