Você está na página 1de 2

Desprezo(2)

Sento ao lado da flor


como se fosse destino
Mas é noite
para verter o sol

Assim ao mesmo floresce


ao eterno o sol de um homem
E se move no compreender
o luto do tempo

Resiste na emoção,
comoção do eterno
Sabendo nesse olhar
se afogar

Logo náufrago do sentimento


se despedaça ao vento
Também se despede
e se despe de orgulho

Ver dessa fagulha


uma cinza inclemente
Faz dor e fratura
ao infinito

Entregue só
ao somente
E o todo do existir
ao desprezo

Qual livre ao agora


se abertura é desespero?
Quão longe ao caminho
se a própria estrela nos envolve?

A memória vestida
em sombra
O rosto feito
angústia

Quase perfeito
ao limite
E de cada nunca
um retorno

Pois ao sempre
se volta
No caminho
de viver...

Você também pode gostar