O poema descreve a perspectiva de um calendário sobre seu papel de marcar o tempo. Ele sabe que será substituído no ano seguinte e que seu tempo é limitado, mas continua cumprindo sua função de registrar os dias, meses e horas para que nada se perca no registro do tempo.
O poema descreve a perspectiva de um calendário sobre seu papel de marcar o tempo. Ele sabe que será substituído no ano seguinte e que seu tempo é limitado, mas continua cumprindo sua função de registrar os dias, meses e horas para que nada se perca no registro do tempo.
O poema descreve a perspectiva de um calendário sobre seu papel de marcar o tempo. Ele sabe que será substituído no ano seguinte e que seu tempo é limitado, mas continua cumprindo sua função de registrar os dias, meses e horas para que nada se perca no registro do tempo.
Perceber no mundo que sou o calendário do ano anterior Saber a fundo que vou ao lendário plano inferior
Os operários esses são do ano atual Temerários os meses rolam de modo surreal
Aqueles mais caros
são do ano porvir Agem pouco, e sempre há uma expectativa de serem belos São igualmente iguais e só mudam de número
Todos desenvolvendo dias
como passos em vitrais de maneira cuidadosa para que nada se rache Ache a que veio e diga como se preenche os dias, as horas, os meses desse seu próprio calendário
Rumando por entre os dedos
as folhas amarelando com seus dias Mas exposto diariamente ao ridículo, jogado ao lixo, o calendário anterior Fugaz e triste, não reage, foi e é assim sabendo que no mundo, a imposição temporal não pergunta, só age mas range os dentes para ver se faz barulho melhor viver nesse papelão barato