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Blog Espiritualista Frade Juníparo


Umbral, Abismo, Lama Astral e Sol Negro

Tema Principal – Ensinamentos Espíritas

I- Zonas Purgatoriais
• Do Livro “ Mecanismos da Mediunidade”
- Entendendo-se que todos os Espíritos delinquentes, alguns recalcitrantes no Mal por milênios, emitem
oscilações mentais de baixo nível vibratório, condensando as recordações malignas que albergam no
seio, compreende-se a existência das “Zonas Purgatoriais” ou “Infernais” como regiões em que se com-
plementam as temporárias criações do remorso compatíveis com estes baixos níveis de energia, asso-
ciando arrependimento e amargura, desespero e rebelião;

- Na intimidade dessas “Províncias de Sombra”, se agrupam multidões de Espíritos criminosos, segundo a


espécie de delito que cometeram quando encarnados e que comentem ainda enquanto desencarnados.
Espíritos culpados, através das ondas mentais com que essencialmente se afinam, se comunicam reci-
procamente não somente entre si mas também com os encarnados que vibram nestas faixas de baixas
energias mentais, gerando, ante os olhos, quadros vivos de extremo horror, junto dos quais desvairam,
recebendo, de retorno, os estranhos padecimentos que criaram no ânimo alheio;

- Claro está que, embora comandados por Inteligências pervertidas ou bestializadas nas Trevas da Igno-
rância, são “Antros” circunscritos no Espaço, fiscalizados por Espíritos sábios e benfazejos que dispõem
de meios precisos para observar a transformação individual das consciências em processo de purificação
ou regeneração, a fim de conduzi-las a providências compatíveis com a melhoria já alcançada;

- Semelhante supervisão, entretanto, não impede que essas vastas cavernas de tormento reeducativo
sejam, em si, imensas penitenciárias do Espírito, a que se recolhem as feras conscientes que foram ho-
mens quando encarnados.
Aí permanecem detidas por guardas especializados, que lhes são afins, o que faz definir cada “Purgatório
Particular” como “Prisão-Manicômio”, em que as almas embrutecidas no crime sofrem, de volta, o im-
pacto de suas fecundações mentais infelizes tiranos, suicidas, homicidas, carrascos do povo, libertinos,
caluniadores, malfeitores, ingratos, traidores do bem e viciados de todas as procedências, reunidos con-
forme o tipo de falta ou defecção a que se renderam, se examinados pelos cientistas do mundo apresen-
tariam à Medicina os mais extensos quadros para estudos etiológicos das mais obscuras enfermidades;

- Deduz-se, assim, que todos os redutos de sofrimento além-túmulo, não passam de largos porões do
trabalho evolutivo da alma, à feição de grandes hospitais carcerários para tratamento das consciências
envilecidas no Mal.

• Cap.7-Consciência Espírita, Livro: Cartas e Crônicas


- Junto ao Benfeitor Espiritual, Kardec é levado a uma região nevoenta, na qual gemiam milhares de en-
tidades em sofrimentos estarrecedores. Soluços de aflição juntavam-se a gritos de cólera, e blasfêmias
seguiam-se a gargalhadas de loucura ↔.........Finalmente, Kardec formula a pergunta final: Quem são
estes sofredores, cujos gemidos e imprecações me cortam a alma? Benfeitor Espiritual: Nestes vales te-
nebrosos de dores e lágrimas se encontram os que estavam na Terra perfeitamente conhecedores e edu-
cados, com plena capacidade intelectual, quanto aos imperativos do Bem e da Verdade, em especial os
Cristãos Infiéis de todas as épocas. Conhecedores das lições do Divino Mestre Jesus, se entregaram ao
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Mal, por livre e espontânea vontade própria. Para estes um novo berço na Terra é sempre bem mais di-
fícil.

II- Umbral

II.1- Características Gerais do Umbral

- Uma das “Zonas Purgatoriais” é conhecida por “Umbral”, a qual é dividida em Inferior, Médio e Supe-
rior, correspondendo respectivamente às Esferas 6, 7 e 8, mostradas na Fig.1. A cidade de Nosso Lar está
situada sobre o Rio de Janeiro, na região superior do Umbral (Esfera 8).
O Umbral começa na Crosta Terrestre e é habitado por milhões de Espíritos que compartilham, com as
criaturas terrenas, as condições de habitabilidade da Crosta do mundo. Os que habitam suas regiões in-
feriores apoiam-se na mente encarnada e é pelo pensamento de nível inferior que os homens encontram
nessa região os companheiros que afinam com as suas tendências, como descrito no Item I. Funciona co-
mo uma espécie de “Zona Purgatorial”, onde se queima a prestações o material deteriorado das ilusões
que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena(Cap.12,
Livro”Nosso Lar”). O interesse de seus habitantes inferiores é a conservação do mundo ofuscado e dis-
traído, à força da ignorância, do fanatismo e do egoísmo, adiando-se o Reino de Deus, entre os homens,
indefinidamente;

- Aliado a estes fatores juntam-se os vícios de uma falsa cultura aliada aos desvios, rituais formalísticos e
suntuosos, falsos dogmas que são criados por mãos humanas das Religiões Convencionalistas, que man-
tém a mente humana estacionada em exterioridades nocivas ou presa aos fenômenos, que não analisam
as suas profundas causas, fazendo com que o homem se esqueça do Templo Divino, que é o seu próprio
coração, onde as benções de Deus não conseguem florir e nem semear as benções da vida eterna.
Estes verdadeiros desequilíbrios provocam na personalidade do homem um sentido bestial que lhe cor-
rompe os mais preciosos Centros de Força e o desvia do verdadeiro sentido mais espiritualizado da vida,
mantendo-o nas expressões animalizadas de uma vida absolutamente inferior;

- É um lugar de transição, onde os Espíritos que tiveram uma vida de excessos quando encarnados, não
pautada nos deveres sagrados, são obrigados a permanecer durante algum tempo. Este tempo é pro-
porcional ao estado em que cada um se encontra ao desencarnar, pois o Umbral funciona como região
destinada ao esgotamento de resíduos mentais. É uma espécie de “Zona Purgatorial”, onde por uma
questão de afinidade vibracional, Espíritos devedores são agrupados.
A partir do momento que o Espírito estiver expurgado de suas vibrações deletérias e possuir méritos, ele
terá condições de adentrar um degrau superior a sua atual situação, de acordo com sua nova vibração;

- No Umbral há somente mentes enfermiças e desequilibradas. Não bastasse isso, é no Umbral que se es-
tendem os fios invisíveis que ligam as mentes dos encarnados com as mentes destes Espíritos malignos,
ou seja, está repleta de formas pensamentos dos humanos encarnados que se afinam com as tendências
dos desencarnados que lá estão.
Por isso a vibração se faz tão pesada e inferior. As roupas imundas, o lugar horrível, o estado perispiritu-
al, tudo é uma fixação mental, porém real, do estado em que os desencarnados se encontram, por isso o
aspecto tenebroso.
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Características do Umbral
- Uma região que apresenta uma geografia pobre;

- Poucas plantações, escuridão, abismos, precipícios e vales;

- O solo é muito tortuoso, a vegetação rasteira;

- Aves horripilantes aparecem de vez em quando enchendo o silêncio de pios angustiados;

- Forte ventania sopra em todas as direções.

As Esferas do Umbral
- A Primeira Esfera é denominada de Umbral Inferior e corresponde a Esfera 6. É a mais materializada
das Regiões Purgatoriais, mais dolorosas e de cujas organizações comunitárias, conquanto estejam mais
próximas, residem a maioria dos desencarnados do planeta. Concentra-se, aí, tudo o que não tem fina-
lidade para a vida superior, como por exemplo: Vingança, Ódio, Inveja, Rancor, Raiva, Orgulho, Soberba,
Vaidade, Ciúme, etc;

- A Segunda Esfera abriga o Umbral Médio e corresponde a Esfera 7, e é mais amena, onde os Espíritos
do Bem localizam com mais amplitude sua assistência, e onde estão situadas algumas das unidades de
socorro;

- A Terceira Esfera a rigor ainda faz parte do UMBRAL e corresponde a Esfera 8, pois sendo de transição
com as esferas superiores, abriga ainda Espíritos necessitados de reencarnação, porém que se encon-
tram em processo evolutivo. Nosso Lar fica nesta região.

A Fig.1 ilustra as Esferas da Terra, destacando-se as Zonas Umbralinas 1( Inferior- Esfera 6 ), 2( Médio-
Esfera 7 ) e 3 ( Superior - Esfera 8).

Fig.1- As Esferas da Terra – Fonte: Heigorina


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• Considerações de Ramatis

- Quando o Espírito não consegue expurgar todo o conteúdo venenoso do seu Perispírito numa só exis-
tência física, ele desperta no Além, sobrecarregado de magnetismo primário, denso e hostil. Em tal caso,
devido à própria "Lei dos Pesos Específicos", ele cai automaticamente nas Zonas Astralinas Pantanosas,
ou seja, no reservatório oculto das forças instintivas responsáveis pela vida animal;

- Depois de atraído para esses pântanos do Astral Inferior, onde predominam em continua ebulição as
energias primárias criadoras do corpo animal, ele é submetido à terapêutica obrigatória de purgação no
lodo absorvente, embora tal processo lhe seja incômodo, doloroso e repugnante. Sob esse tratamento
cáustico da Lama Astralina absorvente, eles se libertam, pouco a pouco, das excrescências, nódoas, ve-
nenos e das "crostas fluídicas" que nasceram no seu tecido perispiritual por efeito dos seus atos pecami-
nosos vividos na matéria. Embora sofram muitíssimo nos Charcos Astralinos, isso os alivia da carga mefí-
tica acumulada na Terra, assim como o seu psiquismo enfermo, depois de chicoteado pela dor cruciante,
desperta e corrige-se para viver existências futuras mais educativas e menos animalizadas;

- Tanto a Terra quanto o mundo Astral que a rodeia e a interpenetra por todos os poros, são palcos de
redenção espiritual para os Espíritos enfermos livrarem-se dos detritos mórbidos produzidos pelas suas
imprudências pecaminosas. Os Charcos do Astral Inferior lembram os recursos de que se servem alguns
institutos de beleza, na Terra, quando também usam a lama terapêutica para limpar a pele das mulheres
e remover-lhes certas nódoas ou manchas antiestéticas. Há, também, certa analogia desses pântanos As-
tralinos com a natureza absorvente de um tipo de barro e de areia terrena, que habitualmente são usa-
dos no processo de imersão dos enfermos para o tratamento do reumatismo;

- As emanações mentais são constituídas de figuras ou de manchas vivas, de aspecto gelatinoso, às ve-
zes muito se assemelham a finíssima parafina viscosa, de um colorido escuro e sujo, agitando-se sob o
impulso da mente que as criou. Elas são providas de movimentos súbitos, larvais ou ofídicos, como se
fossem agitadas por deslocamento do ar; por vezes são de formas grotescas, iguais a minúsculos mor-
cegos ou pequeninos polvos de tentáculos finíssimos e movimentos vermiformes. Depois de criadas pela
mente enfermiça, elas procuram pólos simpáticos, onde tentam fixar-se definitivamente, nas condições
de vida parasitária. Mas não tardam em ser atraídas por outras criaturas que “pensam” na mesma faixa
vibratória desregrada, então se encorpam, criam ânimo novo e se ajustam ao halo mental dos seres im-
prudentes que as atraem, para em seguida acicatarem maior produção de substância igual, das quais
procuram nutrir-se para a continuidade de uma vida efêmera e execrável;

- Os “Charcos” de fluidos nocivos no Astral Inferior emitem fluidos perniciosos e junto com as emana-
ções mentais da humanidade terrena formam atmosfera perniciosa no Astral. As criaturas desregradas,
através do poder psíquico, produzem formas de larvas, lampreias, elementais ou amebas fluídicas, que
são produzidas pelos pensamentos impuros e pelos detestáveis sentimentos das almas delinquentes;

- Existem os reservatórios de substâncias deletérias mentais, que servem de atração para aves, animais e
répteis do Astral Inferior, tratando-se de zonas densas para onde se canalizam mais diretamente as ener-
gias negativas, em suas formas elementais, quando ainda possuem grande vitalidade. Sendo de configu-
rações repelentes, chegam a provocar a voracidade das feras e das aves Astrais. Nesses reservatórios se
recolhem o lixo e os detritos mentais e emotivos que sobejam na atmosfera terrena, pois em face da bai-
xa vibração do meio, os produtos do pensamento e das paixões aviltantes dos encarnados precipitam-se
nesses vales sombrios e densos;
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- Embora as regiões do Baixo Astral guardem uma semelhança geral entre si, possuem características dis-
tintas e são denominadas de vales, grotões, encostas, coxilhas, vargens ou desfiladeiros, etc. Em torno
das regiões onde se aglomeram os habitantes de um país, ou mesmo de uma cidade ou lugarejo, tam-
bém se formam “Zonas Atrativas”, do Astral Inferior, congregando-se nelas as substâncias consumidas
no uso e abuso das paixões e dos pensamentos deploráveis, que se transformam em reservatórios As-
tralinos ou então em charcos pestilenciais;

- O halo mental de um Espírito do quilate de Francisco de Assis ou de Buda emitem luzes poderosas que
são capazes de destruir e carbonizar qualquer expressão deletéria ou “Pensamento- Forma” inferior, que
porventura tentasse se infiltrar em suas mentes buscando alimento mórbido ou vida parasitária. É por is-
so que os Espíritos maldosos, sediados no Astral Inferior, ficam apavorados diante da luz fulgurante dos
Espíritos Angélicos, pois essa luz põe a descoberto a epiderme dos primeiros, crestada pelas aderências e
substâncias nocivas que foram ali petrificadas sob o descontrole mental e a perversão emotiva.

II.2- Descrições Detalhadas do Umbral

II.2.1- Cap.1 e Cap.44 do Livro “Nosso Lar”


• Descrição de André Luiz:

- Cabelos eriçados, coração aos saltos, medo terrível senhoreando-me, muita vez gritei como louco, im-
plorei piedade e clamei contra o doloroso desânimo que me subjugava o espírito; mas, quando o silêncio
implacável não me absorvia a voz estentórica, lamentos mais comovedores que os meus respondiam-me
aos clamores;

- Formas diabólicas, rostos alvares, expressões animalescas surgiam, de quando em quando, agravando-
me o assombro. A paisagem, quando não totalmente escura, parecia banhada de luz alvacenta, como
que amortalhada em neblina espessa, que os raios de Sol aquecessem de muito longe;

- As lágrimas lavavam-me incessantemente o rosto e apenas, em minutos raros, felicitava-me a bênção


do sono. Interrompia-se, porém, bruscamente, a sensação de alívio. Seres monstruosos acordavam-me,
irônicos e era imprescindível fugir deles;

- Torturava-me a fome, a sede me escaldava. Comezinhos fenômenos da experiência material patentea-


vam-se-me aos olhos. Crescera-me a barba, a roupa começava a romper-se com os esforços da resistên-
cia, na região desconhecida;

- Mas aquelas vozes, aqueles lamentos misturados de acusações nominais, desnorteavam-me irremedia-
velmente. Que buscas, infeliz! Aonde vais, suicida? Persistiam as necessidades fisiológicas, sem modifi-
cação. Castigava-me a fome todas as fibras e, nada obstante, o abatimento progressivo não me fazia cair
definitivamente em absoluta exaustão. De quando em quando, deparavam-se-me verduras que me pa-
reciam agrestes, em torno de humildes filetes d'água a que me atirava sequioso. Devorava as folhas des-
conhecidas, colava os lábios à nascente turva, enquanto me permitiam as forças irresistíveis, a impeli-
rem-me para frente. Muita vez suguei a lama da estrada, recordei o antigo pão de cada dia, vertendo co-
pioso pranto. Não raro, era imprescindível ocultar-me das enormes manadas de seres animalescos, que
passavam em bando, quais feras insaciáveis. Eram quadros de estarrecer;

- Quando as energias me faltaram de todo, quando me senti absolutamente colado ao lodo da Terra,
sem forças para reerguer-me, pedi ao Supremo Senhor que me estendesse mãos paternais, em tão
amargurosa emergência. Quanto tempo durou a rogativa? Quantas horas consagrei à súplica, de mãos
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postas, imitando a criança aflita? Apenas sei que a chuva das lágrimas me lavou o rosto; que todos os
meus sentimentos se concentraram na prece dolorosa. Ah! É preciso haver sofrido muito, para entender
todas as misteriosas belezas da oração é necessário haver conhecido o remorso, a humilhação, a ex-
trema desventura, para tomar com eficácia o sublime elixir de esperança→ André Luiz ficou sete anos no
Umbral;

- Foi, então, que me lembrei de interpelar a Lísias sobre uma coisa que, de algumas horas, me torturava
a mente. Referira-se o Governador, quando nos dirigiu a palavra, aos círculos da Terra, do Umbral e das
Trevas ( Abismo ), mas, francamente, não tinha eu, até então, qualquer notícia deste último plano. Não
seria região trevosa o próprio Umbral, onde vivera, por minha vez, em sombras densas, durante anos
consecutivos? Não via, nas Câmaras, numerosos desequilibrados e doentes de toda espécie, procedentes
das zonas umbralinas?

- Lísias: Chamamos Umbral às regiões mais inferiores que conhecemos. Considere as criaturas como iti-
nerantes da vida. Alguns poucos seguem resolutos, visando ao objetivo essencial da jornada. São os Es-
píritos nobilíssimos, que descobriram a essência divina em si mesmos, marchando para o alvo sublime,
sem vacilações. A maioria, no entanto, estaciona. Temos então a multidão de almas que demoram sécu-
los e séculos, recapitulando experiências↔ encarnam e desencarnam, retornado aos Umbrais. Assim é
que muitos costumam perder-se em plena floresta da vida, perturbados no labirinto que tracejam para
os próprios pés. Classificam-se, aí, os milhões de seres que perambulam no Umbral. Outros, preferindo
caminhar às escuras, pela preocupação egoística que os absorve, costumam cair em precipícios, estacio-
nando no fundo do Abismo por tempo indeterminado. Há princípios de gravitação para o Espírito, como
se dá com os corpos materiais. A Terra não é somente o campo que podemos ferir ou menosprezar, a
nosso bel-prazer. É organização viva, possuidora de certas leis que nos escravizarão ou libertarão, segun-
do nossas obras.

II.2.2- Cap.15 e Cap.16 do Livro “Os Mensageiros”


• Descrição de André Luiz e Aniceto:

- Meditando sobre a lição sublime, em pleno impulso volitante, contemplei as torres de “Nosso Lar”, que
iam ficando a distância. Depois de empregarmos o processo de condução rápida, atravessando imensas
distâncias, surgiu uma região menos bela. O firmamento cobrira-se de nuvens espessas e alguma coisa
que eu não podia compreender impedia-nos a volitação com facilidade. Será conveniente utilizarmos a
locomoção. A atmosfera começa a pesar muitíssimo e não devemos andar muito distante de Campo da
Paz. Não precisaremos ir até lá; todavia, descansaremos no Posto de Socorro. Encontraremos, ali, os re-
cursos indispensáveis;

- Estamos penetrando a esfera de vibrações mais fortes da mente humana. Achamo-nos a grande distân-
cia da Crosta; entretanto, já podemos identificar, desde logo, a influenciação mental da Humanidade en-
carnada. Grandes lutas desenrolam-se nestes planos e milhares de irmãos abnegados aqui se votam à
missão de ensinar e consolar os que sofrem. Em parte alguma escasseia o amparo divino.
Nesse instante, chegáramos ao cume de grande montanha, envolvida em sombra fumarenta. No solo,
desenhavam-se trilhas diversas, à maneira de labirintos bem formados;

- As surpresas, no entanto, sucediam-se ininterruptamente. Aquelas vias de comunicação eram muito


diversas das que conhecia até ali. Mergulhávamos num clima estranho, onde predominavam o frio e a
ausência de luz solar. A topografia era um conjunto de paisagens misteriosas, lembrando filmes fantás-
ticos da cinematografia terrestre. Picos altíssimos semelhavam vigorosas agulhas de treva, desafiando a
vastidão. Descíamos sempre, como viajores ladeando escuros precipícios, em país de exotismo ameaça-
dor. Esquisita vegetação subia do solo, de espaço a espaço, entre os grandes abismos. Aves de horripi-
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lante aspecto surgiam, medrosas, de quando em quando, enchendo o silêncio de pios angustiados. Rija
ventania soprava em todas as direções;

- Todo este mundo que vemos é continuação de nossa Terra. Os olhos humanos veem apenas algumas
expressões do vale em que se exercitam para a verdadeira visão espiritual, como nós outros que, obser-
vando agora alguma coisa, não estamos igualmente vendo tudo. Este, André, é um domínio diferente. A
percepção humana não consegue apreender senão determinado número de vibrações. Comparando as
restritas possibilidades humanas com as grandezas do Universo Infinito, os sentidos físicos são muitís-
simo limitados;

- Há, porém, André, outros mundos sutis, dentro dos mundos grosseiros, maravilhosas esferas que se in-
terpenetram. O olho humano sofre variadas limitações e todas as lentes físicas reunidas não consegui-
riam surpreender o campo da alma, que exige o desenvolvimento das faculdades espirituais para tornar-
se perceptível. A Eletricidade e o Magnetismo são duas correntes poderosas que começam a descortinar
aos nossos irmãos encarnados alguma coisa dos infinitos potenciais do invisível, mas ainda é cedo para
cogitarmos de êxito completo. Somente ao homem de sentidos espirituais desenvolvidos é possível re-
velar alguns pormenores das paisagens sob nossos olhos. A maioria das criaturas ligadas à Crosta não en-
tende estas verdades, senão após perderem os laços físicos mais grosseiros. É da lei, que não devemos
ver senão o que possamos observar com proveito.

II.2.3- Cap.6 e Cap.8 do Livro “Obreiros da Vida Eterna”


• Descrição de André Luiz:

- A diferença de atmosfera, entre o dia e a noite, na Casa Transitória de Fabiano, era quase impercep-
tível. Não conseguiria estabelecer comparações apreciáveis, mesmo porque, durante todo o tempo de
nossa permanência no Instituto, estiveram acesas as luzes artificiais. Denso nevoeiro abafava a paisa-
gem, sob o céu de chumbo e, ao que fui informado, grandes aparelhos destinados à fabricação de ar pu-
ro funcionavam incessantemente, na casa, renovando o ambiente geral. Víamos o Sol, fundamente dife-
rençado, em pleno crepúsculo. Semelhava-se a um disco de ouro velho, sem qualquer irradiação, a per-
der-se num oceano de fumo indefinível. Cotejando a situação com os quadros primaveris da Crosta Pla-
netária, os ocasos da esfera carnal parecem verdadeiras decorações do paraíso;

- Permanecíamos em região onde a matéria obedecia a outras leis, interpenetrada de princípios mentais
extremamente viciados. Congregavam-se aí longos precipícios infernais e vastíssimas Zonas de Purgató-
rio das almas culpadas e arrependidas.
Na verdade, muita vez viajara entre a nossa colônia feliz e o plano crostal do planeta, atravessando luga-
res semelhantes, mas nunca me demorara tanto em círculo desagradável e escuro como esse. A ausência
de vegetação, aliada à neblina pesada e sufocante, infundia profunda sensação de deserto e tristeza;

- Dirigindo-se ao subalterno que recebera atribuições de subchefia, indagou Zenóbia, serena: Ananias,
temos o material de serviço devidamente arregimentado? Não devemos esquecer, principalmente, as
faixas de socorro, as redes de defesa e os lança-choques. Após alguns minutos de marcha, surgiu-nos a
Lua, como bola sangrenta, através do nevoeiro, espalhando escassos raios de luz. Poderíamos identificar,
agora, certas particularidades do terreno áspero. A Irmã Zenóbia colocara, diante de nós, adestrado au-
xiliar especialista na travessia daquelas sendas estreitas, e, conforme recomendação inicial, guardava-
mos rigoroso silêncio, em fila móvel, ganhando a estrada hostil;

- Atingimos zona pantanosa, em que sobressaía rasteira vegetação. Ervas mirradas e arbustos tristes
assomavam indistintamente do solo. Fundamente espantado, porém, ao ladear imenso charco, ouvi
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soluços próximos. Guardava a nítida impressão de que as vozes procediam de pessoas atoladas em re-
pelentes substâncias↔ possivelmente na Lama Astral, tais as emanações desagradáveis que pairavam
no ar. Oh! Que forças nos defrontavam, ali! A treva difusa não deixava perceber minudências; todavia,
convencera-me da existência de vítimas vizinhas de nós, esperando-nos amparo providencial. Estaríamos
ante o Abismo a que se referia a administradora da Casa Transitória? Optei pela negativa, porque a ex-
pedição não se deteve em tão angustioso lugar;

- Irmã Zenóbia: Não somos impermeáveis às rogativas dos nossos irmãos que ainda gemem no charco de
dor a que se atiraram voluntariamente. Dilaceram-nos o espírito as imprecações dos infelizes. No entan-
to, a Casa Transitória de Fabiano tem-lhes prestado o socorro possível, ajuda essa que, até hoje, vem
sendo repelida pelos nossos irmãos infortunados. Debalde libertamo-los, periodicamente, dos monstros
que os escravizam, organizando-lhes refúgio salutar. Contudo, fogem de nossa influenciação retificadora
e tornam espontaneamente ao charco. É imprescindível que o sofrimento lhes solidifique a vontade, pa-
ra as abençoadas lutas do porvir;

- Em seguida, dez cooperadores, obedecendo-lhe as ordens, acenderam focos de intensa luz. Contem-
plamos, então, sensibilizados e surpresos, monstruoso quadro vivo. Vasta legião de sofredores cobria o
fundo, um pouco abaixo de nossos pés. A rampa que nos separava não era íngreme, mas compacto e
enorme o lamaçal. Em face da claridade brusca, muitas vozes suplicaram socorro, em frases angustiosas
que nos cortavam a alma. Outras, porém, faziam-se ouvir, diferentes: vociferavam blasfêmias, ironias,
condenações. Os adeptos da revolta e do desespero encontram-se igualmente aqui, compelindo-nos a
severa atividade defensiva. São pobres desequilibrados que tentam induzir todas as situações à desar-
monia em que vivem. Os adversários gratuitos de nossa atuação não se limitaram ao vozerio pertur-
bador. Bolas de sub-tância negra começaram a cair, ao nosso lado, partindo de vários pontos do abismo
de dor;

- As redes! Exclamou Zenóbia, dirigindo-se a alguns colaboradores, estendam as redes de defesa, isolan-
do-nos o agrupamento. As determinações foram cumpridas rapidamente. Redes luminosas desdobra-
ram-se à nossa frente, material esse especializado para o momento, em vista da sua elevada potência
magnética, porque as bolas e setas, que nos eram atiradas, detinham-se aí, paralisadas por misteriosa
força.

II.2.4- Cap.17 e Cap.8 do Livro “No Mundo Maior”


• Descrição de André Luiz:

- Reunidos agora, Calderaro e eu, à comissão de trabalho socorrista que oneraria nas cavernas de sofri-
mento, fui surpreendido pela expressão da Irmã Cipriana, que chefiava as atividades dessa natureza. O
abnegado amigo respondeu que o próprio Instrutor Eusébio lembrara a conveniência de minha visita aos
Abismos Purgatoriais; esclareceu que eu me achava interessado em obter informes da vida nas esferas
inferiores, para os relatar aos companheiros encarnados, auxiliando-os na preparação necessária à ciên-
cia de bem viver. A Diretora ouviu, bondosa, e objetou: Sim, a sugestão de Eusébio é valiosa, em se tra-
tando de observações preliminares no Baixo Umbral. Como responsável, porém, pelos serviços diretos
da expedição, não posso admiti-lo, por enquanto, em todas as particularidades. Convido o Irmão Calde-
raro a permanecer, em companhia do prestimoso aprendiz, no “Limiar das Cavernas↔ Abismo”, sem
descerem conosco; mesmo aí, estudioso que é, ele encontrará inesgotável material de observação, sem
necessidade de enfrentar situações embaraçosas, para as quais ainda não se aprestou convenientemen-
te.......↔ não foi permitido a André Luiz a entrar nos domínios do Abismo;

- Laceravam-me o coração as vozes lamentosas dispersas a se evolarem para o céu de fumo! Não, não
eram lamentações apenas; à proporção que nos adiantávamos, descendo, modificava-se a gritaria; ou-
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víamos também gargalhadas, imprecações. Estacamos em enorme planície pantanosa, onde numerosos
grupos de entidades humanas desencarnadas se perdiam de vista, em assombrosa desordem, à maneira
de milhares de loucos, separados uns dos outros, ou aos magotes, segundo a espécie de desequilíbrio
que lhes era peculiar. Não me era possível calcular a extensão da várzea imensa, e ainda que houvesse
marcos topográficos, para tal apreciação, o nevoeiro era demasiado denso para que se pudessem com-
putar distâncias↔ André Luiz ainda permanecia no Umbral Inferior;

- Percorremos alguns quilômetros em plano horizontal, e, quando o terreno se inclinou, de novo, abrin-
do outras perspectivas Abismais↔ início do Abismo, Irmã Cipriana e os colegas prazenteiramente se
despediram de nós, deixando-nos, ao Assistente e a mim, com o aviso de que voltariam a buscar-nos
dentro de seis horas. Logo após, Calderaro e eu nos achamos a sós na vasta vastidão povoada de habi-
tantes estranhos. As conversações em torno eram inúmeras e complexas. Pareceu-me que aquele povo
desencarnado não se dava conta da própria situação, pelo que me foi possível ajuizar de início;

- Enquanto densas turbas de almas torturadas se debatiam em substância viscosa ( Lama Astral), no solo,
onde caminhávamos, assembleias de Espíritos dementes enxameavam não longe, em intermináveis con-
tendas por interesses mesquinhos. A paisagem era francamente impressionante pelos característicos in-
fernais que nos circundavam. Notando a displicência de muitos daqueles irmãos infelizes, não sopitei as
lucubrações que me surgiam;

- Os grupos de infortunados agiam, ali, desconhecendo os padecimentos uns dos outros. Certos grupos
volitavam a pequena altura, como bandos de corvos negrejantes, mais escuros que a própria sombra a
envolver-nos, ao passo que vastos cardumes de desventurados jaziam chumbados ao solo, quais aves
desditosas, de asas partidas... Como explicar tudo isso? - Alguns sim, mas não nos ligam maior impor-
tância: estão muito preocupados consigo mesmos; abrigaram no coração sentimentos rasteiros, e tarda-
rão em se libertarem deles. Ante o pandemônio que observávamos, o orientador continuou: O Érebo da
concepção antiga, a crepitar em eternas chamas de vingança divina, é perigosa ilusão; entretanto, os lu-
gares purgatoriais dos desejos e das ações criminosas, aguardando as almas enodoadas pelos desvarios,
constituem realidades lógicas, nas zonas espirituais do mundo. Aqui, os avarentos, os homicidas, os cúpi-
dos e os viciados de todos os matizes se agregam em deplorável situação de cegueira íntima. Formam
cordões compactos, inclinando-se mais e mais para os despenhadeiros. Cada qual possui romance hor-
rível, de angustiosos lances. Prisioneiros de si mesmos, cerram o entendimento às revelações da vida e
restringem os horizontes mentais, movimentando-se em seu próprio interior, em ação exclusiva, nos im-
pulsos primários, a cultivar o pretérito que deveriam expungir.
Em melhorando, são assistidos por ativas e abnegadas “Congregações de Socorro” que aqui funcionam.
Autoridades mais graduadas de nossa esfera, atendendo a imperativos superiores, improvisam “Tribu-
nais” com funções educativas, cujas sentenças, ressumando amor e sabedoria, culminam sempre em de-
terminações de trabalho regenerador, através da Reencarnação na Crosta Terrestre, ou de tarefas labo-
riosas no seio da Natureza, quando há suficiente compreensão e arrependimento nos interessados que
feriram a Lei, ofendendo a si mesmos;

- Deste vastíssimo arsenal de alienação da mente, ensombrada de culpas, sai o maior coeficiente das
reencarnações dolorosas que povoam os círculos carnais. Daqui, como de outras zonas análogas, seguem
para o campo físico, mais denso, milhões de irmãos em provas ríspidas, para que se alijem dos débitos e
rearmonizem o íntimo perturbado. Poucos conseguem valer-se da oportunidade terrena, no sentido de
restaurar as próprias energias. É sempre fácil fugir ao caminho reto; muito difícil, porém, o retorno ao
caminho do Bem;

- Um bando de Espíritos miseráveis, que se movimentam como lhes é possível, e constituído de antigos
negociantes terrenos, cujo exclusivo anseio foi amontoar dinheiro para satisfazer a própria cupidez, sem
beneficiar a ninguém. Divorciados da caridade, da compreensão e da luz divina, criaram para si mesmos
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o mito frio e rígido do ouro, fundindo com ele a mente vigorosa e o tacanho coração... Escravizados, ago-
ra, à ideia fixa de ganhar sempre, voam pesadamente aqui e acolá, dementados e confundidos, procu-
rando monopólios e lucros que não mais encontrarão.

II.2.5- Cap.7, Livro “Libertação”


• Descrição de André Luiz e Gúbio:

- Marcháramos, atravessando compridos labirintos e achamo-nos diante de extensa edificação, que após
transposta, varamos lodosa muralha e, depois de avançarmos alguns passos, o pavoroso quadro se abriu
dilatadamente. Largo e profundo vale se estendia, habitado por toda a espécie de padecimentos imagi-
náveis. Sentíamo-nos, agora, na extremidade de um planalto que se quebrava em abrupto despenhadei-
ro. À frente, numa distância de dezenas de quilômetros, sucediam-se “Furnas e “Abismos”, qual se nos
situássemos perante imensa cratera de vulcão vivo, alimentado pela dor humana, porque, lá dentro, tur-
bilhões de vozes explodiam, ininterruptos, parecendo estranha mistura de lamentos de homens e ani-
mais. Amontoam-se aqui, como se fossem lenhos secos, milhares de criaturas que abusaram de sagrados
dons da vida. São réus da própria consciência, personalidades que alcançaram a sobrevivência sobre as
ruínas do próprio “eu”, confinados em escuro setor de alienação mental. Esgotam resíduos envenenados
que acumularam na esfera íntima, através de longos anos vazios de trabalho edificante no mundo físico,
entregando-se, presentemente, a infindáveis dias de tortura redentora;

- E, talvez porque nosso espanto crescesse à vista da tela aflitiva e tenebrosa, Gúbio acrescentou, sere-
no: Não estamos contemplando senão a superfície de trevosos cárceres a se confundirem com os preci-
pícios subcrostais. Quando encontramos um morto de cada vez, é fácil conceder-lhe sepultura condigna,
mas, se os cadáveres são contados por multidões, nada nos resta senão adotar a vala comum. Todos os
Espíritos renascem nos círculos carnais para destruírem os ídolos da mentira e da sombra e entroniza-
rem, dentro de si mesmos, os princípios da sublimação vitoriosa para a eternidade, quando não se en-
contram em simples estrada evolutiva; contudo, nas demonstrações de ordem superior que lhes cabem,
preferem, na maioria das ocasiões, adorar a morte na ociosidade, na ignorância agressiva ou no crime
disfarçado, olvidando a gloriosa imortalidade que lhes compete atingir. Ao invés de estruturarem des-
tino santificante, com vistas ao porvir infinito, menosprezam oportunidades de crescimento, fogem ao
aprendizado salutar e contraem débitos clamorosos, retardando a obra de elevação própria. E se eles
mesmos, senhores de preciosos dons de inteligência, com todo o acervo de revelações religiosas de que
dispõem para solucionar os problemas da alma, se confiam voluntariamente a semelhante atraso, que
nos resta fazer senão seguir nas linhas de paciência por onde se regula a influenciação dos nossos Ben-
feitores? Sem dúvida, esta paisagem é inquietante e angustiosa, mas compreensível e necessária;

- Perguntei-lhe se naqueles Sítios Purgatoriais não havia companheiros amigos, detentores da missão de
consolar, ao que o nosso instrutor respondeu afirmativamente. Sim, disse, esta imensa coletividade den-
tro da qual preponderam individualidades que pelo sofrimento contínuo se caracterizam pelo comporta-
mento sub-humano, não está esquecida. A renúncia opera com Jesus, em toda parte. Agora, todavia,
não dispomos de ensejos para a identificação de missionários e servidores do bem.

II.2.6- Cap.7 do Livro “Ação e Reação”


• Descrição do Ministro Sânzio:
- Sou funcionário humilde dos Abismos. Trago comigo a penúria e a desolação de muitos. Conheço ir-
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mãos nossos, portadores do estigma de padecimentos atrozes, que se encontram animalizados, há sé-
culos, nos despenhadeiros infernais; entretanto, cruzando as trevas densas, embora o enigma da dor me
dilacere o coração, nunca surpreendi criatura alguma esquecida pela Divina Bondade.
O “Carma”, expressão vulgarizada entre os Hindus, que em Sânscrito quer dizer “ação”, a rigor, designa
“Causa e Efeito”, de vez que toda ação ou movimento deriva de causa ou impulsos anteriores. Para nós
expressará a conta de cada um, englobando os créditos e os débitos que, em particular, nos digam res-
peito. Por isso mesmo, há conta dessa natureza, não apenas catalogando e definindo individualidades,
mas também povos e raças, estados e instituições;

- A medida que nos demoramos aqui na organização perispirítica, no fiel cumprimento de nossas obri-
gações para com a Lei, mais se nos dilata o poder mnemônico. Avançando em lucidez, abarcamos mais
amplos domínios da memória. Assim é que, depois de largos anos em serviço nas zonas espirituais da
Terra, entramos espontaneamente na faixa de recordações menos felizes, identificando novas extensões
de nosso “Carma” ou de nossa “conta” e, embora sejamos reconhecidos à benevolência dos Instrutores e
amigos que nos perdoam o passado menos digno, jamais condescendemos com as nossas próprias fra-
quezas e, por isso, vemo-nos impelidos a solicitar das autoridades superiores novas reencarnações difí-
ceis e proveitosas, que nos reeduquem ou nos aproximem da redenção necessária.
Caso Longinus: Longinus foi o soldado romano do episódio da crucificação do Mestre, o qual é chamado
pelo próprio Jesus, para a delicada missão de ser o Imperador Dom Pedro II. Caso não falhasse seria a
sua última encarnação no planeta de dores e esquecimento. Longinus para Jesus: Senhor, bem conheceis
o meu elevado propósito de aprender as vossas lições divinas e de servir à causa das vossas verdades su-
blimes na fa-ce da Terra, pois tenho suportado, voluntariamente, muitas existências de dor, para gravar
no meu Espírito a compreensão do vosso amor, que não pude entender ao pé da cruz de vossos martí-
rios no calvário. Recebo com infinita alegria vossa incumbência de trabalhar na terra onde se encontra a
árvore magnânima de vossa infinita misericórdia seja qual for o gênero de provas, acolherei as vossas
determinações como um sagrado ministério;

III- Abismo

- Os Dragões são Espíritos caídos no mal, desde eras primevas da Criação Planetária, e que operam em
zonas inferiores da vida, personificando líderes de rebelião, ódio, vaidade e egoísmo; não são, todavia,
Demônios Eternos, porque individualmente muitos se transformam para o bem, no curso dos séculos,
qual acontece aos próprios homens (Livro”Libertação”, Cap. 8 – Inesperada Intercessão);

- Até as Entidades Obsessoras, atuantes na Crosta terrestre, denotam conhecer e temer essa formidável
Região Abissal. Quando Jesus ordenou aos Espíritos imundos que saíssem do endemoniado Geraseno,
eles lhe rogaram “[…] que não os mandasse ir para o “Abismo” (Lucas, 8:31), preferindo a manada de
porcos;

- Do Cap.15 e Cap.16, do Livro “Os Mensageiros”, de acordo com a descrição de André Luiz e Aniceto
( vide Item IX.2.2.2 ): Todo este mundo espiritual que vemos é continuação de nossa Terra→ Mundo Fí-
sico. Os olhos humanos enxergam apenas algumas expressões do vale em que se exercitam para a ver-
dadeira visão espiritual, como nós outros que, observando agora alguma coisa, não estamos igualmente
vendo tudo. Este, André, é um domínio diferente. A percepção humana não consegue apreender senão
determinado número de vibrações. Comparando as restritas possibilidades humanas com as grandezas
do Universo Infinito, os sentidos físicos são muitíssimo limitados;
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• Livro”O Abismo” de Ranieri e André Luiz:

- Ranieri, em desdobramento com o Corpo Astral e orientado pelo Guardião Orcus, enxerga a Terra à qui-
lômetros de distância, observando que devido a inclusão da Matéria Astral, o formato é do tipo de uma
“laranja”. Possui vales e despenhadeiros profundos, além de picos elevadíssimos, contrastando com ele-
vadas massas líquidas;

- A seguir começam a descer em direção aos Abismos. Na frequência vibratória em que se encontravam,
atravessam facilmente a parte material, notando que a Crosta Terrestre se assemelhava a uma aglutina-
ção de poeira em movimento giratório. Após passar pela crosta em sentido descendente, aterrissam em
um pico elevado, com ventos gélidos, observando uma nova região com muitas cristas abruptas e cheias
de um líquido semelhante à água. A Luz era como se fosse proveniente da Luz Solar, porém filtrada pela
poeira turbilhonada;

- Segundo Orcus, estavam se dirigindo para os Abismos por um caminho diferente do realizado por Dan-
te Alighieri, Escritor e Médium. Orcus afirma que a Obra de Dante foi totalmente distorcida e recriada
pela Igreja dos Bispos Romanos→ Ranieri: Dante me surgiu tão respeitável na consciência. Compreendi
o verdadeiro sentido de sua história e fiquei imaginando quão enorme foi o seu sofrimento por não ser
compreendido na superfície da Terra ao divulgar estas tristes realidades espirituais. Acreditaram no
mundo que ele houvesse sido somente um artista. É certo que ninguém supôs que o assunto de seus
poemas fosse verdadeiro, real;

- No Primeiro Nível da descida encontram “Espíritos semelhantes a Répteis e Lagartas”, aos milhões, que
rastejavam pelo solo úmido→ Orcus: Existem uma infinidade de seres humanos, que pela permanência
no mal, vagam no seio das Trevas, agarrando-se a Terra como crianças cegas que se alimentam do seu
magnetismo e vagam inconscientes, paralisados no interior de si mesmos como “Lesmas Humanas”, in-
capazes de gravitar para Deus→ São Paulo, Apóstolo na Questão 1009 do Livro dos Espíritos: Gravitar
para a Unidade Divina, eis o fim da Humanidade. Para atingi-lo, três coisas são necessárias a Justiça, o
Amor e a Ciência. Três coisas lhe são opostas e contrárias, a ignorância, o ódio e a injustiça. Quem é com
efeito, o culpado? É aquele que, por um desvio, por um falso movimento da alma, se afasta do objetivo
da criação, que consiste no culto harmonioso do belo, do bem, idealizados pelo arquétipo humano, pelo
Homem-Deus, por Jesus-Cristo.
“Que é o castigo? A consequência natural, derivada desse falso movimento; uma certa soma de dores
necessária a desgostá-lo da sua deformidade, pela experimentação do sofrimento. O castigo é o agui-
lhão que estimula a alma, pela amargura, a se dobrar sobre si mesma e a buscar o porto de salvação. O
castigo só tem finalidade a reabilitação e a redenção da criatura humana. Quere-lo eterno, por uma falta
não eterna, é negar-lhe toda a razão de ser.
“Oh! Em verdade vos digo, cessai, cessai de pôr em paralelo, na sua eternidade, o Bem, essência do Cria-
dor, com o Mal, essência da criatura. Fora criar uma penalidade injustificável. Afirmai, ao contrário, o
abrandamento gradual dos castigos e das penas pelas transgressões e consagrareis a unidade divina,
ten-do unidos o sentimento e a razão;

- A seguir, Ranieri e Orcus, continuam a descida por vários quilômetros e no Segundo Nível se deparam
com um solo escorregadio e enormes paredões. Encontram uma espécie de Furna guardada por um
Guardião do Mal, que os libera para irem em frente, realçando porém que todas as Almas que se encon-
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travam neste local eram endurecidas no Mal e que não tinham nem consolo e nem esperança. O am-
biente era constituído por pedras negras, úmidas e escorregadias, com uma espécie de limo descendo
por elas. A umidade viscosa e úmida parecia grudar nas pernas e túnicas de Orcus e Ranieri.
No final desta descida encontram uma enorme cova, com solo viscoso e recoberto por um limo, no qual
vários Espíritos com o formato de “Lesmas com rostos humanos” rastejavam de modo conjunto e unido,
formando uma espécie de grupo. Olhando-as de perto, Ranieri nota que não possuem mais a visão, a au-
dição e a fala, visto que perderam a própria Consciência, estando com o pensamento paralisado e absor-
vido pelas coisas da Terra↔ foram em vida aqueles que acreditaram no “Nada”, não acreditando na
existência de Deus e da Alma. Apesar da Sabedoria e Inteligência, perderam-se em si mesmos devido a
terem se dedicado ao Mal em várias existências;

- Continuam descendo e antes de atingirem o Terceiro Nível, encontram um “Espírito com cabeça huma-
na e corpo de Cobra”, que tinha degradado o seu Perispírito por nunca ter ajudado ao pobre e ao sofre-
dor, além de nunca ter tido sentimentos de Amor e Piedade pelo próximo↔ Estava há mais de seis mi-
lênios nesta atual condição → Orcus: Os seres que se fecham no Egoísmo e na Indiferença, ao se precipi-
tarem para o Mal, destroem o próprio Corpo Perispiritual e iniciam a desagregação do Organismo Psíqui-
co. Todos os Espíritos que se desviaram das Leis Divinas, permanecendo arraigados no Mal, precipitam-
se a si mesmos nas “Degradações das Formas Inferiores” que já passaram em eras primevas da própria
escala evolutiva→ Degradação Perispiritual- a Degradação Perispiritual, é um reflexo da degradação mo-
ral, persistente e mais ou menos prolongada do Espírito. Deforma morfologicamente o aspecto de um
ser humano desenvolvido, com reflexos na sua fisiologia. A degradação ocorre no Perispírito, pela obses-
são, possessão ou subjugação→ Como ocorre a Degradação da Forma espiritual - a mente comanda o Pe-
rispírito, que é plástico e assume com facilidade a configuração imposta por ela; quanto maior o poder
criativo e de comando da mente, maior e mais variada será a transformação Perispiritual; a inferioridade
moral do Espírito pode determinar em seu Perispírito através da exteriorização mental que lhe é pecu-
liar, aspectos animalescos ou a fisionomia de variados animais; uma mente mais poderosa pode subjugar
uma mais frágil e induzi-la, por processos hipnóticos, a alterar a sua forma Perispiritual, degradando-a
→Fatores que promovem a degradação das Formas- o remorso, a consciência culpada a exigir repara-
ções dos erros perpetrados, facilita a subjugação, com consequente instalação das deformidades; o grau
de deformação pode ser localizado em certos órgãos ou generalizado, apresentando-se todo o perispíri-
to com aparência animalesca; essa deformação pode ser passageira ou demorada, podendo o Espírito fi-
car séculos na condição degradante de animal, chegando a esquecer a sua individualidade e se acostu-
mar à sua animalidade por largo tempo.
Os casos mais agudos de degradação Perispiritual são os promovidos pelas Legiões Trevosas, que se es-
pecializaram em técnicas de hipnose, aplicando, a igualmente criminosos, os amargos corretivos. Na De-
gradação Perispiritual, os arquivos mentais ficam bloqueados, predominando a ideia subjugante e plas-
madora, que gera e vitaliza a forma. O tratamento desses casos se faz através de educação mental. O
hipnotismo é utilizado tanto pelos bons Espíritos quanto pelos ignorantes, que dele tiram o proveito que
suas mentes projetam” ( Fonte: https: //slideplayer. com.br/slide/10688960 );

- Ainda no Terceiro Nível encontram um rio de um tipo de águas prateadas que possuía tremendos tur-
bilhões, caracterizando uma massa líquida em forte movimento giratório na própria correnteza.
Observam que dentro do rio existiam “Espíritos inconscientes e desgrenhados” que eram arrastados pe-
las águas revoltas, batendo um contra o outro. Lutavam para alcançar a margem do rio, porém eram ar-
rastados impetuosamente de volta ao centro do rio↔ Orcus: Estes são aqueles que se deixaram domi-
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nar por todos os tipos de paixões quando encarnados e agora dormem na fúria das águas desencadeadas
sobre si mesmo;

- No caminho para o Quarto Nível descem por uma estrada feita nas rochas dos penhascos e após passa-
rem por um túnel, se deparam com uma campina, que é um tipo de bioma formado por campos com-
pletamente despidos de árvores comuns. Porém esta campina, que caracteriza o Quarto Nível apresen-
tava um conjunto de “árvores como que vivas”, que retorciam os galhos ressequidos a medida que pas-
savam por elas ↔Orcus: Estes são aqueles que retrocederam às formas vegetais e agora vivem apri-
sionados na própria inércia. São corações aflitos e inteligências que foram caindo, caindo, até atingir os
limites da inconsciência, iniciando a marcha retrocessa da evolução. Caso não mudem o padrão mental,
continuarão a retroceder até a atingir o Reino Mineral→ o Centro da Consciência que caracteriza o Ser
não se desagrega, mas volta a um estado elevado de inconsciência, caracterizando como se não existisse
o Ser dotado de possibilidades divinas, permanecendo no “Quase Nada”;

- A caminho para o Quinto Nível descem milhares de quilômetros à partir do Quarto Nível, quando se
deparam com um grande lago de águas paradas de cor verde claro e transparente, caracterizando uma
massa gelatinosa, porém de grande resistência ao toque. Neste Quinto Nível “notam rostos, sem cor-
pos”, que os observavam com muitas dores e pedidos de compaixão↔ Orcus: Estes Espíritos perderam
a forma humana devido a permanecerem no Mal por prolongado tempo. Não possuem mais o “Corpo
Espiritual” e demorarão muito tempo até reencarnar novamente, permanecendo nesta massa difusa,
informe e vaga por ainda milhares de anos;

- Ainda no Quinto Nível encontram uma verdadeira multidão de criaturas “espirituais esfarrapadas e tris-
tes, com fisionomias patibulares e angustiadas”, em profundo silêncio, mergulhados no Charco ali exis-
tente. Estes Espíritos pedem ajuda para Orcus no sentido de obter uma nova e regenerativa reencarna-
ção na Terra. São impedidos de continuar a rogatória por um “Bando de Dragões”, que os chicoteiam e
os expulsam com “raios elétricos” para o final do Charco. Estes Dragões são entidades perversas que go-
vernam estes ermos com crueldade, que escravizam e fazem sofrer estes Espíritos devedores. Incapazes
de cumprir as leis Divinas, organizam-se para o Mal, rebelando-se contra Deus↔ Orcus: Aqui se inicia o
domínio dos Dragões, que são Espíritos maus, perversos, terríveis e endurecidos na maldade por vários
milênios. Por Misericórdia Divina, à partir destes limites desta zona são eles que mandam, pois o Mal é
apenas o resultado da inconsciência das criaturas, e os Dragões acabam sendo os executores das Leis Di-
vinas, pois Deus não envia Anjos para executar este papel. No futuro, após muitas provas de sofrimento,
serão novamente filhos da Grande Luz;

- Descendo para o Sexto Nível, em região de pouquíssima luminosidade encontram “Espíritos com for-
mas cadavéricas e patibulares”, retratando tipos de Monstros e Feras Humanas. Inofensivos e atordoa-
dos pelas luzes emitidas por Orcus. Assim que nos afastamos, observamos que sem a ação da Luz, ata-
cam-se mutuamente, tentando entredevorar-se como fazem os cães, além de emitirem gritos, uivos e
expressões de imensa revolta;

- Continuam descendo e no Sétimo Nível, encontram uma praça com Espíritos vestidos como se fossem
soldados da era egípcia carregando uma espécie de arca, na qual existiam Pergaminhos com texto dos
Dragões, cujo maioral é denominado de Lúcifer; → Apocalipse 20:3 – lançou-o no Abismo, fechou-o e pôs
selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois dis-to, é
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necessário que ele seja solto pouco tempo → Apocalipse 20:3- 20:7 – Quando, porém, se completarem
os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da Ter-
ra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a areia do mar ↔ Ex-
plicação de Miramez, Cap.2, Livro “ São Francisco de Assis”: Para que o Cristo descesse à Terra, era ne-
cessário que os Engenheiros Siderais limpassem a atmosfera do planeta, para que os atentados contra a
Boa Nova do Reino de Deus não viessem a gerar alterações. Uma falange de Anjos assomou à Terra, ti-
rando dela dois bilhões de Espíritos inferiores, cuja animalização atingia até as raias do impossível.
Foram expurgados para uma Colônia Espiritual denominada de “A Cruzada”. Assim o Satanás descrito
por João Evangelista, evidencia-se como o símbolo desses dois bilhões de Espíritos; quando pudessem
sair da prisão milenar, a ideia era voltar à Terra e a incendiar, pois tinham exércitos ( Espíritos com as
mesmas afinidades ) bem adestrados, esperando o dia de transformá-los em cinzas.
Na Idade Média estes Espíritos foram soltos, gerando as Cruzadas e a Inquisição. A França foi o berço on-
de se fermentaram as ideias mais nefastas da Terra. Foi lá que as trevas acharam ambiente para se es-
tabelecerem, usando como médium um homem que não deveria ser esse instrumento, por se intitular
Pastor de Almas. Diante da multidão, em outubro de 1095, no Concílio de Clermont, o Papa Urbano II,
inspirado pelos Agentes das Trevas, deu o grito de guerra contra os turcos: Deveriam matar os muçulma-
nos, em defesa do Santo Sepulcro. Quando viu o ambiente favorável às suas invectivas inferiores, arre-
matou com entusiasmo, frente à multidão sempre inconsciente, uma das maiores blasfêmias de todos os
tempos, no tom de voz conhecido das sombras:"É Deus que o quer". E terminou sua nefanda prosa em
meio de gritarias, com outra blasfêmia: "Ide sob a égide de Cristo"→ nesse dia foi fundada a primeira
Cruzada.
E as trevas, temendo que as cruzadas acabassem, organizaram no século seguinte, movimento seme-
lhante, disfarçado com outro nome, porém, movimentado pela mesma falange de Espíritos sanguinários,
verdadeiros vampiros da Idade Média. As trevas intentaram apagar o Sol da Terra. Foi na Itália, no papa-
do de Lúcio III, que se lançaram as bases da Inquisição, no Concílio de Verona, em 1184, para depois se
criarem na França os tribunais do Santo Ofício, no ano de 1233, sob a influência de Gregório IX. Esse mo-
vimento ceifou vidas e mais vidas no mundo inteiro, sem piedade, fazendo desaparecer o amor na pró-
pria religião.
O planeta continuará na sua órbita após os acontecimentos, mais serenado e evoluído, mais arejado e
pacífico. O Brasil foi escolhido como terapia divina para os que sobreviverem à borrasca. O vendaval irá
limpar as escórias humanas, para que o verdadeiro Amor encontre guarida nos corações que herdarem o
mundo.
Está para chegar ao fechamento de um ciclo espiritual, onde se processará uma seleção rigorosa de al-
mas, pela lei de justiça, senão de Amor, para que o Amor puro se converta em felicidade para os ho-
mens, que souberam viver e amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo;

- No caminho para o Oitavo Nível encontram uma extensa muralha a envolver uma casa de pedras do
tipo vulcânicas, que era o abrigo de Atafon, Anjo encarregado de supervisionar os níveis inferiores do
Abismo. Atafon informa que o “último mortal”que esteve nestas regiões mais inferiores foi Dante, que
entrou pela “Região do Leste”. Atafon promete que irá acompanha-los até as “Regiões mais Centrais do
Abismo”. No Oitavo Nível se deparam com uma cidade do tipo subterrânea envolta por névoa úmida e
cheia de prédios escuros. Nesta cidade estão os Espíritos que foram indiferentes às Leis Divinas e com
permanência constante no Mal em suas várias encarnações na Terra. Eram Artistas, Pintores, Engenhei-
ros, ......... No portal da cidade estava escrito ”Não Amamos a Deus. O Nosso Mestre é o Dragão”
→Ataflon: O embrutecimento de cada criatura espiritual pode leva-la a perder as características do “Ho-
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mem” ( Padrão tipo Adâmico), que é uma conquista superior do Espírito que sobe. A Animalidade, con-
tudo, é uma característica do Espírito que desce ou que estaciona;

- Dentro da cidade no Oitavo Nível se deparam com casas de paredes úmidas, nas quais as “águas” cor-
riam sem cessar. Seus moradores assemelhavam-se a “Espectros Humanos, cheios de deformidades e
desfigurados”, lembrando longinquamente a figura de um ser humano. Suas mentes permaneciam liga-
das a materialidade da Terra→ Orcus: Não há eternidade no Mal. A Lei de Deus não fez o inferno eterno.
O que existe são Zonas Infernais onde as consciências culpadas se reúnem atraídas por imposição inexo-
rável da Lei de Afinidade. O Espírito sob o impulso da Lei de evolução aperfeiçoa-se, adquire leveza e so-
be. Da mesma forma, se estaciona no mal, embrutece-se, torna-se pesado e desce. Essa é uma lei ainda
desconhecida dos homens mais que funciona rigorosamente nos planos espirituais e tanto atinge o Espí-
rito encarnado quanto o desencarnado. É o que poderíamos chamar Peso Específico do Perispírito↔ O
responsável, no entanto, por isso é a mente. Quando a mente abriga pensamentos de baixa vibração,
determinam eles o nascimento de sentimentos inferiores de natureza materializante que agem direta-
mente sobre os fios que constituem a rede vibratória do perispírito produzindo correntes mais lentas o
que o tornará mais pesado e mais grosseiro. O fenômeno contrário, isto é, quando a mente abriga pen-
samentos de ordem superior ou de alta vibração, nascem os sentimentos de projeção superior que pro-
duzem correntes vibratórias mais velozes trazendo como consequência direta maior leveza do perispí-
rito. Como um balão, o Espírito busca então, as alturas espirituais ou desce às profundezas do Abismo. O
amor ao mal e às coisas da matéria, materializa-o. O amor ao bem e às coisas do Espírito, espiritualiza↔
Jesus ensinou-nos a humildade de tal forma que o homem ainda não descobriu que nos mais longínquos
recantos do Universo que a Humildade é Lei. Lei de vida e evolução, progresso e ascenção espiritual. Sem
ela nada se conquista nas esferas da vida imortal;

- Continuando a caminhar pela cidade, ainda no Oitavo Nível, encontram um enorme salão todo de ro-
cha avermelhada como imensa fogueira, e nos cantos da gruta úmida, frouxamente iluminada por uma
lanterna esverdeada, “seres patibulares jaziam acorrentados, um cheiro nauseabundo tresandava-lhes
do organismo”. Os membros pareciam putrefatos e os olhos injetados perdidos na face se semelhavam a
duas pálidas e pequeninas luas. Os seus Perispíritos, conquanto organismos de natureza eletromagnética
e infinitamente distanciados daquilo que chamamos carne apresentavam-se dilacerados exibindo mem-
bros onde faltavam pedaços enormes. A maioria exibia órbitas vazias. Neste local se alinhavam em ver-
dadeira multidão de alguns milhares→ Orcus: Estes são Espíritos que desceram recentemente às profun-
dezas deste Abismo. Todavia, repare bem que trazem os olhos vidrados ou opacos. Não possuem visão.
Gastaram os olhos na "Terra" naquilo que os homens poderiam denominar de "Hipnotismo Sensual". O
desejo e a sensualidade exercida pelas vistas na ânsia do desejo da mulher do Próximo ou a aplicação do
magnetismo visual para a conquista e amor de baixo padrão desgastam as fibras do Perispírito e cega a
criatura por muitos milênios. São cegos de amor e paixão;

- Permanecendo no Oitavo Nível, ao seguirem em frente, encontram um grupo de "homens" amontoa-


dos uns sobre os outros como uma pilha de capim ou palha aguardava-nos para estudo. Pareciam “es-
queletos de formas patibulares”. Embora não exibissem revestimento na ossada lisa, gemiam como se
possuíssem garganta e língua. Estranhos gemidos saiam do monturo→ Orcus: Estes são os Espíritos da-
queles que acreditaram firmemente que após a morte nada restaria deles e se viam apenas como esque-
letos abandonados. Tão grande foi a mentalização nesse sentido que adquiriram a forma que você vê.
Sentem-se eles realmente como se fossem esqueletos. O perispírito moldou-se à nova forma e provavel-
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mente se andassem pelo mundo seriam vistos por alguns como assombrações em formas esqueléticas.
Muitos deles aparecem assim na superfície... ;

- Atafon, continua no Oitavo Nível, prosseguia percorrendo o imenso rochedo onde os espíritos infelizes
fizeram por desgraça o seu ninho de sofrimento. Seres estranhos entremeavam-se àquelas formas.
Alguns pareciam “serpentes, lagartos e dragões menores”. Outros exibiam tão horrorosa fisionomia que
os enfermos da superfície ao lado deles seriam criaturas de sublime beleza. Defrontáramos agora uma
infinidade de “Espíritos que exibiam formas dilaceradas”. Espantou-me o fato. Nem sempre possuíam as
pernas e os braços. Havia os que apenas apresentavam a “cabeça e o tronco”. Aninhavam-se uns aos ou-
tros como crianças, dominados por um sono inquieto. Misturavam-se, aconchegavam-se uns nos outros
como que procurando calor.
A maioria ostentava um crânio limpo, brilhante, sem cabelos; outros, apenas recoberto por uma penu-
gem rala. A maioria lembrava crianças com a fisionomia de velhos milenares cuja boca adquiria a feição
de meninos que estão chupando bico. Os olhos fundos absolutamente fechados→ Ranieri: Na realidade,
eram seres voltados para dentro de si mesmos num esquisito movimento mental interior. O exterior não
lhes fazia conta e para eles deixara de existir. Pareciam fetos amontoados no útero materno. Não era a
primeira vez que eu contemplava criaturas às quais faltavam membros, mas eram sempre homens da
Terra. O fato de existirem espíritos mutilados impressionava-me profundamente→ Orcus: É sempre cho-
cante a observação detalhada da degradação da forma em qualquer reino da criatura no universo. O Es-
pírito não retrograda, todavia a forma tem possibilidade de desgastar-se, dilacerar-se e degradar-se até
dissolver-se. Se não reagirem a tempo, irão decaindo em si mesmos cada vez mais até atingirem os limi-
tes marcados pela Lei para a garantia da união celular. A desintegração do Perispírito pode ocorrer tanto
quanto ocorre no mundo a desintegração do corpo físico. A lei que rege a união celular perispiritual defi-
ne que o Perispírito é o agente intermediário na aglutinação celular do corpo físico que o garante, e por
sua vez mantém-se unicamente pelo poder da mente. O desvario mental inicia a destruição do Perispí-
rito assim como a elevação da mente dá início à jornada de construção não só do próprio Perispírito mas
também de veículos mais elevados. A criatura constrói ou destrói-se a si mesma;

- Continuam a caminhada para o Nono Nível, contornando extenso lago de águas prateadas. O rochedo
alto, projetava-se sobre o lago assustadoramente. Precipícios sem fim, escarpas perigosas, umidade ca-
paz de arrastar a despenhadeiros. Encontram uma “ave gigantesca, do tipo animal antediluviano”→ Ata-
fon: Esse que vocês vêm foi na Terra um monstro sem entranhas que destruiu milhões de criaturas na
conquista do poder. As civilizações antigas guardaram o seu nome como o de uma fera indomável. Nas-
ceu e renasceu enquanto a misericórdia divina lhe permitiu as maravilhosas oportunidades de reingresso
na carne abençoada. Depois, começou a cair por força da lei até que a própria forma lhe tomou as fei-
ções do pensamento tenebroso. Manteve a força dos conquistadores e das feras, e o porte da ave que
sonha voar e governar de cima. É terrivelmente temido nestas regiões.
Todavia, se a forma que a Lei lhe permitiu agora em não o despertar para a ascenção, continuará caindo
mais, de forma em forma degradada até o fim↔ Não temos permissão da Lei para revelar essas criatu-
ras, tão grande é a transformação que apresentam. A revelação simples e pura das personalidades que
animaram na superfície causaria tal impacto mental ao homem que vão seria o nosso serviço. Se os ho-
mens soubessem o seu nome sintonizar-se-iam com ele no campo da vibração, emitindo e recebendo, e
em breve o monstro também vibraria em direção à superfície, de tal maneira que não demoraria o mun-
do a sentir-lhe as imensas perturbações em forma de terremotos, guerras e desordens em seu nome.
Esses grandes seres do mal expedem instruções para a superfície através de outras criaturas que lá em
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cima lhes cumprem as ordens rigorosamente acreditando-se instrumentos da Grande Justiça. Interferem
na vida humana e de certa forma justificam a teoria de que o diabo disputa a alma do homem. Espíritos
de menor porte que ainda vivem na atmosfera da Crosta terrestre recebem-lhes as advertências e cum-
prem-lhes as ordens;

- Considerações Adicionais
A Ave: Que desejais em nossos domínios, Anjo do Abismo? Não sabeis que nestas trevas governamos
nós, os filhos dos Dragões? Porque perturbai-nos o trabalho pacífico em prol da Justiça do Mundo?
Atafon: Como filhos do Cordeiro e Guardião dos Abismos, fazemos uma viagem de estudos e aprendiza-
do. Compete-nos informar às esferas mais altas de que maneira está sendo aplicada a justiça nestes rin-
cões. Nosso dever nos impõe o trabalho. Se vós aplicais a justiça, cabe a mim e a outros guardiães fisca-
lizá-la. Representamos, também, de alguma forma a Vontade de Deus nestas profundidades.
A Ave: Bom, se estão credenciados para contar ao Mundo a obra notável que os Dragões realizam no
fundo da Terra para harmonia da Criação. Nada temos a dizer e nem faremos um gesto para impedir. Po-
deis percorrer os domínios que estão sob minha responsabilidade e que é o domínio dos seres que con-
quistaram poder para dominar e asas que nos libertam do solo.
Orcus: Eles não admitem de maneira alguma que estejam se degradando na forma pela permanência na
imantação do mal. Querem fazer crer que o bico, os olhos de fogo; as asas negras, os pés semi-humanos
e tudo o mais são conquista gloriosa. Não vêm a própria forma destorcida como um cárcere chaguento e
terrível. Sonham que são seres que adquiriram maiores possibilidades. Com esse pensamento adaptam-
se às novas condições de vida nestas zonas infernais.
Atafon: O Abismo é por sua vez subdividido em um número muito grande de Departamentos. Dante
identificou nove círculos principais na zona leste. Acreditou que houvesse visitado todo o Abismo! Na
realidade não percorreu nem um terço destas zonas. Deveria voltar. No entanto, tão grande foi a celeu-
ma que levantou em seu tempo que as Entidades Superiores consideraram que o Homem Terrestre ain-
da não possuía condições espirituais para saber mais. E as suas viagens foram definitivamente encer-
radas. Ele que era escritor e médium ao mesmo tempo, retornou então simplesmente à sua atividade de
escritor que exerceu até à morte, passando a escrever somente sobre coisas do mundo;

- Descendo para o Décimo Nível, continuamos penetrando na região dos Abismos. Um cheiro náusea-
bundo invadia agora nossas narinas. Exalações fétidas subiam das cavidades e o estreito caminho ora
percorrido semelhava mais um corredor apertado dentro do qual nos mantínhamos prisioneiros. Dei-
xamos o rochedo extenso e havíamos, terra a dentro, tomado uma direção que mais ainda nos conduzia
a profundidades. Provavelmente, pouca gente na "Terra" acreditaria em semelhantes construções sub-
terrâneas. O calor ali se fazia sentir de maneira sensível. Pela primeira vez notei que à proporção que
descíamos o calor mais nos sufocava. Era tanto mais estranho visto que até aquele momento havíamos
gozado de uma temperatura que se não era tépida pelo menos era suportável. O calor aumentava à pro-
porção que avançávamos. Estávamos na ponta do rochedo em uma zona de intensa lama de caráter vul-
cânico. Senti que meus pés agora pisavam em massa mole, escura, de cor cinzento chumbo. Era o início
do “Lago Prateado” que é de líquido desconhecido na Crosta, composto de metais em dissolução em alto
grau de temperatura, apresentando nestas "praias" uma contextura algo mole. Se observarem melhor
notarão que dentro dessa massa também há “Espíritos sofredores chumbados à lama escura”. Figuras
estranhas saltavam-me aos olhos atônitos e assombrados. Parecia-me ouvir lamento e pranto, sofrimen-
to e dor. “Fisionomias horrendas e deformadas” surgiam-me na retina dilatada→ Orcus: Aqui se encon-
tram os “Suicidas Milenares”. São Criaturas que sistematicamente abandonaram na Terra o veículo de
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carne através da autodestruição. Caíram a princípio em si mesmos e depois iniciaram a descida, por falta
de vibração superior que os mantivesse nas faixas de cima, em direção ao centro da Terra. Contam-se
por milhares as oportunidades que perderam destruindo-se ininterruptamente;

- Descendo para o Décimo Primeiro Nível, após contornar o Lago Prateado, atingimos um local onde ár-
vores escuras, de troncos nodosos, despidos, sem folhas, erguiam-se sombriamente. Aquelas “árvores
pareciam seres vegetalizados”, semelhantes às do Quarto Nível. Olhei e contemplei aquela infinidade de
árvores estranhas como quem contempla seres angustiados que se perderam nos abismos da forma.
Gazes pestilenciais saiam do lodo onde faces patibulares olhavam-nos surpresas. A estranha floresta ne-
gra agitava-se angustiosamente estendendo os braços ressequidos em nossa direção. Na realidade,
aqueles galhos semelhantes a garras eram braços dentro da noite. Percebíamos naquelas árvores as al-
mas dos que se paralisaram na forma vegetativa→ Ataflon: Queridos irmãos e queridas irmãs em prova;
vós que petrificastes a mente no orgulho e no egoísmo, lembrai-vos agora do Divino Poder. Quem sou eu
para salvar-vos? Só o Pai em Sua Misericórdia poderá elevar-vos do lodo a que vos alojastes até o sólio
de luz em que resplandece nas alturas! Voltai-vos para Ele, implorai-lhe o amparo é a ajuda e a Luz Imor-
tal do Seu Reino de Glória há de penetrar até o coração destas furnas! Perdoai-me se não vos posso aju-
dar agora, mas em minha fraqueza implorarei ao Pai convosco e Ele que não nos abandona, por certo
nos ajudará.
Atafon, percebendo-me o anseio, não se fez rogado, e ensinou: Nestes abismos, meu filho, a forma, co-
mo já lhe disse, ganha a expressão do pensamento de cada um. Modela-se a si mesmo cada Espírito que
desce ou que sobe. O Perispírito ganha no universo sombra ou luz dependendo apenas da direção que
imprime à própria mente. Organismo plástico aceita a expressão que lhe dá a força mental. Estas cria-
turas chumbadas ao lodo ou voando nas alturas escravizadas na forma inferior são responsáveis pela
própria direção que deram à própria vida. Amor e ódio nascem em nós mesmos de conformidade com a
orientação que demos às nossas energias. A queda ou degradação na forma é um fenômeno comum em
todas as regiões do Universo. Não há involução do Espírito mas existe a degradação da forma perispiri-
tual. Como sabemos, o Perispírito é a mais alta conquista do espírito humano sediado na Terra. O veículo
que envolve a alma expressa-lhe os pensamentos e os sentimentos adquirindo vibrações cada vez mais
elevadas ao impulso de seus estímulos interiores. Essas criaturas que parecem abandonadas de Deus são
todavia filhos bem amados de sua Justiça. Se não houvesse leis sábias que as amparassem na queda, há
muito tempo já haveriam desaparecido no turbilhão do cosmos. Aprisionadas nas formas vegetais, na
animalidade, nas aves ou nos minerais, estacionam apenas no tempo até que nesse processo de gesta-
ção tenham oportunidade de reconquistar os degraus que perderam na descida. O que parece a infinita
desgraça não é mais do que a Infinita Misericórdia;

– Continuam descendo e atingem o Décimo Segundo Nível. A floresta ficara na retaguarda. Enorme mon-
tanha abismal arrojara-se de súbito à nossa frente. Este é o "Monte do Tempo" falou Orcus, assinalan-
do-me com a destra a elevação. Espíritos horrorosos, amantes da mentira e do erro habitam-lhe as cul-
minâncias. Sentem-se felizes de contemplar do "alto" estes charcos e supõem assim serem poderosos.
Acreditam como os políticos da Terra que pelo simples fato de viverem nas culminâncias "físicas" sejam
donos de tudo. Na verdade governam o charco e a lama... A lama amolecia cada vez mais e nossos pés
afundavam-se na caminhada. Divisei olhos luminescentes nos desvãos escuros e fui surpreendido pelo
coaxar de milhares de sapos ou rãs que em profusa orquestração enchiam o labirinto com o som de suas
vozes. Eram no entanto vozes prodigiosamente amplificadas como se estranho alto falante lhes desse a
cada uma delas um volume insuspeitado. Era de fato ensurdecedor.
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Subitamente sufoquei na garganta um grito de terror. Sob meus pés uma “criatura em tudo semelhante
à rã” se arrastava. “Pernas longas, braços curtos, gelatinosa e transparente”. Olhava-nos talvez com su-
prema angústia no olhar. A fisionomia, no entanto, aproximada do “rosto humano das raças mais infe-
riores da humanidade”. Arfava e a boca entreaberta deixava ansiosamente escapar-lhe profundos sus-
piros de uma espécie de tristeza dolorosa. “Tinha o tamanho de um homem”. Profunda repugnância do-
minou-me os sentidos. Rajadas de vibrações inferiores, desencontradas e terríveis partiam daquelas cria-
turas e atingiam-me em cheio. Pensei morrer mais uma vez... Não fosse Orcus e provavelmente teria caí-
do inconsciente no lamaçal infecto de cor amarela transparente como a das rãs ou verde escuro, gelati-
noso e às vezes vítreo como a dos seres que vivem na treva e na umidade. Eu não poderia contemplar
por mais tempo aquelas fisionomias angustiadas ou apáticas que me fitavam fixamente. Inenarrável es-
petáculo.
Como podiam as criaturas humanas descer tanto na escala espiritual? E, infelizmente, qualquer um po-
deria chegar àquele estado! Era um pesadelo! Mal pude sufocar os soluços que me explodiam na gargan-
ta→ Atafon: Confiança em Deus, meu filho. Estes são os que não se decidiam nem por Deus nem pelas
forças inferiores. Por isso vivem mergulhados ora no lago e ora na lama. Entre eles se encontram Espíri-
tos de todas as espécies. Viveram entre os homens numa terrível luta entre as coisas da matéria e as coi-
sas do Espírito. Nunca souberam o que desejavam. Indecisos, perderam precioso tempo e não puderam
subir assim como não podem descer mais do que já desceram;

- Continuam a descida e atingem o Décimo Terceiro Nível. Espessas sombras invadiam agora a região por
onde passávamos. Sentíamos que a escuridão se tornara mais densa. Súbito, defrontamos imensa mon-
tanha de matéria mole semelhante a uma gelatina. Era de fato de cor verde clara dando-nos a impressão
de que poderíamos ver, através dela ou atravessá-la.
Ainda nem bem havia eu pensado isso e Atafon declarou a Orcus: Não temos outro caminho. Aqui termi-
na o caminho primitivo. Teremos que atravessá-la. De repente, Atafon colocou-me a mão espalmada so-
bre a cabeça e, de imediato, passei a perceber que ondas poderosas de vibrações vertiginosas penetra-
vam-me o peito. A princípio senti calor, depois, enorme leveza dominou-me o organismo perispiritual e
me tornava mais rarefeito. A montanha gelatinosa, agora, a meus olhos, não parecia mais um obstáculo
tão formidável. Senti que poderia atravessá-la. Andávamos sem caminho estabelecido e penetrávamos
de maneira inusitada para mim, montanha adentro.
Um grande silêncio acompanhou-nos a marcha. Atrás ficaram os gritos dos seres horripilantes que havia-
mos encontrado. O mundo da morte assemelhava-se-me naquele momento o grandioso mundo da vida.
Sob o solo do planeta palpitava a vida espiritual de modo diferente mas absolutamente real. Nossos ir-
mãos mais necessitados permaneciam escravizados à forma que se decompunha ante a insensatez do Es-
pírito que desprezava a Lei de Deus. Havia outros seres ali dentro e isso também me espantou. Na reali-
dade julguei divisar “peixes flutuando ou polvos silenciosos”. Seres estranhos passavam por nós. Verifi-
quei que possuíam a forma de peixes, os mesmos peixes conhecidos na Crosta ou de outras formas ini-
magináveis. Alguns esquisitos, longos; outros, curtos e chatos.
Dilatei os olhos abismado. Aquelas criaturas também pareciam gente. Na “face dos peixes eu encontrava
a fisionomia dos homens”→ Orcus: São seres que voltam na escala evolutiva. Esta fase é a fase que na
superfície poderíamos considerar aquática. A centelha mental aí está quase petrificada. Movimentam-se
seguindo o instinto, embora as conquistas espirituais no campo da mente não retrogradem. Se as facul-
dades não lhes foram destruídas, contudo, estão profundamente anestesiadas......Alguns se encontram
nesta situação há mais de vinte mil anos. Esta região pode ser classificada como uma coisa ou outra; esta
montanha, no entanto, melhor analisando ficaria como sendo uma “Estufa Perispiritual” ou “Lago de
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Hibernação” ou “Campo de Recuperação”.


Avançamos massa a dentro. Às vezes com facilidade, outras, de maneira arrastada, difícil. A respiração
nem sempre era normal. Por toda a parte, a vida palpitante ou a estagnação da vida. Seres desconfor-
mes singravam a gelatina indiferentes à nossa presença. Todavia, sob o impulso daquela força que nos
conduzira para baixo, marchávamos.
Como se saísse de uma caverna aberta na gelatina, surgiu-nos de improviso a figura absurda mas real de
um verdadeiro Netuno. Tridente na destra, barbas longas e fisionomia de certa maneira até simpática.
Notei, porém, que da cintura para baixo era absolutamente peixe. Nadou em nossa direção e a uma dis-
tância de uns três metros, após descrever um círculo próprio de seres aquáticos, observou-nos detida-
mente. Parados, silenciosos, aguardávamos sua manifestação sob o olhar amorável de Atafon.
Que desejais nos domínios dos Dragões, fiscal do Cordeiro? — falou o estranho netuno com voz indescri-
tível. À nossa volta continuavam a passar os seres estranhos que habitavam aquela massa gelatinosa co-
mo se houvessem nascido ali e vivido ali eternamente.
Os polvos de cem braços e olhar tristonho movimentavam-se com enorme facilidade e figuras nunca vis-
tas na Terra apareciam e desapareciam a cada instante surpreendendo-nos a visão. Encaminhou-nos a
escuro túnel onde jaziam criaturas aparentemente mumificadas. Deitadas no solo com a face para cima.
Notei espantado que todas elas tinham a forma de peixes. A cauda e as barbatanas. Apenas a cabeça era
ainda um vislumbre da humanidade. O resto do corpo caracterizava a forma de peixe → Orcus: Aqui se
passa o mesmo fenômeno que vimos com os Espíritos rãs. Resta-lhes da forma humana apenas a fisiono-
mia. A mente deles porém, está num estado mais profundo de estagnação. A degradação da forma lança
os Espíritos endurecidos no mal aos Abismos, trazendo como consequência o cumprimento de leis físi-
cas, químicas ou magnéticas de alcance universal. A tortura, porém, e o desapiedado sistema de escravi-
zar os seres corria por conta dos Dragões.
O Nerodiano, metade homem e metade peixe, Guardião do Túnel Gelatinoso: Como vêm, estes são os
nossos "arquivos". A Justiça dos Dragões é rigorosa e terrível! Ai daqueles que caem nas mãos dos Dra-
gões! Nós cooperamos com a Justiça do Mundo e com a Ordem do Universo! Por intermédio de nossas
organizações cumprimos a Lei.
Descendo mais, penetramos em túnel central, onde deparamos uma sala circular. Estas são as Madres de
Gestação. Aqui, as criaturas espirituais que perderam todos os membros pela mentalização e conduta no
mal, em luta contra as leis de Deus, têm a oportunidade de jazerem à espera do despertar para subir ou
retornar ao domínio da Lei renovadora. São como sementes na Terra ou como ovos em chocadeiras.
Realmente, são seres em condições semelhantes, acontecendo somente que a situação espiritual destes
é um pouco pior... Já se desgastaram mais e atingiram profundíssimo estágio de inconsciência. Os ovói-
des de que nos falou o amigo espiritual ( André Luiz ) ainda tinham fome e se ligavam a outras criaturas
encarnadas. Estes nem mais se alimentam. Parecem ovos completamente fechados. Nas proximidades
de espécie de nichos incrustados na gelatina, ali já mais densa e escura. Pude então observar que verda-
deiras ovas de peixes dormitavam. Eram enormes. Algumas absolutamente como ovos de aves, lisas e li-
geiramente afuniladas numa das extremidades. Outras alongadas como ovas marinhas. Umas man-
tinham apenas o desenho da fisionomia humana ou macacoide. Outras nada expressavam dando-nos a
ideia de que haviam se recoberto com a casca→ Ataflon: A forma como vêm deforma-se, desgasta-se e
degrada-se. A mente conquanto não retrograde, perde pouco a pouco o seu poder de expressão e inicia
o processo de paralisação de seus movimentos mais íntimos. Aqui estamos no limiar da Segunda Morte.
Se não houvesse este recurso da natureza que expressa a Lei de Deus que ainda quer salvar estaria tudo
perdido↔ a Segunda Morte é uma realidade. Morre-se no mundo inferior ao encontro das faixas vibra-
tórias mais densas pela petrificação ou mineralização do perispírito, se assim podemos nos expressar, ou
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morre-se uma segunda vez quando se perde, nas esferas superiores, o veículo perispiritual ao conquis-
tar-se organismo mais sutil e sublimado. Em qualquer dos casos poderá vir a ocorrer uma desintegração
atômica. A destruição do ser na sua maior intimidade que é a mente, meu filho, reduto sagrado da divin-
dade, também pode ocorrer mas isso só mais tarde poderemos compreender. O pensamento deles com-
quanto exista, permanece longe ou embotado. Vivem uma vida de peixes ou de seres aquáticos. Não se
lembram, muitas vezes, da esfera de cima e supõem que são capazes de articular uma vida diferente em
condições superiores. Perderam a noção de valor ou de forma humana;

- Após saírem da Montanha de Gelatina, atingem o Décimo Quarto Nível. Quando saímos do lago atingi-
mos em extensa praia, a noite escura invadia-nos totalmente a retina. Senti que fora a densidade am-
biente era menos asfixiante. Uma aragem fresca banhava-nos as faces e uma impressão de bem estar to-
mava-nos o coração. Uma réstea de luz descia do alto. Logo em seguida, porém, passamos a ouvir esqui-
sitas vozes guturais nascidas da noite escura provenientes dos Crocodilos, passaremos por entre eles in-
cólumes. Nossos pés, estáticos, olhares fosforescentes, horríveis, centenas de “Espíritos Crocodilos” nos
contemplavam. As fisionomias, porém, por mais incrível que pareça, lembravam as caras dos homens.
No olhar havia aquela expressão da humanidade perdida→ Ataflon: Irmãos nossos que jazem aprisiona-
dos nas formas animalescas que criaram para si mesmos. As criaturas criam as prisões que as escravi-
zam. Quando o homem compreender um dia o poder modelador da mente, compreenderá então que
atingir as estrelas ou mergulhar nos mais profundos infernos é unicamente obra sua. O poder da mente,
centelha divina e dádiva do Criador, conduz para os cimos ou para os baixios de acordo com a vontade
de cada um que se opõe ou se adapta à Lei. O pensamento, meu filho, estabelece no ser as correntes vi-
bratórias que organizam o próprio espírito. Vibrar é intensificar em si mesmo o amor de Deus ou o amor
da matéria mais densa.

- Continuando a caminhada atingem o Décimo Quinto Nível. Longa, longuíssima foi a caminhada. As
sombras da noite eram apenas iluminadas agora pela luz de Atafon que clareava as fisionomias anima-
lescas. Interminável a viagem, até que foram escasseando os agrupamentos de crocodilos e de repente
tomamos por estreito caminho que rodeava a montanha soturna onde habitavam os maiores seres da-
queles lugares. Em cima, na montanha escura, dissera Atafon que habitavam grandes e terríveis Espíritos
envoltos em formas jamais sonhadas pelos homens e supunham-se eles administradores dos charcos e
das planícies. Realmente, uivos, urros, e clamores que abalavam a imensidade ouviam-se de quando em
quando fazendo-me tremer as fibras mais íntimas do ser.
Instalado em uma espécie de Posto Avançado, Ranieri nota através de uma pequena janela de material e
forma inconcebíveis na superfície que permitia-nos ver o exterior da habitação e pude perceber que lá
fora muitas vezes o vento gemia e uma cortina de neve caía sem cessar. O interior da Terra também pos-
sui zonas frigidas, gélidas em seus círculos espirituais. Estamos numa faixa espiritual de intensa frigidez
por onde os Espíritos sombrios passam cobertos de neve e endurecidos. Aqui, somente seres de cascas
ou carapaças endurecidas podem viver. Nós estamos acima da temperatura e do tempo existente nestas
zonas. Você, porém, ainda não possui organismo espiritual adequado. Por isso Atafon preferiu deixá-lo
em nosso clima caseiro. Olhando pela janela vi que filas intermináveis de “criaturas semelhantes aos bú-
falos” caminhavam na neve. Suas fisionomias, no entanto, lembravam longinquamente a “fisionomia
dos homens”. Olhos fuzilantes como brasas e passo tardo. “Seres de forma antidiluviana, dinossauros
horríveis, descomunais”, abalavam as imensidades. contemplá-los por aquele óculo era de certa forma
um espetáculo horripilante mas ao mesmo tempo grandioso.
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Através da janela vi outros seres. Às vezes eram “bandos enormes de macacos peludos ou de ursos es-
quisitos”. Todos eles eram Espíritos decaídos às voltas com a forma. Alguns arriscavam-se a vir até à ja-
nela e olhavam-nos ansiosos→ Tera, Espírito de Vênus, Guardiã deste Portal: A capacidade mental deles
está muito reduzida, muitíssimo abaixo de qualquer ser que habita a superfície. O que acontece, porém,
é que muitos embora descendo, guardam inviolavelmente a inteligência e passam a usá-la para o mal.
Nem todos caminham logo ao encontro da inconsciência. Resistem por um poder para nós ainda des-
conhecido à paralisação da mente. Endurece-lhes primeiro o coração e a inteligência brilha para o mal.
Esses são realmente perigosos. Daqui debaixo tramam incursões na superfície. Por isso vocês se lem-
bram que Lúcifer quis escalar os céus. Precipitado nos abismos namora a superfície revoltado. Há quedas
das Almas de planetas superiores para planetas inferiores, mas há quedas das almas também para o
interior do próprio planeta.

- Atafon e Órcus descem para os Sub-Abismos, que caracterizam o início do Décimo Sexto Nível. Nós ape-
nas percorremos até agora lugares situados na faixa interior da Terra que se convencionou chamar Abis-
mos. Logo em seguida, descendo vem o que se chamou Sub-Abismos ou abaixo dos Abismos. São regiões
mais profundas situadas em faixa imediatamente inferior àquela em que estamos. Meu filho, seguimos
sempre na direção do centro da Terra. Aqui onde habitam Tera e Temp é uma das entradas ou portas de
acesso dos Sub-Abismos para os Abismos ou dos Abismos para os Sub-Abismos. Desce-se e sobe-se. No
momento, infelizmente você não está em condições de descer mais, deverá satisfazer-se somente com a
informação da existência dessa faixa que lhe ficará por ora desconhecida→ Os Dragões povoam o centro
da Terra.

IV- Lama Astral


Espécie de lama de propriedade terapêutica para a absorção de energias densas do perispírito de um
desencarnado que possui fluidos de características ainda muito densas, pois muitos deles se encontram
vinculados às sensações físicas de quando encarnado. Absorve, regenera e higieniza estes corpos perispi-
rituais grosseiros, produzindo sensações desagradáveis neste tipo de Espírito.
A Lama Astral contém substâncias de caráter absorvente de energias Astrais, de modo que quando mani-
puladas por Técnicos Especializados, pode ser utilizada no tratamento de entidades endividadas nos
Hospitais e Pronto-Socorros Espirituais nas Zonas do Umbral. O Umbral funciona como região destinada
ao esgotamento de resíduos mentais.
Obs: Vide no Item II.1, Considerações de Ramatis, mais detalhes sobre a Lama Astral.

V- Sol Negro
- O Sol Negro é uma poderosa Egrégora, sendo um foco central onde são canalizadas emanações men-
tais que criam um campo, uma forma pensamento que absorve todas as energias que se alinham aquela
vibração, bem como alimenta energeticamente o Espírito que dela saiba usar e manipular. Foi desenvol-
vida pelos Dragões assim que eles foram exilados pra Terra após o evento em Erg, sendo que essa Egré-
gora emana matéria Astral.
Essa matéria Astral emanada pelo Sol Negro apresenta intensa radiação atômica, e seria capaz de desa-
gregar a matéria da dimensão material em proporções inimagináveis, como se agisse como um micro bu-
raco negro, caso chegasse à dimensão física;

- O Sol Negro é uma espécie de Usina Energética alimentando e potencializando as emanações em


desequilíbrio dos encarnados que estabelecem sintonia com essa Egrégora e alimenta diversas bases de
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Magos Negros situadas no Astral inferior que utilizam essa força motriz como uma espécie de “motor”
que é movido pelo “combustível” que eles, os Magos Negros, têm condições de manipular: O Ectoplasma
que conseguem junto aos habitantes encarnados da Terra;

- A matéria Astral produzida pelo Sol Negro, devido à intensa radiação atômica que apresenta acaba por
favorecer a manipulação dos Magos Negros sobre o ectoplasma na construção dos mais diversos
artefatos, desde clones até cidades astrais inteiras, pois a radiação atômica do Sol Negro traz uma
energia que pode ficar reservada dentro dos moldes criados pelos Magos Negros com ectoplasma, sendo
muito mais fácil o controle mental e por isso mesmo podem controlar até mesmo a forma de cidades
Astrais inteiras;

Fonte: http://profeciasoapiceem2036.blogspot.com/2011/05/dragoes-e-magos-negros-parte-iv-o-
fim.html#ixzz5gC4fjrkN

- A própria Terra realiza constantemente processos de limpeza em sua esfera psíquica, até mesmo para
evitar que todas as emanações de pensamentos e vibração negativa dos encarnados sejam absorvidas
pelo Sol Negro. No entanto, com a proximidade do exílio planetário e a execução já nos dias de hoje de
pré-exílios constantes no lado obscuro da Lua (Zona Astral que fica na Lua dentro de crateras aonde não
chega a luz do Sol) essas emanações vem atingindo níveis cada vez mais intensos, exigindo a potencia-
lização desse processo de limpeza, através da maior absorção de luz solar pela magnetosfera terrestre
bem como em breve a absorção da energia advinda do cinturão de fótons;

Fonte: http://profeciasoapiceem2036.blogspot.com/2011/05/dragoes-e-magos-negros-parte-iv-o-
fim.html#ixzz5gC51Uu00

- Não há como pensar em se iniciar uma Terra Regenerada sem a retirada dessa Egrégora monstruosa
que deixa a esfera psíquica do planeta atualmente com um aspecto obscurecido( essa Egrégora é o foco
mental criado pelos Dragões) e mais além, é necessário que todos os sobreviventes do grande evento
tenham a plena convicção da existência do plano espiritual e das mudanças que estarão ocorrendo, por
isso terão a visão do astral aberta durante esse fenômeno;

Fonte: http://profeciasoapiceem2036.blogspot.com/2011/05/dragoes-e-magos-negros-parte-iv-o-
fim.html#ixzz5gC2tGILN

- Mas porque o Sol Negro ainda não foi destruído? Porque ele existe a milênios e ainda não foi extermi-
nado pelos Espíritos responsáveis pela evolução da Terra?
A resposta é simples: porque a própria humanidade alimenta com a sua invigilância o Sol Negro, ele só
existe porque a humanidade atrasada moralmente alimenta energeticamente essa forma pensamento
de energia gigantesca que tem apenas o seu foco manipulado pelos Dragões. Enquanto a humanidade
estiver no período de expiação e provas e os Dragões, Magos Negros e Espíritos invigilantes não forem
exilados, não adiantaria nada destruir essa Egrégora, pois prontamente ela seria refeita.
Agora, com o aceleramento do exílio planetário e a proximidade do seu auge em 2036, quando serão
exilados Dragões, Magos Negros e os Espíritos distanciados da prática do amor e longe do esforço na
reforma moral, para que então se inicie uma Terra Regenerada, onde apenas Espíritos fraternos e com
vontade sincera de evoluir moralmente possam reencarnar, aí sim é necessária a destruição do Sol Ne-
gro;
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Bibliografia
[1]- Mecanismos da Mediunidade- André Luiz e Chico Xavier- FEB, 1960.
[2]- Cartas e Crônicas- Humberto de Campos e Chico Xavier - FEB, 1966.
[3]- Imagens do Além- Heigorina Cunha e Lucius- IDE, 1994.
[4]- Nosso Lar- André Luiz e Chico Xavier- FEB, 1960.
[5]- Obreiros da Vida Eterna- André Luiz e Chico Xavier- FEB, 1946.
[6]- Os Mensageiros- André Luiz e Chico Xavier- FEB, 1944.
[7]- No Mundo Maior- André Luiz e Chico Xavier- FEB, 1947.
[8]- Libertação- André Luiz e Chico Xavier- FEB, 1949
[9]- Ação e Reação- André Luiz e Chico Xavier- FEB, 1957.
[10]- O Abismo- Ranieri e André Luiz- Editora Fraternidade, 1992.

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