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EDUCAÇÃO POR PRINCÍPIOS

Entendemos educação em seu sentido amplo como o processo de transmitir à próxima


geração conhecimento e valores que a capacitem a uma participação construtiva na
sociedade. Educar uma criança é trabalhar em um projeto de vida, o que compete
primordialmente aos pais, como responsáveis diretos pelos resultados.

Exercitar princípios bíblicos chaves no processo de ensino e aprendizagem conduz à


formação de padrões de pensamento consistentes com a Palavra de Deus, princípios
também são ideias guias, rudimentos de conhecimento – apropriar-se deles permite
dominar um assunto pela sua base.
Ensinar com uma abordagem de princípios implica buscar a fonte, entender os
fundamentos, agir consistentemente.

A Educação por Princípios aborda todas as áreas da vida sob uma perspectiva cristã,
fundamentada na aplicação de princípios bíblicos. Visa desenvolver o raciocínio
para pensar de acordo com os padrões de Deus e ampliar o alcance do entendimento.

Semeando Princípios

APRESENTAÇÃO DO PROJETO
Considerando a visão proposta no Projeto Político Pedagógica do Colégio Oficina, de
que a educação oferecida por esta instituição objetiva formar um cidadão autêntico,
amoroso, com um caráter fundamentado nos valores e princípios cristãos, este
projeto justifica-se como um instrumento do fazer pedagógico, articulando os
conteúdos referentes à aprendizagem cognitiva, social e de formação pessoal.
OBJETIVO GERAL
Objetiva-se estruturar o trabalho dos princípios cristãos, durante o decorrer do
ano letivo, articulado com o desenvolvimento dos conteúdos e programas previstos.
Os aspectos relacionados à formação do aluno, para além dos aspectos dos
conhecimentos formais, podem e devem estar presentes, pensados e apresentados ao
aluno de maneira indissociada. Cabe ao professor fazer esta articulação, à medida
que reflete em seu fazer pedagógico os princípios e valores a serem resgatados.
2.1. Objetivos Específicos:

2.1.1. Oferecer ao corpo docente uma retomada dos princípios propostos no PPP da
escola, de forma a subsidiar a articulação dos mesmos com os conteúdos formais
apresentados no Planejamento;

2.1.2. Realizar um paralelo entre os conteúdos formais e os princípios e valores a


serem resgatados;

2.1.3. Oferecer ao corpo docente um projeto que seja considerado como parte do
processo de ensino aprendizagem durante o decorrer do presente ano letivo;

2.1.4. Proporcionar ao aluno o conhecimento e reconhecimento da soberania de Deus e


do seu propósito para a vida de cada um, e colaborar para a introjeção e
assimilação dos princípios cristãos no cotidiano da criança; Fomentar a capacidade
reflexiva do certo/errado; Estimular o reconhecimento dos valores cristãos como
fundamento de uma vida próspera; Resgatar e manter a percepção do meio ambiente
como um presente de Deus, trabalhando a responsabilidade em cuidar do mesmo;
Compreender a família como um propósito de Deus, desenvolvendo a atitude de
respeito e valorização das principais figuras de autoridade na vida da criança.

III. CONTEÚDOS:

3.1. Mordomia
A palavra mordomia, neste contexto, significa cuidado, zelo, administrar tanto
propriedade externa como internas. O que faz um mordomo? Ele toma conta de uma
propriedade, de uma casa, tão bem como se fosse dele, sabendo que ele terá que
prestar conta do que foi confiado aos seus cuidados.
Essa verdade nós vemos por toda a Bíblia, desde o Éden onde Deus colocou Adão para
que cultivasse e guardasse a terra:

“Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para cultivá-lo
e o guardar”. (Gênesis 2.15.)

3.2. Individualidade

Individualidade, uma existência única, características distintas. Tudo que Deus


criou foi de maneira única, o dia da criação, o homem e a mulher.

Por toda a Escritura podemos ver Deus trabalhando de maneiras diferentes com
pessoas, nações e cidades.

Precisamos fazer renascer em nosso convívio social este princípio: respeitar a


individualidade do outro e tratar cada pessoa, cada situação, considerando as
características únicas que envolvem cada um de nós.

“Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a
mesma operação. Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas
individualmente somos membros uns dos outros.” Romanos 12:4, 5

3.3. Soberania

Deus tem o governo, o controle de todas as coisas, é o criador e o mantenedor. Ele


é soberano. Esta verdade está contida em toda a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse. Se
a aceitamos como um princípio, um absoluto, devemos viver reconhecendo a autoridade
de Deus em nossa vida. É interessante sabermos que somente alguém que é soberano e
tem autoridade pode delegar outras funções e responsabilidades.

Deus, em sua soberania, delegou ao homem responsabilidades. Desde a criação


podemos constatar isto:

“[…] tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os
animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela
terra”. Gênesis 1.26.

3.4. Caráter

A palavra caráter significa: uma marca feita por meio de cortar, gravar, raspar,
imprimir. O desejo de Deus é ver o caráter de Jesus sendo formado em nós. Para que
isso aconteça passamos por pressões e conflitos.

“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do
Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito
do Senhor.” 2 Coríntios 3:18

3.5. Semear e Colher

No Éden uma ordem foi dada a Adão: “E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda a
árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal
não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. (Gênesis
2.16- 17.) As consequências da desobediência foram reais. Semear e colher são
processos de crescimento. Quantas experiências em nossa caminhada! Quantas
semeaduras e colheitas! Se estivermos atentos, ponderando sobre as conseqüências de
nossas escolhas, com certeza nós cresceremos. Semear e colher são absolutos de
Deus, um princípio. Semear boas coisas, muitas vezes, pode ser um processo doloroso
que requer paciência.

“Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando,
enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes”.

(Salmo 126.5-6)

3.6. Autogoverno

Reconhecimento de que controle volitivo é possível ao ser humano. Se submetido à


vontade de Deus, o autocontrole resulta em uma vida guiada e abençoada por Deus.
Esta é uma capacidade maravilhosa que Deus nos concedeu como fruto do seu Santo
Espírito atuando em nossas vidas: “Mas o fruto do Espírito Santo é: amor, alegria,
paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.
Contra estas coisas não há lei”. (Gálatas 5.22-23.) O plano de Deus é que façamos
escolhas, não somos robôs ou marionetes.

3.7. União

Todas as coisas foram criadas por Deus para viverem em harmonia. O princípio de
união completa o princípio de individualidade. Todas as coisas, mesmo tendo
características distintas, podem viver em harmonia. Em toda a criação de Deus
podemos perceber isto. Na própria natureza cada elemento possui características
diferentes, formando um todo harmônico. A água, as plantas, a terra, os animais, o
homem, formam uma cadeia. Quando algum elo dessa cadeia falta, acontece o que
chamamos de desequilíbrio.

“A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam
eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste”.

( João 17.21.)

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